semmais 2019
Um grafismo em mudança, a referência de sempre.
Região
Diretor Raul Tavares
Semanário Região de Setúbal
Edição n.º 1023 9.ª série
Só o ano passado, foram apreendidos mais de cem telemóveis na cadeia de Setúbal. A maioria chega por arremesso do exterior. A escassez de guardas prisionais é gritante e há problemas graves de saúde pública pág. 2
Distribuído com o
Sábado 16 fevereiro
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sociedade
Projéteis encontrados no Sado foram desativados pela Marinha Mergulhadores da Marinha Portuguesa procederam à desativação, em segurança, dos dois explosivos encontrados por arqueólogos, a sul da barra do Porto de Setúbal pág. 6
sociedade
Conferência sobre Violência doméstica reúne profissionais de justiça no Seixal Depois de ter declarado 2019 como o ano de combate à violência doméstica o Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados promove na delegação do Seixal mais uma conferência sobre a temática pág. 3
negócios
Telemóveis chegam por arremesso à prisão de Setúbal
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Siemens aumenta capacidade de produção em Corroios A empresa anunciou um reforço do investimento na fábrica de quadros elétricos de Corroios, no Seixal. O objetivo da Siemens Portugal é aumentar a produção em 60%, alcançando as 3200 unidades anuais. pág. 11
enfoque
Guardas denunciam rotura na segurança e nas condições de trabalho
Mais de 100 telemóveis apreendidos na prisão de Setúbal A maioria chega às mãos dos reclusos por arremesso, outros por meios não identificados. O certo é que, para os guardas prisionais, esta ilegalidade é, para já, o problema mais visível dos muitos perigos iminentes no Estabelecimento Prisional de Setúbal. texto raul tavares Imagem DR
Só em 2018 foram apreendidos 121 telemóveis na prisão de Setúbal. 49 foram encontrados nos telhados, pátios, celas, muros ou noutras zonas do edifício, os restantes 72 aparelhos estavam na posse dos reclusos, disse uma fonte do Estabelecimento Prisional ao Semmais. «Esta situação põe em causa a segurança. Enquanto forem telemóveis ou haxixe, que são proibidos, poderá ser menos grave, mas um dia podem arremessar uma pistola ou outra arma e aí é muito mais complicado», afirma a mesma fonte. A situação, aliás, está identificada pelos serviços prisionais, uma vez que para além da prisão se encontrar numa zona considerada nobre, pela autarquia, que não permite que se mantenha a distância de segurança junto aos muros, «quem arremessa os aparelhos para dentro do estabelecimento sabe as horas em que há menos vigilância. Assim, a falta de efetivos e de meios resulta na ineficácia do trabalho dos agentes», explica a fonte do Semmais. Com capacidade para 120 reclusos, o Estabelecimento Pri-
No estabelecimento prisional de Setúbal há telemóveis literalmente “a voar” por cima dos muros sem que alguém dê conta
sional de Setúbal, na zona dos ‘Quatro Caminhos’, alberga, atualmente, 179 indivíduos em regime de permanência, mais 21 presos em trânsito, ou seja, que pertencem a outras cadeias, mas estão a ser julgados nos tribunais do distrito. Por seu turno, os guardas prisionais destacados são 80, mas segundo disse
As condições das camaratas de vigilância são reveladoras da degradação denunciada
ao nosso jornal o delegado do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional no Estabelecimento de Setúbal, Vítor Marques, «muitos elementos estão de baixa há algum tempo, e é preciso reduzir ao número quem está de férias e os elementos que trabalham, apenas, de segunda a sexta-feira». Feitas estas contas, em média, a segurança prisional é assegurada por 5 profissionais durante o dia, e por 3 no período noturno. «No mínimo para se funcionar a 100% deviam ficar 8 ou 9 guardas, mas não há elementos para isso. Por exemplo, agora com o julgamento em Setúbal dos homens do multibanco, todos os dias vão 8 ou 9 reclusos para o tribunal, o que envolve nove guardas, e os homens são de Caxias. Isto para além dos serviços que temos na
PSP, noutros tribunais ou nas unidades de saúde. «Com estas deslocações fica em causa a segurança da cadeia. Há guardas a fazer dois e três postos ao mesmo tempo. Um dia vai acontecer o que aconteceu esta semana em Paços de ferreira», afirmou. Há guardas a ser medicados contra a tuberculose apanhada na cadeia À falta de efetivos, um problema transversal às restantes prisões do país, no Estabelecimento Prisional de Setúbal soma-se a existência de apenas quatro mulheres guardas - um facto que dificulta a revista das visitas femininas - a escassez de meios de vigilância e de transportes, a fragilidade das condições de salubridade e a precariedade das instalações.
“Serviços prisionais só se mantêm com a boa vontade dos guardas” A luta dos guardas prisionais por melhores condições de trabalho já é antiga, mas até agora, segundo estes profissionais, foram poucos os avanços, apesar das greves e de outras tentativas para se fazerem ouvir. Como forma de reivindicar os direitos, a Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional enviou, em finais de janeiro, uma carta à Ministra da Justiça. No documento, a que o nosso jornal teve acesso, a instituição recorda as palavras de Francisca Van Dunem que, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, de 2 de fevereiro de 2016, afirmou que “o sistema prisional é de facto um problema extremamente grave”, a situação interna é quase explosiva”.
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Passados três anos, os profissionais da cadeia afirmam, na carta, que “ a situação que se vive no sistema prisional é bem mais grave que a verificada e denunciada há três anos”, e exigem que “a ordem e a segurança sejam uma prioridade a ser garantida através da presença de meios humanos nas zonas prisionais”. No documento que o Semmais consultou, o sindicato alerta para o facto de “muitas diligências ao exterior não se realizarem por falta de meios e que “a maioria das diligências relacionadas, por exemplo, com a saúde é preterida em relação às diligências judiciais”. Afirmam ainda que “os serviços prisionais só se mantêm a funcionar porque existe boa vontade dos profissionais”.
«Os problemas são muitos. Chegamos a ter na enfermaria reclusos em consulta de clínica geral, psiquiatria, psicologia, tudo a funcionar ao mesmo tempo sob a vigilância de apenas um guarda. A sala de visitas é minúscula e sem condições, chegam a estar lá 40 pessoas, ninguém se consegue mexer. Não podemos esquecer que a maioria destes indivíduos está indiciado por consumo ou tráfico de droga», explica Vítor Marques. A precariedade das condições físicas da cadeia afeta os reclusos, mas também os elementos de segurança. Segundo o delegado sindical, «os efetivos estão profundamente descontentes» com o estado da camarata de vigilância. «As condições de trabalho são muito más, temos a camarata sem condições nenhumas. Entram ratos, está cheia de humidade, cheira a bolor, o chão está num estado lastimável», diz. Vítor Marques refere, mesmo, que para além de ter «um colega de baixa com tuberculose, existem mais 25 profissionais a ser medicados contra esta doença, apanhada na cadeia». Face a estes cenários, o sindicalista adianta ao Semmais que, depois de há cerca de um mês a diretora do Estabelecimento ter declinado a sua proposta para que um colega realizasse obras na camarata, alegando existir um projeto - que segundo o delegado sindical está há vários anos para ser posto em prática - vai marcar um plenário para debater com os colegas as diligências a tomar para tentar combater os vários problemas com que se confrontam na prisão de Setúbal.
sociedade
São Bernardo é “Amigo do Bebé”
Barreiro comunica mais e melhor
O Hospital de São Bernardo, em Setúbal, foi reconhecido pela UNICEF com o certificado internacional de unidade Amiga dos Bebés. A formação dos profis-
A câmara do Barreiro lançou um jornal local e apostou nas novas tecnologias ao criar uma nova aplicação para telemóveis e tablets com inúmeras funcionali-
sionais de saúde, que cumpriram com êxito os parâmetros avaliados permite garantir o certificado por três anos.
dades. Disponível na Apple Store ou Google Play, a app “Aqui Barreiro” aproxima os cidadãos dos decisores.
Só no ano passado o Conselho Regional de Lisboa organizou mais de 132 ações
Advogados do CRL promovem no Seixal conferência sobre violência doméstica Conselho Regional de Lisboa da OA já promoveu mais de 130 ações de formação nas quais participaram 12 mil profissionais. O objetivo das sessões, é dotar os advogados, agentes e demais profissionais de justiça, com competências mais adequadas à realidade atual. texto Eloísa silva Imagem DR
Ao longo de 2018, o Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (CRL) através das delegações da sua área territorial organizaram 132 conferências e workshops, em 17 comarcas, com a presença de mais de 70 oradores especialistas em diversas áreas, que contaram com mais de 12.000 participantes. Na próxima quarta feira os trabalhos decorrem, novamente, na delegação do Seixal, que já recebeu 10 sessões, no âmbito deste trabalho de formação. Nas delegações do distrito de Setúbal a abrangência e regularidade das sessões também tem tido expressão. Almada recebeu, em 2018, 8 conferências, o Barreiro 9, a Moita 8, Montijo e Sesimbra 4. Os números são reveladores do «papel bastante interventivo do CRL no contributo para um melhor acesso à Justiça e para uma melhor formação de todos os Profissionais da Justiça capacitando-os para lidar, ainda, melhor com questões específicas», revela António Jaime Martins, presidente do CRL. Considerando que o Conselho Regional representa cerca de 50% da advocacia nacional «é percetível, com 12.123 profis-sionais inscritos para todas as conferências e workshops, que há interesse da nossa parte em formar, mas, mais importante, há um interesse ainda maior dos profissionais de se munirem de mais e melhores competências». 2019 declarado ano do combate à violência doméstica As áreas abordadas em cada uma das 132 ações, a que se juntam as três já previstas para este mês dedicadas à violência doméstica (uma no Seixal, outra em Almada e uma terceira em Rio Maior), são variadas, mas com «bastante pertinência e atualidade». É o caso da proteção de dados, do alojamento local, da saúde mental e da violência doméstica. Não antevendo os even-
tos trágicos das últimas semanas «o CRL já havia declarado 2019 como o ano do Combate à Violência Doméstica». «Os Advogados são peças essenciais no sistema e devem estar na vanguarda do combate à violência doméstica. Uma representação eficaz requer formação adequada para que os profis-sionais tenham uma compreensão da dinâmica da violência doméstica e saibam identificar o risco específico de cada caso», destaca Jaime Martins. Admitindo que os advogados são muitas vezes o primeiro apoio ns casos de violência doméstica e que é pela sua via que
os mesmos chegam ao sistema judicial, o CRL «tem feito um esforço» no âmbito da sua formação, bem como de outros profissionais de justiça como procuradores, juízes ou oficiais de justiça. Admite João Massano, vicepresidente do CRL e responsável pela área da formação, que o objetivo das conferências, como a que decorre esta quarta feira no Seixal, é «dotar os profissionais, que querem estar na linha da frente para combater o flagelo nacional que é a violência doméstica, de conhecimentos es-senciais para melhor atuarem na proteção das vítimas».
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BV e Ipss do Barreiro recebem cheques Foram entregues, aos Bombeiros e a Instituições Particulares de Solidariedade Social do concelho do Barreiro, as verbas angariadas em ações de solidariedade durante os meses de dezembro e janeiro. Ao todo, a generosidade da população que visitou a pista de gelo do parque da cidade e que assistiu ao espetáculo de José Cid permitiu recolher mais de 16 mil euros. A cerimónia de entrega das receitas, resultantes do Concerto Solidário de José Cid, às corporações de Bombeiros do Barreiro, decorreu na Sala de Sessões dos Paços do Concelho esta quinta feira. O Corpo de Salvação Pública e os Bombeiros Sul e Sueste
receberam 1545 euros, cada. Já as Instituições Sociais do concelho, às quais coube a dinamização da pista de gelo instalada no parque da cidade do Barreiro, entre 8 de dezembro e 6 de janeiro, alcançaram o valor de 13.200 euros que irão repartir entre si. ES
Presidente da câmara entregou os cheques
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sociedade
Câmara garante manutenção REGULAR da escola e outras mães elogiam equipamento
Denúncias sobre Escola Básica de Corroios são “descabidas” Encarregadas de educação e responsáveis autárquicos desmentem as denúncias de uma mãe que se diz angustiada pelo “estado lastimável” da escola básica Quinta de Santa Marta de Corroios. Uma “guerra aberta” que tem alimentado muitos prós e contras texto Eloísa silva Imagem DR
As denúncias constantes de Sónia Alves, mãe de um menino de 6 anos que frequenta a escola básica da Qta de Sta Marta de Corroios, no Seixal, sobre o que considera ser «o estado lastimável» em que o estabelecimento se encontra, não têm eco junto dos responsáveis da autarquia ou dos encarregados de educação contactados pelo Semmais. Sónia Alves relaciona, mesmo, os atuais problemas de saúde do filho com a degradação do espaço e tem travado, desde o início do ano letivo, uma guerra aberta nas redes sociais e na comunicação social. Mas outras mães, pelo contrário, não se reveem na sua posição e consideram-na, até, «descabida».
As queixas começam nas refeições, com a denunciante a acusar a escola de «servir uma salada com moscas mortas», e acentuam-se no que concerne à insalubridade do edifício. «A sala onde ele tem aulas cheira a mofo, escorre água das janelas nas paredes, o parapeito do lado de dentro está completamente encharcado e há manchas de infiltrações disfarçadas com tinta», descreve ao Semmais. «Horrorizada» com a exposição a um ambiente «sem isolamento térmico que está a degradar a saúde respiratória do meu filho, que nunca teve qualquer problema do género», reuniu, em outubro de 2018, com a vereadora da educação da câmara do Seixal. Sónia afirma
que a autarca Manuela Calado “admitiu que efetivamente a escola precisava de intervenções urgentes nesse sentido”. São acusações «descabidas» O Semmais ouviu duas mães que têm os seus filhos a estudar no mesmo estabelecimento e que «não reconhecem veracidade a estas denúncias». Sofia e Mónica, mães de duas meninas que frequentam a mesma turma do filho de Sónia, falam em «queixas descabidas» e ambas reconhecem «qualidade à equipa docente e não docente» e um ambiente «com muito melhores condições do que tinha antigamente». Mónica, que pela boa experiência do filho mais velho,
Encarregada de educação fotografou o refeitório da escola no final de julho de 2018
«fez tudo» para que a mais nova ficasse naquela escola, afirma que a mesma «nunca revelou problemas de saúde a nível respiratório», admitindo, ainda as-sim, que o único problema que detetou na EB de Corroios é «o calor extremo que se faz sentir no verão, no refeitório». Sofia também teve a filha mais velha a frequentar a EB Qta de Sta Marta, durante cinco anos, e a experiência «curricular, de afeto, atenção, condições e cuidado», levou-a a nem considerar outra alternativa para a mais nova. «Estive na última reunião
Autarquia garante uma manutenção regular
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CDS-PP exige respostas concretas João Rebelo, eleito do CDS-PP na Assembleia Municipal, foi o interlocutor de uma questão, colocada ao executivo municipal do Seixal, sobre as condições denunciadas pela encarregada de educação da Escola Básica de Santa Marta de Corroios. No documento, divulgado pela comissão política concelhia do CDS-PP Seixal, são claras as intenções dos centristas; ver a escola e conhecer a sua realidade. “É sabido que a Escola Básica de Santa Marta de Corroios conta já com mais de 30 anos e nunca recebeu obras profundas; a Câmara Municipal do Seixal não respondeu ao pedido da concelhia do CDS-PP do Seixal, para visitar a escola em epígrafe, os pais queixam-se das condições da escola, nomeadamente salas com muita humidade, chegando a acumular bolores nalgumas zonas; nas janelas chega a correr água ao ponto de se formarem poças de água nos parapeitos; o material está gasto e obsoleto; as condições das casas de banho deixam muito a deseja; os bolores são nocivos para a saúde das crianças, levando a crises de asma, alergias respiratórias e infeções”. Na pessoa do deputado João Rebelo, o CDS-PP insta a câmara do Seixal a prestar informações concretas sobre “o número de alunos da escola; qual o motivo para a autarquia não autorizar a concelhia do CDS-PP a visitar a escola; qual o motivo para não substituírem os materiais desgastados e obsoletos ou para não terem feito obras necessárias para o bemestar dos alunos; para quando estão previstas as referidas obras; por que motivo a autarquia não institui um modelo de ATL pago consoante os rendimentos das famílias e se a autarquia tem conhecimento das queixas quanto à alimentação e, se sim, que esforços encetou para melhorar a qualidade da alimentação na escola”.
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de pais e não me apercebi nem de cheiro a mofo, nem de água a escorrer pelas paredes. Isso é descabido», refuta. Com uma menina de seis anos «bastante expressiva», Sofia acredita que «se a comida fosse má e se a degradação fosse tão evidente ela também já se teria queixado». Relativamente à situação que motivou a «preocupante denúncia» de Sónia Alves, Sofia considera serem «acusações descabidas que denigrem a imagem da escola e da comunidade. Condensação até na minha casa existe», retorquiu.
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Em resposta à solicitação do Semmais, a vereadora da educação da câmara do Seixal, Manuela Calado, confirma o encontro com a encarregada de educação, reafirmando que «as salas de aula apresentam um bom estado de conservação, em resultado da manutenção constante de que são alvo, sendo que no presente ano letivo, procedemos (a autarquia) a um conjunto de intervenções no refeitório deste edifício escolar, no sentido de melhorar as condições do mesmo». Segundo a autarca a partir de julho de 2019, «serão totalmente requalificadas as casas de banho, será pintado o interior da escola, e serão colocados estores interiores no refeitório e substituídos os das janelas exteriores das salas de aula e das portas de entrada». Para além das intervenções de conservação e requalificação da escola, que data de 1982, está programada a ampliação da mesma. Nesse âmbito, adianta a vereadora, «será feita uma portaria, para melhorar as condições de segurança no acesso à escola, bem como a construção de um espaço para polivalente e biblioteca». Contactada pelo Semmais a direção do Agrupamento de Escolas de Vale de Milhaços, ao qual a EB Qta de Sta Marta de Corroios está afeta, delegou na autarquia, “enquanto entidade competente, quaisquer esclarecimentos adicionais sobre o assunto em causa”.
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sociedade
Engenhos foram inativados por mergulhadores da marina
Arqueólogos detetam projéteis no Porto de Setúbal Os engenhos explosivos foram inativados pela equipa de mergulhadores da marinha, sem constituir qualquer perigo para as embarcações, mergulhadores ou para a fauna e flora marítima. texto Raul tavares Imagem DR Mergulhadores da Marinha procederam à desativação dos engenhos explosivos encontrados
«Durante esta operação, a polícia marítima manteve a área abrangida interdita às embarcações de recreio, à navegação local e aos mergulhadores lúdicos. Antes de fazer a deflagração do explosivo, foram feitas duas detonações ligeiras para espantar qualquer fauna marinha que estivesse próxima, só depois é que aconteceu a explosão que deflagrou os engenhos encontrados”, explicou ao Semmais o comandante
da Capitania do Porto de Setúbal, Luís lavrador, na sequência da ação de desativação dos dois engenhos explosivos encontrados por uma equipa de mergulhadores arqueólogos. Os projéteis estavam enter-rados a sul da barra do Porto de Setúbal e foram encontrados quando os arqueólogos, no âmbito da preparação das dragagens que vão ser realizadas, mergulharam para ver se havia
algum impedimento. O avançado estado de degradação das munições levou a marinha a optar pela desativação no local. Apesar de admitir ser pos-sível a existência de projéteis na costa, segundo o comandante Luís Lavrador, a maioria estão enterrados e são muito antigos, «fruto de exercícios militares ou de outros disparos de munições e, se não manuseados ou movimentados, não oferecem perigo,
tanto para as pessoas como para a fauna e flora marítimas». Contudo, qualquer avistamento deve ser comunicado à Autoridade Marítima Nacional. As munições encontradas, no passado dia 7 de fevereiro, foram as primeiras de que há registo na costa da Península de Setúbal, nos últimos dois anos.
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Material apreendido foi armazenado pela PM
TSD de Setúbal preocupados com cancelamento de cirurgias em Almada e Setúbal O Secretariado Distrital de Setúbal dos Trabalhadores Social-Democratas revela “preocupação” relativamente ao cancelamento “de mais de uma centena de cirurgias no Hospital Garcia de Orta e Centro Hospitalar de Setúbal”, só desde o passado dia 31 de janeiro, em resultado da segunda greve cirúrgica dos enfermeiros. Em comunicado os TSD do distrito de Setúbal, apelam ao primeiro-ministro, ministra da saúde e demais responsáveis governativos “que sigam as recomendações da Organização Internacional do Trabalho que reforçam a necessidade de negociação, mediação e conciliação com os enfermeiros como formas de minimizar o recurso à greve num sector tão sensível como o da saúde”. Só desta forma, admitem, será possível “melhorar as condições de vida e de trabalho dos enfermeiros”, sem pôr em causa, em tempo útil e com qualidade, o acesso dos portugueses ao Serviço Nacional de Saúde. Em seis dias de greve foram canceladas 106 cirurgias no Hospital Garcia de Orta enquanto que só num dia, o dia 8, foram canceladas onze cirurgias no Centro Hospitalar de Setúbal segundo dados do Ministério da Saúde. ES
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600 metros de artes de pesca apreendidas em Reserva Natural O Comando local da Polícia Marítima de Sines apreendeu 600 metros de artes de pescas na zona de proteção da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha. Em declarações ao Semmais, o comandante Sá Coutinho, explicou que a apreensão decorreu «no âmbito de uma operação de fiscalização, durante a qual foram detetadas duas redes em zona proibida em direção perpendicular à linha de costa». De acordo com a mesma fonte, «é usual a colocação de redes em locais proibidos e sem a devida sinalização, colocando em perigo a navegação». Para além disso, a zona onde estas artes de pesca se encontravam «é protegida e não é permitida a pesca com este tipo de redes, pois coloca em perigo as espécies». O material apreendido foi recolhido e armazenado nas instalações do Comandolocal da Polícia Marítima, dando origem ao procedimento contraordenacional. Da operação, realizada na passada terça-feira, resultou ainda a fiscalização de duas embarcações, uma de pesca local em trânsito, em situação legal, e uma embarcação de recreio na atividade da pesca lúdica em zona proibida, que foi multada.
Novo site da Arrábida online
A Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) em parceria com o Instituto de Conservação das Natureza e das Florestas (ICNF) e os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra apresentaram esta semana a nova identidade virtual da Arrábida. O novo site dedicado à diversidade, beleza e particularidades da serra da Arrábida, bem como ao processo de candidatura da Reserva da Biosfera da UNESCO, divide-se em três áreas; Arrábida, Candidatura e Projetos. https://arrabida.amrs.pt ES
política
Novos barcos no Tejo a partir de 2020
CDS-PP de Almada questiona qualidade do ar
Foi lançado ontem pelo governo o concurso internacional para a aquisição de catamarãs movidos a gás natural para garantir a travessia do Tejo.
O deputado municipal do CDS-PP, António Pedro Maco, apresentou um requerimento à câmara de Almada questionando se o concelho poderá estar, ou não, a
O primeiro substituto dos cacilheiros que fazem as rotas de Lisboa para Cacilhas, Seixal e Montijo, chegará em 2020. Até 2024 serão dez.
ser afetado com problemas na qualidade do ar, em resultado dos pós brancos e pretos que se detetaram recentemente no concelho vizinho do Seixal.
A consulta pública sobre alterações ao regulamento ainda não começou
CDU denuncia aumento de 60% nas tarifas de estacionamento em Almada O estacionamento tarifado em Almada, a cargo da empresa municipal ECALMA, vai sofrer alterações. A concelhia da CDU denuncia o alargamento a zonas até agora gratuitas e aumentos de 60% nas tarifas. texto Eloísa silva Imagem DR
A autarquia de Almada, presidida pela socialista Inês de Medeiros, já divulgou a proposta para início de procedimento tendente à aprovação do Regulamento de Estacionamento, Paragem e Circulação na Via Pública. O período de consulta pública ainda não começou, mas a CDU de Almada, através de Rui Jorge Martins, já denuncia um agravamento das tarifas e um «regulamento absurdo e que visa apenas o lucro da empresa municipal Ecalma». Em declarações ao Semmais Rui Martins, da concelhia de Almada da CDU, ex vereador da autarquia e ex presidente da empresa municipal de estacionamento Ecalma, vinca que «PS e PSD pretendem impor todo um novo modelo de gestão que vai pesar brutalmente nos bolsos dos Almadenses e de quem nos visita, bem como alargar a tarifação do estacionamento a todo o Concelho mesmo nas freguesias onde ele hoje é gratuito». A alteração ao regulamento, aprovada em assembleia municipal com os votos contra da CDU, implica, entre outros aspetos, «a
Na página de internet da ECALMA ainda não é possível aceder ao dossier do regulamento
criação de tarifas noturnas entre as 18h00 e as 02h00» e o alargamento de zonas parqueadas e pagas na Costa de Caparica «durante todo o ano». Para Rui Martins trata-se de «pôr a prioridade na cobrança do estacionamento e no financiamento da empresa municipal, em prejuízo da promoção da mobilidade e da gestão qualificada do espaço público».
Para o comunista este novo regulamento «não apresenta soluções para garantir a disponibilidade de espaços de estacionamento para os clientes do comércio local, ou para a rotatividade de viaturas em determinadas zonas». Pelo contrário, destaca Rui Martins, «agrava a situação ao eliminar o estacionamento de curta duração e não
incentiva, sequer, o uso dos cinco parques subterrâneos, como a CDU já tinha proposto anteriormente, com capacidade para mil carros». Na proposta da autarquia, para início de procedimento tendente à aprovação do Regulamento de Estacionamento, Paragem e Circulação na Via Pública, pode ler-se que está em causa uma necessidade “imperativa de uma alteração radical no comportamento dos condutores, na atuação dos agentes de fiscalização e no bem-estar de todos os que usufruem dos passeios e estradas do concelho”. Mais, justifica o executivo nesta deliberação, “o desordenamento que se verifica na forma de estacionar não poderá deixar de se considerar indissociável do facto do Regulamento Geral de Estacionamento em vigor, bem como dos vários Regulamentos Específicos existentes, representarem uma visão datada não só do conceito de mobilidade bem como da própria função do legislador, na procura de uma lei mais clara e próxima do cidadão”.
PSD acusa câmara do Seixal de irresponsabilidade e incompetência O presidente da distrital de Setúbal do PSD, Bruno Vitorino, “culpa a autarquia do Seixal de, durante vários anos, não ter assumido as suas responsabilidades e competências” relativamente ao Vale de Chícharos. A situação do, vulgarmente apelidado, bairro Jamaica, no Seixal, e os episódios de violência ali registados recentemente, foi o mote para um encontro de sociais democratas sobre bairros sociais, que teve como orador Victor Reis, ex-presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). “Esta autarquia, a exemplo de
outras no país, teve a oportunidade de acabar com este tipo de situações através do Plano de Realojamento Especial. No entanto, e ao contrário de outros municípios, o Seixal apresenta atualmente 526 famílias com necessidade de realojamento. Quase tantas como em 1993. Ou seja, praticamente nada mudou”, referiu Bruno Vitorino durante a sessão. Apesar do Bairro da Jamaica ser o mais mediático, o ex-presidente do IHRU, citado em nota de imprensa, “chamou a atenção para o contínuo crescimento do bairro de barracas em
Bruno Vitorino atribui à autarquia comunista do Seixal responsabilidades no Jamaica
Santa Marta de Corroios”, acrescentando que “a Câmara do Seixal mais uma vez, continua a fechar os olhos a esta situação que se está a agravar”. No que respeita ao processo de realojamento, que arrancou em dezembro último, o expresidente do IHRU realçou que, além do mesmo “só ter tido início
porque começaram a aparecer relatórios a dizer que os prédios estavam em risco de cair, tenho receio que não vá até ao fim”. Um processo, recorde-se que teve início com o realojamento, por parte da autarquia e da Santa Casa da Misericórdia do Seixal, de 64 famílias que residiam no lote 10 do bairro da Jamaica. ES
Sessão pública da AMJ de Sesimbra decorre dia 11 de maio
Sessão pública acontece dia 11 de maio
“O Cidadão/Cidadã do Século XXI – Que Competências?” é o tema da edição 2019 da Assembleia Municipal de Jovens (AMJ) que decorre em Sesimbra há 16 anos consecutivos. Trata-se de um projeto de promoção da cidadania, único no país, dinamizado pela Assembleia Municipal, e que tem nos jovens do 3.º ciclo do ensino básico, dos cinco agrupamentos de escolas do concelho, os principais destinatários. Quanto ao tema deste ano, Odete Graça, presidente da As-sembleia Municipal de Sesimbra acredita que é «motivador» e que representa «um grande desafio ao futuro convidando os jovens eleitos à reflexão de novos caminhos para a sociedade». Até 22 de fevereiro, inserido na AMJ, vai decorrer o “Eleito por um dia”, que permite a 3 alunos de cada escola conviver pes-soalmente com os presidentes da Câmara, Assembleia e Juntas de Freguesia. No dia 2 de abril decorrerá a eleição da mesa da Assembleia, após uma conferência sobre Turismo, Pesca, Novas Tecnologias, Desporto, Ambiente e Comunicação Social. E a 11 de maio os pequenos deputados reúnem-se para a sessão pública de apresentação e votação das propostas. ES
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Seixal abre inscrições para juízes sociais
Grândola promove sobreiro em obras
Continuam abertas as inscrições para juízes sociais dirigidas a cidadãos sem formação jurídica para participarem em determinados julgamentos realizados no Tribunal de Família e Menores. Pode ser
O Sobrarte, concurso de obras escultóricas, aceita inscrições até 12 de março. A competição, sem limite de idade, exige trabalhos realizados com material proveniente do sobreiro, tais como a cor-
juiz social qualquer cidadão dos 25 aos 65 anos que nunca tenha sido condenado, nem esteja pronunciado por crime doloso. Inscrições até dia 28 na Câmara do Seixal.
tiça, raiz, madeira, fruto ou folhas, e material reciclável. Sejam elas obras individuais ou coletivas, podem concorrer pessoas naturais ou residentes no concelho de Grândola.
REGRESSO DAS MARCHAS A ALCÁCER DO SAL FICA ‘CONGELADO’
“Não há marchas porque as pessoas não querem” O município e a comissão organizadora tencionam reviver as marchas populares alcacerenses, uma das fortes tradições da terra. Não houve quantidade suficiente de marchas inscritas mas os responsáveis garantem que vão continuar a tentar reativar o certame. texto António luís
Apesar de duas tentativas, em 2018, a comissão organizadora, que conta com o apoio do município, não conseguiu reunir um número suficiente de bairros para a reativação das marchas populares. Na 1.ª fase inscreveram-se S. Pedro e Açougues, e depois, na 2.ª fase, juntou-se o Bairro de S. João e Olival Queimado, mas, depois, acabou por desistir S. Pedro. A ideia do regresso das mar-
Sapadores de Setúbal em festa O 233.º aniversário dos Bombeiros Sapadores é assinalado no dia 21, nos Paços do Concelho, com demonstração de várias valências operacionais e a apresentação de nova viatura de socorro. Do programa destaca-se às 10 horas, a sessão solene, e às 11 horas tem lugar a apresentação das várias valências operacionais. Durante a cerimónia é também apresentada a nova ambulância, que passa a dar apoio direto à equipa de socorro dos bombeiros sapadores. A cerimónia prossegue com uma romagem ao cemitério Nossa Senhora da Piedade, às 11h30, com deposição de uma coroa de flores. O programa termina com a visita à pintura das instalações do quartel da Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, seguida de um almoço convívio, a partir das 12h45.
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chas à cidade também agrada à Câmara que se disponibiliza para «promover, incentivar e suportar financeiramente» o concurso, sublinhando o edil Vítor Proença que «as pessoas querem as marchas de volta. Essa é uma vontade expressa das mais diversas formas e, naturalmente, evidenciada junto dos órgãos que representam o município». O autarca afirma que o município «promoveu todos os es-
forços necessários à realização das marchas em Alcácer, mas, tal não foi possível». Todavia, garante que a Câmara «está sempre disponível para voltar a ‘abraçar’ as marchas mas não nos podemos substituir às comissões de bairro». E conclui: «As marchas são uma das mais relevantes manifestações culturais de Alcácer e têm que voltar a trazer mais brilho ao município, até porque fazem parte da História
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desta terra secular e do nosso riquíssimo património imaterial». Arlindo Passos, da comissão organizadora, realça que se trata «das melhores ideias» mas sublinha, no entanto que «as marchas não regressam só por querer. A iniciativa tem que partir naturalmente das comissões de bairro. Só não há marchas
porque as pessoas não querem». A seu ver, «os jovens, hoje em dia, só querem internet e, assim, é muito complicado que as marchas voltem». No mínimo, «faríamos marchas com 3 bairros». As últimas marchas saíram à rua em 1997, com a envolvência dos bairros de S. Pedro, Açougues, Ribeira Velha e Cabo da Vila, tendo vencido S. Pedro.
Pamela requalifica Barreiro limpa jardim de Pinhal e desinfeta Novo depósitos de água
Sines recebeu presidente caboverdiano O presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, Jorge dos Santos, visitou Sines no passado dia 9. A delegação, que foi recebida no Salão Nobre dos Paços do Concelho pelo executivo municipal, foi constituída pelo embaixador de Cabo Verde em Portugal, Eurico Monteiro, e por representantes parlamentares dos diversos partidos caboverdianos. O edil socialista Nuno Mascarenhas falou das potencialidades de cooperação entre Sines e Cabo Verde, particularmente a nível da economia do mar, portuária e cultural. Já o presidente Jorge dos Santos reiterou que as questões relativas à organização do poder local são muito relevantes neste momento para o seu país, tendo lançado o repto para que Sines possa estabelecer pontes com municípios cabo-verdianos, contribuindo para a continuação do aprofundamento da ação local. O responsável referiu-se ainda ao desenvolvimento portuário de Cabo Verde e à relevância das relações bilaterais entre Sines e as cidades portuárias cabo-verdianas.
Marcha de S. Pedro sagrou-se vencedora em 1997
Loja dos CTT não sai de Alcochete A atual loja dos Correiros, sita na rua Ruy de Sousa Vinagre, vai manter-se em funcionamento. No seguimento das preocupações manifestadas pela Câmara Municipal de Alcochete, desde finais de 2017, relativamente à pretensa saída da loja e após várias conversações com a administração desta empresa, o município recebeu a garantia de que a loja irá manter-se em funcionamento, pelo menos mais um ano, no mesmo local e com os mesmos serviços. Os CTT vão também estar representados no Intermarché da vila.
O Jardim José Maria dos Santos, em Pinhal Novo, vai ser remodelado pelo montante de 282 mil euros, cuja obra já foi adjudicada. A obra inclui a substituição do atual lago por dois elementos de água mais eficientes; a remodelação do pavimento para promoção da acessibilidade; o reforço do estacionamento na zona limítrofe; a manutenção e valorização dos elementos simbólicos, além da beneficiação de infraestruturas. Esta intervenção prevê, ainda, a deslocação da paragem rodoviária e abrigos para junto do auditório ao ar livre, de forma a permitir, numa 2.ª fase, a construção de uma interseção giratória na ligação à Alameda Alexandre Herculano. Numa 2.ª fase, será, também, intervencionada a restante área de jardim. A obra tem um prazo de execução de 120 dias.
Ao longo do presente mês, o município barreirense está a proceder à limpeza e desinfeção bacteriológica dos reservatórios do sistema de abastecimento de água potável em todo o concelho do Barreiro, nomeadamente Sete Portais, Alto da Paiva, Penalva, Coina e Vila Chã. Esta intervenção executada com uma periocidade bianual, inserese num “Programa de monitorização da qualidade da água para consumo humano”, de forma a manter os seus níveis de qualidade no patamar da excelência. Recorde-se que no ano de 2017, a percentagem de água com qualidade no concelho foi de 99,89 por cento. Em 2018, apesar de o processo ainda não estar oficialmente fechado, prevê-se a subida da mesma percentagem para valores ainda mais próximos dos 100 por cento.
local
Casa da Dança vai nascer em Almada texto António luís
A Casa da Dança nasce de um protocolo de colaboração entre a Câmara Municipal de Almada e a Companhia Paulo Ribeiro – Associação Cultural, e funcionará no Ponto de Encontro, em Cacilhas. O protocolo, aprovado na reunião de Câmara do passado dia 6 de fevereiro, prevê a atribuição de 120 mil euros para a concretização, dinamização e programação deste projeto. Paulo Ribeiro é coreógrafo e bailarino com projeção internacional, detentor de um extenso currículo como diretor de companhias e estruturas de bailado, nomeadamente Teatro Viriato, Ballet Gulbenkian e Companhia Nacional de Bailado. Com este projeto pretende-se dotar o concelho de «uma estrutura artística, centrada na dança contemporânea, nas suas mais diversas manifestações, com dois objetivos principais: garantir uma oferta de qualidade ao nível da programação de espetáculos de dança contemporânea e promover o ensino das diferentes modalidades, sobretudo, junto da população mais jovem,
É no Ponto de Encontro que vai nascer a Casa da Dança
lançar novos horizontes e de resgatar talentos», sublinha a edil Maria de Medeiros. A Casa da Dança vai apostar no «cruzamento de experiências entre coreógrafos e bailarinos com um percurso afirmado e jovens profissionais, contribuindo para a emergência e afirmação de novos talentos e para o crescimento e a afirmação sustentáveis da comunidade profissional da dança, em Almada e no País». E conclui a autarca: «A Casa da Dança pretende ser um lugar
que se estende pela cidade, promovendo um contacto regular com a dança contemporânea e mecanismos de aprofundamento da relação dos cidadãos com a criação artística». A Companhia Paulo Ribeiro deverá também assegurar duas atuações com produções próprias, apresentar duas coproduções com companhias congéneres, nacionais ou internacionais, promover um acolhimento internacional, além de parcerias e intercâmbios.
Montijo promove novos talentos
Acesso pedonal melhorado em Sesimbra
A II Mostra de Bandas Semana da Juventude, organizada pelo município, visa incentivar a criatividade artística e musical dos jovens e a promoção e divulgação de novos talentos. O evento permite a apresentação pública dos trabalhos na Semana da Juventude e a banda vencedora vai ao Festival da Liberdade. Inscrições até 15 de março.
A escadaria entre as ruas da Juventude e José Brás, está pronta faltando apenas colocar os corrimãos. A intervenção vai facilitar a ligação pedonal entre as zonas alta e baixa da vila. A obra englobou ainda a construção do muro de suporte de ter-ras junto ao cemitério, de estacionamento na rua da Juventude e a colocação de iluminação pública.
Enguia foi rainha em Santiago
Cemitérios em consulta pública na Moita
O 5.º Festival da Enguia da Lagoa de St.º André voltou a superar as expetativas contando com a presença de milhares de pessoas oriundas de vários pontos do país. Os visitantes tiveram oportunidade de degustar uma iguaria única, numa iniciativa, organizada pela câmara municipal, que decorreu até 3 de fevereiro. O edil Álvaro Beijinha afirma que a edição deste ano «foi um sucesso».
O Projeto de Regulamento dos Cemitérios do concelho encontra-se disponível para consulta pública e recolha de sugestões até 22 de março. Os eventuais contributos deverão ser dirigidos, por escrito, à câmara municipal, por correio ou entregues na Praça da República, 2864007 Moita, enviados através do fax 212 801 008 ou para o email: gab.juridico@mail.cmmoita.pt
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DESPORTO
Onda de Azeitão soma e segue na natação A equipa Onda Azeitão esteve no XI Meeting Internacional de Lisboa WOS, no complexo do Jamor. A equipa de natação de Vila Nogueira de Azeitão fez-se
representar por catorze atletas e esteve em cinco finais. David Lopes, Filipa Cazeiro e Diogo Mateus foram alguns dos atletas que se evidenciaram.
Palmela Trail sai às ruas com 1200 atletas O Circuito Lisboa Trail vai passar por Palmela, este domingo, com a realização do I Palmela Trail. Esta é uma das 11 provas de Trail Running que integram o Cir-
Cinco mulheres dão corpo à equipa feminina do CCA
Elas são campeãs sobre rodas A época do ciclismo começou da melhor forma para a equipa feminina do Centro Ciclista Azeitonense no Campeonato Nacional de Pista. Que equipa é esta? O que é que motiva estas cinco mulheres a abdicarem do seu tempo livre em prol do ciclismo? texto Eloísa silva Imagem DR
O desafio partiu de um patrocinador que convidou Liliana Jesus e o marido, Nuno Emídio, a criarem uma equipa feminina e integrá-la no Centro Ciclista Azeitonense. Amadurecida a ideia, adquiridos conhecimentos específicos para colocar tudo em prática e eis que surge “uma equipa com atletas de qualidade, mas que acima de tudo nos parecem ser humildes, trabalhadoras e dispostas a assimilar os conhecimentos que tentamos transmitir. Tanto assim é, que os primeiros resultados positivos já começaram a surgir.”, explica Liliana Jesus, também ela uma das atletas desta formação. E os primeiros resultados não podiam ser melhores. Nos campeonatos nacionais realizados no Velódromo de Sangalhos, as meninas de Azeitão conquistaram um primeiro lugar, um segundo e dois terceiros, nas categorias Elite e Master 30. Apesar do pouco tempo de trabalho, os objetivos estão bem definidos. “Queremos títulos a nível nacional, mas, acima de tudo, queremos fomentar uma estrutura de referência para as
Resultados bastante positivos fazem a equipa acreditar em todas as vitórias
atletas vindouras”, explica Nuno Emídio, o diretor desportivo, adiantando que “a Equipa está voltada para a competição a nível nacional, com pretensões de discutir a Taça Nacional de Estrada e os Campeonatos Nacionais de Estrada e Contrarrelógio, mas também com intenções de disputar algumas provas a
Como é ser-se mulher ciclista? Liliana e as suas quatro companheiras têm idades entre os 27 e os 37 anos, carreiras profissionais ocupadas, famílias e afazeres sociais. Abdicam de muito do seu tempo de lazer para se dedicar ao ciclismo que é, acima de tudo, um hobbie. “Ser ciclista em Portugal é difícil, seja homem ou mulher. Sendo o ciclismo um desporto de endurance, obriga-nos a muitas horas em cima da bicicleta, sacrifícios alimentares e até sociais. Não existirem grandes apoios económicos, nem grande flexibilidade por parte das entidades patronais, no sentido de nos permitirem treinar, preparar as provas
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e fazer as competições, são grandes entraves à evolução… No entanto, no que se refere ao tipo de tratamento por parte dos outros ciclistas não noto distinções por sermos mulheres.” Antes pelo contrário! Apesar de não haver um grande contacto entre as equipas masculinas e femininas do Centro Ciclista Azeitonense, Liliana sabe que o grupo é encarado como um projeto aliciante e também uma mais-valia para o clube, não deixando por isso de haver “uma grande curiosidade em relação à equipa”. Curiosidade essa que deverá ser desfeita num estágio a realizar no início de março.
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nível regional”. Por enquanto, a equipa ainda não tem atletas dos escalões mais jovens, mas está nos planos que isso aconteça em breve. “Infelizmente não temos ainda atletas mais jovens, nomeadamente nas categorias Juniores e Cadetes, mas esperamos que, com o trabalho que pretendemos desenvolver, possamos integrar atletas destes dois escalões, uma vez que o nosso intuito passa muito pela formação ciclística das atletas que integram a equipa.” Um dos principais problemas com que a equipa se debate é com a falta de apoios. Como a maior parte das modalidades amadoras, muito do investimento é pessoal e, no caso do ciclismo de pista, o preço dos equipamentos não é dos mais acessíveis. “Atualmente, temos o apoio daquele que é o grande responsável pela existência da equipa, o patrocinador CE Gonçalvez Construções. Também contamos com o apoio da empresa Lima Limão, com os equipamentos Vedette Cycling, mas ainda estamos numa enorme carência de patrocinadores, não só para a equipa feminina, como para o clube em si.”
cuito Nacional deste ano e que conta já com a inscrição de mais de 1200 participantes para as provas de trail longo e trail curto, e caminhada.
Grupo Desportivo Setubalense “os 13” queixa-se de poucos meios financeiros O Grupo Desportivo Setubalense “Os 13”, localizado na freguesia de S. Sebastião, debate-se com dificuldades económicas para desenvolver os seus projetos e manter a coletividade a funcionar, porque só «a comparticipação dos sócios não chega», sublinha o diretor da comissão de gestão, Joaquim Lopes. Sem apoios financeiros fixos, “Os 13”, com 97 anos de existência, feitos de «glória e de orgulho», tenciona colocar novas portas de acordo com as normas comunitárias, ou seja, «a abrirem para fora, de forma a prevenirem acidentes graves». Com cerca de 200 sócios, a coletividade desenvolve as atividades de marchas populares, pesca desportiva e os chamados jogos tradicionais, mas também já houve ténis de mesa e bailes. «Atualmente já não fazemos bailes com tanta regularidade porque os bailes têm de acabar cedo por causa do ruído. Não temos as instalações dotadas de sistema contra o ruído». A coletividade não deixa de participar nas marchas populares de Setúbal, tendo conquistado já primeiros lugares, e este ano tem como ensaiador João Bravo, marchante e coordenador geral da marcha da Madragoa, de Lisboa, e a madrinha é Liliana Matos, que já defendeu as
cores da marcha infantil do Bicross, no ano passado. «Já fazemos marchas há muitos anos e é para continuar. As marchas já estão enraizadas nesta casa», vinca Joaquim Lopes, que recorda que em 2017 a coletividade decidiu «descansar» porque no ano anterior saiu-se vencedora do certame. Este ano “Os 13” prometem sair à rua para «arrasar» e para fazer «uma boa figura», embora reconheçam que «não se pode ganhar sempre» nas marchas, relembrando que «a nossa marcha dos Amoladores ficou-nos em 15 500 euros, um valor superior ao subsídio da Câmara». Como projetos para o futuro, “Os 13” gostariam de ter «mais sócios e mais pessoas a frequentar a coletividade» e de «fazer obras no salão de festas». AL
Joaquim Lopes, diretor d’Os 13”
Rugby Europe Trophy começa hoje em Setúbal A seleção portuguesa de râguebi dá o pontapé de saída no Rugby Europe Trophy 2018-19 num apronto frente à homóloga da Polónia a realizar este sábado à tarde, no Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal. “Setúbal é cidade talismã porque aqui nós só sabemos ganhar”, afirmou o selecionador nacional da equipa XV Sénior, Martim Aguiar, na conferência de imprensa de antevisão do jogo que marca a estreia dos “Lobos” na competição europeia. Apesar de confiante, o técnico antecipou dificuldades frente à seleção polaca que, nesta prova, soma dois jogos, uma vitória frente à Lituânia e uma derrota perante a Holanda.
“É uma equipa que está a evoluir muito no râguebi. Mudou o estilo de jogo, que, agora, é mais aberto e não tão físico.” Nesta matéria, o selecionador Martim Aguiar recordou o último desafio que opôs portugueses e polacos. “No ano passado, na Polónia, só conseguimos ganhar ao cair do pano.” O capitão dos “Lobos”, Tomás Appleton, salientou que, apesar da evolução do râguebi da seleção polaca, a lição está bem estudada. “É uma equipa com um grande poderio físico e vamos fazer bem melhor do que no último jogo, até porque estamos concentrados em fazer uma campanha positiva na competição”. CMS
negócios
Administrações Portuárias juntam acervos
Terminal XXI com luz verde da APA
As administrações dos portos de Lisboa, Setúbal e Sesimbra irão centralizar os arquivos intermédio e histórico num só espaço nos territórios da Baía do Tejo, no
A Agência Portuguesa do Ambiente deu o aval, condicionado, aos projetos de ampliação do Terminal de contentores do Porto de Sines (terminal XXI) e da cons-
Barreiro. A centralização da informação dos três portos permite que o acervo sirva as administrações, o público e a comunidade científica.
trução de um novo terminal de contentores. O futuro Terminal Vasco da Gama parece ter já alguns grupos chineses interessados na concessão.
Fábrica de Corroios aumenta em 60% capacidade de produção
Siemens vai produzir anualmente 3200 quadros de baixa tensão A Siemens Portugal, em Corroios, exporta 85% da sua produção e com o aumento da capacidade produtiva pretende chegar aos 92%. O anúncio foi feito esta quinta feira numa cerimónia onde marcaram presença o primeiro-ministro e o ministro da economia. texto Eloísa silva Imagem SM
Pedro Siza Vieira, ministro da economia, chegou cedo à fábrica de Corroios da Siemens Portugal onde Pedro Pires de Miranda, presidente executivo do grupo empresarial, viria a anunciar, já na presença do primeiro ministro António Costa, o aumento da capacidade de produção de quadros elétricos de baixa tensão em 60%, a contratação de mais de 100 colaboradores e o consequente aumento das exportações para 92%. «O Seixal é terra de futuro, e este fortalecimento da presença da Siemens no concelho é revelador do reforço da matriz industrial e produtiva, essencial para o avanço do progresso económico e social da população, da região e do país». A referência foi proferida pelo presidente da autarquia, referindo-se Joaquim Santos, não só, ao investimento anunciado pela Siemens, mas, também, á implementação, no concelho, da
farmacêutica Hovione. O reforço da capacidade da fábrica de quadros elétricos de Corroios, que já tinha recrutado recentemente 300 engenheiros, vai permitir a criação de mais 102 postos de trabalho altamente especializados, numa empresa «certificada o mais alto nível», realçou Pedo Pires de Miranda. «Neste tempo em que se fala tanto de digitalização e indústria 4.0, essencial para o desenvolvimento económico, tanto das empresas como do país, há muito trabalho que também é manual. Esse, a par da competência e da qualidade do produto, é talvez o segredo desta empresa, desta unidade, e aquilo que faz com que estejamos no topo da lista de encomendas nossos clientes» A Siemens Portugal, que exporta atualmente 2000 unidades «made in Europe» por ano, pretende chegar, em breve, às 3200 e aumentar o volume de
Casa Ermelinda Freitas brilha na Rússia com seus vinhos de excelência A Casa Ermelinda Freitas, de Palmela, acaba de ganhar, com os seus vinhos de excelência CEF Merlot Reserva e Vinha do Fava - Touriga Nacional, duas ProdExpo Stars atribuídas ao vinho mais pontuado em cada categoria, no mais famoso concurso de vinhos da Rússia, o ProdExpo 2019. Na mesma competição foram obtidas um total de 18 medalhas, duas ProdExpo Star, doze medalhas de ouro e quatro de prata. «Mais do que um reconhecimento, é um reforço da notoriedade e qualidade da marca Casa Ermelinda Frei-
tas a nível nacional e internacional», sublinha a gerente Leonor Freitas que se mostra «muito orgulhosa» dos prémios. Estamos perante um «excelente início de ano 2019» da Casa Ermelinda Freitas, que viu o ano começar com a conquista do prémio, atribuído ao espumante Casa Ermelinda Freitas Bruto Branco, o qual foi considerado um dos 50 melhores espumantes do Mundo de 2019, e a atribuição do Prémio Nacional de Agricultura, na Categoria Empresas. Desde 1999, a Casa Ermelinda Freitas, já obteve mais de
Primeiro Ministro António Costa conversou com grande parte dos colaboradores da Siemens
negócio até aos 200 milhões de euros. «O ano passado exportámos o equivalente a 123 milhões
mil prémios a nível nacional e internacional, prémios estes que servem para «reforçar a qualidade» que a empresa procura sempre que faz um vinho, de modo «a poder premiar todos os seus amigos e consumidores com os melhores vinhos aos melhores preços». AL
de euros, vamos a caminho dos 150 milhões, e o nosso sonho é chegar aos 200 milhões», au-
gurou o presidente Pires de Miranda. O primeiro ministro António Costa ficou «entusiasmado» com a intenção de crescimento da Siemens «uma grande empresa, com provas dadas de que acredita no país, e símbolo da confiança dos investidores externos. Uma empresa que já exporta 85% do que produz, em vez de estar receosa do que vai acontecer na economia mundial decide aumentar o seu investimento em vez de se retrair». Aumentando a sua capacidade de produção em 60% a Siemens Portugal pretende elevar para 92% o nível de exportações nacionais. A fábrica de Corroios da Siemens produz quadros elétricos modulares de média e baixa tensão que são exportados para países como Alemanha, República Checa, Holanda, Suíça, Bulgária, Áustria, Bélgica, entre muitos outros.
EDP Distribuição com site mais dinâmico e intuitivo Consciente de que a Internet assume um papel fundamental no quotidiano de todos os portugueses a EDP Distribuição, acompanhando essa evolução, lançou quinta feira um novo site com uma imagem mais atual, uma navegação mais funcional e intuitiva, com maior eficiência operacional e comunicacional. (https://www.edpdistribuicao.pt )
A aposta numa nova plataforma online surge no seguimento da renovação de todo o parque web do Grupo EDP, pretende reforçar a proximidade da empresa junto dos diferentes públicos e ultrapassar as 3.180.178 visualizações obtidas em 2018.
Além da nova imagem, o site recentemente apresentado disponibiliza novas funcionalidades que vão enriquecer toda a experiência de utilização. A partir de agora, por exemplo, é possível também visitar o site da EDP Distribuição através de qualquer tipo de dispositivo móvel; usufruir de um motor de pesquisa otimizado; aceder a algumas áreas reservadas, entre muitas outras novidades. ES
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cultura
Fernando Marques Ensemble em Sesimbra
Toy em concerto solidário em Palmela
O teatro João Mota recebe este sábado, às 21h30, o Fernando Marques Ensemble, um projeto musical que se enquadra numa corrente de renovação da Canção de Coimbra. O grupo, constituído por
O popular cantor Toy e a sua banda apresentam o concerto “Poda de Inverno – Festa das Vindimas, com a participação especial da Funparra, no cine-teatro S. João, em Palmela, este sábado, às 21h30,
10 elementos e criado em 2010, tem atuado em vários palcos nacionais e estrangeiros e já conquistou os prémios Ary dos Santos e Edmundo de Bettencourt. Bilhetes a 5 euros.
com ingressos a 10 e 12 euros. A organização está a cargo da Associação das Festas de Palmela – Festa das Vindimas e conta com o apoio da Câmara Municipal Palmela.
TEATRO DE EXCELÊNCIA AQUECE NOITES FRIAS
“A maioria dos teatros da região sofre de uma grande fragilidade” O Montijo e Vila Nova de Santo André são palco, este sábado, de duas excelentes peças de teatro. “O Medo de Existir” e “Coração que é livre fica” prometem aquecer as noites frias da região. texto antónio luís Imagens dr
A Companhia Mascarenhas-Martins, do Montijo, e a Cegada Grupo de Teatro, apresentam no Cine-teatro Joaquim D´Almeida, naquela cidade, às 21h30, a peça “O Medo de Existir”. Trata-se de uma peça que conta a história de um homem que acredita na existência de uma ilha em que a sociedade se organiza de um modo completamente diferente. Decide então partilhar esse conhecimento com o mundo, na esperança de conseguir que, num movimento coletivo, a organização hierárquica e tendencialmente autoritária da sociedade seja posta em causa. Em vez de
atingir os seus objetivos, é preso. É no calabouço que o encontramos, anos mais tarde, esquecido por todos os seus concidadãos e entregue a um quotidiano em que a única companhia que tem é a das figuras de autoridade que ali o mantêm. Não desiste, porém, de defender a ideia de que a ilha existe, embora a única testemunha que o pode comprovar, Rafael, não tenha até então aparecido. O diretor desta companhia montijense criada recentemente, Levi Martins, adiantou ao Semmais Jornal que «a maioria das estruturas teatrais da nossa
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região sofre de uma grande fragilidade, quando estas atividades poderiam ser de extrema importância para a região». São intérpretes André Alves, Eduardo Dias, Eurico Lopes e João Jacinto. O texto e encenação são de Maria Mascarenhas e a dramaturgia é assinada por Levi Martins. Os bilhetes custam 6 euros e a peça volta ao mesmo palco este domingo, mas às 16h30. Espetáculo para maiores de 14 anos. Realidade nua e crua de Cabo Verde Entretanto, em Vila Nova de Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, à mesma hora, mas no auditório da escola secundária Padre António Macedo, sobe ao palco a peça “Coração que é livre fica”, pela Companhia de Teatro Este – Estação Teatral, no âmbito do Projecto EmCena, uma parceria com o município de Santiago do Cacém e a Ajagato. A peça inspira-se livremente no romance “Chiquinho”, de Baltasar Lopes da Silva, e fala da pobreza, fome e seca que se vive em Cabo Verde, no início do século XX. Neste Cabo Verde aqui evocado, pelo cunho da Estação Teatral, “o teatro está sempre como arte do encontro e do desdobramento. Numa criação que prossegue com a pesquisa e a linguagem da companhia, a proximidade e a distância estarão sempre entretecidas, quando ver, afinal, é importante na medida em que também se é visto. E também essa exata ideia de que toda a proximidade traz inscrita em si a distância como seu contrário dialético”. A direção e dramaturgia é de Nuno Pinto Custódio e as interpretações estão a cargo dos atores Carlos Pereira, Diana Taborda, Heloísa Simões e Tiago Sarmento. Bilhetes a 3 euros para menores de 18 anos e maiores de 65 anos e sócios da Ajagato, e a 5 euros para o público em geral. Peça para maiores de 12 anos.
No teatro Joaquim D’Almeida sobe a palco “O medo de existir”
agendacultural ALMADA COMÉDIA COM RUEFF A atriz Maria Rueff leva ao palco almadense a personagem criada em 1998 para o programa “Herman 98”, “Zé Manel Taxista”, para fazer rir o público com as suas peripécias loucas. Teatro Joaquim Benite, 16.fev.19, 21h00
SEIXAL CONCERTO DE ANO NOVO Com entrada livre, a Junta de Freguesia de Corroios organiza o tradicional concerto de Ano Novo com a banda sinfónica da PSP para a população. Multiusos da Qt.ª da Marialva ,
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SETÚBAL “ZÉ GATO” EM DIGRESSÃO Não perca o musical “Zé Gato”, com textos de Bruno Frazão e músicas de Artur Jordão, que relembra uma figura mítica de Setúbal: Zé dos Gatos. Auditório Charlot, 17.fev.19, 11h00
MOITA DANÇA DE ALMADA A Companhia de Dança de Almada leva o espetáculo de dança “P.S. Carmen” aos palcos da Baixa da Banheira. O espetáculo tem coreografia de Margarida Belo Costa. Auditório José Manuel Figueiredo, 016.fev.19, 21h30
cultura
CÍRCULO DE JAZZ FEST ANIMA SETÚBAL
Quarteto de jazz César Cardoso na Casa da Cultura
Fórum Montijo acolhe exposição “livros dos afetos”
cinema
As noites de Inverno aquecem com os concertos de jazz, no âmbito do Círculo de Jazz Fest que se prolongam até final do ano na capital de distrito. texto antónio luís Imagens dr
O Quarteto César Cardoso atua no dia 23, às 22 horas, na Casa da Cultura, em Setúbal, no âmbito de espetáculos mensais inseridos no Círculo de Jazz Fest, que decorrem até ao final do ano. Depois de em janeiro o festival ter proporcionado concertos em diversos locais e sessões de cinema, as sonoridades do jazz prolongam-se com espetáculos mensais na Casa da Cultura e atividades na rua nos meses de verão. No arranque dos concertos mensais, dia 23, na Sala José Afonso, o Quarteto César Cardoso apresenta Interchange – disco Antena 2.O mais recente trabalho do saxofonista, compositor e arranjador, já com dois discos editados, conta com a mesma formação e com a colaboração do saxofonista Miguel Zenón. No espetáculo da Casa da Cultura, a formação que acompanha César Cardoso, composta por Bruno Santos, na guitarra,
A Possessão de Hanna Grace Data de lançamento: 07/02/2019 Nacionalidade: Estados Unidos Género: Terror, Mistério, Thriller Elenco: Shay Mitchell, Grey Damon, Stana Katic Realizador: Diederik Van Rooijen Duração: 86 minutos
Quarteto César Cardoso
Demian Cabaud, no contrabaixo, e André Sousa Machado, na bateria, mostra uma nova abordagem nas composições, através de uma música mais complexa, sem perder a força melódica da música jazz. Os bilhetes de entrada para o concerto do Quarteto César Car-
doso têm um custo de 4 euros. O Círculo de Jazz Fest, organizado pela Câmara de Setúbal em parceria com a Sociedade Musical Capricho Setubalense, apresenta ao público concertos de formações musicais já consolidadas e outros projetos artísticos emergentes.
RAIO-X VÍTOR NUNO
“Gostava que mais gente fosse ao teatro”
Megan Reed é uma agente da polícia que perdeu o emprego após cometer um erro grave numa detenção. Recém-saída de um programa de reabilitação, aceita trabalhar à noite na morgue de um hospital. Um dia, é admitido o corpo de Hannah Grace, uma rapariga que morreu depois de um exorcismo mal executado. É então que Megan percebe que o cadáver traz dentro de si uma entidade maligna em busca de um novo hospedeiro. Para ver no confortável cinema City do Alegro de Setúbal.
Promover os afetos como ponto de partida para uma comunidade mais tolerante, sustentável e com menos violência é o mote da exposição “Livros dos Afetos” que pode ser visitada no Forum Montijo de 21 de fevereiro a 6 de março. São cerca de duas dezenas de livros em exposição, feitos por 7.950 alunos e famílias de 6 agrupamentos de escolas dos Concelhos do Arco Ribeirinho (Alcochete, Montijo, Moita e Bar-reiro) e por crianças da Fundação João Goncalves Júnior (IPSS) para assinalar o Dia dos Afetos, que se comemorou a 11 de fevereiro, e que visam alertar para a importância dos afetos, como base, no dia a dia das comunidades para um futuro com maior urbanidade, coesão social e tolerância. A iniciativa, à qual o Forum Montijo se associa pela quinta vez, insere-se no âmbito dos Movimentos “Escola de Afetos, Escola de Sucesso” e “Cidade dos Afetos”, numa organização conjunta com a Unidade de Saúde Publica Arnaldo Sampaio com as Câmaras Municipais de Alcochete, Moita e Montijo e escolas da região com vista a uma humanização pelo exercício da cidadania.
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texto antónio luís Imagens dr
Qual o seu maior sonho profissional? Ser antropólogo forense. E pessoal? Ser feliz. Cidade preferida? Lisboa. Qual o local que gostaria de conhecer? Argentina. Um desejo para 2019? Mais gente ao teatro. Quem convidaria para um jantar a dois? Tom Ellis. Quem é a mulher mais sexy do Mundo? Sofia Vergara. Complete: A minha vida… Uma animação.
O que não suporta no sexo oposto? Maquilhagem em exagero. Comida e bebida preferida? Bacalhau com natas e sumo de laranja. Qual o seu maior vício? Café. Último livro que leu? Os melhores contos de Edgar Allan Poe. Último filme que viu no cinema? “Searching - Pesquisa Obsessiva”. Melhor peça de teatro? “A exceção e a regra”. Melhor música de sempre? “Put the lime, in the coconut”. Qual a sua maior virtude? Honestidade.
E defeito? Honestidade Como se chama o seu animal de estimação? Mazikeen (cão), Bea e Artemisa (gatas) e Constança (coelha). O que levaria para uma ilha deserta? Manual de sobrevivência. Dia ou noite? Dia. O que mais teme na vida? A morte. A quem ofereceria um presente envenenado? Não acredito em presentes envenenados. O maior desgosto da sua vida? A morte da minha cadela.
Ganhe convites para a comédia “José Matias” A Companhia de Teatro ArteViva, do Barreiro, mantém em cena a comédia de situação “José Matias”, de Luísa Costa Gomes, que aborda a história de 4 mulheres que se digladiam por um homem no ´ginásio’ da vida. Para ser contemplado com os convites, basta ligar 918047918.
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É tarde, é tarde
A tempo de mudar o século
À PARTE
política e cultura
LEVI MARTINS DIRETOR DA COMPANHIA MASCARENHAS-MARTINS Ao tentar decidir o tema sobre o qual me debruçaria neste meu primeiro texto de 2019, pensei que seria boa ideia falar-vos da Fábrica da Criatividade, um projecto da Câmara Municipal de Castelo Branco para reabilitar uma antiga unidade fabril no sentido de: «Fomentar o aparecimento de novos projetos nas áreas das indústrias criativas e inovadoras, de modo a que estes se tornem geradores de desenvolvimento nas vertentes cultural, artística, económica e tecnológica; Captação de talento; Promoção do empreendedorismo e espírito de iniciativa com impacto significativo na área do município, mas também na coesão e competitividade regional, despertando o interesse pela cultura e cidadania» (do site da CMCB). Pensei que seria um bom tema porque quase todos os dias, quando percorro as ruas deste Montijo onde decidimos fundar uma estrutura de produção cultural e artística, reparo nas inúmeras unidades industriais devolutas que podiam ser transformadas em projectos semelhantes, com evidentes benefícios para a cidade, os seus habitantes e a economia local. A importância da criatividade para a economia baseia-se em estudos mais ou menos recentes que estabelecem o que há muito deveria ser óbvio: não há inovação sem criatividade e, por conseguinte, não há dinamismo na economia sem que esta se torne criativa (ver “A Economia Criativa em Portugal” de Augusto Mateus & As-sociados, por exemplo). Ora, ao cruzar a minha observação diária com o investimento de 2 milhões de euros em Castelo Branco, torna-se óbvio que Montijo já deveria ter tido esta ideia há muito e que pelo menos uma das tristes ruínas industriais deveria estar a fomentar «o aparecimento de novos projetos nas áreas das indústrias criativas e inovadoras, de modo a que estes se tornem geradores de
VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP
desenvolvimento das vertentes cultural, artística, económica e tecnológica». Claro que logo a seguir me apercebo de que por acaso até dirijo uma estrutura que se insere nas indústrias criativas e que continua a não ter sequer um gabinete de produção, quanto mais acesso a um espaço com gabinetes, black boxes, auditórios, bibliotecas, salas de conferência, oficinas e salas de reuniões (o que Fábrica da Criatividade disponibilizará). Pensei que seria um tema interes-sante por ser mais ou menos óbvio que este tipo de projecto faz falta na Margem Sul, mas depois tomei consciência de que é preciso sermos mais ambiciosos. É que pegar num modelo que já existe e replicá-lo é uma aposta mais ou menos segura, ou seja, muito pouco criativa e inovadora. Considerando que um espaço para as indústrias criativas seria, em Montijo, um projecto para aí com uma década ou duas de atraso, acho que o que devíamos era começar a pensar já em formas de intervenção que sejam verdadeiramente inovadoras, criativas e que se tornem uma referência. Para tal, julgo que o primeiro passo consiste em inventar uma nova relação entre Estado, municípios e entidades privadas nas áreas das indústrias criativas, para que se consiga efectivamente trabalhar em benefício do desenvolvimento dos territórios. Enquanto isso não acontecer, estamos condenados a importar modelos que, quando se conseguem finalmente implementar, estão fora do prazo. Ou, e agora falo do lado que conheço melhor – o das estruturas de produção artística e cultural – vamos passar o resto das nossas vidas a tentar sobreviver, quando o nosso desígnio poderia ser muito maior e contribuir de forma bem mais significativa para o desenvolvimento local e nacional.
Observatório do Mar em Sines a verdade das coisas simples
NÃO se peca demais, naturalmente, se mantivermos em cima da mesa textos de quatro anos antes do nosso século, os do XV Congresso do PCP, que na sua Resolução Política sobre a situação internacional previa e prevenia que “a multiplicação dos focos de tensão e de guerra assim como o alastramento de situações de catástrofe económica, social, demográfica e ecológica são, no essencial, consequência do sistema de exploração e opressão capitalista”, prosseguindo: “É uma situação insustentável que conduzirá inevitavelmente a grandes explosões de descontentamento e protesto popular cujo carácter, anti-imperialista e democrático, ou reaccionário ou mesmo fascizante, dependerá da capacidade dos comunistas e outras forças patrióticas e progressistas para encabeçar a luta”. Avançava-se ainda com a definição do “militarismo como uma tendência e uma característica intrínseca do imperialismo que encerra enormes perigos para a paz, a independência e soberania dos povos e para o futuro da própria Humanidade”. A invasão pelos EUA da Somália e a sua intervenção no Haiti, a ingerência francesa no Ruanda e noutros países africanos, a ingerência imperialista nos Balcãs, com intervenção directa da NATO e a imposição da “pax americana” da Dayton, o bloqueio norte--americano a Cuba, os crimes de Israel na Palestina e no Líbano, o genocídio do povo curdo, a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia e do Sahara Ocidental por Marrocos, o morticínio no Afeganistão, o bloqueio ao povo iraquiano e os bombardeamentos dos EUA no Iraque, as provocações à Líbia, o drama do povo de Angola, as pressões e as ameaças militares sobre a RPD da Coreia, o perigoso reacender das ambições de Taiwan – são exemplos flagrantes da política agressiva do imperialismo e seus instrumentos e aliados no plano regional... continuando sem solução perigosas situações como na Irlanda do Norte e em Chipre”. Melhor contra-ponto conceptual à propalação da tese de que depois do 11 de Setembro (data do ataque terrorista, disse-se, aos EUA, afinal um acontecimento nem tanto imprevisível, vai-se sabendo…)
José António Contradanças economista e gestor HÁ uns anos a esta parte (e não são poucos!) tenho repartido a minha vida por Setúbal, Sines e Elvas (mais propriamente a minha aldeia, Santa Eulália). Três lugares de eleição, cada um com a sua preponderância mas todos eles cabendo no meu coração. Coisa que mais me galvaniza no empenhamento em contribuir para o bem-estar das suas (minhas) gentes, estando atento a tudo o que possa contribuir para esse bem essencial. A este propósito quero registar a boa notícia que é dada pelo financiamento aprovado do Observatório do Mar, no concelho de Sines, no âmbito do Programa Alentejo 2020. Projeto com um custo total de 2.831.456,62 euros, um investimento elegível
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de 862.033,77 euros, com cofinanciamento de 85% (732.728,70 euros) pelo Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional (FEDER), no âmbito do Alentejo 2020. Como profundo conhecedor da realidade de Sines e do seu porto, em particular, ao qual me encontro ligado há mais de 22 anos, quando para aqui vim como administrador portuário, e estando envolvido na expansão do seu projeto marítimo-portuário, saúdo a possível realização de um investimento desta natureza, que em tudo pode contribuir para Sines, para o Alentejo e para Portugal, valorizando-se um ativo essencial que reafirma a memória de Sines e contribui para a sua indesmentível ligação
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ao mar, honra do seu património histórico-cultural e das suas gentes. O referido Observatório dizem-nos que “terá o formato de centro interpretativo, onde serão oferecidas aos visitantes experiências interativas e sensoriais”. E que, nesse contexto “serão recuperados os edifícios dos antigos Armazéns da Ribeira, que serviram de apoio à pesca artesanal e, no passado, configuraram parte das estruturas defensivas do antigo porto de pesca.” Mais nos é informado que “nos edifícios reabilitados será criado um espaço que possibilitará a realização de exposições ligadas à temática da pesca, das visões mitológicas locais, da ligação de Sines ao mar e das
“o mundo mudou, o mundo é outro”, até já adiantámos: era preciso que todo o mundo fosse norte-americano, porque no mundo, de qualquer modo, a resistência contra o imperialismo e ao capitalismo bate pé entre os povos e as forças políticas mais consequentes na defesa da paz e da cooperação. “Recordamos hoje o crime atómico de Hiroshina e Nagasaky praticado pelos Estados Unidos em 1945, com olhos bem fixados no presente”, escrevia Manuela Bernardino, da Secção Internacional do Comité Central do PCP, num Agosto de implantação, por aqueles tempos, da Festa do Avante! que viria a assumir, como tema central, “Hiroshina e Nagasaky nunca mais!”. “Enormes perigos pesam sobre a Humanidade. São numerosos os arsenais nucleares espalhados pelo mundo, onde entretanto se agudiza a crise do capitalismo, crescem as contradições e se estimulam os conflitos. E em que os Estados Unidos, na sequência do 11 de Setembro, banalizam o recurso à arma nuclear. Nova espiral na corrida aos armamentos está em curso, com a produção de novos tipos de armas, e em que se inclui a denúncia (pelos EUA) do Tratado de Controlo de Armas Nucleares (ABM) e se dão novos passos no Sistema de Defesa Anti-Míssel (‘guerra das estrelas’)”. Sim ou não? na véspera da invasão do Koweit pelas tropas de Saddam Hussein um alto dignatário norte-americano, em viagem de serviço em Bagdad, respondia a um congénere local que lhe indiciava a iniciativa bélica iraquiana: “Não é questão que coloquemos na linha da frente das nossas preocupações”. No oposto do que pode parecer, não reinava o cinismo. A crise da indústria armamentista dos Estados Unidos clamava, outra vez, por sangue, esse derrame eterno com cheiro a petróleo e similares das operações cirúrgicas que não mudam de género. Razão pela qual voltamos a escrever: não há outro mundo, pode e tem (voltando ao título) de haver! A solidariedade para com a Revolução Bolivariana e o povo brasileiro na luta pela democracia e a liberdade, ei-la a marcar os nossos dias!!
viagens de Vasco da Gama, pas-sando pela valorização dos recursos naturais da plataforma marítima”. Se há uma coisa que me tem inspirado nestes tantos anos de vivência em Sines, tem sido esta atração pelo mar. Muitos têm sido os poemas que têm as-sinalado esta passagem. E tanto mais porque nos últimos anos tenho desfrutado de uma casa, sobranceira à baía de Sines. Permitam-me, pois, fazer referência a um desses poemas que intitulei: “A frágil barca que a tempestade não quebra”. E transcrevê-lo quase no formato de prosa por imperativos de paginação: “Teus braços abarcam a barca que ao mar se faz,/ a quilha é palavra aguçada, o remo a deriva do fonema,/ a espuma salpica o rosto desabrido, lavado e sentido/ e o que nos fica
é bastante para decifrar o poema.// Esse mesmo que é lugar onde os poetas se encontram/ adivinhação dum mar profundo, de silêncio e infinito,/ repetidamente sobrepondo-se na linha do horizonte/ mordendo o desespero, avivando o sorriso, calando o grito.// A frágil barca que a tempestade não quebra/ que desafia a onda com o destemor de quem ama/ e faz da noite uma prometida madrugada.// Talvez seja o fogo a que não se conhece a chama,/ casa inventada a que basta a pedra,/ o sítio onde os poetas se encontram e não têm morada.”. Porque sou daqueles que acredito que a sociedade em que vivemos precisa de mais poesia e menos economia, espero que não me levem a mal em realçar esta boa notícia ilustrando-a desta maneira.
opinião
Um problema a que se pode virar as costas editorial
Raul tavares diretor RECONHECIDAMENTE os estabelecimentos prisionais do país estão à beira de uma pré-falência de recursos. Parece ser um assunto consensual. Não há muito tempo a atual ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, falava mesmo de um “clima de pé de guerra”, confirmando a existência de problemas gritantes no nosso sistema prisional. E, pelos vistos, não é só ao nível da falta de guardas prisionais, nem em razão da atual desmotivação destes policias que, na verdade, exercem uma função muito especial e sensível. No mesmo patamar, podemos colocar o desinvestimento físico em cadeias que estão degradadas e, também, na visão integra-
dora da gestão destes estabelecimentos. Estamos a falar de uma realidade com duas vertentes es-senciais. A primeira tem a ver com o facto de se tratarem de locais de reclusão para quem à face da lei e da Justiça cometeu um determinado crime. Logo, não se pedem luxos, apenas o estrito cumprimento das regras internacionais que garantam, no essencial, a substância dos direitos humanos. Deve ser uma ‘casa’ espartana. A segunda, é que apesar de serem locais de reclusão, cumpre ao Estado assegurar, na medida do possível, e caso a caso, o esgotar de todas as pos-sibilidades tendentes à reinser-
ção social dos reclusos que se apresentem nestas condições. De pagarem pelos seus crimes, e poderem, se for esse o caso, regressar à vida social preferencialmente mais ‘limpos’ e dispostos a uma vida normal dentro dos cânones gerais e aceites. A reinserção social no nosso sistema jurídico tem ainda uma dimensão mais expressiva, tendo em conta que mais de dois terços dos nossos reclusos estão detidos com molduras penais curtas, ou não superiores a uma dezena de anos – sem contar com o facto de qualquer recluso ter o direito de ser libertado após o cumprimento de um quarto da pena - o que significa que esta massa humana que se coloca à margem da sociedade
ou sai melhor ou reincide. Este é o problema. Dentro das cadeias, a vertigem é outra. O último exemplo, de uma festarola não autorizada e filmada por um dos muitos telemóveis que pululam no interior destas casas de reclusão – e que nos levou a medir o pulso ao Estabelecimento Prisional de Setúbal – não tem a ver com nenhum dos pressupostos acima mencionados, mas sim com a escassez de guardas profissionais em cadeias híper e superlotadas. Estes profissionais, cujas reivindicações começam a ter barbas, são uma espécie malamada, sobretudo porque não têm tanto poder corporativo, e porque são usados e abusados pelas suas tutelas, sejam elas
gestores prisionais; burocratas públicos, seja pela administração central, gestores políticos que empurram com a barriga, porque uma cadeia é um espaço fechado e não outra coisa qualquer. Desenrasquem-se, pois… O problema, como a atual ministra bem acentua, mas não resolve, é que esta degradação de recursos está a gerar um caldo cada vez mais pesado, com sinais e evidências que demonstram a necessidade de olhar para as cadeias portuguesas com outros olhos. A não ser a assim, o caldo aquece e entorna. Os avisos são muitos e a insatisfação ganha terreno. Ninguém ganha com este deixar andar.
O SEIXAL está na “má” moda um café e dois dedos de conversa Paulo Edson Cunha ADVOGADO ANDEI anos na política, onde imensos jornalistas por vezes lutavam com a redacção para colocar uma notícia minha e quase sempre perdiam com um argumento – o assunto é interessante, a notícia é importante, mas, é do Seixal…não “vende”. O Seixal era desinteressante e apenas era notícia pela Festa do Avante, pelo Centro de Estágio do Benfica e por qualquer escândalo que momentaneamente abalasse a nossa sociedade. Agora, de repente, o Seixal parece a capital do País. Ainda ontem fui à TVI, convidado para uma entrevista de âmbito profissional, e mal disse à jornalista que era do Seixal, ela respondeu “O Seixal está na berra”. Infelizmente não “a berra” que desejávamos, nem tem a ver com a campanha que o executivo produziu com um soudbyte interes--sante - “O Seixal está na Moda”, nem o Seixal em que a
Câmara está a pagar principescamente à CMTV para promover o referido município (isso sim, devia merecer uma ampla discussão política, para se aferir quais os proveitos que a autarquia retira dessa campanha e quais os reais e efectivos custos). A verdade é que vivemos um início do ano em que o Seixal tem monopolizado as notícias, mas sempre pelos piores motivos. Terminou nesta semana com o “monstro do Seixal”, que matou a sogra e a filha, mas muitos outros infelizes acontecimentos têm trazido o Seixal para as primeiras páginas das notícias. E eu não sou daqueles que defendo que “falem de mim. Mesmo que mal, o que interessa é que falem”. Tem sido de tal forma ar-rasador que a minha caixa de mensagens, sobretudo do Messenger, foi inundada com perguntas sobre o escândalo provocado
pela notícia da Ana Leal e sobre se eu tinha algum carro atribuído. Devo esclarecer as pessoas que, em primeiro lugar, já não sou vereador desde Outubro de 2017. Em segundo lugar, enquanto vereador com pelouro atribuído tinha um carro de serviço, para aí em 10.ª mão, de mil novecentos e troca o passo e que passava imenso tempo na oficina (e não era por má utilização, mas sim por velhice). Claro que eu era um vereador da oposição e os vereadores da posição, na altura, tinham uns elegantes Toyota Prius híbridos, mas apesar de muito mais recentes que o meu, também já com alguns anos. Ora, sejamos sérios na discussão – renovar a frota automóvel, pode ser igualmente uma boa medida de gestão e poupar alguns euros ao município. Não estive na discussão sobre os motivos da escolha destes carros e se eram mesmo
necessários automóveis desta gama e deste valor, por isso não me pronuncio, mas posso dizer que o executivo comunista, sempre tão lesto a apontar o dedo aos outros, desta vez teve o dedo apontado a si e deve lembrar-se que “à mulher de César não basta ser, tem também de parecer”. O mesmo se passa com os contratos de prestação de serviços. Conheço pessoalmente os dois ex-Presidentes e posso assegurar que são profissionais sérios e dedicados e que os valores que ganham mensalmente estão dentro dos padrões que se pagam a outros que se contratassem, no entanto, e na altura escrevi neste mesmo jornal, que nem os próprios, nem a autarquia, saía defendida da forma como faziam as coisas, pois trata-se de uma questão política e aí saem todos mal na fotografia. Mas temos de ser justos – os eleitos devem colocar em car-
gos de assessoria pessoas da sua confiança técnica, política e pes-soal. Portanto, também aqui o problema é mais político do que propriamente de outra natureza. E, para contrapor, e para as pessoas compreenderem, os próprios vereadores PS também tinham assessores da sua área política e um deles, por exemplo, é um excelente profissional. Mas não deixava de ser “um Boy”, como sói dizer-se, talvez injustamente. Temos de ser mais criteriosos a acusar e saber “separar o trigo do joio”. Por fim, o “Bairro da Jamaica”, ou seja, Vale de Chícharos. Conheço bem a realidade. Há anos que escrevo sobre ela e até terminei uma campanha eleitoral nesse local, tal a importância que lhe dava. Na próxima crónica abordarei o tema, pois o mesmo merece uma ampla reflexão.
/ Ficha Técnica Diretor Raul Tavares / Editora-Chefe Eloísa Silva / Redação Anabela Ventura, António Luís, Cristina Martins, Marta David / Coordenação Comercial Cristina Almeida/ Marketing Digital Bernardo Lourenço / Direção de arte Pedro Frade / Design de comunicação EDUGEP Digital Solutions www.edugep.pt / Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira / Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio / Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Concessão Produto Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 / Redação Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com / Telefone: 93 53 88 102 / Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora da Conceição, 50 - Moralena 2715-029 - Pêro Pinheiro / Tiragem 25.000 (média semanal) / Distribuição VASP e Maiscom, Lda. / Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98
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