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SEMMAIS 2019
Um grafismo em mudança, a referência de sempre.
Região
Diretor Raul Tavares
Semanário Região de Setúbal
Edição n.º 1056 9.ª série
DISTRIBUÍDO COM O
Sábado 26 outubro
2019
CADEIAS DE SETÚBAL SOBRELOTADAS E COM FALTA DE GUARDAS
Reclusos ‘às aranhas’ com tempo de visitas e consultas médicas pág. 2
SOCIEDADE
Concessionários da Costa querem propriedade dos espaços que exploram Desde o fim do Costa Polis que os concessionários da Frente Urbana exigem equidade. Junto da câmara tentam, agora, resolver a questão de propriedade dos apoios de praia que alegam já ter pago pág. 3
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SOCIEDADE SOCIEDADE
Hospital do Seixal deverá entrar em funcionamento em 2023 pág. 4
Ciclovias no valor de 2 milhões de euros ligam Pinhal Novo ao Montijo A rede ciclável entre os dois municípios está a crescer, em nome da mobilidade segura e da redução da pegada de carbono. Ao longo de 10 quilómetros os munícipes poderão substituir o carro pela bicicleta pág. 6
ABERTURA
CADEIAS DO DISTRITO EXCEDEM CAPACIDADE EM CERCA DE 150 RECLUSOS
Presos do distrito com menos tempo de visitas e já falham consultas A segurança nos estabelecimentos prisionais do distrito pode estar ameaçada devido à sobrelotação e à falta de guardas. O alerta é dado pelo sindicato da Guarda Prisional que diz que muitos reclusos estão a ter menos tempo de visitas e a falhar consultas externas.
Reclusos e guardas em Pinheiro da Cruz
TEXTO JOSÉ BENTO AMARO IMAGEM DR Os estabelecimentos prisionais de Setúbal, Montijo e Pinheiro da Cruz (Grândola) acolhem, atualmente, cerca de 1100 reclusos, quase 150 a mais do que a capacidade total. As cadeias albergam presos preventivos e em cumprimento efetivo de pena, provenientes de quase todas as comarcas, desde Lisboa ao Algarve, mas o número de guardas prisionais está longe do aconselhável, segundo dizem os responsáveis do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP). A segurança pode estar ameaçada. “O principal problema de
sobrelotação verifica-se nas cadeias que têm presos preventivos”, disse ao Semmais Martinho Cunha, dirigente do SNCGP. “Fazem-se obras para melhorar algumas coisas mas, de facto, não se resolve o problema da sobrelotação nem das condições de segurança ou da qualidade dos serviços a prestar à população prisional e aos visitantes. Na cadeia do Montijo, por exemplo, passou-se de uma lotação de 130 para 148 lugares, mas isso não implicou um aumento das instalações. O que aconteceu foi que se diminuiu o espaço de algumas
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EDITAL N.º 11/2019
ANDRÉ VALENTE MARTINS, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SETÚBAL: FAZ PÚBLICO que, ao abrigo do n.º 1, do artigo n.º 28.º, da Lei n.º 75/13, de 12 de setembro, convoca uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Setúbal, para a Sala de Sessões dos Paços do Concelho, a qual terá início no dia 8 de novembro de 2019, pelas 19h30, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Único: - Audição ao Secretário Executivo da Área Metropolitana de Lisboa para responder à Assembleia Municipal de Setúbal no âmbito das suas competências em matéria de mobilidade e transportes.
Para constar se lavrou o presente edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. Paços do Concelho de Setúbal, aos vinte e cinco dias do mês de outubro do ano de dois mil e dezanove.
O Presidente da Assembleia Municipal, André Valente Martins
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camaratas e se aproveitaram algumas arrecadações”, sublinhou. Atualmente o Estabelecimento Prisional do Montijo, que recebe pessoas enviadas das comarcas do Barreiro, Benavente, Coruche, Moita, Montijo e Seixal, alberga 192 reclusos, número que aumenta durante os fins-de-semana, quando ali recolhem os condenados a cumprirem penas por dias úteis (trabalham durante a semana nos respetivos empregos e, na noite de sexta-feira apresentam-se na cadeia, onde permanecem durante o sábado e o domingo). “É um caso típico de sobrelotação. Um caso que se pode tornar bem complicado se se tiver em conta que o número de guardas é muito inferior ao que seria desejável e que faz com que muitas vezes os presos não tenham o tempo de visita estipulado. Por vezes há visitas que demoram apenas 15 minutos, porque o resto do tempo vai-se nas revistas e na identificação das pessoas. Não existe pessoal em número suficiente”, afirmou Martinho Cunha. A situação repete-se em Setúbal, onde há mais de 200 presos, entre preventivos e condenados, (há alturas em que chegam às três centenas) ocupam uma área destinada a 162 pessoas. Nesta cadeia, construída em 1971 e considerada de alta segurança e com um nível de complexidade de gestão elevado, conforme é definida pela Direção Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais, existe a possibilidade de alguns reclusos (os que beneficiam do Regime Aberto Virado para o exterior - RAVE) efetuarem tarefas agrícolas nos 22 hectares da Quinta da Várzea. Só a cadeia de Pinheiro da Cruz não excede a lotação Já o estabelecimento de Pinheiro da Cruz, em Grândola, é, dos três existentes no distrito de Setúbal, o único que não tem sobrelotação. Tem 645 lugares e outros tantos presos. A expli-
Aspeto exterior do estabelecimento prisional de Setúbal, que tem registado visitas encurtadas
Faltam cercade 1000 agentes nas cadeias de todo o país Atualmente existem 4300 guardas prisionais no país. Este número está distante dos 4900 previstos na própria lei orgânica da Direção Geral de Reinserção e dos Serviços Prisionais e ainda bem mais desfasado do que é defendido pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, cação é fácil. Como se trata de uma cadeia de alta segurança e com uma complexidade de gestão considerada elevada, onde só existem reclusos que cumprem penas efetivas, sendo muitos deles considerados perigosos, torna-se obrigatória a existência de celas individuais. Não existem camaratas e mesmo os condenados que trabalham na zona agrícola da prisão (onde em alguns anos já se produziu um dos melhores vinhos tintos do país) são constantemente vigiados por guardas. Mas aqui, tal como em Setúbal e no Montijo, também faltam agentes. “Os próprios presos acabam por ser prejudicados pela falta de guardas. E não é apenas na diminuição do tempo efetivo de visitas. Muitos serviços externos, sobretudo as consultas de saúde
que diz que fazem falta entre 900 a 1000 efetivos. “A situação já é muito complexa e poderá agravar-se nos próximos três anos, uma vez que existem cerca de 600 guardas que se irão reformar por, nesse período, terem atingido os 60 anos de idade”, referiu o sindicalista Martinho Cunha. em hospitais, acabam por não se realizar no tempo previsto ou na quantidade devida. É um facto que estes serviços são restringidos devido à falta de guardas”, afiançou Martinho Cunha. O mesmo dirigente do SNCGP diz que no distrito, à semelhança do que acontece no resto do país, a situação da sobrelotação nas cadeias “só não é mais grave porque muitos reclusos têm sido enviados para casa com pulseira eletrónica”. O Semmais tentou contactar telefonicamente o serviço de Relações Externas da DGRSP no sentido de obter dados adicionais e eventuais explicações para as reclamações apresentadas pelos guardas prisionais não tendo, contudo, conseguido estabelecer contacto com nenhum dos responsáveis.
SOCIEDADE
Setúbal candidato a município do ano
Alcácer aprova orçamento de 31 milhões
O concelho de Setúbal está nomeado para os Prémios Municípios do Ano – Portugal 2019, iniciativa promovida pela Universidade do Minho e o município de Arouca. O concurso, que recebeu 51 can-
A Câmara de Alcácer do Sal aprovou esta semana o Orçamento Municipal para 2020, no total de 31 milhões de euros. Trata-se, segundo a autarquia, de um dos mais elevados orçamentos da história do
didaturas das quais resultaram 37 finalistas, reconhece as boas práticas de projetos implementados pelos municípios com impacte no território, na economia e na sociedade.
município, facto que se deve, segundo o edil Vítor Proença, às obras co-financiadas que estão previstas realizar no próximo ano. O documento contou com a abstenção do PS.
ASSOCIAÇÃO DA COSTA DE CAPARICA PEDE EQUIDADE E EXIGE RESPOSTAS DA CÂMARA DE ALMADA
Concessionários de Praia da Frente Urbana querem adquirir espaços que já pagaram Desde a dissolução da CostaPolis que os concessionários da frente urbana da Costa de Caparica se dizem prejudicados em relação aos restantes. Os primeiros pagam por mês, por apoios idênticos, o que os outros pagam anualmente. A AAPFUCC exige agora a integração dos seus associados no regime geral e a aquisição de propriedade dos espaços concessionados. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR Cerca de 20 concessionários da Frente Urbana da Costa de Caparica exigem adquirir a propriedade dos respetivos apoios de praia que dizem “estar pagos há muito tempo” e ser integrados no regime geral que abrange os concessionários das outras praias do concelho. A Associação que os representa tenta, há vários anos, resolver este impasse que se agudizou com a dissolução da sociedade Costa Polis, em 2013. Paulo Edson Cunha, advogado da Associação dos Apoios de Praia da Frente Urbana da Costa de Caparica (AAPFUCC), explica ao Semmais que os concessionários de praia da frente urbana alegam “tratamento diferenciado”, por parte das entidades que passaram a gerir o projeto, em relação aos restantes concessionários onde o Costa Polis não chegou a ser implementado. “Os concessionários da Frente Urbana sentem-se prejudica-
dos em relação a outras praias (não apenas às da Costa e Fonte da telha, mas de todo o País), não abrangidas pela intervenção do programa, nas quais os concessionários pagam uma taxa anual num valor próximo do que os meus clientes pagam num único mês”. Concorrencialmente, esse fator denota “uma desvantagem muito grande, pelo que urge, na defesa da equidade, pensar e atuar sobre esta desigualdade e injustiça”. Uma desigualdade que “se demonstra”, sublinha o causídico, com a definição de “apoio de praia”. “Todos os concessionários, com espaços idênticos, são considerados apoios de praia, mas nem todos suportam as obrigações de ter nadadores salvadores e outras exigências daí decorrentes”. Impõem-se, por isso, e na ótica legal, “uma reclassificação e harmonização entre todos os concessionários
O Barbas, um dos concessionários que pretende ver regularizada a situação dos apoios de praia, com o advogado Paulo Edson Cunha
abrangidos pelo antigo PP1 da Costa Polis, ou seja, das praias da Frente Urbana da Costa de Caparica”. Considerando que, desde julho deste ano, é a autarquia de Almada que assume competências na área das praias marítimas, fluviais e lacustes, a AAPFUCC requereu, em agosto, uma reunião urgente ao executivo liderado pela socialista Inês de Medeiros. Não só para exigir que a autarquia intervenha no processo de alteração do regime, pelo qual estão abrangidos os concessionários da frente urbana, mas, também, para apelar
a que seja concedida aos seus clientes a propriedade dos espaços cuja renda pagam há vários anos. “Os concessionários estão a pagar um apoio de praia mensal no pressuposto de que o adquiririam. Além disso, foram detetados, e comprovados em tribunal, defeitos graves de construção cujos efeitos têm sido suportados pelos concessionários que, em 2023, estão sujeitos a perderem o seu investimento, num eventual concurso público”. A sensibilização para o problema, junto da autarquia, é
“apenas uma das medidas” que o advogado admite tomar, com a ressalva de que “a AAPFUCC não está a agir contra ninguém, mas em defesa dos seus associados que não podem continuar a ser prejudicados desta forma”. Em jeito de conclusão e reforçando ter “boas expetativas” em relação ao papel da autarquia, “pelo sinal positivo que já nos deu, com algumas intervenções que já realizou”, Paulo Edson Cunha não deixa de “lamentar” que a câmara “já tenha adiado esta reunião, por duas vezes consecutivas, depois da primeira marcação (9 de outubro)”.
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Centro de Recolha Animal avança em Sesimbra Está a decorrer “a bom ritmo” a construção do Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (CROAC), em Sesimbra, na zona do Pinhal do Cabedal. A delimitação da zona de implantação do equipamento, de 500 metros quadrados, já está a ser finalizada, esperando-se que o prazo de execução seja concretizado e a obra possa ser inaugurada antes do verão do próximo ano. O investimento da autarquia sesimbrense, no valor
de 470 mil euros, vai permitir a criação de 30 espaços individualizados, gabinetes para vacinação antirrábica, armazém para rações, instalações para o pessoal e zona de receção e estacionamento. A colocação de microchips e a assistência médica também passarão a realizar-se naquele espaço. Prevê-se que o novo CROAC “contribua significativamente para o bem-estar de cães e gatos, e para a qualidade do serviço prestado pela autarquia”. ES
E D I T A L MANUEL PISCO LOPES, VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL, DO CONCELHO DE SETÚBAL: FAZ PÚBLICO QUE, nos termos do n.º 3, do artigo 27º, do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro, com a redação em vigor, ficam notificados todos os proprietários dos lotes, os titulares do alvará e demais titulares de outros direitos reais, referentes ao loteamento titulado pelo alvará n.º 04/1981 (processo n.º 236/78), nos seguintes termos: Pretende o Sr. Joaquim António Borges Rosa, na qualidade de proprietário do lote n.º 1 do alvará de loteamento n.º 04/1981, a alteração das especificações estabelecidas para o respetivo lote, designadamente: Número de pisos: passa de 1 para 2; Área Coberta por lote: 129,00m2 passa para 140,40m2; Observações: STP (Superfície Total de Pavimentos): 224,00m2 + 18,40m2 (garagem). As alterações pretendidas enquadram-se no disposto no plano de pormenor em vigor e correspondente regulamento. O respetivo processo administrativo está disponível para consulta, no Departamento de Urbanismo desta Câmara Municipal, sito na Rua Acácio Barradas, n.º 27, Edifício Sado, em Setúbal, pelo prazo de 30 dias, entre as 9h00 e as 15h30m, podendo os eventuais interessados reclamar, nos termos do Código do Procedimento Administrativo. Para constar é publicado o presente edital num jornal de âmbito local, na página eletrónica do município e afixado edital de idêntico teor nos Paços do Município e na Junta de Freguesia do Sado. O Vice-Presidente Manuel Pisco Lopes
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SOCIEDADE
EXECUTIVO MUNICIPAL É UNÂNIME NA TOMADA DE POSIÇÃO
Autarquia exige ao governo a construção urgente do hospital do Seixal A tomada de posição da autarquia seixalense, em que se exige ao governo o cumprimento de uma promessa com mais de 20 anos, surge dias depois do secretário de Estado da Saúde ter admitido que o hospital do Seixal poderá estar a funcionar em 2023. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR O secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, apontava, na semana passada em declarações à Rádio Renascença, “o final de 2022, início de 2023 como a data de entrada em funcionamento do novo Hospital do Seixal”. Prazos e previsões “difíceis de aceitar” pelas 450 mil pessoas que esperam pela unidade de saúde há mais de 20 anos. Perante o encerramento da urgência pediátrica do hospital Garcia de Orta, em Almada, devido à falta de médicos da especialidade, as vozes de protesto, pela construção do hospital do Seixal, aumentaram de tom. População, comissões de utentes e autarquias locais estão unidas nesta exigência que, segundo o governante, é legitima. “A população tem razão em reivindicar o atraso na construção desta unidade, mas o processo está a seguir o andamento normal”, disse Francisco Ramos, acrescentando que “2020 será o ano de realização do projeto de arquitetura”.
O futuro hospital do Seixal é uma promessa desde 2009. Agudizam-se os apelos para a sua construção urgente
Para acelerar o processo, o executivo municipal da autarquia do Seixal aprovou, na última reunião de câmara, uma
tomada de posição em que se exige o cumprimento imediato da promessa governativa.
“Esta é uma reivindicação com quase duas décadas, cuja necessidade está tecnicamente fundamentada sendo visível o estado caótico atual e a incapacidade de o Estado garantir à população o acesso a cuidados de saúde condignos”, refere o presidente da autarquia, Joaquim Santos, em comunicado. O documento alude, também, à aprovação de uma resolução, por parte da Assembleia da República, que, em 2015 admitia ser “urgente a construção do hospital”, pela importância que este assumia, já na altura, na rede de cuidados públicos de saúde. “Estamos perante um investimento que necessita de enquadramento orçamental, sem cativações ou outros mecanismos financeiros que, na prática, venham atrasar ainda mais a sua execução”, reforça Joaquim Santos para quem o governo, e em particular o senhor primeiro-ministro já indigitado, “tudo tem de fazer para que este processo não pare”.
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Município de Alcácer do Sal Assembleia Municipal EDITAL MARIA ANTÓNIA INCENSO DOS REIS MENDES, Presidente da Mesa da Assembleia Municipal de Alcácer do Sal, dando cumprimento ao disposto no nº 2 do artigo 56º. da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro, torna público as deliberações da sessão extraordinária realizada no dia 18 de outubro de 2019. ORDEM DE TRABALHOS 01 – Eleição de um Presidente de Junta de Freguesia efetivo e de um substituto para representação no XXIV Congresso da Associação Nacional Municípios Portugueses a realizar nos dias 29 e 30 de novembro, em Vila Real; Eleita a Lista A (CDU) - Sr. Albino António Batista Francisquinho, Presidente da Junta de Freguesia de São Martinho – efetivo. - Sra. Deolinda da Conceição de Oliveira Florêncio, Presidente da Junta de Freguesia de Comporta – suplente. (escrutínio secreto, com 25 votantes) Lista A – CDU – 13 votos Lista B – PS – 10 votos Votos em branco - 2 02 – Apresentação, apreciação e votação de propostas relativas à designação de 3 representantes a indicar pela Assembleia Municipal de Alcácer do Sal na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens; Eleita a Lista A (CDU) - Maria do Rosário Brigues Monteiro - Maria Fernanda Lázaro Caixas - Maria Manuela Pinto Neves Gagueija (escrutínio secreto, com 25 votantes) Votos a Favor – 21 votos Votos Contra – 0 votos Abstenções - 4 03 – Análise e conhecimento da informação referente ao relatório do Revisor Oficial de Contas sobre a situação económica e financeira do Município, referente ao 2.º semestre 2018; (tomado conhecimento na reunião de Câmara realizada no dia 25/07/2019) Tomado Conhecimento. 04 – Análise e votação da proposta referente à subscrição do capital social da AGDA; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 08/08/2019) Deliberação: Aprovada por Unanimidade. 05 – Análise e votação da proposta referente à reabilitação de edifício com subida de dois níveis no nível de conservação – aplicação da isenção de IMI prevista no Estatuto dos Benefícios Fiscais – Travessa do Cotovelo nº1; (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 08/08/2019) Deliberação: Aprovada por Unanimidade. 06 – Análise e votação da proposta referente à reabilitação de edifício com subida de dois níveis no nível de conservação – aplicação da isenção de IMI prevista no Estatuto dos Benefícios Fiscais – Avenida João Soares Branco nº38. (documento aprovado na reunião de Câmara realizada no dia 08/08/2019) Deliberação: Aprovada por Unanimidade. Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume. Alcácer do Sal, 21 de outubro de 2019 A Presidente da Assembleia Municipal, Maria Antónia Incenso dos Reis Mendes
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Plano Contra-Pirataria já foi aprovado Os navios com Bandeira Portuguesa vão passar a poder ter guardas armados a bordo. Isto porque Portugal adotou novas regras para os navios que arvoram bandeira nacional, poderem embarcar segurança privada a bordo, respondendo à crescente ameaça da pirataria marítima. Desta forma, e segundo a Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), “é melhorada a atratividade e competitividade do registo de navios em Portugal, na tentativa de mitigar esta ameaça e assim melhorar a proteção e a segurança das tripulações e bens transportados, ficando ao nível das melhores práticas utilizadas por outros Estados de Bandeira nesta matéria”. Em comunicado a DGRM destaca que “as ameaças de pirataria no mar são hoje uma realidade em zonas como o Golfo da Guiné, a costa da Somália, Golfo de Áden ou algumas zonas do mar da Índia, sendo um aspeto considerado prioritário pelos Estados de Bandeira, no âmbito da proteção do transporte marítimo”. Esta situação tem sido alvo de uma atenção especial da IMO (International Maritime Organization) através do estabelecimento de Guidelines e de uma permanente lista das áreas no globo com problemas de pirataria. Neste sentido, foi publicado, dia 24, o Decreto-Lei n.º 159/2019, que aprova o regime jurídico do exercício
DGRM responsável pela aprovação do plano
da atividade de segurança privada armada a bordo de navios com bandeira portuguesa e que atravessem áreas de alto risco de pirataria. Com a publicação deste diploma, esclarece a DGRM, os armadores “passam a poder contratar empresas de segurança privada para a prestação de serviços de segurança a bordo, com recurso a armas e munições consideradas, do ponto de vista técnico, adequadas e que só podem ser utilizadas em áreas de alto risco de pirataria e em legítima defesa”. De forma a não descurar os mecanismos de segurança pública, o exercício da atividade de segurança privada armada a bordo está sujeito à aprovação, acompanhamento e fiscalização por parte das autoridades competentes, designadamente a DGRM e a Direção Nacional da PSP.
SOCIEDADE
CARTAZ DA INICIATIVA LIBERAL JÁ ESTÁ EXPOSTO NO ARQUIVO DO BARREIRO
“António Costa” entregue à Associação Ephemera Pacheco Pereira orgulha-se de liderar o único arquivo nacional que faz a compilação de milhares de materiais de propaganda eleitoral, manifestações e protestos. A lona das últimas legislativas do Iniciativa Liberal é o mais recente exemplo
O Primeiro Ministro António Costa visitou os arquivos da Ehpemera, nos armazéns da Baía do Tejo no Barreiro, em fevereiro. Na altura celebravam-se os 10 anos da associação de Pacheco Pereira. Agora o “António Costa” voltou, para ficar, em forma de sátira propagandista. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM RUI SERRANO FOTOGRAFIA Pacheco Pereira recebeu, na última quinta feira, “António Costa” na associação Ephemera. Como qualquer “bom anfitrião”, o arquivista cedeu-lhe, até, lugar no novo armazém da associação, que “já tinha falta de espaço”
para acomodar os milhares de cartazes, lonas, outdoors e propagandas de centenas de manifestações, protestos e campanhas eleitorais. Referimo-nos, não ao Primeiro Ministro já indigitado, mas, “a
Câmara de Sines paga transporte a 85 alunos do ensino secundário O executivo municipal de Sines aprovou, de forma unânime, o alargamento da gratuitidade dos transportes escolares aos 85 alunos que frequentam o ensino secundário. A medida implica um investimento adicional de 15 mil euros aos 60 mil que a autarquia já disponibilizava para suportar os passes escolares dos alunos dos três ciclos do ensino básico. “Aliviar a despesa das famílias”, contribuir para “a igualdade de acesso” à edução e ensino e “prevenir o abandono escolar”, são três dos objetivos desta medida que, segundo o vice-presidente da câmara de Sines, Fernando Ramos, permite que todos os alunos que frequentam outros estabelecimentos de ensino fora da cidade de Sines possam também “beneficiar
deste apoio a 100%”. Como é o caso dos alunos que residem na freguesia de Porto Covo, e estudam em Sines ou que residem em Sines e estudam em santiago do Cacém. Em declarações à agência Lusa Fernando Ramos afirma que que a decisão do executivo de alargar a gratuitidade dos passes escolares ao ensino secundário “mais do que um esforço financeiro, é dinheiro público a ser bem aplicado na área da educação”. Uma forma, acrescenta o autarca, de “promover a equidade, reduzir assimetrias, apoiar as famílias e colocá-las em situação de igualdade”. Tudo isto “independentemente da escola que os alunos frequentam e da freguesia onde residem”. ES
um dos ícones da propaganda eleitoral das últimas legislativas - o “António Costa” da Iniciativa Liberal”, que foi oferecido à associação Ephemera. “Somos o único arquivo em Portugal a recolher, tratar, compilar e expor publicidade, marketing eleitoral, panfletos e cartazes”, evidencia Pacheco Pereira, enquanto agradece o gesto da Iniciativa Liberal que, com esta oferta à Ephemera, “salvou a sua própria campanha”. O cartaz do “António Costa da Iniciativa Liberal”, que agora ficará acomodado nos arquivos da Ephemera, nos armazéns da Baía do Tejo, no Barreiro, é um entre “milhares de outros ma-
teriais” que estão a acessíveis a qualquer pessoa que os queira ver ou consultar. O espólio tem crescido exponencialmente, mas este ano foi “particularmente positivo”, enaltece Pacheco Pereira que já se viu obrigado a duplicar o espaço de armazenamento. “Pela primeira vez, nas últimas eleições, recebemos muito material do PS, do PSD, e do CDS, e algum material dos outros partidos. E o melhor de tudo é que já se começa a instituir a prática de serem os próprios a contactar a associação para recolher o material e não o inverso”, elogia o arquivista que recebeu esta semana mais “um conjunto muito significati-
vo de documentos, manuscritos, correspondência, memorabilia”, com origem no espólio de Nuno Krus Abecasis. “Engenheiro, militante político no PDC e no CDS, deputado, Presidente da Câmara de Lisboa, e um dos mais ativos defensores de causas como a contestação à legalização do aborto, e causas ligadas ao ensino privado e outras, é a história de Nuno Abecasis que vai ficar connosco”, orgulha-se o investigador. Documentos que estão a ser organizados e inventariados, pelos voluntários da Ephemera, e que irão juntar-se ao núcleo documental já existente no arquivo e biblioteca de Pacheco Pereira.
Moita é entidade Empregadora Inclusiva O município da Moita foi distinguido com a marca “Entidade Empregadora Inclusiva”, pelas suas práticas de gestão “abertas e inclusivas”, desenvolvidas em prol das pessoas com deficiência e incapacidade. A distinção é atribuída anualmente pelo IEFP, IP e o anúncio da obtenção da marca foi feito, precisamente, durante uma ação que o Instituto de Emprego e Formação Profissional organizou na Moita, no âmbito da semana do empregador. Durante a sessão, Rui Garcia, presidente da autarquia, recordou “a longa experiência” da Câmara da Moita na integração de pessoas com deficiência. “Temos inúmeros exemplos de sucesso”, salientou o autarca, referindo-se não apenas a trabalhadores, no âmbito de programas de integração do IEFP, como, também, àqueles que foram integrados nos quadros da
Maria do Carmo Guia com Rui Garcia durante a conferência promovida pelo IEFP na Moita
Autarquia. “É possível e é necessário integrar as pessoas com deficiência do ponto de vista da responsabilidade social e do humanismo”, referiu o autarca, revelando “satisfação” pelo facto de a Câmara Municipal da Moita poder contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissio-
nal destes trabalhadores. Esta Marca Inclusiva, à qual se candidataram 112 empresas, autarquias e entidades de economia social, distingue a Câmara da Moita pelo contributo “para a criação de um mercado de trabalho inclusivo, que integra a diferença e que evidencia preocupações de ordem social”. ES
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SOCIEDADE
Supera abre no 1.º trimestre de 2020
REDE CICLÁVEL LIGA PINHAL NOVO AO MONTIJO
Ciclovias unem populações e protegem ambiente A rede ciclável continua a crescer na região. Pinhal Novo e Montijo vão ficar ligados em nome da mobilidade segura e da redução da Pegada de Carbono. O investimento municipal é superior a 2 milhões de euros. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM CMP Pinhal Novo e Montijo vão unir-se através de uma Ciclovia com cerca de 10 quilómetros, em prol da promoção de hábitos de vida saudáveis, proteção do ambiente e desenvolvimento de novas formas de fruição, humanização e coesão dos espaços. A infraestrutura situa-se ao longo da antiga linha de caminho-de-ferro e em paralelo com a EN252. No Montijo, a construção da Ciclovia já foi adjudicada e a obra só arrancou esta semana, devido à sua “complexidade”, segundo confirmou ao Semmais o presidente do município, Nuno Canta. O Montijo vai ficar ligado ao Pinhal Novo, numa Ciclovia com uma extensão de cerca de 8 quilómetros. O investimento é superior a 800 mil euros. “É uma obra mais complexa que a de Palmela e é de grande importância para a cidade do Montijo. Vai valorizar a mobilidade suave e combater as alterações climáticas. Se houver mais bicicletas a circular e se optarmos pelas Ciclovias, estamos a contribuir para a redução de Dióxido de Carbono na atmosfera e melhorar o ambiente”, sublinha Nuno Canta. Esta Ciclovia conta com “50 por cento de ajuda comunitária”, o que é, sem dúvida, “mais um excelente investimento” para a cidade do Montijo.
ciclovias já existentes das urbanizações Val´Flores, a sul, e Vila Serena, a nordeste, e é, hoje, um espaço “privilegiado de encontro e lazer” para a população. “É preciso retirar carros das estradas”
A ciclovia do Pinhal Novo, com uma extensão de dois quilómetros, já se encontra a funcionar
O prazo de execução da obra é de 225 dias. Entretanto, a 2.ª fase da Ecopista de Pinhal Novo está concluída e deverá ser inaugurada a 10 de novembro. Com extensão
de 2 quilómetros, liga Vila Serena ao entroncamento com a Estrada dos Quatro Marcos, na fronteira com o concelho do Montijo. A 1.ª fase ficou pronta em 2014 e permitiu a ligação com as
Dragagens no Sado deverão começar em novembro A presidente da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Lídia Sequeira, garante que a primeira fase do projeto de melhoria das acessibilidades marítimas ao Porto de Setúbal está a decorrer “dentro da normalidade”, estando criadas as condições “para avançar com os trabalhos de dragagem”. A informação foi prestada pela presidente da APSS à Comissão Eventual da Assembleia Municipal de Setúbal, para o acompanhamento do projeto, com quem reuniu recentemente para um “ponto de situação sobre o andamento do processo”. Nesse encontro, e segundo declarações do presidente da comissão, Jerónimo Lopes, ao jornal Público, “foi garantido que a fase dois do projeto não é para fazer”, ficando a extração de areias no Sado, apenas, nos 3,5 milhões de metros cúbicos e não nos 6,5, e que “a APSS se comprometeu a não de-
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APSS garante estar tudo a postos para o início dos trabalhos de dragagens no Sado
positar dragados na restinga, sem ter o acordo dos pescadores”. A APSS lembrou nesse encontro que “a melhoria das acessibilidades marítimas ao Porto de Setúbal a par de outros projetos em curso, como a melhoria dos
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acessos ferroviários ao Porto de Setúbal e o desenvolvimento da Janela Única Logística, permitirão promover a intermodalidade e aumentar as mercadorias transportadas por comboio no Porto de Setúbal”.
O presidente Álvaro Amaro não tem dúvidas de que se queremos reduzir a Pegada de Carbono, a aposta na “mobilidade suave” é um dos grandes desafios dos dias de hoje, que contribui para a promoção de “hábitos de vida saudáveis”. Na sua opinião, “é preciso retirar os carros das estradas e apostar, cada vez mais, na bicicleta e nas caminhadas, quer seja para passeio ou em trabalho”. Na Quinta do Anjo, a Ciclovia tem 2 quilómetros e une as urbanizações Colinas da Arrábida e Portais da Arrábida. Uma 2.ª fase ligará este último bairro a Cabanas. E em Aires já está construída a 1.ª fase, entre o extremo sul da Av.ª Joaquim Lino dos Reis e a Escola de Aires. O munícipio encontra-se a projetar uma 2.ª fase, que garantirá a ligação desta zona ao concelho de Setúbal. 1 milhão e 500 mil euros é o investimento global em todas as Ciclovias por parte do município de Palmela.
Edil setubalense é sócia SUPERA n.º 1
A presidente do município de Setúbal, Dores Meira, e o diretor geral da Supera, Guillermo Druet, visitaram ontem as obras do futuro complexo desportivo municipal da Supera, localizado na Praça de Portugal, cuja abertura oficial está prevista para o primeiro trimestre de 2020. O segundo complexo desportivo do Grupo Supera em Portugal, depois de Lisboa, representa um investimento de 9 milhões de euros e será composto de quatro piscinas, SPA, sauna, três salas de exercício e musculação. A edil Dores Meira agradeceu a confiança depositada pelos investidores espanhóis, os quais já subsidiaram arranjos em vários outros espaços desportivos, no valor de 1 milhão de euros, não tendo dúvidas que estamos perante um projeto “âncora” para Setúbal. E nas horas mais ‘mortas’ os seniores e as crianças terão entrada livre no complexo. Já Guillermo Druet, que realçou a boa relação qualidade/preço das ofertas do projeto, que engloba mais de 9 mil metros quadrados de instalações, incluindo o parqueamento subterrâneo para 130 viaturas, com desconto para os utentes na primeira hora e meia de estacionamento. AL
Clube Arrábida desiludido Para Pedro Vieira, presidente do Clube Arrábida, trata-se de uma “triste notícia que vem legitimar o que poderá vir a ser o maior atentado ambiental alguma vez cometido no Rio Sado”. Um atentado “com o beneplácito do governo Socialista através do Ministério do Ambiente, Ministério do Mar e apoiado, incondicionalmente, pela Câmara Municipal de Setúbal”. Para o ambientalista “já nada já nos surpreende, num processo inquinado desde o início, em que tudo foi feito para silenciar os argumentos contra, da sociedade civil. Não nos surpreende, igualmente, a ingenuidade do presidente da comissão da Assembleia
Municipal, Jerónimo Lopes, da CDU, ao afirmar que continua a acreditar nas inverdades de Lídia Sequeira, presidente da APSS”. “Esta senhora não pode garantir aos pescadores que não irá depositar os materiais dragados na restinga (necessitaria de novo estudo de impacte ambiental); que as dragagens são de apenas 3,5 milhões de metros cúbicos (quanto tem uma licença para dragar 6,5 milhões de metros cúbicos); que irá depositar areias nas praias da Arrábida (o ICNF não o permite) e que irá criar mais de 10,000 postos de trabalho até 2040. O Sado e os Sadinos não mereciam uma morte tão cruel!”. ES
SOCIEDADE
EM DEBATE ESTIVERAM OS DESAFIOS E ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS AO EMPREGO NO FUTURO
Instituto de Emprego e Formação Profissional promoveu mais uma Semana do Empregador
Durante toda a semana empregadores, consultores, autarquias e desempregados desenvolveram contactos entre si e foram debatidas as alterações recentes ao Código do Trabalho. A Feira do Emprego foi das mais participadas
As alterações ao Código do Trabalho foram um dos temas abordados na 4ª Semana do Empregador que decorreu entre 14 e 18 deste mês. A iniciativa, promovida pela Rede do Serviço Público de Emprego, contou com conferências na Moita, Montijo e Barreiro. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR Decorreu este mês mais uma edição da Semana do Empregador, do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), coincidente com a organização do evento “Dias Europeus do Empregador”, iniciativa da Comissão Europeia (CE) através da Rede Europeia de Serviços Públicos de Emprego. Com este evento, que incluiu sessões de esclarecimento sobre as alterações ao código do trabalho e sobre a Lei 4/2019- Sistema de Quotas para Pessoas com Deficiência, o IEFP pretendeu “dar continuidade ao diálogo com as entidades parceiras, aproximar e melhorar o relacionamento entre o Serviço Público de Emprego e os Empregadores”, referiu Maria do Carmo Guia, diretora do Centro de Emprego do Sul Tejo, no início dos trabalhos. Na região os Serviços de Emprego e Formação, da Direção Regional de Lisboa e Vale do Tejo (DRLVT), através dos Serviços de Emprego e Formação de Almada, Barreiro, Montijo, Seixal e Setúbal, dinamizaram várias atividades, destacando-se, os encontros com empregadores, visitas a entidades empregadoras e a Feira de Emprego e Formação, nas instalações do Serviço de Formação Profissional do Seixal. Numa das iniciativas, os Cen-
tros do IEFP da Península de Setúbal, integraram o 2º Meeting da Associação das Indústrias da Península de Setúbal (AISET), onde promoveram e divulgaram as medidas de emprego e formação de apoio aos empregadores. Autarcas insistem na necessidade de trabalho qualificado O IEFP promoveu, em estreita articulação, com os municípios de Alcochete, Montijo e Barreiro, e com a Baía do Tejo, as conferências sobre “Alterações ao Código do Trabalho”, “de enorme interesse para empregadores e trabalhadores”, que contou com a presença dos oradores, Fernando Catarino José, Subdiretor da Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) e Rui Abreu, Diretor de Serviços da DGERT. Os encontros foram moderados pelo jornalista Raul Tavares. Nuno Canta, presidente do município do Montijo elogiou a iniciativa que é “de extrema importância para a comunidade”. “A visibilidade que estas ações dão ao papel social, fundamental, que têm as empresas. Papel que além, obviamente, do aspeto produtivo, assenta no papel social. Dar trabalho às pessoas, permitir dignidade no trabalho, contribuir para
postos de trabalho melhorados e para a dignidade dos próprios trabalhadores, esse é o elemento essencial que é reforçado durante a semana do empregador”. Já Fernando Pinto, autarca do concelho vizinho de Alcochete, partilhou com o Semmais que, mais que dar trabalho, e trabalho qualificado, é importante analisar e perceber que alternativas existem à falta de emprego, e que estão a afastar os trabalhadores das empresas que querem contratar. E estas conferências “podem ajudar-nos a traçar o caminho”, acredita. João Pintassilgo, vice-presidente da câmara do Barreiro foi o anfitrião da sessão que decorreu no Museu Industrial da Baía do Tejo e que contou com a participação de dezenas de “empregadores, consultores e advogados do trabalho”. “São de louvar, e para continuar, estas iniciativas que permitem debater e analisar os aspetos positivos das alterações ao código do trabalho que vêm potenciar o aumento da natalidade, com a extensão do período de licença de parentalidade, e promover o associativismo sindical que é tão necessário”, destacou o autarca. Em parceria com a Câmara Municipal da Moita, decorreu, também, o seminário sobre a “Lei 4/2019- Sistema de Quotas para Pessoas com Deficiência” aplicável na contratação de pessoas com deficiência e incapacidade, que teve como orador Leonardo da Conceição, do IEFP e como moderador Augusto Sousa. A semana do Empregador terminou no dia 18 de outubro, com a realização da Feira de Emprego e Formação Profissional, realizada no Serviço de Formação Profissional do Seixal e pro-
movida pelos Centros de Emprego e Formação Profissional da Península de Setúbal. A Feira de Emprego e Formação proporcionou aos empresários da região, “o contacto e interação com a formação prática realizada pelos formandos, nos vários espaços formativos, bem como no acesso a informação especializada so-
bre as medidas de apoio e incentivo à contratação”. A Semana do Empregador, foi bastante participada, em todas as iniciativas, permitindo uma maior aproximação ao IEFP, IP, aos cidadãos e às Entidades Empregadoras, pretendendo reforçar a importância da intervenção do IEFP, IP na região.
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E D I T A L MANUEL PISCO LOPES, VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL, DO CONCELHO DE SETÚBAL: FAZ PÚBLICO QUE, nos termos do n.º 3, do artigo 27º, do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro, com a redação em vigor, ficam notificados todos os proprietários dos lotes, os titulares do alvará e demais titulares de outros direitos reais, referentes ao loteamento titulado pelo alvará n.º 09/1997 (processo n.º 6/99), nos seguintes termos: Pretende o Sr. Silvério da Costa Domingues, na qualidade de proprietário do lote n.º 59 do alvará de loteamento n.º 09/1997, a alteração das especificações estabelecidas para o respetivo lote, designadamente: Aumento de 20 m2 destinados a habitação; Aumento de 47 m2 destinados a terciário. Mantêm-se inalterados os restantes parâmetros urbanísticos estabelecidos para o lote, entre os quais o uso, índice de utilização líquido, número de pisos e número de fogos. Mantêm-se ainda inalteradas as obras de urbanização. As alterações em apreço, não originam alteração às obras de urbanização executadas, dispensandose a consulta às entidades externas concessionárias das redes de infraestruturas. O respetivo processo administrativo está disponível para consulta, no Departamento de Urbanismo desta Câmara Municipal, sito na Rua Acácio Barradas, n.º 27, Edifício Sado, em Setúbal, pelo prazo de 30 dias, entre as 9h00 e as 15h30m, podendo os eventuais interessados reclamar, nos termos do Código do Procedimento Administrativo. Para constar é publicado o presente edital num jornal de âmbito local, na página eletrónica do município e afixado edital de idêntico teor nos Paços do Município e na sede da União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão). O Vice-Presidente Manuel Pisco Lopes
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LOCAL
Alcochete tem parque infantil recuperado
Seixal Jazz com sucessivas casas cheias
No âmbito da requalificação do parque escolar, a autarquia concluiu a intervenção no espaço infantil da Quinta da Caixeira, no Samouco, cujo investimento foi superior a 16 mil euros. A referida
Na segunda semana de Seixal Jazz, os palcos do festival, a decorrer no Forum Cultural, têm estado ao rubro, com sucessivas ‘casas esgotadas’. Para os que ainda não tiveram contacto com as pro-
obra arrancou no dia 24 de setembro e incluiu trabalhos de limpeza, pintura e substituição de peças danificadas. As vedações delimitadoras foram também reabilitadas.
postas desta edição, já está disponível uma ‘playlist’ no canal Deezer, bem como todas as informações no site oficial e nas principais redes sociais. Não perca os concertos.
MUNICÍPIO INVESTE MAIS DE 299 MILHÕES DE EUROS NA REABILITAÇÃO
INVESTIMENTO É SUPERIOR A 454 MIL EUROS
Mercado de Santiago reabre com novo rosto
Alcácer do Sal arranja ruas do Torrão
Mais moderno e atrativo para clientes e operadores. Foi assim que reabriu o histórico mercado municipal, no coração da cidade. Seguese a zona envolvente, com o alargamento dos estacionamentos. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR
299 mil euros foram investidos nos arranjos e melhorias do mercado municipal da cidade
O mercado municipal de Santiago do Cacém reabriu no passado dia 23, após obras de reabilitação levadas a cabo pelo município, que tiveram como objetivo modernizar o edifício e, assim, trazer mais dinâmica aquele espaço. Os trabalhos, com orçamento superior a 299 mil euros, da responsabilidade da empresa InOutBuild Arquitectura, Engenharia
& Construção Lda, pretenderam criar melhores condições para quem trabalha e para quem é cliente do mercado municipal. A empreitada englobou a execução de trabalhos de remodelação de pavimentos, instalações sanitárias, redes de drenagem pluvial, esgotos domésticos e abastecimento de águas, rede elétrica, execução de rebocos e
Grândola aprova orçamento de 30,5 milhões
Salmonete é rei em Setúbal em mais de uma semana
30,5 milhões de euros é o valor do Orçamento do município para 2020. O edil Figueira Mendes sublinhou que o documento “continua a seguir a estratégia iniciada em outubro de 2013, focada em desenvolver a economia e criar emprego, melhorar e reforçar os serviços públicos, fomentar a coesão social e melhorar a qualidade de vida, e manter uma postura justa, transparente, cooperante e determinada”. Das ações previstas, realce para a construção das infraestruturas da 3.ª fase da ZIL e a conclusão dos seus principais acessos.
Mais de 40 restaurantes participam na Semana do Salmonete, de 1 a 10 de novembro. A iniciativa inclui degustação comentada, no último dia. O certame, promovido pelo município, proporciona ementas especiais em 42 restaurantes que contribuem para a promoção do salmonete. A fechar, o Chef Paulo Rocha dinamiza, a 10 de novembro, às 18 horas, na Casa da Baía, degustação comentada. A Semana integra eventos gastronómicos no âmbito da marca Setúbal – Terra de Peixe, com vista a divulgar sabores da cozinha.
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pintura, fornecimento de mobiliário e equipamento e a criação de acessos para pessoas com dificuldades de mobilidade. Com esta remodelação pretende-se dar maior vida ao mercado municipal, para que seja cada vez mais atrativo as pessoas fazerem aí as suas compras. De sublinhar que nos últimos anos, o mercado municipal tem recuperado muita da sua dinâmica, para isso contribuíram um conjunto de iniciativas que o município tem vindo a promover ou em que é parceira com outras entidades. A par da reabilitação do edifício do mercado municipal está igualmente prevista a requalificação do espaço público envolvente, ficando aquela zona da cidade “mais valorizada e muito mais atrativa, com maior mobilidade e mais lugares de estacionamento”. Esta intervenção está integrada no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano para o concelho de Santiago do Cacém, no âmbito do Alentejo 2020, Portugal 2020, com comparticipação dos fundos da União Europeia, através do FEDER.
Moita acolhe encontro de culturas ribeirinhas Evidenciar e reafirmar a história singular de uma terra que cresceu com o rio e se projeta no Tejo é um dos objetivos do IV Encontro de Culturas Ribeirinhas que decorre até este domingo em vários locais da Moita. O evento destaca a importância da preservação do património cultural imaterial e da construção naval tradicional em madeira, constituindo-se como mais um elemento para a afirmação do projeto municipal “Moita Património do Tejo”. De realçar a exibição do documentário sobre o trabalho dos centros náuticos na preservação das embarcações tradicionais do Tejo e o colóquio sobre a construção naval tradicional em madeira.
As ruas do Torrão, muitas em calçada antiga, vão sofrer arranjos para melhor circulação
O edil Vítor Proença procedeu no dia 21 à assinatura do Auto de Consignação das obras do Plano de Mobilidade do Torrão. A cerimónia decorreu no salão nobre dos Paços dos Concelho e contou com a presença do executivo permanente e do representante da empresa Pinto & Braz, Lda, que irá concretizar os trabalhos. A empreitada, orçada em 454.683,06 euros, tem um prazo de execução de 270 dias e contempla a remodelação da rede de água, melhoramentos na rede de esgotos e rede de pluviais e remodelação de pavimentos, com a colocação de calçada e lajetas de granito em várias ruas
Barreiro ajuda ator António Cordeiro
“O Zé Bate o Pé!” é o nome da revista à portuguesa à portuguesa com parte das receitas a reverter para o ator António Cordeiro. O espetáculo tem lugar este sábado, às 21h30, e no dia 27, às 16 horas, na Casa da Cultura da Baía do Tejo. Trata-se de uma iniciativa da Cartaz Produção de Espetáculos, empresa do ator setubalense Luís Aleluia, inserido numa iniciativa de carácter solidário, com ingressos a 12,50 euros.
do centro histórico do Torrão, nomeadamente: rua Catarina Eufémia e rua João Falcão, rua da Azinheira, travessa da Azinheira, travessa entre a rua da Azinheira e a rua da Matriz, rua da Matriz, travessa de St.º António, travessa da Misericórdia, travessa da Matriz, rua do Adro, rua de St.º António, rua da Lagoa e rua Gago Coutinho. Dada a riqueza histórica da zona a intervencionar, as obras serão acompanhadas de perto pelo setor de arqueologia do município. Trata-se de “importante passo” no sentido de melhorar infraestruturas básicas, assim como a mobilidade pedonal no centro histórico do Torrão.
Festas do Montijo vão ter sede própria O município aprovou a aquisição de um terreno contíguo ao edifício municipal onde se encontra instalada a Galeria e a Assembleia Municipal com vista a erguer um edifício para albergar a Comissão de Festas, o qual ficará dotado de elevador para pessoas com mobilidade reduzida. O preço da aquisição a suportar por parte do município será de 65 mil euros. O edil Nuno Canta esclareceu que “há algumas décadas atrás a comissão de festas esteve sediada no próprio edifício da Galeria Municipal. Queremos construir uma acessibilidade ao edifico à galeria para cidadãos com mobilidade reduzida, bem como uma edificação para que haja um espaço para albergar a comissão de festas”.
LOCAL
OBRA INTEGRADA NO CENTRO VINUM
Palmela embeleza espaços exteriores em Fernando Pó
A empreitada é co-financiada por fundos da comunidade europeia
Já arrancou o arranjo de espaços exteriores em Fernando Pó, com o valor de 149 mil euros e um prazo de execução de 90 dias. Esta empreitada vai requalificar a zona envolvente ao apeadeiro e à sede da Associação Cultural e Recreativa de Fernando Pó, criando espaços de estadia e lazer e disciplinando e melhorando o estacionamento e a circulação pedonal. Está ainda prevista uma in-
tervenção no mobiliário urbano e nos acessos ao apeadeiro, de forma a garantir a acessibilidade às pessoas. Esta obra junta-se à obra de requalificação da sede da associação, está integrada no projeto mais vasto Centro Rural Vinum e visa criar melhores condições de usufruto daquela zona vinhateira para quem lá vive e para quem a visita. A empreitada é cofinanciada por fundos comunitários.
Escola de natação de Almada certificada
A escola de natação das quatro piscinas municipais do concelho tem, desde o dia 19, a Certificação da Qualidade Pedagógica, atribuída pela Federação de Natação. As quatro piscinas do concelho foram reconhecidas com a Certificação da Qualidade FPNCQ19, no âmbito da Escola de natação: liderança e coordenação, planeamento de recursos humanos, recursos materiais, parcerias, processo formativo e resultados. O processo de certificação passa por várias fases: formação inicial sobre o programa; autoavaliação do que existe; plano de melhoria; alterações de acordo com o plano de melhoria e depois a primeira certificação. Este certificado foi entregue na Gala da Natação, organizada pela Federação de Natação.
Sesimbra é finalista do concurso municípios do ano O Museu Marítimo de Sesimbra – Um Museu da Comunidade é um dos nomeados para a final da Categoria Regional do Concurso Municípios do Ano. A par de Sesimbra estão nomeados outros 33 projetos de vários municípios do país, escolhidos entre as 48 candidaturas apresentadas. Além do Museu Marítimo, o município é ainda finalista na categoria intermunicipal, juntamente com Palmela e Setúbal, com o projeto Território Arrábida - Património Partilhado. O anúncio dos vencedores será feito a 15 de novembro, em Arou-
ca, numa cerimónia onde serão distinguidos 9 municípios com o prémio regional, prémio intermunicipal, Município do Ano.
Sines premeia ideias dos alunos para o ambiente Três equipas da Escola Tecnológica do Litoral Alentejano receberam, dia 21, os prémios do concurso “Ciência e Tecnologia ao Serviço do Ambiente”, promovido pelo município, no âmbito do Programa de Educação Ambiental 2018/19. O 1.º lugar foi para “Energy4life”, do curso de Manutenção 18/19, com o projeto de um espaço
de convívio multifuncional com soluções de energia solar e motriz. Em 2.º lugar ficou “Presstrash”, do mesmo curso, com a ideia de construir ecopontos “inteligentes”. O 3.º lugar foi para “Step-on-it”, dos alunos de Eletrónica 17/18, sobre a ideia de construir pisos com placas de energia capazes de carregar telemóveis.
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DESPORTO
Taça de Portugal de Karting em Palmela
Ultra Trail na Serra de Grândola
Dias 2 e 3 de novembro, o Kartódromo Internacional de Palmela recebe a Taça de Portugal de Karting. São esperados cerca de 100 pilotos, distribuídos por seis categorias (iniciação, cadetes, juvenis,
Decorre dia 3 de novembro a 5ª edição do Ultra Trail de Grândola, prova organizada pela autarquia e pelo Clube Amiciclo e apadrinhada por Viriato Dias. Já estão 300 atletas inscritos, em represen-
júnior, X30 e X30 Super Shifter), naquela que é considerada a prova rainha do Kart nacional, organizada pelo Kart Clube de Lisboa, com o apoio da câmara de Palmela.
tação de 30 equipas, que contarão com uma novidade na prova deste ano. Um trilho comum às 3 distâncias (Trail Curto com 15km, Trail Longo com 25km e Trail Ultra com 50km).
O SEGUNDO MELHOR ATLETA DE DOWNHILL DA EUROPA CONQUISTA MAIS UM TÍTULO NACIONAL
Paulo ‘Amarelo’ Domingues é vice-campeão nacional de BMX em Master Depois de, em maio, se ter sagrado vice-campeão da europa de downhill, o atleta natural de Sesimbra evidenciou-se agora numa das provas mais importantes do circuito nacional. “Amarelo” ganhou a medalha de prata da taça de Portugal de BMX na classe master. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR Terminou “um excelente ano”, a nível de competições, para o atleta, de BTT e Downhill, Paulo Domingues, que fechou a época desportiva, no último fim de semana, com mais uma medalha de vice-campeão conquistada, desta feita na Taça de Portugal de BMX. “Amarelo”, nome pelo qual é conhecido, e reconhecido, no meio desportivo, sagrou-se este ano vice-campeão da Europa de downhill mas nem a almejada conquista o fez “reduzir os treinos e menosprezar as ambições” para todas as provas que se seguiram a esse feito.
“Fui vice-campeão da Taça de Portugal de BMX na categoria Master, e garanti o 3º Lugar no final da Taça de Portugal na categoria Cruiser, 2019. Não posso dizer que estou insatisfeito, porque não estou. Foi um ano muito positivo, mas há que preparar a próxima época”, sublinha. Época essa em que “Amarelo” subirá ao escalão de master 40, no qual, garante, “tentarei lutar pelo primeiro lugar do pódio muitas vezes”. Apesar de lamentar o “desprestígio com que as modalidades praticadas em bicicleta são tratadas”, o atleta amador, natural
‘Amarelo’ conta, no seu espólio pessoal, com mais de 450 prémios conquistados
que profissionais, são pessoais. Desafiando os meus limites vou conseguir estar sempre à altura dos meus adversários e, quem sabe, levar a melhor”. Agora é altura de Paulo (Amarelo) Domingues desfrutar
de uma pausa nas competições e contemplar as dezenas de prémios que já soma nesta sua carreira como amador “que é mais recheada que a de muitos profissionais que têm apoios financeiros e suporte publicitário”.
1.º Trail “Trilhos de Saúde contará com 250 participantes
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E D I T A L MANUEL PISCO LOPES, VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL, DO CONCELHO DE SETÚBAL: FAZ PÚBLICO QUE, nos termos do n.º 3, do artigo 27º, do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99 de 16 de dezembro, com a redação em vigor, ficam notificados todos os proprietários dos lotes, os titulares do alvará e demais titulares de outros direitos reais, referentes ao loteamento titulado pelo alvará n.º 02/2002 (processo n.º 21/98), nos seguintes termos: Pretende a Sra. Maria Regina Silva Teixeira, na qualidade de proprietária do lote n.º 40 do alvará de loteamento n.º 02/2002, a alteração das especificações estabelecidas para o respetivo lote, designadamente: No aumento de 9,84m2 da STP (superfície Total de Pavimentos), passando de 150,86m2 para 160,70m2; Na alteração do polígono de implantação. Mantêm-se inalterados os restantes parâmetros urbanísticos estabelecidos no loteamento, entre os quais o uso, numero máximo de pisos e número de fogos. É cumprido o índice bruto de utilização de 0,3 definido para o loteamento. Mantêm-se ainda inalteradas as obras de urbanização. O respetivo processo administrativo está disponível para consulta, no Departamento de Urbanismo desta Câmara Municipal, sito na Rua Acácio Barradas, n.º 27, Edifício Sado, em Setúbal, pelo prazo de 30 dias, entre as 9h00 e as 15h30m, podendo os eventuais interessados reclamar, nos termos do Código do Procedimento Administrativo. Para constar é publicado o presente edital num jornal de âmbito local, na página eletrónica do município e afixado edital de idêntico teor nos Paços do Município e na sede da União de Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão). O Vice-Presidente Manuel Pisco Lopes
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de Sesimbra, assegura que continuará empenhado, não só em promover o desporto, mas também em honrar os seus patrocinadores e o concelho, conquistando vitórias, até, em vertentes do btt que nunca experimentou. “Quero vencer a Taça de Portugal, ser campeão nacional, e, se conseguir, subir a um pódio no campeonato do mundo de 2020 em França. Neste meu primeiro ano no master 40, tenciono participar noutras vertentes do btt para tentar alcançar títulos que nunca conquistei. Vou batalhar por estas conquistas que, mais
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Decorre este domingo, na Mata da Machada, no Barreiro, o 1º Trail “Trilhos da Saúde”. A organização é partilhada entre o Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) e a câmara municipal do Barreiro e estão inscritas, para participar na corrida de 10 quilómetros e na caminhada de 5, 250 pessoas. A Baía do Tejo patrocina o evento, a que o Semmais se associa como “mdia partner”, pela sua relevância na promoção de estilos de vida saudáveis e na melhoria da prestação de serviços aos utentes da unidade de obstetrícia do Hospital. O evento desportivo, com o qual o CHBM assinala os 10 anos de atividade, deverá ter continuidade anual, mas, para já, esta primeira edição “superou todas as expetativas”. “No espaço de uma semana esgotámos as inscrições. Para o ano esperamos poder desenvolver semelhante iniciativa com outra estrutura logística que nos permita duplicar ou triplicar as inscrições”, sublinha Pedro Lopes, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar. A Baía do Tejo decidiu asso-
ciar-se, desde logo, “porque a prática desportiva é importante para todas as pessoas e deve ser um hábito cada vez mais presente na vida das comunidades”, refere ao Semmais Jacinto Pereira, administrador da empresa. “A mudança de hábitos, para um estilo de vida mais saudável é, cada vez mais, considerada como um fator que melhora a qualidade de vida e a saúde das populações. O facto de ser uma entidade de referência na nossa região, na área da saúde, a fazer este alerta é relevante”, acrescenta. Além do vínculo desportivo, a Baía do Tejo “não queria deixar de associar-se aos 10 anos do CHBM e de apoiar uma iniciativa que nos parece ter toda a justificação. Há ainda a vertente solidária da iniciativa, a favor da maternidade, o que reforça ainda mais o interesse em torno deste Trail e justifica a concretização do mesmo”. No âmbito da sua política de responsabilidade social, a Baía do Tejo quer continuar a ter “um papel interventivo e de proximidade junto das comuni-
dades nas quais estão sediados os seus ativos”, enaltece Jacinto Pereira enquanto relaciona o evento com a missão da empresa. “Temos nos associado, e apoiado, causas de âmbito cultural e artístico, desportivo e social, preocupações que vão para além de toda a responsabilidade comercial e de gestão dos territórios, do ponto de vista urbanístico e ambiental”. A câmara do Barreiro, parceira nesta iniciativa, sugeriu a Mata Nacional da Machada, “espaço magnífico para praticar muitas modalidades, ou para caminhar, todos os dias do ano”, como espaço de eleição para uma prova deste tipo que, inicialmente esteve prevista para as ruas da cidade, como refere fonte da autarquia. “Existia a intenção de fazer uma prova nas ruas da cidade, mas devido a constrangimentos logísticos surgiu a ideia de fazer uma prova de trail. Ainda que a Mata da Machada não tenha muita altimetria, trata-se de possibilitar aos praticantes uma experiência divertida e com um grau de dificuldade acessível a qualquer pessoa”. ES
NEGÓCIOS
500 mil euros para novos equipamentos
Estivadores ameaçam voltar à greve
São inauguradas hoje (26) as obras de requalificação do Campo Municipal Vítor Batista, do Polidesportivo das Amoreiras e dos Campos de Ténis de Vanicelos. Intervenções desenvolvidas no âm-
O sindicato dos Estivadores reúne segunda-feira, em plenário, para decidir se avança para uma nova greve. Em causa está uma contratação recente que o Sindicato considera “uma violação do con-
bito das contrapartidas contratuais do grupo Supera, num investimento de 500 mil euros. Pedro Pauleta, diretor da Federação portuguesa de Futebol estará em Setúbal para a cerimónia.
trato acordado”. A Sadoport já “admitiu ter contratado um funcionário externo ao grupo de estivadores a que as empresas de trabalho temporário estão obrigadas dar preferência”.
GRUPO CASAIS INVESTE 5,5 MILHÕES DE EUROS EM HOTEL NO MONTIJO
“A internacionalização da economia é fundamental para o futuro do Montijo” O novo hotel, no centro da cidade, representa o pontapé de saída na internacionalização da economia do Montijo. Uma aposta que, segundo o edil, engloba o novo aeroporto e a reabilitação da frente ribeirinha. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR O Grupo Casais lançou, no passado dia 18, a 1.ª pedra do B&B Montijo Hotel. Trata-se de um projeto orçado em cerca de 5,5 milhões de euros que irá ser construído no centro da cidade. Este Bed & Breaksfast de 3 estrelas, com 4 pisos, tem capacidade para 112 quartos com preços acessíveis. O projeto hoteleiro, que conta com a assinatura do arquiteto Fernando Rocha, deverá estar concluído, até ao final de 2020. Para o edil Nuno Canta, o novo hotel é um investimento “fundamental” porque representa “um pontapé de saída na internacionalização da economia do Montijo” e contribui para a
reabilitação do centro da cidade, pondo fim a um velho edifício que existia “há mais de 20 anos”. E esta aposta na internacionalização, segundo Nuno Canta, “não parará por aqui”, porque existem “muitos outros” projetos em que “acreditamos”, como o novo aeroporto, mais hotéis e a reabilitação da frente ribeirinha. António Rodrigues, CEO do Grupo Casais, refere que “estes projetos são o exemplo vivo do tipo de relação que o Grupo pretende estabelecer com os seus clientes. Procuramos oferecer desde a fase de desenvolvimento do projeto soluções que vão permitir que a execução da obra
Internacionalização da economia do Montijo abre as primeiras portas com o B&B Hotels
corra com uma maior fluidez. Cumprindo os objetivos e a visão do cliente, e criando soluções construtivas que oferecem um equilíbrio entre a qualidade e a funcionalidade, com especial enfoque nos temas relacionados com a operação e a manutenção.
Crédito Agrícola de Entre Tejo e Sado premeia mérito e poupança dos alunos O Crédito Agrícola de Entre Tejo e Sado com Agências em Alcochete, Vendas Novas, Seixal, Quinta do Anjo, Pinhal Novo, Águas de Moura, Moita, Baixa da Banheira, Montijo, Pegões, Charneca de Caparica e Barreiro, premiou dois alunos, entre o 7.º ao 12.º ano de escolaridade, Clientes do Crédito Agrícola, pelos resultados escolares alcançados no ano letivo de 2018/2019. Diogo Miguel Lopes Caldeirinha e Pedro Filipe Lopes Caldeirinha, alunos do 8º ano, da Escola Secundária do Bocage, foram os melhores alunos do ano entre os clientes do Crédito Agrícola. A 5ª edição do Programa CA Nota 20 atribuiu a 120 alunos de todo o país, entre os 12 e os 18 anos, prémios monetários que variam entre os 100€ e os 1.000€, num total de 25 mil euros, em cerimónias que decorreram de 2 a 11 de outubro, de Norte a Sul do país, para entre-
Programa CA nota 20 vai na 5.ª edição
ga dos respetivos prémios aos alunos vencedores. O objetivo desta iniciativa é incentivar os jovens a poupar e a obter boas classificações ao longo do ano letivo, através do reconhecimento do empenho escolar, da valorização das suas ambições e do fomento de hábitos de poupança. A próxima edição do Programa CA Nota 20 já está aberta e decorrerá até 31 de julho de 2020. Com o slogan “No CA, o teu estudo vale mais”, esta edição permite a candidatura de
jovens clientes do Crédito Agrícola, que disponham de uma Poupança Futuro com reforços mensais programados, automáticos, obrigatórios, mensais e sucessivos, com um montante mínimo de 10 euros, constituída até 08 de novembro de 2019. Durante o período de 30/09/2019 a 30/06/2020, o reforço global mínimo da Poupança Futuro terá de perfazer, pelo menos, a quantia de 120 euros. Até 31 julho 2020, deve ser entregue na Agência do Crédito Agrícola um documento autenticado emitido pelo estabelecimento de ensino do qual constem as notas do 3º período do ano letivo de 2019/2020 em todas as disciplinas que o aluno tenha frequentado, incluindo Educação Física. Mais informação sobre este programa, consulte o regulamento em www.creditoagricola. pt e numa nas 654 Agências do Crédito Agrícola.
Numa época de escassez de recursos qualificados esta é a única solução que garante uma satisfação de todas as partes envolvidas num projeto de construção.” Já Torcato Faria, Country Manager da B&B Portugal, realça que este hotel do Montijo “é a
consolidação da entrada em Portugal da cadeia B&B Hotels, que ambiciona ser líder de mercado de segmento”, sublinhando que as expetativas para este projeto “são positivas e esperemos que vá de encontro às necessidades do Montijo, uma cidade que precisa de alojamento”. Estamos perante um hotel “confortável, despido de luxo mas com todo o conforto e design do mundo moderno”. O Grupo Casais é responsável pela construção de 4 unidades hoteleiras do Grupo B&B Hotels. A cadeia chegou recentemente ao mercado português e prevê ainda inaugurar outras unidades em Matosinhos, Viseu e Viana do Castelo, num investimento global de 70 milhões de euros. Até ao final de 2020 o Grupo Casais tem ainda previsto a lançamento da 1.ª pedra da unidade hoteleira B&B de Oeiras e Vila Nova de Gaia, assim como, a conclusão da unidade B&B Hotel Lisbon Airport, com inauguração prevista para a próxima primavera.
Adega de Palmela presente em feira de vinhos da FIL
Vinhos & Sabores decorre na FIL, em Lisboa, até à próxima segunda-feira
A Adega de Palmela está presente no evento Grandes Escolhas – Vinhos & Sabores 2019, iniciativa que está a decorrer até ao dia 28, no pavilhão 1 da FIL, ao Parque das Nações, em Lisboa, com os vinhos certificados das marcas Adega de Palmela, Vale dos Barris e Villa Palma. O evento é organizado pela Revista Grandes Escolhas e tem como objetivo dar a conhecer o que Portugal tem de melhor na área dos vinhos e produtos regionais. A última edição contou com a presença de mais de 400 produtores de vinhos e mais de 16 mil visitantes nos quatro dias
do evento. Os vinhos da Península de Setúbal estarão em destaque num stand onde o público presente poderá degustar a gama da Adega de Palmela. Durante os quatro dias de evento, os visitantes contam com diversas atividades relacionadas com o mercado dos vinhos, provas e “masterclasses”. Este ano, a organização do evento apresenta duas grandes novidades que dá resposta às tendências do mercado: uma zona exclusivamente dedicada ao Enoturismo e outra com o nome Organic dedicada aos vinhos e produtos bio. AL
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CULTURA
Auditório Augusto celebra 16 anos de atividade
Halloween Sessions no Cinema City
O auditório municipal Augusto Cabrita, no Barreiro, inaugurado em 2003, comemora a 1 de novembro, 16 anos de existência, com programa diversificado. Realce para, no dia 1, às 16 horas, o
O cinema City de Setúbal promove o Halloween Sessions, a partir de 31 de outubro, onde é possível comprar um bilhete para sessão dupla de cinema. Até 3 de novembro podes ver dois filmes por
concerto pela Camerata Musical do Barreiro. De 31 de outubro a 1 de novembro, é de destacar “Uma Festa do Outro Mundo”, às 21 horas, e no dia 1, às 14h30, uma oficina itinerante.
dia por apenas 9 euros por pessoa. Esta promoção permite comprar um bilhete diário para dois filmes. Por apenas 13,50 euros, podes adicionar uma refeição à sessão dupla.
UM DOS TEXTOS MAIS IMPORTANTES NA CULTURA DO SÉCULO XX
“Vamos estrear ‘R.U.R.’ de forma Agenda profissional pela 1.ª vez em Portugal” A ascensão da tecnologia e da robótica e como isso poderá afetar as questões laborais e de emprego e até mesmo as nossas relações pessoais, nos dias de hoje, é o tema central da nova produção do TEF que estreia dia 31, no Fórum Municipal Luísa Todi, às 21:30. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR Com o mundo prestes a entrar na 4.ª revolução industrial a uma velocidade exponencial, a substituição do trabalho em larga escala por robots irá trazer novos desafios a toda a humanidade. É este o aviso e uma esperança, que são lançados pela nova peça do Teatro Estúdio Fontenova (TEF), “R.U.R.”., escrita em 1920, por Karel Capek. É a primeira vez que esta peça é levada à cena por uma companhia profissional em Portugal e é, também, a primeira vez que o texto será editado em português. A 68.ª produção do TEF vai estrear no dia 31, às 21h30, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal. “R.U.R.”, com encenação de José Maria Dias e interpretação
de André Moniz, Cirila Bossuet, Eduardo Dias, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias, Hugo Moreira, João Jacinto e Patrícia Paixão. Os figurinos são de Zé Nova e a cenografia de José Manuel Castanheira. No palco irá estar um coro de 21 elementos, dirigidos pela maestrina Markéta Chumová, formado por formandos de antigas Oficinas de Teatro do TEF e estagiários do curso profissional de Artes do Espetáculo da Escola Sebastião da Gama, que trará, decerto, “outra visibilidade ao espetáculo”, vinca Graziela Dias, do TEF. Apesar de ser “um dos textos mais importantes na cultura do séc. XX, tem sido injustamen-
leitura cinema O Poder da Lua Sabia que a Lua, além de influenciar as marés, causa também um forte impacto na nossa disposição, saúde, relacionamentos e trabalho? Se estiver a pensar mudar de casa, investir num negócio, casar ou agendar uma reunião importante, escolher o momento mais adequado pode garantir-lhe melhores resultados. Yasmin Boland, astróloga reconhecida, ajuda-o a saber tirar o máximo partido dos ciclos lunares para que tenha sucesso em todas as áreas da sua vida. “O Poder da Lua”, editado pela Albatroz, é um guia completo que o ensina, passo a passo, a trabalhar com as diferentes fases da Lua, aproveitando a Lua Nova para manifestar desejos e intenções e a Lua Cheia para perdoar e libertar o que já não serve. Sintonize-se com a Lua, aprofunde a ligação com a Natureza e leve a sua prática espiritual a outro nível.
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PALMELA TEATRO “FILHO?” A partir de “Para onde vão os guarda-chuvas”, de Afonso Cruz, pode assistir à peça “Filho?”, com encenação de João Neca, acabada de estrear na quinta-feira. Para toda a família. VALE DE BARRIS, 26OUT, 17/21H00
SESIMBRA CONCERTO COM MARIA EMÍLIA A nova produção do Fontenova conta com um coro de jovens constituído por 21 elementos
te esquecido”, a mesma fonte realça que iremos levar a peça à cena de “forma profissional, pela primeira vez em Portugal, contribuindo desta forma para que encontre o seu lugar devido no plano literário e dramático contemporâneo”. Quanto às expetativas para este trabalho, Graziela Dias afirma que “esperamos que a peça seja um sucesso, não apenas na presença de público, mas no reconhecimento da presença deste
texto na cena dramática em Portugal”. Será, também, lançado o livro, pela primeira vez em Portugal, pela editora Não Edições, no dia 1 de novembro, na Casa da Cultura, às 17 horas. “R.U.R.”, que irá manter-se em cena no Forum Luísa Todi a 1 e 2 de novembro, à mesma hora, e no dia 3, às 17 horas, recebeu apoio da Embaixada da República Checa em Portugal, o que dará “maior visibilidade ao projeto”.
Não perca o concerto da brasileira Maria Emília, que tem uma voz cristalina, luminosa e refrescante, uma dicção fluida e mais qualquer coisa de especial. TEATRO JOÃO MOTA, 26OUT, 21H30
“A Rainha do Gelo” estreia na noite de Halloween Joker Tem sido um verdadeiro caso de sucesso, com sessões esgotadas. Realce para a excelente interpretação de Joaquin Phoenix. Sozinho na multidão, Arthur Fleck procura conetar-se com alguém. Porém, enquanto caminha pelas ruas poluídas de Gotham, pelos metros grafitados de uma cidade hostil, Arthur usa duas máscaras. Uma delas, pinta-a no seu dia-a-dia, enquanto trabalha como palhaço. Não perca este explosivo e irreverente filme no cinema City do Alegro de Setúbal.
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O musical “A Rainha do Gelo”, que faz uma reflexão sobre a vida, estreia dia 31, no Teatro Politeama. O musical de La Feria baseia-se no conto de Hans Christian Andersen, que deu origem ao aclamado filme da Disney “Frozen”. “É um musical que transmite valores éticos e universais e foca o relacionamento entre pais e
filhos, a amizade, e a aceitação das diferenças entre os seres humanos”, refere Filipe La Feria. Articula teatro, música e dança, aposta em fabulosos cenários, figurinos e introduz sofisticadas tecnologias de vídeo. Entretanto, “A Severa”, que já foi vista por mais de 115 mil espetadores, irá manter-se até fim do ano.
Ganhe convites para “Fado Low Cost” A comédia “Fado Low Cost” tem as suas últimas apresentações este sábado, às 16h00 e às 21h30, e no domingo, às 16h, no Grupo Desportivo Independente, em Setúbal. Para ganhar convites para este domingo, às 16 horas, basta ligar 935388102.
ALCOCHETE BANDA SAMOUQUENSE No ano em que está a comemorar o seu 100.º aniversário, a Banda da Sociedade Filarmónica Progresso e Labor Samouquense dá um concerto que promete ficar na memória. FÓRUM CULTURAL, 26OUT, 21H30
CULTURA
“FADO LOW COST” PARTE PARA A ÚLTIMA VIAGEM DO MÊS NO DIA 27
Sr. Bordas, D. Zebaida, e mais uma vintena de personagens, num voo de gargalhadas A primeira série de apresentações da comédia musical “Fado Low Cost” termina este domingo, dia 27. O espetáculo de duas horas, numa viagem da companhia aérea “Bordas and Zebaida Airlines” (BAZA), privilegia o humor e a crítica social. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGENS SIMÕES DA SILVA Durante o mês de outubro, Bruno Frazão encenou e dirigiu um elenco de cerca de trinta pessoas que deu corpo, no Grupo Desportivo Independente, à comédia musical “Fado Low Cost” protagonizada pelo próprio e por Natália Abreu, acompanhados por cinco fadistas, um corpo de baile e uma dezena e meia de figurantes. A peça original, escrita pelos protagonistas em parceria com Ester Correia e Carlos Crispim, inspira-se no casal “Nelo e Idália” para criar o Sr. Bordas e a Dona Zebaida que, entre fados e outras cantigas, retratam “os usurpadores da nossa sociedade, aqueles que agarram nos ideais e ideias dos outros e vivem à sua custa, enganando-os e burlando-os”, explica o encenador. A resposta do público tem sido bastante positiva e Bruno Frazão “orgulha-se” do impacto que a peça tem tido “naqueles que nos vêm ver e que, apesar de não encomendarmos, têm feito eco nas redes sociais da sua qualidade. Sucesso que “se deve” às fadistas Carla Lança, Joana Lança e Sara Margarida, que interpretam Amália Rodrigues, Nuno Rocha e Carlos Nascimento, que
guns artistas e mais de uma dezena de figurantes. Espetáculo feito com muito esforço e entrega
Pelo voo 6969, com destino incerto, passam uma dezena de personagens bem conhecidas
se revezam no duplo papel de Mísia e Camané, e Marlene Couto que recria a fadista Marisa. O corpo de baile, coreografado por Marlene Lourenço e composto por oito bailarinos, foi, para o encenador, uma das conquistas deste espetáculo.
“Pela primeira vez consegui o feito de ter homens no corpo de baile, sendo que dois deles são futebolistas e chegaram a faltar a alguns treinos para vir aos ensaios”. Juntam-se ainda as três “fadetes” que, de forma irónica, simbolizam as Back Vocals de al-
Bruno Frazão só fará contas no fim das apresentações, mas acredita que a produção deverá rondar os 2500 euros. “Felizmente tenho muitos amigos e consegui construir o espetáculo com antecipação. A Loja dos Tecidos, permitiu que trouxesse o que preciso e depois vou pagar, a costureira trabalhou gratuitamente, os fadistas, colocando em causa a sua carreira e, até, cancelando alguns espetáculos, atuaram gratuitamente, a companhia de teatro Estúdio Fonte Nova emprestou material e a câmara deu, também, apoio logístico”, sublinha. Sem apoio monetário externo, a bilheteira é o único suporte para fazer face às despesas. O bilhete custa cinco euros, “um valor justo e bastante acessível”, apesar de saber que “algumas pessoas pagam, por vezes, com dificuldade”. Mas são elas, diz
Bruno Frazão, “que não deixam morrer o teatro e que nos motivam a estar em palco”, afiança. Queixa na SPA é sinónimo de sucesso incomodativo O espetáculo demorou dois meses a montar, mas bastou a primeira apresentação pública para que Bruno Frazão pudesse “medir o pulso ao sucesso” do trabalho de todos. Não só pelo “feedback que fomos recebendo, mas, também, pelo contacto da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA)”. Ironicamente a peça, que aborda questões como a usurpação de ideais, mal estreou e foi logo denunciada à SPA. “Sabemos que estamos a agradar a muitas pessoas quando o espetáculo chega à SPA. Quando chega lá é sinal que temos sucesso. Sucesso que incomoda. Bastou a estreia para que, na segunda-feira, o nosso espetáculo já estivesse a ser denunciado. Felizmente, temos, como é meu hábito, tudo regularizado”, conclui.
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XI Concurso de Fado de Setúbal projeta novos talentos O XI Concurso de Fado de Setúbal, de âmbito nacional, decorre a 26 de outubro e 2 e 9 de novembro, na sede do Rancho das Praias do Sado, Grupo Desportivo Independente e na Capricho Setubalense. A iniciativa, organizada pelo município em parceria com a Capricho, é composta por duas semifinais, a 26 de outubro, no Rancho das Praias do Sado, e 2 de novembro, no Independente, com início às 21 horas. Este concurso destina-se a artistas com idade igual ou superior a 16 anos, e divulga novos cantores nesta área. Este ano, participam concorrentes dos 16 aos 64 anos, sendo apurados, no conjunto das duas eliminatórias, os 6 finalistas do concurso que visa a promoção de novos fadistas e a divulgação da canção nacional. Os candidatos são acompanhados pelos guitarristas Flávio Cardoso, na guitarra portuguesa, e Vítor Pereira, na viola de fado. Na 1.ª eliminatória, a 26 de
A fadista Inês Duarte é uma das atrações
outubro, no Rancho de Praias do Sado, são avaliados os fadistas Bruna Duarte, Catarina Dionísio e Sara Coito, de Lisboa, Mariana Gonçalves, de Queluz, e Pedro Conceição e José Ferreira, de Setúbal. O artista convidado é Ramiro Costa. Na 2.ª eliminatória, a 2 de novembro, no GDI, atuam Joana Carvalhas, de Corroios, Maria Passarinho e Tiago Conceição,
de Fernão Ferro, Raul Fernandes, Costa de Caparica, Raquel Faria, Palmela, e Rita Pereira, de Setúbal. Inês Duarte é a artista convidada. A gala final, a 9 de novembro, decorre na Capricho Setubalense com a atuação dos 6 finalistas apurados nas eliminatórias e, como convidada, Teresa Tapadas. O concurso atribui prémios monetários aos participantes e distingue o melhor fadista, mas o público também elege o seu preferido. O vencedor do certame recebe 600 euros e o convite para a participação na Feira de Sant’Iago 2020. Os fadistas classificados no 2.º e no 3.ºs lugares arrecadam 400 e 300 euros, respetivamente. Os classificados em 4.º, 5.º e 6.º lugares recebem, cada um, 100 euros. O vencedor do Prémio do Público ganha 150 euros e vai atuar na próxima Feira de Sant´Iago. Já o melhor fadista do concelho é distinguido com menção honrosa.
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OPINIÃO
Amar Jesus
EDITORIAL
UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA ADVOGADO RAUL TAVARES DIRETOR
A negligência médica e os hospitais O CASO do bebé nascido em Setúbal com malformações, que tem abalado a opinião pública, é apenas mais uma situação de, alegadamente, negligência médica que nos deve preocupar. O problema não está só no erro médico, mas na quantidade de más práticas – e aqui inclui-se todo o universo de ocorrências que trespassam os clínicos – que, pelos vistos grassam nos nossos hospitais. A Sul estão por dirimir centenas de situações que ainda nem passaram da fase de inquérito. Há nestes processos muitas nuances, a começar pelo ‘natural’ corporativismo que não ajuda nada a fazer avançar estes casos. E, concomitantemente, alavancar melhorias e formas de atuação, e de procedimento capazes de melhorar este rácio que, de certa forma, envergonha uma classe cuja atividade é tão nobre. A par disto, que certamente daria para uma tese, há um problema, cada vez mais insanável, das infecções por bactérias hospitalares que ao invés de estarem a ser combatidas até à erradicação total, dominam, hoje, o contexto hospitalar. Não basta lamentar estas ocorrências, é absolutamente necessário, imperioso mesmo, que se combata estes flagelos que, em muitos casos, deixam marcas para a vida dos doentes/utentes e, não raramente, levam a mortes inusitadas. Pede-se, que tanto a classe médica como a os responsáveis da saúde em Portugal, saibam, de uma vez por todas, cumprir a sua maior tarefa de zelar pela saúde dos portugueses, sem olhar a meios.
IMAGINO a vossa perplexidade com este título. Não, não me dediquei a Deus, embora não o renegue. Também não aderi a nenhuma religião, seita ou congregação. Bem sabem que a minha religião são a família, o trabalho, os amigos, o Benfica e o PSD. Pronto, algum PSD, porque uns e outros PSD´s da amostra nem sei bem se são o meu PSD. Mas do PSD, e de que PSD quero, falar-vos-ei mais adiante no tempo. Por ora, deixem os três pastores (não confundir com os três pastorinhos) descerem o Rio, por Montes Negros e darem à Luz, quiçá um Pinto, que bebe Leite e logo vos direi se a família do PSD
fica enCAVACAda, se prefere um estilo mais DURÃO, se privilegia a família LOPES, ou se tira um COELHO da cartola, pois que de Pedros estivemos bem servidos, seguindo sempre a velha máxima de respeitar o CARNEIRO como o nosso guia espiritual, pois, nem um Francisco conseguiu ser um Balsemão, perdão, um bálsamo, para a sua perda. Se vos falar do Benfica, nem sei se elogiarei a gestão equilibrada e profissional que me parece existir ou se mencionarei a vergonha de ver um Presidente de um clube (ainda por cima o meu) a apertar o pescoço de um adepto em plena assembleia e ver as restantes águias (uma ave
imperial) a enfiarem a cabeça na areia, como se de meras avestruzes se tratassem. Como falar das minhas outras religiões, nada vos acrescentaria (a minha família e o meu trabalho) terminarei com a palavra de Jesus. Não falo do filho que Deus enviou à terra para salvar os Homens, mas do filho que Portugal enviou ao Brasil para resgatar a honra de um País que, até aí, lhes tinha mandado os padeiros, pedreiros e afins, gente, na sua maioria pobre, com pouca formação, proveniente de aldeias recônditas do nosso belo Portugal e que criaram um protótipo do “Portuga” que é o “Tuga” protagonista das anedotas dos nos-
sos irmãos brasileiros. Cinco séculos depois enviámos Jesus aos Brasileiros que, proveniente dos subúrbios de Lisboa, pode não dominar muito bem a língua de Camões, mas conseguiu calar, um a um, os seus críticos, fazendo-os engolir a sua soberba, sobretudo em matéria futebolística, onde se julgam os maiores. E tal como Jesus se sacrificou pela humanidade este Jesus imolou-se em glória, em nome de todo um sofrido Povo Português, que não mais será glosado no País de Vera Cruz, sob pena de lhes lembrarmos que “Deus pode, até, ser Brasileiro, mas Jesus é Tuga”.
Ainda as dragagens no Porto de Setúbal A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA E GESTOR A PROPÓSITO das dragagens no Porto de Setúbal, aproveitamos o que escrevemos em artigo de opinião aqui publicado, acerca de um ano, o qual nos trouxe alguns incómodos e censura por parte de certos responsáveis. Dizíamos na altura: “Em conclusão, como portuário e ambicionando sempre ter um porto capaz de servir todos e quaisquer navios e movimentar todas e quaisquer cargas, gostaria de criar condições ótimas para o desenvolvimento físico do Porto de Setúbal. Como cidadão e munícipe do concelho de Setúbal gostaria de preservar o bem-estar e a convivência com uma baía das mais belas do mundo. Em resultado parece-me que tudo isso será possível se houver equilíbrio e razoabilidade nas decisões. Salomão recomendaria que o passo não fosse tão largo e se sustentasse no chão que se pisa.” Ao que parece, depois de um ano intenso de argumentação e defesa do projeto por parte do Conselho de Administração da APSS e de luta, manifestações
e providências cautelares por parte das organizações e outras entidades em defesa do rio Sado e contra o processo previsto de dragagens, teve lugar no passado dia 16 de outubro, uma reunião com a APSS promovida por uma Comissão Eventual da Assembleia Municipal de Setúbal para acompanhamento do projeto da “Melhoria das Acessibilidades Marítimas ao Porto de Setúbal”. Diversos órgãos de comunicação social deram notícia de que, representada pelo seu Conselho de Administração, técnicos dos diferentes serviços envolvidos no projeto e por consultores responsáveis pela elaboração dos estudos e da monitorização nas áreas dos valores ecológicos, se fez o ponto de situação do projeto e dos trabalhos em curso. Mais se fez notícia, através de comunicado da APSS, de que “O encontro permitiu dar resposta às questões colocadas pelos deputados municipais dos diferentes partidos políticos representados na Assembleia Municipal, nomeadamente
no que diz respeito à realização dos estudos previstos na Declaração de Impacte Ambiental, à monitorização ambiental antes, durante e após a realização das dragagens, à avaliação da qualidade dos sedimentos, bem como no que se refere à deposição dos dragados nos locais considerados no projeto.”Da parte dos deputados municipais soube-se que foram dadas garantias de que “a fase dois do projeto não é para fazer, ficando-se as dragagens pelos 3,5 milhões de metros cúbicos de areia. E que haveria compromisso de que os pescadores serão ouvidos.” Face a este acontecimento, registamos que, embora tardiamente, se tomou uma iniciativa necessária e útil ao esclarecimento de representantes da população, que em muito poderia contribuir para o entendimento e compreensão de um projeto a desenvolver em duas fases distintas nos seus objetivos e no horizonte temporário da sua execução. A nosso ver, pelo conhecimento e experiência em matérias des-
ta natureza, assistiu-se a uma má política de comunicação que deixou criar polémicas. A contestação às anunciadas dragagens tornaram-se visíveis na praça pública, opondo-se à realização da 2ª fase das dragagens num volume total de 6,5 milhões de metros cúbicos, com depósito de dragados em zona estuarina de elevada sensibilidade, podendo conflituar com o exercício de atividades piscatórias, turísticas, desportivas e ambientais, quando seria mais premente, oportuno e necessário proceder a uma 1ª fase de dragagens, ligadas à manutenção e conservação de fundos (até porque se calcula que seja necessário dragar cerca de 0,5 milhão de metros cúbicos/ano e já passaram 6 anos desde a última dragagem), com previsão de depósito de dragados em aterro para enchimento e consolidação de terrapleno, em cais previsto no layout do porto, em zona adjacente ao Terminal Ro – Ro. Para finalizar diríamos que, afinal tínhamos razão ao reclamar a prudência de Salomão.
Diretor Raul Tavares / Editora-Chefe Eloísa Silva / Redação Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, José Bento Amaro, Marta David / Coordenação Comercial Cristina Almeida / Direção de arte Pedro Frade / Design de comunicação Teresa Fortalezas | EDUGEP Digital Solutions www.edugep.pt / Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira / Distribuição VASP e Maiscom, Lda / Propriedade e Editor Maiscom Edição e Publicações, Unipessoal, Lda; NIPC 513 409 246 / Capital Social Raul Manuel Tavares Pereira (100%) / Redação Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com / Telefone: 93 53 88 102 / Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora da Conceição, 50 - Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro / Tiragem 20.000 (média semanal) / Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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OPINIÃO
Investimento nas artes À PARTE LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS - MARTINS
FIO DE PRUMO JORGE SANTOS JORNALISTA
Sucessões COMO introdução poderíamos abordar a proclamação da entronização do imperador Naruhito do Japão que aconteceu esta semana durante uma cerimónia onde estavam mais de dois mil convidados de vários pontos do mundo, entre eles, chefes de Estado e representantes de cerca de 180 países mas optámos por ficar entre fonteiras pois há por aqui matéria suficiente e que a Comunicação Social aborda, embora pouco tempo ocupe na conversa entre vizinhos. Alguns partidos estão a contas com sucessão dos seus líderes, como será o caso do CDS pois Assunção Cristas demitiu-se, como consequência dos últimos resultados eleitorais, e em posição com certa semelhança está o PSD onde alguns opositores a Rui Rio já se posicionaram para disputar o cargo nas próximas directas. No Partido Socialista a coisa está calma pois a vitória nas Legislativas deixou militantes e simpatizantes tranquilos tanto a nível nacional como nas distritais. Como o Governo já era socialista, António Costa não terá tido grandes preocupações com a sucessão do organismo que dirige não se dispensando de algumas mudanças de cadeiras certamente com a preocupação de que não continuassem a atirar-lhe com o facto de serem muitas as ligações familiares dos governantes. O primeiro-ministro livrou-se de uma mas meteu-se noutra pois os opositores não lhe perdoam o ter aumentado o número de ministros e significativamente o de secretários de Estado. Resta-nos aguardar que à quantidade venha a corresponder o aumento de eficácia, de modo a que todos os cidadãos não se vejam privados dos direitos a que todos temos direito. Confiemos que os novos governantes sejam iluminados e que no mandato de quatro anos possamos ter os dias tranquilos que ambicionamos.
E SE em vez de lhes chamarmos apoios começarmos a falar de investimento? É que, de um ponto de vista de política cultural, os apoios às artes (DGArtes) são, na realidade, um contributo essencial para a oferta artística e cultural em todo o país. Aquilo que não são, embora quase sempre assim sejam vistos pela maioria da população e por uma parte considerável dos decisores, é apoios aos artistas. É verdade que são os artistas, estruturas de criação e programação a receber e gerir financiamento do Estado (e das autarquias) para fazer o seu trabalho, mas este trabalho existe enquadrado numa lógica de desenvolvimento do país, sendo claro (será ainda preciso prová-lo?) que uma sociedade com uma relação mais regular e profunda com as artes é uma sociedade mais aberta, informada, crítica, criativa, sensível. A capacidade de se desenvolver este tipo de trabalho de forma consequente depende, como é
lógico, de uma certa estabilidade das entidades e dos seus profissionais. De outro modo, a actividade principal das entidades que se dedicam à criação artística e à programação cultural passa a ser a de arranjar forma de sobreviver, tendo para tal poucas opções: abastardar o seu trabalho para ir ao encontro do gosto médio do público (expressão horrível, mas sim, este tipo de lógica ainda existe e é eficaz – veja-se muita da ficção televisiva que tem mais audiências); procurar ir ao encontro dos interesses de programadores ou equipas de autarquias, no sentido de ajustar o tipo de produção que se apresenta (abdicando, assim, do que a meu ver seria verdadeiramente de interesse público: liberdade e autonomia criativa); tentar conciliar várias actividades profissionais em simultâneo para conseguir subsistir (com a consequência de, deste modo, dedicar muito pouco tempo ao trabalho de criação, prejudi-
cando-se assim o público, que deveria ter direito a assistir a produções desenvolvidas nas melhores condições possíveis). Será, em 2019, assim tão arrojado defender-se que cada território tenha uma ou várias estruturas a trabalhar nas diversas áreas artísticas, mesmo que para tal o Estado e as autarquias tenham de investir nelas uma parte (ínfima) dos seus orçamentos? Não deveriam ser já evidentes as vantagens que a permanência e estabilidade destas entidades têm não só para os públicos, mas também para outros sectores da economia local, entre restauração, hotelaria, serralharia, carpintaria, informática, etc.? Tudo isto para além de um factor difícil de medir, mas para o qual o papel dos artistas e agentes culturais sempre foi crucial, que é o de gerar uma determinada dinâmica criativa que acaba não só por influenciar toda a comunidade, mas também por contribuir para a construção da identidade das
cidades, ou dos territórios, e para estes se conseguirem projectar para o exterior. Dito isto, os resultados provisórios dos programas de Apoio Sustentado 2020-2021 da DGArtes revelam que o Governo não compreende estas linhas de financiamento como um investimento em Portugal, mas sim como um custo. Ignorando as recomendações dos próprios júris para que a dotação orçamental fosse aumentada – dada a quantidade e qualidade das candidaturas – decidiu ainda reter os resultados, que tinham sido decididos em Agosto, até à semana depois das eleições. Se a cultura tivesse hoje o lugar que deveria ter na sociedade portuguesa, a maioria da população repudiaria estas acções de forma veemente. Não tendo, cabe-nos, agentes culturais e artistas, trabalhar para que o sector comece a ser visto como fundamental para sustentar aquele que é, sem dúvida, um dos pilares da democracia.
E tem a Festa marcada para 4, 5 e 6 de Setembro: é mesmo em 2020! POLÍTICA E CULTURA VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP PORQUE a problemática da caracterização da classe operária nos dias de hoje foi já, no início deste século (imagine-se!), objecto de um artigo do jornalista Bernardo Joffily, cujo título era precisamente “O proletariado do século XXI - roteiro para um estudo”, publicado em 2002 na Revista “Princípios” do Partido Comunista do Brasil, resta-nos remetermos para o Avante!, o órgão central do PCP, a culpa de não arredarmos pé. Mas vamos por partes, as quais, em parte também, como retoma. Partindo da evidência de que “a conformação actual da classe dos modernos trabalhadores assalariados exige a investigação concreta da realidade”, Joffily estruturava o seu texto arrancando da descrição da “saga histórica do proletariado” até à “actual crise da classe”, chegando à noção de “um proletariado expandido”: “A força de trabalho que o capital contrata pode estar espalhada por incontáveis estabelecimentos, empresas,
cidades e países, submetida a relações contratuais muito distintas, mas nem por isso deixa de formar, no fundo, uma classe única e crescentemente fundida no conteúdo da sua condição de antípoda da burguesia. Nesta esfera, nem sempre evidente, mas, em última instância decisiva, a tendência à polarização crescente da sociedade burguesa, apontada no Manifesto Comunista, mantém integral actualidade”. E sobre “o proletariado expandido”, rematava: “seus contornos ainda não estão inteiramente dados. A própria velocidade de expansão, assim como as vitórias da burguesia no apagar das luzes do século passado, contribuem para retardar o amadurecimento da sua identidade de classe. No entanto, se o ser social determina a consciência social, mais dia, menos dia esta identidade mais há-de emergir da prática social contemporânea”. A pertinência deste documento não deixa de continuar
a aferir-se numa região como a de Setúbal, palco de uma forte luta de classes, porquanto a destruição sistemática do aparelho produtivo, através do encerramento de empresas e da entrega de sectores estratégicos da economia nacional ao capital privado de que resultam, numa lógica de rentabilização capitalista, as chamadas reestruturações, se diminuiu a concentração operária nos moldes históricos do século passado não volatizou o operariado como classe nem as tradições de luta que, de há decénios, fizeram história no Portugal de antes e depois do 25 de Abril, indissociável do papel do PCP e dos seus valores. Ora foi no início do ano já citado, leituras transatlânticas por fazer, que entre as 7.30 e as 8 horas de certo alvorecer, no acesso a uma empresa metalúrgica à beira-rio, uma brigada de militantes do PCP vendia uma edição do Avante! num confronto singular sem ganhadores nem perdedores, onde cin-
co trabalhadores confessaram: “Não posso comprar porque me arrisco a ser despedido!”, mas onde outros quatro, numa mescla de crispações, arriscaram: “Compro, mas posso vir a ser posto no olho da rua!”. Na brigada quiçá nem todos não teriam a dificuldade de perceber a razão pela qual tanto custa por vezes mobilizar trabalhadores para a luta e mesmo militantes comunistas para a acção. Mas o brilho dos olhos renasceria sempre no colectivo partidário, porquanto, mesmo naquelas condições, dos 72 operários que pegavam ao trabalho 21 (contas feitas, mais ou menos 30% dos abordados) compraram o orgão central do PCP. Eles tinham estado na Siderurgia, na Quimigal, na Lisnave, na Setenave, na Mague, na Mompor, na Equimetal, na Cometna, na indústria automóvel, noutros tantos palcos da luta. Como escrevemos na altura, parecia prevalecer ali um silêncio, é certo, mas ecoava.
26out2019 ⁄
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