Semmais 16 Março 2019

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SEMMAIS 2019

Um grafismo em mudança, a referência de sempre.

Região

Diretor Raul Tavares

Semanário Região de Setúbal

Edição n.º 1027 9.ª série

DISTRIBUÍDO COM O

Sábado 16 março

2019

SOCIEDADE

PRESIDENTES DAS COMARCAS DE LISBOA E DE SETÚBAL FALAM AO SEMMAIS

Tribunais do distrito ganham mais juízes titulares

Prémio Bial da medicina clínica prestigia médica de Setúbal Cardiologista Quitéria Rato espera que a menção honrosa atribuída ao estudo, sobre hipercolesterolemia familiar, alerte a sociedade para uma patologia genética subdiagnosticada pág. 3

SOCIEDADE

Eduardo Isaac toca partitura inédita no Seixal

O alargamento de quadros efetivos nos núcleos de Almada, Seixal, Barreiro, Montijo, Santiago e Grândola, era uma reivindicação antiga. Amélia Catarino e Manuel Sequeira mostram-se agradados com a medida pág. 2

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A atuar pela primeira vez no sul do país o guitarrista argentino apresenta no Seixal uma obra inédita de Vitorino D’Almeida. O recital está marcado para dia 21 no Fórum Cultural pág. 7


ENFOQUE

QUADRO DE JUÍZES DOS NÚCLEOS DE ALMADA, BARREIRO E SEIXAL FOI ALARGADO

Alteração do mapa judiciário reforça especialização nos tribunais da região O Presidente da República promulgou um diploma que altera o mapa judiciário. Os Juízes Presidentes das Comarcas de Lisboa e Setúbal congratulam-se com as alterações introduzidas que permitirão agilizar processos e aproximar a justiça especializada dos cidadãos. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR Os Tribunais de Almada, Seixal e Barreiro vão passar a julgar processos de Família e Menores, enquanto que Santiago do Cacém e Grândola vão agregar o Juízo Local Cível e o Juízo Local Criminal. Estas são, apenas, algumas das alterações à Lei da Organização do Sistema Judiciário, aprovada em janeiro e promulgada, agora, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O Conselho de Ministros aprovou, a 24 de janeiro, o decreto-lei que altera o mapa judiciário, criando, nas palavras da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, “mais juízos especializados em algumas regiões do país onde a oferta era insuficiente”. Medida que agrada aos dois Juízes Presidentes das Comarcas de Lisboa, Amélia Catarino, e de Setúbal, Manuel Advínculo Sequeira. Os juízes desembargadores convergem na apreciação do diploma ao manifestarem «satisfação» pelas alterações introduzidas que, no caso particular da comarca de Setúbal, «vêm consagrar uma prática que já estava a ser executada desde 2009». Competências genéricas são servem as necessidades Agora, com esta nova alteração legislativa que consagra a existência de quatro juízos em Santiago do Cacém e Grândola, com um juiz para os processos cíveis e três para os crimes (ambos de menor moldura penal) «fica cristalizada a especialização e dificilmente se poderá voltar atrás», vinca o Juiz Desembargador. «Quando se opta por uma competência genérica, e são fatos concretos e estudados, ou o serviço é muito pouco e residual e até funciona, ou o que acontece, e foi o que nós constatamos, a legislação cível começa a ficar para trás porque a pressão para resolver os processos crime é maior e esse vai andando em dia e o cível vai-se acumulando. Foi esse efeito que quisemos evitar e conseguimos, tendo em conta «a boa prática anterior e com o apoio de todos os envolvidos, nomeadamente do Conselho Superior da Magistratura, continuámos a apostar na espe-

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Alteração legislativa permite alargar quadros de juízes, entre outros, nos juízos de Família e Menores

cialização». Essa prática «já decorria de uma experiência piloto com bons resultados, iniciada em 2009, e que abrangia Grândola, Santiago do Cacém, Sines, Alcácer do Sal e Odemira», recorda Manuel Sequeira. O presidente da Comarca de Setúbal lamenta, apenas, «que em Sesimbra, que continua genérica, idêntica especialização (cível/crime, não tenha sido agora consagrada tal como proposta pelo CSM e pelo Conselho Consultivo da Comarca de Setúbal, também posta em prática desde 2014, com excelentes resultados. Santiago e Grândola vão partilhar quatro juízes As alterações previstas no novo diploma entram em vigor no imediato e visam o reforço da oferta especializada, uma maior proximidade dos cidadãos à justiça e adequação dos quadros de juízes. Também «não foi previsto o alargamento de quadro de magistrados do Ministério Público em Grândola», proposto por aquele Conselho Consultivo, correspondendo às necessidades, sugerindo-se que ficasse em Alcácer do Sal, para maior proximidade com a população, um magistrado, que,

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Montijo (núcleos do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa) refletem bem a abrangência desta alteração, com a qual a Juíza Desembargadora Amélia Catarino «não podia deixar de concordar», até porque, afirma, «dei muitos contributos para a sua concretização». A Juiz Presidente da Comarca de Lisboa mostra-se satisfeita com as mudanças, no cenário da justiça, que vêm colmatar uma necessidade efetiva de alargamento do quadro de juízes. «Nestes lugares, pelo menos desde 2014, sempre houve juízes auxiliares atento o volume processual. Uma necessidade face ao número de processos entrados anualmente, os quais justificam mais um Juíz em cada um desses juízos». O que esta alteração legislativa vai permitir é que «em vez de ter dois juízes titulares e um auxiliar passemos a ter três juízes titulares», esclarece a juíza, enquanto enumera os juízos abrangidos por esta nova alteração. Instrução Criminal é mais relevante no Seixal

Juiz Presidente, Manuel Sequeira

Juíza Presidente, Amélia Catarino

assim, «continua a faltar». Dos quatro Juízes de Santiago e Grândola, «uma juíza fica com os processos cíveis de Sines até Alcácer, e os restantes três com toda a jurisdição criminal (um com processos de Sines e Santiago do Cacém, outro com Santiago e parte de Grândola e o terceiro com Grândola e Alcácer)». Apesar de ter consciência de que «quem fica com os processos do cível vai precisar de ajuda pontual dos colegas» o presidente da Comarca de Setúbal garante que «este é um número de juízes suficiente». Importa realçar que, no caso destas instâncias, só estão em causa julgamentos de processos

crime com penas inferiores a 5 anos ou processos cíveis de valores até 50 mil euros. Família e Menores mais expressivo Segundo uma comunicação do Ministério da Justiça, o reforço da especialização, introduzido pelo novo decreto-lei, concretizase “através da criação de juízos em matéria de comércio, família e menores, do trabalho, de instrução criminal e de execução, verificando-se ainda o desdobramento de atuais juízos de competência genérica em juízos especializados”. Almada, Seixal, Barreiro e

«Nos Palácios de Justiça de Almada, Barreiro e Seixal foi alargado o quadro de juízes nos juízos de Família e Menores, passando todos eles de dois para três juízes titulares. Foi criado o juízo do Trabalho de Almada e alargado o quadro dos juízes de Trabalho no Barreiro, que passa de dois para três. O juízo do Trabalho de Almada foi criado, mas ainda não está instalado por falta de edifício. Logo que exista, Almada ficará com dois juízos de Trabalho, assim como o Barreiro». Ainda nos núcleos da margem sul do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, acrescenta a Juíza Desembargadora, «é criado, no núcleo do seixal, um juízo de Instrução Criminal e Almada, que tinha dois juízos de Instrução Criminal, passa a ter apenas um por se ter concluído que mais de metade dos processos crime que vinham para Instrução diziam respeito a crimes cometidos na área territorial do Seixal. Foi ainda criado o juiz 2, do juízo Local Criminal do Montijo, tendo havido um aumento do quadro de juízes de um para dois», conclui.


SOCIEDADE

Centro de Operações de Emergência em Sines

Alunos de Alcácer querem priorizar clima

O Porto de Sines já formalizou o arranque do novo Centro de Operações de Emergência e Centro Coordenador de Proteção, auditando a sua operacionalização com o apoio da Comissão Con-

Cem alunos da Escola Secundária de Alcácer do Sal manifestaram-se ontem na Praça Pedro Nunes, chamando a atenção para a necessidade de tratar a crise climática como uma prioridade. Os jo-

sultiva de Proteção do Porto de Sines. O centro está dotado de meios de comunicação e equipamentos tecnológicos que possibilitam obter, rapidamente, informação útil em caso de necessidade.

vens integraram o movimento SchoolStrike4Climate que se mobilizou em manifestações, um pouco por todo o mundo, para alertar governantes para a questão das alterações climáticas.

CARDIOLOGISTA QUITÉRIA RATO PREMIADA PELO ESTUDO DE UMA PATOLOGIA GENÉTICA SUBDIAGNOSTICADA

«Uma em cada 250 a 500 pessoas sofre de hipercolesterolemia familiar» A médica Quitéria Rato, que em 1991 escolheu Setúbal para residir e trabalhar, recebeu uma menção honrosa no prémio Bial, partilhando o feito com uma equipa do Instituto Dr. Ricardo Jorge, por um estudo sobre a hipercolesterolemia familiar. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR A cardiologista Quitéria Rato, médica no Hospital de São Bernardo e consultora clínica do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, recebeu uma menção honrosa no Prémio BIAL da Medicina Clínica 2018, com a obra “Translational Medicine in Familial Hypercholesterolaemia: from phenotype to genotype”. São coautores deste trabalho, que começou há mais de 20 anos, Mafalda Bourbon, PhD; Ana Catarina Alves, PhD; Ana Margarida Medeiros, MSc; Cibelle Mariano PhD; Joana Rita Chora, MSc; Pablo Corral, MD, PhD e Quitéria Rato, MD. Um prémio cujo mérito, admite a galardoada, «é reconhecer a quem ama a profissão o gosto e o interesse de conseguir contribuir, de alguma forma, para a melhoria da saúde e qualidade

de vida das pessoas». É essencial que a mensagem, sobre a importância de «diagnosticar e tratar atempada e adequadamente esta patologia genética, que afeta uma em cada 250 a 500 pessoas, passe para a opinião pública», alerta. «A hipercolesterolemia familiar é uma das patologias genéticas mais frequentes e a que mais se associa ao aumento do risco cardiovascular, no entanto está subdiagnosticada e subtratada», salienta a médica. Quitéria Rato revela que «entre 20 mil e 40 mil pessoas» sofrem de hipercolesterolemia familiar em Portugal, sendo fundamental que se faça desde cedo o despiste da doença, pois «se as pessoas afetadas forem identificadas em idade jovem e desde logo receberem aconselhamento

Melhor Escanção do Ano de 2018 é Sesimbrense

O sesimbrense Ivo Peralta foi o representante português no Best Sommelier 2019

Aos 27 anos, o sesimbrense Ivo Peralta marcou presença no concurso mundial de sommeliers 2019, que decorreu esta semana em Antuérpia. Considerado o melhor Escanção do Ano de 2018, pela publicação VINHOS Grandes Escolhas, foi ele o representante de Portugal no concurso

que decorreu na Bélgica. A referida publicação apresenta o jovem Ivo como sendo “discreto, sem exibicionismos gratuitos, mas que trabalha com segurança e rigor, justificando harmonizações, algumas delas bem ousadas, e mostrando o pleno domínio do serviço de vinhos”. ES

e tratamento adequado, previnem-se eventos cardiovasculares, particularmente enfartes do miocárdio e mortes súbitas». Mais importante que vangloriar-se pelo prémio, a investigadora do Estudo Português de Hipercolesterolemia Familiar quer alertar a comunidade, não só do concelho, onde «felizmente posso viver e trabalhar», mas de todo o país, para a necessidade de controlar o colesterol. «Se há histórico familiar de colesterol elevado, enfartes em idade até aos 55 anos (homens) e 65 anos (mulheres) ou situações conhecidas de morte súbita dentro deste quadro etário, há que procurar o médico de família para a devida avaliação e orientação, não esquecendo as crianças, pois na hipercolesterolemia familiar os níveis de

Estudo da Hipercolesterolemia familia valeu a Quitéria Rato uma menção honrosa no BIAL

colesterol estão elevados desde o nascimento. Um pedido que se compreende, vindo de quem trata a Hipercolesterolemia Familiar “por tu” e mais que prémios, quer é «salvar vidas». De acordo com os resultados apresentados no estudo que agora foi premiado e que

decorre há 20 anos, a correta determinação da via metabólica afetada, assim como o tipo de defeito genético que a afeta, em indivíduos com hipercolesterolemia grave, permite um melhor aconselhamento e adequação do tratamento, levando a uma melhor adesão à terapêutica e a um melhor prognóstico.

IPS APONTADO COMO EXEMPLO DA MISSÃO DOS POLITÉCNICOS

Secretário de Estado do Ensino Superior inaugurou Feira de Emprego O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, apontou ontem o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e o seu trabalho de promoção da empregabilidade como um bom exemplo do percurso de sucesso que o ensino superior politécnico tem vindo a fazer em Portugal, desde há 40 anos. “A grande missão do ensino politécnico é este envolvimento com a atividade social, económica e cultural de uma região, é promover o desenvolvimento das regiões e a coesão territorial”, disse, por ocasião da abertura oficial da Feira de Emprego, no âmbito da 5.ª Semana da Empregabilidade, que felicitou pelo “número expressivo de empresas presentes”. Organizada em conjunto com a Associação Académica do IPS, a iniciativa conta

este ano com a participação de mais de 130 empresas, presentes em expositor e através de 82 sessões de apresentação e 70 sessões de recrutamento. Naquele que é já o maior evento de emprego do ensino superior, o secretário de Estado aproveitou igualmente para apelar àquilo que considera ser um desígnio nacional. “Continuar a aumentar a percentagem de jovens com qualificação superior é um desafio para todos os portugueses, e não só para o Governo”, sublinhou, apontando como objetivo “chegar a 2030 com 60 por cento da nossa juventude qualificada”. Isto porque o ensino superior, sendo uma “qualificação para as profissões, para a capacidade de trabalho e para a eficiência da economia, deve ser também uma qualificação para o exercício da

cidadania” e “sobretudo um ascensor social, algo que promova as migrações sociais”, concluiu. Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, destacou por seu turno a Semana da Empregabilidade como uma das “atividades fundamentais” promovidas anualmente para “potenciar a inserção dos nossos estudantes no mercado de trabalho”, cujos resultados estão à vista. “Somos o segundo politécnico com a mais elevada taxa de empregabilidade”. Além da componente de Feira de Emprego e de outras iniciativas de contacto direto entre estudantes e empregadores, a 5.ª Semana da Empregabilidade tem igualmente dado espaço para vários momentos de reflexão em torno dos grandes temas que marcam a atualidade do mercado laboral.

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SOCIEDADE

31.ª BOLSA DE TURISMO DE LISBOA DECORRE ATÉ DOMINGO NA FIL

Região em força promove potencialidades na BTL Os treze municípios do distrito estão a divulgar as potencialidades da região, em várias áreas, na Bolsa de Turismo de Lisboa, o ponto de encontro dos profissionais ligados ao setor do turístico, que decorre até este domingo, no Parque das Nações. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR A BTL, o maior certame turístico nacional, que foi visitado em 2018 por 77 mil visitantes, é o ponto de encontro dos profissionais ligados ao setor turístico, nas suas mais diversas áreas de negócio, que ali se reúnem, a cada ano, para apresentar as suas ofertas ao mercado e ao público em geral. Lisboa é o destino nacional e o Seixal o município convidado da BTL 2019. Já Macau participa como destino internacional convidado. O certame conta com partici-

pação das principais agências de viagem e operadores turísticos presentes no mercado português e destina-se aos profissionais do setor e ao público que procura conhecer as novidades em termos de destinos ou de hotelaria, ou marcar desde logo as próximas férias ou as “escapadelas” de fim-de-semana. O Hotel Mundet está entre os projetos que o Seixal vai apresentar na BTL. Será o primeiro empreendimento turístico de 4 estrelas e contará com 84 apar-

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tamentos. Na cobertura, terá piscina e áreas de apoio, bar, solário e zona lounge. Está subordinado ao tema da cortiça e está orçado em mais de 7 milhões de euros. Almada está a promover o destino de sol, praia e mar, mas também o seu vasto património histórico e natural, espaços de cultura, gastronomia e o Cristo Rei. O Montijo promove este sábado as potencialidades turístico-desportivas da zona rural, com a presença da piloto Eli-

Os treze concelhos encaram a BTL como um espaço de excelência para promoção

sabete Jacinto. No domingo, o destaque vai para as Festas de S. Pedro, com degustação de massinha de peixe. O turismo de natureza e a Feira de Sant’Iago estão a marcar a representação de Setúbal na BTL, mais concretamente o Moinho da Mourisca, o Estuário do Sado e a Arrábida. A marca Yes Sesimbra está em destaque. O stand disponibiliza o site visitsesimbra.pt em 4 línguas, um folheto de apresentação do território e outro com os principais eventos. O município do Barreiro dá a provar na feira as “maravilhas” da doçaria, como as Bolas de Manteiga e os Travesseiros de Coisa. Já a Moita dá a conhecer o novo percurso turístico áudioguiado “Gaio, Rosário e Sarilhos Pequenos, Conta-me Histórias” e a XIX Romaria a Cavalo Moita Viana do Alentejo. Palmela conta com provas de

vinhos, artesanato ao vivo, recriação do “Mercado Caramelo”, com oferta de sopa caramela. Os produtos endógenos de Alcochete estão em destaque, com a oferta aos visitantes de sal das Salinas do Samouco, licor de Fogaça e o arroz doce de Alcochete e Fogaças. Alcácer divulga o “Torrão Doce”. Haverá degustação de vários produtos, como empadas da Galinha Balbina e os azeites dos Manos Lince. Grândola está a promover o território, os agentes do setor, o artesanato, os produtos regionais e os grandes eventos. A vitivinicultura e os produtos endógenos também estão em destaque no stand. No espaço de Sines, estão em destaque Vasco da Gama, o FMM, a gastronomia e a oferta balnear. Santiago dá a conhecer o artesanato, a gastronomia, os hotéis, o rico património histórico e as belezas naturais.

BTL é um impulso forte ao desenvolvimento do turismo na região Rui Garcia, presidente da câmara da Moita e da Associação de Municípios da Região de Setúbal, encara de forma muito positiva a presença dos municípios da região na Bolsa de Turismo de Lisboa e acredita que o investimento das autarquias vai ter retorno num futuro próximo. «A BTL é, de facto, a maior e principal montra da oferta turística portuguesa para os operadores nacionais e internacionais. E, por isso, para os municípios da região de Setúbal é um momento muito importante para apresentarem e valorizarem aquele que é um dos aspetos com maior potencial de crescimento na nossa região. Nós queremos continuar a assumir-nos como uma região diversificada, onde o setor produtivo, a agropecuária e as pescas têm todos uma grande presença. Mas onde o turismo, com a serra, os dois

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estuários, a frente de praias e o património histórico, é um dos setores com um maior potencial de crescimento». Tudo isto num território «relativamente pequeno, mas onde temos tudo para apresentar uma oferta para vários públicos, para vários gostos, para várias formas de fazer turismo. Já sobre o investimento individual de cada autarquia, para poder mostrar-se na BTL, Rui Garcia acredita que terá o seu retorno a médio prazo. «É preciso investir para depois recolher. Precisamos ter, neste momento, uma forte presença de divulgação para dar a conhecer as nossas caraterísticas e os nossos recursos para que, num futuro próximo, o retorno seja grande. Estamos convictos que esse retorno vai compensar todo o investimento que estamos a fazer». ES


SOCIEDADE

PELO QUARTO ANO CONSECUTIVO EM FRANÇA

YOGA PARA TODOS

‘Lisbon South Bay’ no MIPIM A ‘Lisbon South Bay’, marcou presença em mais uma edição da feira de investimento de Cannes, em França. Oportunidade única, realça Sérgio Saraiva, administrador da Baía do Tejo, para reafirmar a importância da marca junto dos investidores internacionais. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

Baía do Tejo na conferência “Lisbon & Oporto: New European and Atalntic Hubs for Investment” durante o MIPIM

Terminou ontem em Cannes, França, a 30.ª edição do MIPIM. Sendo uma das maiores feiras internacionais de investimento Sérgio Saraiva, administrador da Baía do Tejo, admite que a ‘Lisbon South Bay’, «não podia deixar de marcar presença, pelo quarto ano consecutivo, firmando a nossa política de coerência e constância na promoção das potencialidades dos territórios que queremos requalificar».

Recorde-se que a ‘Lisbon South Bay’ é uma marca, instituida pela empresa pública Baía do Tejo, criada para requalificar e promover os territórios das antigas áreas industriais da Siderurgia, no Seixal, da Quimiparque, no Barreiro, e da Margueira, em Almada. Porque se trata de um projeto com o «reconhecido empenho e envolvimento» das autarquias que abrange, também este ano os

Produtos típicos da região fazem as delícias dos visitantes Os vinhos da Casa Ermelinda Freitas, os enchidos da Raporal e as conservas de cavala, que representam a Arte Xávega praticada na nossa região, ajudaram a animar e foram apreciados com muito agrado por todos quantos visitaram o espaço que envolveu todos os parceiros nacionais nesta ação de promoção internacional

presidentes das câmaras de Almada e Barreiro, Inês de Medeiros e Frederico Rosa, respetivamente, e a vereadora da câmara do Seixal, Maria João Macau, não quiseram deixar de estar presentes no MIPIM, numa ação promocional que conta com o apoio direto da InvestLisboa. Uma parceria que, nas palavras de Sérgio Saraiva, «tem acompanhado aquilo que são as melhores práticas, em termos de promoção das cidades e regiões», à semelhança do que faz, por exemplo, a cidade de Londres. «Convenhamos que Londres não precisa estar no MIPIM para se promover, mas fá-lo num âmbito mais abrangente». Tal como Lisboa terá de fazer, acre-

dita o administrador da Baía do Tejo, para se afirmar como porta atlântica da europa. «O nosso foco é a parceria entre os três territórios, mas é preciso, sempre, olhar para escala maior. Se Lisboa enquanto região quiser ser uma cidade importante, em termos atlânticos, tem que crescer e tem que abranger não só o centro de Lisboa, mas toda a região. E nessa perspetiva a Lisbon South Bay, ou o Arco Ribeirinho Sul terão, sempre, uma palavra a dizer». O balanço da participação deste ano da Lisbon South Bay e da InvestLisboa foi «bastante positivo», a par dos mais de vinte parceiros portugueses que marcaram presença no MIPIM, com Sérgio Saraiva a enaltecer que todas as montras são essenciais para mostrar ao mundo as potencialidades dos territórios da margem sul. «Continuamos a promover, especificamente, o processo da cidade da água e os territórios que temos no Barreiro e no Seixal, na expetativa de que se concretizem mais investimentos como o da Hovione. A chegada da farmacêutica ao Seixal é um resultado tangível daquilo que foi a estratégia de promoção da LSB e que permitiu que uma multinacional como a Hovione olhasse para estes territórios como parte desta grande região de Lisboa. Estar na maior feira internacional de investimento é sempre uma consolidação desse trabalho», conclui.

Governadorado Distrito 1960 visitou Clube Rotário de Sesimbra A Governadora do Distrito 1960 do Rotary Internacional, Ilda Braz, esteve em Sesimbra, num contacto oficial com Margarida Moreira, presidente do Rotary Clube local, e dos presidentes da câmara de Sesimbra, Francisco Jesus, e da assembleia municipal, Odete Graça. A governadora Ilda Braz “visitou alguns dos lugares onde o Rotary Club de Sesimbra tem intervencionado nos últimos anos”, passando, também, pela Universidade Sénior do clube, pelas pegadas dos dinossauros da pedreira do Avelino no Zambujal, pela Doca de Sesimbra e pelo Marco Rotário, na Corredoura. Na vila piscatória, Ilda Braz

reuniu com os autarcas locais e membros do rotary de Sesimbra, no Hotel do Mar, antes de sentar-se à mesa com elementos de nove clubes do distrito rotário, e vários convidados, num jantar em que as várias entidades presentes “reforçaram o empenho que o Rotary Club de Sesimbra tem dado á comunidade, mas também ao Rotary ao longo dos seus 28 anos de existência”. Maria Margarida Moreira, presidente do Rotary Club de Sesimbra, “manifestou o seu agrado, e do clube, pela presença de Ilda Braz, e dos companheiros rotários, nesta visita oficial da governadora”, e falou sobre alguns dos projetos onde

Ilda Braz foi recebida em Sesimbra por Margarida Moreira e Francisco Jesus

o clube está mais envolvido O encontro ficou marcado pelo acolhimento da nova “companheira”, a advogada Ana Isabel Gomes Sebastião, o se-

gundo “reforço” para este ano rotário, depois da entrada, em outubro, da “companheira” Ana Luísa Baptista, técnica superior da administração local. ES

Semana aberta em Palmela e Setúbal Este ano vivencie de uma forma diferente o início da Primavera. De 18 a 23 de março, os Centros do Yoga da Quinta do Anjo e de Setúbal convidam a população dos concelhos de Palmela e Setúbal a participar na SEMANA ABERTA, inscrevendo-se em aulas do Yoga Sámkhya. O Yoga Sámkhya é o Yoga Total, oriundo da Índia, com 14 disciplinas técnicas principais. É o Método de Desenvolvimento Humano mais poderoso, completo, sábio e antigo do Planeta. Numa aula do Yoga Sámkhya, poderá vivenciar uma variedade de exercícios ajustados a si, adequados ao desenvolvimento pessoal, desde exercícios físicos, respiratórios, sonoros, de descontração, concentração e meditação, que envolvem o corpo, a energia, as emoções (positivas), a mente concreta e abstrata e a mente supra cognitiva, dando resposta às complexas necessidades humanas mais evidentes e às suas extraordinárias potencialidades. A prática regular do Yoga promove a Saúde – é profilático – e combate fortemente o stress, proporciona um sono biológico noturno de qualidade, fortalece o sistema imunitário, estimula o aparelho endócrino, mantendo um constante pico hormonal de juventude, ensina a manter um emocional positivo e altamente criativo, e recoloca o praticante na situação Natural semelhante à experimentada pós-férias – retemperado e vigoroso. O Yoga Sámkhya aumenta o desempenho profissional, melhora o rendimento escolar, otimiza as funcionalidades orgânicas, oxigena fortemente o cérebro, educa a atenção, confere concentração e controlo mental, o que possibilita tomadas de decisão velozes e inspiradas em todas as circunstâncias. Os Centros do Yoga da Quinta do Anjo e de Setúbal pertencem à Confederação Portuguesa do Yoga, Especialista Mundial em Yoga, com mais de 50 Áshrama (Centros do Yoga) de norte a sul do país, onde crianças, jovens, adultos e seniores poderão usufruir desta filosofia prática de vida milenar. Sintonize com os ciclos da Natureza e encontre o seu Equilíbrio. Renove a sua Energia e Conviva com o Melhor de Si. Procure-nos no Facebook (@yoga.quintadoanjo e @ centrodoyogasetubal) ou via telefone (967 253 848 e 967 253 819).

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SOCIEDADE

AUTARQUIA DE SETÚBAL APOSTA NA DESCENTRALIZAÇÃO DA INICIATIVA

Fórum passa por todas as freguesias do concelho Descentralização do Fórum da Juventude de Setúbal elogiada pelo vereador do respetivo pelouro, Pedro Pina. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR A edição deste ano do Fórum da Juventude, organizado pela autarquia de Setúbal, através da divisão da juventude, apresenta-se num novo modelo mais abrangente e descentralizado. Sai, assim, reforçada a proximidade da iniciativa com os seus destinatários e o projeto chega mais perto do público alvo. Essa é a intenção da divisão, nas palavras do vereador do pelouro da juventude, Pedro Pina.

sa área de atuação. O Fórum da Juventude é um dos projetos que caminha nesta direção precisamente porque reconhecemos que as Freguesias e as suas comunidades são realidades muito distintas - que desejamos conhecer melhor. Só assim poderemos fazer um trabalho consequente, de construção e transformação efetiva das lacunas e desafios que encontrarmos”.

Porque sentiram necessidade de descentralizar esta iniciativa?

Os jovens têm aderido de forma recorrente a este Fórum?

“A descentralização foi consequência de ambições antigas e das apostas que gradualmente têm sido feitas no trabalho para a juventude. O crescimento da equipa, a evolução orgânica da autarquia, a requalificação da Pousada da Juventude que se tornou um espaço de excelência de programação juvenil e a crescente demanda dos jovens em se sentirem incluídos e ativos no seu concelho, criaram as condições essenciais à expansão da nos-

“As sessões anteriores contaram com a participação ativa de 30 a 40 jovens, entre jovens individuais e coletivos / associações juvenis. Não é um número que nos deixe descontentes, mas sentimos que o concelho precisa de uma representação mais alargada deste segmento”. “Mais jovens a participar ativamente na vida do concelho, sim. Provocar parcerias, sinergias, um trabalho mais integrado com os jovens, com entidades

Câmara quer representação mais alargada dos jovens no desenvolvimento da comunidade

locais que trabalham com jovens, com juntas de freguesia. Reduzir níveis de dispersão e apatia e estimular nos jovens a vontade e capacidade de desenvolverem projetos. Ter mais público será sempre mais positivo, mas conseguir perceber as preocupações e ambições dos jovens em toda a área do município, colocá-los em contacto com a sua autarquia, despertá-los para uma cidadania mais consciente, ativa, interventiva, criar-lhes oportunidades de envolvimento na sua cidade e concretizar atividades melhor direcionadas à camada jovem e mais diversificadas é o maior ganho”. Daquela que tem sido a participação em anos anteriores, que medidas tem a autarquia implementado baseadas nesses contributos?

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“Acreditamos que o principal reflexo desta nova tática foi o investimento da Câmara de Setúbal numa estrutura independente e capacitada para realizar trabalho para a juventude com qualidade. O facto Divisão de Juventude ser constituída esmagadoramente por jovens ajuda na aproximação ao nosso público-alvo - os nossos técnicos estão permanentemente à escuta das necessidades da camada mais jovem, e promovem-se cada vez mais eventos para e pela juventude. Fizemos recentemente parte de um estudo desenvolvido a nível nacional pelo Observatório Permanente da Juventude em parceria com o IPDJ, que contou com a participação de 251 municípios e alegranos que as políticas de juventude tenham vindo a ganhar nos últimos anos cada vez mais espaço e importância no quadro político da autarquia: são menos de 40 por cento os municípios portugueses que têm uma unidade orgânica de juventude, com orçamento próprio para essa área. E apenas 23 por cento das câmaras com recursos exclusivamente afetos a essa unidade. E nós fazemos parte do leque de municípios que revelaram, nos índices mais significativos desse estudo, exemplos de boas práticas. Mas temos tido em consideração, sim, as vontades dos jovens. O projeto de construção de um skate parque (e a forma como tem sido gerido este processo junto da comunidade skater da cidade) é um exemplo claro de como sentimos as necessidades dos jovens. Tal como é exemplo a forma como estamos a gerir a programação da Casa do Largo: por um lado abrimos um espaço de exposição com dignidade para acolher trabalhos de jovens artistas locais (uma reclamação antiga a que a requalificação e reabertu-

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ra do edifício conseguiu finalmente dar resposta), por outro lado procuramos através de programas como o Coletivos com Voz (dedicado ao empoderamento do movimento associativo), a Quarta do Meio e o Workshop do mês, que se debruça sobre áreas artísticas, de bem-estar ou de cidadania prática (como oficinas de direitos laborais ou sessões de esclarecimento sobre o mundo dos recibos verdes), satisfazer necessidades que foram sendo identificadas nos últimos anos (resultado de questionários de participação, de projetos que nos são apresentados, do retorno que nos chega através das redes sociais, etc.) e cuja resposta nos permitiu uma aproximação a jovens nos seus mais diversos segmentos, aspirações e carências. Outro projeto muito importante que se baseia na auscultação informal que temos vindo a fazer da comunidade jovem é o Ciclo de Debates, que percorreu no início deste ano todas as escolas de ensino secundário e profissional do concelho (e incluindo a 2/3 de Azeitão) e que pretende assumir-se como um espaço de reflexão conjunta e consciente sobre temas que lhes digam diretamente respeito. Uma das lacunas graves na formação e espectro de conhecimento dos nossos jovens (identificadas em atividades anteriores) relacionase com temas que dizem respeito a sexo e sexualidade. E por isso fomos às escolas com painéis de convidados (com youtubers, escritores, enfermeiros, etc) perceber o que pensam os jovens deste nosso tempo sobre sexualidade e comportamentos, o que sabem, dotá-los de mais informação, provocar o exercício do debate e de autoanalise em cada um deles. O Fórum da Juventude pretende, no fundo, ser um espaço privilegiado onde os jovens tenham, não só, oportunidade de expor as suas ideias e desejos, num contacto direto com o executivo municipal e local (as juntas de freguesia aderiram imediatamente ao projeto), mas, também, de contribuírem para a sua construção e concretização. Não queremos apenas ouvir a juventude. Queremos tê-la do nosso lado, a construir um município em conjunto com a autarquia”. Depois da sessão de hoje, na sede da junta de freguesia do Sado, o Fórum da Juventude de Setúbal prossegue na União de Freguesias dia 23 de março às 10h30, na Associação Cinematográfica 50 Cuts, e às 15h00 da sede da junta da Freguesia da Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra. Dia 30 será a vez da junta de freguesia de S. Sebastião, que recebe a sessão, às 10h30, e da biblioteca de Azeitão onde decorrerá, no mesmo dia, a última sessão do Fórum, às 15h00.


SOCIEDADE

REFERÊNCIA MUNDIAL DA GUITARRA ATUA PELA PRIMEIRA VEZ NO SUL DO PAÍS

Eduardo Isaac apresenta obra inédita de Vitorino de Almeida no Seixal O Le Monde de la Musique, de França, define a sonoridade do guitarrista como “limpa e profunda, com um senso rítmico infalível”. Eduardo Isaac volta ao «país maravilhoso» que é Portugal, para um recital do Seixal, no próximo dia 21. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM LITÓ GODINHO O mestre Eduardo Isaac, “uma das grandes personalidades mundiais da guitarra”, está de volta a Portugal, depois de um interregno de quase 18 anos, para a primeira atuação no sul do país. Um regresso «aguardado com expetativa», diz-nos o mestre Eduardo, que guarda «recordações maravilhosas do nosso país». “O som do gênio”, como foi designado por Loyolan, dos Estados Unidos, vai ouvir-se no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, dia 21 às 21h30. A abertura do recital ficará a cargo do maestro António Victorino D’Almeida, que fará os comentários iniciais e que, na segunda parte, assumirá um

papel de destaque na atuação do guitarrista argentino. «Vou fazer uma humilde homenagem ao maestro. Comecei a estudar uma partitura sua e deparei me com uma grande e única obra, com 50 anos, que vai ser um prazer poder oferecer a todos os presentes». Fala Eduardo Isaac da obra “Pequena Suite – Op. 30”, de autoria do maestro António Victorino de Almeida, que lhe é dedicada, cuja estreia mundial e integral acontecerá no Seixal. Numa conversa descomprometida, e entusiasmante, o guitarrista argentino, galardoado em concursos internacionais como o Infanta Cristina, em Madrid, Andrés Segóvia, em Palma de Maiorca, e Rainha Fabiola, na

Bélgica, elogiou, além do diretor artístico Litó Godinho, «pessoa determinante para me trazer, de novo, a este país maravilhoso», um outro obreiro da guitarra que se tem destacado no panorama nacional. «Apesar da guitarra ter sido considerada a ‘irmã pobre’ dos grandes instrumentos, tem vindo a ‘vingar-se’, e revestiu-se, no século XX, de uma importância ímpar. E aqui em Portugal o Artur Caldeira é um bom exemplo disso mesmo. Ele demonstra e transparece a empatia e a ética intimista que todos os intérpretes da guitarra têm que ter», reconheceu. No Seixal, Eduardo Isaac interpretará composições, entre outros, de Federico Moreno Tor-

Escola de Santa Maria da Charneca de Caparica vai acolher 375 crianças Apesar de já estar em funcionamento desde dia sete deste mês, só no dia 11, e na presença da secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, foi oficialmente descerrada a placa de inauguração da nova escola básica de Santa Maria, na Charneca de Caparica. Um equipamento que custou 2,2 milhões de euros ao município e que vai permitir albergar perto de 400 crianças distribuídas por 12 salas de 1.º ciclo e três salas de jardim de infância. Segundo a diretora do agrupamento de escolas Carlos Gargaté, Graça Carvalha, o novo edifício, que inclui refeitório, biblioteca, ginásio, gabinetes, campo de jogos e recreios cobertos, irá acolher, também, alunos da escola básica Louro Artur. Permitindo, desta forma, que esse estabelecimento com 13 turmas do 1º. ciclo e 2 salas de pré-escolar, num total de 391 alunos, passe a funcionar em regime normal. Durante a cerimónia de inauguração da escola Santa Maria, e reconhecendo “saber quão difícil foi a construção da escola”, a edil de Almada, Inês de Medeiros, deixou uma palavra de agradecimento ao “anterior executivo, que iniciou a obra num momento de maior dificuldade do país”, valorizando “a persistência” dos serviços da autarquia e do vereador

A nova escola da Charneca de Caparica vai acolher cerca de 400 crianças

João Couvaneiro, “que nunca desistiram”, evidenciou. Segundo a autarca, a Charneca de Caparica “é a freguesia que mais cresce” e, para dar resposta às famílias que escolhem o concelho para residir “é necessário que existam equipamentos que respondam a essa vontade que demonstra que é bom viver em Almada”. Considerando que “as escolas são casas onde se constrói o nosso futuro, que são as crianças”, a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, congratulou a autarquia pela concretização da obra. Para breve, segundo o executivo municipal de Almada, além da construção do edifício do JI da Ramalha e de um edifício adicio-

nal na escola secundária António Gedeão, estão previstas intervenções de reparação, beneficiação e ampliação em sete unidades de ensino do concelho. A Escola Básica Rosa Colaço vai ser alvo de obras de beneficiação e ampliação, a escola básica n.º 1 da Trafaria vai sofrer obras de beneficiação, o exterior da escola básica Louro Artur e do Jardim de Infância de Vale Rosal vai ser pintado e serão colocados telheiros em ambas. A escola básica n.º 2 da Costa da Caparica será alvo de pinturas exteriores, incluindo muros, enquanto que para a escola básica Comandante Conceição e Silva estão previstas obras de beneficiação/manutenção. ES

Eduardo Isaac regressa a Portugal para um recital no Fórum Municipal do Seixal

roba (Espanha), Mario Castelnuovo-Tedesco (Itália), Marco Pereira (Brasil), Carlos Aguirre (Argentina), Astor Piazzolla (Argentina), Carlos Gardel (França/Argentina)

e Julián Plaza (Argentina). Para este recital, o mestre elegeu uma guitarra com o tampo em cedro do Luthier espanhol Santiago de Cecília.

FITA em cena no concelho de Santiago do Cacém Pelo quinto ano consecutivo sobe o pano do Festival Internacional de Teatro do Alentejo (FITA), desta feita, em Santiago do Cacém e Vila Nova de Santo André. O arranque aconteceu na quinta-feira e em conversa com o Semmais, António Revez, diretor artístico, afiançou que as expetativas para esta edição «são elevadas», como foram para qualquer uma das anteriores e com correspondência positiva por parte do público. «Vamos levar o teatro a dez locais diferentes, às regiões que são nossas parceiras e queremos continuar numa senda de crescimento, em termos de audiência, que se tem verificado de edição para edição. Hoje em dia, com as bilheteiras eletrónicas sabemos facilmente esses dados e o facto de serem bons deixa-nos muito orgulhosos», justificou. Os parceiros desta «festa» alentejana da arte teatral são os seguintes: Beja, Aljustrel, Almodôvar, Campo Maior, Elvas, Grândola, Lisboa, Mértola, Ponte de Sor e Santiago do Cacém. Produzido pela companhia “Lendias D’Encantar”, o FITA surge com a convicção de cumprir uma ideia antiga e preencher uma lacuna, com «uma programação intensiva sobre teatro, chamando a atenção para esta forma de cultura, bem como para

as suas virtudes e dificuldades», explicou o diretor artístico. O Festival Internacional de Teatro do Alentejo é um dos mais prestigiados certames portugueses do género, ganhando também relevo a nível internacional ao ser um dos representantes de Portugal em duas importantes redes, a REDELAE e a CLT, duas iniciativas que representam 50 festivais ibero-americanos. No dia 20 de março sobe ao palco “A Ilha do Desamanhã”, um espetáculo dirigido às escolas e com sessões às 10h e 14h30. Já no derradeiro dia, às 16h, o auditório Municipal António Chainho recebe a peça “Aqueles dois”, pela companhia brasileira “Luna Lunera”, com entrada gratuita. CR

FITA passa pelo Litoral Alentejano

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LOCAL

Seniores de Grândola aprendem cerâmica

Músicas do Mundo de Sines vence prémios

Os artesãos Rosário Fonseca e Amadeu Porto da Oficina de Cerâmica S. Pedro desenvolvem, desde o início de fevereiro, atividades de aprendizagem e formação na área da cerâmica, dirigidas aos

O Festival Músicas do Mundo venceu três prémios no 4.º Iberian Festival Awards, que decorreu dia 13, em Vigo. Venceu nas categorias de Best Touristic Promotion (Melhor Promoção Tu-

alunos da Universidade Sénior, no novo espaço da Oficina em instalações cedidas pelo município ao abrigo dum protocolo de colaboração entre a autarquia e os dois artesãos.

rística), de Portugal e Espanha, Best Cultural Programme (Melhor Programa Cultural), de Portugal e Best Major Festival Powered by See Tickets (Melhor Grande Festival), de Portugal.

CÂMARA DE ALMADA PROCURA NOVO PROMOTOR

Festival Sol da Caparica dá prejuízo de 5 milhões de euros ao município O Sol da Caparica tem prejuízo de 5 milhões de euros. O município vai deixar de assumir integralmente os custos do evento e já procura novo promotor. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR O município revelou à agência Lusa que em 2018 investiu 1,7 milhões de euros no Sol da Caparica, mas as receitas foram de apenas 765 mil euros, tendo um prejuízo de cerca de 962 mil euros. “Considerando que, desde 2014, decorreram cinco edições, estaremos a falar de um prejuízo acumulado de perto de 5 milhões de euros”, explicou. Além disso, a Câmara salientou que, neste prejuízo não está

Alcochete ajuda famílias carenciadas A loja do Mercado do Centro Comunitário Cais do Sal tem em curso até ao dia 29 uma campanha de recolha de produtos de limpeza e higiene pessoal para entrega a famílias em situação de vulnerabilidade económica. Esta campanha inclui um dia de recolha direta (dia 22), entre as 9 e as 20 horas, no Intermarché de Alcochete, e os pontos de recolha permanente são na loja do mercado, situada na rua do Mercado em Alcochete, e na sede do Centro Comunitário Cais do Sal, localizada na rua da Liberdade n.º 7 r/c dto., no bairro da Coophabital. A campanha também decorre nas turmas do Clube Viva Mais e Trabalhadores em Forma. Os bens prioritários são champô, gel de banho, detergente para a roupa, detergentes lava tudo, fraldas e toalhitas.

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contabilizado o valor da cedência do espaço para a realização do evento, a cedência de espaços públicos para a promoção do festival, a cedência de escritórios durante todo o ano à empresa organizadora, a cedência de utilização de material informático e de escritório, o consumo de água e luz e, ainda, a utilização de funcionários camarários para montagem, preparação e limpeza do espaço.

Desta forma, o “avultado prejuízo” com a realização do festival foi determinante para que a autarquia decidisse “deixar de assumir integralmente os custos”. O município já garantiu que o Sol da Caparica iria regressar este ano, mantendo o conceito, mas que estava à procura de um novo promotor. A organização estava a cargo da AMG Music, mas o contrato com a empresa terminou este ano

Barreiro promove uso eficiente da água A escola secundária de Santo André e o Centro Social e Paroquial Padre Abílio Mendes vão ser palco de “Comunidades Experimentais” do projeto “ECH20-ÁGUA”. O projeto está a ser implementado até março de 2020 pela Associação dos Recursos Hídricos, em parceria com diversas instituições. Trata-se de uma abordagem inédita e integradora que irá mobilizar ‘Comunidades Experimentais’, com vista a testar dispositivos de redução de caudal em torneiras e chuveiros. O projeto é financiado pela AMI, através de fundos comunitários, e irá envolver direta e indiretamente mais de 6 mil pessoas, de diversas idades e perfis socioprofissionais. Num contexto de mudanças climáticas e outros desafios globais, o “ECH2O-AGUA” visa a capacitação dos utilizadores na adoção de práticas de consumo responsável e uso mais eficiente da água, em ambiente escolar, residencial e profissional. Através da análise da evolução mensal dos valores consumidos, será calculada a respetiva Pegada Hídrica.

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Santiago vibra com 12º Encontro de Jazz O 12.º Encontro Internacional de Jazz do Litoral Alentejano continua a decorrer até dia 23 deste mês, numa organização da Associação Quadricultura. Mano a Mano (dia 16), Sumrrá (16), Quarteto Marb (dia 22), Alma Nuestra (dia 23) são os nomes que vão estar presentes nesta edição, que decorre entre os palcos do auditório da Secundária António Macedo, em Vila Nova de Santo André, e o auditório António Chainho, em Santiago do Cacém. Durante o certame, decorre o Jazz After Hours, a partir das 23 horas.

O festival continuar a apostar em sons dos países de língua oficial portuguesa

e, tendo em conta os resultados obtidos, a Câmara “só poderia voltar a contratar um produtor por procedimento público”. Ainda assim, o município realçou que os ex-organizadores foram convidados pela autarquia para consulta prévia ao procedimento público de contratação, mas optou por não apresentarem proposta.

“A AMG Music não apresenta proposta para este caderno de encargos porque o modelo proposto e condições oferecidas não permite alcançar, com qualidade e eficácia, a exemplo dos anos anteriores, os resultados positivos do evento criado por nós para a Câmara”, lê-se na resposta da empresa à autarquia, a que a Lusa teve acesso.

Moita acolhe maior eficiência energética

Montijo presta homenagem a médico de Canha

A agência regional de energia S.ENERGIA assinou, no dia 12, nos Paços do Concelho, na Moita, o contrato de adjudicação no âmbito da medida eduLUX. Este contrato permitirá uma maior eficiência energética na iluminação interior de escolas básicas do 1.º ciclo. A eduLUX vai permitir a substituição de 27.478 lâmpadas em cerca de 200 escolas do 1.º ciclo de 4 concelhos. Como resultado previsto desta medida, estima-se uma redução total de consumo de energia elétrica de 1.635.930 kWh/ ano, representando uma poupança anual de cerca de 200 mil euros. Resultado de uma candidatura ao Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Elétrica da ERSE, a medida permite reduzir os consumos de energia nas escolas e melhorar a qualidade da iluminação das salas de aulas.

As comemorações do Dia da Vila de Canha têm lugar este sábado, dia 16, a partir das 16 horas. Este ano, a efeméride vai ser assinalada com uma cerimónia solene para a reposição do busto do Dr. Manuel Maurício, médico que esteve ao serviço da população de Canha durante largos anos. A cerimónia vai ter lugar junto ao centro de saúde da freguesia e contará com a participação da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Canha, além das entidades oficiais e do presidente do município, Nuno Canta. A freguesia de Canha é a mais antiga localidade do concelho do Montijo. Possuiu autonomia administrativa enquanto sede de concelho do mesmo nome até ao ano de 1838, data em que passou a fazer parte do concelho de Aldeia Galega, atualmente Montijo.


LOCAL

Alcácer do Sal lança concurso para remodelação da escola dos Açougues TEXTO ANTÓNIO LUÍS O município vai abrir o procedimento para o lançamento da empreitada de remodelação da Escola dos Açougues, orçada em 366.442,00 euros. A intervenção da remodelação da referida escola está relacionada essencialmente com trabalhos de melhoramento das instalações em termos de “conforto térmico e salubridade da construção existente”, onde está instalada a Universidade Sénior. Neste âmbito, o município alentejano irá proceder à desmontagem e substituição de cobertura e caleiras e remate perimetral da fachada existente; à aplicação de teto falso radiante e equipamentos sistema de bomba de calor para apoio/abastecimento de solução de teto radiante; à substituição de caixilharias, vidraças, vãos interiores, revestimentos interiores e exteriores, loiças sanitárias, equipamentos de iluminação; aos trabalhos de construção civil; à demolição e construção de divisórias interiores; às pinturas; à criação de rampas e outros elementos relacionados com acessibilidades e

O município vai investir mais de 366 mil euros na remodelação da Escola dos Açougues

arranjos exteriores. Esta proposta foi aprovada por maioria em reunião ordinária da Câmara realizada no passado dia 14. Entretanto, a 6 de abril, pelas 15h30, realiza-se a inauguração do Museu Municipal Pedro Nunes. O ato festivo de abertura deste espaço público, agora renovado e mais moderno, conta com a atuação da fadista Kátia Guerreiro. E no sentido de incentivar o enriquecimento do conheci-

mento dos alunos do concelho, a Câmara deu apoio financeiro ao Agrupamento de Escolas de Alcácer, no valor de 3 mil euros para a realização de viagens de estudo a Madrid; Amesterdão; Genéve e a S. Miguel. A ajuda visa auxiliar os alunos com mais dificuldades económicas, proporcionando-lhes a oportunidade única de participar nestas visitas de estudo e reduzindo, assim, para todos os envolvidos os custos inerentes à participação nas referidas viagens.

Artesanato e antiguidades em Sesimbra

Parque de Setúbal com boa nota

A Quinta do Conde acolhe este domingo, das 10 às 18 horas, a Feira de Artesanato e Antiguidades, onde se podem encontrar-se verdadeiras relíquias e preciosidades de outras épocas ou objetos feitos por artesãos locais. Além da animação, a feira promove a atividade dos artesãos locais e regionais, apoiando-os na sua evolução empresarial.

O EcoParque do Outão, gerido pelo município, foi distinguido com o “Certificado de Excelência 2018” da CaraMaps. O equipamento foi um dos 30 parques em Portugal a receber a distinção por parte da aplicação móvel de origem francesa que funciona como planeador de rotas para utilizadores de autocaravanas, que, assim, podem avaliar os parques.

Seixal dá abrigo a animais

Palmela atribuí casas sociais

O Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia do Seixal acolhe dezenas de animais e a promoção da sua adoção responsável é uma prioridade para o município. O Laranja foi amarrado a uma árvore à porta do Centro. Já o Átila foi abandonado e capturado na via pública. Estas são apenas duas histórias entre muitas outras de animais que esperam alguém que os adote e lhes dê um novo lar.

O município vai abrir concurso público para atribuir 5 habitações sociais, em regime de arrendamento apoiado. As inscrições decorrem entre 28 deste mês e 10 de abril. Podem pessoas com residência legal em Portugal, maiores de 18 anos, com domicílio no concelho há, pelo menos, 5 anos e cujo agregado familiar apresente rendimento mensal ‘per capita’ igual ou inferior a 435,76 euros.

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DESPORTO

Torneio de natação decorre no Pinhal Novo

Volta ao Alentejo com passagem em Alcácer

Cerca de 300 atletas participam, entre os dias 29 e 31, no Torneio Zonal de Infantis da Zona Sul e Ilhas nas piscinas de Pinhal Novo. Em competição, vão estar nadadoras femininas, nascidas em 2006

Os ciclistas participantes na 37ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola vão passar por Alcácer do Sal, na sexta feita, naquela que será a terceira etapa e a ligação de Santiago do Cacém a Arraiolos. As metas-

e 2007, e nadadores masculinos, nascidos entre 2005 e 2006. As inscrições para este evento desportivo organizado pela Associação de Natação de Lisboa terminam dia 19.

volantes estão em Grândola, Vendas Novas e Arraiolos, além de duas contagens para o Prémio de Montanha, a primeira em Alcácer e a seguinte em Montemor-o-Novo.

23ª EDIÇÃO DECORRE A 19 DE ABRIL E ANTECIPA A PARTICIPAÇÃO DE MAIS DE 700 ATLETAS

XXIII Grande Prémio da Páscoa em Atletismo coloca Alcácer “a correr” Potenciar a prática do exercício físico é um dos objetivos desta prova de atletismo. TEXTO CARLOS RIBEIRO IMAGEM DR Como já é hábito, a sexta-feira Santa no concelho de Alcácer do Sal será um dia dedicado ao atletismo. A 19 de Abril, e pelo 23º ano consecutivo, o “Grande Prémio da Páscoa” vai levar às ruas do município mais de 700 amantes deste desporto, com base em números da edição anterior e que a organização está confiante de que vão aumentar. «Temos sempre expetativas de que a participação seja mais

avultada, principalmente porque, de ano para ano, tem havido mais gente interessada e a divulgação é mais ampla», vaticina Valdemar Santos, técnico de desporto da Câmara Municipal de Alcácer do Sal. Há a possibilidade de marcar presença em duas modalidades. A corrida de 10 quilómetros e a caminhada de quase cinco quilómetros. Segundo Valdemar Santos, o Grande Prémio assume

Prova espera a participação de mais de 700 amantes do atletismo

como objetivos «a promoção da atividade física» e a dinamização de uma «vertente mais lúdica e menos competitiva». Isto apesar de receberem atletas de todas as nacionalidades e que podem utilizar a iniciativa como preparação para outras provas de cariz mais oficial e federativo, como já

aconteceu. A partida é feita às 10h na pista do estádio municipal do concelho do litoral alentejano e tem o seu fim junto ao Skateparque. No que concerne a prémios, estes serão entregues aos três primeiros lugares masculinos e femininos, dos escalões sub23 (até aos 23

anos), elites (dos 24 aos 34 anos), veteranos A (dos 35 aos 49 anos) e veteranos B (mais de 50 anos), apenas no circuito de maior distância. Há também um prémio especial para o 1º, 2º e 3º classificados masculino e feminino entre os residentes no concelho. A organização do evento está a cargo de um variado número de entidades, com o Município de Alcácer do Sal à cabeça. O preço fixado para a corrida é de três euros por atleta, enquanto que para a caminhada, o lavor é fixado nos dois euros. Valores que, esclarece Valdemar Santos, suportam «o valor do seguro de saúde», visto que esta iniciativa «não tem fins lucrativos» e é suportada, em grande parte, pela edilidade alcacerense. As inscrições para a prova devem ser efetuadas em www. acorrer.pt, até ao dia 16 de abril, ou junto dos serviços da autarquia de Alcácer do Sal.

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Ídolos da Praça com obra feita e sem dívidas

A direção tem feito obra de vulto no clube

O Núcleo Recreativo e Desportivo Ídolos da Praça, em Setúbal, continua a modernizar-se e a investir nas instalações. A direção orgulha-se de obra feita e gaba-se de não dever nada a ninguém. O presidente José Vigário, a cumprir segundo mandato, realça que a coletividade «respira muita saúde e não tem dívidas» para com os fornecedores. «Entrámos com saldo negativo e, felizmente, agora, não devemos nada a ninguém. Trabalhámos muito e conseguimos levantar o clube com obras importantes». Os Ídolos, com cerca de 600 sócios, desenvolvem futebol, BTT, Pes-

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ca Desportiva e Zumba. «No futebol, a seção mais emblemática, movimentamos à volta de 120 atletas, repartidos pelas escolinhas, benjamins, infantis, iniciados, juniores e veteranos. Se houver apoios pensamos abrir os juvenis e os seniores». No futuro, o clube gostaria ainda de ativar as seções de Ténis de Mesa e do Atletismo. O clube acabou de substituir o pavimento do corredor da sede, que estava degradado, por pavê, e implementou novo circuito de água e esgoto. O posto médico e a colocação de piso sintético no ringue são outras obras de referência concretizadas pela atual direção. Quanto ao regresso às marchas populares, José Vigário entende que é «um caso que deve ser bem pensado», porque os apoios financeiros não são suficientes. «Queremos entrar com a mesma mística com que os Ídolos saíram do certame. Mas isso ainda está longe do nosso horizonte». Já o diretor do futebol, Belarmino Piedade, realça que os Ídolos estão a lutar para que os juniores subam à 1.ª Divisão Distrital. «Somos a única equipa de bairro que está entre equipas com renome no futebol. É uma honra para todos nós». E aproveita para enaltecer o «incansável esforço e dedicação» do chefe de Divisão de Desporto do município, José Pereira, em «colaborar connosco e ajudar-nos a ter um melhor futebol de formação». AL


POLÍTICA

Condições da PSP preocupam CDS-PP

BE apresenta queixa contra Vitorino (PSD)

Depois anos depois, o deputado do CDS-PP na Assembleia Municipal do Seixal, João Rebelo, voltou, esta semana, a questionar a autarquia sobre as condições precárias de trabalho dos agentes

O deputado Bruno Vitorino manifestou, nas redes sociais, a sua indignação sobre uma sessão de esclarecimento, numa escola do Barreiro, que envolvia elementos da LGBTI. Joana Mortágua e Sandra

da PSP da Torre da Marinha. João Rebelo lembra que a polícia funciona num edifício com muitas décadas, sem condições e com cobertura de amianto. Da câmara o eleito exige respostas e ações.

Cunha (BE) repudiaram as palavras e avançaram com uma queixa na comissão para a Cidadania e Igualdade de Género. O Social Democrata “mantém as afirmações e a indignação”

JOANA MORTÁGUA FALA NUM PARADOXO LEGAL QUE URGE RESOLVER

Deputada do BE interpela governo sobre falta de funcionários nas escolas Vereadora da câmara de Almada visitou escola do Feijó. Joana Mortágua diz ter constatado as dificuldades com as quais a direção se depara, no momento de substituir funcionários de baixa médica. Os rácios «têm de ser revistos». TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR Joana Mortágua, vereadora da câmara de Almada, pelo BE, quis avaliar “in loco” a situação reportada, nos últimos dias, de falta de funcionários na EB/JI do Chegadinho, no Feijó. Situação que diz ser «exemplificativa de um problema ao qual o governo não tem dado solução e que é uma armadilha em que as escolas estão». Legalmente cumprem os rácios estipulados, de funcionário por aluno, mas, na prática, não respondem às necessidades quando parte desses funcionários está de baixa. Acompanhada pelo vereador substituto Luís Filipe e pelo deputado municipal José Rocha a bloquista visitou a escola, «na qual gostaria de ter andado», por ser «uma escola exemplar, com

um corpo docente atento e com um espaço bom», e constatou essa disparidade, relativamente ao número atual de funcionários, que «fica aquém das necessidades da escola». «Este é o caso típico de uma escola que, teoricamente, cumpre o rácio legalmente previsto, mas tem muitos funcionários em baixa prolongada que não são substituídos. Nestes casos o ministério não permite a contratação de mais ninguém e as pessoas não estão ao serviço». Alegando tratar-se de «um paradoxo que o sistema criou e que tem que ser resolvido, porque cria situações extremas», a deputada apresentou, esta semana, no parlamento uma questão sobre o tema da colocação

e substituição de professores, numa altura em que «já se fala na criação de uma bolsa de substituição, proposta antiga do Bloco, cujo projeto de resolução até já foi aprovado em Assembleia da República, e que muito nos agrada». Joana Mortágua entregou, também, um requerimento à câmara de Almada no sentido de «sinalizar a situação» e perceber que diligências estão a ser tomadas no sentido de ajudar a colmatar o problema, «sabendo nós que a responsabilidade é do governo que tem que alterar a forma como os funcionários são colocados», reconhece. Apesar das tentativas do Semmais não foi possível confirmar junto do agrupamento

Comitiva do BE foi recebida pela diretora do agrupamento de escolas

de escolas Francisco Simões, do qual a Escola Básica e Jardim de Infância do Chegadinho faz parte, se atualmente os operacionais

auxiliares são mesmo 11, estando quatro de baixa prolongada, e quantos alunos acolhe o estabelecimento de ensino.

PEV exige avaliação dos impactos ambientais da atividade da Siderurgia

Heloísa Apolónia, líder do PEV

Os Verdes recomendaram ao governo, através de um projeto de resolução entregue na Assembleia da República, que realize estudos epidemiológicos e ambientais e instale uma rede de monitorização da qualidade do ar no Seixal. Em causa está a produção da Siderurgia Nacional. O Partido Ecologista Os Verdes entende ser fundamental “averiguar o impacto” da produção da Siderurgia Nacional, na qualidade do ar e na saúde da população residente em toda

a área geográfica circundante da localização da empresa, e que se instale “uma efetiva rede de monitorização da qualidade do ar no município, dotando-o de mais estações de medição, por forma a garantir uma cobertura uniforme e real”. No seu projeto de resolução o PEV requereu, ainda, que o governo, não só, proceda à realização dos estudos relativos aos impactos ambientais, mas que garanta, também, a sua divulgação pública dando conhecimento

dos resultados à autarquia e ao parlamento. Para o Partido Ecologista Os Verdes as questões ambientais “revestem-se de extrema importância, e interferem na qualidade de vida das pessoas e na saúde pública. Importa assim assegurar uma correta laboração e localização das atividades para um desenvolvimento ambiental e socioeconómico equilibrado e sustentável”, reafirmam em comunicado. ES

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CULTURA

Lions Club angaria receitas para crianças

‘Sinfonia do Adeus’ no Luísa Todi

A VI Gala do Lions Club do Montijo realiza-se este domingo, às 16h30, no teatro Joaquim d’Almeida. O concerto do Ensemble de Saxofones da Metropolitana marca esta gala solidária com vista a

A Orquestra Académica Metropolitana interpreta obras de Penderecki, Roussel e o concerto “Sinfonia do Adeus”, de Haydn, este sábado, no Fórum Luísa Todi, às 16 horas, no âmbito da V Temporada

angariar fundos para a iniciativa “Ver melhor para aprender melhor”, uma campanha que o clube desenvolve há vários anos para a compra de óculos para crianças carenciadas.

Sinfónica de Setúbal. O espetáculo tem a direção de Jean-Marc Burfin e alunos do Curso de Direção de Orquestra da ANSO – Academia Nacional Superior de Orquestra.

OS GRANDES MUSICAIS ESTÃO DE VOLTA AO TEATRO POLITEAMA

«É um espetáculo único e apetecível que merecia estar na Broadway» Durante duas horas, o público tem oportunidade de rir, chorar, pensar e sonhar com “Severa”. O musical de La Feria conta o drama da fadista cigana que nunca abdicou de ser quem era. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR “Severa”, o novo musical de Filipe La Feria, que conta a história dramática da fadista cigana da Mouraria, teve ante-estreia no dia 13, no Teatro Politeama, em Lisboa, com casa esgotada e várias figuras públicas do mundo do espetáculo. Anabela e Filipa Cardoso dão corpo à Severa, a polémica fadista cigana da Mouraria, ambas com excelentes interpretações. Mas a história de Severa, fadista que nunca abdicou de ser quem era, é contada em palco por Almeida Garrett, interpretado por Carlos Quintas, que nos dá a conhecer o amor de Custódia (um mendigo da Mouraria), por Severa, e a relembrar as tabernas,

o fado nas ruas e vielas, as touradas. Recuamos ao século XIX para recordar a história desta 1.ª Cantadeira de Fado, com postura transgressora, que nunca esqueceu as suas raízes e que morreu nova. São relembradas também a guerra entre Liberais e Absolutistas. No elenco também encontramos Bruno Xavier, Dora, Ricardo Soler, Yola Dinis, Filipe Albuquerque, Cristina Oliveira, Fernando Gomes, Rui Vaz, David Gomes, Francisco Sobral, João Frizza, Paulo Miguel Ferreira, Catarina Pereira, entre outros, não esquecendo os excelentes bailarinos. Filipe La Feria não tem dúvidas que foi «um dos melhores

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espetáculos» que fez na sua carreira. «O ritmo é muito intenso e conta um pouco da História do nosso País», lamentando, porém, a falta de apoios do Estado. «Só tivemos ajuda da Câmara de Lisboa e da Associação Mutualista Montepio», vinca. E deixa uma mensagem ao público: «Venham ver um espetáculo único e apetecível que merecia estar na Broadway». «Arrepiei-me e chorei várias vezes» Filipa Cardoso, após o espetáculo, diz que a reação do público foi «maravilhosa». A emoção esteve à flor-da-pele. «Arrepiei-me e chorei várias vezes. O papel de Severa é muito intenso. Eu chorei em cena». Já Anabela classifica o musical de «emocionante e muito forte» e sublinha que espelha «a alma portuguesa». Por seu lado Yola Dinis, afirma que o musical é «muito intenso» e que está «muito bem» concebido, em figurinos, cenário, coreografia, texto, música. «Está um espetáculo completo». Dora considera a experiência «incrível», não tendo dúvidas de que está envolvida num espetáculo «surpreendente». E conclui: «É um espetáculo imperdível. Tem uma série de referências sobre a nossa história e cultura. As pessoas têm que vir ver. É arrebatador, é emocionante». Já a cantora Alexandra afirmou que os espetáculos de Filipe La Feria são sempre «fantásticos e surpreendentes», e que ficou surpreendida com a interpretação de Filipe Albuquerque (Custódia). «Está um espetáculo muito bonito. Aconselho as pessoas a irem ver», enquanto a cantora Adelaide Ferreira admite que «é sempre um privilégio assistir a um espetáculo do La Feria, um homem que todos devemos venerar».

O musical “Severa” conta a história dramática da fadista cigana da Mouraria

agendacultural BARREIRO OS MAIS AMADOS DE RODRIGO Rodrigo Leão apresenta o concerto “Os Portugueses”. Trata-se de uma escolha das composições de Rodrigo cantadas em português que se tornaram em alguns dos seus temas mais amados. AUDITÓRIO AUGUSTO CABRITA, 16.MAR.19, 22H00

PALMELA CONVERSAS OUTRORA NÃO ADMITIDAS O grupo Artimanha leva ao palco “Conversas outrora não admitidas”, com entrada livre. Tem como enfoque as conversas sobre a intimidade do feminino e destina-se a maiores de 16 anos. SOCIEDADE INSTRUÇÃO MUSICAL QUINTA DO ANJO, 16.MAR.19, 21H30

SESIMBRA MELECH MECHAYA DÃO CONCERTO Os Melech Mechaya, com 10 anos de carreira, inspirados em várias influências musicais, dão um concerto para apresentar o álbum “Aurora”. Não perca o concerto ao vivo contagiante.

SEIXAL SONORIDADES FREE PANTONE TRIO O Free Pantone Trio, recentemente criado em Lisboa pelo baixista Rui Sousa, pelo pianista Manuel Guimarães e pelo baterista João Valinho, atua com o convidado Noel Taylor (clarinetes) FÓRUM CULTURAL, 16.MAR.19, 21H30

TEATRO JOÃO MOTA, 16.MAR.19, 21H30


CULTURA

ESPELHO MÁGICO ESTREOU MUSICAL “DONA NATUREZA”

RAIO-X_MARIA CAETANO

Musical com mensagem «Quero divulgar o ecológica para toda a família fado no estrangeiro» Baseada na obra de Eduardo Leão Waisman, a companhia de teatro Espelho Mágico celebra o mês de março com um musical que apela à consciência das pessoas para cuidarem da sua casa comum: a mãe natureza.

A fadista setubalense Maria Caetano, adora viajar pelo mundo, não quer largar o fado de vista. Tem 61 anos, é do signo Carneiro e trabalha como cabeleireira.

TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR

TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR

O grupo Espelho Mágico levou à cena o musical “Dona Natureza” com casa cheia e muitos aplausos no Fórum Municipal Luísa Todi

A necessidade da preservação do meio ambiente esteve em destaque no novo musical para toda a família, “Dona Natureza”, que estreou no dia 9, no Fórum Luísa Todi, em Setúbal. A 35.ª produção da Espelho Mágico – GATEM, com a parceria da Estremoz Editora, é baseada na obra de Eduardo Leão Waisman e já esteve em cena no Brasil. O musical, com encenação de Miguel Assis, cenografia e figurinos de Céu Campos, despertou o público para consciencialização ambiental, particularmente para a poluição ambiental e lixo tóxico. Céu Campos, diretora da GA-

TEM, realça que o balanço é «o melhor possível». A estreia foi um «enorme êxito». Depois de três sessões no Forum, a peça partirá para digressão nacional, mas, está previsto o regresso a Setúbal. «Esta parceria inédita com a Estremoz Editora vai espalhar pelo País a importância de cuidar da nossa casa comum: a mãe natureza. É uma bela forma de celebrar o teatro no seu mês de aniversário». Já o encenador Miguel Assis, refere que as reações do público têm sido «as melhores». «Penso que o espetáculo abrange um público que se estende a todas as gerações de uma família, pois além

cinema Capitã Marvel

da vivacidade das personagens, da graça e do ritmo do próprio texto, da beleza das canções, tem uma mensagem ecológica que a todos toca». O vereador da Cultura, Pedro Pina, esteve presente na estreia do musical, que incluiu ainda uma homenagem ao ator Carlos Rodrigues e a venda do livro “Dona Natureza”, com ilustrações de José Abrantes. O autarca deu os parabéns ao grupo pelo trabalho apresentado e frisou: «Vocês são uns resistentes». No elenco estão Cláudio Pinela, Miguel Assis, Céu Campos, Jéssica Ricardo, Susana Marques, Diogo Leiria, Larissa Feiten, David Pereira, João Canhoto, Raquel Luz, Mafalda Santos, Daniela Prata e Luís Estrela.

Qual o seu maior sonho profissional? Manter a carreira musical e continuar a divulgar o fado noutros países. E pessoal? Viajar pelo mundo. Cidade preferida? Setúbal. Qual o local que gostaria de conhecer? Índia. Um desejo para 2019? Ter a agenda fadista preenchida. Quem convidaria para um jantar a dois? A presidente da Câmara de Setúbal, Dores Meira. Quem é o homem mais sexy do Mundo? Há vários. Complete: A minha vida é… Dedicação à família, ao fado, alguns amigos e ser solidária com ao próximo sempre que possível. O que não suporta no sexo oposto? Mentiras. Comida e bebida preferida? Um bom moscatel roxo na comida tenho preferência por tudo o que for peixe. Qual o seu maior vício? Chocolate. Que livro anda a ler? “Tarôt dos Anjos”. Qual o último filme que viu? Bohemian Rhapsody. Melhor peça de teatro? O musical “Amália”, de Filipe La Féria.

Melhor música de sempre? Mother, dos Pink Floyd. Qual a sua maior virtude? Generosidade. E defeito? Teimosa. Como se chama o seu animal de estimação? O meu cão Max e o meu gato kooky. O que levaria para uma ilha deserta? Muita água doce. Dia ou noite? Dia. O que mais teme na vida? O sofrimento. A quem ofereceria um presente envenenado? A ninguém. O maior desgosto da sua vida? A perda dos pais.

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Data de lançamento: 07/03/2019 Nacionalidade: EUA Género: Ação, Ficção Científica Elenco: Mckenna Grace, Brie Larson, Gemma Chan Realizador: Anna Boden, Ryan Fleck Duração: 124 minutos

Carol Danvers (Brie Larson) é uma ex-agente da Força Aérea norte-americana, que, sem se lembrar de sua vida na Terra, é recrutada pelos Kree para fazer parte de seu exército de elite. Inimiga declarada dos Skrull, ela acaba por voltar ao seu planeta de origem para impedir uma invasão dos metaformos, e assim vai acabar descobrindo a

verdade sobre si, com a ajuda do agente Nick Fury (Samuel L. Jackson) e da gata Goose. Não perca este interessante filme repleto de belos efeitos especiais. Para ver no confortável e moderno cinema City do Alegro de Setúbal.

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OPINIÃO

O médico do povo À PARTE LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS ERA muito lá de casa, o Júlio – Júlio Adrião, a quem têm chamado, e bem, o médico do povo. Uma das mais antigas memórias que tenho, deste nosso grande amigo, está associada a umas férias que passámos juntos, no Algarve, no ano em que os Black Company lançaram o êxito “Nadar”. A relação entre esse rap e o Júlio ficou-me, até porque acho que nunca o vi cantarolar mais nada. Não consigo esquecer a leveza daquelas férias e aquele homem extraordinário, muito reservado, a entoar repetidamente alguns daqueles versos bem-dispostos, reflexo de uns tempos mais promissores do que aqueles que agora vivemos: «Não há espiga. A festa é até ao fim do dia». Para o meu pai era o “mano”

avô. Poderia desfiar memórias dos dois ao longo de várias páginas, tal é a importância que têm na história da minha vida. Por vezes, no entanto – como no caso do Júlio – a importância é tão discreta que quase não nos damos conta dela. Discreta, no caso, porque não era motivo para efusividade. Era uma importância natural que não celebrávamos porque não era preciso, tal como nunca foi preciso fazer-se grande alarido do facto de o Júlio ser o médico do povo porque, na realidade, o era. É assim a verdadeira generosidade, que não existe por estar à espera de ser celebrada ou reconhecida. Uma outra pequena história associada à nossa amizade: em 2017 estávamos a preparar em Setúbal uma par-

te de “Um D. João Português”, espectáculo com encenação do Luis Miguel Cintra, que me disse que gostaria de utilizar um bote tradicional como parte do cenário. Liguei ao Júlio, claro, orgulhoso descendente de um pescador que sempre manteve a ligação às suas identitárias raízes – no seu consultório tinha, por exemplo, um conjunto de belíssimas miniaturas de barcos. Disse-me prontamente que nos emprestaria um bote que tinha guardado em Vila Nova de Milfontes. Só teríamos de arranjar transporte. Assim foi. A imagem criada, da qual existe registo fotográfico, ganha assim para mim ainda mais significado, associada que está a um projecto tão ambicioso que, em Setúbal, ganhou contornos muito espe-

ciais de relação entre o teatro e a vida. Abnegação. É a palavra que me ocorre por me parecer a mais certeira para descrever o que conheci deste ser humano que muito me orgulho de ter conhecido. E, apesar da tristeza que não consigo esconder por ter perdido um amigo de sempre logo depois de ter perdido um avô que foi também, em certa medida, um segundo pai, não posso negar uma certa felicidade por ter constatado, nesse momento de despedida, que pelo menos por uma vez na minha vida já pude assistir a um momento colectivo de reconhecimento e justiça por quem decidiu dedicar-se aos outros sem interesses escondidos ou agendas ocultas. Obrigado, Júlio.

“o bom pai de família”

Apregoar a Liberdade

UM CAFÉ E DOIS DEDOS DE CONVERSA

ATUALIDADE

PAULO EDSON CUNHA ADVOGADO

LUÍS MURILHAS PRESIDENTE DA CPS PSD BARREIRO

E DE REPENTE Portugal foi invadido pela discussão da violência doméstica. Para isso muito contribuiu a infeliz simultaneidade entre os casos de mortes por violência doméstica, que infelizmente ocorreram nos dois primeiros meses do ano, assim como os acórdãos tornados públicos de um conhecido Juiz Desembargador – Neto de Moura. Claro que a turba caiu em cima do Sr. Dr. Juiz, contudo, como é hábito nestes casos, discute o assessório, dispensando o essencial. Vamos a factos – Infelizmente há um preocupante aumento de casos de violência doméstica que culminam com a morte das violentadas e que se percebe que essas mortes podiam ser evitadas pelo sistema, porque os casos estavam sinalizados pelas autoridades que foram incapazes de criar mecanismos de defesa das vítimas. O que aqui está em causa, em primeira instância, é criarmos mecanismos de articulação entre as diversas autoridades envolvidas para evitar estes desfechos e que defendam efectivamente as vítimas, o que não está a acontecer. Depois, é necessário olhar para a lei. A esse propósito tomo a liberdade de partilhar um excerto de um texto de um Sr. Dr. Juiz Desembargador do Tribunal da Relação do Porto, que colocou no seu Facebook pessoal ““(...) o poder político

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Júlio, companheiro de sempre, também presente nos disputadíssimos e míticos (para mim) Jogos Médicos de futebol que, todos os anos, nos levavam a Tróia para uns dias de convívio intenso – bom, imagino que mais intenso para eles do que para mim, mero espectador de um torneio em que via aqueles homens a enervar-se muito mais do que no quotidiano, a tentar ganhar, talvez apenas, o respeito mútuo. Fui também muitas vezes ao antigo campo d’Os Amarelos, local entretanto completamente transformado onde, confrontando com essas memórias, tive de estacionar o carro para me ir despedir desse grande amigo que tinha visto pela última vez umas semanas antes, na despedida final ao meu

decidiu alargar a possibilidade de suspensão da pena de prisão de 3 para 5 anos, para (diziase) facilitar a ressocialização dos condenados e reduzir a sobrelotação nas prisões. Mesmo não sendo fácil remar contra a maré, na altura, os juízes alertaram para o risco do aumento de suspensões de penas em crimes mais graves “afectar as expectativas comunitárias na administração da justiça penal”. Só para se ter uma noção dos crimes graves que passaram a admitir pena suspensa, eis alguns exemplos: tentativa de homicídio, violência doméstica com morte da vítima, violação, tráfico de pessoas, escravidão, rapto com tortura, abuso sexual de criança com cópula, lenocínio com menores até 14 anos de idade, roubo violento com arma (…). Como era de esperar, a mudança da lei teve efeitos imediatos no aumento do número de condenações em pena suspensa e na consequente redução do número de presos. Em apenas 2 anos, de 2006 para 2008, a população prisional reduziu-se em 14,5% (...)” Ora, quem quiser que tire as suas conclusões, sendo certo que a forte censura social que fizemos sobre o Juiz Neto de Moura serve para todos os outros perceberem que também eles, hoje em dia, estão sob a mira do escrutínio público, o mesmo público tem de compreender que os juízes aplicam a lei. Mesmo quando não con-

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cordam com ela. Podem desvirtuá-la. Podem ter interpretações erradas; podem até fundamentá-la erradamente, mas têm de a aplicar. Li hoje, um caso onde um juiz não condenou um ex-companheiro de uma senhora, alegando que não era plausível que uma mulher culta, inteligente e independente não se tivesse defendido, queixado atempadamente ou até fotografado. Percebo que vos pareça ridícula a argumentação. Parece porque efectivamente é. Mas podemos aproveitar este caso para fazer pedagogia: a lei e a jurisprudência privilegiam o comportamento médio. Têm-no por referência. Falam inclusive no “Bom pai de Família”, o mesmo é dizer que o juiz deve julgar o comportamento aferindo-o pelo que faria o homem médio – lá está, o “bom Pai de família” confrontado com uma situação, deve agir no interesse da família. Conceitos antigos e paternalistas, mas utilizados nos nossos tribunais, logo, uma mulher independente, culta, que sofra de violência física deve agir como uma normal agiria – fotografando-se, apresentando queixa e largando o seu companheiro/marido. O juiz só está a ignorar o mais importante – cada caso é um caso e num caso de completa alienação ou dependência emocional, estes conceitos são pura letra da lei, caduca e inútil. Que tal dar uns cursos de psicologia aos nossos juízes?

NOS ÚLTIMOS tempos, pelas incomensuráveis e fidedignas redes sociais, surgem movimentos de tudo e, principalmente de nada. Se ao nada juntarmos o disparate inerente, a verdade é mais que certa, justa e até absolutamente condenável, por quem a tenta rebater, com ou sem argumentos. Não é importante. O importante sim é garantir que a “minha” verdade é mais verdade que a do “outro”. Ao tudo, podemos, assim num ápice, juntar uns simples “frutos secos”, oriundos sabe-se lá de onde, e já fica mais complicado de rebater esta “também minha” verdade. Faz sentido? Não. Mas é mesmo para não fazer. Chegou-se ao limite do tolerável, ultrapassando o intolerável, condicionando, criticando em escrita aberta o que uns e outros pensam e assumem nos seus registos pessoais. A opinião contrária, frontal e fundamentada em factos, em fontes, é no saber supremo de alguns, mentira. E o vice-versa acaba por ser comum. A forma como se afrontam argumentos, pontos de vista, sensibilizações, é, aos dias de hoje, na sua grande maioria vergonhoso. Ninguém pode discordar de nada. E, se o contraditório for utilizado, mais uma vez, nos seus registos pessoais, os adjetivos surgem ao virar de cada esquina virtual.

E, se no meio do tudo e do nada, uma partilha, uma indignação, um sentimento ou até mesmo uma verdade, for revelado contra a dita esquerda, e as suas decisões governamentais, está o assunto arrumado. Automaticamente se volta atrás no tempo e os apelos ao fascismo estão instalados. Ou seja, a crítica simples, nada argumentada ou fundamentada. Quem tanto apregoa a liberdade e se considera dono da mesma tem a necessidade de usar esta postura no seu dia-adia político? Quem tanto apregoa a liberdade de expressão como garante democrático do funcionamento das instituições, carece desta argumentação? Quem governa e quem sustenta o governo? As esquerdas unidas. Não nos deixemos converter ao facilitismo, ao argumento simplificado do parece bem dizer isto ou aquilo. Se não concordamos, assim o diremos. Se o criticamos é porque consideramos justo criticar. Ataques pessoais, ameaças, avisos prévios e questões do foro pessoal, chamadas à discussão política, são absolutamente intoleráveis. Não o permitiremos. Que a liberdade individual de cada um de nós seja isso mesmo, livre! A vida é como a política, apenas uma, sejamos dignos de ambas.


OPINIÃO

Mantenhamos nós o risco

EDITORIAL

POLÍTICA E CULTURA VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP RAUL TAVARES DIRETOR

Eleições e ‘lei da rolha”… Esta semana, uma nota da Comissão Nacional de Eleições (CNE) sobre publicidade institucional, nomeadamente a publicitação de obras, deixou os autarcas à beira de um ataque de nervos. Já apelidada da ‘lei da rolha’, a interpretação da CNE sobre este tipo de legislação, inscreve-se, segundo aquela instituição, nos “deveres de neutralidade e imparcialidade a que as entidades públicas se encontram sujeitas”. Independentemente dos abusos, que não raramente ocorrem, no que se refere a este sentido de “neutralidade e imparcialidade” em matéria de campanhas eleitorais, a decisão da CNE não deixa de ser uma limitação a uma prática inscrita nas atribuições e competências da atividade informativa das autarquias. Na verdade, basta atentar na obrigação que os municípios e outras entidades públicas e privadas têm em ostentar os apoios dos projetos financiados pelos fundos comunitários. É contraditório. A meu ver, não vem mal ao mundo que os agentes políticos possam, legitimamente, informar os cidadãos das obras constantes dos seus mandatos. Aliás, devem mesmo apresentar contas. Por outro lado, a legislação existente já sistematiza duas questões essenciais da atividade política: a fiscalização e os limites do abuso. Há linhas definidas em relação às quais os representantes de cargos institucionais podem e devem ser escrutinados. Sobretudo em termos éticos. Por estas razões, esta posição da CNE é uma espécie de tiro-no-pé, porque se afigura como uma não questão. E sabendo nós, como sabemos, de tantos outros problemas que podem ferir as balizas da neutralidade e imparcialidade em períodos eleitorais, é também uma perda de tempo e uma poeira desnecessária. Felizmente, a maturidade da nossa democracia e do eleitorado já provou que os portugueses que votam, fazemno, maioritariamente, em consciência. Pelo que não será um ‘outdoor’ a confundi-los e a baralhar o voto. Se essa prerrogativa da publicitação legítima das obras públicas for usada com bom senso e de forma parcimoniosa, é serviço público!

A PLANTAÇÃO de flores com as cores da bandeira da República Bolivariana da Venezuela em pleno Jardim do Quebedo, em Setúbal, no passado Dia Internacional da Mulher, iniciativa das Autarquias Locais e de várias associações num acto simbólico de solidariedade com a luta das mulheres e daquele povo da América Latina, e para a qual convergiu a já tradicional Caminhada das Mulheres, virá, temporalmente falando, a não distanciar-se senão de um pouco mais de uma semana de um outro evento internacionalista, o almoço que a Associação de Amizade Portugal-Cuba anuncia para amanhã, domingo, no Clube de Futebol “Os Sadinos”, festejando os 60 anos da Revolução Cubana. Sob o título genérico “Sexualidade sem medos”, um folheto distribuído em massa sobretudo nas escolas e nas escadarias da Assembleia da República em defesa da IVG terminava, há anos, antes mesmo do repto “Vem lutar connosco! Adere à Juventude Comunista Portuguesa!”, com uma frase de Ernesto Che Guevara: “Deixem-me dizer-vos, com o risco

de parecer ridículo, que o verdadeiro revolucionário é guiado por grandes sentimentos de amor...” No edifício dos textos de autores comunistas, e sobretudo dos autores que meteram mãos à obra de não só interpretar o mundo, mas antes e sobretudo de o transformar, a frase do Che remeterá de imediato e pesem as distâncias para a tese de Marx segundo a qual a relação entre os homens afere-se, em “primeira mão”, na relação entre “o” homem e “a” mulher. Pesem as distâncias, sim, porque Marx estabelece aquelas relações no quadro do posicionamento das partes no aparelho produtivo e face ao registo da propriedade, ou seja, em pleno confronto de classes. Eis porque o argentino empenhado na guerrilha e na revolução lutava pelo socialismo e o comunismo, não por outra coisa. Razão pela qual se volta a recordar a vinda a Setúbal, na década de noventa, de uma dirigente da Juventude Comunista Cubana, a convite da JCP. Um debate público teve lugar no Edifício Arrábida, e sabia-se que ele ia ser marcado

pela fuga, de Cuba a caminho dos Estados Unidos, nos dias imediatamente antecedentes, de uma filha de Fidel Castro. Confrontada por esse “dissabor”, a jovem respondeu prontamente: “Mas eu sou filha de Fidel!” O “risco de parecer” do Che terá então um lugar na História, mas não necessariamente comprometido com o que se passa numa Assembleia da República ou Parlamento de qualquer país, antes, em rigor, extravasando-os. Como já se pôde ler, não há projecto que se reclame ou pretenda reclamar-se da vida e que possa, contraditoriamente, eximir-se ao sentimento daquele “risco de parecer ridículo” que só nasce no desprendimento que as grandes causas do avanço civilizacional da humanidade instruem em cada um dos seus protagonistas. Foi o que levou os militantes da JCP a encontrarem em Guevara uma formulação algo inibida (estamos a falar de um romântico) onde acaba por transparecer a melhor identificação de um amor que permite, em qualquer situação, afirmar: “somos filhos dele!”.

Uma prioridade prioritária A VERDADE DAS COISAS SIMPLES JOSÉ ANTÓNIO CONTRADANÇAS ECONOMISTA E GESTOR RECENTEMENTE a Câmara Municipal de Setúbal fez anúncio de uma obra a realizar, sendo um novo passeio no sentido poente/nascente da estrada de acesso às praias da Arrábida. Obra considerada no âmbito da prossecução do projeto “Arrábida sem Carros”, consistindo na criação de um passeio pedonal entre o restaurante “Restinguinha” e a praia de Albarquel, ao todo numa extensão de 600 metros. Não tenho dúvidas de que esta e outras obras previstas para em breve se iniciarem, poderão contribuir para a melhoria das condições de mobilidade e segurança, que em muito podem conferir uma maior atratividade àquela zona turística de lazer. Tal como não deixarei de apreciar o esforço feito pelo município no embelezamento de algumas zonas da cidade, dando-lhe mais aprazibilidade e fruição para os que a habitam e para os que a visitam. A cidade de Setúbal tem condições únicas e particulares de beleza natural que muito bem pode alinhar-se com a velha máxima do povo: “a menina bonita qualquer trapinho lhe fica bem.” Acrescento a estas considerações e à constatação precedente, a revelação de que sempre fui críti-

co quando em tempos (e foi muito tempo!) se ignorou a zona ribeirinha, a qual saltava à vista ser a aposta necessária para casar a cidade com o seu rio e lhe dar o desfrute de Troia, do mar e da Serra da Arrábida. Em boa hora se fizeram obras no Parque de Albarquel, na Praia da Saúde e junto à Doca de Pesca, que transformaram, decisivamente, a vida dos setubalenses e passou, aquele local, a ser um verdadeiro cartão-de-visita de Setúbal. Basta haver uma nesga de sol em tarde de fim-de-semana e por ali pululam as gentes alegres e bem-dispostas. Por estes motivos e porque julgo que não seriam obras tão dispendiosas como outras que por aí se fazem e que talvez pudessem esperar, tenho pena que não se finalize um trabalho que está por fazer. Refiro-me a duas obras essenciais que em muito podiam contribuir para a tal maior atratividade daquela zona da cidade. Uma delas, há tanto tempo prometida, que tem feito parte dos programas eleitorais das diferentes forças político-partidárias e que em entrevista de julho de 2017 a Sra. Presidente da CMS prometia o seu início para o final desse ano, consistindo na constru-

ção de um passadiço pedonal em madeira, suspenso, aéreo, de ligação pela parte de mar entre o Parque Urbano de Albarquel e a praia do mesmo nome. Outra, mais mobilizadora de meios, também prometida, adiada e já quase esquecida, apelidada de Terminal 7 (Centro Interpretativo ligado ao Mar, incluindo funções de apoio a iniciativas náuticas), após a demolição das antigas instalações da empresa Sadonaval. Obra esta que se julga poder ser desenvolvida por fases e que já não seria de somenos, fazer-se a demolição daqueles edifícios e alargar-se a Av. José Mourinho, naquele local. Depois do fracasso do POLIS, que salta a olhos vistos, numa zona considerada como objetivo principal da intervenção ao abrigo deste programa, continuando sem se ver o início da construção de uma grande unidade hoteleira anunciada e também do mega-investimento do Grupo “Macau Legend Development”, julgamos que é tempo desta artéria merecer uma atenção especial. Afinal, talvez não custe assim tanto. Perdoe-se-nos a redundância, mas atrevemos a dizer que a nosso ver será uma prioridade prioritária.

/ Ficha Técnica Diretor Raul Tavares / Editora-Chefe Eloísa Silva / Redação Anabela Ventura, António Luís, Carlos Ribeiro, Cristina Martins, Marta David / Coordenação Comercial Cristina Almeida / Direção de arte Pedro Frade / Design de comunicação Teresa Fortalezas | EDUGEP Digital Solutions www.edugep.pt / Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira / Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio / Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Concessão Produto Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Redação Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com / Telefone: 93 53 88 102 / Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora da Conceição, 50 - Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro / Tiragem 25.000 (média semanal) / Distribuição VASP e Maiscom, Lda. / Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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