publicidade
semmais 2019
Próxima semana Edição Alentejo
Região
Diretor Raul Tavares
Semanário Região de Setúbal
João Costa em entrevista exclusiva
Escolas da região «fazem milagres» na batalha do insucesso escolar
Edição n.º 1042 9.ª série
Distribuído com o
Sábado 29 junho
2019
atualidade
Palmela quer separar Marateca de Poceirão O edil de Palmela, Álvaro Amaro, afirma que a agregação das duas freguesias «é prejudicial» para o concelho. O processo está lançado pág. 4 atualidade
Abertura da Lagoa finalmente nas mãos da autarquia Depois da polémica sobre o “abre não abre” da Lagoa de Albufeira ao mar, a APA entregou o processo à Câmara de Sesimbra pág. 3
O Secretário de Estado da Educação abre o livro das mudanças de ciclo que a tutela tem implementado nesta legislatura, com destaque para o reforço de autonomia das escolas e políticas de inclusão. E afirma que as escolas da região «vivem contextos dificílimos, mas há milagres» págs. 6 e 7
publicidade
opinião
Novo Quartel dos Bombeiros do Seixal em Fernão Ferro
editorial
siga o nosso concelho joaquim santos presidente cm seixal
raul tavares diretor
Da ‘silly season’ à ‘reentré’ ENQUANTO vegetamos num tempo morno, à espera de um verão muito quente, que já se faz sentir em latitudes muito próximas, vem aí a chegada dos pirómanos e da ‘silly season’, altura em que tudo à nossa volta parece mais ligeiro e tolo. A política é o palco maior deste espraiar descomprometido, num frenesim de ‘sond bites’ e declarações menores que procuram colher efeitos na populaça que se prepara para os banhos. Mas neste ano em particular, esta época, mais fútil, precisa de um olhar acintoso devido à aproximação das próximas eleições legislativas. E precisa de uma atenção redobrada a todos os pirómanos que vão andar por aí, seja nas matas, nas florestas, na política e na comunicação social. Um exemplo claro: Ainda não há vislumbre de incêndios de monta – esperando que os não haja – e já se digladiam as hostes partidárias e o vasto pelotão de comentaristas e especialistas em torno do jogo de culpas de fogos passados e, claro, de fogos futuros. Não é a única fogueira a queimar disparates neste país que não consegue entender-se sobre as grandes causas. Basta ver, por exemplo, o anúncio de umas bolsas para jovens de etnia cigana, de modo a retê-los na escola, porque o país precisa também deles, para dar vazão ao rastilho da gincana partidária. Não há rumo, há fumo! E a procissão vai só no adro, porque a ‘silly season’ está na fase do aquecimento; ainda não se encontra no seu Zênite. A seguir virá a ‘reentré’, essa sim, mais eloquente, e decisiva para que os portugueses encontrem mais um ciclo político, acompanhado por um Presidente da República que vai, certamente, manter o seu estilo ‘selfie’, umas vezes mais à séria, outras nem por isso…
HOJE proponho-vos o seguinte exercício: e se não existissem Bombeiros, se, de repente, todos optassem por ficar em suas casas, nos seus empregos ou nos tempos livres, e desistissem do seu fundamental papel no Sistema de Proteção Civil. É difícil de imaginar, seria algo próximo do caos sempre que se verificasse uma situação de emergência. É por ter a clara noção e consciência da imprescindível função dos Bombeiros, por saber o que está em causa quando profissionais e voluntários destas Associações não têm os recursos necessários e adequados para desenvolver a sua atividade humanitária, que a Câmara Municipal do Seixal tem apoiado de forma expressiva as duas Associações Humanitárias de Bombeiros Mistos do Concelho. Neste dia 29 de junho, Feriado Municipal do Concelho do Seixal, instituímos o Dia Municipal do Bombeiro, uma homenagem que visa manifestar o profundo reconhecimento do mérito do serviço prestado às populações pelos Bombeiros, dia em que é inaugurado o novo Quartel de Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal em Fernão Ferro, reforçando assim a operacionalidade da rede de infraestruturas de proteção civil. Ao contrário de outros, consideramos de enorme importância a construção de mais este Quartel, es-
pecialmente tendo em conta a sua localização na Flor da Mata, num terreno situado numa área de excelentes acessos, nas imediações do terreno previsto para a construção do Hospital no Seixal, confinando diretamente com o acesso pela EN 378 e nó de acesso à A33, vias estruturantes do concelho e que asseguram a acessibilidade de e para este equipamento de apoio primário à população. Também nesta obra o apoio da Câmara Municipal do Seixal foi fundamental, no montante de 440.000,00 euros (correspondente à contrapartida nacional e às despesas não elegíveis), para além da cedência do terreno, sendo o restante comparticipado pela União Europeia, num montante de 351.000,00 euros. Mais uma vez o Governo Português ficou “de fora”, não apoiou esta construção como seria o seu dever constitucional, como pouco apoia o dia-a-dia destas Associações humanitárias. É de facto urgente avançar-se para um novo regime de financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros, numa perspetiva de coresponsabilização entre a Administração Central, a Administração Local e a Liga dos Bombeiros Portugueses. É fundamental uma discussão séria em torno desta questão e não o pretenso processo de transferência de competências em marcha, que
mais não é que uma total desresponsabilização do Governo face a matérias tão estruturantes como esta. Dando um exemplo prático, no caso da Câmara Municipal do Seixal, o nosso apoio financeiro às Associações de Bombeiros ascende a mais de 1 milhão de euros por ano, numa comparticipação mensal que faz face a aproximadamente 35% das despesas, enquanto o Programa Permanente de Cooperação da responsabilidade do Governo, responde a apenas 10%. É urgente uma nova política de proteção civil, como é urgente um novo olhar da Administração Central para os Bombeiros. Mais uma oportunidade perdida com a recente publicação do diploma de transferência de competências nesta área para os Municípios, onde se transferem encargos e responsabilidades, e nem se abordam as questões do financiamento. Só com uma nova política poderá estar salvaguardado o superior interesse coletivo e o bem-estar das populações. Saudemos a Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal e a Associação Humanitária dos Bombeiros Mistos de Amora e todos os bombeiros do Concelho e do País, afirmando que continuaremos a seu lado lutando por mais apoios e melhores condições para desempenhar as suas funções. Obrigado Soldados da Paz
Constrangimentos Ferroviários atualidade Américo Lourenço assistente portuário em sines TEMOS vindo a assistir, nos últimos anos, a uma degradação acentuada na via-férrea, não apenas no fecho de troços ferroviários que, supostamente, não seriam rentáveis, como também na degradação do material circulante, o qual, nalguns casos, não proporciona viagens confortáveis e seguras aos seus utentes, sendo este o espelho do desinvestimento na aposta de um serviço de qualidade para os cidadãos. Portugal tem necessidade de uma estrutura ferroviária capaz de responder ás necessidades de desenvolvi-
mento económico, cuja rentabilidade, deverá obedecer a uma análise prévia sobre o custo e o benefício, como forma de evitar que os cidadãos sejam chamados a suportar um custo demasiado elevado. As decisões inadequadas, quanto á necessidade de executar obras de forma faseada, poderão dar origem a um custo excessivo, que serve apenas quem vai executar a obra, não acautelando a capacidade financeira do país, quando uma análise cuidada, poderia evitar o esbanjar de recursos, em obras que poderiam ficar concluídas de uma só vez.
Num país cujo principal motor da economia são os portos, devido à quantidade de mercadoria transportada e à dimensão dos navios, não é admissível que a ligação às estruturas portuárias, se faça, apenas, por via única com todos os constrangimentos associados às ligações insuficientes. Pelo que, talvez precisemos de ter em linha de conta que tanto no segmento de passageiros como no transporte de mercadorias, sob pena de perdermos o comboio do desenvolvimento, a resposta aos desafios do futuro tenha de ser dada no presente.
/ Ficha Técnica Diretor Raul Tavares / Editora-Chefe Eloísa Silva / Redação Anabela Ventura, António Luís, Carlos Ribeiro, Cristina Martins, Marta David / Coordenação Comercial Cristina Almeida / Direção de arte Pedro Frade / Design de comunicação Teresa Fortalezas EDUGEP Digital Solutions www.edugep.pt / Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira / Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio / Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Concessão Produto Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Redação Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com / Telefone: 93 53 88 102 / Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora da Conceição, 50 - Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro / Tiragem 25.000 (média semanal) / Distribuição VASP e Maiscom, Lda. / Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
2 ⁄
⁄ 29jun2019
atualidade
Clubes Rotários com novos presidentes
Almada requalifica acessos a seis praias
Esta quinta feira decorreram em Palmela e Sesimbra as cerimónias de transmissão de tarefas dos novos presidentes dos Clubes Rotários. Em Palmela Pedro Nunes assume a liderança, enquanto que
A autarquia almadense está a requalificar acessos e estacionamento de seis praias da Caparica. As obras nas praias do Rei e da Bela Vista já começaram seguindo-se as praias da Morena, Sereia,
em Sesimbra Margarida Moreira “entregou” a presidência a Carlos Sargedas. Os clubes celebraram, respetivamente, os 22 e 28 anos de atividade rotária no distrito de Setúbal.
Infante e Nova Vaga. A primeira fase da intervenção abrange 2,9 quilómetros e inclui acessos principais e secundários. O projeto decorre em articulação com o ICNF e a APA.
APA devolve procedimento de abertura da Lagoa à autarquia de Sesimbra Quase três meses depois do previsto a lagoa de Albufeira deve ser aberta ao mar a 4 de julho. Para 2020 já foi assinado o compromisso de que o procedimento volta para a alçada da câmara municipal. Trabalhos deverão estar concluídos entre os dias 3 e 4 de julho
texto Eloísa silva ImagensSM Aquilo que se pretende «é que as obras sejam realizadas pelo município, sendo que este protocolo assegura que as verbas alocadas a esse projeto, durante 2019 e 2020, já estão asseguradas». A garantia foi dada ao Semmais no final da cerimónia de assinatura de um memorando de entendimento entre a autarquia e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), pela secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, Célia Ramos. O documento foi assinado na última quarta feira, dois dias depois de
terem começado os trabalhos de abertura do canal de ligação ao mar, para a renovação das águas da Lagoa de Albufeira. Procedimento que tem sido assegurado pela autarquia enquanto todos os outros sistemas lagunares estavam à responsabilidade direta da APA. A propósito do atraso na abertura da Lagoa de Albufeira Nuno Lacasta, presidente da APA, esclareceu ao Semmais que do ponto de vista da contratação pública «poderíamos ter avançado mais cedo, se tivéssemos todos os passos concluídos,
melodia e o improviso são solistas no evento
mas quando o concurso público foi lançado não apareceram empreiteiros». Reafirmando que não houve «nenhuma diferença de opinião» entre a APA, o governo e o município, que estiveram «em constante e permanente comunicação», Nuno Lacasta realçou que a abertura da Lagoa, a partir de hoje, «vai ser decidida tendo em conta considerações técnicas, de gestão da água e da dinâmica da costa, com o saber centenário das gentes, conjugando técnica e conhecimento empírico com a oportunidade de manter tradições culturais. É este o novo paradigma». A Lagoa «abrirá em função do resulta-
do das conversas destes agentes». O que o protocolo agora assinado regulamenta, é que a câmara, numa lógica de proximidade, procede à abertura, com financiamento garantido pela APA. «Está criada uma plataforma para todas as entidades interessadas se sentarem, olharem para a Lagoa e ver quando é a melhor altura para abrir. Estamos muito à frente no tempo e isto ocorre da aprovação do novo plano do ordenamento costeiro que perspetiva quem faz o quê nas próximas décadas na organização deste espaço do qual tanta gente tira partido», concluiu.
publicidade
Barreiro promove 1.º Festival “Jazz no Parque” A primeira edição do “Jazz no Parque”, festival de música ao ar livre que a câmara do Barreiro pretende firmar como “uma bandeira na área cultural” começou ontem no Parque da Cidade. O evento é organizado pela autarquia, em parceria com a Escola de Jazz do Barreiro, e reúne nomes como Mário Laginha, Ricardo Toscano, Bobo Stenson e Jakob Bro. Para o diretor da Escola de Jazz do Barreiro, Paulo Parra, este é um evento «muito vantajoso» para o concelho e para a «atividade musical que se pratica». Antes mesmo de começar «já tinha feedback positivo, apenas pela implementação da ideia», revela ao Semmais. «A ideia para este festival surgiu em abril do ano passado, sob a égide da antiga direção, com o objetivo de criar um festival de jazz periódico e com alguma dimensão. A câmara assumiu a responsabilidade de o realizar, com o nosso apoio, e a verdade é que contamos ter três noites de verão com um cartaz de grande qualidade». Uma das atrações do festival é a atuação da banda da escola, a Big Band, que «orgulha todos os que fazem parte dela e a comunidade local». Constituída por jovens alunos, ex-alunos e ex-professores – quase na sua totalidade – vai poder mostrar toda a sua capacidade aos presentes, de onde poderão conhecer familiares e amigos. «Para a visibilidade daquilo que nós fazemos, criámos esta banda, que atua ao vivo em algumas
circunstâncias». «A nossa principal missão é a de ensinar, de funcionar enquanto escola. Estamos a comemorar os 20 anos da sua criação e é, de facto, um orgulho perceber que muitos dos jovens que saem da nossa formação, vão já com grandes perspetivas de futuro e carreiras próprias», complementou. A Escola de Jazz do Barreiro conta neste momento com cerca de 100 alunos, divididos por três fases de instrução: inicial (dos três aos oito anos), cursos intermédios (dos oito aos 12) com formação na área do jazz e, por fim, a fase mais avançada de ensino, destinada a alunos a partir dos 14 anos. Na primeira edição do “Jazz no Parque”, com entrada gratuita, estão lado a lado artistas do concelho e grandes nomes internacionais que se evidenciam neste género musical. Esta noite atua a escola de Jazz do Barreiro e o trio do guitarrista dinamarquês Jakob Bro com o norte-americano Thomas Morgan e o norueguês Jon Christensen. A noite termina com a apresentação do saxofonista Ricardo Toscano. Amanhã é dia para ver, e ouvir, o quarteto do vibrafonista Eduardo Cardinho, com João Barradas, André Rosinha e Bruno Pedroso que abrem as hostilidades do último dia do festival. Durante todo o fim de semana dá-se lugar à aprendizagem com oficinas de jazz, abertas ao público, jogos vocais e composição em tempo real. CR com ES
29jun2019 /
⁄3
atualidade
Para uma “desunião” que se pretende mais proveitosa
Palmela quer separar freguesias de Marateca e Poceirão
Feira de Sant´Iago celebra qualidade da gastronomia
A agregação das freguesias de Marateca e Poceirão «está a ser prejudicial» para o concelho de Palmela e a autarquia quer reverter a situação. Álvaro Amaro, presidente da autarquia, garante que os requisitos para desagregar as duas freguesias «estão cumpridos» falta, apenas, a aprovação da lei. texto Carlos ribeiro* Imagens dr
Executivo municipal exige separação administrativa das freguesias de Marateca e Poceirão
A União de Freguesias de Marateca e Poceirão nasceu da reorganização administrativa do país, em 2013, que originou a publicidade
4 ⁄
⁄ 29jun2019
redução de 1165 juntas de freguesias, das 4259 então existentes. Agora o município de Palmela reivindica a classificação
individual dos dois locais como «zonas desfavorecidas e freguesias rurais», exigindo a sua separação para que voltem a ser independentes. De acordo com Álvaro Amaro, presidente da câmara de Palmela, a população ficou «muito descontente» com a agregação das duas juntas que «não trouxe quaisquer benefícios». «Trata-se de um território enorme – 282,5 quilómetros quadrados – que conta com menos meios e menos representantes da população eleitos, considerando que antes havia dois órgãos executivos. Deste modo, o contacto, o trabalho de proximidade e a discussão dos assuntos locais também saíram prejudicados», sublinha o autarca. Para além disso a agregação levou a que estas freguesias não tivessem sido consideradas rurais, no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2020, e que tenham perdido o estatuto de freguesias desfavorecidas. Facto que tem impedido não apenas os projetos autárquicos, mas, também, as candidaturas de agentes económicos a programas específicos e a uma discriminação positiva nos fundos. Não menos importante, realça o edil de Palmela, acrescem os fatores de identidade dos lugares, que sendo, naturalmente, irmanados, têm géneses históricas e vocações específicas, apesar da vocação comum do mundo rural. Na ótica do executivo municipal, o governo e a Assembleia da República «já tiveram todas as hipóteses para reverter esta agregação, apesar de ainda não o terem feito». PS, PSD e CDS-PP não têm deixado passar projetos de lei que visam a recuperação das freguesias «roubadas» às populações, e isso, diz Álvaro Amaro, «revela que o principal interesse não foi garantir a reposição das mesmas». «Não precisamos de nenhuma proposta de Lei do Governo do PS, que vem criar, agora, um novo regime para a reposição das freguesias, porque estas duas freguesias, Poceirão e Marateca, já ultrapassam, desde sempre, os critérios que lá estão definidos e, portanto, achamos que é disparatado não se permitir que freguesias que cumprem, e sempre cumpriram, todos os critérios, que estão a ser prejudicadas por causa da agregação, possam ganhar a sua autonomia, o que já devia ter acontecido antes das últimas eleições autárquicas». De acordo com uma proposta de lei, apresentada pelo executivo do PS em abril deste ano, a possibilidade de desagregação vai ser possível para freguesias com mais de 1150 eleitores e uma área superior a 2% do território do concelho, que poderão voltar a autonomizar-se. Para além deste critério, denominado “população e território”, têm de estar cumpridos, ainda, os requisitos de “prestação de serviços à população”, “eficácia e eficiência da gestão pública”, “história e identidade cultural” e “representatividade e vontade política da população”. *com ES
Ana Carvalho, diretora da feira sadina
A afamada gastronomia de Setúbal e de algumas cidades nacionais e estrangeiras geminadas com o município, vão estar em destaque na programação da Feira de Sant´Iago, que decorre de 20 de julho a 4 de agosto, nas Manteigadas. No que toca a concertos, Anselmo Ralph, David Fonseca, Raquel Tavares, Virgul, Calema, Bárbara Bandeira, Gabriel, O Pensador, Toy, Sérgio Godinho e Ciganos de Ouro são cabeças de cartaz. O certame, que foi apresentado na passada quinta-feira, no PUA, pretende «valorizar o que temos de melhor», vincou o vice-presidente do município, Manuel Pisco. Ana Carvalho, diretora da feira, realçou que a programação inclui «oferta diversificada de atividades para todos os públicos», acrescentando que a exposição, alusiva à “Gastronomia”, permite ao público participar em «experiências interativas, showcookings e provas de vinhos». A restauração marca presença com a dinamização de showcookings, mas também ao apresentar-se nas tasquinhas que compõem o renovado Pátio dos Sabores, que alia a gastronomia à música popular. A área empresarial e institucional é dotada de melhores condições, no âmbito da aposta na «reaproximação do tecido empresarial e institucional da região ao evento», e utiliza, pela primeira vez, o pavilhão das Manteigadas como núcleo expositivo. A feira surge com um novo ordenamento e mais lugares disponíveis na área da venda de vários artigos. No Espaço Solidariedade, a feira irá dinamizar campanhas de solidariedade e sensibilização para com entidades sem fins lucrativos, e na área do ambiente, o certame aposta em atividades e ações de sensibilização ambiental. A roda gigante, um Super-Slide, a Quinta Pedagógica, uma zona de adoção de animais, o picadeiro, a pista de BMX e a Feira do Livro, não faltam. A mascote deste ano é “O Zé dos Gatos”, figura popular, que dá as boas-vindas e tira selfies com os visitantes.
entrevista
Secretário de estado da Educação, João Costa, e o ciclo de mudança no ensino
«Confiamos nos professores e nas escolas, porque têm o direito de serem construtores de currículos» João Costa não nega que o distrito é uma das regiões do país onde a pobreza mais determina o insucesso escolar. Mas diz que a classe docente está a fazer autênticos milagres para quebrar estes ciclos. Gaba a autonomia das escolas e a redução do número de alunos por turma. E o ensino mais, ou menos, exigente, reafirma que «a alternativa é aprender». texto Raul Tavares Imagens dr Que sinal quer o governo dar com a redução gradual de alunos por turma? A redução do número de alunos por turma iniciou-se nas escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), alargou-se aos restantes agrupamentos e escolas e, no próximo ano letivo, chega ao ensino secundário profissional e científico-humanístico, repondo-se também a redução nas turmas de científico-humanística que incluem alunos com necessidades específicas. Fazemo-lo porque foi compromisso do PS e do Governo, mas, sobretudo, porque este é um dos investimentos mais solicitados pelos professores como instrumento para uma relação mais próxima e individualizada com os alunos. Outra bandeira da legislatura era a gratuitidade dos manuais escolares até ao 12.º ano, já é garantido? Sim, no próximo ano letivo os manuais escolares são gratuitos até ao 12.º ano, o que se refletirá no orçamento das famílias. Como está a ser preparado o próximo ano letivo? Podemos esperar mais alterações de fundo? O próximo ano letivo está a ser preparado numa lógica de estabilidade e continuidade. As regras de organização do ano letivo são as mesmas, o trabalho sobre currículo e inclusão continua. Há alguns programas novos, a que as escolas podem aderir, como o Plano Nacional das Artes, que foi agora apresentado pelo Governo, mas sobretudo há uma expetativa de continuar, com calma, formação e acompanhamento, a consolidação das políticas educativas. Referiu a escola inclusiva, que tem sido uma das suas lutas, já há resultados que possam ser medidos? Os resultados de uma alteração da natureza da que se iniciou não se obtêm num ano. A publicação do decreto-lei foi no final do ano letivo passado. Este foi
6 ⁄
O Secretário de Estado João Costa visitou recentemente várias unidades de ensino como é o caso da Escola Básica n.º1 e Jardim de Infância da Azeda, em Setúbal
um ano de formação e constituição de equipas nas escolas. Tenho recebido feedback positivo de famílias, mas também tenho acompanhado as dificuldades de implementar um diploma muito ambicioso e exigente. Há uma primeira fase de discussão e apropriação de conceitos que está a ser conseguida. Por exemplo, perceber-se que falar de inclusão não é apenas falar de deficiência, mas também de exclusão social, de imigrantes, de refugiados e que a política de inclusão tem de ser holística e interagir com uma cultura de escola. E a autonomia das escolas. Já podemos falar de uma batalha ganha, ou nem por isso? Não vejo a autonomia das escolas como uma batalha, mas sim como um direito que as escolas têm a serem construtoras de currículo. Não faz sentido que a administração não confie nos professores enquanto especialistas em currículo e prescreva tudo, sem dar espaço para adequação a novas formas de aprender ou ao contexto em que as escolas funcionam. Vejo a autonomia como um processo.
⁄ 29jun2019
«É exigente um sistema que convive com taxas de insucesso a matemática que rondam os 55% nos alunos mais pobres? É exigente um sistema em que o mérito não é obtido na escola mas em centros de explicações? É exigente uma escola que é só para alguns? Essas críticas são de uma visão que não vê alternativa à retenção. A alternativa a passar é chumbar? Não. A alternativa é aprender»
Mas há vários ritmos, suponho. As nossas escolas são muito diversificadas…
Sentiu-se que há um movimento em curso, com vontade de repensar a educação. Quais são os passos a seguir?
Por isso mesmo. No ano em que lançámos o projeto-piloto de autonomia e flexibilidade curricular, em 2017, houve escolas que quiseram participar e, de imediato, pediram orientações para a autonomia. Há um caminho em curso, com várias escolas com práticas muito interessantes e com um movimento muito grande de partilha de experiências. Há umas semanas tivemos um grande encontro, na Figueira da Foz, com mais de 700 agrupamentos de escolas, com uma exposição de projetos, com painéis com alunos, professores, diretores, especialistas.
É fundamental continuar a apoiar as escolas e os professores, através da criação de redes, de produção de recursos, de partilha de práticas e de formação. Também é importante ir fazendo avaliações de processo e de impacto com regularidade. A legislação aprovada na área do currículo e da inclusão prevê isto mesmo: monitorizações regulares e avaliação, para que as alterações que forem introduzidas sejam sempre fruto de avaliação. Como responde aos críticos que acusam o Ministério de
sustentar um ensino de menos exigência, contrário ao ensino de mérito, se é que podemos colocar a questão deste modo? Repare. Tive a oportunidade, recentemente, de escrever um artigo para o jornal Observador sobre esse tipo de crítica. Antes de falar em exigência, é preciso definir o que se entende por exigente. É exigente um sistema que convive com taxas de insucesso a matemática que rondam os 55% nos alunos mais pobres? É exigente um sistema em que o mérito não é obtido na escola mas em centros de explicações? É exigente uma escola que é só para alguns? Essas críticas são de uma visão que não vê alternativa à retenção. A alternativa a passar é chumbar? Não. A alternativa é aprender. E acredite que é muito mais exigente um sistema educativo em que, desde a autarquia, os serviços sociais até à sala de aula, todos conspiram para que todos aprendam. A ligação ao ensino profissional está a fazer o seu caminho? Valorizou-se o Ensino Profissional, através do alargamento de turmas, mas sobretudo com
entrevista a extinção de requisitos discriminatórios no acesso ao ensino superior, com a promoção de instrumentos de divulgação da oferta formativa – o Portal da Oferta Formativa, com a formação dos responsáveis pela orientação vocacional e com a introdução de critérios de estabelecimento da rede de cursos profissionais que tem em curso a sua adequação às necessidades dos territórios e das
empresas. Há um trabalho importante a fazer, também, em termos comunicacionais. Só o desconhecimento e, por vezes, o preconceito ideológico, justificam que continue a haver, para alguns, uma secundarização desta oferta. Também precisamos de continuar o trabalho de aproximação das empresas às escolas que têm
cursos profissionais, para que a adequação dos cursos aumente e a formação em contexto profissional se consolide.
um cariz lúdico. Demos orientações nesse sentido: as crianças precisam de ter tempo para brincar.
Qual o balanço das atividades extra-curriculares implementadas recentemente?
O que falta cumprir neste mandato em relação às principais mudanças que o atual governo definiu como prioridades e metas?
Depende dos contextos em que são implementadas. As atividades extracurriculares têm de ter
O Partido Socialista e o governo
podem, com satisfação, olhar para o programa com que se apresentaram e verificar que foi cumprido. Isto não significa que está tudo feito. Pelo contrário, o caminho da construção de uma escola com mais qualidade está sempre a ser trilhado e, para isso, é muito importante dar continuidade ao trabalho iniciado.
«Escolas da região vivem contextos socioeconómicos dificílimos, mas há milagres» Sobre o ensino na região, João Costa, considera que apresenta, ainda, níveis de «insucesso preocupantes», sobretudo no 3.º ciclo e no ensino secundário, quando se compara os alunos do distrito com alunos com o mesmo perfil socioeconómico a nível nacional. «Preocupa-nos, sobretudo, o facto de ser um dos distritos do país em que a pobreza é um dos fatores mais determinantes no insucesso», sublinha o membro do governo. O secretário de Estado diz ter informação das escolas do distrito sobre o «muito fraco envolvimento parental», o que, na sua opinião, «afeta
João Costa lamenta o fraco envolvimento parental nas escolas do distrito
a relação dos alunos com as escolas e legitima comportamentos que inibem a aprendizagem». Por isso, enfatiza,
«são necessárias abordagens locais e sistémicas para se continuar a fazer um caminho que, para os dois primeiros ci-
clos, tem tido algum sucesso». Ainda assim, afirma João Costa, «importa assinalar o enorme esforço e trabalho feito em algumas escolas do distrito que estão em contextos socioeconómicos dificílimos». E sustenta: «Há professores que fazem verdadeiros milagres ao levar alunos até ao final do 12.º ano, quebrando ciclos de insucesso. São vidas que se salvam aqui no Distrito, graças a professores inconformados com o determinismo social». Para encontrar respostas para este tipo de problemas, o responsável destaca duas iniciativas em curso, nomea-
damente a Portaria 181/2019, que permite que as escolas possam apresentar planos de inovação pedagógica como resposta à necessidade de se reverem formas de organização e procedimentos diferenciados. «Algumas escolas do distrito já estão a trabalhar em projetos desta natureza enquanto estratégia para promover mais sucesso. Há também um trabalho com as escolas TEIP em curso, para que a próxima fase deste programa assente exatamente numa autonomia reforçada para as escolas. Estes trabalhos darão frutos nos próximos anos», afirma João Costa.
publicidade
29jun2019 /
/ 7
Formação profissional
SELEÇÃO PORTUGUESA DAS PROFISSÕES ESTAGIOU COM SUCESSO NO SEIXAL
«A participação no Campeonato Mundial das Profissões na Rússia valoriza a nossa formação e o ensino profissional» Paulo Feliciano, vice-presidente do IEFP, mostra-se muito satisfeito com o estágio da seleção que decorreu no Centro de Emprego e Formação Profissional do Seixal. Para aumentar o nível de competitividade, a preparação para o Mundial contou com a participação de equipas da Áustria, Coreia, Rússia, Bélgica, França e China. texto antónio luís Imagens IEFP
A seleção portuguesa das profissões, que vai competir ao campeonato mundial da Rússia, é composta por catorze jovens que representam a excelência da qualificação em doze áreas diferentes
Depois de uma primeira semana de estágio em Tomar, a seleção portuguesa das profissões cumpriu com «êxito» um segundo estágio de preparação para o Campeonato Mundial das Profissões - o WorldSkills, que irá decorrer em Kazan, na Rússia, de 22 a 27 de agosto -, no Centro de Emprego e Formação Profissional do Seixal, de 23 a 28 deste mês. Portugal vai competir em 12 profissões com 14 jovens, que representam a excelência da qualificação em Desenho Industrial, Comando Numérico Computorizado, Controlo Industrial, Cozinha, Estética, Gestão de Redes, Mecatrónica Industrial, Refrigeração e Ar Condicionado, Robótica Móvel, Soldadura, Tecnologia Automóvel e Tecnologias da Moda. Paulo Feliciano, vice presidente do IEFP e delegado oficial do WorldSkills, revela que estes estágios são «passos importantes para reforçarmos o nosso plano de preparação dos nossos concorrentes para estas competições internacionais». Para Paulo Feliciano, a envolvência do IEFP no WorldSkills e nos campeonatos nacionais visa «valorizar a formação e o ensino profissional». Por um lado, «criam contextos de aprendizagem que são mais exigentes e
8 ⁄
que reforçam aquilo que são as competências dos próprios formandos mas, também, dos formadores que os acompanham e que têm de fazer a própria preparação. Também tem uma função de comunicação e de demonstração da exigência destas profissões e da qualificação que elas exigem do ponto de vista do mercado de trabalho. É uma forma de nos aproximarmos do mercado de trabalho. Só quem está muito bem preparado é que tem condições para ser bem sucedido no mercado de trabalho». O responsável do IEFP reconhece que o processo «valoriza o ensino e a formação profissional, qualifica a nossa oferta e o nosso sistema e atrai mais jovens para este tipo de formação muito importante para o País porque ainda existe muita escassez de mãode-obra qualificada em algumas destas áreas de atividade». Paulo Feliciano revela que já está em marcha um novo ciclo de competição, tendo fechado na semana passada as inscrições das diferentes entidades que podem participar no campeonato nacional das profissões que irá decorrer em fevereiro de 2020, em Setúbal. «Temos cerca de 190 entidades inscritas, número que bate o recorde de participações até à data nesta prova.
⁄ 29jun2019
Largas centenas de jovens vão entrar agora em preparação e competição para acederem ao campeonato nacional e depois ao próximo Europeu e Mundial, que decorrerão na Áustria e em Xangai, na China». «Temos instalações à altura para receber estes estágios» Carla Filipe, diretora do Centro de Emprego e Formação Profissional do Seixal, realça a importância do acolhimento do estágio da seleção portuguesa das profissões para o WorldSkills Kazan no seu espaço. «Não é todos os dias que temos uma equipa que está a ser preparada para o Mundial a utilizar as nossas instalações. Também é bom para os nossos formandos verem a complexidade e a destreza com que se tem de estar preparado para este tipo de competição. Demos provas de que as nossas instalações podem receber estes estágios». Vasco Vaz, presidente de júri de Robótica Móvel, realça que a envolvência da equipa convidada da Áustria no estágio trouxe «vantagem na preparação e no nível de stresses e de competitividade» para o mundial. «Fizemos uma réplica perfeita e idêntica ao que vai acontecer em
Kazan, o que nos permite evoluir, porque este estágio é muito idêntico às provas do Mundial», vinca. O responsável reconhece que a Robótica Móvel é uma área «muito exigente». Contudo, sublinha: «Estamos confiantes que as coisas irão correr bem». Milene Nobre, júri de Cozinha, de Tavira, que acompanha a concorrente Ana Carolas, dos Açores, sublinhou que o estágio «é fundamental para conhecermos o desenvolvimento da concorrente e percebermos onde existem falhas para que as possamos melhorar, porque a prova de cozinha é muito exigente. Vamos dar o máximo para alcançarmos a melhor classificação possível». Zacarias Lebre, júri de Comando Numérico Computorizado, acompanha a preparação de Rui Carvalho, 19 anos, de Trofa, que no último Europeu ganhou uma medalha de bronze em Budapeste. «Para o Mundial da Rússia, apesar de termos o dobro de países a participar em relação ao Europeu, as expetativas são boas. Sonhamos com o pódio e gostávamos muito de ver o Rui a levantar a bandeira nacional em Kazan, porque ele é excelente». Beatriz Soares, 21 anos, de Lisboa, que vai competir em Tecnologias da Moda, mostra-se
satisfeita com o estágio e deposita as melhores expetativas para Kazan. «Vou dar o melhor para atingir um bom resultado. Estes estágios são uma mais-valia para nos inserirmos na competição sem estar na competição». Por sua vez, Pedro Simões, 19 anos, de Torres Vedras, de Mecatrónica, reconhece que foi «dura a caminhada para chegar até aqui», mas, com «treino diário, conseguimos atingir o objetivo». Rotula o estágio como uma «excelente preparação» para Kazan. Paulo Ferreira, 20 anos, dos Açores, que concorre na Gestão de Redes, sonha com a medalha de ouro. Para o jovem o estágio no Seixal não podia ter corrido da melhor maneira, uma vez que as condições e o material de trabalho foram «excelentes». Já o jovem Manuel Barros, 24 anos, de Sintra, irá participar no Future Skills, uma competição paralela ao WorldSkills Kazan, através de Operações com Drones. «Tirei um curso no IEFP de Sintra, na área de Drones, e depois fui convidado para participar neste novo desafio porque é uma área que adoro. O estágio decorreu muito bem. Encontrei jovens talentosos. Vamos ter, sem dúvidas, uma boa prestação de Portugal no Mundial, em todas as áreas».
ensino superior
Cinco escolas, 70 cursos e a caminho dos sete mil alunos
IPS marca um elo de coesão para o desenvolvimento do distrito Há cerca de 40 anos que o Instituto Politécnico de Setúbal ergue a bandeira do ensino superior de excelência na região. O crescimento de novos cursos e do número de alunos consolidaram o projeto educativo. texto Instituto politécnico de setúbal Imagens ips O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) é uma instituição pública de ensino superior politécnico que integra cinco Escolas Superiores – Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, Escola Superior de Educação, Escola Superior de Ciências Empresariais, Escola Superior de Saúde (campus de Setúbal) e Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (campus do Barreiro). “Sabemos que o Ensino Politécnico funciona como elevador social para milhares de pessoas e esta é uma missão nobre que continuaremos a desempenhar, com destaque para os estudantes do ensino profissional. Não
Campus Universitário de Setúbal concentra as Escolas Superiores de Tecnologia, Educação, Ciências Empresariais e Saúde
podemos aceitar que mais de 80% destes estudantes
BI do Instituto Politécnico de Setúbal
que terminam o ensino secundário, não prossigam para o ensino superior. É importante reforçar que os diplomados com ensino
Data de fundação: 1979 – 40º aniversário Nº escolas superiores: 5 Nº estudantes: 6590 Nº professores: 805 Presidente: Prof. Doutor Pedro Dominguinhos. Desde maio de 2018 preside ao Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, organismo que representa as instituições públicas deste subsetor do ensino superior.
superior auferem salários mais elevados, conseguem encontrar emprego mais rapidamente e estão menos tempo na situação de desemprego. “
Pedro dominguinhos presidente do IPS
Apresenta uma oferta diversificada nas áreas da saúde, das tecnologias e engenharias, ciências empresariais, educação, ciências sociais, tradução e interpretação da língua gestual portuguesa, desporto e biotecnologia. São oferecidos cerca de 70 cursos diferentes, que se distribuem por Cursos Técnicos Superiores Profissionais, Licenciaturas, Mestrados e Pós-graduações. Tem apostado em cursos inovadores, com destaque para a Acupuntura, a Bioinformática e as Tecnologias
O IPS acolhe atualmente mais de 6.500 alunos e conta com mais de 800 docentes
do Petróleo, áreas pioneiras a nível nacional. Construir, com a comunidade interna e externa, um politécnico que seja uma referência no ensino superior, contribuindo para a criação de uma região mais competitiva, coesa e inclusiva é a grande meta do presidente do IPS para próximos anos. O primeiro compromisso é para com a região e com o país, assumindo a responsabilida-
publicidade
10 ⁄
⁄ 29jun2019
de de responder aos desafios inerentes à construção de uma sociedade baseada no conhecimento, qualificando os jovens e a população ativa, quer na formação inicial quer na formação ao longo da vida, disponibilizando o acesso ao ensino superior a diferentes públicos, através de concursos como os M23 ou a aposta nos cursos técnicos superiores profissionais. A instituição tem sido capaz de responder às exigências
boração dos currículos, a existência de estágios em contexto real de trabalho, a realização de uma Feira de Emprego, que conta com a participação de mais de 100 empresas, a par do desenvolvimento de competências transversais e estimulando o empreendedorismo junto dos estudantes, permite que o IPS apresente uma taxa de empregabilidade de 95%, a segunda mais elevada em todos os Politécnicos. O terceiro compromisso é para com os territórios, constituindo-se como um dos motores do desenvolvimento regional e assumindo o seu papel dinamizador na quadrupla hélice regional, para além das empresas, instituições públicas e sociedade civil. Esta cumplicidade com as regiões faz parte da matriz identitária dos Politécnicos e é claramente assumida pelo IPS. Existe uma aposta muito evidente na investigação aplicada, destacando-se neste momento mais de 30 projetos, nacionais e internacionais, a serem desenvolvidos, a sua larga maioria em estreita colaboração com as empresas e organizações da região.
“Ter um acompanhamento permanente e consistente na região. Apresentar resultados e discutir oportunidades. Tanto em projetos de investigação aplicada como na implementação de novos
das empresas e demais organizações, formando profissionais competentes e fazendo evoluir as profissões, contribuindo para o incremento da qualificação e promovendo a inclusão social. A segunda estratégia de comprometimento é para com os estudantes, ao nível do sucesso académico, e com a inserção profissional dos diplomados. A conjugação de metodologias ativas, com a auscultação das empresas e organizações na ela-
cursos. Desenvolver os territórios, promover uma sociedade mais justa e coesa, promover a competitividade das empresas ou competir numa sociedade do conhecimento, é isso que nos move.“
Pedro dominguinhos, presidente do IPS
ensino pré-escolar
IPSS ABShalom de Setúbal, continua a “Voar mais alto”
Associação aguarda resposta para aumento de acordo de cooperação no pré-escolar A lista de espera para creche e pré-escolar continua a crescer enquanto a Associação Baptista Shalom aguarda, há um ano, pela apreciação a uma candidatura ao PROCOOP. Marisa Bossa, diretora técnica da associação, admite que «custa não conseguir dar respostas a todas as crianças». texto eloísa silva Imagens dr
Associação dá resposta a 180 alunos
A Associação Baptista Shalom (ABShaolm), uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), fundada pela Primeira Igreja Evangélica Baptista de Setúbal (PIEBS), continua a trilhar o seu caminho no âmbito das respostas social e educativa no concelho de Setúbal. Com cerca de 180 alunos, e mais de 60 funcionários, as respostas de creche e pré-escolar são as mais procuradas pela comunidade, apesar da conjuntura económica que «dificulta a gestão de recursos». Na creche e pré-escolar “Voar mais alto”, uma das muitas vertentes da intervenção da associação, «fazemos um esforço para garantir que quem entra, se tiver carências económicas comprovadas, tem um valor de mensalidade
acessível e de acordo com as necessidades», lembra Marisa Bossa, psicóloga clínica e diretora técnica da Baptista Shalom. «Apresentámos há um ano uma candidatura ao Programa de Celebração ou Alargamento de Acordos de Cooperação para o Desenvolvimento de Respostas Sociais (PROCOOP), para que a Segurança Social reveja as condições de comparticipação do pré-escolar, mas até agora não obtivemos resposta». É «muito difícil não conseguir dar resposta a todas as solicitações», lamenta. Além das vertentes educativas, às quais «temos afeta uma equipa forte, motivada e super focada», a associação não menospreza a atenção que deve ser dada ao apoio domiciliário e à resposta em lar. «Temos em men-
te muitos projetos intergeracionais que só podem ser eficazes se se construir o lar de idosos, pelo qual pugnamos há vários anos», ressalva Marisa Bossa. Tal como o lar, cujo projeto de construção continua a aguardar oportunidade, também as acessibilidades e a rede de transportes à Quinta da Amizade «deixam muito a desejar». Marisa recorda que esta é uma luta que já leva seis anos e que «a ser ganha, todos seriam beneficiados e a ação da associação poderia ser muito mais expressiva». Até que isso aconteça, «trabalhamos com o mesmo amor e entusiasmo porque aqueles a quem prestamos serviço merecem a nossa maior dedicação», assume. Já a preparar o ano letivo de 2019/2020, a associação «orgu-
lha-se» do trabalho promovido neste ano, que agora finda, que «ficou marcado» na memória de alunos, professores e pais. «Fizemos, pela primeira vez, um acantonamento de finalistas e o feedback não podia ter sido mais positivo. São estes momentos que marcam a vida das nossas crianças, o que nos enchem o coração de alegria e determinação para continuar a dar de nós aos outros», garante a diretora da ABShalom. Com a Quinta dos Cajados em obras, espaço detido pela associação, Marisa Bossa acredita que o futuro se augura promissor e «será muito mais exequível fazer atividades com as crianças no exterior» e preparar o tema letivo que alude à “Cidade do Rio Azul pela Serra até ao Rio”.
publicidade
29jun2019 ⁄
⁄ 11
NEGÓCIOS
Passe Navegante Família já está disponível
Governo equaciona Projeto Tejo
Os utentes dos transportes públicos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) já podem requerer o passe Navegante Família, por 80 euros. A modalidade permite que três ou mais elementos do agre-
O ministério da Agricultura vai lançar um concurso público para estudos de viabilidade para a implementação de um projeto, no valor de 4,5 mil milhões de euros, para regadio no Tejo. A ideia sur-
gado familiar, com residência num dos 18 municípios da AML paguem o valor de dois passes metropolitanos. Nos casos do passe familiar municipal o valor fixa-se nos 60 euros.
giu da associação +Tejo que prevê, através deste “Projeto Tejo”, regar 300 mil hectares de terrenos agrícolas. 240 mil no Ribatejo, 40 mil no Oeste e 20 mil em Setúbal.
associação tem sede em Vila Viçosa e filial em Setúbal
AI9.PT promove aquisição de competências digitais texto eloísa silva «É imprescindível que toda a gente adquira competências digitais para preparar os desafios do futuro». A convicção é manifestada por António dos Reis, presidente da Associação Portuguesa para a Inovação e Empreendedorismo Social e Digital, criada no início deste mês. Com sede em Vila Viçosa, e uma delegação em Setúbal, a AI9.PT pretende fomentar, «de forma sustentável e com um conjunto de pessoas com especialização na área», a inovação e o empreendedorismo como promotores do desenvolvimento nas áreas social e digital, através da educação integrada e perma-
nente. Num primeiro momento, como assegura António dos Reis ao Semmais, o trabalho vai ser centrado nas autarquias, «agentes locais de proximidade que devem estar preparados para dar resposta direta à inovação tecnológica», mas, considerando o seu âmbito de ação nacional, a associação quer ir mais longe. «Estamos a preparar ações de formação, atividades programadas e parcerias com universidades. Os serviços que pretendemos prestar com esta associação sem fins lucrativos são de valor reconhecido para o crescimento da Inovação e Empreendedoris-
publicidade
12 ⁄
⁄ 22jun2019
mo Social e Digital do país». Para 20 de setembro está já a ser estruturada a primeira grande ação de apresentação da AI9.PT, com a qual se pretende, também, assinalar os 500 anos da partida de Fernão Magalhães para a primeira volta ao mundo com um debate em torno dos quinhentos anos à volta do mundo no caminho da sociedade digital. Evento para o qual a Associação Portuguesa para a Inovação e Empreendedorismo Social e Digital convidou, entre outros, o Prof. Dr. Xabier Basogain - Diretor do departamento Multimédia da Universidade do País Basco.
JMF lança reserva tinto de 2018 numa alusão à sua Casa-Museu A José Maria da Fonseca, de Azeitão, acaba de lançar mais uma novidade para o mercado. Trata-se do vinho JMF Reserva Tinto 2018. Este néctar vem juntar-se aos já existentes JMF Tinto, JMF Branco e JMF Rosé, numa gama que cujo rótulo é uma alusão à Casa-Museu da José Maria da Fonseca, construída no séc. XIX em Vila Nogueira de Azeitão. Este vinho, produzido através das castas Castelão e Syrah, estagia durante 6 meses em barrica de carvalho francês e americano, apresentando um perfil frutado e suave, com um final de prova persistente. Ideal para acompanhar pratos de aves, caça e queijos, apresenta aromas de frutos vermelhos maduros. A gama JMF é o vinho de
O néctar faz alusão à Casa-Museu
entrada da empresa e é «acessível a todos os consumidores, tendo mantido a qualidade e reputação ao longo dos anos. Com a remodelação do rótulo desta gama, feita em 2017, pretendeuse criar uma imagem apelativa e actual, que transpareça a origem do vinho e provoque nos consumidores uma empatia imediata», refere Sofia Soares Franco, porta-voz da empresa azeitonense. AL
local
Alcochete partilha livros com concelhos vizinhos
Festas do Montijo ‘estão vivas’
O executivo aprovou protocolo com a Associação de Municípios da Região de Setúbal com vista à implementação do “Empréstimo Interbibliotecas”. O vereador da Cultura, Vasco Pinto, sa-
O edil Nuno Canta, que deu início às Festas de S. Pedro, no dia 26, nos Paços do Concelho, sublinhou que «as nossas festas estão vivas», com a «tradição religiosa em honra de S. Pedro, com evo-
lientou que visa «implementar a partilha documental e permitir que os utilizadores da nossa biblioteca, através das plataformas digitais, possam obter livros de outras bibliotecas».
O ATOR FERNANDO LUÍS PRESIDE AO JÚRI
Setúbal mostra marchas na Praça As tradições estão ao rubro na Praça Carlos Relvas, com o desfile das oito marchas. texto antónio luís Imagens dr
Seixal avança para nova piscina
Moita melhora artérias
Festival anima Santiago
O projeto da piscina municipal de Paio Pires foi apresentado no dia 22, no Fórum Seixal. Já foi montado o estaleiro da obra que ficará situada na zona das Colinas do Sul. A piscina desportiva terá 25 metros por 12,5 metros e estará dotada de vestiários, balneários, sanitários, sala de espera, zona de atendimento, secretaria, sala de reuniões, arrecadação.
Na Baixa da Banheira, prossegue a reconversão viária da rua 1.º de Maio, tendo sido já concluído e reaberto ao trânsito o troço entre a rua da Estremadura e a rua do Ribatejo. Entretanto, arrancou mais uma fase do projeto, com as obras no troço compreendido entre as ruas do Ribatejo e de Trás-os Montes, prevendo-se a sua conclusão no início do próximo mês de setembro.
Santo André acolhe este fimde-semana mais um Festival da Liberdade, com música, dança, teatro, cinema, desporto, artes visuais e debates. Os HMB são cabeça de cartaz. Conta com o envolvimento de uma centena de estruturas de juventude e cerca de 900 jovens nas diversas iniciativas. Não faltam os comes e bebes, o campismo e os copos ecológicos reutilizáveis, para um melhor ambiente.
Barreiro já tem autocarros a gás
O júri vai ter oportunidade de apreciar as coreografias preparadas durante meses
As 8 marchas populares desfilam a concurso este sábado, na praça Carlos Relvas, às 22 horas, depois de terem feito uma apresentação na Av.ª Luísa Todi, no dia 22. Hoje é a vez do Bicross (“No Coração, a Nossa Marcha é Rainha”); Perpétua Azeitonense (“Música Maestro”); ‘Os 13’ (“Das Salinas aos Bailaricos pelo Meio um Namorico”); e Bairro Santos (“Tradições de um Povo num Rio Beijado pelo Sol”. Extraconcurso, desfila a marcha infantil da Perpétua Azeitonense. Mas ontem, já desfilaram as Pontes (“Setúbal Varina, num
Perfeito Dialeto”); Independente (“Choco Frito, o Sabor que só Setúbal tem”); Palhavã (“P’ra que Horas é o Aviso?”); e o Praiense (“Com o Mar Aqui tão Perto”). Extraconcurso, desfilaram as marchas da APPACDM Setúbal e infantil do Bicross. O ator Fernando Luís preside ao júri, do qual fazem ainda parte Ricardo Crista (cenografia), Diana Vieira (coreografia), Rita Melo (figurino), Ester Correia (letra), e António Laertes (música). Há bilhetes a 2,50, 3,50 e 4 euros. Crianças até 10 anos de idade não pagam.
publicidade
14 ⁄
⁄ 29jun2019
cações, arrematações, a grandiosa procissão fluvial e a majestosa procissão noturna». Nuno Canta frisou que as festas são «celebração da vida e manifestação de alegria».
Os 6 novos autocarros movidos a gás natural já circulam. Segundo o vice-presidente da CMB, permitem «melhorar a sua fiabilidade e reduzir gases poluentes». «A renovação de frota será total, com a substituição de 60 autocarros, ocorrendo faseadamente nesta etapa inicial, face às limitações no seu abastecimento, uma vez que ainda não está pronto o licenciamento do posto de combustível de gás natural», vincou.
PIMEL de Alcácer do Sal foi êxito
Palmela festeja S. Pedro
A 29.ª PIMEL, de decorreu na semana passada, foi um «êxito», segundo edil Vítor Proença. «Alcácer do Sal tem um potencial tremendo que merece ser aproveitado em pleno e de forma sustentável, tendo sempre presente o bem-estar da população. Foi essa a mensagem que procurámos transmitir ao longo da PIMEL, em que mostrámos as mais-valias do concelho». Este evento «nunca dececiona e acredito que fomos ao encontro das expetativas de todos», sublinhou.
As Festas de S. Pedro da Marateca decorrem este fim-de-semana em Águas de Moura. Após o interregno de um ano, regista-se o regresso da marcha de S. Pedro e mantém-se a apresentação da marcha infantil dos Cenourinhas, num programa com uma forte componente musical a par da tradição religiosa, com a procissão em homenagem ao santo padroeiro da freguesia.
Caracol é ‘rei’ em Sesimbra O Festival do Caracol, que já se assumiu como «grande evento» gastronómico dedicado ao petisco, anima este fim-de-semana a Quinta do Conde. Além da gastronomia, conta ainda com animação musical. O festival visa dinamizar a restauração local, promover o convívio entre os munícipes e dá a provar as muitas e diferentes formas de cozinhar o caracol.
Sines dá “Férias” a 294 crianças O “Férias Ativas – Verão”, que decorre no período de 1 a 12 de julho, conta com a envolvência de 308 participantes. Estão entre os participantes 294 crianças e 14 jovens voluntários que irão apoiar os monitores e técnicos com as suas crianças. Todos os dias úteis, as crianças terão a oportunidade de participar em atividades devidamente orientadas para a ocupação dos tempos livres, vivendo experiências culturais, desportivas, lúdicas e recreativas.
Feira de Grândola já tem cartaz
Almada protege animais
Xutos e Pontapés, David Carreira, Miguel Ângelo, Blaya e Mastiksoul são os cabeças de cartaz da tradicional Feira de Agosto de Grândola, que decorre de 22 a 26 de agosto. O destaque vai para a atuação da banda da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, que convidou o cantor Miguel Ângelo, um dos fundadores dos grupos “Delfins” e “Resistência”, para um grande espetáculo musical com muitas surpresas e emoções.
Garantir mais segurança, justiça e saúde animal são as metas do 1.º encontro sobre animais organizado pela câmara municipal, que culmina domingo, no Fórum Romeu Correia. O município pretende promover «o envolvimento da sociedade civil e das entidades competentes na construção de soluções para que animais e humanos vivam em perfeita harmonia e respeito mútuo».
cultura
Marchas de Almada são avaliadas no pavilhão
“Carta de Inês” nos palcos de Sesimbra
O pavilhão do Feijó acolhe, este sábado, pelas 19 horas, a final das marchas populares, em que estão envolvidas 12 marchas a concurso. Haverá uma atuação especial da marcha da associação
A companhia CineArte está de regresso, este sábado, às 21h30, ao teatro João Mota, em Sesimbra, com a peça “Carta de Inês” uma reinterpretação de Patrícia Reis do amor de Inês de Castro e D. Pedro, par-
“Rumo ao Futuro”, instituição particular de solidariedade social, que apoia jovens e adultos com deficiências intelectuais e motoras. O bilhete para a festa custa 3 euros.
tindo do livro “A Trança de Inês”, de Rosa Lobato Faria. Baseia-se mais na lenda do que na história e fala sobre a intemporalidade da paixão. Bilhetes a 3 euros.
TAS leva a palco estreia absoluta de “Terapia das Almas”
«Peça nunca foi levada a palco em português» Por altura da estreia da nova produção, o TAS volta a relembrar que precisa de espaço próprio mais amplo e com melhores condições. texto antónio luís Imagens dr A peça “Terapia das Almas”, produção do Teatro Animação de Setúbal, baseada no texto do irlandês Brian Friel, estreia dia 6 de julho, às 21h30, no Fórum Luísa Todi. «É uma estreia absoluta, uma vez que o texto não está traduzido em português e nunca foi representado em língua portuguesa em Portugal», revela a diretor do TAS, Célia David. Com uma atmosfera de transcendência, característica da narração dramática irlandesa, “A
Terapia das Almas” reúne três monólogos que abrangem os mesmos acontecimentos através de um texto munido de ritmo e desespero poético. A ação decorre nas ilhas britânicas, onde a personagem Frank Hardy oferece a promessa de redenção aos pobres e doentes. No entanto, o poder inquestionável de Frank leva-o ao conflito com a esposa, Grace, e o agente Teddy. Célia David, Duarte Victor e Miguel Assis, que adaptou o texto
de Brian Friel, interpretam os três personagens que revelam relatos contraditórios sobre eventos que sublinham a fragilidade da memória e a importância de histórias e mitos para a sobrevivência humana. Após a estreia, o espetáculo repete-se no dia 7, às 17 horas, no mesmo local. Célia David realça que o TAS vive numa «constante instabilidade», uma vez que está sujeito a candidaturas e concursos para apoio. «Nunca sabemos com o
Miguel Assis, Duarte Victor e Célia David dão corpo à representação do TAS
que podemos contar. Isto está sempre a mudar e depende da sensibilidade e vontade política de quem, em cada momento, decide sobre essa matéria». Por outro lado, queixa-se da falta de um espaço «adequado» para o grupo. «O Forum Luísa Todi é demasiado grande e está sempre ocupado.
Já o Teatro de Bolso é demasiado pequeno e muito limitado do ponto de vista técnico, em termos de equipamento e armazenamento e criações simultâneas». “A Noite dos Poetas”, de João Natale Netto, é a próxima produção do TAS, com estreia agendada para setembro.
publicidade
agendacultural PALMELA JOÃO MORAIS APRESENTA CD João Morais, mais conhecidos por “OGajo”, vais estar em Quinta do Anjo para apresentar o seu CD “As 4 Estações d’OGajo” onde a viola campaniça é rainha. CLUBE PORTAIS DA ARRÁBIDA, 29.JUN.19, 21h30 SEIXAL CONCERTO DE ANSELMO RALPH No âmbito das Festas Populares de S. Pedro, o cantor Anselmo Ralph dá um concerto para relembrar os seus grandes êxitos. QUINTA DOS FRANCESES, 30.JUN.19, 22h00
ALMADA “SE ISTO É UM HOMEM” Não perca a estreia de “Se isto é um homem”, de Primo Levi, com dramaturgia de e encenação de Rogério de Carvalho, pela CTA. TEATRO JOAQUIM BENITE, 05.JUl.19, 21h30
29jun2019 ⁄
⁄ 15