Programação Mostra Ameríndios

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D E 1 A 29 D E AB R I L D E 2018

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FRUIR A DIFERENÇA ATÉ BEM POUCO TEMPO, era comum a crença de que o indígena estava fadado ao desaparecimento. O abandono de especificidades culturais figurava como caminho inevitável numa sociedade globalizada, cada vez mais homogênea, que avançava em direção ao que se entendia por progresso. Resquício de tempos passados, do indígena restaria apenas a memória; o futuro era reservado ao não-índio. O prognóstico, porém, não se verificou. Ao contrário. Acumularam-se evidências de crescimento da população indígena no país, por vezes em ritmo mais acelerado do que o restante da sociedade brasileira. Para além de efeito demográfico, mais pessoas passaram a reconhecer-se como tal, revivendo e ressignificando práticas. Modos de vida, formas de ocupar o território, lutas por direitos e uma profusão de expressões artístico-culturais revelam configurações da identidade sempre em movimento, num diálogo permanente com questões próprias da contemporaneidade. Ao abrir espaços e conferir visibilidade a iniciativas protagonizadas por indivíduos, comunidades e grupos indígenas, combinando múltiplas linguagens e formatos, a “Mostra Ameríndios” propõe a ruptura com estereótipos a respeito desse coletivo, construídos a partir de visões pejorativas ou romântico-paternalistas. Perceber o índio como cidadão brasileiro, sujeito de direitos e produtor de saberes, inserido no presente e atento ao futuro, é parte inerente a esse processo. Debruçar-se sobre formas de vida complexas, aproximando-se de outras cosmologias, por vezes requer a suspensão temporária de lógicas próprias, implicando num estranhamento de si mesmo. Para o Sesc, tal deslocamento é um convite, na medida em que possibilita o exercício da alteridade e a fruição da diferença. Danilo Santos de Miranda Diretor do Sesc São Paulo



FOTO ALICE HAIBARA

SUMÁRIO AÇÕES PARA A CIDADANIA

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ARTES VISUAIS

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CINEMA E VÍDEO

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MOSTRA CINEMA AMERÍNDIO

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CRIANÇAS

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DANÇA

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LITERATURA

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MEIO AMBIENTE

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MÚSICA

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TECNOLOGIAS E ARTES

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AÇÕES PARA A CIDADANIA CURSO APRENDENDO COM OS POVOS INDÍGENAS NA ESCOLA A partir de uma aproximação com saberes de diferentes povos indígenas que vivem no Brasil hoje, este curso tem por objetivo apresentar ferramentas didáticas para ensinar a temática indígena em escolas de Ensino Fundamental e Médio e elaborar, junto com os educadores, abordagens e recortes disciplinares alternativos para as histórias e culturas dos povos ameríndios. Com Tatiane Klein, antropóloga e pesquisadora do Centro de Estudos Ameríndios da USP (CEstA-USP). Aula 1 - Diversidade indígena no Brasil Aula 2 - Conhecimentos indígenas Aula 3 - Ensinar com os povos indígenas De 3 a 5, terça a quinta, das 19h às 22h. Auditório. 126 lugares. Grátis. Inscrições na Central de Atendimento.

OFICINA CANTOS DA FLORESTA - A MÚSICA NO UNIVERSO INDÍGENA A partir do repertório musical indígena, propõe-se uma vivência com as tradições de alguns grupos indígenas de diferentes partes do país como: Kambeba, Paiter Suru, Guarani, Xavante, Kaigang, entre outros. Com Magda Pucci, diretora musical do grupo Mawaca, e Berenice de Almeida, educadora musical. Dia 14, sábado, das 14h30 às 18h30. Espaço Corpo e Arte. Vagas limitadas. Grátis. Inscrições na Central de Atendimento.

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XONDARO E CORAL GUARANI Apresentação da dança tradicional guarani xondaro, que une canto, dança, relação com as divindades e a preparação de corpos fortes e saudáveis; seguida da apresentação do coral da aldeia guarani do Rio Silveira, localizada nos municípios de São Sebastião e Bertioga (SP).

FOTO LUIZA CALAGIAN

INTERVENÇÃO

Dia 15, domingo, 16h30. Praça. 450 pessoas. Grátis.

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PALESTRA A OCUPAÇÃO INDÍGENA NO VALE DO PARAÍBA: UMA ABORDAGEM ARQUEOLÓGICA Palestra sobre a ocupação pré-colonial do Vale do Paraíba por grupos indígenas horticultores e ceramistas. Com os arqueólogos Wagner Gomes Bornal e Aline Mazza.

PRIMEIRA FOTO: LUCAS LACAZ / SEGUNDA FOTO: ALINE MAZZA

Dia 17, terça, das 19h30 às 22h. Auditório. 126 lugares. Grátis. Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

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PASSEIO VISITA À ALDEIA GUARANI DO RIO SILVEIRA A aldeia guarani do Rio Silveira (Terra Indígena Ribeirão Silveira), localizada em bioma de Mata Atlântica nos municípios de São Sebastião e Bertioga (SP), é habitada por cerca de 500 pessoas e faz parte de uma ampla rede de parentesco e intercâmbios que une as demais aldeias em que vive o povo Guarani. A partir dessa visita, os participantes poderão conhecer um pouco do cotidiano das famílias locais e ter uma vivência da cultura guarani. Dia 21, sábado, saída às 8h30. Inscrições na Central de atendimento a partir do dia 1 de abril. Preços: Credencial Plena - R$ 60,00, MIS - R$ 85,00, Inteira - R$ 110,00.


ARTES VISUAIS OFICINA KENEYA Keneya é um conjunto de oficinas que giram em torno das práticas artísticas do povo Huni Kuin (Kaxinawá), habitante das regiões do Acre e da Amazônia Peruana. Kene é o nome dado aos padrões gráficos entre os Huni Kuin. Ainbu Keneya (aquela com desenho) é a forma pela qual são chamadas as mestras artesãs, que dominam as técnicas de expressão dos kene, em pinturas corporais, tecelagem em algodão, palha, cerâmica e miçangas. Com Ykuani Huni Kuin, mestra artesã huni kuin, e Alice Haibara, antropóloga. Dia 10, terça, 19h, Kene: Oficina de grafismos huni kuin. Dias 11 e 12, quarta e quinta, 19h, Shapu: Oficina de tecelagem em algodão. Dia 13, sexta, 19h, Mane: Oficina de artes e miçangas. Oficina. Vagas limitadas. Grátis. Inscrições na Central de Atendimento.

EXPOSIÇÃO SONHOS YANOMAMI Composta por três séries fotográficas da artista Claudia Andujar (Sonhos Yanomami, O Invisível e Reahu), a exposição conduz um mergulho na cosmologia e no modo de vida dos Yanomami, por meio de seus rituais xamânicos. Andujar propõe uma interpretação imagética acerca dos rituais, como forma de acesso à genealogia Yanomami, ao aglutinar aspectos de sua cultura e, simultaneamente, dissolver as fronteiras entre os humanos e não-humanos. Até 17/06, terça a sexta, 13h às 21h30. Sábado, domingo e feriados, 10h às 18h30. Área de Exposição. Grátis. Agendamento de visitas escolares pelo telefone (12) 3904-2000. 9


Retirada de ingressos

CINEMA E VÍDEO

A partir das 16h30: somente para Credencial Plena; Credencial Atividade e MIS. A partir das 17h: Credencial Plena; Credencial Atividade; MIS e demais interessados, havendo disponibilidade.

HOTXUÁ - O PALHAÇO SAGRADO Registro poético sobre a etnia indígena Krahô, um povo sorridente que designa um sacerdote do riso, o Hotxuá, para fortalecer e unir o grupo por meio da alegria, do abraço e da conversa. Os indígenas falam sobre o seu modo de vida, cuja concepção é o equilíbrio entre forças opostas e o respeito à diversidade. Direção: Letícia Sabatella, Gringo Cardia | Brasil-2009 | Documentário - 70 min. | Colorido. Dia 1, domingo, 18h. Auditório. 126 lugares.

MARTÍRIO Uma análise da violência sofrida pelo grupo Guarani Kaiowá, uma das maiores populações indígenas do Brasil nos dias de hoje e que habita as terras do centro-oeste brasileiro, entrando constantemente em conflito com as forças de repressão e opressão organizadas pelos latifundiários, pecuaristas e fazendeiros locais, que desejam exterminar os índios e tomar as terras para si. Direção: Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, Tatiana Almeida | Brasil - 2017 | Documentário - 162 min. | Colorido Dia 8, domingo, 18h. Auditório. 126 lugares. O MESTRE E O DIVINO Como todo período histórico importante, a catequização indígena no Brasil envolve mitos e verdades. Em pleno século XXI, a aldeia em Sangradouro, no estado do Mato Grosso, recebe a visita de dois cineastas, o alemão Aldalbert Heide e o Xavante Divino Tserewahu, que auxiliam na descoberta das origens de certas tradições da tribo. Direção: Tiago Campos | Brasil - 2013 | Documentário - 85 min. | Colorido Dia 15, domingo, 18h. Auditório. 126 lugares. 10


Direção: Vincent Carelli. Roteiro: Dominique Gallois | Brasil - 1994 | Documentário - 18 min. | Colorido

FOTO VINCENT CARELLI

CORUMBIARA Leiloada durante o governo militar, a gleba Corumbiara, no sul de Rondônia, é o cenário, em 1985, de um massacre de índios isolados. Apesar dos sinais da tentativa de apagar as evidências de sua existência, o caso é esquecido. Dez anos depois, são revelados os sinais da continuidade dos crimes contra os povos indígenas.

Dia 22, domingo, 18h. Auditório. 126 lugares. AS HIPER MULHERES Com receio que sua esposa já idosa venha a falecer, um velho pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), para que ela possa cantar mais uma última vez. As mulheres do grupo começam os ensaios enquanto a única cantora que de fato sabe todas as músicas se encontra gravemente doente. Direção: Takumã Kuikuro, Carlos Fausto, Leonardo Sette | Brasil - 2011 | Documentário - 80 min. | Colorido Dia 29, domingo, 18h. Auditório. 126 lugares. 11


MOSTRA CINEMA AMERÍNDIOS

De 10 a 12, terça a quinta, 19h30. Auditório. 126 lugares. Grátis. Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

DIA 10 Após as exibições, haverá um bate-papo de abertura da Mostra. O ESPÍRITO DA TV As emoções e reflexões dos Wajãpi ao verem, pela primeira vez, a sua própria imagem e a de outros grupos indígenas num aparelho de televisão. Os índios refletem sobre a força da imagem, a diversidade dos povos e a semelhança de suas estratégias de sobrevivência frente aos não índios. Direção: Vincent Carelli. Consultoria Antropológica: Dominique Tilkin Gallois | Brasil - 1994 Documentário - 18 min. | Colorido RETOMADA TEYIKUE A luta dos Kaiowá e Guarani da aldeia Teykue (município de Caarapó - MS) pela retomada do seu território tradicional é marcada pela violência. Em junho de 2016, ocorreu mais um ataque à comunidade por parte da milícia armada, financiada por ruralistas da região, resultando em mais um indígena morto e quatro feridos, inclusive uma criança de 10 anos. Mais de 90 cápsulas de balas foram encontradas na retomada, além de inúmeras marcas de tiros. Nenhum fazendeiro foi ferido no conflito. Direção: Ascuri | Brasil - 2016 | Documentário - 15 min. | Colorido 12


GUAIRAKA’I JA - O DONO DA LONTRA Segundo os Guarani Mbya, todos os seres que habitam este mundo têm algum espíritodono que zela por eles, inclusive os animais de caça. Alguns desses donos podem ser especialmente vingativos, caso se sintam desrespeitados. Direção: Wera Alexandre Ferreira | Brasil - 2012 | Documentário - 11 min. | Colorido

BATE-PAPO DE ABERTURA DA MOSTRA FAZENDO CINEMA INDÍGENA Bate-papo sobre o histórico, desafios e especificidades do cinema realizado por cineastas indígenas. Com Jera Guarani (Guarani Mbya), professora e liderança da Terra Indígena Tenondé Porã; Gilmar Galache (Terena), graduado em Design Universidade Católica Dom Bosco, mestre em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília, idealizador – conjuntamente com Eliel Benites (Guarani Kaiowá) – da Associação Cultural de Realizadores Indígenas (Ascuri). Mediação de Tatiane Klein, antropóloga e pesquisadora do Centro de Estudos Ameríndios da USP (CEstA-USP). Dia 10, terça, 19h30. Auditório. 126 lugares. Grátis. Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

DIA 11 KONÃGXEKA: O DILÚVIO MAXAKALI Animação que trata a respeito da narrativa mítica maxakali sobre o dilúvio. Konãgxeka na língua maxakali quer dizer “água grande”. Como um castigo, por causa do egoísmo e da ganância dos homens, os espíritos yãmîy enviam a “grande água”. As ilustrações para o filme foram feitas por indígenas Maxakali, durante oficina realizada na Aldeia Verde Maxakali, no município de Ladainha, Minas Gerais. Direção: Charles Bicalho e Isael Maxakali | Brasil - 2016 | Animação - 13 min. | Colorido 13


MÃOS DE BARRO O curta trata sobre as tradicionais louceiras do povo Pankararu, situado no sertão de Pernambuco. Elas relatam as influências de suas habilidades relacionadas ao trabalho com o barro, bem como a importância deste trabalho para a cultura Pankararu e o desejo de circular esse saber-fazer para futuras gerações. Direção: Alexandre Pankararu e Graciela Guarani | Brasil - 2015 | Documentário - 20 min. | Colorido

URIHI HAROMATIPË - CURADORES DA TERRA-FLORESTA Os trovões estão avisando: “A Terra está doente”. Para curá-la, Davi Kopenawa reuniu os xamãs yanomami de diversas regiões. Com a ajuda do alimento dos espíritos, o rapé yakoana, eles vão tratar os males provocados pelas cidades e doenças dos brancos. Direção: Morzaniel Iramari Yanomami | Brasil - 2014 | Documentário - 60 min. | Colorido

DIA 12 OSIBA KANGAMUKE - VAMOS LÁ, CRIANÇADA As crianças da aldeia Aiha Kalapalo, do Parque Indígena do Alto Xingu (MT), são as protagonistas desse filme e escolheram mostrar alguns aspectos da sua rotina e da sua cultura. Da escola, onde aprendem o português, até os rituais e a luta ikindene, os pequenos Kalapalo demonstram uma sutileza peculiar de quem conhece suas tradições. Direção: Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro e Veronica Monachini | Brasil - 2016 | Documentário - 19 min. | Colorido WEHSÉ DARASE - TRABALHO DA ROÇA O filme mostra o universo do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro sob os olhos de uma jovem Tukano, Larissa. A narrativa do filme se constrói a partir de suas reflexões sobre a relação com os antepassados e aborda, ainda, a importância dos saberes da roça e da circulação de conhecimentos e práticas entre diferentes gerações. Direção: Larissa Ye’padiho Duarte Tukano | Brasil - 2016 | Documentário - 24 min. | Colorido 14


FOTO VINCENT CARELLI

KIARÃSÂ YÕ SÂTY - O AMENDOIM DA COTIA O cotidiano da aldeia Panará na colheita do amendoim, apresentado por um jovem professor, uma mulher pajé e o chefe da aldeia. Direção: Komoi Panará, Paturi Panará | Brasil - 2005 | Documentário - 21 min. | Colorido

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FOTO MARCIO PONTES

CRIANÇAS

TEATRO COMO NASCE A CHUVA? O espetáculo conta a história do indiozinho Lua, que um dia ficou pensando: de onde a chuva vem? Como ela nasce? Tomado por uma enorme curiosidade, Lua quer aprender a fazer chover. Depois de muita insistência, o indiozinho acompanhado por um macaco e uma onça, resolve ir se encontrar com Amanayara, o Deus da Chuva, para encontrar uma resposta. Será que agora o indiozinho vai descobrir como nasce a chuva? Com a Cia Polichinelo. Dia 15, domingo, 15h Auditório. 126 lugares. (Credencial Plena) R$5,00 (Meia) R$8,50 (Inteira) R$17,00

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DANÇA

ESPETÁCULO ESQUIVA Apresentação artística inspirada no universo indígena Guarani Mbya que, por meio da dança contemporânea e da música, busca refletir sobre a presença Guarani em nossas cidades e as aproximações possíveis a esse universo, ao mesmo tempo tão próximo e tão desconhecido. Questão pertinente não somente a São Paulo, mas ao Brasil como um todo. Esquiva está associada e fundamentada à atitude de esquivar-se, presente no xondaro, manifestação característica da cultura Guarani que se refere não só a uma dança, mas a um modo de ser Guarani. Com Cia. Oito Nova Dança. Dia 21, sábado, 20h Praça. 450 pessoas.

LITERATURA SARAU AMERÍNDIO Os desafios e as especificidades da literatura indígena, questões relacionadas à transformação da circulação de saberes pela oralidade para o registro na forma escrita, assim como tantos outros temas concernentes aos povos indígenas na atualidade serão os temas tratados no Sarau Ameríndio. Com Kunumi MC, jovem escritor e rapper guarani; Timóteo Popygua, liderança guarani e escritor do livro A terra uma só (Yvy Rupa). Mediação de Paulo Victor Albertoni Lisboa, doutorando em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Dia 24, terça, das 19h30 às 21h30. Convivência. 450 pessoas. Grátis. 17


FOTO LUIZA CALAGIAN

MEIO AMBIENTE

BATE-PAPO CONHECIMENTOS INDÍGENAS E MEIO AMBIENTE Bate-papo sobre a relação dos Guarani com o Meio Ambiente, especialmente com a fauna e a flora do bioma de Mata Atlântica. Com Cristine Takua, educadora, filósofa e artesã indígena; Carlos Papa Mirim Poty, cineasta e iniciante nos trabalhos espirituais guarani mbya; Tiago Karai, liderança guarani mbya. Mediação de Daniel Pierri, antropólogo. Dia 25, quarta, das 19h30 às 21h30. Auditório. 126 lugares. Grátis. Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

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MÚSICA

SHOW OZ GUARANI Formado pelos jovens guerreiros Guarani Mbya, residentes da Terra Indígena Jaraguá, na cidade de São Paulo, interpretam canções de resistência e de fortalecimento da luta indígena por seus direitos, por meio do Rap e do Hip Hop.

Com Xondaro, Wera MC, Vlad MC e Mano Glovers. Dia 20, sexta, 19h30. Convivência. 450 pessoas. Grátis.

FOTO THIAGO CARVALHO

Representam, por meio da música, a luta do seu povo, relatando os problemas diários sofridos na comunidade, além de narrar o histórico conflito pela demarcação das terras e a resistência indígena.

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TECNOLOGIAS E ARTES

FOTO NADJA MARIN E ALICE HAIBARA

VIVÊNCIA JOGO ELETRÔNICO HUNI KUIN: YUBE BAITANA Os participantes poderão jogar o videogame Huni Kuin: Yube Baitana, que se constrói a partir da seguinte narrativa: um casal de gêmeos kaxinawá foi concebido pela jiboia Yube em sonhos e herdou seus poderes especiais. Um jovem caçador e uma pequena artesã, ao longo do jogo, passarão por uma série de desafios para se tornarem, respectivamente, um curandeiro (mukaya) e uma mestra dos desenhos (kene). Nesta jornada, eles adquirirão habilidades e conhecimentos de seus ancestrais, dos animais, das plantas e dos espíritos; entrarão em comunicação com os seres visíveis e invisíveis da floresta (yuxin), para se tornarem, enfim, seres humanos verdadeiros (Huni Kuin). Com Renato Munhoz, educador do Espaço de Tecnologias e Artes. Dias 21 e 22, sábado e domingo, das 14h30 às 17h30. Espaço Tecnologias e Artes. Vagas limitadas. Grátis. Senhas no local a cada 30 minutos, a partir das 14h. 20


OFICINA HUNI KUIN - OS CAMINHOS DA JIBÓIA O jogo eletrônico foi desenvolvido para possibilitar uma experiência de intercâmbio de conhecimentos e memórias indígenas por meio de uma nova linguagem: os videogames. Este game propicia o contato com saberes indígenas da etnia Huni Kuin - como os cantos, grafismos, histórias, mitos e rituais -, possibilitando uma circulação desses conhecimentos por uma rede mais ampla. Kuin: Os caminhos da Jibóia. Dia 26/04 - Roteiro para games. Dia 28/04 - Ilustração e animação para games. Dia 29/04 - Programação de videogames para crianças e adolescentes. Com Guilherme Meneses, pesquisador e doutorando em Antropologia Social (USP); Ana Letícia de Fiori, pesquisadora e doutoranda em Antropologia Social (USP); Talita Hayata, designer e ilustradora; e Carlos Henrique Nascimento, desenvolvedor de games. De 25 a 29, quarta, quinta, das sábado e domingo, 14h30 às 17h30. Espaço Tecnologias e Artes. Vagas limitadas. Grátis. Inscrições na Central de Atendimento.

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No Brasil, vivem atualmente cerca de 254 povos indígenas1, falantes de mais de 150 línguas e dialetos. Nesse sentido, a presente programação pretende apresentar uma amostragem de um universo muito mais amplo, constituindo um convite para que o público aprofunde seus conhecimentos sobre o tema. Para saber mais sobre a temática, acesse o sítio eletrônico Povos Indígenas no Brasil do Instituto Socioambiental: https://pib.socioambiental.org/pt As diversas atividades da Mostra Ameríndios estão relacionadas aos seguintes povos indígenas:

AKUNTSU • GUARANI KAIOWÁ • GUARANI MBYA • GUARANI NHANDEVA • HUNI KUIN IKOLEN-GAVIÃO • KAINGANG • KALAPALO • KAMBEBA • KANOÊ • KRAHÔ KRENAK • KUIKURO • MAXAKALI • PANARÁ • PANKARARU • SURUI PAITER TEMBÉ • TERENA • TUKANO • WAJÃPI • XAVANTE • YANOMAMI • YUDJÁ

1 Fonte: Instituto Socioambiental – ISA. https://pib.socioambiental.org/pt/c/0/1/2/populacao-indigena-no-brasil



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