Semmais 23 Março 2019

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semmais 2019

Um grafismo em mudança, a referência de sempre.

Região

Diretor Raul Tavares

Semanário Região de Setúbal

Edição n.º 1028 9.ª série

Distribuído com o

Sábado 23 março

2019

Carlos Humberto, secretário da AML, em entrevista

sociedade

Cuidados com a saúde oral são cada vez menores no distrito Ordem dos Médicos Dentistas revela que 13% da população do distrito não tem dentição. Reconhecendo que a falta de dinheiro condiciona as idas ao dentista, o médico André Brandão de Almeida admite que há soluções para contrariar esta realidade pág. 5

Sociedade

Aposta no Alojamento Local vale prémio ao Montijo O município liderado por Nuno Canta recebeu da AHRESP um prémio pelo empenho na promoção do Alojamento Local. Com 36 unidades em todo o concelho, particularmente no centro urbano da cidade, o autarca garante que o sector tem margem para crescer. pág. 3

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«Passe único ajuda as famílias, mas não chega» pág. 2


enfoque

Carlos Humberto, da aml, e o passe único intermodal nos transportes públicos

«Medida é importante, mas são precisos mais transportes para a região» O ex-edil do Barreiro, primeiro-secretário da AML, enaltece a medida, que necessita ser complementada com a melhoria da oferta. Adianta que estão a ser criadas condições para a redução de preços dos transportes entre a península de Setúbal para o Litoral Alentejano. texto Eloísa Silva Imagem DR

já referi, a redução e simplificação tarifária é a primeira de várias medidas em que a AML está a trabalhar. A AML está a preparar também, entre outras medidas, o lançamento, ainda este ano, do concurso público para a definição e exploração do serviço público de transporte rodoviário de passageiros, que inclui designadamente o desenho da rede e reforço da oferta. No entanto, a curto prazo, os próprios operadores manifestaram o seu empenho no sucesso na adesão aos transportes públicos e na mudança da escolha das soluções de transporte, e estão, por si, a preparar melhorias e medidas de reforço da sua capacidade. Será ainda criada a empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa, que ficará a gerir os sistemas de mobilidade de toda a AML, os contratos e as respetivas concessões; a plataforma e o sistema de informação (gestão da bilhética, controlo de fluxos de informação e financeiros do sistema intermodal, desenvolvimento dos sistemas de bilhética intermodal, etc.); o Fundo de mobilidade metropolitano, o planeamento, o marketing e a comercialização, etc. As crianças até aos 12 anos viajam gratuitamente, com este novo passe. Considerando que a escolaridade mínima obrigatória é até ao 12.º ano era incomportável estender esta medida a jovens até aos 18 anos?

Governo e os 18 municípios que integram a Área Metropolitana de Lisboa assinaram esta semana o acordo para o passe único

Quanto vai custar ao OE, e aos orçamentos municipais, a criação desta resposta «O Orçamento de estado criou o Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART), que estabeleceu que para além da verba do Estado central os municípios contribuem igualmente, neste primeiro ano, com uma comparticipação de 2,5% dessa verba, crescendo nos anos seguintes para 10% e 20%. De acordo com o Despacho n.º 1234-A/2019, de 4 de fevereiro, relativo ao PART, virão do orçamento de Estado cerca de 73 milhões de euros, a que os municípios da AML terão de juntar, no mínimo, cerca de 1,8 milhões. Este investimento servirá igualmente para os necessários ajustamentos nos sistemas de bilhética.

Empresas da região no passe CP, Fertagus - incluindo os serviços rodoviários da Sulfertagus, Metro de Lisboa, MTS, SOFLUSA, Transtejo, Carris, Transportes Coletivos

do

Barreiro,

Barraqueiro

Transportes - incluindo parte das marcas Mafrense e Boa Viagem, Henrique Leonardo Mota, Lda, Isidoro Duarte, S.A., JJ-Santo António, Rodoviária de Lisboa, Scotturb, TST - incluindo serviços da SulFertagus e Vimeca Transportes.

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Na AML, os municípios assumiram já um montante de contribuição significativamente maior no sistema de transportes, tendo em vista, não só, a redução e simplificação tarifária, mas, também, o reforço significativo do serviço de transporte rodoviário (sobre o qual a AML e municípios são já hoje autoridade de transportes), a qualificação desse serviço (entre outros, através da renovação da frota) e a dotação da AML de instrumentos de gestão e melhoria da mobilidade (por exemplo através de sistemas de informação ao público sobre os serviços).

cação dos meios de transporte ao dispor… A melhoria da mobilidade e os transportes são uma prioridade da Área Metropolitana de Lisboa e dos 18 municípios integrantes, no presente mandato, assumida em março de 2018 na 1ª Cimeira das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Por isso, e como

Conhecendo a realidade de mobilidade dentro e entre concelhos, de que vale baixar o preço do bilhete sem investir na melhoria de vias de comunicação e na qualifi-

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A partir do próximo mês, custará o mesmo ir de Sesimbra para Setúbal ou de Sesimbra para Lisboa. Não corremos o risco de ver despromovida a oferta formativa no distrito? Podemos olhar para a questão colocada de forma inversa e pensar que esta medida, que facilitará as deslocações entre concelhos da área metropolitana de Lisboa, aumentará o interesse pela oferta formativa na região. Esta é a maior alteração tarifária dos últimos anos, e representa uma enorme redução no preço do transporte público na área metropolitana de Lisboa A AML tem prevista alguma forma de fiscalização e atenuação de incumprimento de horários, supressão de carreiras e greves nos transportes públicos... Os trabalhos que estão a ser desenvolvidos pela Área Metropolitana de Lisboa, contribuirão para a melhoria da prestação do serviço de transporte rodoviário de passageiros. E para quem se desloca do distrito de Setúbal para as unidades fabris e portuárias do Litoral Alentejano. Qual é a alternativa? Tanto as áreas metropolitanas como as comunidades intermunicipais (CIM) têm financiamento previsto, no âmbito do PART, destinado a apoiar a redução tarifária. Como a AML, muitas CIM estão a fazer o seu caminho nessa matéria. A AML tem estado sempre aberta ao diálogo e articulação com as CIM que fazem fronteira com o seu território, em busca de soluções que contribuam para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Necessidades para o distrito

A quem “respondem” as empresas que agora se associam a este passe (lista em caixa) Todas as empresas de transporte (públicas e privadas) estão empenhadas na concretização desta medida, têm feito um imenso esforço para que, a partir de abril, o novo sistema tarifário esteja em funcionamento. Essas empresas de transporte continuarão a responder às respetivas autoridades. No que diz respeito ao sistema tarifário dos novos passes Navegante, respondem diretamente à AML.

Para já, foi possível ir até aos 12 anos, ou seja, para NAVEGANTE 12, de âmbito metropolitano, é gratuito para todas as crianças até ao mês em que fazem 13 anos. No futuro, ponderar-se-á ir mais além. No entanto, mantêm-se os descontos em vigor dos 13 aos 18 anos, ao abrigo da medida do Estado central - desconto 4-18 - aplicável aos passes Navegante Metropolitano e Navegante Municipal. Mantém-se os atuais requisitos e condições, com des-

conto de 25% para os estudantes do ensino obrigatório e de 60% para os estudantes beneficiários do Escalão “A” da Ação Social Escolar.

Carlos Humberto, da AML

“Conhecendo bem o Distrito de Setúbal e particularmente a península considero esta medida muito importante para a região porque ela faz integrar uma parte dos concelhos da península no sistema de passes intermodal. Havia, como sabemos, várias dezenas de milha-

res de pessoas que não tinham acesso ao sistema e que eram obrigadas a pagar os chamados passes de linha ou combinados bastante caros. Só a redução do valor do passe já por si é muito significativa, é efetivamente um contributo para as disponibilidades financeiras para quem se desloca diariamente para trabalhar, estudar, etc. Olhemos por exemplo para os custos das deslocações de Setúbal, Palmela ou Sesimbra para Lisboa, e da Moita ou Barreiro para o Seixal e Almada, e veremos como para muitos de nós esta redução dá um contributo com significado para a melhoria da qualidade de vida. É necessário também referenciar como ela pode influenciar os hábitos de vida e de deslocações dentro da península

ou para a margem norte, como ela pode facilitar as deslocações dentro da península mesmo para o lazer. Claro que esta importantíssima medida necessita de ser complementada com outras, em particular com a melhoria da oferta. São necessários mais comboios, mais barcos, mais carreiras rodoviárias, mais frequência, melhor qualidade e mais conforto, e é nesse sentido que todos devemos intervir, propor, reivindicar. São necessárias novas infraestruturas, particularmente de transporte em sito próprio, como por exemplo o prolongamento do Metro Sul do Tejo para o Barreiro e posteriormente para a Moita, Montijo e Alcochete.”


sociedade

Pedro Lopes reconduzido no CHBM

Prémio Espichel homenageia Augusto Pólvora

O Conselho de Ministros reconduziu esta semana Pedro Baptista Lopes, como presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo. Ana Teresa Monteiro Leite Marques Xa-

Augusto Pólvora, a título póstumo, e António Reis Marques recebem o Prémio Espichel 2019, pela Assembleia Municipal de Sesimbra. Augusto Pólvora dedicou grande parte da sua vida à causa pú-

vier, João Pedro Mendes dos Santos, Sónia Maria Alves Bastos e António Manuel Silva Viegas vão ocupar os cargos, respetivamente, de vogais executivos do conselho de administração.

blica e ao concelho onde nasceu. Reis Marques, também sesimbrense, autor de várias obras e crónicas, doou o acervo documental sobre a sua terra e região à Biblioteca Municipal.

Enfermeiros podem voltar a parar em Abril

O prémio da AHRESP foi entregue durante e BTL

Programa QUALITY distingue Montijo pela promoção do Alojamento Local O município do Montijo foi premiado da AHRESP pelo empenho na implementação de unidades de Alojamento Local. Atualmente existem 36, a maior parte das quais no centro urbano da cidade, mas o edil Nuno Canta, garante que «há espaço para mais» texto Eloísa silva Imagem DR A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), atribuiu, no decorrer da edição deste ano da BTL, e na presença da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, um diploma ao município do Montijo pelo trabalho desenvolvido no âmbito do Programa QUALITY. Trata-se de um projeto que, como explicou Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, foi lançado para qualificar e valorizar o Alojamento Local (AL), “garantindo a sua legalização, bom funcionamento e comercialização”. No primeiro ano em que participa no projeto, o Montijo recebeu um dos quatro diplomas entregues. Nuno Canta, presidente da câmara do Montijo, encara a distinção recebida como uma consequência «natural de um trabalho de proximidade e interesse que se reflete num crescimento expressivo do alojamento local no nosso concelho, que se traduz num significativo aumento de dormidas nos últimos anos». Reforçando o «apoio à qualificação e valorização deste tipo de unidades», o autarca relembra que nos últimos anos a câmara tem promovido, em conjunto com os empresários,

Zélia Duarte foi a representante do município do Montijo na cerimónia de entrega do prémio

inúmeras ações, seminários e workshops, no intuito «de ganhar maior capacidade do ponto de vista da qualificação dos recursos humanos envolvidos e da implementação de boas praticas de gestão dos próprios alojamentos locais» E os resultados «estão à vista», congratula-se Nuno Canta. «Temos 36 unidades de Alojamento Local, sendo que mais de metade estão instaladas no centro urbano da cidade, e o núme-

ro de dormidas tem crescido exponencialmente». E para quem pensa que os investimentos no AL provêm, unicamente, do exterior, o autarca afiança que não. «Mais de 50 % destes investidores são, efetivamente, do Montijo, apesar de estarmos também a captar investimentos de gente de fora do concelho». Facto justificado, segundo Nuno Canta, «pela centralidade do concelho, face à capital do país, pela sua atratividade, pelas

ligações rodoviárias e fluviais e pelos incentivos à reabilitação urbana». O Montijo, conclui o autarca, «apresenta-se como uma alternativa de investimento credível para estes negócios» cujo objetivo passa por dinamizar os centros urbanos e aumentar a capacidade de camas disponíveis na região. «E, apesar das 36 unidades já existentes, o Montijo tem capacidade para muitas mais», ressalva Nuno Canta.

dalhas de Ouro, 32 medalhas de ouro e 22 de prata. Numa apreciação global, Jaime Quendera acredita que «2019 vai ser um ano de excelência», garantindo que a Cooperativa de St.º Isídro de Pegões, tudo fará

para que isso aconteça. «Estamos a começar bem, vamos ver. O que podemos assegurar é que a qualidade dos vinhos é TOP, e isso é a maior segurança que podemos ter e dar aos consumidores e apreciadores», concluiu. ES

Adega de Pegões conquista 7 medalhas de ouro no Berliner Wein Trophy Além de ter conquistado 7 medalhas de ouro e três de prata, a Adega de Pegões foi considerada, no concurso Berliner Wein Trophy 2019, a melhor Cooperativa Produtora de Vinhos em Portugal. Prémio que o enólogo, e gerente da cooperativa, Jaime Quendera, considera «o reconhecimento da qualidade dos vinhos que aqui produzimos e que nos dá grande orgulho e confiança no futuro». No concurso, considerado um dos mais conceituados da

Alemanha, estiveram em evidência os vinhos “Rovisco Pais Premium”, “Adega de Pegões Trincadeira”, “Adega de Pegões Touriga Nacional”, “Adega de Pegões Alicante Bouschet” e “Adega de Pegões Grande Reserva” que obtiveram 5 das 7 medalhas de Ouro que a Adega recebeu no Berliner Wein Trophy. Só desde o início deste ano os vinhos de Pegões, da Cooperativa Agrícola de St.º Isídro, somam 58 prémios conquistados. Entre eles estão quatro Grandes Me-

Depois de duas greves cirúrgicas prolongadas, que levaram ao cancelamento de mais de 700 cirurgias só no distrito de Setúbal, agravando os problemas já existentes no cumprimento do tempo máximo garantido para as cirurgias, estão já anunciadas novas paralisações dos enfermeiros. Uma medida que surge no dia em que termina o prazo para apreciação pública do projeto de alteração governamental da carreira especial de enfermagem, durante o qual qualquer cidadão podia enviar o seu contributo diretamente para o gabinete da Ministra da Saúde, Marta Temido. Prazo que termina, precisamente, no dia de hoje (23). Durante este mês foram retomadas as negociações com os seis sindicatos de enfermeiros existentes em Portugal. Uma «disponibilidade para negociar» que foi anunciada pelo Primeiro-Ministro António Costa, mas os sindicatos contactados, referem que «não existiu maior abertura negocial por parte do governo, mas, sim, a tentativa de abordar novos temas, não considerados essenciais às nossas reivindicações», como os serviços mínimos em tempo de greve e a regulamentação dos horários de trabalho. A «inflexibilidade do governo em negociar as novas tabelas remuneratórias», mantendo praticamente na mesma as remunerações já existentes de enfermeiros e enfermeiros especialistas, «a recusa em estabelecer normas de transição para a nova carreira mais adequadas às categorias subsistentes, a indefinição sobre vagas e datas de concursos anuais para cada categoria e o facto do governo negar o descongelamento de progressões para todos os enfermeiros, independentemente do seu vínculo laboral», motivou um pré-anúncio de greve de um mês, agendado para abril, emitido pelo Sindepor, sindicato «recentemente constituído». A possibilidade de uma greve de zelo, por tempo indeterminado, por parte da Federação Nacional do Sindicato dos Enfermeiros (FENSE), também “não está descartada”, admitem os sindicalistas. Estes sindicatos, que «contestam as progressões e remunerações propostas», reafirmaram também que irão efetuar um «pedido de apreciação parlamentar» a todos os partidos com assento na Assembleia da República, assim que seja publicado o decreto -lei que altera a carreira especial de enfermagem. ES

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sociedade

XIX ROMARIA A CAVALO MOITA-VIANA DO ALENTEJO ESTÁ DE VOLTA ÀS PLANÍCIES A PERDER DE VISTA

«É seguramente o maior evento equestre que se realiza no nosso País» O maior evento equestre que se realiza no País, que percorre planícies a perder de vista, está de volta ao terreno para cumprir tradição e unir o profano ao sagrado. A Romaria anima as terras por onde passa e promove a gastronomia, o património, o cante alentejano e o artesanato. texto antónio luís Imagem dr A XIX Romaria a Cavalo MoitaViana do Alentejo foi apresentada, na semana passada, durante a Bolsa de Turismo de Lisboa, na FIL, no Parque das Nações. O evento, orçado em 10 mil euros, vai decorrer de 24 a 28 de abril, tem um percurso de cerca de 150 quilómetros e são esperados centenas de participantes de todo o País. A Romaria a Cavalo MoitaViana do Alentejo é, como todos os intervenientes referiram, «um dos maiores eventos nacionais equestres», que voltou a realizarse a partir de 2001, depois de um interregno de mais de 70 anos, recuperando no tempo a tradição dos lavradores da Moita, que se deslocavam com os seus animais ao Santuário de N.ª Sr.ª D’Aires, para pedir proteção e boas colheitas. A partida da Moita tem lugar às 9 horas do dia 24 de abril e a chegada a Viana do Alentejo está

prevista para as 17 horas do dia 27, sendo que, no dia 28, decorre a missa campal junto ao Santuário. Os participantes pernoitam na primeira noite no Poceirão, na segunda em Casebres, na terceira dormem em Alcáçovas e na quarta em Viana do Alentejo. «Número de participantes sempre a crescer» «Só vivendo a Romaria e fazendo todo o percurso se percebe a grandeza desta realização», referiu Rui Garcia na apresentação, afirmando que «é seguramente, o maior evento equestre que se realiza no nosso país». Com o número de participantes a «crescer» e a organização a «melhorar» de ano para ano, o edil não tem dúvidas de que a Romaria cada vez tem «mais qualidade». Segundo o autarca, em 2018 a edição contou com «mais de um milhar de participantes», vincando que «todos

A organização da Romaria Moita-Viana do Alentejo promete uma excelente edição

os anos tentamos criar as melhores condições possíveis para que tudo corra bem» na «união do Tejo ao coração do Alentejo».

Rendimento dos pescadores atinge o valor mais elevado da década Segundo dados da Docapesca, Portos e Lotas SA, o preço médio do peixe vendido nas suas 22 lotas e 37 postos registou um aumento de 0,9 por cento em 2018, em relação a 2017, passando de 2,04€/kg para 2,06€/kg, valor mais elevado desde que existem registos estatísticos sistematizados. A quantidade de pescado transacionado em lota, a nível nacional, foi de 99,9 milhões de toneladas (+4,2% face a 2017), tendo o respetivo valor atingido os 205,5 milhões de euros (+5,1%). A lota de Peniche foi responsável por um valor de vendas de 34 M€, seguindo-se Matosinhos (26,9 M€), Sesimbra (24,9 M€), Aveiro (16,9 M€) e Vila Real de Santo António (13 M€). As cinco principais lotas em quantidade de pescado transacionado foram as de Sesimbra

(21.313 toneladas), Matosinhos (19.476), Peniche (11.894), Aveiro (8.778) e Sines (5.256). De entre as espécies com maior valor de vendas, as que mais contribuíram para o aumento global nacional, foram o polvo e a cavala, sendo apenas estas responsáveis por um aumento de 10 milhões de euros

Evolução do preço médio (€/kg) nacional

Jonathan Lastra venceu a Clássica da Arrábida O ciclista espanhol Jonathan Lastra venceu a Clássica da Arrábida, ao concluir os 185 quilómetros da prova entre Palmela, Setúbal e Sesimbra em 4:26.54 horas. Citado pela Federação Portuguesa de

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em vendas. Constata-se, ainda, que 149 espécies registaram quebras no valor das vendas (menos 12,9 milhões de euros). Em contrapartida, houve 146 espécies com aumentos de vendas (mais 23 milhões de euros), proporcionando o diferencial positivo de 10 milhões de euros registado em 2017.

Ciclismo, o atleta assumiu o orgulho numa vitória que “nunca esquecerá, porque é a primeira que conquisto enquanto profissional e porque é, também, a primeira da Caja Rural nesta temporada”.

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Com esta vitória, Lastra assumiu a liderança da Taça de Portugal Jogos Santa Casa de Elite, para a qual a Clássica da Arrábida, que integra, igualmente, o calendário da União Ciclista Internacional, é prova pontuável. Raúl Alarcón, da W52-FC Porto, foi o segundo classificado, a 10 segundos do vencedor, e David de La Fuente,

Por seu lado, o presidente Bengalinha Pinto, que revelou que a Romaria irá decorrer com a requalificação do Santuário N.ª

Bombeiros de Sesimbra vão a votos dia 8 de abril Decorreu dia 19 mais uma assembleia ordinária da Real Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sesimbra (RAHBVS) na qual foram apreciados e aprovados, por maioria, o relatório e contas de 2018 e o orçamento para 2019. A apresentação das listas, e respetivos programas eleitorais, que se candidatam aos órgãos sociais da instituição, e que vão a votos no dia 8 de abril entre as 18h e as 22h, decorreu na mesma sessão. O atual presidente da direção da RAHBVS, Fidelino Pereira, que contará, entre outros, com José Oliveira Martins (vice-presidente) e Paulo Cagica (tesoureiro) para

da Aviludo-Louletano, ficou no terceiro lugar, a 14 segundos do líder. Em paralelo com a Clássica da Arrábida, decorreu o 5.º Granfondo da Arrábida, competição de ciclismo aberta a todos, com partida e chegada em Sesimbra. Dos 800 atletas participantes o destaque foi para Filipe Coelho que, a

Sr.ª D´Aires por terminar, deposita «boas expetativas» para a edição deste ano. «Vai ser uma Romaria melhor que a do ano passado. Todos os anos nos empenhamos para melhorar as condições para os romeiros. É um evento maravilhoso que pretende projetar o património, a gastronomia, o cante alentejano, o chocalho… E a Romaria de 2020 vai rebentar com tudo, para festejar com dignidade os seus 20 anos». Miguel Almeida, da Associação dos Romeiros da Tradição Moitense, referiu que os trabalhos estão «praticamente concluídos, os percursos estão marcados e os cavalos já estão a ser preparados para aguentar os 4 dias de viagem». Já Luís Miguel Baltazar, da Associação Equestre de Viana do Alentejo, desejou «uma boa» Romaria e apelou para que as pessoas assistam a uma iniciativa «maravilhosa».

“prosseguir” o trabalho desenvolvido até agora, encabeça a lista B que, por ser “uma lista de continuidade” não apresentou programa eleitoral. Fidelino Pereira referiu que “o programa não é muito diferente do que apresentámos antes”. Por seu turno, Ricardo Caleiro, o mandatário da lista A, que propõe para a direção RAHBVS Manuel Dias, Mónica Franco e Conceição Gonçalves (presidente, vice-presidente e tesoureira, respetivamente), aproveitou a assembleia ordinária para, entre questões colocadas à assembleia geral e conselho fiscal, destacar que a lista A “pretende reestruturar e reorganizar os quarteis sede e destacamento, implementar um programa de saúde e estilos de vida saudáveis para os bombeiros e promover ações de captação de sócios e organização da lista dos existentes”. AV

título individual, foi o vencedor com o tempo de 03h24m38s. Por equipas, o pódio foi ocupado por João Letras, da Asfic – Grupo Parapedra, em segundo lugar, com mais 31 segundos, e Valdemar Teixeira, da Swick Cycling Team/ C.B.Almodôvar, com 40 segundos de diferença do primeiro classificado. ES


sociedade

População do distrito não prioriza saúde oral

Mais de 13% da população não tem um único dente O Bastonário da OMD, Orlando Monteiro, relata que a falta de dinheiro é um dos fatores que afastam a população dos consultórios. Apesar de existirem 602 profissionais no distrito, quase 70% da população não substitui os dentes perdidos. texto Eloísa silva Imagem sm Dados do Barómetro de Saúde Oral, elaborado pela consultora QSP para a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), revelam que no distrito de Setúbal há 13,3% de desdentados totais contra uma média de 6,2% em todo o país. No distrito, 32% dos habitantes tem falta de mais de seis dentes, o que compara com os 29,8% registados a nível nacional. Estatísticas que contribuem para o resultado do ranking anual Euro Health Consumer Index, que classifica anualmente 35 serviços nacionais de saúde na Europa, e que coloca Portugal no 13.º lugar, mas revela que o nosso país é, ainda assim, o segundo país com piores cuidados dentários. Particularmente no caso das crianças. Para o bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando

Monteiro da Silva, «o dado mais preocupante é que há, entre os habitantes de Setúbal aos quais faltam dentes, 68,5% que nada têm a substituir os dentes perdidos». Um valor superior à média nacional (57,4%) que «urge resolver». A saúde oral, lembra Orlando Monteiro, «condiciona, e muito, a saúde em geral e a ausência de muitos dentes impede uma alimentação saudável, especialmente preocupante para doentes com outras patologias como a diabetes e as doenças cardiovasculares». Segundo dados facultados ao Semmais o barómetro, com validade estatística, mostra que 8% da população do distrito nunca foi a uma consulta de medicina dentária, face aos 5,2% registados a nível nacional, e apenas

25,3%, contra os 31,3% da média nacional, admite que vai ao médico dentista uma vez por ano. Os valores são mais expressivos no que concerne aos motivos que fundamentam o afastamento da população dos consultórios dos dentistas. 7,4% dos inquiridos afirmam que não vão a consultas dentárias “porque conseguem resolver sozinhos” o problema, 55,6% considera que

OMD adverte que a saúde oral condiciona a saúde no geral

“não precisa de ir ao dentista” e 44,4% assumem não o fazer “por falta de dinheiro”. No distrito de Setúbal, segundo a OMD, existem 602 médicos dentistas, e 94% dos setubalen-

ses dizem-se “satisfeitos ou muito satisfeitos” com o seu médico dentista e quase metade (48%), à semelhança no que se passa no resto do país, nunca mudou de dentista.

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Causas, consequências e soluções aos olhos de quem trata O Eurostat mostra que o país está entre os piores no que concerne à saúde oral dos mais novos. Numa apreciação objetiva André Brandão de Almeida, médico dentista, e membro da Ordem dos Médicos Dentistas, revela ao Semmais que 30% da população nunca vai ao médicodentista, ou só vai em caso de urgência, por motivos vários. «Por um lado, temos a incapacidade de pagar o tratamento por falta de recursos, por outro, uma, ainda, persistente falta de informação e literária em saúde que vê a saúde oral como algo secundário ou pouco importante». O estudo, acrescenta o médico, «ainda aponta outras causas menos relevantes para justificar as ausências nas idas ao médico dentista, como longas listas de espera, a distância até aos locais de tratamento ou a falta de tempo para cuidar dos membros da família devido ao trabalho». Quanto às consequências Brandão de Almeida destaca, que além da repercussão direta na qualidade de vida, «esta realidade tem um preço considerável para o país, originando não só elevados custos no tratamento de situações relacionadas com a falta de cuidados nesta área,

como contribui também para o desenvolvimento de patologias que têm origem ou são agravadas por falta de tratamentos ou vigilância da saúde oral dos indivíduos». Por outro lado, alerta, «a prevalência de doença oral, a que se associam a dor, alterações na mastigação e consequente incorreta alimentação e má nutrição, e alterações na fonética, origina uma considerável taxa de absentismo laboral, diminuição da concentração e da capacidade de aprendizagem dos estudantes, ou mesmo alterações ao nível da interação social. Alargar a rede pública de prestação de cuidados de medicina dentária a mais centros de saúde e Unidades de Saúde Familiar poderá ser uma solução. Mas o médico dentista destaca outras. «Criar a carreira de Medicina dentária no SNS, para atrair e fixar os médicos dentistas, e promover o alargamento do cheque dentista às crianças a partir da erupção dos primeiros dentes». Estas medidas «garantem ganhos em saúde no futuro, pois possibilitam o acesso a cuidados de saúde oral mais cedo, o que permite que as pessoas sejam tratadas atempadamente e ensinadas a prevenir a doença».

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sociedade

SABORES GENUINOS DA FREGUESIA DE QUINTA DO ANJO EM DESTAQUE

«Estão criadas todas as condições para mais uma edição de sucesso» 55 produtores de queijo, pão, vinho e doçaria vão estar envolvidos no festival de Quinta do Anjo para promover os seus produtos de excelência e atrair milhares de visitantes de várias zonas da Área Metropolitana de Lisboa. texto antónio luís Imagem DR De 5 a 7 de abril, S. Gonçalo, na freguesia de Quinta do Anjo, em Palmela, recebe a 25.ª Festival Queijo, Pão e Vinho, com orçamento a rondar os 40 mil euros. O festival conta com a envolvência de 55 expositores, dos quais 41 são produtores, e com 36 atividades variadas. O município apoia com 4 mil euros, sem contar com a ajuda logística, enquanto a Junta de Freguesia local dá 750 euros. O evento foi apresentado no dia 21, no Museu do Ovelheiro, instalado no recinto do festival, por onde passam, todos os anos, «centenas de crianças das escolas, que ali assistem à produção de queijo e de pão e têm contato com os animais». A organização do festival é da Associação Regional dos Criadores de Ovinos da Serra da Arrábida (ARCOLSA), que conta com o apoio do muni-

cípio de Palmela. Francisco Macheta, presidente da ARCOLSA, deposita «boas expetativas» na edição, mas sublinha que «tudo depende do tempo», sendo esperadas no recinto entre 14 a 16 mil pessoas que terão de pagar 1 euros para entrar no festival com «grande espírito familiar». A organização tem em curso a campanha “Adota uma Saloia”, que permite angariar apoios que ajudem à manutenção de um rebanho de 10 ovelhas desta espécie em vias de extinção. «Estamos empenhados em preservar a raça saloia e criámos uma reserva genética para reproduzir a espécie», vinca. «Uma marca e uma referência que temos de estimar» Já Álvaro Amaro, o edil de Palmela, afirmou que «foi uma

Moita “ContraCena” no mês do teatro Com o pretexto de assinalar o Dia Mundial do Teatro, a câmara da Moita apresenta, até ao dia 27 deste mês, a terceira edição do seu “ContraCena”. Uma área artística «que suscita muito interesse no concelho», de acordo com o vice-presidente da autarquia, Daniel Figueiredo, responsável pelo pelouro da cultura. «No ano passado, tivemos uma média de 100 espetadores nas peças deste projeto». As principais novidades para a edição deste ano da mostra que dá a conhecer o trabalho desenvolvido pelos grupos de teatro do concelho, e os seus métodos de trabalho, têm a ver com a introdução de dois novos grupos. O “Teatro Analogia”, constituído por Ana Carolina Freitas e Ana Sandrina Simões, e “Os Catraios”, com encenação de Célia Figueira. Se ainda não viu nenhum dos espetáculos que fazem parte do espólio do “ContraCena”, hoje mesmo pode ver “Isolamento”, pelo grupo “Os Catraios” e no

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ContraCena decorre até ao dia 27

dia 27 poderá assistir a “Crise na Comédia”, pelo grupo “Os Zecas” com encenação de Luciano Barata. Ambas as peças, de entrada gratuita, acontecem no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo onde o grupo “Ecocena”, «sairá da sua zona de conforto» e fará um ensaio aberto. A mostra de teatro, na qual participa, também, a turma de teatro da universidade sénior da Moita, passa, além do Fórum Municipal, pela biblioteca Bento Jesus Caraça e pela escola básica da Moita até dia 27. CR

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A programação do festival está repleta de variadas iniciativas para entreter miúdos e graúdos

aposta ganha pelo município, há 25 anos, esta parceria com a ARCOLSA, para organizar este festival com vista a afirmar um território cheio de potencialidades». Assim, o edil sublinha que é importante continuar a apostar no «queijo de Azeitão, no pão e no vinho da região, e na doçaria e nos sabores da Arrábida, mas, também na afirmação, valorização e proteção à pastorícia, uma atividade cada vez mais difícil de manter, e no investimento nas ovelhas para que não haja redução de leite». Na sua opinião, este evento, que serve também para valori-

zar o património natural junto à Arrábida, recebe visitantes de várias zonas da Área Metropolitana de Lisboa que «convivem» e tomam contato com o «campo e a natureza». Da programação, o edil destaca os Laboratórios do Gosto e os Workshops Gastronómicos, que visam «a divulgação, formação e mercado», uma vez que «podemos sempre inovar e acrescentar, e há público para esta vertente». «Criámos uma marca e uma referência que temos de estimar, ampliar e requalificar. O apoio do município para este festival é

superior a 15 mil euros», vinca o autarca, que não tem dúvidas de que «estão criadas todas as condições para mais uma edição de sucesso». Por sua vez, António Mestre, presidente da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, realçou que, além do apoio financeiro, a Junta trabalhou no terreno com vista a criar melhores condições de acolhimento aos visitantes e participantes. «Durante um mês e meio estivemos aqui a criar melhores infraestruturas para todos», acrescentando que Quinta do Anjo vai ter «presença forte» no festival.

Navio-Escola Alexander Von Humboldt II vai estar em Setúbal Com visitas públicas no dia da chegada, amanhã, entre as 14h e as 16h30, o navio-escola Alexander Von Humboldt II, vai ficar atracado no Cais 2 do Porto de Setúbal até terça feira, dia 26. Esta escala em Portugal enquadra-se no trabalho que tem sido desenvolvido pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra e pela câmara sadina, em colaboração com a Aporvela, com o intuito de “atrair embarcações emblemáticas a Setúbal e proporcionar à população da região o contacto com as tripulações e os saberes de navegação marítima” Este veleiro de três mastros, lançado à água em 2011, “é operado pela Deutsche Stiftung Sail Training, uma fundação sem fins lucrativos

que se dedica a atividades de formação marítima, para formandos com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos”, como refere a APSS em comunicado. Os 24 elementos da tripulação especializada permanente do navio-escola Ale-

mão são, maioritariamente, voluntários e ensinam aos 55 formandos para os quais a embarcação tem capacidade, as técnicas tradicionais de navegação à vela, promovendo o exercício e melhoramento das suas funções físicas, mentais e sociais. ES

Veleiro de três mastros chega amanhã ao Cais 2 do Porto de Setúbal


sociedade

Certame foi visitado por mais de cem pessoas

III Feira do Emprego de Palmela superou expetativas Dinamização de ofertas de emprego e partilha de casos de sucesso, de pequenos empresários locais, foram os dois pontos de honra da 3.ª edição da Feira do Emprego e Empreendedorismo de Palmela que, segundo o vereador Miguel Calha, foi um «sucesso». texto carlos ribeiro* Imagem DR Decorreu esta quarta feira, na biblioteca municipal de Palmela, a III Feira do Emprego e Empreendedorismo com mais de 12 expositores onde os cerca de cem visitantes puderam candidatar-se a inúmeras ofertas de emprego. Uma organização do Contrato Local de Desenvolvimento Social do concelho Palmela (CLDS-3G), em parceria com a autarquia local, a Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal (ADREPES) e o Centro de Informação Europe Direct – Área

Metropolitana de Lisboa. O vereador Luís Miguel Calha, que detém, entre outros, os pelouros do desenvolvimento económico e do turismo na câmara de Palmela, faz um balanço bastante positivo da iniciativa, que «excedeu as nossas melhores expetativas». «Não só a feira foi um sucesso como o seminário “Ser empreendedor” foi dos mais participados de sempre. Tivemos uma adesão 35% superior à edição de 2018. Houve uma interação e uma dinâmica interessan-

tes, com a assistência a colocar diversas questões aos oradores relativamente ao processo de criação do próprio emprego», recorda. Sendo esta «mais uma iniciativa inserida da estratégia de desenvolvimento económico do concelho», Miguel Calha garantiu que a autarquia irá continuar a «apostar na capacitação e na aquisição de competências por pessoas atualmente desempregadas». Isso mesmo foi demonstrado no seminário, da edição deste ano da feira do emprego,

Autores pedem explicações à Egeac sobre Marcha de Lisboa

Documento enviado à EGEAC por alguns letristas e compositores

“Com profunda estranheza”, foi assim que alguns letristas e compositores, entre eles vencedores de concursos anteriores da Grande Marcha de Lisboa que residem no distrito de Setúbal, receberam a notícia da escolha da composição “Lisboa Alegre e Triste”, assinada por Augusto Madureira, como a grande vencedora. Nesse sentido, subscreveram um documento, que enviaram esta sexta-feira, por mail, a questionar a Egeac, entidade promotora do concurso, sobre “que explicação tem a organização para dar aos letristas que levaram a sério o que foi estipulado e dedicaram uma parte considerável do seu tempo a pesquisar sobre a vida e obra de Santo António?”. Em causa, segundo os subscritores, está o facto da referida composição não cumprir com um dos “requisitos essenciais das composições”. O regulamento do concurso exige que as letras versem obrigatoriamente sobre o tema Lisboa e, a cada ano, cumulativamente, sobre um segundo tema que, em 2019, foi “Santo António de Lisboa e do Mundo”. Ora, os subscritores entendem que basta uma leitura da marcha “Lisboa Alegre e Triste” para verificar que “a referência ao santo tem ali tanto peso como as que mais à frente se fazem a Amália ou à Severa.

A Biblioteca Municipal foi o palco escolhido para a edição 2019 da feira

onde «mais uma vez se abriram horizontes, se apresentaram micro e pequenos empresários que conseguiram criar o seu próprio emprego, e se partilharam experiências de sucesso». A apresentação do programa “ERASMUS for young entrepreneurs” (ERASMUS para jovens empreendedores) abriu o semi-

nário em que participaram técnicos do IEFP que abordaram os financiamentos existentes para quem quer criar o seu próprio negócio. Pequenos empresários, já estabelecidos no mercado, partilharam com os oradores e com o público presente a sua experiência no processo de criação da sua empresa. *com ES

A contextualização é nula. A relação do santo com Lisboa e com o mundo não existe.” Embora a expressão “Santo António de Lisboa e do Mundo” faça parte da letra do poema escolhido, essa é a única referência ao san-

to lisboeta. Para os subscritores “uma coisa é fazer referência, outra, bem diferente, é versar sobre. E a letra escolhida não versa sobre Santo António. Versa, quanto muito, sobre Lisboa”. ES

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local

Sesimbra promove peixe fresquinho

Barreiro celebra Dia da Poesia

As inscrições para a quinzena “Sesimbra é Peixe” fecham no dia 25. Dar a conhecer o peixe capturado pelos barcos sesimbrenses, promovendo-o junto dos munícipes e da população, capitalizan-

A biblioteca municipal do Barreiro celebra o Dia Mundial da Poesia, que se assinala a 21 de março, com uma vasta programação, que se estende até abril. No ano do centenário do nascimento de So-

do assim as potencialidades da região, é o objetivo do certame, que decorre de 12 a 31 de maio. As inscrições são no Apoio ao Empresário, Pescas e Ruralidade, em Santana.

phia Andresen e de Jorge de Sena, que se cumpre na primeira semana de novembro, o espaço homenageia estas duas das maiores figuras da literatura portuguesa do século XX.

ALCOCHETE PROTEGE IMPORTANTES COLEÇÕES DE PINTURA

MOMENTO ATRAI CENTENAS DE PESSOAS

Obras na Igreja da Misericórdia orçam em mais de 179 mil euros

Lagoa de Santo André aberta ao mar

As obras de requalificação da Igreja da Misericórdia de Alcochete, orçadas em mais de 179 mil euros, visam proteger importantes coleções de pintura, albergadas no Núcleo de Arte Sacra. texto antónio luís Imagens dr

O prazo de execução é de quatro meses e o investimento ronda os 179 mil euros

A câmara deu início aos procedimentos associados ao concurso público para a requalificação da Igreja da Misericórdia de Alcochete, onde funciona atualmente o Núcleo de Arte Sacra do Museu Municipal. Imóvel de elevado valor histórico e patrimonial, que ostenta importantes coleções de pintura, apresenta um avançado estado de degradação, que con-

diciona inclusivamente a realização de algumas iniciativas. «Vamos fazer uma intervenção num equipamento classificado, que possui obras de elevado valor e que durante vários anos se viu privado de duas salas, que foram mantidas fechadas, e apresentam falta de condições para acolher o espólio existente, que desta forma ficou sujeito a humidade e infil-

Seixal com mais um projeto de apoio social

Dia dos centros históricos em Setúbal

A freguesia da Arrentela conta desde dia 19 com uma padaria social. Uma medida da Associação Dá-me a Tua Mão, que distribui alimentos à população sem-abrigo e desfavorecida. O projeto é também um veículo de inclusão no mercado de trabalho, uma vez que irá dar emprego a 2 pessoas que se encontravam em situação de sem abrigo ou de carência. Prevê-se que no futuro se possa proceder à venda do pão, como fonte para obtenção de receitas próprias e como forma de contribuir para a promoção do projeto.

Uma visita guiada em locais de Setúbal onde existe ou já existiu importante património histórico relacionado com a água assinala, no dia 28, o Dia Nacional dos Centros Históricos. A visita, guiada pela técnica Ana Catarina Stoyanoff, da Divisão de Bibliotecas e Museus, passa por locais anteriormente ligados à distribuição de água na cidade, às 15 horas, junto do Aqueduto de Setúbal. As inscrições, gratuitas, para esta visita, intitulada “Património da Água em Setúbal”, devem ser feitas até dia 26 deste mês.

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trações, correndo sérios risco de deterioração», explicou o Vereador Vasco Pinto. «A intervenção visa corrigir algumas anomalias que foram identificadas, tais como infiltração de água, muito por força da proximidade daquele equipamento ao rio e às intempéries vindas de norte, que tem provocado, nas várias faces da fachada, fissuras que no fundo levam a que hajam muitas infiltrações, principalmente na nave central», adiantou o vereador da cultura. A requalificação do imóvel integra intervenções na cobertura, nas fachadas e também nos pisos flutuantes das duas salas superiores, que dão acesso à galeria da Igreja da Misericórdia, nos sistemas de vigilância e segurança, assim como a deslocalização do posto de turismo. O projeto de requalificação e o procedimento de concurso público para a empreitada de requalificação da Igreja foram aprovados, por unanimidade, na sessão de câmara de 6 de março. O prazo de execução é de 4 meses.

Moita ensina a fazer hortas biológicas O curso “Mãos à Horta 2019” tem inscrições a decorrer até ao dia 2 de abril. “Como fazer uma horta biológica na sua varanda ou no seu quintal” é o desafio deste curso que decorrerá em cinco sábados de abril a junho, na Quinta do Matão. A Moita é um concelho onde a ruralidade está presente, mas existem também polos urbanos onde a ligação à terra se tornou praticamente inexistente. A criação de hortas biológicas permite a absorção de parte substancial de resíduos orgânicos domésticos. A iniciativa realiza-se desde 2002 para pessoas com terreno disponível, mas o município abriu a possibilidade aos interessados de poderem também aprender a fazer uma horta biológica.

Todos os anos centenas de pessoas assistem a um momento de rara beleza

A abertura da Lagoa de St.º André, decorreu no passado dia 19, levando centenas de pessoas ao local para observar um momento de rara beleza. A ocasião tem-se tornado, ao longo dos anos, numa atração turística no dia da abertura e nos dias seguintes. O momento em que as águas do mar e da Lagoa se encontram entusiasma todos, entre aplausos os surfistas e bodyboarders aproveitam a onda estática, formada pela ligação, e proporcionam um espetáculo único. Este é um procedimento fundamental do ponto de vista ambiental para a renovação do sistema lagunar de extrema importância para o ha-

Almada fecha espaço do cidadão na Costa

O Espaço Cidadão da Costa da Caparica encontra-se temporariamente encerrado, devido à ocorrência de uma inundação, que impossibilita o normal funcionamento do espaço. Segundo o município, a inundação, que teve lugar esta semana, provém de uma rotura na fração acima deste Espaço Cidadão, e já se encontra em fase de resolução. A população pode aceder a outros Espaços Cidadão, nomeadamente em Almada, Feijó e Sobreda.

bitat das várias espécies que aqui vivem, com destaque para os alvins e enguias e as aves migratórias. A abertura da lagoa ao mar visa, ainda, a renovação da água da lagoa, a limpeza e lavagem do seu fundo e a entrada de algumas espécies piscícolas. O processo é feito há vários anos por máquinas. Relembre-se que a abertura da Lagoa de St.º André é feita todos os anos numa altura sempre próxima do equinócio da primavera, um processo que está a cargo da Agência do Ambiente, mas que outrora foi da responsabilidade do município local e depois da Reserva Natural das Lagoas de St.º André da Sancha.

Laboratório de aprendizagem abre em Sines O segundo laboratório de aprendizagem inserido no projeto Aprender Fora de Portas – Planos e Projetos Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar está operacional desde o dia 20, na secundária poeta Al Berto. Este laboratório junta-se ao outro instalado a 9 de janeiro na sede do agrupamento de escolas de Sines e está dotado com equipamento tecnológico e digital e mobiliário escolar adequados a uma sala multifuncional. Permitem a aplicação de várias modalidades de ensino aprendizagem e a utilização de recursos digitais e interativos. A exploração de um modelo pedagógico, aliando o espaço e a tecnologia, facilita o trabalho com os alunos dentro e fora da sala de aula.


local

proteção de espécies em risco

Ribeira de Grândola recebe 300 bogas

A ribeira de Grândola recebeu trezentas bogas nascidas no Aquário Vasco da Gama

O Aquário Vasco da Gama libertou, no dia 21, na ribeira de Grândola, 300 bogas portuguesas nascidas no aquário em 2016, 2017 e 2018, descendentes de exemplares capturados no mesmo rio. Esta é uma forma de reproduzir e proteger espécies “criticamente em perigo”, anunciou a Marinha. Estes peixes foram reproduzidos e criados no Aquário Vasco da Gama”, refere a Marinha em comunicado.

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O Aquário Vasco da Gama participa no projeto “Conservação ex-situ de organismos fluviais”, com vista a “reproduzir e manter espécies ameaçadas de água doce da fauna e flora portuguesas”, para posterior libertação. Esta é uma forma de proteger as espécies consideradas criticamente em perigo, devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários fatores, como descargas de poluentes.

Alcácer moderniza piscinas cobertas

A piscina municipal coberta de Alcácer do Sal vai ser alvo de obras de reabilitação e ampliação. Além de reverter o estado de progressiva degradação que decorre da antiguidade e da intensidade de uso deste equipamento, a intervenção contempla a ampliação do espaço com vista a dotar o mesmo de sala de socorros e de sala de apoio especializado. Serão também melhoradas as acessibilidades ao edifício e as condições de mobilidade, substituir-se-á a cobertura e também as infraestruturas de telecomunicações e iluminação. A abertura de procedimento para o lançamento desta empreitada, com um custo de 401.952,00 euros, foi aprovada por maioria no passado dia 14 de março, em reunião ordinária de Câmara.

Palmela ganha apoio para renovar mercados O município viu aprovada este mês, a candidatura “Mercados de Produtores locais do concelho de Palmela”, no quadro do Portugal2020. Com um investimento global de 172.038,91 euros e um cofinanciamento de 50 por cento, a operação terá uma duração de 19 meses e consiste em obras nos mercados locais de produtores de Quinta do Anjo, Pinhal Novo e Palmela, nomeadamente, obras no edifício do mercado da Quinta do Anjo, colocação de ensombramento no mercado de produtores do Pinhal Novo, aquisição de bancas de venda para produtores locais dos três

mercados, conceção de um plano de comercialização e realização de ações e materiais de promoção conjunta.

Idosos promovem hábitos de leitura no Montijo No âmbito das comemorações do Dia da Poesia, os alunos dos projetos de envelhecimento ativo estão a promover a leitura, através da poesia, em diversas escolas do concelho até 28 deste mês. O gosto pela leitura, o prazer de ler em voz alta, dos alunos seniores, e o desejo de desenvolver o sentimento de comunidade e bem-estar,

foram o mote da iniciativa. A atividade visa, ainda, o cruzamento de gerações, de lugares e de diferentes áreas do saber e do viver, que terão lugar em bibliotecas escolares. Os seniores já estiveram a desenvolver este trabalho na EB 2,3 de Pegões, na Escola Profissional do Montijo, e nas secundárias Joaquim Serra e Jorge Peixinho.

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desporto

CDS- PP exige respostas da Ministra do Mar

Secretariado dos TSD já tomou posse

Os deputados do CDS-PP Patrícia Fonseca, Nuno Magalhães, Ilda Araújo Novo e Hélder Amaral questionaram esta semana a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, sobre as restrições à pesca da sardi-

O Secretariado Distrital dos TSD de Setúbal tomou posse esta semana, perante o secretário-geral nacional, e deputado do PSD, Pedro Roque. A cerimónia decorreu na sede do PSD em Almada onde foram

nha. Os deputados pretendem saber também se a Ministra “confirma que os pescadores e mestres deixaram, efetivamente, de acompanhar os cruzeiros científicos do IPMA e porquê”.

aprovadas as propostas para aos representantes dos TSD nas Comissões Políticas de Secção e criadas as secções laborais da Educação, Saúde e Administração Pública.

Executivo da câmara de Almada alega tratar-se de uma medida inexequível

Cláusula de combate à precariedade apresentada pelo BE foi rejeitada A deputada Joana Mortágua pretendia ver introduzida, nos contratos da autarquia com entidades externas de prestação de serviços, uma cláusula contra a precariedade laboral. O documento acabou por ser chumbado com os votos contra de PS e PSD e a abstenção da CDU. texto Eloísa silva Imagem DR

Durante a reunião de câmara, apesar de rejeitarem o documento do BE, os membros do executivo concordaram com a necessidade de combater o trabalho precário

Sendo a promoção do emprego e o combate à precariedade laboral na Administração Pública “uma prioridade para o Bloco de Esquerda, e uma exigência da maioria parlamentar que suporta o governo”, a vereadora bloquista Joana Mortágua apresentou, na última reunião de câmara de Almada, uma cláusula, a introduzir nos contratos municipais, “impedindo a autarquia de contratar serviços com enti-

dades que pratiquem situações ilegais de precariedade”. O documento, em que a deputada do BE enalteceu “a precariedade que afeta parte significativa dos trabalhadores que são contratados a partir de protocolos celebrados entre a Câmara e outras entidades”, foi chumbado com a abstenção dos comunistas e o voto contra de socialistas e sociais democratas. Inês Medeiros, presidente da

Construção do Centro de Saúde da Baixa da Banheira vai avançar Foi aprovado por unanimidade, na última reunião de câmara da Moita, o contrato-programa para a criação da Unidade de Saúde na Baixa da Banheira. O documento que compromete a câmara da Moita e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) define as condições de cooperação técnicas e financeiras para a instalação do equipamento que vai custar quase dois milhões de euros. A ARSLVT assume as despesas globais, no valor de 1.704.000

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euros, e o município cede, gratuitamente, e em regime de direito de superfície, o terreno para construção. Na mesma sessão foi aprovado, também por unanimidade, o projeto de execução para a “Requalificação Paisagística do Largo do Descarregador – Alhos Vedros”. Uma obra, orçada em 381 mil euros, que permitirá, entre outros aspetos, o usufruto do rio e zona envolvente e contempla o apoio às atividades náuticas e de lazer. ES

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câmara de Almada, apesar de “partilhar a preocupação sobre os trabalhadores precários”, admitiu, durante a sessão (transmitida na internet), “tratar-se de “uma medida que não é exequível, pela forma como foi apresentada” e que, “podia colocar a câmara, que não tem competências de fiscalização, em situações muito delicadas”. A autarca desafiou a deputada, e vereadora municipal, Joana

Mortágua, a avançar com uma luta pelo fim “da aberração, do meu ponto de vista jurídico, que são os recebidos verdes. A essa luta, sim, eu junto-me de imediato”, refutou. Opinião partilhada por Miguel Salvado. O vereador do PSD declarou ao Semmais que o seu sentido de voto se prende com o facto de considerar que «o Bloco pretende que a câmara se substitua à Autoridade para as condi-

ções de Trabalho (ACT), quando não tem competência para o fazer». «A câmara não pode andar a ver se as empresas têm trabalho precário, ou que tipo de trabalho precário é que têm. Além de que, o trabalho precário tem várias nuances que não estavam descritas na proposta do Bloco». E dá um exemplo, que nos dias de hoje é recorrente, de pessoas que querem ou precisam ter mais que um trabalho. «Imagine uma pessoa que tem um emprego a tempo inteiro e, com outra empresa, faz algumas horas porque precisa do dinheiro e paga os seus descontos através do recibo verde. As câmaras não têm hipótese de fiscalizar e controlar essa situação, além de estarmos a condicionar a liberdade de quem o aceita fazer por necessidade». A cláusula do BE, que impedia a autarquia de contratar serviços com entidades que pratiquem situações ilegais de precariedade, foi chumbada. Joana Mortágua, vereadora e deputada da Assembleia da República, «lamenta esta decisão», clarificando que manterá o foco no combate à precariedade como critério para o estabelecimento de protocolos que envolvem a transferência de dinheiros públicos.

Jerónimo de Sousa reafirma necessidade urgente de um hospital no Seixal

O Pavilhão do Clube do Pessoal da Siderurgia Nacional, no Seixal, foi o palco escolhido pelo partido para o almoço comemorativo dos 98 anos do PCP. A ocasião serviu, entre outros aspetos, para o secretário-geral Jerónimo de Sousa, reafirmar a necessidade de se concretizar a obra do

hospital do Seixal. “É uma grave situação”, afirmou Jerónimo de Sousa num enquadramento às diligências que estão relacionadas com o processo da construção do hospital desde 2016, e que “são manifestamente insuficientes para inverter o rumo de desinvestimento, para resolver os problemas, mas também para concretizar necessidades urgentes de equipamentos de saúde na região”. Para o comunista a “culpa” do agravamento dos problemas no sector da saúde, que se refletem, particularmente, na falta

de meios humanos e materiais, deve-se ao “desinvestimento e favorecimento do negócio privado” por parte do governo PSD/ CDS-PP “com consequências graves” na resposta dos serviços públicos de saúde. Recorde-se que o concurso público para a construção do hospital do Seixal chegou a estar previsto, para o primeiro semestre de 2017, prevendo-se a sua inauguração até ao final de 2019. Findo o primeiro trimestre do ano, não houve, até agora, nenhum avanço para a concretização do calendário anunciado. ES


negócios

Negócios debatidos em Palmela

Alcácer garante financiamento comunitário

A biblioteca de Palmela recebe dia 2 a iniciativa “Rede Europeia de Empreendedorismo: Oportunidades de Negócio para a Sua Empresa”. Um projeto da autarquia em parceria com a Associação Industrial

Alcácer garantiu financiamento para 11 obras, no âmbito do Plano Operacional Alentejo 2020. De um investimento na ordem dos 9 milhões de euros, o município conseguiu a comparticipação, de fundos

Portuguesa e a Câmara de Comércio e Indústria. É a primeira de muitas iniciativas para agentes económicos que o Município organizará este ano no âmbito do Fórum Económico.

europeus, de cerca de 77% deste valor (7 milhões de euros). Os projetos de requalificação da Escola dos Telheiros ou o Plano de Mobilidade do Torrão estão abrangidos.

Leonor Freitas antevê mais um ano de consolidação da marca vitivinícola

“Casa Ermelinda Freitas” espera ano em cheio e arranca projeto no Douro Mesmo com os efeitos das altas temperaturas que afetaram a vinha, a “Casa Ermelinda Freitas” fechou o ano em grande, mercê da fidelidade do mercado e do labor da equipa. O ano passado, trouxe mais 260 prémios, e as expetativas para 2019 são as melhores. Leonor Freitas, a líder da “Casa” promete novidades. O novo desafio é produzir na região do Douro. texto Anabela ventura Imagem DR Que balanço podemos fazer da vossa atividade em 2018? Foi um ano muito trabalhoso considerando as condições climatéricas, mas devido à nossa excelente equipa, e também à grande qualidade da região em que a “Casa Ermelinda Freitas” esta inserida, acabou por ser um bom ano, pois os nossos consumidores continuaram a acreditar nos nossos vinhos bem como na qualidade da uva produzida que, embora sendo menor quantidade, foi de ótima qualidade. Foi também um ano de conquista de mais prémios, o que sustenta a dimensão da marca. Quer realçar alguns de maior relevância? É verdade. Fomos brindados, o ano passado, com mais prémios, contabilizando um total de 260 distinções, pelo que não há dúvida que foi mais uma afirmação e reconhecimento da qualidade dos nossos vinhos, tanto a nível nacional como a nível internacional. Fomos premiados na Rússia, no evento “ProdExpo”, onde o nosso “CEF Merlot Reserva” obteve o prémio “GRAND PRIX” – Cisne de Ouro (Melhor Vinho Tinto da ProdExpo 2018), também o “CEF Moscatel Roxo de Setúbal Superior 2010”, ficou no Top 10 Melhores Moscatéis do Mundo, desta feita no Concurso de Vinhos Crédito Agrícola, certame onde o “CEF Syra Reserva” foi destacado com a medalha de ouro. Quais são as expetativas para este ano? Este será mais um ano de muito trabalho, já está a sê-lo, aliás, porque o perfil desta casa e da sua equipa é continuar sempre a querer fazer mais e melhor. Queremos, nomeadamente continuar a corresponder às espetativas dos nossos consumidores e criar cada vez mais e melhores condições para os nossos colaboradores, de modo a manter a coesão e o profissionalismo

A empresária Leonor Freitas, timoneira de uma das mais empreendedoras empresas vitivinícolas da região

sempre em alta. Esperamos que os vinhos correspondam à qualidade desejada pelos nossos consumidores e que continuem a ser premiados a nível nacional e internacional. Arrancámos o ano com uma grande distinção do “Espumante Casa Ermelinda Freitas Bruto Branco”, que foi considerado um dos 50 Melhores do Mundo de 2019, na categoria de produção em Método Tradicional. E foi uma grande honra ter recebido o Prémio Agricultura 2018, na categoria empresas. Todas estas distinções servem para reforçar a qualidade que a “Casa Ermelinda Freitas” procura sempre que produz um vinho, de modo a poder premiar todos os seus amigos e consumidores com os melhores vinhos e aos melhores preços. Do que é possível antever, que novidades e novos lançamentos estão na vossa ‘carteira’ de apostas? Reafirmo que somos uma empresa muito dinâmica, sem-

Aquisição de Quinta no Douro para aumentar portfólio Tal como o Semmais já havia noticiado, a empresa vitivinícola de Palmela adquiriu uma quinta na região do Douro. Leonor Freitas afirma que esse novo projeto «vai permitir aumentar o portfólio da Casa com vinhos do Douro», sendo que para a primeira fase está prevista a produção de vinhos verdes. «Este desbravar da nossa atividade noutras regiões vai permitir novos vinhos, também tintos e, numa fase subpre em busca de melhorar a oferta ao consumidor, e como temos plantado novas castas vamos sempre ter novidades. Dando como primeiro grande destaque, o lançamento do nosso novo “Monovarietal CEF Carménère Reserva”, em homenagem ao Chile. A casta “Caménère”, asse-

sequente vinho do Porto, os quais, ainda que em pequenas quantidades, irão reforçar a oferta ao nosso consumidor», explica Leonor Freitas. A responsável apela aos consumidores para que marquem a sua visita à empresa (www.ermelindafreitas.pt), em Fernando Pó, Palmela, pois aí, enfatiza, «poderão ver as vinhas, a produção, e degustar os nossos vinhos, perceber a nossa história, e conhecer melhor a nossa região. melha-se bastante em termos olfativos ao “Cabernet Sauvignon”, com notas de pimento e fruta preta. Com estágio de 12 meses em barrica, apresenta-se como um vinho denso, macio, mas elegante. É um vinho diferente para pessoas diferentes que gostam dos sabores do mundo.

Adega de Palmela apresenta nova gama, “Villa Palma Reserva” na Alemanha Com mais de 50 medalhas conquistadas durante o ano de 2018, a Adega de Palmela expandiu os seus horizontes com a participação naquela que é considerada “a maior feira mundial” do setor vinícola, a ProWein 2019. O balanço da participação no certame, que terminou esta terça feira, é «bastante positivo», admitiu fonte da empresa ao Semmais, considerando os contactos estabelecidos com mercados onde a empresa vinícola se pretende estabelecer. Como o Brasil, Rússia, Europa Central e Ucrânia. «A internacionalização é um processo sempre demorado, mas faz parte dos nossos objetivos. Temos tido grande aceitação dos vários produtos, particularmente do nosso Moscatel de Setúbal, mas também para as nossas marcas de vinho de mesa Pedras Negras, Vale dos Barris e Villa Palma», explicou fonte oficial da empresa palmelense ao nosso jornal. A marca aproveitou a passagem pela Alemanha para apresentar a sua nova gama, “Villa Palma Reserva”, tinto e branco. Quanto a perspetivas de futuro os representantes da Adega de Palmela afirmam que a «estratégia de qualidade na produção dos vinhos» está «no caminho certo» e confessam-se «animados» com esta progressiva abertura a mercados estrangeiros. «O Moscatel de Setúbal acabou de conquistar mais uma medalha de ouro na Alemanha no concurso MundusVini, pelo que, é um sinal que os prémios continuarão a ser conquistados este ano», vincam os empresários. O ProWein 2019, que decorreu de 17 a 19 deste mês, integrou mais de seis mil expositores, de todos os continentes, e serviu como rampa de lançamento para inúmeras oportunidades de networking entre os profissionais presentes. CR

Adega de Palmela soma galardões

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cultura

Comédia com Carlos Cunha anima Sesimbra O teatro João Mota acolhe a comédia “É tudo ao molho e fé em Deus”, este sábado, às 21h30. Com Carlos Cunha, Érika Mota, Frederico Amaral, Élia Gonzalez e Lígia Ferreira. Alberto vive sozinho,

amargurado e baralhado, quanto à sua verdadeira orientação sexual. O seu decide ajudá-lo e envia para Lisboa a sua filha Lúcia, para auxiliar nas tarefas domésticas.

História de mulher de sucesso em Almada Com texto e encenação de Rodrigo Francisco, a Companhia de Teatro de Almada tem em cena “Fenda”, que tem como protagonista Maria João Abreu. Conta a história de uma mulher de sucesso que

aparenta ter uma força a toda a prova. Porém, uma fragilidade emocional revela as pontas soltas afetivas. De 5.ª feira a sábado, às 21 horas, e aos domingos, às 16 horas.

TEATRO ESTÚDIO FONTENOVA ESTREIA 67.ª PRODUÇÃO

“Auto da Índia” vive de intrigas e de denúncias A comédia faz a denúncia das práticas de adultério das esposas dos navegadores e marinheiros que, durante os períodos de ausência dos maridos, não tinham nenhum pudor em traí-los. Há representações para as escolas. texto antónio luís Imagens dr “O Auto da Índia” é a peça que o Teatro Estúdio Fontenova estrou na quinta-feira à noite, no Forum Luísa Todi, de Gil Vicente, com encenação de Filipe Crawford. A cenografia é de José Manuel Castanheria e os figurinos de Maria Luís. A 67.ª produção do Fontenova é a primeira farsa de Gil Vicente, que foi também «uma das primeiras peças da Península Ibérica a apresentar uma intriga, em vez de um monólogo representado por um ator, como era uso nas cortes palacianas. O tema tem como pano de fundo os descobrimentos e as

suas consequências sociais», realça Graziela Dias, diretora da companhia setubalense. Filipe Crawford encena assim “Auto da Índia”, «tentando ser fiel ao espírito do original, pretendendo situar a peça na sua época e a representação no contexto do teatro das cortes no final da Idade Média, inspirando-se até em “Decameron”, de Pasolini, a partir de Boccaccio. Realça-se a farsa, e através de uma história cómica, todas s personagens são criticadas e ridicularizadas». Já Filipe Crawford refere que «no trabalho com os atores

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tentei realçar a farsa, como estilo principal da representação, sendo que todas as personagens são ridicularizadas e criticadas, com exceção talvez da Moça, que funciona um pouco como o olhar exterior crítico, servindo de mediadora com o público». E conclui: «Tentei ser fiel ao espírito da obra original. Situei a peça na sua época e a representação no contexto do teatro das cortes no final da Idade Média». Graziela Dias faz o balanço positivo da estreia que contou com «casa perto da lotação esgotada» depois de «quase três meses de ensaios.» As interpretações são de Carina Sobrinho, Carlos Pereira, Eduardo Dias, Graça Ochoa e Henrique Gomes. A peça volta ao Forum este sábado, às 21h30, e domingo, às 17 horas, e no fim-de-semana seguinte, à mesma hora. Para as escolas há espetáculos a 1 e 2 de abril. Bilhetes a 8 euros.

Com casa perto da lotação esgotada o Fontenova estreou a sua nova produção

cinema Réplicas Data de lançamento: 14/03/2019 Nacionalidade: EUA Género: Ficção Científica, Thriller Elenco: Keanu Reeves, Alice Eve Realizador: Jeffrey Nachmanoff Duração: 107 minutos

William Foster, um neurocientista genial, está quase a conseguir descobrir o processo pelo qual uma consciência humana pode ser transferida para um computador. No entanto, no advento desta descoberta científica, a sua família morre num trágico acidente de carro. Desesperado para ressuscitar

aqueles que perdeu, William recruta um colega cientista para o ajudar a secretamente clonar os corpos da família, criando réplicas. Mas William só consegue consegue trazer três dos seus quatro familiares de volta à vida. Para ver no Cinema City do Alegro de Setúbal.

agendacultural BARREIRO “OS VIZINHOS DE CIMA”

MONTIJO RECITAL

SINES MÚSICA URBANA

Divirta-se com “Os Vizinhos de Cima”, com Ana Brito e Cunha, Fernanda Serrano, Pedro Lima e Rui Melo. “Os Vizinhos de Cima”, marcam a estreia no teatro do cineasta Cesc Gay.

Luís Gomes (tenor) e Iain Burnside (pianista) em Recital é o espetáculo destes prestigiados artistas que pode assistir na principal sala de espetáculos montijense.

Integrado na Quinzena da Juventude, não perca o concerto de Papillon, nome de guerra de Rui Pereira, um dos novos valores da música urbana portuguesa.

AUDITÓRIO AUGUSTO CABRITA, 23.MAR.19, 21h30

TEATRO JOAQUIM D’ALMEIDA, 23.MAR.19, 21h30

SALÃO DOS BOMBEIROS, 23.MAR.19, 22h00

PALMELA “O TEMPO DAS GIESTAS” No âmbito das comemorações do Dia Mundial do Teatro, o Teatro Elefante apresenta a peça “O Tempo das Giestas”, uma criação de Fernando Casaca a partir da obra de José Casanova. TEATRO S. JOÃO, 23.MAR.19, 21h30

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cultura

VANESSA ROCHA PROMETE MUITO ESPETÁCULO NA MARCHA SETUBALENSE

Ensaiadora de Alfama abraça marcha do Grupo Desportivo Independente A nova ensaiadora da marcha do Independente promete mais espetáculo no projeto que venceu em 2018 e arrebatou os principais prémios a concurso. Ao seu lado tem a sua cara metade, Diogo Vaz, para a apoiar. texto antónio luís Imagens dr A ensaiadora da marcha de Alfama, Vanessa Rocha, e a sua cara metade Diogo Vaz, marchante da mesma marcha, são as apostas para ensaiar este ano a marcha do Grupo Desportivo Independente (GDI), em Setúbal, a grande vencedora do ano passado com o tema “Rufam tambores e siga a marcha”. Substituem no cargo Bruno Frazão, que conquistou todos os prémios, à exceção da música e da letra. Bruno Frazão, presidente do GDI, realça que, por motivos profissionais «teria que arranjar alguém para me substituir como ensaiador. Primeiro escolhi a prata da casa, como não aceitou o convite, decidi avançar com a melhor de Lisboa». Todavia, Bruno Frazão vai estar envolvido este ano numa marcha de Lisboa. Quanto às suas expetativas para este ano, sublinha que «são sempre as melhores». Espera que, acima de tudo, «se apresente um bom trabalho e essen-

Vanessa Rocha e o marido Diogo Vaz estão empenhados em fazer um bom trabalho no Grupo Desportivo Independente

cialmente que todos se divirtam. As marchas são uma festa e, por isso, que seja prazeroso participar nesta festa. Ao fim e ao cabo, o GDI já conquistou todos os prémios que tínhamos para

conquistar». Já Vanessa Rocha, que teve como seu mestre Carlos Mendonça, diz que aceitou o convite de Bruno Frazão para ensaiar a marcha do Grupo Desportivo

Independente pela «experiência, porque hoje em dia já se fala muito nas marchas de Setúbal». Vanessa Rocha, que também ensaia a marcha da Charneca de Caparica, em Almada, em con-

junto com o seu marido, promete «mais espetáculo» em Setúbal. «Estaleca tenho para dar e vender, porque eu faço marchas com amor. Apesar de ter dois filhos, dedico-me sempre bastante aos projetos em que estou envolvida», vinca, acrescentando que já acompanha as marchas de Setúbal «há alguns anos» e que, apesar de ainda existirem «algumas diferenças no regulamento», as marchas de Setúbal «já se comparam com algumas de Lisboa». A ensaiar a marcha de Alfama há 10 anos, Vanessa Rocha já conquistou seis primeiros lugares e ficou três vezes em 2.º lugar nas marchas populares de Lisboa. «Serei Alfama até morrer», confessa, orgulhosa, revelando que foi marchante de Alfama durante 19 anos. «Comecei a marchar, sempre em Alfama, aos 14 anos, e o Diogo Vaz, o meu marido, começou a marchar há 15 anos, também sempre em Alfama», recorda emocionada.

RAIO-X_TIAGO CONCEIÇÃO

«Vou lutar para conseguir ter uma carreira no fado» O jovem fadista do Seixal quer lutar para ter uma grande carreira na área do fado. Tem 17 anos, pertence ao signo Escorpião, e adorava conhecer Nova Iorque. texto antónio luís Imagens dr Maior sonho profissional ? Ter uma carreira no fado. E pessoal? Viajar pelo mundo. Cidade preferida? Aveiro. Local que gostaria de conhecer? Nova Iorque. Um desejo para 2019? Ter sucesso nos estudos.

Sugestão de leitura

Quem convidaria para um jantar a dois? Uma pessoa especial. Quem é a mulher mais sexy do Mundo? Lele Pons. Complete: A minha vida é… Feliz. O que não suporta no sexo oposto? A teimosia.

Comida e bebida preferida? Marisco e coca-cola. Qual o seu maior vício? Netflix. Que livro anda a ler? Harry Potter e a Pedra Filosofal. Qual o último filme que viu? Aquaman. Melhor peça de teatro? Ó Vai ou Raxa (Teatro Carnaxide).

“Porque Dormimos”, de Matthew Walker, é um livro científico, acessível e esclarecedor sobre o sono, um dos aspetos mais importantes e incompreendido da nossa vida. Questões essenciais como por que razão dormimos ou por que motivo as consequências para a saúde são tão devastadoras quando não dormimos só recentemente foram compreendidas. Apresentando descobertas científicas revolucionárias e sintetizando décadas de investigação, o autor demonstra que o sono está na base de tudo o que somos.

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Melhor música de sempre? Fado. Qual a sua maior virtude? Ser compreensivo. E defeito? Ser teimoso. Como se chama o seu animal de estimação? Fofinha, uma cadela. O que levaria para uma ilha deserta?

Bens essenciais. Dia ou noite? Noite. O que mais teme na vida? Ficar sem a minha família. A quem ofereceria um presente envenenado? A ninguém. O maior desgosto da sua vida? Ainda não tive.

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opinião

A urgência das urgências Atualidades Ana Clara Birrento Vice-Presidente da CPC do CDS-PP Setúbal

fio de prumo jorge santos jornalista

Meteorologia COSTUMAMOS lembrar que quem não sabe o que dizer fala do tempo, mas fiquem descansados que não vamos falar de tempestades nem para isso estamos vocacionados pois limitamo-nos a olhar para o céu e poder prever que a chuva não nos vai apoquentar ou que não é aconselhável ir até à praia por causa do vento. É verdade que os dias têm estado bonitos e que as temperaturas têm sido muito agradáveis para um final de Inverno, embora já se ouçam lamentos porque as hortas começam a ficar afectadas. Não virá referido no almanaque «Borda d’Água», mas já se sente que a temperatura começa a subir porque a 26 de Maio temos as eleições para o Parlamento Europeu. Embora a maior parte dos portugueses, com destaque para os menos privilegiados, não perca muito tempo a discutir qualquer tema, chegando mesmo ao ponto de não saberem quantos deputados lá têm assento. Mas, como estas eleições terão lugar a um mês de acabar a Primavera, é certo e sabido que tudo irá aquecer de imediato pois no dia 6 de Outubro, já em pleno Outono, todos iremos participar no sufrágio para a Assembleia da República. As sondagens vão trazendo alguns números à luz do dia e já se nota que uns líderes e seus adjuntos ficam sorridentes o mesmo não acontecendo com outros que não terão sido tão bafejados pelas previsões. E, porque o assunto ainda irá fazer correr muita tinta, vamo-nos preparando para um Verão bem quente, quer com a realização de comícios quer com os debates nas rádios e televisões, esperando apenas que não nos esqueçamos das comemorações do 10 de Junho e do 5 de Outubro.

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JÁ este ano, os Setubalenses foram agradavelmente surpreendidos (assim pensamos), com uma notícia veiculada em vários órgãos de comunicação social local e nacional sobre um estudo independente efectuado pela Associação de Defesa do Consumidor DECO que contou com a colaboração da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, sobre o tema dos internamentos e consultas. Dizia esse estudo que o Hospital de S. Bernardo foi identificado pelos utentes como um dos melhores hospitais do país nas áreas referidas, obtendo 98% de satisfação. Ora, sabendo nós o caos que dia após dia ouvimos utentes, médicos e enfermeiros relatar, sobre a falta de recursos financeiros, materiais e humanos, ter uma notícia destas só nos pode deixar orgulhosos e dar os parabéns a todos os homens e mulheres, às equipas médicas e de enfermagem, equipas técnicas, administrativas e auxiliares, que lutam pelo bem-estar do seu próximo. Não vamos hoje aqui escrever dos prejuízos para as pessoas causados pelas greves chamadas cirúrgicas dos enfermeiros que só entre Novembro e Dezembro de 2018 deixaram cerca de 700 cirurgias por fazer, e este ano já contam com cerca de 120, no Centro Hospitalar de Setúbal. Nem vamos escrever sobre as cativações que este Governo e o seu Ministro das Finanças têm feito nas várias áreas, que têm possibilitado o equilíbrio do déficit, sobre o qual os socialistas fazem uma bandeira em Portugal e na Europa, mas que têm deixado em estado de emergência a Educação e a Saúde, para nomear só estes dois. Não vamos escrever sobre isto, porque também sabemos que há muitas outras razões ao longo do ano para haver cirurgias adiadas (falta de anestesistas, pioria da condição do doente, etc.), muitas outras greves (conviria, se calhar lembrar que o Governo minoritário do Partido Socialista apoiado pelas Esquerdas tem sido alvo de mais greves do que o Governo do PSD/CDS que nos governou nos tempos muito difíceis da troika). Também

sabemos da incapacidade de alguns Ministros em negociar, em sair da sua autoridade tutelar e de dialogar. O autoritarismo nunca tem razão e o CDS-PP virá a ter razão se a Nova Lei de Bases da Saúde for aprovada assente numa base ideológica cega, e não no paradigma do melhor sistema para a o Serviço Nacional de Saúde, com a possibilidade de respostas de Hospitais como Entidades Públicas Empresariais, ou como Parcerias Público ou Privadas, ou até em colaboração com o Sector Social e Solidário. Do que queremos hoje falar é da reunião tida este mês com o Conselho de Administração do referido Centro Hospitalar de Setúbal, do deputado do CDS-PP por Setúbal, Nuno Magalhães, do Presidente da Comissão Política Distrital, João Viegas e da Vice-Presidente da Comissão Política Concelhia do CDS-PP em Setúbal, Ana Clara Birrento, no Hospital do Outão. Um lugar icónico para os Setubalenses, com um dos melhores serviços de Ortopedia, mas infelizmente num espaço que não foi construído para ser hospital. Ainda assim, quem ali trabalha é do melhor que podemos encontrar nesta área, adaptando-se diariamente às condições do edifício para prestar os melhores cuidados de Saúde. Uma reunião cujo principal objectivo era ouvir, de quem são os actores e agentes desta área tão sensível no panorama social e político português, sobre o Estado da Saúde em Setúbal. Ouvimos os números de utentes em espera para consulta, sobretudo em algumas especialidades (o Estado ainda não conseguiu encontrar uma forma de fixar os jovens médicos que custam cerca de 100 mil euros na sua formação), as dificuldades financeiras com o maior corte orçamental desde 2010, onde a greve dos enfermeiros fez perder cerca de meio milhão de euros, os custos com pessoal devido à necessidade de admissão de mais pessoas resultado da passagem das 40h para as 35h de trabalho semanal. Obtivemos um retrato que não é muito diferente do resto do país. O que é diferente neste Centro Hospitalar é pensar de forma integra-

da, bem ciente dos desafios e dos pontos fracos, e encontrar as oportunidades e os pontos fortes. E foi com grande satisfação que ouvimos propostas tão objectivas e fundamentadas como a necessidade de criação de Unidades de Saúde Familiar (USF), em detrimento das Unidades de Cuidados Primários (UCP), que são mais despersonalizadas. Há em toda a equipa que connosco reuniu a clarividência da necessidade de recrutar e encontrar mecanismos e incentivos de permanência de novos médicos, e de uma forte aposta de funcionamento integrado das Unidades Locais de Saúde. Trabalho Integrado é o conceito. Isto, na opinião dos especialistas, aliviaria em muito aquele que é o grande problema em qualquer Hospital. E Setúbal não é excepção – as Urgências. Na campanha para as eleições autárquicas tivemos oportunidade de dar voz a esta necessidade e o ano passado a presidente do partido, Assunção Cristas, teve oportunidade de visitar o Hospital de S. Bernardo e a sua intervenção terá surtido efeito, pelo menos no desbloqueamento da verba para a construção da nova unidade de Urgências. Mas o que mais inovador, fruto de pensamento sobre a Saúde, nos foi apresentado, foi um projeto piloto para identificar quem são os denominados hiperfrequentadores das urgências, ou seja, os que se dirigem às urgências 10 ou mais vezes por semana. Este rastreio, esta identificação do problema, leva a que, estamos certos, o Serviço de Urgências possa direcionar de outra forma os seus recursos, como por exemplo para a Consulta de Dia em todas as especialidades, como já faz, e fazer uma discriminação positiva das patologias, libertando tempo para os que verdadeiramente necessitam de intervenção urgente. Pela forma inteligente, inovadora e clarividente o CDS-PP quer deixar um agradecimento pela disponibilidade demonstrada e pela forma crítica como esta equipa pensa a Saúde e encontra soluções urgentes para as Urgências.


opinião

EDITORIAL

Raul Tavares diretor

Que a obra nasça em todos os tempos Está a vingar por aí uma certa histeria em volta da alegada campanha do governo com o objetivo aproveitamento para as campanhas eleitorais que se aproximam. É uma situação recorrente em Portugal. Na oposição, os responsáveis do governo atual também lançaram anátemas do mesmo tipo sobre outros governos e, nas autarquias, é público e notório que a(s) obra(s) nasce(m) com outra velocidade assim que o cheiro do voto se acentua. Não me parece algo desajustado, embora, como é bom de ver, os mandatos têm os seus ciclos, que amadurecem ao longo das diversas legislaturas. O mais relevante são os programas e a sua execução. Do ponto de vista político, a tentativa de mostrar as últimas cartadas na fase final desses ciclos, não havendo abusos, não belisca a luta eleitoral. Aliás, vislumbro um sinal positivo, e pena é não haver mais períodos com esta intensidade de fazer coisas e mostrar trabalho. Afinal, os eleitores veem obra a consumar-se, sendo que esta, na maior parte das vezes é sempre positiva, e a que se dá pelo pomposo nome de “eleitoralismo”. O essencial desta desdita, a que nenhum político e partido consegue fugir, é que o eleitor português tem revelado um voto maduro. Já não vai propriamente atrás de qualquer obra de fachada. Faz a sua análise e vota em consciência. E os governos e os responsáveis autárquicos têm o dever de apresentar resultados. Pior seria que não houvesse obra nenhuma. Logo, que a obra se faça, que se tomem as medidas que o país e os portugueses reclamam, em sã convivência política e dentro das normas que os períodos eleitorais aconselham. No final, quem cobra e quem escolhe somos nós, os detentores do voto. A ‘guerra’ mais importante a travar nos próximos anos é o de cativar os abstencionistas a chegar-se às mesas de voto. Esse, sim, é o maior dos desafios que o país enfrenta, para o qual ainda não foi encontrada a obra certa.

Câmara do Seixal investe dois milhões de euros Siga o nosso concelho no novo Passe Social

Joaquim Santos Presidente da CM Seixal

Quando estamos prestes a comemorar 45 anos da Revolução do 25 de Abril, importa recordar que a criação do Passe Social Intermodal foi uma das muitas medidas de enorme alcance social que foram tomadas visando o bem-estar das populações. Nestas mais de quatro décadas, e apesar do aumento desproporcional do seu custo, face ao Salário Mínimo Nacional, e de uma expansão urbana que não foi acompanhada pela adequação, quer da rede de transportes, quer da cobertura do passe social, esta medida foi um elemento importante na promoção da mobilidade alargada e também na contenção dos preços dos transportes um pouco por todo o país. No entanto o desinvestimento verificado nos últimos anos na rede de transportes públicos e a proliferação de concessões a empresas privadas de transporte, deixaram de fora do passe social intermodal importantes operadores, como a Fertagus ou o Metro Sul Tejo no Seixal, que desde a sua implementação sempre estiveram fora deste sistema, prejudicando dezenas de milhares de utentes e retirando a possibilidade de muitos outros aderirem, limitando dessa forma a mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa. Esta situação levou a que os custos com os transportes públicos fossem demasiado elevados, tendo sofrido um agravamento brutal nos últimos anos. Os transportes são mais caros na Área Metropolitana de Lisboa do que em Berlim, apesar dos sa-

lários serem na Alemanha mais do triplo, o que levou a que muitos portugueses tenham abandonado o transporte público, preferindo o transporte individual com todos os custos que essa situação acarreta para o meio ambiente e para a economia do país. É sobejamente conhecida a posição das autarquias CDU, que há mais de duas décadas lutavam para que se alargasse a abrangência deste passe, bem como se reduzisse de forma expressiva o seu custo. Só neste mandato autárquico é que outras forças políticas convergiram nesta proposta, possibilitando que se pudesse avançar para este novo modelo. E também é sobejamente reconhecido o papel do primeiro secretário metropolitano, Carlos Humberto de Carvalho na concretização desta proposta. Estivemos muitas vezes sozinhos, contando com a oposição de praticamente todos os partidos políticos que diziam ser impossível a proposta que os eleitos da CDU apresentavam nas autarquias e na Assembleia da República. Mas apesar da sistemática rejeição, nunca desistimos de lutar por este objectivo, porque sabíamos e sabemos que é justa esta reivindicação, que possibilita concretizar o direito à mobilidade para todos. A luta das populações, a nova correlação de forças na Assembleia da República e a determinação dos autarcas, principalmente os eleitos pela CDU, tornou possível aquilo que era impossível e a partir do mês de Abril, o novo passe social intermo-

dal será uma realidade, permitindo uma enorme recuperação de rendimentos às famílias e demonstrando uma vez mais que as políticas e os políticos não são todos iguais. Não tenhamos duvidas que a exemplo do que sucedeu com a gratuitidade dos manuais escolares, estes avanços não teriam sido possíveis sem a intervenção do PCP. Importa ainda referir o investimento que as autarquias irão realizar, para viabilizar os passes sociais municipais a 30 euros e o passe social para a Área Metropolitana a 40 euros. No caso do Concelho do Seixal, serão cerca de dois milhões de euros anuais, que irão permitir uma poupança de centenas de euros à esmagadora maioria dos utentes e, ao mesmo tempo, dinamizar a procura do transporte público em detrimento do automóvel, contribuindo assim para um futuro mais sustentável. Conquistado este passe, agora é hora de lutar pelo reforço dos transportes no concelho e na Região, nomeadamente mais composições da Fertagus, a expansão do Metro Sul do Tejo, mais e melhores autocarros e mais embarcações. Esta conquista demonstrou que a acção e intervenção dos eleitos da CDU, juntamente com a luta das populações e dos trabalhadores, não só permite travar o desvio de recursos públicos para os grandes interesses privados, como permite garantir que esses recursos são investidos na satisfação das necessidades da população e no desenvolvimento do país.

O papel da Mulher espaço aberto e livre zeferino boal colaborador O MÊS de Março é demagogicamente utilizado como “Mês da Mulher”, não discordamos que tal aconteça, com um senão, entendemos que há muito folclore neste período e nos restantes meses do ano muito pouco se faz pela dignificação da mulher. Vivemos numa sociedade em que a transformação é acelerada, onde a base da familia de procriação natural começa a ser colocada em causa, através de campanhas silenciosas de certos interesses, os quais proliferam ao abrigo da igualdade de direitos. Somos defensores dos direitos humanistas e a igualdade entre homem e mulher, mas o que é diferente deve ser tratado de forma desigual. Toleramos, com dificuldade de compreensão, a homossexualidade. Daí a aceitar como padrão normativo, vai uma distância grande. Uma criança dever ter

um pai e uma mãe, mesmo que ausentes ou separados fisicamente. Uma criança não pode e não deve ser educada no seio de padrões que finjam que não existe a diferença entre homem e mulher. Condeno vivamente a utilização de associações de igualdade de direitos entre seres humanos para fazerem passar mensagens encapotadas que mais tarde desvirtuam a sociedade e causarão danos irreparáveis nas futuras gerações. O papel da mulher na nossa sociedade ocidental é tão fundamental como o do homem. A mulher deve ter a sua própria autonomia profissional e financeira. Num agregado familiar deverá existir a complementaridade e compreensão, mas na familia monoparental o equilíbrio das liberdades individuais derivados da autonomia profissional e financeira são fundamentais. Não sejamos hipócritas, assumamos

que ainda há uma percentagem elevada de mulheres a dependerem do papel do homem, mas começa a existir um grupo de homens de imaturidade em função do comodismo a dependerem da atividade da mulher. Assumamos que a violência doméstica de qualquer natureza é um crime púbico e como cidadão somos impelidos a indagar o que se passa ao nosso redor. Se a violência doméstica é um crime não devemos ter “nojo” ou estarmos limitados em denunciar o que sabemos tal como o deveremos fazer nos casos de corrupção que a todos toca. A diminuição de direitos da mulher ou o condicionamento da sua liberdade individual quer como artista, como economista, como professora, como jurista ou qualquer outra atividade é um flagelo social e prejudica uma sociedade dinâmica e desenvolvida em permanente mutação.

/ Ficha Técnica Diretor Raul Tavares / Editora-Chefe Eloísa Silva / Redação Anabela Ventura, António Luís, Carlos Ribeiro, Cristina Martins, Marta David / Coordenação Comercial Cristina Almeida / Direção de arte Pedro Frade / Design de comunicação Teresa Fortalezas | EDUGEP Digital Solutions www.edugep.pt / Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira / Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio / Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Concessão Produto Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Redação Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com / Telefone: 93 53 88 102 / Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora da Conceição, 50 - Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro / Tiragem 25.000 (média semanal) / Distribuição VASP e Maiscom, Lda. / Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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