Semmais 23 novembro 2019

Page 1

PUBLICIDADE

SEMMAIS 2019

Um grafismo em mudança, a referência de sempre.

Região

Diretor Raul Tavares

Semanário Região de Setúbal

Edição n.º 1060 9.ª série

JUDICIÁRIA INVESTIGOU DESDE JANEIRO MAIS DE 400 PESSOAS

23 pessoas estão detidas no distrito por abuso de menores Entre janeiro e outubro deste ano, a judiciária de Setúbal deteve 23 pessoas por alegados crimes de abuso de menores e pornografia infantil. Mas o número de casos foi superior a quatro centenas pág. 2

SOCIEDADE

NEGÓCIOS

Terrenos junto ao novo Autoeuropa vai aeroporto já valem bater este ano todos mais um terço pág. 3 os recordes pág. 11

PUBLICIDADE

DISTRIBUÍDO COM O

Sábado 23 novembro

2019


ABERTURA

PJ SETÚBAL JÁ INVESTIGOU ESTE ANO PERTO DE 400 CASOS DE ABUSO SEXUAL E PORNOGRAFIA DE MENORES

23 pessoas detidas na região por crimes sexuais contra menores desde janeiro

Setúbal é o terceiro distrito do país em número de casos de crianças e jovens vítimas de abuso sexual. Entre janeiro e outubro deste ano foram detidas 10 pessoas por abuso sexual de menores

São números que envergonham e não deixam ninguém indiferente. Crimes de abuso sexual relacionados com menores continuam a aumentar na região e no país. Maior consciencialização e mais denúncias engrossam os números de um crime em que as vítimas são maioritariamente raparigas e os agressores são homens.

2 ⁄

res do crime são desconhecidos da vítima. Também nos casos de violção são as raparigas as mais atingidas, mais de 90 por cento dos casos, sendo que os grupos de maior incidência se situam nas faixas etárias entre os 14 e os 18 anos e entre os 21 e os 30. Em todos os casos de violação investigados este ano pela PJ de Setúbal, os arguidos são homens, com idades entre os 19 e os 50 anos, maioritariamente. Outros crimes contra a liberdade e a autodeterminação sexual, como o recurso à prostituição de menores, o lenocínio ou o aliciamento de menores para fins sexuais, engrossam números que envergonham. Anualmente, a Polícia Judiciária é chamada a investigar mais de dois mil casos de absusos sexuais. Este ano, dados registados até ao final do mês de outubro referem 2206 situações enquadráveis nessa moldura criminal. No âmbito dessas investigações foram detidas 207 pessoas. Setúbal no pódio negro dos crimes sexuais Setúbal é o terceiro distrito do país em número de casos de crianças e jovens vítimas de abuso sexual. Ainda que longe dos números de Lisboa e do Porto, das mais de 800 crianças apoiadas nos últimos três anos pela APAV – Associação de Apoio à Vítima, perto de 50 são oriundas do distrito. Estes números dizem respeito apenas aos processos

⁄ 23nov2019

Crimes sexuais relacionados com menores Inquéritos 240

Com pornagrafia de menores Sem pornografia de menores

TEXTO MARTA DAVID IMAGEM DR A Polícia Judiciária de Setúbal deteve, entre Janeiro e Outubro deste ano, 23 pessoas por crimes sexuais relacionados com menores, num total de quase 400 casos investigados. Os números, disponibilizados ao Semmais na sequência da divulgação dos dados nacionais no Dia Europeu para a Protecção das Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual, indicam que nos primeiros dez meses do ano a judiciária de Setúbal investigou 240 crimes relacionados com pornografia de menores e quase 200 em que os contornos não envolvem pornografia. Comparativamente com todo o ano de 2018, são menos cerca de 50 crimes e menos duas detenções. À semelhança do resto do país, as vítimas de abuso são maioritariamente do sexo feminino, com idades compreendidas entre os oito e os treze anos, enquanto os agressores são do sexo masculino e quase 60 por cento têm idades entre os 31 e os 50 anos. Também no distrito, regra geral há uma relação familiar entre as vítimas e os agressores. Segundo os dados da Polícia Judiciária, nos casos de violação sexual, há padrões que diferem em relação aos abusos. Uma grande percentagem de agressores, mais de 40 por cento, mantêm com a vítima uma relação de conhecimento, mas não de parentesco. Em 7,7 por cento dos casos de violação, esta é cometida por familiares, mas em quase 40 por cento dos casos os auto-

ANO 2018

de abuso sexual acompanhados pela APAV. Dados do Ministério da Justiça, retirados do relatório anual de segurança de 2018, indicam que, no país, das detenções por crimes contra a liberdade e autodeterminação sexual, a maioria teve por base o crime de abuso sexual de crianças. Números que têm crescido ao longo dos últimos anos, apesar das várias campanhas levadas a cabo pelas autoridades e pelas associações de acompanhamento a vítimas. Os motivos para este aumento não se referem de forma direta a um maior número de crimes, mas acima de tudo porque “há mais denúncias”. As autoridades policiais, as escolas, os serviços de saúde e “a sociedade, em geral, está progressivamente mais sensível e alerta para as situações de violência sexual, isso faz com que existam mais denúncias”, considera Carla Ferreira, gestora da rede CARE, da APAV. A CARE é uma resposta criada em 2016 e que tem como propósito apoiar crianças e jovens vítimas de violência sexual de forma especializada, trabalhando de forma integrada com outras entidades como a PJ, o Instituto de Medicina Legal ou o INEM. CARE e GNR em ações de sensibilização no distrito Esta semana, uma equipa itinerante da Rede CARE esteve em Alcácer do Sal com uma ação de sensibilização junto de mais

197

Detenções por Abuso Sexual de menores Detenções com Pornografia de menores

Detidos 9 16

ANO (1.jan - 31.out) 2019 Crimes sexuais relacionados com menores Inquéritos Com pornagrafia de menores

240

Sem pornografia de menores

146

Detenções por Abuso Sexual de menores Detenções com Pornografia de menores

de uma centena e meia de crianças das escolas do concelho. A ação destinada a crianças do pré-escolar e do ensino básico teve como objetivo ajudar as crianças a identificarem “situações problemáticas e que as podem deixar desconfortáveis”, segundo explicou ao Semmais, Carla Ferreira. O trabalho junto dos mais pequenos é feito de forma a que as crianças se sintam preparadas para desocultar as situações que podem degenerar em abuso. “Explicamos o que é um segredo bom e um segredo mau, ou um toque bom e um toque mau, e ajudamos as crianças a identificarem pessoas de confiança quando se sentem desconfortáveis.” Estas ações são apenas uma das vertentes das campanhas de sensibilização levadas a cabo pela CARE e que se

Detidos 10 13

destinam a vários públicos, nomeadamente a população cujas características profissionais a colocam mais próximo das crianças. Só este ano já participaram nestas ações mais de 12 mil pessoas. Também a GNR escolheu a população mais jovem para ações de sensibilização no âmbito da Operação “Crescer em Segurança”. A Secção de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário, do Destacamento de Setúbal, esteve nos dias 18 e 19 na escola da Boa Água, na Quinta do Conde e na Escola Básica de Vendas de Azeitão numa ação em que o objetivo foi sensibilizar para os direitos das crianças e prevenir o abuso sexual e exploração sexual de crianças, contando com a participação de 73 alunos com 8 e 9 anos de idade.


SOCIEDADE

Mutualista do Montijo; 147 anos de solidariedade

EDITORIAL

A União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, Associação Mutualista do Montijo, está a celebrar 147 anos de existência. Mais de um século de serviço público “que muito orgulha todos os que

estão ligados à instituição” que tem um papel “transversal e estruturante na vida da comunidade”, afirmando-se, até, “como um dos mais importantes empregadores do concelho”.

INVESTIDORES DESCONFIAM MAS ESTÃO ATENTOS À HIPÓTESE MONTIJO

RAUL TAVARES DIRETOR

A vergonha dos abusos de menores OS CRIMES de abuso sexual e pornografia infantil voltaram ao cimo da mesa por uma razão muito simples: o fenómeno é imparável e, tal como a violência doméstica, é uma vergonha nacional. Os números impressionam, e no que diz respeito à nossa região, são ainda mais acintosos, porque nos colocam na pegada das duas grandes metrópoles do país, Lisboa e Porto. Há, nesta cruzada, muitas variáveis que importa dissecar, e que não cabem neste pequeno pedaço de papel. O papel da família, que se tem esvaziado, a cultura educacional, que se detém numa imensidão de outras prioridades, a justiça de mão leve e a escassez de meios com que a judiciária e outras forças policiais combate este flagelo. Tal como em outras linhas civilizacionais que estão um pouco ao “deus-dará”, este problema tem que começar a ser olhado de forma mais abrangente e a vários níveis de atuação. Desde logo, a prevenção, o primeiro passo para cortar as linhas desta vergonha nacional. Mas olhando os números, e balizando a questão essencial da presunção de inocência, constata-se que de tanto alegado crime, apenas um ínfimo número de arguidos chega às barras do tribunal e à penalização, sendo que esta apresenta uma moldura penal de Pirro. Na verdade, e perante a dimensão que nos entra pelos olhos dentro, parece que andamos todos a fingir que é tudo normal. Não, o abuso de menores não é, nem pode ser, uma situação normal. É um dos crimes mais aviltantes e uma situação que nos deixa perto do submundo nesta civilização de loucos, onde quase tudo se pode fazer, assim, quase às claras, perante uma opinião pública que, aqui e ali, vai aceitando, por inação, tormentos deste tipo.

Terrenos nas imediações do ‘novo Aeroporto’ já subiram cerca de um terço O mercado imobiliário ainda está em ritmo lento, mas parece já estar atento à possível construção do novo aeroporto no Montijo. Mesmo sem uma corrida desenfreada aos terrenos e habitações, já há locais que estão a negociar o metro quadrado por 600 euros, cerca de um terço a mais que os valores habituais. TEXTO JOSÉ BENTO AMARO IMAGEM DR A transformação da Base Aérea do Montijo (BA 6) em aeroporto civil ainda não é um dado adquirido, mas os preços de casas e terrenos nesta zona da Margem Sul do Tejo já estão a aumentar. Por enquanto os negócios ainda são poucos, mercê de uma espécie de desconfiança que ainda paira sobre os investidores, mas há indícios de que tudo se poderá alterar em breve. E até já há casos de transações onde o metro quadrado subiu 100 ou, até, 150 euros. O presidente da Associação das Mediadoras Imobiliárias de Portugal (ASMIP), Francisco Bacelar, disse ao Semmais ter conhecimento de algumas vendas de terrenos, no concelho do Montijo mas também de Alcochete, que já atingiram os 600 euros por metro quadrado. “É um valor substancialmente mais elevado do que aqueles que eram praticados antes de a Agência Portuguesa do Ambiente ter dado o parecer favorável para a construção do aeroporto na Base Aérea nº6 e que variavam entre os 400 e os 500 euros”, referiu. Os preços do metro quadrado na Margem Sul, nomeadamente no Montijo, podem ter oscilações de monta, admitiu ainda Francisco Bacelar, lembrando que é preciso ter em conta se os interessados vão “negociar uma casa, um terreno - e se o mesmo pode ou não ser utilizado para construção - e, sobretudo, ter em conta a localização”. Contactámos também o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima que, mesmo tendo salientado não ter em

O preço das habitações na zona do Montijo cresceu 30% nos últimos dois anos

seu poder ainda números fiáveis relativos a negócios já consumados, reconheceu já existir uma “valorização acentuada” de alguns terrenos e imóveis. “Já se nota um aumento do preço dos ativos. É uma situação normal”, afirmou Luís Lima. Segundo este responsável é, também, bem evidente um certo receio por parte dos investidores, que “talvez ainda estejam a lembrar-se do que aconteceu há cerca de dez anos, quando o aeroporto iria, quase com toda a certeza, para Alcochete (Campo de Tiro) e depois acabou por não se fazer, gerando muitos negócios falhados”. Antes do “falhanço” de localizar o aeroporto em Alcochete, já o mesmo havia acontecido com a Ota (Base Aérea nº2). Nessa ocasião, em 1988 e 1989, fizeram-se grandes investimentos em terrenos naquela zona próxima de Vila Franca de Xira, tendo mesmo sido denunciadas

situações que teriam sido preparadas para beneficiar alguns investidores, nomeadamente políticos. Agentes e investidores à espera da decisão da ANA “Enquanto as opiniões estiverem divididas não iremos, quase de certeza, assistir a um grande incremento na compra e venda de terrenos e habitações. Depois sim. O parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente não deverá, em minha opinião, ser ignorado pelo Governo e pela ANA (a empresa que gere a estrutura aeroportuária e a quem compete dar uma resposta final até, sensivelmente, final do ano)”, acrescentou o presidente da APEMIP. Por sua vez, o responsável da ASMIP referiu que mesmo não sendo possível, para já, projetar os proventos financeiros que o aeroporto poderá

trazer à região, é possível adivinhar uma corrida às melhores localizações por parte de “uma série de empresas prestadoras de serviços, nomeadamente de rent-a-car e estabelecimentos de hotelaria e de restauração”. “Serão criados muitos mais postos de trabalho e haverá muito mais movimento em toda a Península. Mais oportunidades de negócio e mais dinheiro a circular”, frisou ao Semmais Francisco Bacelar. Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referem que o preço das habitações nas zonas do Montijo e Alcochete terão crescido em cerca de 30 por cento nos dois últimos anos (há também estrangeiros a comprarem casas). Tanto Luís Lima como Francisco Bacelar não conseguem afirmar com total certeza que o aumento verificado se deve, em exclusivo, à possibilidade de o aeroporto ir ser construído na BA 6. Preferem antes salientar que é um local muito próximo de Lisboa, com boas acessibilidades que irão ser ainda melhores caso a obra avance, e que oferece preços bem mais baratos do que os praticados na capital. Uma casa nova, de três assoalhadas, no Montijo ou em Alcochete pode custar hoje entre 250 e 300 mil euros. Valor que é bem menor do que uma habitação com as mesmas dimensões vendida em Lisboa, onde facilmente se atingem os 600 e os 700 mil euros. Já os preços dos alugueres são, atualmente, muito similares, sejam eles nos dois concelhos da Margem Sul, seja nas zonas mais baratas de Lisboa, com uma casa com três divisões a atingir os 700 euros mensais.

/ Ficha Técnica Diretor Raul Tavares / Editora-Chefe Eloísa Silva / Redação Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, José Bento Amaro, Marta David / Coordenação Comercial Cristina Almeida / Direção de arte Pedro Frade / Design de comunicação Teresa Fortalezas | EDUGEP Digital Solutions www.edugep.pt / Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira / Distribuição VASP e Maiscom, Lda / Propriedade e Editor Maiscom Edição e Publicações, Unipessoal, Lda; NIPC 513 409 246 / Capital Social Raul Manuel Tavares Pereira (100%) / Redação Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com / Telefone: 93 53 88 102 / Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora da Conceição, 50 Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro / Tiragem 20.000 (média semanal) / Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

23nov2019 /

⁄3


SOCIEDADE

DOIS ADVOGADOS DA REGIÃO ESTÃO NA CORRIDA

Bastonário da Ordem dos Advogados é eleito este mês Pela primeira vez com recurso ao voto eletrónico, os advogados vão escolher o seu representante máximo, num ato ao qual concorrem seis listas. Entre os candidatos a bastonário estão António Jaime Martins (Barreiro) e Ana Luísa Albuquerque (Alcochete). TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

Jaime Martins e Ana Luísa Albuquerque são dois dos seis candidatos ao cargo de Bastonário da Ordem dos Advogados

António Jaime Martins, candidato a bastonário da Ordem dos Advogados, quer “recuperar o papel ativo da Ordem dos Advogados no processo legislativo” e admite que a sua equipa já tem preparado “um conjunto de propostas de alterações legislativas” com o intuito de “melhorar o acesso ao direito e à justiça por parte dos cidadãos e empresas”. O barreirense Jaime Martins apresenta-se a sufrágio, que decorrerá, pela primeira vez, com recurso ao voto eletrónico, dias 27, 28 e 29 deste mês, ao lado de

da prática judiciária de intimar advogados a depor em processos crime contra os seus constituintes, a resolução da situação de desproteção em que se encontram os advogados impossibilitados de trabalhar e a revisão da tabela de honorários no âmbito do Sistema de Acesso ao Direito e aos Tribunais”. Jaime Martins, atual presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados, reúne na sua lista João Massano, atual vice-presidente do Conselho Regional de Lisboa e candidato à presidência des-

Paulo Graça, atual presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa e candidato a presidente do Conselho Superior, e Jorge Bacelar Gouveia, presidente do Conselho Fiscal da Ordem dos Advogados e candidato a novo mandato. Sob o lema “Fazer a Diferença”, o causídico assume que a sua prioridade passará, igualmente, pela “defesa da advocacia preventiva como essencial à segurança dos negócios jurídicos de que depende o desenvolvimento económico do país” e por erradicar “a generalização

PUBLICIDADE

4 ⁄

PUBLICIDADE

⁄ 23nov2019

se mesmo órgão, e Alexandra Bordalo, candidata a presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa, órgão do qual assume, atualmente, a vice-presidência. Também Ana Luísa Lourenço, advogada de Alcochete, especializada no direito da família, se propõe ao escrutínio dos advogados portugueses. A candidata a bastonária propõe-se a constituir uma caixa de previdência dos advogados e solicitadores “para a proteção social”, a pugnar por um apoio judiciário “digno para os advogados e justo para a população, e a dig-

nificar a imagem da advocacia e identificá-la com princípios e valores”. Em relação ao trabalho do atual bastonário, que também se recandidata, como o Semmais referiu na passada semana, Ana Luísa Albuquerque fala num cenário “monocolor e desgastado” que deve ser contrariado. A sua candidatura, refere no seu memorando de apresentação, é “inovadora, e apresenta uma alternativa de mudança que venha a corresponder também ao sentir de novos segmentos da advocacia portuguesa”.


SOCIEDADE

54 mulheres morreram vítimas de violência doméstica

MONTIJO INVESTE EM OBRAS ESTRUTURANTES PARA A POPULAÇÃO

60 habitações para casais jovens avançam na antiga fábrica da Izidoro O espaço público da cidade do Montijo está a sofrer melhorias em prol de uma melhor qualidade de vida para a população. O presidente Nuno Canta orgulha-se do trabalho e deu a conhecer os vários projetos estruturantes aos jornalistas ‘in loco’. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR O presidente da Câmara do Montijo, Nuno Canta, mostrou aos jornalistas, na manhã do passado dia 19, várias obras em curso na cidade, nomeadamente o elevador no edifício dos Paços do Concelho, o Jardim das Nascentes, a Casa da Música Jorge Peixinho, a ciclovia Montijo/Pinhal Novo, antiga fábrica Izidoro e o antigo armazém Sanfer. Esta visita visou dar a conhecer as principais intervenções no espaço público que foram executadas ou estão em curso, assim como proporcionar uma visita in loco às propriedades recentemente adquiridas pelo município, como são os casos da fábrica Izidoro e do armazém Sanfer. Os 7 quilómetros da ciclovia Montijo/Pinhal Novo deverão estar prontos em março de 2020. O percurso arranca da estação

O edil Nuno Canta visitou com a imprensa as várias obras em curso na cidade

de caminho de ferro, a qual será recuperada para ser utilizada por artistas plásticos. Nas imediações do novo espaço de cultura, será construído um jardim. Esta obra deverá arrancar no pró-

ximo mandato, após protocolo com a Refer. O antigo armazém da Sanfer irá ser recuperado para acolher diversos serviços municipais. Segundo Nuno Canta, foi “uma excelente compra” para o

município. Já na antiga fábrica da Izidoro - onde funcionou uma fábrica de carne e de azeite -, o município aposta em cerca de 60 habitações, de várias tipologias, a custos controlados de preferência para casais jovens. Nos pavilhões que estiverem em melhor estado, “iremos aproveitá-los para instalar serviços municipais”. Na Quinta das Nascentes está a ser construído um jardim de 3,4 hectares, onde irá ser recuperada uma casa antiga para instalação da Casa da Música Jorge Peixinho. O investimento nestes dois projetos ronda os 2,3 milhões de euros. O espaço verde estará pronto em 2020 e a Casa em 2021. Nas suas imediações será construída a nova sede do Motoclube, com apoio do município na ordem dos 50 mil euros.

Setúbal é o terceiro distrito do país com mais mulheres vítimas de violência doméstica, nos últimos quinze anos. As quatro mulheres assassinadas este ano juntam-se às 50 que tinham sido mortas desde 2004. Os dados foram divulgados, esta sexta-feira, pela Ministra da Presidência numa conferência onde fez o balanço das medidas de prevenção e combate à violência doméstica apresentadas em agosto. À frente do distrito de Setúbal, nestes quinze anos, estão os distritos de Lisboa, com 113 mortes, e o do Porto, onde foram assassinadas 73 mulheres. Desde janeiro deste ano já foram mortas 25 mulheres, sete homens e uma criança em contexto de violência doméstica. Nesta análise Setúbal e Braga, surgem em segundo lugar, com quatro vítimas, só ultrapassados por Lisboa, onde foram mortas sete mulheres. Segundo o relatório anual de segurança interna de 2018, registaram-se em Portugal 110 homicídios voluntários, 39 em contexto de violência doméstica, e as vítimas eram maioritariamente do sexo feminino.

PUBLICIDADE

23nov2019 /

⁄5


SOCIEDADE

DEPOIS DE ALMADA E SEIXAL “RECICLAR DOCE RECICLAR” CHEGA A SESIMBRA

AMARSUL já distribuiu 620 contentores para recolha de recicláveis na Quinta do Conde Até ao final deste ano a AMARSUL conta ter abrangidas no projeto “Reciclar Doce Reciclar” cerca de 25.000 residências, com 49.000 contentores de 120lt, entregues nos municípios de Almada, Seixal e Sesimbra para recolha de resíduos recicláveis e indiferenciados. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR Mais de quatro mil munícipes da Boa Água 3, na freguesia da Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, já receberam contentores para recolha de resíduos indiferenciados porta a porta, segundo informa a autarquia em comunicado, numa alusão ao novo sistema de recolha de recicláveis no concelho. Trata-se da implementação do projeto “Reciclar Doce Reciclar”, promovido em parceria entre a câmara de Sesimbra, “que recolhe os resíduos indiferenciados” e a Amarsul que “recolhe os resíduos recicláveis separados pelos munícipes nas suas residências”. Esta operação, segundo Susana Silva, responsável de comunicação e sensibilização da Amarsul, “faz parte de um investimento total para a Amarsul

de 10M€ para otimizar a recolha seletiva”, no qual estão incluídas “a aquisição de viaturas e contentores para recicláveis, bem como ações de sensibilização ambiental”. A recolha de resíduos recicláveis e indiferenciados porta a porta é um modelo personalizado, que existe em vários municípios do país, com benefícios demonstrados para a conservação do espaço público e para o ambiente e, também, para a economia das famílias. “A Amarsul disponibiliza gratuitamente dois contentores, um de tampa azul para deposição de papel e cartão e outro de tampa amarela para embalagens de plástico e metal. Bem como a recolha de recicláveis, prestando um serviço de maior proximidade para a população. Com a en-

trega de contentores domésticos, facilitamos a correta separação e deposição de resíduos nos lares abrangidos. Os resíduos recicláveis não pagam tarifa municipal de resíduos, o que se traduz numa mais valia para os Municípios e também para os Munícipes”. A campanha “Reciclar Doce Reciclar”, chegou este ano a Sesimbra, mas já está a ser desenvolvida, desde 2017, nos municípios de Almada e Seixal. Até ao final do ano “deverá estar implementada em 25.000 residências dos três municípios, com a entrega de cerca de 49.000 contentores de 120lt”, considerando a “adesão bastante positiva” da população que tem sido visitada pelas equipas da Amarsul que estão a desenvolver ações de esclarecimento e informação. Através da implementação

O projeto “Reciclar Doce Reciclar” é cofinanciado pelo programa PO SEUR

deste novo sistema de recolha seletiva, a Amarsul, garante Susana Silva, “está a aumentar as quantidades de materiais recicláveis, o crescimento ultrapassa os 55%, e a diminuir a deposição de resíduos encaminhados, indevidamente, para aterro, contribuindo

Fernando Cardoso Ferreira reeleito Provedor da Misericórdia de Setúbal Fernando Cardoso Ferreira foi reeleito para um novo mandato de quatro anos, como Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, tendo a sua lista única sido sufragada por 63 dos 64 irmãos votantes, registando-se, apenas, um voto em branco. No final da Assembleia-Geral eleitoral, Cardoso Ferreira, que é Provedor da Misericórdia de Setúbal desde 2003, afirmou que, no próximo mandato, a Mesa Administrativa enfrenta, por um lado, o “grande desafio” de garantir a sustentabilidade da instituição e, por outro, tem dois objetivos: começar e concluir a obra de reabilitação do Lar Acácio Barradas e “traçar o caminho” para que o mesmo processo se torne irreversível no que diz respeito ao Lar Dr. Paula Borba. “Os próximos quatro anos vão ser extremamente difíceis para todas as instituições do setor social. Vão haver grandes dificuldades ao nível da sustentabilidade, porque os aumentos do salário mínimo – cuja bondade não queremos discutir – agravam extraordinariamente a situação das Misericórdias colocando em grandes dificuldades de tesouraria a maior parte delas”. Cardoso Ferreira recordou que, enquanto “as empresas que

6 ⁄

estão no comércio ou na indústria podem fazer repercutir esses aumentos no produto final que comercializam”, as Misericórdias estão “limitadas”, porque o seu financiamento “é feito através da pensão de reforma dos utentes, de alguma comparticipação familiar e, principalmente, pela comparticipação dos serviços por parte do Estado, que é feita parcimoniosamente, muito longe daquilo que devia e com que se tinha comprometido há muitos anos”. “A situação é cada vez mais difícil e é extremamente desagradável, porque temos consciência de que necessitamos de remunerar melhor os nossos trabalhadores, mas, ao mesmo tempo garantir a sustentabilidade, que consiste em pagar os salários pontualmente no último dia do mês e pagar aos nossos fornecedores de acordo com os prazos combinados. Portanto, é esse o grande desafio que temos pela frente”, disse o Provedor da Misericórdia de Setúbal. Arrancar com a obra de reabilitação do Lar Acácio Barradas “e inaugurá-la durante o próximo mandato” é um dos objetivos da nova Mesa Administrativa, tendo Cardoso Ferreira revelado que o projeto “está mesmo em fase final de aprovação em sede de Câmara Municipal, foram já entregues as

⁄ 23nov2019

desta forma para um ambiente mais sustentável e para tornar a economia mais circular”. A campanha incide em todos os resíduos recicláveis de papel/cartão e embalagens de plástico /metal, que serão, depois, valorizados pela Amarsul.

Azeitão, Sado e Gâmbia-PontesAlto da Guerra são Freguesias + Eficientes

Fernando Cardoso foi reeleito Provedor da Misericórdia de Setúbal com 63 votos

especialidades e contamos estar a arrancar com a obra dentro de três a quatro meses. Dentro de muito pouco tempo estaremos nos preliminares, com sondagens arqueológicas”. “Este projeto é um salto enorme para a Misericórdia. É o lar mais antigo, é de 1893, e nós precisamos de garantir melhor qualidade de vida aos nossos utentes, a qual passa, nomeadamente, pelos espaços em que eles residem. Vai ser o lar mais moderno em Setúbal, com todos os equipamentos mais modernos que existem para este tipo de instituições e com uma capacidade muito próxima daquela que detém atualmente”, acrescentou. Neste sentido, o Provedor salientou que, com a reabilitação do Lar Acácio Barradas não se pretende criar mais

lugares, mas sim “dar ótimas condições às pessoas que lá estão, as quais, reconhecidamente, estão em condições que, não sendo más, não são, de maneira nenhuma, as desejáveis”. Cardoso Ferreira admitiu, ainda, a intenção de reabilitar o Lar Dr. Paula Borba, um lar de 1913, “ainda também na conceção dos velhos asilos de antes do 25 de Abril, portanto, com limitações nas condições que se podem proporcionar aos utentes”. “É um desafio que não será para concluir neste mandato, mas nada impede que o apontemos. Tenho esperanças de que seja até ao fim do mandato, mas não garanto. Pelo menos o caminho fica, de tal maneira, traçado que será irreversível e conduzirá a esse resultado”, concluiu o Provedor.

Mais de 60 Juntas de Freguesia inscreveram-se no concurso Freguesias + Eficientes, que distingue três Juntas, de cada um dos escalões definidos no projeto, promovido Associação das Agências de Energia e Ambiente, que consigam alcançar as maiores reduções nos seus consumos energéticos. Na lista das vencedoras estão três freguesias do distrito de Setúbal. As Juntas de Freguesia de Azeitão (São Lourenço e São Simão), que ganhou 6.000€, Sado, 3.000€, e Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, 2.000€, foram premiadas pela melhoria de desempenho, num processo que a Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA) acompanhou de perto. O contributo da ENA no projeto foi “a realização de ações de formação dos técnicos das Juntas de Freguesia na área da eficiência energética”, assim como “a identificação de medidas de redução de consumo de energia e a implementação de um planeamento mais eficiente”. O valor dos prémios atribuídos será aplicado “em medidas e equipamentos de eficiência energética, a identificar em conjunto com a Agência de Energia e Ambiente da Arrábida. ES


SOCIEDADE

INOVAR AUTISMO PROMOVE DIA 30 O SEU 2º SEMINÁRIO INTERNACIONAL

Palmela como ponto nevrálgico da Inclusão Associação de Cidadania e Inclusão de pessoas com autismo escolheu Palmela para fixar a sua sede e abrir um novo centro de inovação. No final deste mês a Inovar Autismo promove, em Vendas Novas, um encontro internacional para debater a patologia. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

Ana Nogueira, presidente da Inovar Autismo, e Álvaro Amaro, presidente da CM de Palmela assinam o contrato de comodato

Apesar da sua tenra idade, foi criada em 2017, a Associação de Cidadania e Inclusão Inovar Autismo acompanha, em trabalho de contexto e nos vários projetos que tem a decorrer, “mais de 20 crianças e jovens” que sofrem de autismo ou outras neuro-diversidades. Nascida no distrito de Setúbal, a Inovar Autismo atua já no Alentejo e mudou, recentemente, os seus estatutos sendo considerada, agora, de abrangência nacional. Com um Centro de Apoio à Vida Independente (CAVI) em Vendas Novas e outro a ser criado muito em breve em Setúbal, onde já dispõe de um espaço, prepara-se para inaugurar a sua sede em Palmela, na antiga escola primária de Arraiados, onde funcionará, também, o novo Centro de Inovação, Desenvolvimento e Inclusão das pessoas com autismo nas suas comunidades. A escolha de Palmela para a fi-

capacitação de todos para o acolhimento de todos e todas”, realça Ana Nogueira. “Sempre que temos um jovem ou criança com autismo, que quer ser incluída numa determinada atividade, nós fazemos um trabalho de contexto com colegas, professores, treinadores, auxiliares e famílias para que haja uma plena inclusão”. Admitindo “não haver” dados concretos sobre o número de casos de autismo na região ou no país, Ana Nogueira acredita que a sinalização está agora muito mais precoce e, talvez por isso, se especule que há mais casos, quando, na verdade, não há. “A perceção é a de que o autismo está a aumentar. Mas o que está a acontecer é uma sinalização e acompanhamento precoce. Antigamente não havia era diagnóstico. Nós acompanhamos, e temos em projetos inclusivos, mais de 20 crianças em contexto a serem acompanhadas por nós”.

xação da sede da associação surgiu de forma “natural e consciente”, como esclarece a presidente da Inovar Autismo. “Temos boas relações com todas as autarquias do distrito, mas Palmela sempre teve na sua génese essa característica de trabalho em comunidade pelo qual também pugnamos diariamente”, sublinha Ana Albuquerque Nogueira. Para Álvaro Amaro, presidente da câmara de Palmela, é “uma honra para o Município” fazer parte desta solução e “um modesto contributo” na vida desta jovem Associação, que assume a nobre missão de promover a inclusão das pessoas com autismo e outras neuro-diversidades nas suas comunidades de pertença. A partir de Palmela, a Associação propõe-se a trabalhar “com todos os alunos e com todos os intervenientes”, em prol da divulgação de direitos humanos e “na

Promover a inclusão e valorizar a ruralidade Instalar a sede da Inovar Autismo em Palmela não resultou, apenas, “do namoro” com a autarquia, como faz questão de lembrar a presidente da associação, que é arquiteta paisagista. Ana Nogueira quer fazer cumprir outro dos compromissos da Inovar que passa por valorizar a cultura, a paisagem e os territórios rurais em detrimento duma “excessiva urbanização que caracterizou muito os últimos tempos da nossa área metropolitana”. “Palmela é um concelho muito interessante, pela sua localização geográfica e conexão com todas as áreas metropolitanas e com o Alentejo, mas, também, pelo seu caráter rural. E esta questão da ruralidade é fundamental para a sustentabilidade ambiental, cultural, e social do território que sai dignificada com a fixação de

equipamentos diferenciados”. Ana Nogueira Está convicta que, com o contributo empenhado da Inovar Autismo, “Palmela poderá tornar-se a centralidade da inovação e da inclusão plena das pessoas com deficiência”. Terapias, atendimento a famílias e pessoas com autismo, ações de mediação e coaching, programas de formação, projetos inclusivos, workshops, debates, eventos com as parcerias locais e exposições são as atividades que a Inovar Autismo pretende realizar no seu novo espaço em Arraiados. No seguimento do trabalho que tem vindo a desenvolver, a Inovar Autismo está em contagem decrescente para o seu 2º Seminário Internacional que tem lugar dia 30, no Fórum Cultural “A Praça”, em Vendas Novas. A iniciativa versará, entre outros temas, a Vida Independente, a Inclusão Escolar e a Inovação Social.

PUBLICIDADE

Desafio “Renova-te” motiva participantes a mudar hábitos e eliminar crenças limitantes A nutricionista Mária Benedito e a terapeuta holística Fátima Ribeiro estão a desenvolver um projeto on-line, para “ajudar as pessoas que queiram, a mudar hábitos comportamentais que têm influência no dia-a-dia e na alimentação”, esclarece Mária Benedito que já promoveu, “com sucesso” dois desafios só de perda de peso, em parceria com outra colega de profissão. “Apesar de termos consciência que devemos mudar hábitos de vida, quer seja para controlar a ansiedade, para perder peso ou, simplesmente, para gerir a negatividade, isso não é fácil e não acontece de um dia para o outro sem que consigamos perceber de onde vêm os nossos hábitos”, reconhece. Acreditando que “a forma como pensamos influencia o que comemos”, o desafio “Renova-te”, que começa este domingo através da aplicação whatssap, consiste em “juntar o melhor de dois mundos”, sublinha a terapeuta e diplomada em medicina chinesa Fátima Ribeiro. “Comer é o conforto do corpo e pensar é o alimento da mente. Os dois têm que

Desafio online começa dia 24

estar em sintonia para que a pessoa se sinta bem e, por conseguinte, coma de uma forma mais equilibrada”. O desafio de 21 dias de renovação combina conselhos de alimentação e desmistificação de mitos sobre alimentos prejudiciais com técnicas de respiração, equilíbrio emocional, relaxamento, gratidão, perdão e, até, Yoga Nidra e terapia quântica. As duas profissionais estarão disponíveis 24 horas por dia para esclarecer dúvidas e para incentivar os participantes a “identificar sabotadores de mudança e a concretizar um detox emocio-

nal”. A perda de peso “não é a prioridade do projeto”, assume Fátima Ribeiro, para quem a “valorização pessoal é metade do caminho para a plenitude de um estado de ser muito mais consciente”. Mária Benedito, que admite ter “saído da sua zona de conforto, baseada na ciência do acompanhamento nutricional,” acredita que o resultado “só pode ser muito positivo”. “Vamos treinar e perceber a mente, trocar receitas saudáveis à base de alimentos que temos em casa e partilhar experiências, tudo no conforto das nossas casas, à nossa velocidade, e com orientação profissional”. Apesar de ambas as profissionais residirem em Sesimbra e trabalharem em todo o distrito de Setúbal este é um projeto de âmbito nacional e no qual não há limite de participantes. Para saber mais sobre o desafio de “rebirth emocional” (renascimento emocional) “Renova-te”, basta aceder a “À roda com os alimentos”, na rede social Facebook, ou a maria_benedito.nutricionista ou fatima. ribeiru no Instagram. ES

ADEGA COOPERATIVA DE PALMELA, C.R.L. Assembleia Geral Ordinária Nos termos do Art.º33º dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Adega Cooperativa de Palmela, C.R.L. a reunir em sessão Ordinária, na sua sede em Palmela-Gare, no próximo dia 14 de Dezembro de 2019 pelas 15 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: 1ºPonto – Apresentação, Discussão e Votação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano de 2020. 2ºPonto – Assuntos diversos de interesse para a Cooperativa. Se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos Cooperadores, com direito a voto ou seus representantes devidamente credenciados, a Assembleia reunirá com qualquer número de Cooperadores uma hora depois, em conformidade com o Art.º36º dos Estatutos. Palmela,15 de Novembro de 2019 O Presidente da Assembleia Geral João Manuel Bucho Gama

23nov2019 /

/ 7


LOCAL

Alcochete quer poupar na iluminação pública

Aldeia do Natal anima Seixal

Samouco é pioneiro no teste do projeto InteGrid, uma parceria da Câmara com a EDP. O município dá mais um passo no caminho da modernização tecnológica com vista à criação de novas solu-

A Aldeia Natal está de volta ao núcleo urbano, com iluminações e muita diversão, com pequenos e graúdos a unirem-se numa tradição em que não faltam os símbolos da época. De 30 de novembro

ções para o munícipe com “reduções significativas” na redução da fatura da iluminação pública. O edil Fernando Pinto já marcou presença na reunião de apresentação deste projeto.

a 29 de dezembro, não falta a casa do Pai Natal e o ateliê mágico dos duendes, o carrossel de Natal, a pista de gelo, o baloiço de Natal e o comboio pela zona ribeirinha.

CONCERTO DE CAMANÉ E LAGINHA É PONTO ALTO DOS FESTEJOS

PROJETO VAI CUSTAR MAIS DE 300 MIL EUROS

Cidade de Sines assinala 657 anos de história

Grândola recupera velha olaria

Concertos, exposições, provas desportivas, sessão solene e a apresentação dos resultados do projeto “Dizeres” são destaques do programa comemorativo do Dia do Município. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR

A cidade é palco este domingo das principais cerimónias do dia do município

O município sineense, fundado em 1362 pelo rei D. Pedro I, celebra este domingo 657 anos. Um dos destaques das comemorações acontece neste dia, às 21h30, no Pavilhão Multiusos. Trata-se do concerto de Camané com Mário Laginha, que leva ao palco o disco, em duo, acabado de lançar, “Aqui está-se sossegado”.

O programa das comemorações do Dia do Município abre já este sábado e prolonga-se até ao dia 30. O programa contempla a inauguração da exposição “Mundividências”, dia 23, às 16h00, no centro de exposições do Centro de Artes de Sines. Esta exposição reúne trabalhos de seis fotógra-

Almada abre programa das Férias de Natal

Santiago do Cacém enfeita ruas

Até dia 27 ainda pode inscrever os seus filhos, dos 6 aos 17 anos, no programa “Férias de Natal”, que é gratuito. Atividades desportivas, ateliês, passeios e visitas são apenas algumas das propostas desta iniciativa do município. O programa irá decorrer a 23, 26, 27 e 30 de dezembro e, também, nos dias 2 e 3 de janeiro de 2020. É destinado as crianças e jovens que estudem, residam e/ou cujos pais, encarregados de educação ou representantes legais trabalhem no concelho. Proporciona atividades lúdico-pedagógicas, culturais, desportivas e recreativas. O seguro e refeições estão incluídos.

A população deu as mãos para criar as suas tradicionais decorações de Natal que este ano vão enfeitar as ruas do concelho. O desafio foi lançado pelo município, através da iniciativa “O Natal nas nossas mãos”, que envolveu todas as gerações, utilizando sacos de plástico e a técnica do croché, para a criação de rosetas que agora cobrem as árvores de Natal que vão ser espalhadas pelo Concelho. Só em Santiago e em St.º André foram elaboradas 5 mil rosetas, que se fossem colocadas em linha reta se estenderiam por mais de 1 quilómetro, o que dá uma média de 25 mil sacos de plástico utilizados.

8 ⁄

⁄ 23nov2019

fos do concelho: Jorge Custódio, Luís Magalhães, Rui Pereira, Sofia Costa, Tiago Canhoto e Vítor Seromenho. As iniciativas protocolares das comemorações acontecem este domingo, nos Paços do Concelho, com o hastear bandeira, às 10 horas, e sessão solene da Assembleia Municipal comemorativa do Dia do Município, às 11 horas. Também nos Paços do Concelho, às 10h30, é feita a apresentação dos resultados do projeto “Dizeres”, iniciativa do Arquivo Municipal de Sines sobre os falares das comunidades de Sines. Na componente desportiva, destaque para a natação, com o Campeonato Nacional de Clubes da 3.ª Divisão, a acontecer no dia 30, na Piscina Municipal Carlos Manafaia. As comemorações incluem também atividades da Biblioteca Municipal de Sines, Associação Arte Velha, Andebol Clube de Sines, Associação Resgate, livraria A das Artes, Escola Vasco da Gama e Grupo Desportivo da Baixa de S. Pedro.

Setúbal mostra marchas em exposição bairrista Uma exposição que celebra a tradição bairrista das Marchas Populares, com a colaboração das coletividades participantes este ano, é inaugurada domingo, às 15 horas, no Museu Michel Giacometti. A mostra homenageia a dedicação das centenas de pessoas que, durante meses, preparam a realização do concurso festivo que comemora os Santos Populares em junho. Recursos audiovisuais, testemunhos inscritos nas paredes e a mostra de objetos ligados às várias vertentes que constituem a composição das coreografias para as marchas, como roupas, arcos e outros acessórios, compõem a exposição.

A velha olaria de Melides vai ser reabilitada pelo valor de 306 mil euros

O município vai investir cerca de 306 mil euros na requalificação da Olaria de Melides e na construção de um edifico para realização de oficinas. A obra teve início esta semana e visa recuperar todo o edificado existente e adaptá-lo a núcleo museológico, recorrendo a técnicas tradicionais. A obra inclui também a construção de um novo edifício para a realização de oficinas. Esta intervenção será candidatada a fundos comunitários direcionados para o património cultural, tendo em conta a sua

Barreiro lança semana da diferença

De 2 a 6 de dezembro decorre a “Semana da Diferenç@”, promovida pelo município e pelo Grupo para as Questões da Deficiência do Conselho Local de Ação Social. São várias as atividades programadas que visam a promoção de comunidades coesas e inclusivas. Exposições, moda, desporto, partilha de experiências sobre a inclusão, animação, almoço partilhado e a gala com entrega de prémios são os destaques.

importância para a preservação e divulgação do património local e identitário, bem como, para consolidação e alargamento da oferta turística do território, com o forte envolvimento da comunidade. A olaria é a última de um importante centro oleiro que existiu em Melides, cuja produção recua ao século XVII. O município adquiriu o imóvel com vista a preservar, recuperar e valorizar para que o mesmo possa vir a desempenhar o papel de testemunho vivo da comunidade local.

Palmela quer Poceirão e Marateca no PDR O município aprovou, por unanimidade, na última reunião pública, uma moção, apresentada pela CDU, pela integração das freguesias de Poceirão e Marateca no Programa de Desenvolvimento Rural 2020. A autarquia reivindica a inclusão destas freguesias na lista de zonas desfavorecidas, respeitando a Resolução da Assembleia da República, e a sua classificação como rurais, para que possam ter acesso a apoios no âmbito do PDR. Para analisar este assunto, será solicitada uma reunião de emergência com a Ministra da Agricultura. O município reafirma a “urgência” da desagregação destas freguesias, que continua a demonstrar-se “lesiva” para os interesses das populações.


LOCAL

INVESTIMENTO SUPERA OS 800 MIL EUROS

Moita embeleza envolvente à caldeira de Alhos Vedros

A requalificação ambiental da caldeira de Alhos Vedros vai avançar

Na continuidade do trabalho de valorização ambiental da frente ribeirinha do concelho, a Câmara aprovou, dia 13, o projeto de execução para a requalificação ambiental da envolvente à caldeira de Alhos Vedros. Este projeto, que implicará investimento superior a 800 mil euros e será objeto de candidatura a fundos comunitários, visa a dragagem do esteiro de Alhos Vedros, incluindo a bacia de ma-

nobra do cais, do ancoradouro do clube náutico e da caldeira do moinho de maré; a reabilitação do aterro existente na zona de sapal, de acesso ao moinho de maré que contorna a respetiva caldeira; a melhoria das condições de circulação de água dos lagos do Parque das Salinas; e a melhoria do comportamento das valas de drenagem existentes nos lados sul e oeste do Parque das Salinas.

Museu de Sesimbra ganha prémio

O Museu de Sesimbra conquistou o 2.º lugar no 10.º Prémio Ibermuseus de Educação, com o projeto Museu Fora de Portas: O Museu vai visitar as IPSS. Este prémio reconhece o trabalho desenvolvido pelo museu na preservação da história, memória e tradições locais, e no estreitar laços com a comunidade. A 10.ª edição do mais prestigiado prémio da museologia ibero-americana, contou este ano com 158 candidaturas, apresentadas por museus e instituições culturais e educativas de 15 países da américa latina, Portugal e Espanha, o que constitui um sinal inequívoco da sua notoriedade a nível internacional. O Ibermuseus é o principal programa de cooperação para os museus ibero-americanos e visa promover o fortalecimento das mais de 9 mil instituições, através de diversas ações.

Casa da Música avança no Montijo A Casa da Música Jorge Peixinho vai ser construída na Quinta das Nascentes, pelo valor de 991 mil euros. A abertura do concurso público aconteceu dia 13, em sessão pública. Este investimento vai permitir a requalificação total do edifício existente na denominada Quinta das Nascentes, alterando o uso para um edifício de equipamento constituído por duas áreas funcionais: a Casa Museu Jorge Peixinho e um auditório polivalente. O projeto irá contribuir para a “agregação dos tecidos urbanos confinantes, incrementando a convivialidade e coesão social, reforçando a relevância local deste património e a sua relação

com o desenvolvimento do concelho”. Entretanto, a CMM está a preparar a candidatura deste projeto ao Pacto para o Desenvolvimento e Coesão Territorial da AML.

Feira do livro em Alcácer do Sal A 23.ª edição da Feira do Livro vai decorrer no Largo Luís de Camões, entre 30 de novembro e 22 de dezembro. Além da venda de livros, que são uma ótima ideia para presentes natalícios, haverá sessões de contos e encontros com autores. A Feira do Livro pode ser visitada de segunda a sexta-

-feira, das 15 às 18h30, e ao fim de semana, das 10 às 18 horas. Serão apresentados os livros “Educar pela positiva: um guia para pais e educadores”, de Nuno Martins; “À procura da medusa”, de Miguel Mesuras; “Rodopio”, de Mário Zambujal; e “Refeições saudáveis todos os dias”, de Ana Garcez.

PUBLICIDADE

23nov2019 ⁄

⁄ 9


DESPORTO

600 atletas em Canha para maratona BTT

Prémio da Arrábida abastecido com moscatel

Decorre no primeiro domingo de dezembro a 15.ª edição da Maratona BTT Canha. Marco Chagas, um dos grandes nomes do ciclismo, é habitual participante e, este ano, será acompanhado por João Rodri-

Decorre este domingo, dia 23, em Setúbal, o Grande Prémio da Arrábida. Esta prova, de carácter competitivo, apresenta uma distância de 12,5 quilómetros destinada a atletas federados ou não. Para

gues, vencedor da Volta a Portugal em Bicicleta 2019, e Rúben Guerreiro, ciclista montijense que faz parte do pelotão internacional da modalidade. Inscrições em www.apedalar.pt

além do normal abastecimento de água, os participantes podem, também, “abastecer” com Moscatel da região. O Grande Prémio da Arrábida começa e termina no jardim de Vanicelos

FORUM LUÍSA TODI ENCHEU DE FERVEROSOS APOIANTES

Vitória de Setúbal apaga 109 velas de orgulho O Fórum encheu para cantar os parabéns ao clube mais querido do concelho. Líder vitoriano garantiu que os salários estão em dia e que o clube está mais atrativo para os jogadores. A edilidade mostrou-se disponível para ajudar o ‘grande clube do povo’. O canto Toy animou a cerimónia onde marcou presença o presidente da liga de futebol. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR Uma gala, realizada no dia 20, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal, encerrou as comemorações do 109.º aniversário do V. Setúbal, com homenagens a sócios, atletas e dirigentes. Contou com a presença de 600 pessoas. O presidente do VFC, Vítor Hugo Valente, realçou que o clube está “mais novo” e que “renasce todos os dias”. E sublinhou que o clube tem uma situação financeira “estável e cumpridora”, sendo, por isso, um clube mais atrativo para os futebolistas. “Os jogadores e funcionários recebem antes do dia, o que nos orgulha imenso. Os jogadores não queriam vir para o Vitória por essa imagem que o clube tinha, de não cumprir as suas obrigações. Hoje isso faz parte do passado”. Na cerimónia que, que contou com a presença do presidente da Liga, a presidente do município, Dores Meira, felicitou a

vitalidade de um clube marcado pela “forte ligação à comunidade” e que se assume como um “polo de desenvolvimento desportivo e social nas mais variadas valências”. Mais do que evocar o clube, os troféus e as glórias conquistadas ao longo de 109 anos de história, a autarca destacou a importância de homenagear aqueles “que ao longo de mais de um século edificaram a instituição que leva o nome de Setúbal mais longe”, como associados e atletas, que “fazem do Vitória o grande clube do povo”. Uma saudação alargada aos elementos dos órgãos diretivos do clube. “Importa neste momento de afirmação do espírito vitoriano continuar a valorizar a plena autonomia do clube e a reafirmar o total respeito da Câmara pelas decisões que, a cada momento, são tomadas”. Dores Meira apontou “o total

Vítor Hugo Valente frisou que os ordenados dos jogadores estão em dia

empenho do município em continuar a ser parte ativa na procura de soluções de garantam a afirmação do Vitória como um

dos grandes de Portugal”. A autarca afirmou que o município “está sempre ao lado do clube, apoiando onde pode, aju-

“48 Horas Alentejo” bate recorde de participantes O 48 Horas Alentejo, que decorreu entre os dias 1 e 3 de novembro, atingiu um número recorde de participantes com mais de 100 automóveis em competição, sendo o maior alguma vez realizado no Alentejo. Na sua 24.ª edição, este rali de regularidade histórico, organizado pelo Portugal Classic em conjunto com o Clube Português de Automóveis Antigos, contou com um percurso que percorreu os concelhos de Beja, Serpa, Moura, Vidigueira, Ferreira do Alentejo e Grândola. O 48 Horas Alentejo, teve como vencedores na categoria D, António Viegas e Bernardete Viegas com um Citroen 11 BL, na categoria E foram vencedores João Castro Pires e Teresa Romaozinho Diogo com um Volvo 122 S, a categoria F os vencedores foram Eduardo Avila e António Caldeira com o Porsche 911 T, a categoria G foi vencida pelo Hugo Norton e Ivo Tavares com um Porsche 911 SC e por último a categoria H teve como vencedores Pedro Carregosa e Ekta Sureschandre com um Ford Escort RS Turbo. O 48 Horas Alentejo é consi-

10 ⁄

A entrega de prémios do “48 Horas Alentejo” decorreu numa unidade hoteleira de Troia

derado um dos melhores eventos de automóveis clássicos realizados em Portugal pelas suas características únicas que juntam dois percursos, um turístico e outro desportivo de elevada qualidade. O edil grandolense Figueira Mendes adiantou ao Semmais que a passagem do evento no concelho contribui para o desen-

⁄ 23nov2019

volvimento turístico/económico. “Isto movimenta os restaurantes e a economia da nossa terra e dá alegrias às pessoas porque há aqui carros que são uma verdadeira maravilha”. Na entrega de prémios, que decorreu numa unidade hoteleira em Troia, Luís Brito, presidente da comissão organizadora, realçou que o ba-

lanço é “extremamente” positivo. «Foram 3 dias fantásticos, com 117 automóveis e 260 participantes. Tivemos participantes de Inglaterra, Espanha, Bélgica, Suíça. Deixamos-lhes uma imagem muito positiva do nosso bonito Alentejo, em várias áreas, e isso será um incentivo para voltarem a esta bela região”. AL

dando no que é preciso, seja a realizar obras nas instalações, seja a apoiar financeiramente as modalidades amadoras, seja a dar o necessário conforto onde ele é exigível”. Artur Jorge foi eleito Jogador do Ano, enquanto Rodrigo Mathiola recebeu o prémio de Jovem Jogador do Ano. Giorgi Makaridze recebeu a distinção Luvas de Ouro, Zequinha o Prémio Carreira e Nuno Pinto, o Prémio Superação. Meyong recebeu o Prémio Reconhecimento e Diego Silva o Prémio de Reconhecimento e Mérito, enquanto Mário Lúcio e Joaquim Cardoso receberam o Prémio Dedicação. Foram ainda distinguidos Fernando Ferreira e Rui Lemos, agraciados com o Prémio Sócios do Ano, os sócios com 25, 50 e 75 anos de filiação, e o antigo dirigente Carlos Pita, com o Prémio Saudade.

Ferroviários do Barreiro em primeiro lugar Na mesma semana em que foi brindado com 47 medalhas, na Gala do Desporto da câmara municipal, o Grupo Desportivo dos Ferroviários do Barreiro (GDFB) viu, reconhecido o empenho e audácia dos seus atletas no Campeonato Nacional de Jovens em Semirrápidas. Os xadrezistas conquistaram o primeiro lugar da classificação coletiva, e um primeiro, três segundos e um terceiro lugar da classificação individual. Naquela que foi a primeira prova oficial da época, em que se disputavam 7 títulos individuais absolutos nas categorias de Sub08 a Sub20 o GDFB fez-se representar por 11 jovens dos escalões Sub08, Sub10, sub12, Sub14 e Sub16 numa competição que reuniu 270 xadrezistas no Pombal. O vencedor de Sub-08, único xadrezista a obter a totalidade dos pontos, foi Maksym Faryma com 7,0 pontos. Mas o título de campeão nacional não lhe foi atribuído por não possuir nacionalidade portuguesa.


NEGÓCIOS

EAD abre filial na Roménia

ETAR da Comporta custa 3 milhões

A Empresa de Arquivo de Documentação (EAD), líder de mercado em soluções de gestão documental, abriu as portas da internacionalização com uma filial na Roménia. Denominada EAD RO, a nova em-

Foi assinada esta semana a consignação da empreitada para a construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais da Comporta. O projeto, a cargo da a Águas Públicas do Alentejo, está orçado em 3 mi-

presa irá prestar serviços de Business Process Outsourcing na otimização de processos documentais das organizações locais, com soluções para diversas áreas empresariais.

lhões de euros e tem um prazo de execução de 275 dias. A ETAR, que dispõe de tecnologia de ponta, servirá 2.500 habitantes e tem capacidade de expansão para 10.000.

UNIDADE DE PALMELA NO PRIMEIRO LUGAR DA RACE4TRANSFORMATION

2019 é ano de recordes para a Autoeuropa A unidade portuguesa já bateu o máximo de carros fabricados e é já a quinta, em todo o mundo, com melhores índices produtivos. TEXTO JOSÉ BENTO AMARO IMAGEM DR A Volkswagen Autoeuropa prepara-se para fechar o ano com diversos recordes atingidos. Na semana que agora terminou, a empresa de Palmela conseguiu alcançar o primeiro lugar no ranking das empresas que fabricam os carros da marca, mas logrou também bater o total da produção obtida em 2018 e colocar-se no quinto lugar, a nível mundial, entre as unidades de produção do grupo. O diretor-geral da empresa, Miguel Sanches, não tem dúvidas: “este é o resultado de tudo o que foi planeado e executado naquele que foi o período mais desafiante da fábrica, depois do arranque há 25 anos. Tudo isto

prestigia a nossa equipa, os nossos fornecedores, a região, e o país no universo Wolkswagen. No final da semana, a unidade de Palmela chegou aos 226.972 veículos produzidos, marca que ultrapassa em muito os 223.200 carros fabricados durante todo o ano anterior. Feita a média, conclui-se que a Autoeuropa (fábrica portuguesa) está a produzir diariamente 890 viaturas (modelos T-Roc, Sharan e Seat Alhambra). As estimativas apontam para que, até final de dezembro, a fábrica atinja mais de 254.000. Os dados da empresa, expressos em comunicado, dizem também que os valores obti-

A Autoeuropa emprega atualmente 5.600 pessoas que contribuem para os índices produtivos de relevo da empresa

dos só são suplantados, a nível mundial, pelas fábricas chinesas. Assim, a Autoeuropa de Palmela estará, num universo de 16 unidades de produção, no quinto lugar. Fábrica da região no topo do ranking das unidades da marca Mas não é tudo. A Autoeuropa obteve, de acordo com os seus responsáveis, outro prémio: o primeiro lugar da Race-

4Transformation, que é uma espécie de competição interna entre todas as unidades da marca espalhadas pelo mundo, e que avalia o cumprimento do programa diário de produção, a produtividade, os custos de fabricação e o grau de satisfação dos clientes face à qualidade apresentada. O Semmais quis obter outros dados relativamente à unidade de Palmela, nomeadamente os objetivos já traçados para 2020

e eventuais novos projetos. No entanto, apesar dos pedidos endereçados, nenhuma resposta foi dada em tempo útil. O que é garantido, para já, é que a empresa, que dá trabalho a 5.600 pessoas, está a acelerar o processo de construção de um ramal ferroviário com ligação ao Porto de Setúbal, para que o escoamento e embarque dos seus veículos se processe com maior rapidez, segurança e menos poluição.

Novo hotel da Barrosinha veio criar 25 postos de trabalho A aguardar pelo Turismo de Portugal para receber o galardão de 4 estrelas, o novo Hotel da Barrosinha já abriu portas para receber os turistas condignamente. Projeto vem valorizar o parque hoteleiro do concelho. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR Depois de investimento de cerca de 5 milhões de euros em requalificações e várias intervenções em antigos espaços industriais e agrícolas, o Hotel da Barrosinha foi inaugurado, no dia 14, criando 25 empregos. De entre as infraestruturas do complexo da Barrosinha que foram reabilitadas destacam-se as 6 casas de antigos trabalhadores da Herdade, cuja recuperação custou mais de 300 mil euros, e uma taberna antiga que foi completamente recuperada, após um investimento de 100 mil euros, cofinanciado pelo “Portugal 2020”. Para o administrador Carlos Trindade, o novo hotel, onde são visíveis marcas do passado da Herdade, como máquinas e apetrechos agrícolas, aposta no “conforto e na descontração” e em produtos produzidos na Herdade para a confeção dos pratos do restaurante. Além da ampliação do hotel, que passou de 17 para 37 quar-

Novo hotel de Alcácer vai permitir criar 25 postos de trabalho. Foram investidos 5 milhões de euros na requalificação

tos, a que se somam as 6 Casas/ Villas, realce para a construção da piscina, sala de convívio, sala de congressos e ginásio, e renovação do restaurante. «Foi tudo foi modernizado, com estilo muito contemporâneo, não esquecendo

toques que nos remetem para o passado da Herdade, como imagens e objetos”, realça, admitindo que “Alcácer não tinha espaços para congressos e já estamos a sentir a procura para a realização de eventos”. Na Herdade as pes-

soas podem desfrutar de passeios a cavalo, percursos pela natureza e observação da natureza, com o “apoio de parceiros locais”, para que as pessoas se possam divertir e voltar”. Para o presidente do municí-

pio, Vítor Proença, que marcou presença na inauguração, trata-se de um dia “muito feliz, mas também, e sobretudo, para o município de Alcácer”. Vítor Proença recordou que teve “a oportunidade de visitar as obras do espaço juntamente com os vereadores”, e lembrou o “estado degradado no qual a Herdade da Barrosinha se encontrava”, descrevendo a recuperação do edifício como um “renascer das cinzas”, num ativo “que vale, hoje, dezenas de milhões de euros”. Acrescentou que ficou “sinceramente surpreendido pela positiva devido ao cronograma de prazos que tinha que haver, e que houve, para que a obra se realizasse”. O edil prosseguiu, elogiando a “audácia e a coragem” de todos os envolvidos, valorizando o papel de todos na execução deste “grande projeto no nosso concelho” e concluiu, afirmando que “a partir de agora, Alcácer passa a ter uma outra resposta de qualidade na oferta turística”.

23nov2019 ⁄

⁄ 11


CULTURA

Rita Redshoes dá concerto em Almada

ArteViva estreia “Vanessa vai à luta”

Rita Redshoes vai estar em Almada, dia 30, às 21 horas, para um concerto, na sala principal do Teatro Joaquim Benite. Os preços dos ingressos oscilam entre os 8,5 e os 17 euros. A banda é cons-

“Vanessa vai à luta” é a peça destinada ao público infanto/juvenil que estreia este sábado, dia 23, às 16 horas, no Teatro Municipal do Barreiro. Vanessa está quase a fazer anos e vai ter de lutar para

tituída por seis músicos. A cantora iniciou o seu percurso como baterista num grupo de teatro de escola, passou por inúmeros projetos musicais como autora e intérprete.

ganhar uma metralhadora como presente. O espetáculo do ArteViva, do Barreiro, dura 1 hora e pode ser visto aos sábados às 16 horas e aos domingos às 11 horas.

BANDO E FONTENOVA COM NOVAS PRODUÇÕES EM PALCO

Intolerância e esperança inspiram Companhias Depois de terem feito carreira em Setúbal e Palmela, as novas apostas culturais seguem para digressão noutros palcos do país. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR Após a estreia em Vale de Barris, Palmela, a 24 de outubro, a peça “Filho?”, uma co-produção do Bando (Palmela) e do Teatrão (Coimbra), segue para a sede do Teatrão, onde fará carreira de 28 de novembro a 28 de dezembro. Em janeiro a peça deverá voltar a Palmela e, depois, segue para Tondela. “Filho?”, a partir de ”Para onde vão os guarda-chuvas”, de Afonso Cruz, com encenação de João Neca, destina-se a toda a família. O lugar desta ficção é uma casa desenhada à mão por Fazal, Aminah e Badini, uma família de sobreviventes numa cidade ocupada pelas dívidas que se ouvem ao longe. Entre eles está um filho, real e imaginado, “espanto e rebeldia, pulsão e astúcia”.

Em declarações ao Semmais, João Neca referiu que a preparação da peça arrancou a 25 de fevereiro e que teve a sorte de contar com uma equipa “extraordinária”, ou seja, com “excelentes” atores de dois “grupos maduros”. Satisfeito com a estreia a solo numa encenação do Bando, João Neca sublinha que “é uma grande responsabilidade dirigir uma equipa tão alargada e pô-la em confronto sadio de ideias. Foi maravilhoso ter dúvidas. As respostas tiveram sempre melhores saídas do que as certezas e as convicções. Ao longo da vida há sempre ‘porquês’, é preciso questionar porque as certezas fazem-nos parar. Foi um processo marcante, muito partilhado”.

PUBLICIDADE

A peça R.U.R pelo Fontenova, foi muito aplaudida no Fórum Luísa Todi

“Novos desafios à humanidade” Já o Teatro Estúdio Fontenova, após ter estreado no Forum Luísa Todi, em Setúbal, a 31 de outubro, e de lá ter feito 4 espetáculos, “R.U.R.” (Robots Universais Rossum), de Karel Capek, sobe ao

auditório António Silva, no Cacém, este sábado, às 21 horas. Trata-se da 68.ª produção do TEF, que conta com encenação de José Maria Dias e interpretação de André Moniz, Cirila Bossuet, Eduardo Dias, Fábio Nóbrega Vaz, Graziela Dias, Hugo Morei-

ra, João Jacinto e Patrícia Pereira Paixão. O coro com 22 elementos tem como maestrina Markéta Chumová. A atriz Patrícia Pereira Paixão revelou ao Semmais que a peça teve “bom feedback’ e críticas “muito positivas” do público. “As pessoas disseram-nos que a mensagem é muito atual e que gostaram desta produção com muitos atores em palco”, nomeadamente de Setúbal, Montijo e Lisboa. Além disso, foi editado o livro sobre o espetáculo, com tradução de Patrícia Pereira Paixão. A celebrar 100 anos da sua publicação, nunca um texto se mostrou “tão atual”. R.U.R. é “um aviso, uma visão, mas também uma esperança”, realça o encenador, acrescentando que “com o mundo prestes a entrar na 4.ª revolução industrial a uma velocidade exponencial, a substituição do trabalho em larga escala por robots irá trazer novos desafios a toda a humanidade”. Apesar de ser um dos textos “mais importantes” na cultura do séc. XX, tem sido “injustamente esquecido” e foi representado pelo TEF de “forma profissional, pela primeira vez em Portugal”.

SEIXAL NOITES DE FADO

agenda cultural

A 2.ª sessão das 15.ªs Noites de Fado conta com as participações Ângela Maria, António Marques, Catarina Gonçalves, Fernando Viegas, Maria de Lurdes, Quim Marujo e Sofia Lousã. CINEMA S. VICENTE, 23NOV19, 21H30

ALCOCHETE “DOIS DEDOS DE CONVERSA”

MOITA “A BIRRA DO MORTO”

A atriz Diana Marquês Guerra, que iniciou a carreira aos 10 anos em “Filha do Mar” (2001), e participou em diversas outras telenovelas, é a convidada.

No âmbito do projeto municipal “Os Nossos Autores”, sobe ao palco a peça “A Birra do Morto”, pelo grupo de teatro “Os Zecas”, com encenação de Luciano Barata. Entrada gratuita.

BIBLIOTECA MUNICIPAL, 23NOV19, 16H00

FÓRUM JOSÉ MANUEL FIGUEIREDO, 29NOV19, 21H30

SESIMBRA HISTÓRIAS DA CANÇÃO FRANCESA Ao longo de duas horas, escute a voz melodiosa com o sotaque francês de Nádia Sousa far-se-á acompanhar pelo maestro Vitorino de Almeida, ao piano. TEATRO JOÃO MOTA, 23NOV19, 21H30

12 ⁄

⁄ 23nov2019


CULTURA

A CELEBRAR 58 ANOS DE FUNDAÇÃO

Coral Luísa Todi estreia “Sing Out Concert”

cinema

O CLT tem em calha vários projetos culturais. Um deles acontece já nos dias 10 e 11 de dezembro, e os outros arrancam em 2020. O projeto continua a sonhar e a oferecer à cidade belos espetáculos. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR Atualmente com 60 coralistas, o Coral Luísa Todi (CLT) irá apresentar nos dias 10 e 11 de dezembro, no Forum Luísa Todi, às 21h30, a sua nova produção intitulada “Sing out Concert”. Este espetáculo aposta “em concertos que irão contar com acompanhamento instrumental e a presença de vários convidados, diversos temas de música pop, todos com arranjos para coro misto do reputado compositor inglês Mark De Lisser, que estará presente em Setúbal para dirigir as segundas partes destes concertos, sendo que as primeiras partes serão dirigidas pelo maestro Fernando Malão”, sublinhou o presidente do CLT, Luís Fernandes. A celebrar 58 anos de fundação, o CLT, segundo o presidente Luís Fernandes, gostaria de ter recebido como prendas “a presença e o apoio do público em cada concerto” e, isso, felizmente, “está a acontecer”. O CLT tem como principais carências “problemas de tesouraria” e recebe apoios financeiros anuais da Secil, município setubalense e da União de Freguesias de Setúbal.

Doutor Sono Realização: Mike Flanagan Atores: Rebecca Ferguson, Ewan McGregor, Jacob Tremblay Género: Terror

O coral setubalense é constituído atualmente por 60 coralistas

O restaurante localizado no edifício-sede do CLT, no Bairro da Reboreda, “encerrou temporariamente” mas “vai reabrir no dia 1 de dezembro”, informou Luís Fernandes. Em relação ao futuro, Luís Fernandes realça que existem “muitos” projetos na calha. Destaca vários concertos “já programa-

dos”, numa agenda que se estende até ao ano de 2021 e inclui “saídas para Espanha e Itália, e a estreia mundial, em Setúbal, em dezembro de 2020, de uma obra de um reputado compositor austríaco”. E finaliza: “Continuamos sempre a sonhar com vista a desenvolver novos projetos e fazer cada vez mais e melhor”.

RAIO-X_ GRAÇA PEREIRA

É a continuação da história de Danny Torrance, 40 anos depois da sua aterradora estadia no Hotel Overlook em “Shining”. Ainda traumatizado pelos acontecimentos no Overlook quando era criança, Dan tem lutado para encontrar uma vida pacífica, o que é quebrado quando encontra Abra, uma adolescente corajosa com um poder sobrenatural apelidado de “shine”. Quando reconhece instintivamente que Dan tem o mesmo poder, Abra procura-o, desesperada por ajuda contra a impiedosa Rose the Hat e seus seguidores, The True Knot, que se alimentam dos poderes de inocentes em busca de imortalidade. Para ver no cinema City do Alegro de Setúbal.

CTA inspira-se na obra de Händel Händel serve de inspiração, para mais um espetáculo de Teresa Gafeira para a infância. “Händel… lá com essa música!”, com texto de Rita Taborda Duarte, é o nome da produção da Companhia de Teatro de Almada, que estreia dia 30. Vai estar em cena, no Joaquim Benite até 15 de dezembro, aos sábados, às 16 horas, e aos domingos, às 11 e às 16 horas. Esta criação celebra a música de Händel, um dos expoentes do barroco musical, cujo génio como compositor se aliava a um domínio do sentido dramático das suas peças musicais, com brilho, robustez, expressionismo, um vigor a toda a prova. Esta criação homenageia duas das mais conhecidas obras de Händel, “Música Aquática” e “Música para os Reais Fogos-de-Artifício”. São intérpretes Anabela Ribeiro, Carolina Dominguez, João Farraia e João Maionde. A nova criação de Teresa Gafeira inscreve-se no seu trabalho de promoção do contacto das crianças com o universo da música clássica, através de “uma abordagem lúdica, procurando adaptar a erudição às capacidades de compreensão e tempos de atenção dos mais novinhos”.

Passatempo Temos convites duplos para oferecer aos nossos leitores para as peças “Rua Gagarin” e “Vanessa vai à Luta”, do ArteViva, que começa agora a celebrar os seus 40 anos de atividade. Basta ligar 935388102.

PUBLICIDADE

“Quero continuar no bom caminho” A presidente da Perpétua Azeitonense sonha ser competente e feliz e quer conhecer a Holanda. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR Qual o seu maior sonho profissional? Ser competente.

O que não suporta no sexo oposto? A mentira.

E pessoal? Ser feliz.

Comida e bebida preferida? Cozido à portuguesa e cerveja.

Cidade preferida? Setúbal.

Qual o seu maior vício? Café.

Qual o local que gostaria de conhecer? Holanda.

Último livro que leu? “Gestão da sala de aula”.

Um desejo para 2020? Continuar no bom caminho. Quem convidaria para jantar a dois? Barack Obama.

Último filme que viu no cinema? “Mamma mia”. Melhor peça de teatro? A que estou a trabalhar no momento “Peripécias cá no pátio”.

O homem mais sexy do Mundo? O meu.

Melhor música de sempre? “Unchained Melody”, dos The Righteous Brothers.

Complete: A minha vida é… Maravilhosa.

Qual a sua maior virtude? A sinceridade.

E defeito? A sinceridade. Como se chama o seu animal de estimação? Kika, uma gata. O que levaria para uma ilha deserta? Bronzeador. Dia ou noite? Dia. O que mais teme na vida? Não ser feliz A quem ofereceria um presente envenenado? A ninguém. O maior desgosto da sua vida? Perder os meus pais.

23nov2019 ⁄

⁄ 13


OPINIÃO

É inaceitável o encerramento da urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta SIGA O NOSSO CONCELHO JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA CM SEIXAL A 13 DE ABRIL deste ano, publiquei um artigo neste espaço onde dava conta da rutura eminente da urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta (HGO). Nesse, não só alertava para a situação, como para as medidas necessárias que deveriam ser tomadas, tendo anunciado um pedido de reunião urgente que tinha endereçado à Ministra da Saúde. A reunião só se veio a concretizar 2 meses mais tarde, mas com a Secretária de Estado Raquel Duarte. Esta assegurou que estavam a ser tomadas todas as medidas necessárias para evitar o encerramento da urgência pediátrica do HGO, que se concretizou 4 meses depois, primeiro aos fins-de-semana, e agora todos os dias úteis à noite. Este lamentável processo é bem

revelador do desinvestimento deste governo no Serviço Nacional de Saúde, nos 40 anos da sua criação. Foi a própria Ministra da Saúde que assumiu este encerramento, pelo menos por 6 meses, obrigando milhares de crianças e suas famílias a deslocarem-se para os hospitais de Lisboa, ainda por cima num período crítico com a chegada do Inverno, e de todos os problemas de saúde que afetam especialmente as crianças nesta estação do ano. Esta situação representa um retrocesso de mais de 30 anos, em que as crianças do concelho do Seixal têm que ir novamente para Lisboa para receberem os cuidados médicos necessários. Após a vigília convocada pelas Comissões de Utente de Saúde, e de visita ao Centro de Saúde de Amora,

a Sra. Ministra foi confrontada com a nossa indignação coletiva pela decisão tomada, onde veio responsabilizar os médicos pelo desinteresse demonstrado em trabalhar naquele hospital. Pensamos que não vale a pena tentar encontrar desculpas nos “outros”, nos médicos, nas ordens, ou nos hospitais. Aqui não há dúvidas. O Governo está paralisado, sem reação e sem soluções concretas e imediatas como era sua obrigação. Também a anunciada “medida mitigadora” de alargamento dos horários dos centros de saúde do Seixal e de Almada, apesar de positiva por alargar por mais 2 horas a prestação de cuidados de saúde, não vai resolver a falta da urgência pediátrica. As unidades de cuidados primários de saúde e os seus profissionais não

estão preparados para responder aos casos mais graves e complexos e não possuem os meios de diagnóstico necessários. Pensamos que é preciso formar e fixar médicos, investir na sua especialização, nas condições de trabalho. São também precisos novos recursos e equipamentos, e entre estes a construção do hospital do Seixal, enquanto equipamento complementar e de suporte ao HGO, que irá libertar este último da enorme pressão populacional, será um forte contributo para a prestação de um melhor serviço público de saúde do ponto de vista de toda a Região. A resolução do problema do funcionamento das urgências pediátricas do Hospital Garcia de Orta resolve-se assim que o Governo en-

carar o SNS, uma das maiores conquistas de Abril, como um direito de todos que deve ser assegurado pelo Estado e entendido enquanto investimento prioritário e fundamental e nunca como uma despesa. A Câmara Municipal do Seixal continuará ao lado da população a lutar por mais e melhores cuidados de saúde, disponível para colaborar com o Ministério da Saúde numa política de investimento e dignificação do Serviço Nacional de Saúde como estamos a fazer no processo de construção do novo Centro de Saúde de Corroios, mas nunca aceitaremos medidas como o encerramento da urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, nem deixaremos de lutar pela construção do Hospital no Concelho do Seixal.

A propósito de um «Percurso Conjunto» POLÍTICA E CULTURA VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP COMECEMOS por retomar os episódios de duas recusas (ou os episódios de uma mesma recusa) de Fernando Lopes Graça, marcantes da personalidade e do carácter do comunista que ele foi. De facto, tendo ganho em 1937 uma bolsa para estudar em Paris mas que lhe foi recusada pelas mesmas razões que o impediram de ser professor no Conservatório de Lisboa, parte às suas expensas para a capital francesa, onde estudará Composição e Orquestração com Koechlin. «Avi-

zinha-se a 2ª Guerra Mundial. Em 1939 Lopes Graça alista-se no corpo de voluntários dos “Amis de la Republique Française”. Colabora com muitos patriotas espanhóis exilados no rescaldo da guerra civil espanhola. Recusa a naturalização francesa» (condição que lhe impunham para viabilizarem este seu empenhamento político internacionalista). «Em Outubro, antes da bota nazi pisar a França, é obrigado a regressar e a fixar-se em Lisboa», e quando convidado a «assumir a direcção

da secção de música da Emissora Nacional, recusa por não querer satisfazer as formalidades de ordem política», ou seja, enquanto funcionário público, por não admitir a negação de simpatizante dos ideais e da militância no PCP (consultar vidas lusófonas.pt / lopes graça htm, assim como escritos de Leonor Lains e Teresa Cascudo). Decorre hoje, dia 23, pelas 17h30, no Museu do Trabalho que em Setúbal porta o primeiro nome (a do «francês corso que mais amou Portugal») que vem

de seguida, mais uma sessão das Comemorações do 113º aniversário do nascimento do segundo, a Conferência «Michel Giacometti e Fernando Lopes Graça: Um Percurso Conjunto», iniciativa da Câmara Municipal sadina e da Associação Lopes Graça. Percurso em Portugal, o do Cancioneiro e das Vozes ao Alto e de tudo o que até eles levou, do seio dos trabalhadores, do «Povo que canta» e por isso «não morrerá», da resistência antifascista. Da França mediterrânica, da

França para Portugal, ambos. E para um encontro de militantes comunistas, eles, sendo Michel sepultado a seu pedido sob a bandeira do PCP em Peroguarda, terra logo à entrada, em mural, dos acordes de Virgínia Dias: «Quanta vezes te vi comovido Com a fome que então fazia Jamais o pão faltaria Fosses tu campo de trigo Michel, mil vezes obrigado Quiseste a tua morada Neste recanto ignorado Aldeia de Peroguarda». O ciclo começou a 19 de Outubro, encerra a 14 de Dezembro.

Um advogado pode valer o seu peso em ouro UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA ADVOGADO PRONTO, agora que chamei a sua atenção, posso dizer-lhe que pode valer, ou não. Por isso escolha um bom. Mas não deixe de discutir a justiça só porque eventualmente ouviu falar de um mau. A maioria são bons e honestos, portanto acabe lá com esse mito que são todos uns vigaristas. Se o são, porque é que quando tem um verdadeiro problema acaba por procurar um? Por isso mesmo. Porque nós somos necessários, tal como os médicos, os serralheiros, os eletricistas ou qualquer outro profissional de outra área. Aliás, nestes tempos a justiça está, e continuará na ordem do dia. Processos mediáticos, como a Fase de Instrução do processo “Operação Marquês” em que é julgado José Sócrates, o processo da Rosa Grilo e do amante e agora o processo de Alcochete, trouxeram a justiça para a ordem do dia. Como antes o processo dos E-mails do Benfica. Ou antes

14 ⁄

o “Casa Pia”. Ou outros. Temos também os infelizes casos de um médico que opera no Distrito e que atingiu a expressão pública com o infeliz caso do Rodrigo, que nasceu com malformações chocantes e que nos fazem sentir “pequenos” ao imaginar a dor daqueles pais e a quem presto toda a minha solidariedade. Sabemos que foi a pressão da comunicação social que espoletou toda esta história e obrigou a Ordem dos Médicos a sair da sua letargia sobre este assunto. Em simultâneo, a prisão preventiva da mãe que colocou o filho no lixo (Ecoponto) e o seu pedido de Habeas Corpus, entretanto indeferido, ajudou a colocar o povo a discutir assuntos jurídicos, como se estivessem a discutir a intensidade da carga dentro da grande área e se era penalty ou não. Não pensem que é negativo, bem pelo contrário, mas já lá vamos. Entretanto a Ordem dos Advogados, nos seus diversos órgãos vai também a eleições

⁄ 23nov2019

– desde o seu Bastonário, aos Presidentes das Delegações. Todas as estruturas passarão a ter novos órgãos. Espera-se uma renovação sadia. Nem que seja apenas das equipas ou dos projetos. Da minha parte, desta vez serei candidato à Presidência da minha Delegação – O Seixal - e tentei rodear-me de uma excelente equipa, dotada de novas ideias, jovem, dinâmica, mas mesclada com pessoas experientes e que queremos trazer à colação a discussão do papel do advogado na sociedade. Reparem, se pensam que este assunto não vos diz respeito, então é porque estão desfocados da realidade, pois todos os caros leitores, pelo menos uma vez na vossa vida serão confrontados com a necessidade de terem um advogado. E quando prescindem dele, ou porque pensam que os advogados são dispensáveis, ou por questões económicas, a verdade é que o resultado costuma ser desastroso, porque as leis são “caminhos

tortuosos” e todos precisam de um guia, para os atravessar. Sou advogado há 24 anos, fui Diretor de um Centro de Emprego e fui vereador durante oito e o resultado dessas experiências, foi permitir-me ter o privilégio de conhecer todas as realidades de uma empresa e falar com alguma autoridade (fruto do conhecimento direto) – desde as suas necessidades em termos de trabalhadores, a oferta pública de emprego, as expetativas dos desempregados, os contratos de trabalho na perspetiva do trabalhador e do empregador, os entraves que as autarquias e organismos públicos criam aos empresários, as perspetivas de uma Câmara Municipal e de tudo isso retirei uma conclusão que infelizmente é quase universal – no que à sua organização jurídica diz respeito as empresas estão muito mal preparadas para as dificuldades e não têm uma estrutura de pre-

venção. Correm atrás do prejuízo. A maioria dos empresários não tem a mínima formação jurídica, nem ao nível dos conceitos e cada vez que lhe aparece uma entidade fiscalizadora, aí sim, eles recorrem a um advogado, mas enquanto essa entidade não aparece, limitam-se a procurar na net, num amigo ou recorrer ao seu contabilista, que em bom rigor sofre uma pressão tão grande dos seus clientes que acaba muitas vezes por fazer procuradoria ilícita (que é crime), pois vê-se quase sempre na contingência de fazer contratos e dar pareceres, cujos conhecimentos técnicos lhe escapam. Fui político, sou advogado, mas sobretudo sou um cidadão interventivo na sociedade e a sociedade que eu quero é uma sociedade justa, igualitária, mas, muito importante, esclarecida e os advogados têm um papel importante nessa evolução que se deseja.


OPINIÃO

A revolução faz-se no quotidiano À PARTE LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS

FIO DE PRUMO

JORGE SANTOS JORNALISTA

Aniversários COM REGULARIDADE assinalamos aniversários e tudo terá começado – dizemo-lo sem ser especialista nestas matérias da origem das coisas – desde pequenitos quando nos fizeram a primeira festarola logo que se registou um ano após termos visto a luz do dia. Os convívios foram-se sucedendo, quer na família, quer nos convívios na escola, onde às vezes os pais levavam um bolinho para adoçar a boca aos da classe, e mais tarde, já fora do domínio familiar sempre se formavam grupos para uma noitada de paródia que às vezes terminava de modo que os progenitores ficavam menos satisfeitos e até davam a ideia de que não se tinham apercebido de nada. As datas em que se perderam entes queridos e ou amigos também ficam na nossa memória, mas estas, mesmo quando nos assaltam, procuramos não as sustentar para não transmitir sentimentos que possam retirar a alegria aos que ajudam a formar o nosso grupo. Recordamos também com satisfação datas que nos marcaram para toda a vida e que vão desde os momentos que nos levaram àquele país que sempre ambicionámos conhecer como o de termos acabado aquele curso que nos proporciona um dia-a-dia mais desafogado e até, para os mais velhos, o momento de regresso a casa depois de dois anos na Guerra Colonial. Outros vão ao ponto de assinalar o aniversário do seu “clube do coração”, mas às vezes esquecem a data do casamento, lapso que nem sempre é bem aceite pelo outro cônjuge. E porque é sempre importante o dia em que vimos a Luz, devemos procurar, com sabedoria, viver com força e proporcionar aos que nos rodeiam, uma vida com a beleza necessária à felicidade dos nossos. Mesmo com atraso enviamos um Abraço de Parabéns aos aniversariantes…

EM 2016 tivemos, o André Reis e eu, a oportunidade de organizar um ciclo de conversas a propósito dos cinco anos do Conservatório Regional de Artes do Montijo. Uma vez que o objectivo era falar-se de música, da sua ligação ao ensino e à sociedade, tornou-se desde logo óbvio que gostaríamos de cá trazer o José Mário Branco, mesmo que à partida parecesse improvável conseguirmos que tal acontecesse. Fizemos o contacto e, para nossa surpresa, a resposta foi quase imediata (num país em que as respostas a e-mails não são, de todo, garantidas): sim, estava disponível, viria. Ficou agendada a conversa, que contaria também com o compositor Nuno Côrte-Real e o director pedagógico do CRAM, Ilídio Massacote. No próprio dia, enquanto fazíamos os últimos preparativos, a funcioná-

ria da Câmara Municipal que estava à porta do local diz-me que tinha passado ali um senhor a perguntar pelo André Reis (que tinha ido buscar qualquer coisa, algures). Um senhor? Como era? Há quanto tempo? Corri para tentar ver para onde tinha ido. Como é que é possível não saber quem era, pensei cá para mim. Encontrei-o na Praça da República, sentado numa esplanada. Tinha pedido um arroz doce. Achei muito bem, não é uma coisa que se peça assim neste tipo de contexto. Falámos pouco tempo, quem me dera termos falado mais. O André chegou, começou a falar-se sobre os objectivos daquelas conversas, não houve mais tempo. Foi assim o meu breve encontro com esse enorme artista. Para a conversa tinha decidido trazer um tema que lhe era caro: o que defendia ser

o tripé da arte – ética, técnica, estética. Começou, porém, por falar da sua infância, do início da relação com a música, tornando aquele dia inesquecível. Retenho, não só da sua obra mas também desse dia, uma atitude que se torna cada vez mais rara, a de tentar conciliar discurso com acção. A ética que defendia era revolucionária, a arte enquanto contributo para a transformação do mundo, das mentalidades, não necessariamente por conter qualquer tipo de doutrina mas por ser, ela própria, um exemplo de uma atitude diferente da que mantém tudo na mesma. Quem já ouviu várias vezes aquela extraordinária actuação que é o FMI sabe que, para além de toda a dureza e inteligência, talvez o mais valioso de tudo seja a coragem de assumir um ponto de vista de forma tão clara. Ou seja, o assumir da

coragem de se existir enquanto portador de um olhar sobre o mundo, por oposição a deixar que seja o mundo a determinar o nosso olhar. No fundo, o que falta é, tantas vezes, a coragem para dizer aquilo que tem de ser dito em relação à prepotência, à arrogância, à falta de humildade de todos aqueles que ainda considerem que o poder não é para ser discutido – e são, infelizmente, muito mais do que seria desejável. Ainda vivemos num país em que exemplos como o de José Mário Branco são raros. A sua partida, porém, revela que a sua atitude continua a simbolizar um ideal a que muitos aspiram. A revolução faz-se no quotidiano, nos pequenos gestos e, nesse sentido, é um movimento que, se nele acreditarmos, temos o dever de continuar.

Será necessário um Terminal de Cruzeiros no Porto de Setúbal? A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA E GESTOR NOS ANOS de 2013 e de 2018, publiquei neste jornal opinião sobre esta matéria, tão em voga, novamente, nas conversas dos setubalenses. Para além da opinião despendida, que mantenho, por obrigações profissionais que me facilitam o acompanhamento de notícias associadas aos Terminais de Cruzeiros, acrescentarei mais algumas razões no sentido de achar desnecessária essa ambição tão propalada para o Porto de Setúbal. No seio da ESPO, sigla inglesa que se traduz como Organização Europeia de Portos Marítimos, atualmente, muitas são as preocupações no que respeita à salvaguarda de um desenvolvimento sustentável da atividade de cruzeiros. Desde logo, sobre os benefícios daí decorrentes e os efeitos negativos, nomeadamente para a vida e bem-estar das populações. Se é verdade que, o transporte marítimo de cruzeiristas é um fator de desenvolvimento para as regiões, facilitando a visita a monumentos e património cultural dessas cidades, não devemos esquecer o outro lado da equação que, desde logo, nos traz o aumento da dimensão dos navios e um afluxo de gente, com todas as implicações daí decorrentes para o território. As Autoridades Portuárias ficam contentes por serem uma porta de entrada para esses destinos turísticos mas que isso remete para a necessidade de tornar essa atividade sustentável e aceitável para a

população local. Condicionado pelo espaço disponibilizado para este artigo, relembro algumas ideias e opinião. Ressalta em 2013, uma certeza, uma dúvida, um conselho e uma conclusão: - “Não temos dúvidas sobre as potencialidades desta região e desta cidade, com enquadramento paisagístico ímpar e com uma oferta turística capaz de atrair gentes de outras paragens. O património histórico-cultural e a gastronomia contribuirão como atrativos para motivar o apetite e justificar uma visita. Tão pouco temos dúvidas sobre as facilidades portuárias que poderão ser oferecidas a navios e pessoas que demandem o Porto de Setúbal”; -“Num raciocínio avisado atrevo-me a perguntar se por acaso existe algum estudo de mercado que prometa, firmemente, comprometer operadores desta área de negócio. Sejam eles armadores (donos de navios de cruzeiro) ou agências de turismo que garantam fluxos consistentes de passageiros/ turistas. Raciocínio que pode estar ferido pelo desconhecimento, mas que radica nalgumas dúvidas que podem estar subjacentes a questões, que parecendo menores podem ter influência determinante. Desde logo a perceção de que, devido à proximidade dum dos maiores portos de cruzeiros da Europa e do mundo, ser precisamente, Lisboa. E

que poderá haver sobreposição no mercado disputado, uma vez que a região de Azeitão, Arrábida e Setúbal, já farão parte dos circuitos turísticos oferecidos para visitas aos passageiros dos navios que escalam Lisboa. Ou mesmo de outras variáveis a considerar no desenho da oportunidade considerada, sejam elas ao nível dum funcionamento autónomo e concorrencial ou duma possível complementaridade com o Porto de Lisboa”; - “Acho que seria aconselhável alguma prudência e fazer-se um caminho progressivo, que passe por uma 1ª fase de atração de operadores turísticos, disponibilizando condições satisfatórias de fundeadouro no Porto de Setúbal, permitindo o desembarque dos passageiros através de barcos/lanchas, coisa que se faz em muitos outros portos demandados para o efeito”; - “Não é por não haver cais de acostagem ou vulgo Terminal de Cruzeiros, que deixa de ser visitável a cidade e a região, assim a procura o justifique. E para que a mesma exista deve ser feito um trabalho prévio que passe por uma oferta estruturada, que seja participada e construída pelos múltiplos agentes individuais e coletivos da região, principalmente dos que têm responsabilidade ou fazem vida deste negócio”. Em 2018 repetimos que estaria subentendida a argumentação e mais dissemos:

- Não se justificar “um investimento específico e de grande porte que leve à criação de uma infraestrutura de duvidosa rentabilização. Por um lado, mesmo que se deixe de ter uma gestão conjunta dos Portos de Lisboa, de Setúbal e Sesimbra, deve persistir, a bem da racionalidade do investimento público (e também do privado), uma preocupação de concertar esses investimentos numa lógica de complementaridade”; - “Quanto ao investimento, nunca é demais lembrar os largos milhões investidos num terminal moderno de última geração, há pouco tempo inaugurado no Porto de Lisboa”; - “O que interessa é trazer os cruzeiristas a Setúbal e à região e não nos focarmos só na possibilidade de atracação ou vinda ao porto destes navios. São as excursões e as visitas que dinamizam a economia desses territórios. E ao que se sabe muitos desses circuitos associados a cruzeiristas que passam pelo Porto de Lisboa, já por cá se fazem na região de Azeitão, da Serra da Arrábida e de Setúbal” Pelo que se disse, achamos que é altura de não embandeirar em arco e pesar todos os benefícios possíveis, sem esquecer os prejuízos daí decorrentes. Sempre com uma questão que deve ser ponderada, sem grandes entusiasmos: - Será necessário um Terminal de Cruzeiros no Porto de Setúbal?

23nov2019 ⁄

⁄ 15



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.