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semmais 2019
Um grafismo em mudança, a referência de sempre.
Região
Diretor Raul Tavares
Semanário Região de Setúbal
Edição n.º 1041 9.ª série
Distribuído com o
Sábado 22 junho
2019
Processo deverá ser entregue no primeiro semestre de 2020
Festas do Barrete Verde candidatas a Património Cultural Imaterial Cândido Perinú, presidente do Aposento Barrete Verde, acredita que a classificação das Festas garante que «Alcochete será sempre Alcochete e nunca uma marca branca»pág.4 sociedade
desporto
Campeões das profissões realizam estágio na margem sul
Comércio e Indústria de volta à 1.ª Divisão Distrital
O Centro de Emprego e Formação Profissional do Seixal acolhe por estes dias a seleção nacional das profissões que cumpre o segundo estágio de preparação para o campeonato mundial. O World Skills acontece em agosto, na Rússia. pág. 7
Os seniores do União Futebol Comércio e Indústria sagraram-se campeões distritais da segunda divisão e garantiram o regresso à primeira divisão. A celebrar 102 anos o clube garante que as “prendas” não se esgotam no título e na subida de divisão. pág. 10
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enfoque
Signatários alegam que o investimento devia contemplar os centros municipais
Petição contra Centro de Recolha Oficial Intermunicipal soma 150 assinaturas A CIMAL anunciou a aprovação de uma candidatura para construção de um Centro de Recolha de Animais Intermunicipal. Sem canis em Sines e Grândola, e com os existentes em Santiago e Alcácer “longe do satisfatório”, alguns cidadãos insurgiram-se contra esta intenção e já criaram uma petição. texto eloísa silva Imagens dr A Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) anunciou em janeiro a aprovação de uma candidatura, no valor de um milhão de euros, para a construção de um Centro de Recolha Oficial Intermunicipal (CROI) de animais errantes. A intenção foi agora contestada por um grupo de cidadãos que está «contra a medida» que não salvaguarda as estruturas de proximidade. Bruno Candeias, signatário da petição criada para contestar a intenção que já conta com 150 assinaturas, reforçou ao Semmais que o dinheiro a investir «devia ser aplicado na reformulação dos canis existentes em cada município e na criação de espaços condignos nos concelhos que não têm oferta a esse nível». Santiago do Cacém tem um canil «com 20 ou 30 boxes», que «já não dá resposta às necessidades atuais», e Sines e Grândola «não têm mesmo nada», lamenta. O investimento previsto para a obra, está estimado em «um milhão e duzentos mil euros e contempla um financiamento do poder central de 100 mil euros». O restante, sublinha Bruno Candeias, provém dos orçamentos dos municípios da CIMAL «que o deviam investir nos seus próprios centros, na sua ampliação ou na construção de alternativas. Porque Alcácer do Sal e Odemira não têm nenhum canil e vão ficar a uma centena de quilómetros desse CROI». Todos os municípios (Sines, Grândola, Santiago, Alcácer e Odemira), alegam os signatários, “estão dependentes das associações locais, no que respeita a todo o processo que é, por lei, da sua competência: recolha dos animais das vias públicas, legalização, esterilização e encaminhamento dos animais para adoção”. Com este centro, que é «um erro», também as populações ficarão mais distantes da resposta. Um afastamento que, segundo Bruno Candeias, «poderá dificultar toda a dinâmica dos processos de adoção, comprometendo a saída de animais do sistema». Ana Rodrigues, ativista dos direitos dos animais em Sines, partilha da mesma opinião de Bruno e não entende a intenção da autarquia de Sines em integrar este projeto «depois de já ter sido aprovada a construção do centro de recolha oficial municipal». Em Sines o auxilio à causa animal é prestado por associa-
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Autarquia já adjudicou empreitada do CRO de Sines
Em Sines ainda não existe canil e a resposta que é dada às matilhas de rua é feita com o auxílio de associações
“Karma” sensibiliza contra o abandono
Campanha da Animalife contra abandono na época de verão
A Associação de Sensibilização e Apoio Social e Ambiental (Animalife) lançou recentemente uma campanha de sensibilização contra o abandono de animais que, tradicionalmente, aumenta na época de verão. “Karma” conta a história de um cidadão que se preparar para em-
ções que também vivem a braços com as sus próprias limitações. A Associação São Francisco de Assis, de Santiago do Cacém, «tem um papel fundamental no controlo das matilhas, e é a única, na zona, que tem um espaço de recolha de animais, aceitando animais vindos das ruas de Sines (e do próprio canil de Santiago)
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barcar numa viagem de avião, mas que é impedido por um agente…canino. O animal ladra de forma insistente até o homem ter um rebate de consciência já que minutos antes tinha abandonado o seu “fiel amigo” de quatro patas para poder viajar tranquilamente.
para lhes arranjar famílias. Quer aqui quer no estrangeiro», sublinha Ana. Já a associação “4patasAbrigo de Animais de Sines”, mesmo sem espaço para acolher cães, «tem sido um dos maiores suportes do trabalho dos voluntários que querem retirar os animais das ruas». Só com a ajuda
O vídeo teve milhares de visualizações, foi feito em colaboração com a Polícia de Segurança Pública, e tem por objetivo “despertar as consciências para este flagelo, que todos os anos se assiste em Portugal, principalmente no período do verão e que atinge sobretudo os cães”, explica a Animalife em comunicado. Segundo os últimos dados conhecidos, até agosto do ano passado, tinham sido recolhidos 14 mil cães e gatos pelos Centros de Recolha Oficiais (CRO). A estes, juntam-se os que são resgatados e acolhidos pelas associações de apoio à causa animal e pelas Famílias de Acolhimento Temporário (FAT), que se multiplicam em ações de voluntariado para devolver afeto e alento a animais que, para muitos são “descartáveis” quando deveriam ser parte da família.
da associação «temos conseguido dar resposta às centenas de cães que temos na rua. Temo que um CROI em Santiago, com 350 boxes, não resolva o problema de cinco concelhos». A adjudicação da obra «foi aprovada em maio, mas a informação de que dispomos é nenhuma», lamenta Ana Rodri-
Em resposta à solicitação do Semmais a autarquia de Sines garantiu que já foi adjudicada a construção do Centro de Recolha Oficial de Animais (CRO), “que se localizará na zona norte da cidade”, num investimento de quase 200 mil euros. Pretende-se com a construção do edifício “alojar condignamente os cães e gatos errantes e prestar um serviço médico e de higienização aos animais”. O CRO será construído de forma faseada, primeiro para dar resposta aos cães e depois o alojamento de gatos e restantes infraestruturas de apoio. A obra está orçada em 197.266 euros e as obras deverão arrancar nos próximos meses. gues para quem é difícil prever a dinâmica de um CROI «afastado das pessoas, quer de voluntários quer de veterinários. Como vai ser feita a articulação? Como é que as pessoas de Alcácer vão limpar boxes a Santiago? Como fica a situação dos cães que, certamente, existem em Grândola? Com que regularidade todos os animais serão vistos por um veterinário?». Questões que deixam preocupados os signatários da petição contra a construção do CROI que exigem que o mesmo não seja construído e o investimento que cabe a cada município seja canalizado para a «construção urgente dos CRO Municipais de Sines e de Grândola e para a requalificação e modernização dos CRO Municipais de Alcácer do Sal, Santiago do Cacém e Odemira”.
sociedade
Mutualista Montepio aposta nas redes sociais
Céu de Alcochete enche-se de papagaios
A Associação Mutualista Montepio lançou-se nas redes sociais com um perfil na principal plataforma da criatividade: o Instagram. Relação, engagement e nova dinâmica de interação com associados,
A entrada no verão faz-se com o Festival Internacional de Papagaios de Alcochete (FIPA). Este fim de semana a animação está garantida na praia dos Moinhos, numa organização da Associação
são objetivos desta presença que pretende garantir que a Associação se afirma pelos conteúdos envolventes e focados nas pessoas, mas também pela ativação de influenciadores.
Cabeças no Ar…te e da câmara de Alcochete. Participam nesta 17ª edição do Festival equipas de Alemanha, China, Espanha, França, Bélgica, Itália, Inglaterra, Suíça e Portugal.
Medida não abrange o setor privado e não diferencia condição financeira
Vertigem (ainda mais) Azul
Manuais escolares grátis até ao 12.º ano de escolaridade No ano letivo que arranca em setembro todos os alunos do ensino público estão abrangidos pela medida do governo que garante livros gratuitos para todos. Falta, segundo alguns docentes, tornar a medida universal e adequada a quem mais precisa. texto eloísa silva Imagens dr gisto na internet devem dirigirse à escola que os educandos frequentam e pedir os vouchers em papel. A 9 de julho começa a emissão dos vales para os alunos que já beneficiaram da medida o ano passado, transitaram de ano e permanecem na mesma escola, enquanto que a emissão para os restantes alunos começa a 1 de agosto Os alunos dos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico têm que devolver, até ao final deste ano letivo, ou após os exames nacionais, e em bom estado de conservação, os seus manuais escolares. Se os livros não estiverem em condições de ser reutilizados ou se o encarregado de educação não devolver os manuais, terá de pagar o valor dos mesmos. Livros de fichas e packs pedagógicos não integram esta medida do governo
O programa de gratuitidade e reutilização de manuais escolares é alargado, já a partir de setembro, ao 3.º ciclo do ensino básico (7.º, 8.º e 9.º anos) e ao ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos), abrangendo, assim, toda a escolaridade obrigatória. Os estudantes do ensino privado continuam excluídos deste regime. A distribuição dos manuais escolares gratuitos, novos ou usados, é feita através de uma plataforma online, a MEGA, na qual os encarregados de educação terão de se registar antecipadamente. Importa referir que
os cadernos de atividades, bem como os restantes materiais dos packs pedagógicos não estão incluídos nesta “oferta”. Depois de registados na MEGA os encarregados de educação poderão aceder aos vales emitidos, através do Número de Identificação Fiscal (NIF) para levantamento dos manuais nas escolas (os usados) ou nas livrarias aderentes (os novos). A lista de livrarias não é conhecida, uma vez que a plataforma ainda não está em funcionamento. Os encarregados de educação que não possam fazer o re-
Terminal Interface de Setúbal abre em 2020 Se arrancar ainda este ano, e for cumprido o prazo de 400 dias de execução da obra, o novo terminal Interface de Setúbal, a construir na praça do Brasil, deverá inaugurar antes do final de 2020. A empreitada foi adjudicada esta semana pela autarquia sadina por 4 milhões 213 mil e 667,89 euros, acrescido de IVA, à empresa Alexandre Barbosa Borges. O novo terminal, a construir junto da estação ferroviária, contempla um parque de estaciona-
mento subterrâneo e infraestruturas de apoio, e irá concentrar num só local as ofertas de transporte rodo e ferroviário da cidade. O projeto, designado de PAMUS 01 – Interface de Setúbal, enquadra-se na estratégia de mobilidade para a cidade, e integra uma candidatura ao Portugal 2020 para obtenção de financiamento no âmbito dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano.
Professores aplaudem a medida, mas sugerem melhorias Uma das “condicionantes” deste programa, para João Castelão é, precisamente, essa «Muitos dos manuais não estão preparados para ser devolvidos». João é professor há trinta anos e alerta que a génese da medida merece atenção. «A gratuitidade dos manuais pode ser interessante, mas, é evidente, não deveria ser universal. Há muitos alunos que usufruem da medida sem necessitarem, faltando às escolas recursos para acudir a problemas graves, nomeadamente em zonas muito carencia-
das socialmente». Sandra Caferra, dá aulas numa IPSS no Pinhal Novo, ao primeiro ciclo. Precisamente o nível de ensino onde é mais difícil reutilizar manuais. «A medida devia ser pensada por ciclos. No caso do primeiro ciclo defendo a gratuitidade dos manuais, mas a sua reutilização é impensável. Os manuais escolares são ferramentas de trabalho, não servem apenas para consulta. Sem falar nas mochilas cheias de lanches esmagados e a quantidade de vezes que os manuais ficam encharcados devido a garrafas mal vedadas», sublinha. Sara Almeida considera a medida «excelente», apesar de discordar que «uns alunos recebam livros novos e outros livros “apagados”». Sara é docente no ensino público há quase 17 anos e acredita que a gratuitidade de manuais «beneficia os alunos e a escola pública». Contudo, diz, o «condicionamento do uso dos livros, que não podem ser entregues danificados, devia ser repensado. Os manuais são caros e inacessíveis a muitas famílias. Com esta medida há menos alunos sem manuais, mas continuarão a existir muitos sem cadernos de atividades e sem os outros materiais indispensáveis», lamenta. O Semmais tentou, sem sucesso, obter a posição de professores do ensino privado e esclarecimentos do Ministério da Educação.
Barreiro homenageia Bombeiros O Município do Barreiro prestou homenagem aos «Soldados da Paz», numa cerimónia que teve lugar no Largo do Mercado Municipal 1º de Maio, onde foram entregues as medalhas de Dedicação e Bons Serviços aos Bombeiros que completaram 10 e 20 anos de serviço. Frederico Rosa, presidente da autarquia, elogiou a capacidade operacional que os barreirenses têm à sua disposição e que recentemente foi posta à prova no maior Exercício Internacional de Proteção Civil - Cascade´19 –
realizado em território nacional e do qual o Barreiro foi parte integrante. “Só sei um caminho de gerir o município com rigor e pés no chão, fazendo, no poder, aquilo que disse que iria fazer quando estava na oposição. Por isso tenho orgulho que desde 2018 os Bombeiros tenham mais verbas, mais Equipas de Intervenção Permanente, mais viaturas e estejam no caminho para ter aquilo que me caí na responsabilidade, um Barreiro mais seguro e uns barreirenses mais protegidos”, enalteceu o autarca.
Galardão foi hasteado ontem
O “Esperança”, veleiro catamarã de 23 metros, propriedade da Vertigem Azul, hasteou ontem a Bandeira Azul da Europa que exibe pelo terceiro ano consecutivo. A cerimónia oficial decorreu na presença de dezenas de crianças de um infantário da Costa de Caparica que participavam no “Programa Escolas – Conhecer os Golfinhos do Sado” a bordo da embarcação de ecoturismo. “O Esperança”, modelo único a operar em Portugal continental, com atuação no Estuário do Sado, costa de Troia e Arrábida, foi uma de duas embarcações portuguesas distinguidas pela Associação Bandeira Azul da Europa, com o símbolo máximo de qualidade, segurança e boas práticas ambientais. “As boas práticas ambientais, a segurança dos passageiros e a consciencialização dos visitantes para a necessidade de proteção do ambiente marinho e costeiro são os principais requisitos e objetivos prioritários para a Vertigem Azul, proprietária da embarcação galardoada, para que a mesma possa hastear a honrosa bandeira azul”, realça Maria João, responsável da Vertigem Azul. Esta distinção, segundo Maria João, “vem reconhecer e distinguir o esforço feito na conservação do Estuário do Sado e Arrábida, áreas que reúnem um património natural único, pelo facto de promovermos medidas de preservação e educação ambiental”. Este é o terceiro ano consecutivo que o veleiro recebe a Bandeira Azul da Europa. ES
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sociedade
Candidatura resulta de um acordo entre a autarquia e o Aposento do Barrete Verde
Festas do Barrete Verde de Alcochete candidatas a património cultural imaterial Blindar a tradição às imposições culturais atuais é o principal objetivo da candidatura das Festas do Barrete Verde a património imaterial. A câmara e o Aposento já começaram o processo de investigação histórica e cultural que irá fundamentar a candidatura à Unesco. Em entrevista ao Semmais Cândido Perinú, presidente do Aposento do Barrete Verde, enaltece que esta será mais uma forma de enaltecer o forcado, o campino e o salineiro. A história viva da região pode vir a ser considerada património cultural e imaterial da humanidade. texto eloísa silva Imagens dr
teração, esta será aprovada e registada no inventário nacional do Património Cultural Imaterial. Importa referir que a concretização deste processo de inventariação só será possível graças ao apoio da câmara municipal de Alcochete, em particular do vereador Vasco Pinto, que nos incentivou a estabelecer esta parceria, que se pretende duradoura e de sucesso.
Foi assinado em maio o acordo de colaboração, com a câmara de Alcochete, para esta candidatura. Mas a ideia nasceu antes… Sim. Foi-nos solicitado uma reunião com o vereador da cultura local, na qual nos lançou o desafio de, em parceria, elevar as festas a Património Cultural Imaterial. Que reconhecimento esperam garantir, com esta candidatura? Este reconhecimento trará a Alcochete a segurança de ver a sua génese perpetuada. Com este feito a nossas tradições ficam blindadas às imposições de cultura do gosto, que estão muito na moda, e a tentativas de aculturação, que cada vez mais transfiguram as comunidades, extinguindo os traços identitários que as definiam como tal. Esta é mais uma garantia que Alcochete será sempre Alcochete, e nunca será uma “marca branca”.
Fernando Pinto, Vasco Pinto e Cândido Perinú. Autarquia e Aposento vão preparar a candidatura
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Qual é o próximo passo na formalização da candidatura? O Aposento do Barrete Verde de Alcochete e o Município de Alcochete, irão dar início a um processo de investigação rigoroso com recurso à observação direta das ações de preparação, realização e desmontagem das festas. Para além de todas as dinâmicas sociais e envolvência da comunidade no evento, com o respetivo registo fotográfico, vídeo, entrevistas e histórias de vida. Em simultâneo, irá ser feita uma investigação histórica e documental e respetivo tratamento de toda a informação recolhida, para ser submetida à Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), através de uma ficha de inventário. Esta investigação deve decorrer do estudo do presente para o passado, onde a maior incidência se encontra na atualidade, ou seja, como são as festas nos dias de hoje. Só depois da apreciação da DGPC a população poderá conhecer o conteúdo da candidatura, na consulta pública… Posteriormente, e após a construção deste processo de investigação, iremos submete-lo para apreciação da DGPC, aguardar pelas suas apreciações e depois, sim, será disponibilizado para consulta pública. Caso não existam propostas de al-
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O que diferencia as Festas do Barrete Verde e das Salinas das demais? As Festas do Barrete Verde e das Salinas diferenciam-se das outras, não pela temática, não pela oferta musical ou cultural, mas, sim, pela forma como é vivida pelos Alcochetanos. O Aposento do Barrete Verde incorpora isso, e materializa este sentimento que é nosso, mas que a cada 2º domingo de Agosto, estamos dispostos a partilhar com todos. É desta vivência que as festas se tornam especiais. Se nos sabe bem uma “sardinha no pão, naquela noite de Agosto”, melhor sabe quando um alcochetano nos convida para sentar, oferece-nos um copo de vinho, e conta-nos (orgulhosamente) as vivências das festas do seu tempo. Se não há nada mais bonito que ver sair um toiro à rua, melhor é quando isso acontece ao lado de um antigo forcado, que ao ver o ferro do bicho, confessa-nos a história de uma pega de há 50 anos, a um outro da mesma casa. Este é o motivo pelo qual as Festas do Barrete Verde e das Salinas são únicas. Porque são vividas intensamente por todos os Alcochetanos, e porque estes as partilham com todos, com a mesma intensidade. Valorizar as figuras basilares da festa acaba por ser um dos critérios essenciais desta candidatura e objetivo maior da classificação pretendida? Os critérios encontram-se definidos pelo regime jurídico em vigor, devidamente articulado com a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO. No nosso caso trata-se de um evento festivo, considerado uma tradição viva, de enorme envolvência para a região e que marca, profundamente, a identidade da nossa comunidade quer nas iniciativas únicas, que se realizam todos os anos, quer na envolvência da comunidade local e de quem nos visita. Mas, acima de tudo, valoriza as figuras centrais homenageadas pela Festa; o Forcado, o Campino e o Salineiro. Este ano assinala-se a 78.ª edição. Que surpresas está o Aposento do Barreto Verde a preparar? Haverá muitas Largadas de Toiros e podemos desde já adiantar que haverá Entradas de Toiros todos os dias. O resto, será surpresa... As festas do Barrete Verde e das Salinas 2019 decorrem entre 9 e 16 de agosto, em Alcochete.
sociedade
Anselmo Ralph e Luís Represas são cabeças de cartaz das Festas Populares de S. Pedro
«Estas festas são um momento de cultura, tradição e identidade» De 26 de junho a 1 de julho, Montijo festeja o santo padroeiro dos pescadores: as Festas Populares de S. Pedro 2019 trazem Anselmo Ralph, Luís Represas, Belito Campos, procissões, largadas e muito mais para ver e desfrutar. texto antónio luís Imagens dr
É esperada a presença de 300 mil visitantes, numas festas que têm abertura oficial agendada para o dia 26 de junho, às 19h00, frente ao edifício dos Paços do Concelho. O orçamento é de 200 mil euros. O edil Nuno Canta sublinhou que as festas «honram as nossas tradições, a nossa cultura e os pescadores», e que são «um momento de cultura, tradição e identidade». Já o presidente da comissão de festas, José Manuel, destacou que na procissão noturna vai marcar presença o andor com a Nossa Senhora da Oliveira, padroeira de Canha, um «desejo antigo». Anselmo Ralph vai atuar no dia 1 de julho, às 22h00, na Praça da República e Luís Represas no mesmo local, mas no dia 26 de junho, pelas 22h30. Quanto a Belito Campos apresenta-se na
Apresentação das festas do Montijo decorreu no Museu Municipal Casa Mora
Noite da Rádio Popular FM, no dia 27, às 22h30, também no palco da Praça da República. Não há Festas Populares de S. Pedro sem momentos religiosos e de fé: assim, no dia 29 de junho, a procissão fluvial tem saída marcada do Cais dos Va-
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pores às 11h30, a missa solene de S. Pedro tem lugar na Igreja Matriz do Divino Espírito de Santo, às 18h00 e a procissão noturna percorre as artérias principais das festas, a partir das 22h00. A corrida de touros na Praça Amadeu Augusto dos Santos
decorre no dia 28 de junho, a partir das 22h00, com os cavaleiros Luís Rouxinol, Pablo Hermoso de Mendoza e João Moura Caetano e os grupos de forcados da Tertúlia Tauromáquica do Montijo, Amadores do Montijo e Aposento do Barrete Verde de Alcochete. Este ano, a grande noite de comes e bebes é no dia 28 de junho, a partir das 00h00, na Rua Joaquim de Almeida e no Bairro dos Pescadores. O Bibe Elétrico vai sair à rua nos dias 26 de junho, às 00h00, e no dia 29, às 01h30. A estes destaques junta-se uma programação vastíssima em vários palcos com artistas, grupos e associações locais, mas também com outros nomes da música nacional como Tó Semedo e Fernando Correia Marques (Palco Dance Fusion).
De realçar, também, os momentos tradicionais ligados à classe piscatória e que decorrem no dia 30 de junho, Dia de S. Marçal: a “Lavagem”, pelas 9h00, na Quinta do Saldanha; a Arrematação de Bandeiras e Imagem de S. Pedro, às 11h00, frente à sede da Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense e o Almoço da Classe Piscatória, às 13h00, no mesmo local. Quanto a novidades destaca-se a introdução de três toiros em cada uma das sete largadas, que terão lugar na Rua Joaquim de Almeida, nos dias 26, 27, 28, 29, 30 de junho e 1 de julho. Este ano, as festas reforçam, também, o seu cariz solidário. A comissão de festas entregou 600 chapéus de palha à CERCIMA, para apurar receitas para a construção do Lar Residencial para os seus utentes.
sociedade
Preparação para o Mundial no Centro de Emprego e Formação Profissional
Seleção portuguesa das profissões em estágio no Seixal até dia 28 texto paulo feliciano* Imagens iefp
Campeonato acontece em agosto na Rússia
A seleção dos melhores jovens profissionais e dos jurados no 1.º estágio em Tomar
Sónia Caetano (à esq.), de Mecatrónica Industrial e Ana Filipa Coelho (à drt.), de Cozinha no 1.º estágio em Tomar
De 23 a 28 de junho, a seleção portuguesa das profissões reúne-se no Seixal, no Centro de Emprego e Formação Profissional, para cumprir o segundo dos dois estágios de preparação para o Campeonato Mundial das Profissões, o WorldSkills Kazan 2019. Esta competição realiza-se, na Rússia, já no próximo mês de agosto. Portugal vai ser representado por esta equipa de 14 jovens e 14 jurados que vão mostrar as suas competências em 12 profissões. À semelhança do que aconteceu na primeira semana de preparação, que se realizou em Tomar, ao longo destes dias vai ser reproduzido, o mais fielmente possível, o ambiente de um campeonato. Nada foi deixado ao acaso. Cada equipa (composta pelo concorrente, pelo jurado que o vai acompanhar a Kazan, pelo preparador técnico e por um formador da área) vai encontrar postos de trabalho devidamente munidos com todos os materiais e equipamentos necessários ao desenvolvimento das provas que os concorrentes terão de executar ao longo de 22 horas, repartidas entre segunda e quinta feira. Para aumen-
tar o nível de competitividade, esta semana vai contar com a participação de concorrentes e jurados internacionais. França, Bélgica, Rússia, Coreia e Brasil foram os países convidados em profissões como o CNC, a Robótica, a Soldadura ou a Estética. As provas têm por base os descritivos técnicos da WorldSkills Internacional e serão depois avaliadas de acordo com os critérios de avaliação internacionais. Há ainda lugar para a realização de reuniões por equipa e em grupo, visando obter diagnósticos rigorosos da prestação de cada concorrente e definir os próximos passos no âmbito do plano de preparação, que está em curso até às vésperas da partida da seleção para Kazan. Para além de toda a componente técnica, o estágio cumpre com outros objetivos igualmente importantes, especialmente quando se trata de uma competição internacional dirigida a jovens. Apesar de já ter representado Portugal num campeonato europeu, esta equipa está ciente do acréscimo de exigência subjacente a um campeonato do mundo que reunirá 1600 concorrentes em 56 profissões.
Jovens com férias (des)ocupadas em todo o distrito
É por este motivo que a organização definiu um cronograma rigoroso que integra diariamente reuniões prévias ao início das provas, ginástica laboral, preparação dos postos de trabalho e, no final do dia, avaliação de desempenho e sessões de treino mental e emocional para a competição. Este segundo estágio constitui-se como uma das últimas etapas de um ciclo que teve início no final de 2017, com as provas de pré-seleção, e que terá o seu apogeu em Kazan, no campeonato do mundo. Para a WorldSkills Portugal, os estágios já são etapas incontornáveis na preparação dos concorrentes. Juntamente com a formação específica que cada concorrente frequentou e continuará a frequentar nas respetivas entidades formadoras, com uma duração média de 1000 horas, é um garante de uma prestação mais sustentada do ponto de vista técnico e emocional, contribuindo para aproximar Portugal dos objetivos traçados em termos de participação no próximo Campeonato do Mundo e para espelhar a qualidade da formação profissional ministrada no nosso país.
Os Campeonatos das Profissões são competições dirigidas a jovens entre os 17 e os 25 anos, que concluíram ou se encontram a frequentar um percurso de qualificação, em modalidades de educação e formação profissional, onde se destaca o nível individual de competências, rigor e domínio de técnicas e de ferramentas para o exercício de cada profissão a concurso, através da realização de provas práticas de desempenho avaliadas segundo critérios exigentes e de acordo com prescrições técnicas estabelecidas internacionalmente por júris compostos de peritos altamente qualificados (formadores, profissionais, empresários). Os Campeonatos Nacionais têm lugar de 2 em 2 anos e reúnem os classificados com as melhores pontuações na fase de préseleção, que disputam entre si o título de campeão nacional em cada profissão. Os campeões da fase nacional candidatam-se, assim, a uma participação nos Campeonatos Europeu e Mundial das Profissões, organizados, respetivamente, pela WorldSkills Europe e pela WorldSkills International. Na última edição do Campeonato Europeu das Profissões – EuroSkills Budapeste 2018, a seleção portuguesa teve um resultado de excelência naquele que foi o campeonato europeu mais participado de sempre e onde as médias de desempenho dos jovens estiveram todas a um nível muito elevado. Considerando o número médio de pontos por participante, Portugal ficou na 8.ª posição entre 28 países europeus, tendo conquistado 3 medalhas de bronze e 6 medalhas de excelência. Esta seleção representará agora Portugal no Campeonato do Mundo das Profissões, que se realiza de 22 a 27 de agosto, na cidade de Kazan, na Rússia.
*Vice presidente do IEFP/Delegado oficial da World Skills
Há atividades em todos os concelhos
Com o verão, chega a altura em que o ano letivo termina, com um período prolongado de férias – cerca de dois meses e meio – para as crianças e os adolescentes de todo o país. Nesta altura, os encarregados de educação, que continuam a trabalhar, enfrentam o problema de deixar os seus filhos sozinhos. Para solucionar esta questão, os concelhos de Setúbal já começam a publicar as suas alternativas para os jovens, com atividades em locais onde os mesmos passam todo o dia, na companhia de adultos que olham por si e, claro está, de outras crianças na mesma situação. A capital de distrito tem já abertas as inscrições para os seus “Ateliers de verão”, que contam no seu programa com atividades desportivas ao ar livre, como remo, canoagem e natação, e de caráter artístico, como oficinas de hip-hop, teatro e danças latinas, com um público -alvo dos 6 aos 18 anos de idade. Em Grândola, existe o ‘Bora Lá Bulir’, um projeto juvenil que já existe no concelho desde 1999 e que tem por objetivo «contribuir para a ocupação dos tempos extra lectivos/livres dos jovens através do desenvolvimento de atividades que promovem uma experiência em contexto de trabalho». Este ano, são 106 os jovens que irão participar nesta iniciativa, com idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos, nos meses de Julho, Agosto e Setembro. Noutros municípios, como Alcácer do Sal, Seixal ou Palmela, o tema principal é o desporto, com várias modalidades que se podem praticar, desde basquetebol, futsal ou desportos aquáticos. Em suma, todos os concelhos têm previsto programas de ocupação das férias dos jovens, semelhantes nas actividades disponíveis e com a diferença a residir apenas na nomenclatura que lhes é atribuída por cada executivo camarário. As informações de inscrição e as atividades podem ser consultadas, de uma forma mais detalhada, nos sites oficiais de cada uma das localidades dos concelhos que integram o distrito de Setúbal. CR
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Sines dá desconto na fatura digital da água
Palmela acolhe gigantones internacionais
As faturas da água em Sines podem agora ser obtidas digitalmente, através do seu e-mail, em qualquer dispositivo eletrónico. A adesão à fatura digital concede um desconto 10 por cento na compo-
O FIG - Festival Internacional de Gigantes está de regresso ao Pinhal Novo, de 5 a 7 de julho, numa organização do município, Bardoada - O Grupo do Sarrafo, ATA - Ação Teatral Artimanha, Associa-
nente fixa da fatura de água, esgotos e resíduos durante um ano. Além de ser mais prático para o consumidor, protege o meio ambienta e é economicamente mais sustentável.
ção Juvenil COI e PIA - Projetos de Intervenção Artística. A realização do certame irá impedir o estacionamento e a circulação em várias artérias da vila de Pinhal Novo.
MARCHAS POPULARES DE SETÚBAL DESFILAM NA AVENIDA
Intervenção repartida por autarquias
«Espero que seja uma grande festa e que animem a cidade»
Santiago requalifica estrada municipal 545
As oito marchas populares apresentam-se este sábado à noite na Avenida Luísa Todi para celebrar os Santos Populares e cumprir uma tradição de 30 anos. texto antónio luís Imagens simões da silva
Natália Abreu (letra) e Artur Jordão (música) autores da grande marcha de Setúbal
O ator setubalense Fernando Luís, que se celebrizou na série televisiva “Inspetor Max”, é o presidente do júri das marchas populares de Setúbal, que este ano desfilam sob o lema dos 200 anos do nascimento do poeta “Calafate”. Eis as oito marchas a concurso: Pontes (“Setúbal varina, num perfeito dialeto”); Bairro Santos (“Tradições de um povo num rio beijado pelo Sol”); Pa-
lhavã (“P’ra que horas é o aviso?”); Praiense (“Com o mar aqui tão perto”); Perpétua Azeitonense (“Música Maestro”); Bicross (“No coração, a nossa marcha é rainha”); “Os 13” (“Das salinas aos bailaricos, pelo meio um namorico”); e Independente (“Choco frito, o sabor que só Setúbal tem”). Extra-concurso desfilam as marchas da APPACDM (“A música do meu silêncio”), Perpétua
Este domingo a Base do Montijo está de portas abertas
População de Sesimbra ganha novos acessos pedonais
A Base Aérea n.º 6, da cidade do Montijo, assinala o seu 67.º aniversário da Força Aérea Portuguesa este domingo, dia 23 de junho, das 10 às 17 horas, com o Dia da Base Aberta para toda a população. Um dia em que a BA6 está aberta à população, com demonstração de meios e capacidades operacionais. Vão existir demonstrações cinotécnias, visitas à torre de controlo, sorteio de batismo de voo, exposição estática do Centro de Treino de Sobrevivência da Força Aérea e de meios e capacidades. Visite a BA do Montijo.
Na rua da Almoinha, entre o entroncamento com a estrada da Abadessa, próximo dos campos de ténis, em Santana, está em curso a construção de percursos pedonais no âmbito do Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS). Os trabalhos vão abranger a quase totalidade desta via, com cerca de dois quilómetros. A obra, orçada em 100 mil euros, é financiada pelo município, com o apoio do Portugal 2020. Está ainda a decorrer a construção de acessibilidades pedonais entre Alfarim e Caixas, e entre Maçã e Santana.
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Azeitonense (“Moinhos da nossa terra”) e Bicross (“Ligeiras vão saltitando”). O certame foi apresentado na Casa da Cultura, no dia 17, tendo o vereador da Cultura, Pedro Pina, sublinhado que as marchas são «a expressão maior do associativismo e da capacidade das pessoas se moverem em prol da cultura popular». E conclui: «Espero que seja uma grande festa e que as marchas animem a cidade». Sobre a envolvência de ensaiadores de Lisboa nas marchas sadinas, Pedro Pina referiu que «é bem-vindo quem vier por bem. Essa decisão ultrapassanos pois compete às coletividades escolherem os ensaiadores». Honrado com o convite, Fernando Luís afirmou: «É sempre um prazer participar em iniciativas culturais como esta. Espero dar o meu melhor». No júri estão Ricardo Cristas (cenografia), Diana Vieira (coreografia), Rita Melo (figurino), Ester Correia (letra) e António Laertes (música).
Troço entre Faleiros e o Lousal já está circulável. Intervenção custou 150 mil €
A requalificação do troço da EM 545, entre Faleiros e a ponte sobre a ribeira de Corona, que permite o acesso ao Lousal, está pronta. A intervenção, orçada em 150 mil euros, resultou de acordo com o município de Grândola, que ajudou na comparticipação dos custos. O edil Álvaro Beijinha, sublinhou que esta estrada de Santiago é o único acesso ao Lousal, «e há muito que a sua recuperação era desejada pela população». Nesse sentido, e por esta via se encontrar muito deteriorada, «entendemos realizar este protocolo no qual a Câmara ficou responsável por lançar o concurso público assumindo a posição de
Abra a bagageira na Moita
Barreiro bebe água de boa qualidade O município acaba de divulgar os relatórios de análises da água realizadas no 1.º trimestre, que concluem que apresentam “resultados em cumprimento dos Valores Paramétricos. Evidencia-se deste modo a boa qualidade da água”. Por isso, a qualidade da água para consumo público, medida pela percentagem de análises em conformidade com os requisitos de qualidade, é de excelente qualidade, colocando-se numa posição de destaque no panorama nacional”. De salientar que o município faz um plano de amostragem para avaliação da qualidade da água distribuída por esta Entidade Gestora, em cumprimento do Programa de Controlo de Qualidade.
A marginal recebe, este sábado, das 10 às 18 horas, a feira de venda de artigos em segunda mão “Abra a Bagageira”, sempre com inscrição prévia. Recorde-se que esta feira é promovida pelo município, mensalmente, ao quarto sábado. Se tem em casa artigos de que gostaria de se desfazer, como livros, brinquedos, mobiliário, discos, selos, acessórios, roupas, entre outros, tem aqui uma oportunidade para os vender.
dono da obra, tendo o projeto sido elaborado pelo município de Grândola que garantiu metade dos encargos da obra». Álvaro Beijinha sublinha que era uma intervenção necessária, por isso a rapidez na sua execução. «Posso adiantar que está em perspetiva repavimentar o restante troço até ao IC1, e já fizemos acordo com a Câmara de Grândola para que comparticipe em 50% esta nova intervenção». O autarca concluiu ainda que «fez todo o sentido resolver-se este problema, que era antigo, sendo que hoje a estrada municipal 545 tem todas as condições para quem precisa de chegar ao Lousal».
Alcácer do Sal em festa com a PIMEL A 29.ª PIMEL – Feira do Turismo e das Atividades Económicas, que arrancou ontem, promete muita animação até segunda-feira no parque de feiras e exposições da cidade. O evento mostra o melhor do concelho e inclui exposição de gado e máquinas agrícolas, Horror Fest, raid equestre, expositores diversos, concursos de mel, doçaria e petiscos, tasquinhas, wine bar, colóquios, espaço criança e muita música, com destaque para as atuações no palco principal dos cabeças-de-cartaz Amor Electro (dia 22), Blaya (23) e Calema (24). A feira é promovida pelo município em parceria com a Associação de Agricultores de Alcácer e o Crédito Agrícola Mútuo de Alcácer e Montemor -o-Novo.
local
Embarcação voltada para o tejo
‘Bote’ de Alcochete viaja até Lisboa
Administração do Porto de Lisboa e Câmara Municipal já firmaram parceria
O Bote Leão irá passar a viajar até Lisboa graças a um protocolo assinado esta semana entre o município e a APL. Permite a acostagem do “rei dos nordestes” nas docas de Alcântara, St.º Amaro, Belém e Pedrouços, estando prevista para breve a inclusão de novas rotas para os passeios turísticos do município. Para o edil Fernando Pinto, «trata-se de medida extraordinária que permite colocar
na nossa rota turística outros percursos e, não obstante as dificuldades que temos tido no equilíbrio das contas, responder ao desafio de ficarmos mais virados para o Tejo». Já Ricardo Medeiros, da APL, confirmou que este tipo de colaborações é essencial para promover a atividade turística e responder ao interesse crescente pelos passeios no rio e dar a conhecer a margem sul.
Grândola quer salvaguardar obra de Zeca Afonso
A Associação José Afonso lançou uma petição na qual requer ao Ministério da Cultura a classificação como de interesse nacional da obra de José Afonso, com vista à sua salvaguarda e valorização. “Sendo incontornável a importância da obra de José Afonso na cultura portuguesa, nos domínios da poesia, da música e da interpretação e tratando-se de uma figura de âmbito universal, com um património riquíssimo, as gerações atuais não têm acesso à maioria dos trabalhos editados, no quadro de uma situação nebulosa decorrente do processo de insolvência da editora Movieplay”, recorda a autarquia grandolense. Todos os que partilhem “esta necessidade e este dever” para com a memória de Zeca Afonso, devem assinar a petição “transformando este ato numa grande exigência nacional”.
Almada promove oficinas para famílias A Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea acolhe este domingo, dia 23, a partir das 15 horas, mais uma oficina de arte dedicada a toda a família e em que a viagem pela origem da vida é o mote, intitula-se “Oficinas de Desenho em grande escala inspiradas na origem da vida”. Esta oficina terá como inspiração e expiração o elemento “ar”. Tintas vegetais com origem no jardim vão misturar-se ao ritmo dos vários desafios de desenho propostos aos participantes para criar uma ilustração coletiva. Registaremos a passagem da vida dos oceanos primitivos para a terra, e a evolução dos primei-
ros organismos a respirarem o ar o nosso planeta.
Seixal inaugura novo quartel A secção destacada dos Bombeiros Mistos, em Fernão Ferro, inaugura dia 29, às 11h30, com investimento superior a 407 mil euros. A centralidade da sua localização, próximo da zona onde irá ser construído o hospital, em relação à área sul do concelho possibilita o aumento do raio de ação dos bombeiros. Tem área coberta para o
estacionamento de viaturas operacionais e outra para albergar as áreas de comando, administração, operacionais e de apoio. Está também prevista para este edifício a transferência da 2.ª secção dos Bombeiros Mistos do Concelho do Seixal, de Foros de Amora, onde se encontra a funcionar a Unidade Local de Formação da Escola de Bombeiros.
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desporto
Câmara de Setúbal cede ações do VFC
Campo de Vale da Abelha requalificado
A câmara de Setúbal aprovou a cedência, gratuitamente, ao Vitória Futebol Clube, das dezasseis mil e onze ações que ainda tinha subscritas da SAD, para “reforçar o peso nas decisões de gestão”. A
Sob a égide da celebração dos 94 anos do Clube de Paio Pires a requalificação do campo do Vale da Abelha, é a prenda de aniversario. O equipamento vai dispor de um campo de futebol de 9, em vez do de
deliberação segue para apreciação da Assembleia Municipal e não inviabiliza, segundo a autarquia, o apoio do município às atividades desenvolvidas pelo clube sadino.
cinco, uma nova bancada coberta com capacidade para 900 pessoas, uma sala de reuniões, ginásio e novos balneários. As obras deverão estar concluídas no próximo ano.
DOIS ANOS DEPOIS, COMÉRCIO INDÚSTRIA REGRESSA À 1.ª DIVISÃO DISTRITAL
«Os meus jogadores foram inexcedíveis perante as adversidades» A festejar os 102 anos, o Comércio Indústria recebeu uma excelente prenda dos seus atletas. A equipa sénior acaba de sagrar-se campeã distrital da 2.ª Divisão e está de regresso à 1.ª Distrital, dois anos depois da saída. O relvado sintético é o objetivo seguinte. texto antónio luís Imagens dr Dois anos depois, o União Futebol Comércio Indústria, de Setúbal, está de regresso ao campeonato da 1.ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Setúbal, depois de a equipa sénior ter batido o Seixal por 3-1, no dia 20, no relvado da Várzea, cedido gentilmente pela V. Setúbal para o último jogo da temporada e para a entregue da taça e dos faixas de campeões. Luís Lança, o presidente do UFCI, realça que está «muito satisfeito» com o título alcançado. «Foi um ano muito duro, longo e com fases menos boas mas conseguimos levar a água ao nosso moinho. Sermos campeões era o objetivo a que nos tínhamos proposto. Este clube centenário merece estar na 1.ª Divisão».
Atletas e equipa técnica do Comércio e Indústria celebraram a vitória no relvado
Já o treinador Carlos Ribeiro, considera que o título é «mere-
cido, porque fomos os melhores durante a 1.ª e a 2.ª fase da tempo-
rada. Estivemos sempre no topo da classificação desde o início». E recorda que no ano passado, «quase que íamos subindo de divisão mas, este ano, conseguimos os objetivos». Na sua opinião, o «esforço e a dedicação» dos jogadores está na base do sucesso desta equipa setubalense. «Os meus jogadores foram inexcedíveis, perante diversas adversidades. Temos as condições de trabalho possíveis mas o esforço da direção foi enorme porque treinar nas condições que o nosso campo apresenta não é nada fácil». O jogador Gonçalo Cruz revela que, «apesar das adversidades e dificuldades, conseguimos festejar e sair da divisão de onde
não deveríamos estar. O clube está a tentar reconstruir-se de forma estruturada e organizada, sem muitas loucuras. Felizmente, conseguimos provar dentro do campo, mais uma vez, que fomos a melhor equipa desta 2.ª Distrital, estamos feliz por isso». O capitão José Madruga sublinhou que é um motivo de «grande satisfação» poder voltar a colocar o Comércio no lugar onde merece estar. «Durante estes 10 meses fomos sempre superiores, acabámos só por sofrer 3 derrotas». Para breve está a implementação do sintético no Campo da Bela Vista, que irá substituir a relva desgastada. Os Pescadores da Costa de Caparica também subiram à 1.ª Distrital.
Administrador do SMAS garante que a prova é para manter na Lisnave, por enquanto
25 mil pessoas assistiram à 2.ª edição do Almada Extreme Sprint O Almada Extreme Sprint regressa à Lisnave em 2020 depois do «sucesso» que foi a edição do passado fim de semana. Com a Cidade da Água a “ganhar terreno”, Miguel Salvado, vereador administrador do SMAS, tem, apenas, uma certeza; «a prova é para manter em Almada». texto eloísa silva Imagens MG Photo
Miguel Campos e a dupla Carlos Esteves/Hugo Gomes destacaram-se entre os mais de 70 pilotos que participaram na 2.ª edição do Almada Extreme Sprint. A competição que foi «um sucesso», realizou-se pelo segundo ano consecutivo nos terrenos da Lisnave. E é aí que deverá manter-se em 2020, segundo Miguel Salvado. O vereador administrador executivo dos SMAS de Almada, parceiro da iniciativa, garan-
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te que, independentemente da venda dos 630 mil metros quadrados dos terrenos, «a terceira edição deverá ser aqui (Lisnave). Quando não puder ser, e chegará esse dia, Almada está preparada e têm alternativas para realizar esta prova». A venda dos terrenos da Margueira, para construção da futura Cidade da Água, estará para breve e o autarca assegura que se se mantiver o ritmo previsto, «até ao final do ano o negócio deve-
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Apesar da construção da Cidade da Água o Almada Sprint vai voltar aos antigos terrenos da Lisnave em 2020
rá estar concretizado». Em causa estão quase 650 mil m2, do total de 53 hectares, que irão acolher, entre outros, hotéis, escritórios, um terminal fluvial, áreas culturais e de atividades náuticas. Trata-se de um negócio imobiliário, a implantar a 15 anos, que já é considerado “o maior do século em Portugal e um dos maiores da Europa”. O investimento ronda os dois mil milhões de euros e a promoção do projeto «também beneficia» de provas como o Extreme Sprint.
Este ano os 75 pilotos participantes contaram com uma pista «melhor e maior», e as 25 mil pessoas que assistiram às provas de reconhecimento e às corridas «tiveram mais alternativas de pontos de segurança e de alimentação». A organização da prova esteve, novamente, a cargo do Clube de Motorismo de Setúbal que apresentou como “destaques” os almadenses Rui Madeira, campeão do Mundo de Ralis, e Miguel Oliveira, piloto de MotoGP.
Para além das categorias Sprint e Regularidade, este ano os vencedores e segundos classificados das diferentes classes integraram a Corrida dos Campeões/Challenge 1000 cc. houve ainda uma inovação, com os vencedores e segundos classificados das diferentes classes presentes a avançarem para a Corrida dos Campeões/ Challenge 1000 cc. Gonçalo Boaventura foi “o campeão dos campeões”, numa final discutida com o piloto Rui Ferreira.
política
Jerónimo reclama mudanças na Saúde
Conselho da Europa em Alcácer do Sal
Numa passagem pelo Largo da Misericórdia, em Setúbal, Jerónimo de Sousa reforçou a necessidade de mudar a Lei de Bases da Saúde. O líder comunista quer, com essa alteração, ver salvaguardada a
Alcácer do Sal foi um de três municípios a receber a visita da delegação do Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa. O encontro inseriuse no âmbito das deslocações aos 47 Es-
separação do setor público do setor privado. A crítica a quem deixou “a porta aberta” à criação de Parcerias Público-Privadas, foi endereçada aos socialistas e aos bloquistas.
tados-membros e permite ao Congresso acompanhar a implementação da Carta Europeia de Autonomia Local. O Edil Vítor Proença foi o anfitrião da visita “que muito nos honra”.
Debate acontece na biblioteca municipal de Santiago do Cacém
BE reúne estruturas regionais para debater o desenvolvimento no Alentejo Litoral O aumento das ligações ferroviárias, o desenvolvimento de monoculturas e a industrialização são temas que integram o encontro que acontece hoje em Santiago do Cacém. A organização cabe à estrutura local do BE e conta com as presenças de Joana Mortágua e Catarina Martins. texto eloísa silva Imagens DR Numa iniciativa que se quer «regular», as estruturas do BE da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral reúnem hoje, a partir das 14h, na biblioteca municipal de Santiago do Cacém para debater o desenvolvimento sustentável na região. Bruno Candeias, coordenador do BE de Santiago do Cacém, revela «as altas expetativas» que tem para este encontro que versará sobre transportes e mobilidade, desenvolvimento industrial e agricultura. A abordagem à temática da agricultura é «essencial» tendo
em conta «os casos gritantes que existem na região». Refere-se Bruno Candeias, por exemplo, às estufas de Odemira ou aos arrozais de Alcácer. «Temos que exigir a regulamentação do trabalho precário nestas culturas agrícolas e antever o desenvolvimento de monoculturas que já estão projetadas para a região». A questão da erosão dos solos, da sua contaminação e da utilização de químicos estará em evidência na sessão, cuja abertura estará a cargo da Deputada parlamentar eleita pelo distrito de Setúbal, Joana Mortágua. O
encerramento contará com a intervenção da Coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda, Catarina Martins. No desenvolvimento que se pretende para a região inclui-se, também, uma melhor rede rodo e ferroviária que aproxime os munícipes. «Há obras inacabadas, fazem falta mais ligações ao porto de Sines e entre municípios e o aumento da ferrovia tem de ser considerado». A este propósito Bruno Candeias admite que um primeiro passo passaria por «estender a ligação de mercadorias Sines- Ermidas do Sado
Bruno Candeias, Catarina Martins e Joana Mortágua juntam-se esta tarde
a passageiros». O painel sobre desenvolvimento industrial e portuário servirá para «pensar se são possíveis novas formas de desenvolvimento menos poluentes e que gerem emprego. Ao contrário do que apregoam por aí nós não defendemos o caos social. O que pretendemos é planear a transição, por exemplo, para a aposta nas energias renováveis», antecipa Bruno Candeias.
Numa região que vive “paredes meias” com um polo de indústria pesada, onde as condições climáticas são propícias, onde as novas tecnologias ganham terreno e onde há novas indústrias a surgir, Bruno Candeias acredita que «todos temos obrigação de debater estes temas e encontrar alternativas que promovam a sustentabilidade, e que sejam geradoras de melhor qualidade de vida e mais emprego».
PSD exige respostas sobre a Lagoa de Albufeira
Bruno Vitorino acusa ministério do ambiente de “incompetência extrema”
Deputados do PSD do distrito exisgem respostas ao Ministério do Ambiente
A Lagoa de Albufeira, em Sesimbra, continua à mercê de uma abertura ao oceano, que ainda não aconteceu. Uma situação
que Bruno Vitorino, deputado do PSD eleito por Setúbal, considera de uma “incompetência extrema”.
A 18 de maio o presidente da APA, Nuno Lacasta, e o edil de Sesimbra, Francisco Jesus, garantiam ao Semmais que a obra ia ser efetuada no prazo de três semanas. «Já está assegurado financiamento e vamos lançar procedimento público para iniciar a obra nos timings acertados com a autarquia», afirmava, então, o responsável da APA. Um mês depois, e já com a época balnear a decorrer, a situação permanece inalterada. Realidade que levou o PSD a exigir explicações ao governo sobre este atraso “injustificável”. O procedimento de adjudicação da empreitada e a sua concretização, eram garantidas pelo município de Sesimbra e, este ano, voltaram para a alçada direta da APA. O atraso verificado, ressalva Bruno Vitorino, “afeta pescadores e produtores de bivalves e todo o ecossistema do local”. ES
Os Verdes reúnem conselho Nacional no Montijo
Encontro nacional dos Verdes serve para preparar próximos atos eleitorais
O Conselho Nacional do Partido Ecologista Os Verdes, órgão máximo entre convenções, reúne hoje, na Junta de Freguesia do Montijo e Afonsoeiro, para balanço dos resultados das eleições Europeias e perspetivar os próximos atos eleitorais. As
eleições Regionais na Madeira e Legislativas de outubro, a par com a análise da situação Eco - Política Nacional e Internacional e a definição da ação ecologista e intervenção nas regiões serão pontos centrais do encontro que está agendado para as 10h30. ES
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cultura
Passil acolhe 30.º Festival de Folclore
Amor Electro animam PIMEL em Alcácer
O 30.º Festival de Folclore, promovido pelo rancho de Danças e Cantares do Passil, realiza-se este sábado, a partir das 21 horas, no Centro Comunitário local. Além do rancho da casa, atuam tam-
A prestigiada banda Amor Electro, que tem como vocalista Marisa Liz, atua esta noite na 29.ª edição da PIMEL – Feira do Turismo e das Atividades Económicas, a partir das 22h30. Trata-se de um cer-
bém os ranchos convidados, nomeadamente A Tileira da Lourosa, S. Pedro do Sul, o grupo folclórico de Esgueira, de Aveiro, e o rancho etnográfico de Foros de Salvaterra.
tame organizado pelo município local, em parceria com várias entidades, com vista à promoção dos produtos locais, como o mel, o pinhão e doçaria regional variada.
MARCHAS POPULARES DE ALMADA MOSTRAM-SE NA AVENIDA
14 marchas animam festejos dos Santos Populares O S. João em Almada volta a ser celebrado com o desfile das marchas populares. A festa termina com a habitual sessão de fogode-artifício. Doze marchas a concurso e duas infantis recordam tradições de outrora. texto antónio luís Imagens dr Este domingo Almada vive a tradição dos Santos Populares a partir das 21h00
As doze marchas populares de Almada saem à rua este domingo, a partir das 21 horas, na Avenida Aliança Povo MFA, em Cacilhas, com entrada livre. Espera-se cor, animação, música e muita festa em noite de S. João que termina já de madrugada com um espetáculo de fogo-de-artifício, na zona do antigo estaleiro da Lisnave. Eis as marchas e os temas a concurso: Ruas do Bairro (“Floristas e Pinga Amores”); Capa Rica (“Caparica navega nas asas de um sonho”); Al-Madan (“Al -Madan traz Portugal no coração”); Rua 15 (“Rua 15, catraia de
Almada”); Charneca (“Namorico no mercado”); Pragal (“SRUP celebrada nas Festas de Almada”); Centro Comunitário PIA II (“Cheira a Almada verdadeira”); Costa da Caparica (“A caricatura de um amor com tradição”); Trafaria (“Trafaria, meu amor”); Beira Mar de Almada (“A festa passa por Cacilhas…”); SFUAP – Cova da Piedade (“Cova da Piedade está de volta – O que eras e o que és”) e Lifeshaker (“Aos oitenta, outra vez!”). Os atores Rosa Villa, Paula Marcelo, Luís Mascarenhas, Mara Prates e Paulo Vasco, o fadista Mico da Câmara Pereira,
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ou os cantores Suzana Pragosa e Leandro são algumas das personalidades que vão apadrinhar as marchas populares do concelho de Almada. Nesta noite, o público pode ainda assistir, extra-concurso, ao desfile das marchas infantis Trafa-Rica – Marcha Popular Infantil do projeto de intervenção comunitária Sai e Age – CLDS 3G, integrada por crianças do Bairro do 2.º Torrão (Trafaria) e das Terras da Costa (Costa da Caparica), e Os Costinhas – Marcha Popular Infantil da Ala-Ala, Associação de Pesca Artesanal. A grande final das marchas populares terá lugar no dia 29, sábado, a partir das 19 horas, no pavilhão municipal do Feijó. Os bilhetes para esta festa de cor e brilho custam 3 euros. A marcha do Centro Comunitário PIA II, que versava o tema do cinema, venceu o certame no ano passado.
cinema “Rocketman” Data de lançamento: 30/05/2019 Nacionalidade: Reino Unido Género: Biográfico, drama, fantasia Elenco: Bryce Dallas Howard, Taron Egerton, Richard Madden Realizador: Dexter Fletcher Duração: 121 minutos
“Rocketman” é um musical épico de fantasia sobre a incrível história de Elton John ao longo dos anos. O filme acompanha a transformação fantástica do tímido prodígio do piano, Reginald Dwight, em superestrela internacio-
nal, Elton John. Esta história inspiradora inclui parte de algumas músicas mais adoradas de Elton John e interpretadas pelo protagonista Taron Egerton. Para ver no moderno cinema City, do centro comercial Alegro de Setúbal.
agendacultural SEIXAL
MONTIJO ENCONTRO DE COROS
CONCERTO COM RAQUEL TAVARES No âmbito das Festas Populares de S. Pedro do Seixal, a popular fadista Raquel Tavares, dá um concerto para recordar alguns dos seus principais temas de sucesso
O 21.º encontro de coros conta com as participações dos corais polifónicos de Alter do Chão, Aveiro, Vila Forte - Porto de Mós e coral polifónico e banda filarmónica da casa.
PARQUE DA QUINTA DOS FANCESES, 22.JUN.19, 22h00
SOCIEDADE 1.º DE DEZEMBRO , 23.JUN.19, 15h00
SANTIGO DO CACÉM MÚSICA CHECA O Festival Terras Sem Sombbra leva até Santiago o concerto do Ceskoslonske Komorní Duo protagonizado por Pavel Burdych (violinho) e Zuzana Beresova (piano.) IGREJA SANTIAGO MAIOR, 22.JUN.19, 21h30
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cultura
FESTIVAL DE ALMADA COM ORÇAMENTO DE 534 MIL EUROS
ATA apaga 36 velas
38 espetáculos para ver na ‘cidade do teatro’ De Bob Wilson e Isabelle Huppert ao Teatro de rua do Xarxa Teatre, há muito para ver no festival almadense, que presta homenagem a Carlos Avilez. texto antónio luís Imagens dr O 36.º Festival de Teatro de Almada realiza-se de 4 a 18 de julho, com uma programação de origem maioritariamente europeia mas que inclui também artistas da América latina e de África. Há palcos em Almada, Lisboa e em Cascais para acolher 38 espetáculos de teatro, dança e música. Apostando numa programação eclética, esta edição reflete «realidades e preocupações do século XX que se têm prolongado e agravado neste século XXI, propondo diferentes olhares sobre temas candentes dos nossos dias, como a desestruturação social, a desigualdade, a emigração, o exílio, as questões de género, a indiferença, o medo, a ascensão dos regimes políticos autoritários», referiu a atriz Teresa Gafeira, da CTA, durante a apresentação do certame que decorreu no dia 14, na Casa da Cerca. O homenageado é Carlos Avilez, fundador do Teatro Experimental de Cascais e da Escola Profissional de Teatro de Cascais, e ex-director do Teatro Nacional D. Maria II. Destaque para a estreia de “Se isto é um homem”, pela CTA, com
Festival de Teatro de Almada conta com artistas da América Latina e África
encenação de Rogério de Carvalho, que conta a história de Primo Levi, um sobrevivente do Holocausto. Já o TEC estreia “O Sonho”, de Strindberg, com encenação de Carlos Avilez. «Maior evento teatral do País» A edil Inês de Medeiros elogiou a CTA por realizar o festival com «coragem e grande empe-
nho». Na sua ótica, o certame prima sempre pela «qualidade», é já considerado «o maior evento teatral do País» e conta com «o melhor público de teatro». Já Carlos Avilez mostrou-se «grato e sensibilizado» pela homenagem. «É uma honra e uma grande responsabilidade ser homenageado neste festival. Este é um dos momentos felizes dos meus 64 anos de trabalho» no teatro.
RAIO-X_CLÁUDIO PEREIRA
Teresa Gafeira sublinhou que o festival tem um «público extraordinário» e que, até à data já foram vendidas «mais de 250 assinaturas, o que demonstra a grande confiança deposita na nossa organização». Américo Rodrigues, diretor da DGArtes, reconheceu que o festival recebe «apoio escasso em relação ao que merece». Com programação para públicos «muitos diferentes», e uma atividade complementar «fantástica», Américo Rodrigues vincou que o evento «soube estabelecer uma relação forte com o seu público». Cláudia Belchior, do Teatro D. Maria II, afirmou que o festival é «de todos nós» e que «ultrapassa há muito as fronteiras de Almada». Para a responsável, a programação do festival é «eclética» e insere-se «nos princípios democráticos». Das atividades paralelas, destacamos o ciclo Primo Levi; os Encontros da Cerca e o 3.º Encontro Internacional de Teatros da América Latina. As assinaturas para todos os espetáculos custam 75 euros para o público em geral.
O grupo de teatro ATA – Artimanha, do Pinhal Novo, celebra, no dia 28, os seus 36 anos de atividade cultural e formativa. A festa está marcada para o auditório municipal, às 21h30. Depois da representação da peça “Damas do Idiota”, com o AtaJovem, com encenação de Sara Masqueiro e Mathilde Brouillard, canta-se os parabéns e faz-se um brinde ao Artimanha. No elenco estão Beatriz Fernandes, Beatriz Soares, Beatriz Lopes, Catarina Carapeta, Lara Santos, Maria Teresa, Nádia Diniz, Rafaela Cruz e Rúben Santos. Da programação das celebrações de aniversário constam, ainda, uma manhã infantil, várias exposições e um espetáculo final. Sessão que fica a cargo da ATADança e que assinala o final de temporada. A festa de aniversário da ATA tem entrada gratuita.
Ganhe convites para as marchas populares de Setúbal Temos convites para os nossos leitores assistirem aos desfiles das marchas populares de Setúbal na Praça de Touros Carlos Relvas, nos dias 28 e 29, a partir das 22 horas. Para se habilitarem ao sorteio devem inscrever-se através dos números: 969431085/918047918.
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Cláudio Pereira anseia por estabilidade profissional O escritor Cláudio Pereira, de 46 anos, signo Aquário, setubalense de gema, é viciado na escrita e adorava conhecer Paris. texto antónio luís Imagens dr Qual o seu maior sonho profissional? Unicamente estabilidade. E pessoal? Desfrutar da vida. Cidade preferida? Setúbal. Qual o local que gostaria de conhecer? Paris. Um desejo para 2019? Paz no Mundo. Quem convidaria para um jantar a dois? A minha esposa. Quem é a mulher mais sexy do Mundo? A minha esposa. Complete: A minha vida é… Uma viagem entre faixas. O que não suporta no sexo oposto? A mentira. Comida e bebida preferida? Pão, queijo e vinho.
Qual o seu maior vício? Escrever. Qual foi o último livro que leu? “Cidade de ladrões”, de David Benioff. Qual foi o último filme que viu no cinema? “X-Men, Ultimato”. Melhor peça de teatro? “Há festa na floresta”, do Gatem- Espelho Mágico. Melhor música de sempre? “Romeu and Juliet”, dos Dire Straits. Qual a sua maior virtude? Bondade. E defeito? Procrastinar. Animal de estimação. Tem? Não tenho. O que levaria para uma ilha deserta? Um barco. Dia ou noite? Noite.
O que mais teme na vida? A morte. A quem ofereceria um presente envenenado? À morte. O maior desgosto da sua vida? Ainda não tive.
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opinião
Gente Félix com lágrimas
editorial
UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA PAULO EDSON CUNHA ADVOGADO
A saúde e o calendário eleitoral O nosso país político continua a não ter uma cultura sã relativamente às grandes causas nacionais e isso representa um inequívoco atraso civilizacional. Há muito que os portugueses se queixam dos desmandos que os sucessivos governos vão fazendo de legislação implementada pelos seus antecessores. As questões fiscais são um paradigma deste drama, que representa, desde logo, a incerteza e desconfiança que afasta investidores ou, pelo menos, os põe a pensar duas vezes. O mais recente caso deste hiato político tem vindo a ocorrer com a revisão da lei de bases da saúde, proposta pelos socialistas do governo e chumbada por todas as restantes forças partidárias do Parlamento. O que esteve aqui em causa? Em primeiro lugar, o calendário eleitoral. Depois as ideologias. Nesta contenda, os partidos estão a jogar com as suas bandeiras eleitorais. Os da esquerda do PS, comunistas e bloquistas, a recusarem o caminho de uma saúde entregue a privados, com a recusa das PPP, e a direita a querer estender ainda mais o braço à privatização da saúde. A Lei, contudo, é necessária, e apelase, agora, à comissão parlamentar que faça a gestão das partes. Em muitos outros países, as cedências em nome do interesse nacional, é facilitada por uma cultura política mais apropriada aos novos tempos. Em Portugal, lamentavelmente, a partidarite compromete esse desiderato. No essencial, a nova lei, que pode e deve ser melhorada, introduz fatores de estabilidade do SNS e aparenta atender a pressupostos mais equitativos e sociais. Reforça direitos das minorias migrantes; reduz a sangria de médicos para o privado e regula de forma mais assertiva as PPPs. Ficam a meio caminho o estatuto dos cuidadores informais e uma maior clareza quanto às taxas moderadoras. Há muito mais, mas estas são as questões que dividem a massa partidária nesta fase da discussão. É imperioso que se faça um esforço para que esta legislação ganhe vida e estabilidade no tempo. E essa tarefa está nas mãos da responsabilidade partidária, à esquerda e à direita. Não basta declamar vontades, mas, antes, premir o gatilho das cedências, porque é possível encontrar plataformas de entendimento que melhorem o atual estado da situação. Os portugueses já não se enganam com facilidade, pelo que terão sempre, em Outubro, possibilidade de castigar quem por razões de calendário eleitoral, continua a boicotar o interesse nacional.
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talentos e que está sediada no nosso distrito – Setúbal (by Seixal). Mas com tanta “félixidade” que se viveu esta semana, com 10 milhões de tugas a aconselharem o futuro de um miúdo de 19 anos, como se do seu filho se tratasse, porque sinto um amargo de boca, que creio, é também sentido por muitos compatriotas meus? Porque sinto que não quero ir parar a um hospital público, porque os enfermeiros queixam-se das suas condições de trabalho e das dos hospitais. Os médicos fazem greve. Os anestesistas também. As mulheres da limpeza imagino que também façam. Porque sinto que não quero estar na lista de espera para uma operação? Ora, para além dos motivos óbvios (ninguém quer estar doente), sinto eu e todos os portugueses que estar na lista para se ser operado é correr-se o risco de passarmos para a lista daqueles que sofreram da consequência da doença porque
a cura (operação) não chegou a tempo. Porque sinto que o Estado usa mal os meus impostos? Sendo o suporte dos bancos, os mesmos que recusam financiar os pequenos e médios empresários, para emprestarem milhões a quem com tudo ficou e nada devolveu? Porque sinto que o Estado não quer investigar o que se passou em Tancos? As conclusões dos inquéritos parlamentares mostram mais preocupação em excluir qualquer responsabilização direta de Azeredo Lopes e de António Costa do que apurar verdadeiras responsabilidades, causas e motivos. E, meus amigos, porque sinto que 2 anos depois da tragédia de Pedrógão está tudo na mesma? A culpa morreu solteira, o Estado não assumiu as suas responsabilidades e a reconstrução está envolta em dúvidas de uma pequenez assustadora. Sim, somos gente felix, mas com muitas lágrimas…
Gestão do património – uma visão diferente A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA & GESTOR A palavra gestão entrou, decisivamente, no léxico do comum dos mortais. Falase de gestão por tudo e por nada e, afinal, quando se devia fazer bom uso desse ato associado à decisão que fazemos das coisas e das circunstâncias, muitas vezes fazemos o contrário. Ou melhor, sendo negativa nem chegamos a fazer a tal gestão. Vem isto a propósito de, todos os anos, invariavelmente, vimos pespegada, no Orçamento de Estado, a intenção de alienar ou dar bom uso ao património imobiliário público. A nosso ver uma prioridade gritante, quando a nossos olhos surgem imensos edifícios degradados, sejam eles as antigas casas dos juízes, escolas, casetas de cantoneiros e toda uma panóplia que seria exaustiva aqui mencionar. Mas nem só desse património imobiliário público, dependente da vontade do estado central, aqui queremos referir. Há outro que, estando na posse das autarquias, importava ser encaminhado, fazendo uma boa gestão do mesmo. Isto é, dá-lo a melhor uso, sem que se reduza apenas à vontade de alienar e fazer receita, mas pô-lo ao serviço do município, tendo um efeito multiplicador. Sim, porque gerar dinheiro, no imediato, pode
não ser a melhor solução, antes colocá -lo como contributo de um desenvolvimento económico sustentado e integrado, que tanto se apregoa mas que pouco se faz nesse sentido. Há uns dias, soubemos que a Câmara Municipal de Setúbal dispõe de três edifícios no casco antigo da cidade, ali para os lados da Casa da Cultura. E sendo sua intenção vendê-los, uma vereadora da (dita) oposição, fez proposta que, os mesmos fossem recuperados e colocados no mercado de arrendamento a preços controlados, satisfazendo a grande procura e necessidade do mercado de arrendamento imobiliário, que se faz sentir na cidade de Setúbal. Recebeu como resposta uma negativa contundente, como é hábito do poder instalado e maioritariamente soberano no Município setubalense. Certo que não nos admiraríamos que daqui a uns tempos a proposta da dita oposição seja aproveitada e anunciada como novidade pela maioria CDU, mas o que mais nos importa aqui revelar é que, na verdade, a experiência conhecida de outras cidades nos leva também a aqui produzir uma outra sugestão. E porque não, seguindo o exemplo de outras cidades universitárias, reservar estes pré-
dios para alojamento de estudantes que frequentam o Instituto Politécnico em Setúbal? Já não falo do exemplo dos países nórdicos mas do que se conhece na cidade de Salamanca. Assistindo-se ao abandono da zona histórica, do casco antigo e ruas de comércio e restauração, caminhou-se no sentido de uma grande intervenção, restaurando-se grande parte das casas devolutas, tornando-as residência para estudantes a preços acessíveis. E foi o que se viu e que se vê. Hoje Salamanca é uma cidade com vida no centro da cidade, casas cuidadas e gente nova, atraindo turistas e dinamizando o comércio local, a restauração e a hotelaria. Em suma, passou a ter um ar mais alegre e convidativo. Tendo em conta a possibilidade do Município de Setúbal poder dispor das referidas casas e avaliando os impactos positivos que podem decorrer de um ato de gestão, que não seja apenas configurado pela necessidade de fazer receita e aliviar responsabilidades, não seria de equacionar estas e outras sugestões, que possam levar a outra decisão mais enquadrada na boa gestão da coisa pública? Fica a pergunta. A resposta logo veremos.
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raul tavares diretor
SIM, somos felizes porque somos bons. No turismo arrebanhamos quase todos os troféus. No vinho, idem, idem, aspas, aspas. Nos concursos internacionais de azeite, já nem sei porque concorrem connosco. Nos rankings dos Países mais pacíficos, estamos no Top 3. Nas companhias aéreas temos as mais belas tripulações e até a Madonna, sem embargo de nos ter chamado medievais, lá veio explicar que continua enamorada por Portugal. No futebol somos Campeões da Europa e agora vencedores da Liga das Nações, mas também temos aquele que, para muitos, é o melhor jogador do mundo – CR7, assim como temos o José Mourinho e o maior e mais influente empresário do mundo – Jorge Mendes. O melhor jogador do mundo de futsal é nosso e somos campeões da europa em clubes e seleções de futsal. E temos a maior academia de futebol do mundo – uma fábrica de dinheiro e de
opinião
A propósito e sob a bandeira de Lenine aquando 2006 Política e cultura valdemar santos militante do pcp
fio de prumo jorge santos jornalista
Inquéritos NÃO temos nada contra as Comissões de Inquérito que sucessivamente se nomeiam na Assembleia da República para tentar – dissemos tentar – resolver este e aquele problema que constantemente aparece aos olhos dos portugueses e que há que solucionar. Mas – e há sempre esta adversativa – os muitos anos que a vida já nos permitiu observar certas coisas, traz-nos à memória as «Meninas do Inquérito», que antes da primavera marcelista, tinham como missão (ia escrever tarefa, mas acabei por citar correcto) ir à casa dos mais desprotegidos – que eram quase todos – para prometerem a possibilidade de deixarem de recorrer à “sopa da legião” – hoje um serviço prestado por associações de benemerência – pois lá desvendavam um trabalho, nessa altura sem ser a prazo, mas que poderia ser classificado de “a dias”. Para o cidadão comum são incontáveis as Comissões de Inquérito da AR que têm ouvido milhentos cidadãos, todos eles com o rótulo de serem pessoas muito responsáveis e com cargos de destaque, mas que – segundo podemos observar na Comunicação Social – se percebe que não passam de gente que passou por ali como se tivesse estado noutro lado qualquer. É desnecessário referir o que já se ouviu e leu sobre os empréstimos bancários a figuras muito ricas que dizem ser tão ricas, mas que nada têm, assim como dos incêndios e de um sem número de casos que nada parecem ter preocupado quem decide, mas que muito tem deixado sem sono quem se viu e continua a sentir desprotegido. Sessão seguida de outra e o tempo passa, mas acreditamos que um dia se virá a saber o que se passou, pois não acreditamos que todos continuemos alheios aos grandes problemas e não há dúvida de que o são pois se tal não fosse real não se nomeavam tantas e tais comissões. Se não se entendeu o que escrevi, faça-se um inquérito.
SE o capital financeiro pudesse prescindir do petróleo, provavelmente não estaríamos a assistir às guerras do Médio Oriente e a todas as outras, antes a comunicação social catapultaria para os nossos ecrãs a onda de assassinatos sucessivos entre banqueiros. Assassinatos sucessivos e desde logo selectivos, atendendo à inevitabilidade de toda e qualquer relação económica (pese o esforço que estamos fazendo para a situar num patamar meramente palaciano) se desenvolver sob o princípio segundo o qual “os grandes comem os pequenos”, avisozinho aos peixes do Padre António Vieira, esse português do século XVII, pela boca de Santo António. Vem isto a propósito de Lenine. Porque escreveu em 1916 o livro “O Imperialismo, estádio supremo do capitalismo”, com o intuito declarado de “mostrar que a guerra de 1914-1918 é em toda a sua plenitude uma guerra imperialista (isto é, uma guerra de conquista, pilhagem, agressões), uma guerra pela partilha do mundo, pela distribuição e a redistribuição das colónias, das
‘zonas de influência’ e do capital financeiro”) etc.? (tradução livre do Tomo 22 das Obras Completas, Edições Sociais, Paris, 1960, página 206, prefácio de 1920). Ou que “a proporção gigantesca do capital financeiro concentrado nalgumas mãos e criando uma rede extraordinariamente vasta e serrada de relações, por intermédio da qual submete ao seu poder não só a massa dos médios e pequenos, mas também dos muito pequenos capitalistas e patrões, por um lado, e a luta aguda contra os outros agrupamentos nacionais e financeiros pela divisão do mundo e a dominação de outros países, por outro – tudo isso faz com que as classes possuidoras passem em bloco para o campo do imperialismo”? (página 308). Não – vem a propósito de um artigo de Jorge Cadima (Avante! de 3 de Agosto do ano em cabeçalho), comentando um outro, “inconcebível”, intitulado “As esquerdas anti-semitas”, no qual Vasco Graça Moura assegurava que estas alimentam “um ódio étnico e torpe contra os judeus”. Hoje e aqui tão pouco nos move fazer
a prova provada do que a questão judaica ou judia representava para Lenine, para o qual, em síntese, “não são os judeus que são os inimigos dos trabalhadores. Os inimigos dos trabalhadores são os capitalistas de todos os países… que visam semear e fomentar o ódio entre os trabalhadores de diferentes credos, nações e raças.” Cadima chamava à colação a célebre identificação de Churchill nos “Judeus internacionais” dos genuínos promotores do bolchevismo e da sua ascensão, com uma “excepção assinalável” (termo do britânico): Lenine! Lenine, contudo, não era judeu! O colaborador do Avante! e membro da Secção Internacional do PCP perguntava: “Em que ficamos?” Avançamos, na luta pela paz em todo o Mundo, sob a bandeira de Lenine. Ao que nos toca, assumamos a moda: encontrámos um original d´há treze nos, já que na moda, afinal, continuam constantemente (de constâncio) os banqueiros.
Plano Nacional das Artes À PARTE LEVI MARTINS Diretor da Companhia Mascarenhas-Martins O GOVERNO apresentou, na passada terçafeira, um plano para o período 2019-2024 que visa aproximar a criação e a fruição artísticas da escola pública. Anunciam-se residências artísticas e a implementação de um cargo de coordenador cultural em cada escola ou agrupamento, entre outras medidas. A ideia é assumidamente a de aumentar o contacto entre os alunos e as diferentes manifestações artísticas de forma mais sistemática e regular, o que é há anos uma necessidade premente. O contacto entre artistas e escolas existe há muito em alguns locais, tendo partido nas mais das vezes de iniciativa dos próprios, ou de alguns professores que, para além das suas funções de ensino, consideram que uma parte da educação passa pelo contacto com as artes – tantos exemplos há de professores que teimam em organizar idas a exposições e a espectáculos mesmo que não ganhem mais com isso do que o orgulho de ter lutado por uma causa que, a longo prazo, pode dar os seus frutos. Esta iniciativa demonstra que existe hoje um reconhecimento da importância das artes no desenvolvimento da sociedade mais ou menos inequívoco. Porém, para
que este plano não passe de um punhado de boas intenções, é necessário ter em conta que as dificuldades que as escolas e as estruturas de produção artística enfrentam podem comprometer o bom funcionamento deste género de medidas. Sobre as escolas não me sinto à vontade para falar, até porque assim que pude afastei-me de um ensino que me parecia, na generalidade, muito pouco estimulante. Já quanto às estruturas de produção artística, conheço o suficiente para considerar que há, neste bem intencionado plano, uma série de questões a ter em conta. A primeira consiste no perigo da instrumentalização: já não bastava a pressão que existe para os artistas irem ao encontro de regulamentos de concursos e das linhas de programação de meia dúzia de directores de teatros públicos, para agora adicionar-se a pressão por parte das escolas para que estes produzam aquilo que dá jeito para acompanhar os programas escolares – o que dá origem, como já se deveria ter concluído há muito, a experiências quase sempre muito menos interessantes do que aquelas que se podem proporcionar aos alunos se forem ver uma obra produzida por livre iniciati-
va dos criadores (eu, por exemplo, passei uma boa parte da minha vida a achar que não gostava de teatro muito por causa de uma daquelas versões péssimas do “Auto da Barca do Inferno” que éramos obrigados no âmbito da disciplina de português). A segunda relaciona-se com a generalizada falta de condições de produção por parte dos artistas, que agora se querem envolvidos em mais uma potencial rede sem que, nas mais das vezes, consigam sequer ter alguns critérios mínimos razoáveis para o desenvolvimento dos seus trabalhos – por exemplo: quantas companhias de teatro ou de dança têm hoje espaços próprios com condições profissionais para trabalhar? E quantas têm no horizonte sequer essa possibilidade? Por fim, se o que se pretende é uma relação aprofundada entre artes e educação em cada território, qual a motivação das autarquias para servir este tipo de lógica, quando habitualmente estão mais preocupadas em garantir a manutenção do poder do que em apostar num trabalho que, para chegar a algum tipo de consequência real, vai ser necessariamente lento e pouco vistoso?
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