Actualização em ReTALHOS PosTAIS da Bahia

Actualização em ReTALHOS PosTAIS da Bahia Palácio da Galeria | Museu Muncipal de Tavira

Palรกcio da Galeria Museu Municipal de Tavira 15 de Marรงo a 21 de Junho de 2008

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O Brasil está há muito na história, no imaginário e no coração dos portugueses. A exposição “Actualização em ReTalhos PosTais da Bahia” traz até Tavira e, pela primeira vez, uma exposição colectiva de artistas da Bahia, cidade onde as arquitecturas portuguesas continuam vivas e a Europa, a África e a América há séculos se encontraram e misturaram criando o baiano multicultural.

Assinalamos também desta forma a nossa participação no Ano Europeu para o Diálogo Intercultural, dando a conhecer no Algarve a arte e os artistas do país irmão, que nos trazem as novas linguagens da instalação e da videoarte, que o público poderá conhecer e apreciar nos próximos meses.

A Câmara Municipal de Tavira agradece a Cláudio de Souza a sua colaboração e a todos os outros artistas que também participam neste projecto: Caetano Dias, Ayrson Heráclito, Eriel Araújo, Gaio, Araci Tanan, Marcondes Dourado, e Elias Santos.

A Vice - Presidente da Câmara Municipal de Tavira

Elsa Cordeiro

É com grande alegria que vivenciamos a realização dessa soma de vontades: Dos artistas, Caetano Dias, Ayrson Heráclito, Eriel Araújo, Gaio, Araci Tanan, Marcondes Dourado e Elias Santos; Da Câmara Municipal de Tavira, pelo presidente José Macário Correia, e da vice-presidente Elsa Cordeiro; Do director do Museu Palácio da Galeria, Jorge Queiroz, figura de valor imprescindível na dinamização cultural da cidade; De toda a equipe técnica do Museu Palácio da Galeria, na pré-produção, produção e pós-produção da montagem e realização do projecto; Dos colaboradores na montagem do projecto; Das empresas fornecedoras para montagem do projecto; E de toda a comunidade Tavirense, residentes e visitantes, que dão sentido a esta proposta expositiva de arte contemporânea Actualização em ReTALHOS PosTAIS da Bahia, que nasce desse ímpeto de gerar, mostrar, doar, e consumir-se em trocas, como plataformas dos nossos futuros.

A todos os participantes ou meus sinceros agradecimentos,

Cláudio de Souza

Sobre o projecto curatorial

Actualização em ReTALHOS PosTAIS da Bahia é uma construção expositiva de arte contemporânea, não somente como um modelo de mapeamento, casting de obras, ou naturalização dos alcances plásticos de uma produção, mas, como um recurso de proposição discursiva dentro do conceito de actualização sígnica, e desterritorializada dos limites fronteiriços de atribuição de valores das diferenças e equivalências etnológicas, onde, os “limites fronteiriços” são os alcances de significação dos símbolos que são melhor decodificados nos ambientes espaço-tempo em que foram gestados, apropriados ou desenvolvidos; e “desterritorializadas”, um equivalente poético da busca de expansão epistemológica do símbolo.

O título da exposição abre-se em dois sentidos pelo o aproveitamento da disposição ortográfica das palavras, remetendo tanto a uma actualização através da soma de pedaços diversos, vinculados a um dispositivo de propagação cultural, no caso, “retalhos postais”, como também, a uma reconfiguração no tratamento pertinente aos “TALHOS” do fazer artístico baiano, gerando actualização após (Pos) os mesmos (TAIS).

Cláudio de Souza

Os Artistas

Caetano Dias, 1959, Feira de Santana, Bahia, vive e trabalha em Salvador, Bahia - Brasil Canto Doce - Pequeno Labirinto 1 canal de vídeo, cor, som, 18min. 22seg.

Ayrson Heráclito, 1968, Macaúbas, Bahia, vive e trabalha em Salvador, Bahia - Brasil Sangue, Saliva e Sémen 3 canais de vídeo, cor, som, 7min. 07seg.

Eriel Araújo, 1968, Salvador, Bahia, vive e trabalha em Salvador, Bahia - Brasil Inércia Instalação com vídeo

Gaio, 1971, Salvador, Bahia, vive e trabalha em Salvador, Bahia - Brasil Saindo de Casa 1 canal de vídeo, cor, som, 7min. 22seg.

Araci Tanan, 1964, Salvador, Bahia, vive e trabalha em Tavira, Algarve - Portugal Instalação

Cláudio de Souza, 1972, Salvador, Bahia, vive e trabalha em Tavira, Algarve - Portugal Site Specific

Marcondes Dourado, 1973, Irecê, Bahia, vive e trabalha em Salvador, Bahia - Brasil 1 canal de vídeo, cor, sem som, 29 min.

Elias Santos, 1966, Cairú, Bahia, vive e trabalha em Boipeba, Bahia - Brasil Desenhos

Caetano Dias Fez Licenciatura em Letras pela UCSAL, e das experimentações com a pintura, que abordavam questões ligadas ao corpo tendo a pele como referência, Caetano Dias passou a realizar a série fotográfica “Santos Populares”, com aproximações entre o erótico e o sagrado, apropriando-se de imagens da internet, e com essa mesma linha de desenvolvimento de pesquisa e tema participa das exposições “Rede de Tensão” no Paço das Artes em São Paulo; 3ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre; 2ª edição de “O Artista Pesquisador” no Museu de Arte Contemporânea em Niterói; Rumos Itaú Cultural Artes Visuais 2001/2002; “HiperRelações” no Santander Cultural; e “Metecorpos” no Paço das Artes.

A partir do ano de 2000, começa uma série de instalações, esculturas e vídeos onde aprofunda as relações entre corpo/identidade e sagrado/sexualidade, entre elas: “Paixão” no Museu de Arte Sacra da Bahia; “Estratégias para Perda de Sentido” no Paço das Artes, na Galeria Marília Razuk em São Paulo, no MAM da Bahia e MAM do Rio de Janeiro; “Fábula” integra a Bienal do Barro em São Paulo e em Maracaibo na Venezuela; “Cristo de Rapadura” na exposição “Estratégias Barrocas” em Quito, no Equador, a obra também participa do Panorama da Arte Brasileira no MAM de São Paulo e na Bienal de Valência, na Espanha.

Recentemente, realizou diversas intervenções em espaços urbanos e vídeos que lidam com a realidade social contemporânea, como em “Canto Doce - Pequeno Labirinto”, que participa do Festival Internacional Videobrasil, em 2007, e com o vídeo “Uma” participa do I Festival de Cinema Latinoamericano de São Paulo, em 2005, e da exposição “Interconnect” do Centro de Arte e Mídia ZKM, na Alemanha, em 2006; Faz a exposição “Vestígios” na Galeria Marília Razuk, em 2006; “O Mundo de Janiele” integra a mostra “Por um Fio” no Centro Cultural da CPFL, em Campinas, e no Paço das Artes em 2007; Em 2008 é um dos artistas seleccionados para representar o Brasil, como país convidado, na Feira Internacional ARCO’08, comissariada por Moacir dos Anjos, e também seleccionado para participar da mostra de vídeo do programa paralelo à ARCO’08, comissariada por Daniela Bousso, no Museu Reina Sofia em Madrid...

Colecções Públicas Banco Interamericano de Desenvolvimento - Brasília / DF; MAM da Bahia - Salvador / BA; MAM do Rio de Janeiro / RJ; Colecção Gilberto Chateaubriand - Rio de Janeiro / RJ; Museu de Arte Contemporânea - Dragão do Mar - Fortaleza / CE; Casa de las Americas - Havana - Cuba; Museu Berardo de Lisboa - Lisboa - Portugal...

Prêmios Prêmio Aquisição no 7º Salão do MAM da Bahia - Salvador / BA Prêmio Aquisição com a obra Canto Doce - Pequeno Labirinto no 16º Festival Videobrasil - São Paulo / SP

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Canto Doce - Pequeno Labirinto, still do vídeo em que aparece o muro de açúcar Canto Doce - Pequeno Labirinto, still do vídeo em cenas da participação do público Canto Doce - Pequeno Labirinto, still do vídeo em cenas da participação do público Canto Doce - Pequeno Labirinto, still do vídeo em que os transeuntes da estação ferroviária observam a obra Canto Doce - Pequeno Labirinto, still do vídeo em cenas da participação do público

O papel da cultura no re-encantamento das nossas vidas é como um processo criativo onde mudamos as condições que levam a opressão e monotonia. Re-encantar não é volta-se a um passado mítico, é tocar no mistério do mundo, é fazer com que o cotidiano e a mesmice possam ser alegres, possam ser lúdicos.

Nesta intervenção urbana, o muro de açúcar, diferentemente dos muros que normalmente segregam e separam realidades, faz uma mudança no fluxo no caminho dos pedestres.

Propõe mudança de atitude. Propõe que os fluxos sigam caminhos diferentes.

O Labirinto de açúcar foi instalado na Estação de Trem da Calçada, em Salvador, uma das principais vias de acesso ao subúrbio ferroviário da capital baiana, local em que se escoava parte do açúcar produzido na Bahia. Como os trilhos que levavam o açúcar até o porto, o artista pretendeu, por meio da instalação, redesenhar o fluxo obrigatório de trânsito numa área de grande movimentação de pedestres.

O público teve acesso a obra desde a montagem até o fim da exposição, podendo interagir e falar sobre o que viam e sentiam. O impacto gerado foi gravado e originou este vídeo.

Ayrson Heráclito Fez Licenciatura em Artes Plásticas pela UCSAL, com mestrado em Artes Visuais pela UFBA; Professor do quadro permanente no Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Director de Artes Visuais da Fundação Cultural do Estado da Bahia de 2007 a 2008; Membro do Conselho do Fazcultura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e do Vivacultura da Fundação Gregório de Mattos; Prêmio Aquisição no 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica SESC Videobrasil 2007; Prêmio Aquisição do 9º Salão de Arte da Bahia, MAM - BA; Prêmio Braskem Cultura e Arte, Braskem; Prêmio A Imagem em 5 Minutos, FUNCEB; Prêmio Aquisição do 1º Salão de Arte da Bahia, MAM - BA; Participa de várias exposições nacionais e internacionais, tais como: Ecologia de Pertencimento, MAM - BA; A Transmutação da Carne, ICBA - BA; Bienal do Mercosul, Fundação Bienal do Mercosul - RS...

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Sangue, Saliva e Sémen, still do vídeo Sangue, Saliva e Sémen, still do vídeo Sangue, Saliva e Sémen, still do vídeo Sangue, Saliva e Sémen, still do vídeo

O azeite de dendê passa a ocupar um lugar central no seu processo investigativo. A polivalência de seus usos, a ubiqüidade da sua sua presença nas regiões baianas directamente envolvidas com a escravidão e o tráfico negreiro, empresta sentidos múltiplos e densos ao material que é apropriado pelo artista como matéria-prima central para se pensar o ethos baiano. A importância atribuída ao óleo de palma pelas religiões afro-baiana -o “sangue vegetal” que é oferecido às divindades em uma grande parte de seus rituaisemprenha-o de sentidos abrangentes e múltiplos.

Do vídeo Sangue, Saliva e Sémen, vemos cristais sextavados dos respingos das explosões de “potências comprimidas” da fervura desse sangue, e saturadas em expansão até a eclosão de beleza, “Pérola Negra”, ou por assim dizer “Barruecos”, amarelada em azeite para nos unir: Do negro aos mestiços, aos pardos, mulatos e brancos.

Do som da fritura do “sangue” ao o “olhar” da suplantação da dor através do doce salgado sangue-dendê que vitaliza, humidifica e engravida a presença dos corpos.

Eriel Araújo Fez Licenciatura em Artes Plásticas pela UFBA, com mestrado em Artes Visuais pela UFBA e com Doutorado em Artes Visuais pela UFRGS; Prêmio de Aquisição no X Salão do MAM da Bahia; Desenvolve trabalho de investigação e pesquisa na Universidade Politécnica de Valência; Actualmente é professor da UFBA e participa de várias exposições nacionais e internacionais, tais como: Inercia, Galeria Mister Pink, Valencia - Espanha; Bahia de Todos os Santos, uma exposição colectiva intinerante com os artistas: Marepe, Mario Cravo Neto, Pierre Verger e Eriel Araújo, promovida pelo IFA Institut Fur Auslandsbeziehungen, comissariada por Karin Stempel, nas cidades Stuttgart, Berlin e Bonn; VIII Bienal Internacional de Aveiro, em Portugal; EstiuART Intervenciones 2007, Valencia - Espanha; Cidades Invadidas, Universidade Politécnica de Valencia, na Espanha...

Bolsas e Prêmios 2007 Bolsa Arte y Tecnologia. CAPES- MECD, Brasil - Espanha 2005 Bolsa de Doctorad en Artes Visuales. CAPES / Brasil 2003 Prêmio X Salão da Bahia, Salvador - Bahia 2001 Prêmio Copene Cultura e Arte, Salvador - Bahia

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Inercia, detalhe da Instalação Inercia, vista da Instalação na Galeria Mister Pink Inercia, vista da Instalação na Galeria Mister Pink Inercia, vista da Instalação na Galeria Mister Pink

Si destruimos nuestros mitos, qué vamos a hacer con los fragmentos?...

Esta seria la fase inicial del proyecto creado por Eriel Araújo.

La instalación se compone de tres elementos, relacionados entre si: por un lado encontramos una serie de piezas de porcelana en hueco, que reproducen la figura de un superhéroe como si de um muñeco de tarta de compleaños se tratase.

Esta serie de piezas, colocadas todas juntas sobre un estante de madera, se enfrenta a uno video en bucle, donde vemos ese mismo objeto representado desplazándose por una cinta transportadora industrial y cayendo al yació rompiéndose en mil pedazos. El espectador no ve la caída del objeto, sino que simplemente oye el ruido del objeto impactando sobre el suelo.

Bajo la proyección, encontramos el tecer elemento de la instalación: un superhéroe de porcelana decompuesto em un montón de pedazos. El juego entre estos tres elementos produce una reacción visual en cadena, como si el espectador entrase en un bucle infinito de producción, reproducción, destrucción, reconstrucción y transformación de un elemento perteneciente a la cultura visual y al imaginario mitológico de la cultura de masas.

La inercia, o la fuerza motriz que mueve toda la instalación, es intentar crear un modelo de instalación en continuo devenir, donde la imposibilidad de acabar con la representación de nuestros mitos se vuelve parte de nuestra esquizofrenia cotidiana.

La propuesta artística pretende crear una instalación compuesta de objetos cerámicos, alejándose, de este modo, del concepto tradicional de abordar la cerámica como objeto exento, aislado e decorativo, para pasar a utilizar unos de los lenguajes artísticos más antiguos de una manera contemporánea, ocupando y dando nuevos significados al espacio donde se instala.

Juan Luis Toboso

Gaio Fez Licenciatura em Artes Plásticas pela UFBA, com mestrado em Artes Visuais pela UFBA; Seleccionado pelo Projeto Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural 2005-2006, com coordenação curatorial de Lisette Lagnado; Participa de várias exposições, tais como: Harmony Art Show, Nehru Art Center, Mumbai, Índia; Anjos da Guarda, Centro de Cultura Dragão do Mar, Fortaleza - CE; III Temporada de projetos CCSP, São Paulo - SP; 14º Salão da Bahia, MAM da Bahia, Salvador - BA; Paradoxos Brasil, Projeto Rumos Artes Visuais Itaú Cultural, São Paulo; Projeto Trajetórias, na Fundação Joaquim Nabuco, Recife; Winter, Tint Art Gallery, Tessalonika, Grécia; Cidades: Construção e Precariedade, Museu de Arte Contemporanea de Góias, Goiânia - GO; 5 de Fora, Galeria PAA, Porto, Portugal; Arquitetura Invisível, Galeria Paulo Darzé, Salvador - BA; III Bienal do Mercosul, Porto Alegre - RS...

Prêmios 2007 Prêmio Aquisição Residência na Inglaterra, 14º Salão do MAM, Salvador - BA 2007 Prêmio Aquisição Temporada de Projetos 2007, Centro Cultural São Paulo - SP 2007 Prêmio Projéteis de Artes Visuais, Funarte, Rio de Janeiro - RJ 2007 Prêmio Manuel Quirino, Salvador - Ba 2006 Prêmio Rumos Itaú Cultural São Paulo 2004 Prêmio Braskem de Cultura e Arte, Salvador - BA 2002 Prêmio Braskem de Cultura e Arte, Salvador - BA Obras em Acervo Harmony Art Foundation, Bombaim, India Pinacoteca Municipal da Cidade de São Paulo, São Paulo - SP Centro de Cultura Dragão do Mar, Fortaleza - CE Fundação Joaquim Nabuco, Recife - PE Museu de Arte Moderna da Bahia Philips do Brasil, São Paulo - SP Fundação Cultural do Estado da Bahia, Salvador - BA

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Saindo de Casa, still do vídeo Saindo de Casa, still do vídeo Saindo de Casa, still do vídeo Saindo de Casa, still do vídeo

Como situar os que habitam ou cruzam fronteiras, refugiados de guerra, população de rua, trabalhadores migrantes e “nômades”? Como reterritorializar uma população em trânsito que perdeu suas amarras a lugares definidos? De que forma os sentidos espaciais se estabelecem, e quem tem o poder de tornar lugares os espaços?

Estas questões se evidenciam quando vivemos uma condição generalizada de “sem teto”, em um mundo sem fronteiras onde as identidades estão se tornando cada vez mais, senão totalmente desterritorializadas, ao menos territorializadas de forma diferente. Penso que o vídeo “saindo de casa” alude a este espaço movente e fora da lei temporal e territorial fixa que rege a arquitectura de projecto ao mesmo em que por cadeia apontam de forma subtil para uma política habitacional desigual, deficitária e exclusória. Isso nos faz pensar em um sentido de lugar progressista, não fechado e defensivo, mas voltado para fora e que combine com a recusa do produto e dos processos do “ficar parado”.

Araci Tanan Fez Licenciatura em Artes Plásticas pela UFBA, Participou em 3 edições da Feira Internacional ARCO, em Madrid; 4 edições da Feira Internacional ARTE LISBOA, em Lisboa; representada por galerias da Associação Portuguesa de Galerias de Arte; com obra pública na região de Lisboa adquirida pela Multi Development Corporation para a área interna do shopping Forum Montijo, em Montijo, Portugal; com colecções particulares em Portugal, Espanha, Brasil e Holanda; Autora e orientadora em 2007, do projecto artístico educacional Faz Arte em Contos de Fadas, promovido pela Câmara Municipal de Tavira, juntamente com o Museu Palácio da Galeria e a Biblioteca Municipal de Tavira...

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Prevalecência dos Corpos, arame, lã de carneiro, pasta de papel, jogo de dominó e recortes de jornais Prevalecência dos Corpos (detalhe), arame, lã de carneiro, pasta de papel, jogo de dominó e recortes de jornais Prevalecência dos Corpos (detalhe), arame, lã de carneiro, pasta de papel, jogo de dominó e recortes de jornais Prevalecência dos Corpos (detalhe), arame, lã de carneiro, pasta de papel, jogo de dominó e recortes de jornais Chapéu das Potencialidades, fios de cobre, veludo e capacitores eletrônicos

Manca, fazendo uso dos artificies de ajuda e disfarce...

Atma percorre caminhos tortuosos, sócio-econômicos e políticos...

Quando, como num insight sobre a natureza verdadeira das coisas, Atma com seus potenciais -sugeridos num chapéu com asas- abandona a consciência dos limites físicos e experimenta toda essência que é trazida por uma grande nuvem em forma de cordeiro, despertando-lhe uma doce lembrança de carinho, ludicidade, humanismo e liberdade.

“Como registo de passagem”...

O diferente sapato que era usado, que inclusive a adaptava ou habilmente a introduzia a condição das habilidades humanas de “deslocação”, de “alcances de horizontes e territórios” ou simplesmente a fazia sentir-se como uma igual a todos os outros, agora, prescindia da sua função para se reabrigar na história de uma passagem.

Cláudio de Souza Fez Licenciatura em Artes Plásticas pela UFBA; Comissário e artista participante da exposição de arte contemporânea Loading Life, em Salvador - Bahia; Prêmio de 1º lugar no II Salão de Pintura da Bahia; Director do Atelier Casa Amarela em Salvador-Bahia 1994-2000, onde participou em projectos de criação e execução em cenografia para o cinema, teatro e televisão; Actual director do Atelier Casa Amarela, uma agência de arte contemporânea e produtora multidisciplinar em artes plásticas em Portugal; Participa em exposições no Brasil, Portugal e Espanha e desenvolve projectos curatoriais para exposições de arte contemporânea no Brasil e em Portugal...

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1 Genealogia do Desenvolvimento (detalhe), vinil adesivado, pintura, escultura, e película aderente 2 Genealogia do Desenvolvimento (detalhe), vinil adesivado, pintura, escultura, e película aderente 3 Genealogia do Desenvolvimento (detalhe), vinil adesivado, pintura, escultura, e película aderente 4 Genealogia do Desenvolvimento (detalhe), vinil adesivado, pintura, escultura, e película aderente 5 Genealogia do Desenvolvimento (detalhe), vinil adesivado, pintura, escultura, e película aderente 4

Abre-se as janelas do Palácio...

Repensar o objecto não como um mero exercício de possibilidades de alcances figurados ou adquiridos, mas, como apreensão das reflexões atingidas pelo deslocamento de contexto de suas funcionalidades originais, permitindo (re)usá-lo como proposta de estrutura de linguagem para comunicar o que se fala ou o que se sente.

Assim se apresenta a proposta do site specific Genealogia do Desenvolvimento, em que a abertura de uma janela do antigo Palácio que se tornara uma parede em sua extensão de Museu, é redeslocada em sua antiga função de comunicar o de fora com o de dentro, para nos aproximar de uma sugestibilidade de leitura -acrescida pela predisposição de espírito de observação “Indoor” da plataforma White Cube- de tudo o que nos é sensorial como estruturas de linguagem.

Do tecto de vidro (pintura e escultura de arte moderna, acondicionadas em película aderente com etiquetas de adquirido, como se de uma transmissão de propriedade se tratasse) às paredes e ao chão: Sinais em “Grid” de não centralização do motivo, perguntas e indicações que remetem ao um encaminhamento posicional-reflexivo sobre a necessidade do domínio de posse do nosso passado mais próximo: O nosso preenchimento de modernidade, no sentido mais amplo da palavra, como imprescindível ao acesso que possibilita os alcances das aberturas de sensibilidades atingidas no contemporâneo.

Marcondes Dourado Fez Licenciatura em Artes Plásticas pela UFBA; participa de várias exposições, tais como: Notícias do Agora, em 2007, na Galeria da Aliança Francesa, em Salvador; Panorama da Videoarte no Brasil, em 2007, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro; Salão Nacional de Artes de Goiás, em 2006, em Goiânia; Subversão dos Meios, em 2003, no Itaú Cultural de São Paulo; Consequence, na Galeria Chedalle, em Zurique, na Suíça; Em 1998, foi premiado na categoria de melhor vídeo baiano do Festival Imagem em 5 Minutos, em Salvador; 1996 é contemplado com o primeiro prêmio no 11º Festival Internacional de Arte Eletrônica Videobrasil...

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1 Pomba Gira, still do vídeo 2 Pomba Gira, still do vídeo 3 Pomba Gira, still do vídeo

Imagem da conhecida entidade da umbanda, associada com a paixão, a sensualidade e vaidade feminina.

O Gradeamento e a oclusão em uma sucessão de ténues à largas linhas verticais em movimentos repetitivos de deslocamento pendular, sobre a figura da Pomba Gira, predispondo-nos a um devaneio como numa hipnose visual, em que nos ausentamos por uns instantes, e alargamos nossas percepções do que nos é presencial e do que nos é facultado na actualização das nossas projecções de consciência. Acentuando uma diversidade de possibilidades de identificação -acrescida pela sugestibilidade dos códigos de barra de identificação óptica na mercantilização das posses e consumo de massas- do “intermediário” dos nossos desejos.

Elias Santos Fez Licenciatura em Artes Plásticas pela UFBA, ganhador do prêmio Artista Destaque da Região do Recôncavo na VIII Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix - BA; Prêmio Aquisição na VI Bienal do Recôncavo, Centro Cultural Dannemann, São Félix - BA; Representado actualmente em Londres e nos Estados Unidos pela Galeria GVArt; Participa em várias exposições, tais como: Exposição de Arte Contemporânea Loading Life, em Salvador; Série Desenhos, Aliança Francesa, em Salvador; Série Desenhos, ACBEU, Salvador; Circuito das Artes, Galeria ICBA, Salvador - BA...

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1 O Ladr찾o (Detalhe), 2007. Desenho a tinta sobre papel manteiga, 100cm x 180cm 2 O Ladr찾o, 2007. Desenho a tinta sobre papel manteiga, 100cm x 180cm 3 Cerimonial Pedag처gico, 2007. Desenho a tinta sobre papel manteiga, 100cm x 180cm

Esta série nasce de pesquisas que o artista plástico Elias Santos desenvolve com o desenho e refere-se a um questionamento ligado à problemática do corpo sendo modelado pelas forças coletivas da subjetividade. Neste sentido, o corpo não é uma forma fixa; sua forma visível é, antes, a expressão dessas forças interagindo no plano político do desejo e de seus investimentos. Esses corpos estão intimamente relacionados a um agenciamento que envolve o uso de uma indumentária de sentido mágico-religioso-sexual, ao que se incorpora o uso de adornos e instrumentos rituais que, por vezes, vêm a ser instrumentos de suplício.

Esse aparato instrumental é coextensivo ao próprio corpo, sendo parte de sua própria produção, bem como resultante da ação pedagógica coletiva que incide sobre esse corpo, modelando suas formas de expressão.

Nos desenhos do artista esses temas estão agregados em uma poética visual que têm ressonâncias com questões do mundo contemporâneo, no qual os corpos estão constantemente expostos à ação de agentes coletivos que investem na produção de novas formas de culto, sejam estes, religiosos, estéticos, econômicos, políticos. Esses corpos padecem, mas também agem e de alguma maneira procuram escapar às ameaças dos fundamentalismos, da invasão de signos que potencializam a uniformização dos padrões de comportamento. Os corpos estão instrumentalizados e podem exorcizar-se do perigo, podem expulsar, podem assimilar, podem expressar suas diferenças, podem, inclusive, tornar-se parte do perigo, colocando em evidência, questões de reflexão sobre as diferenças que coexistem no mundo contemporâneo.

Obras de ReferĂŞncia

Cristo de Rapadura | Bienal de Valencia, 2007 Açúcar e madeira Caetano Dias

Sobre a Virgem | MAM - Rio de Janeiro, 2003 Imagens de Santa Bárbara, perfuração, iluminação, polifonia com depoimentos de prostitutas Caetano Dias

Divisor | Bienal do Mercosul, 2001 Vidro, água salinizada e azeite de dendê Ayrson Heráclito

A busca dá imagem | Institut Für Auslandsbeziehungen, Bonn - Alemanha, 2003 Ferro, vidro, espelho, parafina e velas Eriel Araújo

Projeto Carne | MAM - Bahia, 2000 Carne de charque (carne salgada e desidratada) Ayrson Heráclito

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1 O sonho que iça | Loading Life, Salvador - Bahia, 2004 | Papel e madeira | Cláudio de Souza 2 Série Desvios | Arquitetura Invisível, Galeria Paulo Darzé, Salvador - Bahia, 2005 | Ferro | Gaio 3 Sem título | Aliança Francesa, Salvador - Bahia, 2004 | Caneta sobre papel | Elias Santos 4 Flora e Stela | Obra pública em Lisboa, Forum Montijo, Multi Development Corporation, Portugal, 2003 | Fiberglass e poliuretano | Araci Tanan 5 Bardo | Festival Internacional de Arte Eletrônica Videobrasil, São Paulo, 1996 | Vídeo | Marcondes Dourado

Produção Câmara Municipal de Tavira

Identidade Visual Cláudio de Souza

Programação / Direcção Jorge Queiroz (CMT)

Design gráfico / Concepção e execução Cláudio de Souza

Projecto Curatorial e Comissariado Cláudio de Souza

Still e fotografias Cláudio de Souza

Coordenação / Produção Ana Sofia Miguéns (CMT)

Fotografias cedidas Eriel Araújo, pelo próprio artista Elias Santos, pelo próprio artista

Auxiliares de Museografia José Neves (CMT) José Gregório (CMT) Carlos Pires (CMT) Hortense Nunes (CMT) Serviço Educativo Luisa Ricardo (CMT) Patrícia Gonçalves (CMT) Carpintaria CMT Transportes CMT Seguros Allianz

Foto da Capa Rua Silva Jardim, Ladeira do Tabuão em 1940, em Salvador - Bahia, Impressão Gráfica Comercial Tiragem 500 exemplares Depósito Legal 273297 / 08 ISBN 978-972-8705-23-7