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semmais 2019
Um grafismo em mudança, a referência de sempre.
Região
Diretor Raul Tavares
Semanário Região de Setúbal
Edição n.º 1050 9.ª série
Distribuído com o
Sábado 14 setembro
2019
abertura
Câmara do Seixal já vistoriou um terço das casas para realojar Jamaica
Lotas da região valem 40 % das capturas Sesimbra, Setúbal e Sines continuam a ser dos maiores entrepostos piscatórios do país. A segurança a bordo e a formação são os grandes trunfos para o futuro pág. 2 sociedade
Alentejo Litoral a 40 euros de Lisboa e Algarve Utentes dos transportes públicos pagam agora menos 110€ para viajar até Lisboa. CIMAL quer renovação das frotas para dar resposta ao “Navegante” pág. 4
política
Bruno Vitorino ‘impõe’ meta das eleições de 2015
O processo de realojamento do bairro da Jamaica está a meio caminho. Os serviços do município continuam a fazer prospeção de mercado para que a 2.ª fase do processo fique concluída até ao final do ano pág. 3
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Mesmo com a polémica que o afastou do processo eleitoral, o presidente da distrital do PSD diz-se empenhado na campanha e acredita que Nuno Carvalho tem condições para manter número de deputados eleitos pág. 7
abertura
Estado pretende inverter a pirâmide etária aliciando os jovens para o mar
Lotas de Sesimbra, Sines e Setúbal representam 40% da pesca nacional No primeiro semestre do ano passado a atividade piscatória na região de Setúbal e em Cascais representou cerca de 50 milhões de euros. A sustentabilidade das espécies, as questões ambientais e a interação com o turismo são fatores que geram otimismo. texto josé bento amaro Imagens dr
2 ⁄
Habilitações literárias da comunidade piscatória Fonte: ine
673
478
306
165
136 75
Totais nacionais em toneladas das espécies capturadas em 2018 Fonte: ine
Superior
Pós Secundário
Secundário
3.º ciclo
79.899
2.º ciclo
Sérgio Faias, administrador da Docapesca, está confiante que a atividade piscatória tem todas as condições para evoluir
1.º ciclo
11
Sem estudos
Os portos de pesca de Setúbal, Sesimbra, Sines e Cascais (este último com valores quase residuais), que integram a chamada Área Metropolitana de Lisboa (AML) contribuíram, no primeiro semestre de 2018, para cerca de 40 por cento das capturas de peixe registadas em Portugal continental. No mesmo período o valor do pescado comercializado nessas mesmas zonas correspondeu a cerca de um quarto do total do país. Os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam assim a importância da região no panorama nacional. A pesca é, de resto, uma das principais atividades das três cidades portuárias de maior dimensão no distrito. Os últimos dados demonstram que entre a população residente existem, na área da AML, 1803 pessoas que vivem deste setor. Se se tiver em conta que os valores relativos a Cascais são diminutos quando comparados com os das restantes localidades (apenas 18,1 toneladas no período em apreço, mas a mais elevada média na relação preço/quilo, com mais de 14 euros), depressa se realçam as 12.925 toneladas alcançadas pelos profissionais matriculados em Sesimbra. Em Sines atingiram-se as 2.931 toneladas e, em Setúbal, o valor obtido foi de 1.227. Tudo somado, os quatro portos da AML chegaram a 55.918 toneladas. Este valor representa, de resto, cerca de 40 por cento das capturas no continente nos primeiros seis meses de 2018, as quais atingiram as 123.067 toneladas. Também no que respeita ao dinheiro obtido com as capturas surge em especial destaque a cidade sesimbrense, que ultrapassou os 16,671 milhões de euros, enquanto Sines se cifrou nos 4.522 e Setúbal em cerca de 3.673. O total nacional foi de 123.067 milhões enquanto que o da área dos portos da AML se cifrou em cerca de 50.000. O peso da pesca na economia da região é, naturalmente, salientado pelo administrador da Docapesca, SA, Sérgio Faias. Os dados existentes dizem que nesta área residem pouco mais de um décimo dos pescadores do país. Se a nível nacional havia registo de 7.855 embarcações, na AML o número era, a 31 de Dezembro de 2018, de 1604. Sérgio Faias, em declarações ao Semmais, diz que os proble-
Pescadores matriculados e idades 1716
Fonte: ine
29.034
26.603
19.691 872
12.549 12.845 1.354
3.007
594
3.329 1
350
11
494 SARDINHA
CAVALA
CARAPAU
VERDINHO
SARDAO
UTROS
SARDINHA
CAVALA
NO CONTINENTE mas da pesca detetados na região são, basicamente, “transversais à realidade de todo o restante país”. “Há, de facto, um envelhecimento da comunidade piscatória [na área da AML a média de idades é de 45,7 anos], mas também é um facto que essa dificuldade poderá resolver-se em breve, uma vez que existe uma aposta na formação e atração de mais jovens para o setor”. “A imagem da pesca, apesar de ainda não ser tão positiva como desejamos e como merece, está a mudar e, em breve, poderemos assistir ao rejuvenescimento da comunidade”, adiantou. O administrador da Docapesca lembrou ainda que atualmente as questões de segurança, seja nas embarcações, seja no que respeita a equipamento individual, são substancialmen-
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te melhores, facto que permite pensar que a atividade tem todas as condições para evoluir. Sinais positivos na sustentabilidade e no turismo Sérgio Faias realçou, como aspetos mais positivos da pesca no distrito, as melhorias que já se verificam na sustentabilidade no setor e também no turismo, que tem vindo a aumentar em consequência de ações associadas à faina. “Hoje há uma mudança radical nas atitudes dos pescadores. Há preocupações com a sustentabilidade, com o defeso das espécies. Os pescadores são os primeiros a combater o lixo marítimo. Não só não deitam o lixo ao mar, como o retiraram da água e das redes, transportando
CARAPAUV
ERDINHOS
ARDA
OUTROS
NA AML -o posteriormente para que seja tratado e deixe de ser um fator de poluição e de diminuição das espécies”, disse aquele responsável ao nosso jornal. A questão dos vencimentos, que anteriormente constituíam alvo de reclamações por parte das comunidades piscatórias, parece estar agora a ser minorada e até ultrapassada. Sérgio Faias diz que o surgimento de organizações de pescadores e armadores é positivo e permite obter equilíbrios financeiros. “Existem circuitos curtos de comercialização que ajudam à obtenção de receitas. Vendem-se diretamente, por exemplo, cabazes com algumas espécies que possibilitam a obtenção de mais e melhores verbas”, salientou. O responsável afirmou ainda que a sazonalidade e o equilíbrio
nº de matriculados
16 - 34
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na cadeia de valor do pescado permitem com que algumas espécies, tais como o carapau e a cavala, sejam cada vez mais valorizados. Essa valorização económica é conseguida através de campanhas onde o próprio estado se empenha e que estão a dar resultados satisfatórios. Por fim, o administrador da Docapesca salientou a mais-valia que a pesca está a ser para o turismo. “Há cada vez mais uma interação entre os dois setores. Constatamos que os turistas visitam cada vez com mais regularidades os portos e as lotas, isto para além de participarem em pescarias. Esta cadeia, onde a excelente qualidade do pescado é fundamental, acaba sempre à mesa, no prato. Com lucros para todos os agentes intervenientes”, explicou.
sociedade
Barreiro debate desafios da habitação
Ocean Alive no Chile com Raquel Gaião
“Os Desafios da Habitação” é o tema do próximo Seminário do Ciclo “Novos Desafios do Poder Local”, promovido pela câmara do Barreiro e pelo ISCTE. Gratuito, e aberto a todos os interessados o
O vídeo realizado por Raquel Gaião Silva sobre a Ocean Alive venceu o “The Global Youth Video Competition”, organizado no âmbito da Cimeira do Clima da ONU. O vídeo foi selecionado entre
evento decorrerá dia 25, entre as 16h00 e as 18h00, no Auditório Ermelindo Batista, nas instalações da Associação Unitária de Reformados, Pensionistas e Idosos do Lavradio.
400 candidatos mundiais com mais de 60 mil visualizações. O vídeo será exibido na Cimeira do Clima, dia 23 em Nova Iorque, e na Conferência das Partes (COP25) em dezembro, no Chile.
Arrábida sem Carros até final de setembro
Câmara do Seixal está já em processo de aquisição de um terço das casas
Realojamento de mais 74 famílias do ‘Jamaica’ em marcha acelerada O objetivo é que a segunda fase do realojamento, que contempla 74 famílias, esteja concluída até ao final do ano. Enquanto aguarda pela receção de mais propostas de venda, a autarquia já vistoriou um terço das habitações necessárias e está a avançar com o processo de compra. texto anabela ventura Imagens DR Ao todo são mais de 200 pessoas - 74 famílias - que, ao abrigo da segunda fase do projeto de realojamento do Vale de Chícharos, conhecido como ‘Bairro da Jamaica’, a autarquia prevê, até ano final de dezembro, colocar nas novas casas. O processo, nas palavras do presidente da Câmara do Seixal, está “a meio caminho”. “Fizemos uma hasta pública de consulta a todas as imobiliárias do concelho e a privados, para nos fazerem chegar propostas de venda de casas, na zona da Amora, mas na verdade ainda só chegou a um terço. Estamos à procura de mais e a tentar, junto de agentes imobiliários, bancos, etc, angariar mais propostas de aquisição, mas estamos, em simultâneo, a trabalhar naquelas que já estão identificadas. Já foram avaliadas pelos nossos serviços, vistoriadas e já sabemos quanto custam”, disse ao Semmais Joaquim Santos. Com o processo de aquisição destas habitações em andamento, assim como o da prospeção de mais fogos, o autarca espera até ao final do ano poder concluir esta fase do processo de realojamento dos moradores do ‘Bairro
Mais 74 famílias estão prestes a deixar o bairro da Jamaica e recomeçar uma nova etapa das suas vidas em casas condignas
da Jamaica’, cujo investimento deverá rondar os “6 milhões de euros”. A ideia, adiantou o edil, é seguir o “mesmo procedimento do bloco 10”, realizado a 20 de dezembro de 2018, data em que 187 pessoas foram distribuídas por 64 casas. “Haverá um dia em que todas as pessoas saem, chegam às novas habitações em transportes de mudanças do município, ocupam as casas e nós começamos logo a demolir
os antigos prédios. O processo anterior foi três dias, para estas 74 famílias deverá ser de três ou quatro dias. Mas queremos de facto, fazer essa ocupação toda ao mesmo tempo, para depois começar a demolir e evitar o risco de novas ocupações”, explicou ao Semmais. O acordo para a resolução da situação de fragilidade habitacional no Vale de Chícharos foi assinado a 22 de dezembro de 2017,
Ministra Marta Temido garante avanços na saúde do concelho A construção do Hospital do Seixal e a melhoria e criação de novos Centros de Saúde é uma reivindicação antiga do município. Em conversa com o Semmais, o líder do executivo, Joaquim Santos, disse que, após a reunião realizada com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), na passada quinta-feira, acredita que os processos estão no bom caminho. “Reunimos com a ARSLVT e constatamos que, apesar de todos os atrasos, há um esforço para completar os Centros de Saúde e até o hospital. O Centro de Corroios já iniciou a construção em agosto, e agora avan-
çámos mais um patamar nos processos do Centro de Saúde de Foros de Amora, para o qual a ARSLVT nos apresentou um programa funcional para 10.500 utentes. Ficámos ainda de ver um outro terreno, para uma unidade a construir de raiz, que irá substituir uma antiga, também na zona da Amora, uma USF”, afirmou. No que diz respeito à construção do hospital, o autarca disse que, no decorrer deste mês, vai haver uma reunião do júri do concurso, mas continua a prever-se a escolha do projetista apenas para o início de novembro”. Contudo, Joaquim Santos, atestou que a tutela
está empenhada na concretização dos projetos. “A ministra da Saúde garantiu-nos que o ministério está a trabalhar para que consigamos construir todos estes equipamentos”, explicou. A palavra de Marta Temido foi dada ao edil durante a ação de consultas e rastreios “O hospital está no bairro” - promovida pelo Garcia de Orta em parceria com outras entidades, na passada quarta-feira -, no Vale de Chícharos. A iniciativa, que no primeiro dia abrangeu cerca de 50 pessoas, repete-se este sábado, 14 de setembro, no mesmo bairro e, daqui a dois meses, no do Pica-pau Amarelo, em Almada.
entre a Câmara Municipal do Seixal, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e a Santa Casa da Misericórdia do Seixal. No total, a cooperação visa o realojamento de 234 famílias. O bairro começou a formar-se na década de 90, quando pessoas oriundas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) começaram a fixar-se nas torres inacabadas, fazendo puxadas ilegais de luz, água e gás.
A autarquia de Setúbal vai manter a Estratégia Municipal para uma Mobilidade Segura e Sustentável nas Zonas Balneares até ao final do mês. Apesar da época balnear terminar a 15 de setembro, considerando as condições meteorológicas favoráveis à prática balnear, o programa “Arrábida sem Carros” vai vigorar até dia 30. A autarquia admite, em comunicado, que “foram auscultadas todas as entidades envolvidas no programa que, unanimemente, consideraram desejável o prolongamento da estratégia de mobilidade no acesso às praias até ao final de setembro”. Assim, e durante os fins de semana, vigora a interdição total da circulação automóvel nos dois sentidos de trânsito entre os parques de estacionamento da Figueirinha e do Creiro. A continuidade dos serviços de vaivém de ligação, com paragens em Galapos e Galapinhos, e do vaivém de ligação entre o cruzamento do Portinho da Arrábida e o Portinho da Arrábida, também será mantida. Para quem pretender fazer uso do transporte público, durante este período, a câmara municipal de Setúbal garante que “são asseguradas as carreiras regulares 723 e 723-A, abrangidas pelo Passe Navegante, com os horários e tarifas já estabelecidos na presente época balnear”. Os moradores, os concessionários e os comerciantes também terão a garantia de ter a validade dos respetivos cartões de circulação alargada. ES
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COLABORADORES FERNÃO FERRO A empresa LMDOMINGOS, com sede no Pinhal do General, Fernão Ferro, procura colaboradores com habilitação para conduzir viaturas até 3500kg, e experiência na montagem de mobiliário (mesas, estantes, quartos, roupeiros, sofás, etc). Procura, também, colaboradores com capacidade para montagem de cozinhas e respetivos eletrodomésticos. Os interessados deverão contactar a LMDOMINGOS pelo e-mail: geral.infor.lmdomingos@gmail.com ou pelo telemóvel 967022953
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sociedade
Redução do valor do passe representa uma poupança de mil euros anuais
Passageiros do Alentejo Litoral pagam 40 euros para viajar até Lisboa e Algarve Quem viaja habitualmente entre Grândola e Lisboa vai passar a pagar 40 euros/mês, em vez dos anteriores 150€. A medida faz parte do Plano de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos que, ainda assim, lamenta Vítor Proença, presidente da CIMAL, não salvaguarda a renovação das frotas. texto eloísa silva Imagens DR Os utentes dos transportes públicos rodoviários do Litoral Alentejano, que se registem na plataforma online da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), vão poder viajar, já a partir deste mês, para a Área Metropolitana de Lisboa (AML), para a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC) e para a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) por um valor máximo de 40 euros. A medida, que antevê uma poupança anual na ordem dos 1.300€, permite que as famílias de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines tenham acesso a transportes públicos a um preço mais baixo, não só, dentro dos cinco municípios como também nas viagens realizadas para a Área
Metropolitana de Lisboa, para o Alentejo Central e para o Algarve. Vítor Proença, edil de Alcácer do Sal e presidente da CIMAL, enaltece que a medida, que já vigorava dentro dos cinco concelhos do litoral alentejano e agora se expande, representa uma “poupança significativa” no orçamento das famílias e reflete o contributo para o combate às alterações climáticas e para o cumprimento do plano da descarbonização. Falta reforçar a frota, aumentar a oferta e estender o serviço Ao Semmais Vítor Proença considerou «prematura», uma avaliação concreta sobre a adesão das populações a esta medida antecipando, ainda assim, “um aumento de procura ainda
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Utentes dos cinco concelhos que integram a CIMAL já podem requerer o “Navegante”
que sem aumento da oferta que, em nosso entender, é o principal óbice no Alentejo Litoral”.
A juntar ao reforço, “necessário”, da frota Vítor Proença lembra que deve ser encontrada
uma solução, também, para o transporte ferroviário. Na semana em que foram celebrados os contratos inter-administrativos, relativos à partilha de competências de Autoridade de Transportes no Serviço Público de Transporte de Passageiros Inter-regional, entre a CIMAL, a AML a CIMAC e a AMAL, o presidente da CIMAL declarava à agência de notícias Lusa que a Comunidade Intermunicipal iria “persistir nas questões relacionadas com a extensão ao comboio, nomeadamente as viagens de longo curso, no reforço das verbas no próximo OE, não só para manter este programa de redução tarifária como ampliá-lo, e na renovação das frotas para que as pessoas sejam transportadas com maior conforto”.
sociedade
Rotários de Palmela, Sesimbra e Setúbal promovem iniciativa conjunta
Arrábida em debate no Castelo de Palmela A implementação do Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050, a integração numa NUT II e o aumento do investimento na cultura são três chavões essenciais para o desenvolvimento da região da Arrábida segundo Francisco Ferreira, Aníbal Mendonça e Carlos Sargedas. texto eloísa silva Imagens DR Os clubes Rotários de Palmela, Sesimbra e Setúbal promoveram, na igreja de Santiago, no Castelo de Palmela, um colóquio conjunto subordinado a um tema que é comum aos três territórios; “Marca ArrábidaAmbiente, Turismo e Qualidade de Vida, com desenvolvimento sustentável”. Francisco Ferreira, presidente da Zero, Aníbal Mendonça, fundador do movimento cívico contra a coincineração e membro do movimento “Pensar Setúbal”, e Carlos Sargedas, presidente da Arrábida Film Comission e diretor no festival Finisterra foram os oradores da sessão durante a qual se abordaram questões como a descarbonização, desperdício de energias renováveis e falta de investimento na cultura cinematográfica como motor de atração turística. A presença da cimenteira Secil no enredo paisagístico da serra da Arrábida, o ineficaz aproveitamento do sol como recurso natural, a ameaça das dragagens, o abandono a que a região votou algum património histórico e a desinformação sobre realizadores e atores que deram visibilidade a esta região enquanto cenário para filmes e novelas de sucesso, foram os pontos negativos enaltecidos pelos três oradores. Ainda assim todos acreditam que é possível alterar este paradigma e fomentar um desenvolvimento sustentável com as pessoas e pelas pessoas, para diminuir a dimensão e impacto da pegada ecológica. Futuro da sustentabilidade passa pelo eco design Francisco Ferreira enalteceu que o “desígnio da descarbonização é absolutamente crucial”, fazendo referência ao roteiro para a neutralidade carbónica, aprovado por este governo, e
Sendo Portugal, e particularmente os territórios do distrito de Setúbal, “um dos destinos mais atrativos para filmagem de cinema e novelas, como é que ainda não há roteiros com informação sobre que filmes ou novelas foram filmados aqui? Como é que não há vontade para aproveitar este nicho que é o cinema como oportunidade para o turismo?”, questionou. Cultura não pode continuar a ser o parente pobre
Carlos Sargedas, Aníbal Mendonça e Francisco Ferreira foram os oradores da iniciatva conjunta dos Clubes Rotários da região
que prevê a redução das emissões de gases com efeito de estufa “por forma a que o balanço entre as emissões e as remoções da atmosfera seja nulo em 2050”. O engenheiro do ambiente e professor universitário, que antecipa “um futuro complicado” para a Secil, devido ao pagamento do carbono a 26 euros a tonelada, reforça a necessidade de “descobrir outro tipo de materiais que não os carbonatos de cálcio que levam às emissões de dióxido de carbono para além da combustão”. A “única hipótese”, sublinha, “é começar a desenhar e utilizar o chamado eco design”, o design sustentável. Referindo-se a uma das regiões “com mais potencial nas áreas industrial, científica e turística”, Aníbal Mendonça lamenta que a península de Setúbal não só não esteja a contribuir para o país com uma riqueza patrimonial e histórica valiosíssima, como esteja, inclusive a perder milhões de euros de apoios
comunitários». Para Aníbal Mendonça a criação de uma nova NUT II (unidade territorial para fins estatísticos de segundo nível), na Área Metropolitana de Lisboa, permitiria a promoção de políticas de discriminação positiva na região e contrariaria a tendência de desinvestimento. No seguimento da ideia de Francisco Ferreira, de uma utilização muito mais proveitosa dos recursos naturais, o fundador do movimento cívico contra a coincineração mostrou-se preocupado com a qualidade da água doce que vai ser “preciosa para o futuro”. Sol e Água são recursos mal aproveitados “A Ex Portucel consome mais água doce que a cidade inteira de Setúbal. E nós sabemos que a água doce vai ser um produto estratégico para o futuro. Vai ser mais estratégico do que é hoje
Seixal acolhe evento inédito dedicado à composição para guitarra O concelho do Seixal vai receber, de 10 a 18 de janeiro de 2020, o 1.º Concurso Internacional de Composição para Guitarra de Portugal. O evento, que é apresentado na próxima terça feira, dia 17 às 11h30, integra recitais, classes magistrais e conferências. O júri do concurso é composto por consagrados nomes do panorama musical mundial como Dušan Bogdanovi, Marco Pereira, António Victorino d’Almeida, Artur Caldeira, Eduardo
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Fernández e Eduardo Isaac. A Quinta da Fidalga, no Seixal, foi o palco escolhido pela organização do evento para a apresentação deste concurso, inédito em território nacional, durante a qual decorrerão apontamentos musicais a cargo do professor José Carita e Ruben Martins, da Escola de Cordofones da Casa do Povo de Corroios e de Artur Caldeira, um dos jurados. Litó Godinho e Miguel Leite são os diretores artísticos e pe-
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dagógicos do concurso, considerado por ambos como “inovador e ambicioso” e que, logo na primeira edição, “tem tudo para se afirmar como uma referência no país”. Litó Godinho antecipa que “este será um dos mais importantes concursos de composição para guitarra do mundo”. O concurso contempla a atribuição de prémios aos 1.º, 2.º e 3.º classificados e ainda um prémio especial. ES
o petróleo. Neste momento nós temos o lençol freático da Mitrena a ser sugado pela Portucel e a ser conspurcado com um aterro sanitário em cima do lençol. Apesar de dizerem que estão garantidas todas as condições eu não acredito”, vincou Aníbal Mendonça. Apesar dos aspetos menos positivos identificados e partilhados, pelos oradores e pelas dezenas de participantes no colóquio, Carlos Sargedas demonstrou que “o turismo global tem aumentado de dia para dia” e acredita que “a identificação dos lugares, através de produções cinematográficas, é um dos principais fatores para esse crescimento”. “É uma tendência crescente, entre os viajantes, visitar destinos famosos onde cenas de filmes foram filmados. A Região da Arrábida tem sido, desde há muito, um desses locais cinematográficos. Mas sem informação, nada acontece”, lamentou.
No entanto, parece haver, por parte do governo, um despertar para esta oportunidade. Foi criada este ano a Portugal Film Commission, que nos próximos três terá que definir um modelo de gestão e, ao mesmo tempo, promover o país como destino de filmagens, em ritmo “contrarrelógio” e “sem margem para erros”. “O estado dá um milhão a quem investir três”, esclareceu o presidente da Arrábida Film Comission que também integra esta nova estrutura. “Se pensarmos num investimento de 50 milhões, sabemos que a maior parte das autarquias não tem essa capacidade. Então os municípios têm que se juntar e suportar o custo entre elas para que esta mudança de mentalidade possa trazer dividendos a todos nós, de forma sustentada e de forma percentual”. Como alternativa, Carlos Sargedas sugere a criação de “aplicações de telemóvel que podem ser, facilmente, usadas por turistas e residentes, e que indicam que num determinado sítio foi filmado tal filme”. Mas até esse dia chegar “a cultura tem de deixar de estar no fim. No fim dos jornais, no fim dos blocos de notícias, no fim das escolhas de programas de fim de semana. Na vida, a cultura é no fim, quando tudo começa na cultura”, lembrou.
CATL volta à Casa da Criança Depois de ter funcionado durante vários anos de forma autónoma, o CATL – Centro de Atividades e Tempos Livres – volta à Casa da Criança, onde se junta a outras valências da área da infância disponibilizadas à comunidade pela União Mutualista Nossa Senhora da Conceição do Montijo. A casa da Criança volta assim a contar com as valências de Creche, Pré-Escolar e CATL. Num equipamento que está em forte mudança e atualização. Este mês a Casa da Criança fará a inauguração de um espaço de recreio
exterior completamente renovado. O serviço de CATL, com um horário de funcionamento entre as 7:30h e as 19:30h, providencia ainda transporte e alimentação a todas as crianças até aos 12 anos que optem por este serviço. O CATL tem ainda algumas vagas disponíveis neste início de ano letivo e conta com uma equipa técnica experiente e motivado, capaz de acompanhar todos os meninos e meninas que decidam frequentar esta valência da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição do Montijo.
Política
BE contra herbicidas em Santiago do Cacém
PCP “desfila” em Almada no dia 28
A concelhia do Bloco de Esquerda de Santiago do Cacém desafiou, esta semana, o executivo liderado por Álvaro Beijinha a implementar um plano alternativo à utilização de herbicidas cancerígenos na
O Portão do Arsenal do Alfeite é o ponto de encontro para o início do desfile/ comício que o PCP vai realizar no dia 28 em Almada, a partir das 15h. A iniciativa, que conta com as presenças do secretá-
limpeza urbana, em especial contendo glifosato, que está relacionado com vários problemas ambientais e de saúde pública, e a promover espaços públicos livres de herbicidas.
rio geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e Francisco Lopes, cabeça de lista da CDU pelo distrito de Setúbal às eleições legislativas de 6 de outubro, terminará na SFUAP.
Partido de Santana Lopes aposta tudo em Carlos Medeiros
Líder da distrital do PSD promete motivação e foco na campanha
“Manter o número de eleitos tem que ser o nosso objetivo” Bruno Vitorino afasta a polémica que o retirou do processo eleitoral, e diz-se comprometido na campanha e nos objetivos do partido no distrito. ‘Impõe’ meta ao cabeça de lista de manter o número de eleitos e acusa o PS de ter falhado com a região. texto raul tavares Imagens DR Com a força da ‘gerigonça’ no distrito, que argumentos o PSD vai usar nesta campanha? O Governo PS, apoiado por BE, PCP e Verdes, não deixará boas memórias para o distrito de Setúbal e para as suas populações. Foram quatro anos de promessas, mas sem nenhum investimento concreto. Não resolveram problemas, nem valorizaram a região. Para além disso, todo o caos que se viveu, e que ainda se vive, nos transportes públicos, nos hospitais, nos serviços públicos. Essa é a marca deste Governo. A verdade é que nunca no Governo anterior, mesmo em tempo de grandes constrangimentos financeiros, se assistiu a estes cenários. O PSD, por seu lado, já provou que consegue fazer muito melhor, do que aquilo que foi feito pelo Governo de António Costa. Estas razões dão peso à nossa argumentação. Mas é também verdade que o atual PSD tem sido criticado por falta de congruência, alguns erros táticos… Não vai pesar? No distrito o PSD sempre manteve a sua posição nas mais diferentes matérias, sobretudo ao nível dos grandes investimentos que tinham sido projetados pelo anterior Governo. Refere-se ao aeroporto do Montijo? Não só. Sempre nos batemos pelo aeroporto complementar no Montijo, pela construção do terminal de contentores do Barreiro, pela ligação entre o Barreiro e o Seixal, para além de exigirmos mais investimento nos hospitais da região, nos transportes públicos e na segurança. As populações do distrito sabem que podem contar connosco. Há uma pergunta clássica a fazer: Partem com que objetivos, manter número de eleitos? Claro que sim. Temos uma lista renovada e que tem à frente alguém que afirma ter uma forma diferente de fazer política. Essa renovação e essa forma
é total. Trabalhamos para que o PSD tenha o melhor resultado possível. Garanto isso, comigo não pode ser de outra forma.
Bruno Vitorino diz-se apostado em ajudar o PSD a ter um bom resultado dia 6
Fechar o 3.º mandato e “continuar a intervir e lutar pelo distrito” Bruno Vitorino tem um longo percurso à frente dos destinos da distrital do PSD e é um dos seus mais reputados dirigentes nacionais. Ao Semmais garante que vai cumprir o seu terceiro mandato até ao fim. “Fui eleito presidente da distrital de Setúbal do PSD e estou a cumprir o mandato. diferente de fazer política têm de dar resultados. Melhorar é quase impossível mas, pelo menos, manter o número de deputados que temos, terá que ser o objetivo do cabeça de lista Nuno Carvalho. Face à polémica conhecida, parece que lhe impõe essa meta… Ele ordenou a lista de candidatos como entendeu escolhendo a sua equipa, teve total liberdade para fazer o seu programa eleitoral e para pôr em prática a sua maneira diferente de fazer política. A Comissão Política Distrital tem colaborado em tudo, apesar da forma feia como o processo decorreu. Nuno Carvalho tem tudo para poder mostrar o seu valor. Sentiu-se traído. Ficou ressentimento, ou já é uma
No final, e tendo em conta que os estatutos do partido determinam que só podemos fazer 3 mandatos seguidos, não me posso recandidatar”. Mas garante que não vai deixar de intervir: “Não pretendo afastar-me da vida pública. Vou continuar a intervir e a lutar pelo nosso distrito e pelas suas populações”. coisa do passado? Naturalmente que o processo não foi bonito. A ética tem que existir em todas as dimensões da nossa vida. Na vida política mais ainda. A ambição das pessoas é legítima, desde que não seja desmedida e que as pessoas e as instituições sejam respeitadas. A seu tempo falarei sobre tudo isso. Para já estou focado em ajudar o PSD a ter um bom resultado. O partido ficou menos unido do que o habitual para estes ciclos políticos? É natural que, com esta decisão, nunca antes vista, muitos militantes tenham ficado desiludidos. Contudo, contamos com o empenho de todos no apoio ao PSD, como sempre aconteceu. O empenho é, e sempre foi, o máximo. O nosso comprometimento
Mas a sua ausência da lista não deixa de ser a grande surpresa. Como lidou com esse facto? Saio de consciência tranquila de que, enquanto eleito, cumpri. Fiz o melhor que pude e que soube. Apesar de todas as dificuldades, nunca deixei de continuar a lutar na defesa do nosso distrito, ambicionando uma melhoria efetiva da qualidade de vida para as populações. Foi para isso que fui eleito. Quanto ao resto, o tempo julgará. O líder da distrital do PS fala da sua lista como sendo “muito boa “, o que pensa da do seu partido? O PS pode dizer que tem a melhor lista, mas o que é um facto é que durante 4 anos nada fizeram. E os rostos que contam nessa lista, são a marca do desinvestimento e do caos que assolou o distrito nas mais diversas áreas. O PSD conta com os melhores, na opinião do nosso cabeça de lista Nuno Carvalho, e na opinião do Presidente do PSD. E se é a nossa lista, é a melhor. Vão ter tempo de dar a conhecer as suas ideias e propostas. Estou certo que os resultados eleitorais vão demonstrar essa qualidade. Quais são os adversários do partido nestas eleições em Setúbal. O PS ou os pequenos partidos mais ideologicamente próximos do PSD, como a Aliança? Os nossos adversários são aqueles que, conjuntamente com o PS, prejudicaram o distrito de Setúbal. São todos aqueles que, suportando o atual Governo, fingem estar contra, mas que depois na aprovação dos Orçamentos de Estado votam a favor. PS, PCP, BE são os responsáveis pela falta de investimento na região e pelo adiar dos grandes projetos previstos pelo anterior Governo PSD. O que não está na mesma, está pior ou ficou na gaveta.
O Aliança, liderado por Santana Lopes, aposta tudo na eleição, pelo Círculo Eleitoral de Setúbal, de Carlos Medeiros, emigrante residente na cidade do Sado, que foi um dos mais polémicos autarcas suíços, entre 2005 e 2018. Na sua passagem pela política helvética, Medeiros, de 53 anos, e filho de um varredor do Bairro Alto, em Lisboa, chegou a presidente da Assembleia Municipal de Genebra, e não passou despercebido. “Foi uma grande experiência, e representava o maior partido do Cantão Genebrino. Quando assumo uma tarefa é para a cumprir”, disse ao Semmais. Assumidamente de direita, Carlos Medeiros, que gere vários negócios, em Portugal, releva também a sua ‘costela social’. E por isso mesmo não promete pouco: “Se confiarem em mim, os eleitores de Setúbal sabem que me vou bater por um salário mínimo condigno, de 850€ e subir as reformas miseráveis que se pagam no nosso país”, afirma o candidato. Para além de afiançar que o objetivo é eleger dois deputados, entre uma lista composta, como diz, por “gente que vem da sociedade civil”, o Semmais sabe que a sua eleição é a meta principal. Outro dos objetivos de Carlos Medeiros e do Aliança é lutar para que a Península de Setúbal deixe de ser considerada uma região rica, por estar integrada na NUT de Lisboa, o que, na opinião do candidato, “tem sido muito prejudicial para a região”. E faz um repto a todos os deputados do distrito para se “unirem” neste objetivo. E reafirma: “Esta situação tem que mudar, já se perderam, desde 2013, cerca de 2 mil milhões de euros, tão essenciais ao desenvolvimento da região, pelo que é uma obrigação de todos os deputados acabarem com este escândalo”. Apesar de ter sido fundado há pouco tempo, o Aliança tem feito, “um grande recrutamento” no distrito, tendo já estrutura em cada um dos treze concelhos da região, incluindo os municípios do litoral alentejano. Carlos Medeiros promete uma campanha “muito ativa e sempre no terreno, em contacto com a população”. Para, segundo, sublinha, marcar a diferença dos outros deputados que acusa de não terem “representado os eleitores”, nem “merecerem a sua confiança”. RT
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cultura
Terra Nossa dedicado ao cantor Toy
O Bando estreia “Filho?” para toda a família
O humorista César Mourão sobe ao palco do S. João, em Palmela, no dia 18, às 21 horas, com o espetáculo de stand up comedy “Terra Nossa”, dedicado ao cantor Toy. Com emissão no canal televisi-
A 24 de outubro, O Bando irá estrear, em Vale de Barris, a peça “Filho?”, com encenação de João Neca a partir de “Para Onde Vão Os Guarda-Chuvas”, de Afonso Cruz. Esta co-criação entre O Bando
vo SIC, trata-se de um programa dedicado a figuras portuguesas que se destacam nas mais variadas áreas. O cantor popular Toy sempre manteve uma grande ligação com Palmela.
e O Teatrão, dirigida à família, retrata a ‘guerra das perguntas’. Para ver de 24 de outubro a 10 de novembro em Palmela e de 28 de novembro a 28 de dezembro em Coimbra.
Festival homenageia vida e obra de compositor alemão
“Viva Bach” em Alcácer Com a Igreja de Santiago como cenário, a autarquia apresenta, em estreia, um evento que, inspirado num dos mais consagrados compositores, coloca em palco músicos de renome mundial. “Viva Bach” dá as primeiras notas na próxima sexta-feira. texto anabela ventura* Imagens DR
Violinista Veronika Schreiber é a diretora do novo festival de Alcácer
Ao todo vão ser quatro os espetáculos - “Prelúdios e Fugas”, “As Épocas à Conversa”, “Concertos e Cantatas” e “Flauta de Bisel e Cravo” - que na Igreja de Santiago, em Alcácer do Sal, vão homenagear a transversalidade da obra de Johann Sebastian Bach. “As composições de Bach
são poesia, narração, teatro, ópera. Artes codificadas em pequenas marcas chamadas notas, depois recriadas no som que vibra e nos ajuda na ressonância com o Universo”, explicou em conversa com o Semmais Veronika Schreiber, violinista e diretora artística do festival.
“Viva Bach” resulta da sintonia entre a artista e a autarquia local. “Já tinha esta ideia a ecoar na minha cabeça há algum tempo e de todos os sítios em Portugal, este país que considero como a minha casa (a violinista polaca está radicada no país desde 2015), Alcácer do Sal foi a minha primeira escolha. É uma cidade que mudou muito nos últimos anos e que tem muita dinâmica. E a Igreja de Santiago tem uma acústica absolutamente fantástica”, disse. O projeto inicial era realizar um dia de festival, mas, segundo Veronika Schreiber, o presidente Vítor Proença gostou tanto da ideia que acabou por propor que as sinfonias do compositor ‘invadissem’ Alcácer ao longo de três dias. Assim, entre 20 e 22 de setembro, pelo palco vão passar intérpretes portugueses mas também brasileiros, alemães,
holandeses e austríacos. Para completar o cartaz de um evento que pretende abordar a música, a obra e a vida do génio alemão do classicismo, no dia 22 o Auditório Municipal acolherá uma Mesa Redonda, onde músicos, compositores, um musicólogo e o autarca vão debater a “Universalidade de Bach”. Democratizar o classicismo e perspetivar o futuro “Esta é a primeira edição do ‘Viva Bach’ e estamos com muita confiança de que vai correr bem. Queremos muito repeti-lo no futuro”. As palavras são do presidente da Câmara Municipal que, ao Semmais, disse ainda que o concelho tem vindo a “afirmar-se no panorama cultural”. “Apostamos na internacionalização, com a vinda de grandes artistas de vários países, mas não só. Também
o público já começa a mostrar uma boa receção ao cartaz. Por exemplo, já tenho a confirmação que há algumas pessoas que vêm de França, de propósito para o festival”, revelou Vítor Proença, afirmando ainda que o evento faz parte da “estratégia delineada pelo executivo para alavancar Alcácer culturalmente”. “Viva Bach” é gratuito pois, segundo o autarca, o objetivo é “democratizar” o acesso à cultura. “Queremos que seja um festival para todos, inclusive para aqueles que nunca assistiram a concertos de música clássica. Pretendemos juntar aqui o fator integrador, de aprendizagem e de educação musical”, esclareceu o presidente do município que, durante três dias, vai andar ao compasso das notas compostas por um dos nomes maiores do classicismo. *com CR
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Nova revista do Parque Mayer promete arrancar boas gargalhadas Crítica política e social, uma homenagem a Herman José, boas melodias, excelentes textos e interpretações, ótimos bailados, belos figurinos e cenários, não faltam na nova revista popular à portuguesa do Teatro Maria Vitória, “Pare, escute e… ria!”, que teve ante-estreia a 4 e estreia a 5, com novo elenco e corpo de baile constituído por 8 bailarinas. Paula Sá, Sara Barradas e Fátima Severino são as novas apostas que prometem arrancar boas gargalhadas do público. Paulo Vasco, Flávio Gil, Miguel Dias e Pedro Silva mantêm-se na equipa, bem como a fadista Elsa Casanova. De referir que Paulo Vasco está de baixa médica devido a uma intervenção cirúrgica a um joelho. O ator escorregou na via pública e ficou ferido com gra-
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vidade, estando já em casa a recuperar. Os papéis do ator têm sido interpretados pelos colegas do elenco. Flávio Gil ensaiou e também assina a autoria dos textos em conjunto com Miguel Dias e Renato Pino. As músicas são da autoria de Eugénio Pepe, Miguel Dias e Carlos Pires. Jair Bolsonaro, Joe Berardo, Ricardo Salgado e Santo António são algumas das personalidades ilustres retratadas, com «humor e algum sarcasmo», no espetáculo que vai estar em cena até finais de maio do próximo ano. Hélder Freire Costa, o empresário que mantém viva a revista popular no Parque Mayer, sublinha que tem «uma equipa maravilhosa» que consegue apresentar um espetáculo de «grande dimensão». «É,
sem dúvida, um grande espetáculo. Os ensaios arrancaram em julho e fizemos a ante-estreia a 4 de setembro. Cumprimos com as datas. Contudo, uma bailarina torceu um pé, o maestro Eugénio Pepe faleceu e o Paulo Vasco deu uma queda e teve de ser operado ao joelho», sublinha, acrescentando que “Pare, escute e… ria!” é «realmente um espetáculo de sucesso, quer pela alegria dos colaboradores quer pelo entusiasmo do público». O empresário apela para que o público vá ao teatro, pois «temos uma boa revista, um bom elenco, boas dançarinas e uma grande equipa que soube dar vida ao excelente texto. Merecemos ser vistos. Todos demos o nosso melhor, pelo muito respeito que o público nos merece. Não vamos desiludir ninguém». AL
cultura
Fontenova reclama espaço alternativo e condições técnicas O aumento de público na XXI Festa do Teatro de Setúbal, levam a companhia organizadora a solicitar um espaço alternativo com capacidade para 250 pessoas. texto ANTÓNIO LUÍS Imagens DR Espetáculos cénicos de sala e de rua, cinema, concertos, encontros, exposições e um seminário sobre expressão dramática contribuíram, entre 22 de agosto e 1 de setembro, para o sucesso da XXI Festa do Teatro, uma organização do Teatro Estúdio Fontenova e do município, que contou com a presença de cerca de 5 mil pessoas, mais mil do que no ano transato. O diretor artístico do certame, José Maria Dias, sublinha que o balanço foi «bastante positivo», com «casas cheias» e algumas com «lotação esgotada», o que indicia um «acréscimo de público» de ano para ano, onde o público teve a possibilidade de assistir a espetáculos de «várias estéticas e de grande rigor técnico e artístico». José Maria Dias realça que «os espetáculos da Escola Sebastião da Gama estiveram quase sempre esgotados. No Forum também notámos um grande aumento relativamente à edição do ano passado, com a publicidade
Os espaços da Festa do Teatro começam a ser pequenos para tanto público
sala sempre bem composta». Espaço alternativo desejável O responsável reconhece que, como não é possível aumentar a lotação no auditório da escola e como não há meios logísticos e técnicos que permitam um aumento da capacidade da bancada no ginásio, o desejável seria
encontrar-se um «espaço alternativo», com capacidade para cerca de 250 pessoas e condições técnicas que permitam acolher projetos artísticos com «toda a dignidade». O aumento da qualidade dos espetáculos, «todos de grande nível», é um dos motivos que, segundo José Maria Dias, explicam o aumento da adesão de público,
proveniente de Setúbal e de outros concelhos. «A qualidade foi de tal forma equilibrada que dificultou a decisão do júri no concurso da secção Off Mais Festa. O público ovacionou de pé quase todos os espetáculos». O vencedor desta secção, que abre as portas a jovens criadores e a novos projetos teatrais, foi a peça “A Terceira Margem do Rio: a de dentro”, pela Cia. Músico – Teatral de Letras, do Brasil. Na XXI Festa do Teatro, que decorreu em vários equipamentos e espaços públicos, apresentaram-se 15 espetáculos na secção oficial e 15 no Mais Festa, oito a concurso e sete extraconcurso. Do programa constaram, igualmente, dois concertos, uma mostra de curtas-metragens, conversas de teatro, duas exposições e um seminário intensivo. Além de companhias de teatro nacionais, marcaram presença oito companhias provenientes do Brasil, Chile, República Checa, França e Espanha.
agenda cultural ALMADA PEÇA DE AUTOR DA TERRA “Até Parece”, um espetáculo da Companhia Mascarenhas-Martins, com encenação de Levi Martins, regressa aos palcos. Miguel Branco, jornalista almadense, estreia-se na escrita para teatro. INCRÍVEL ALMADENSE, 14SET, 21H30
SEIXAL 20 ANOS DE SEIXALJAZZ As 20 edições do SeixalJazz irão ser celebradas com concerto de grafonola, guitarra e voz “A Toda a Corda! – Os Primeiros Discos de Jazz no Portugal dos Loucos Anos 20, seguido da atuação do trio do vibrafonista Eduardo Cardinho. QUINTA DA FIDALGA, 14SET, 19H00
PALMELA “PERSÉFONE” DE ATA O ATA - Teatro Artimanha apresenta a peça “Perséfone”, de Isabel Teles Menezes, com encenação de Rui Guerreiro. A peça retrata os tempos da mitologia grega. TEATRO DE S. JOÃO, 15SET, 17H00
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1.ª CONFERÊNCIA Internacional de Setúbal sobre ENERGIA e SUSTENTABILIDADE 1st Setubal International Conference on ENERGY and SUSTAINABILITY
17 setembro 2019 POLITÉCNICO DE SETÚBAL Escola Superior de Tecnologia de Setúbal Campus de Setúbal do IPS www.ips.pt
Auditórios 1 e 2 | 9h30
ORGANIZAÇÃO
COM A COLABORAÇÃO
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Seixal descobre novas vozes do fado
Sesimbra honra Nossa Senhora da Luz
A 15.ª edição “Noites de Fado do S. Vicente” vai decorrer nos dias 16 e 23 de novembro, às 21h30 horas, no cinema S. Vicente, na Aldeia de Paio Pires, com as inscrições a decorrerem até ao dia 4 de
Decorre até amanhã, em Sampaio, a Festa da Luz. Manifestação religiosa bastante popular no concelho de Sesimbra e que, este ano, dispõe de um carrossel infantil. Maria Leal é a artista convidada
outubro. O projeto é uma ideia inédita do município com o objetivo de descobrir novas vozes do fado e divulgar os fadistas amadores residentes no concelho do Seixal.
desta noite, e amanhã à tarde há missa e procissão. A vertente solidária foi mantida pela nova direção da festa que está a recolher alimentação animal para doar à Bianca.
MUNICÍPIO REFORÇA TRADIÇÃO NA ÁREA CULTURAL
ALCÁCER aposta no TURismo
Casa da Dança de Almada quer ser referência
Hotel Cucumbi revitaliza o Barrancão
Novo projeto do município, apresentado esta semana, nasce para ser uma referência nacional e internacional. Fica instalado provisoriamente no Ponto de Encontro. texto antónio luís Imagens dr
Município de Almada pretende potenciar expressões artísticas em várias áreas
Construir em Almada um importante polo de desenvolvimento cultural à semelhança de projetos congéneres que existem noutros países são as metas da Casa da Dança, que fica provisoriamente instalada no Ponto de Encontro, em Cacilhas. O espaço, que partiu da vontade de estabelecer no país um projeto singular inteiramente dedica-
do à criação e promoção da dança, foi apresentado no dia 9, em Cacilhas, tendo marcado presença a edil Inês de Medeiros, e Paulo Ribeiro, coreógrafo e diretor artístico do espaço. Para Paulo Ribeiro, com percurso reconhecido enquanto bailarino e coreógrafo, uma Casa para a Dança significa criar finalmente em Portugal o espaço de reconhe-
Palmela tem novo doce com sabor medieval
Santiago revive época medieval
O Pastel Medieval, feito pela Doces Afetos, é o novo doce da terra e foi lançado ontem, dia 13, na Casa Mãe Rota de Vinhos. Sultanas, noz, abafado, açúcar, ovos e limão são alguns dos ingredientes do produto que, segundo Domingos Cruz, é “resultado de várias experiências e pesquisas sobre a doçaria na época medieval, com algumas adaptações aos ingredientes contemporâneos”. Com a chancela “Palmela Conquista”, o produto consolida a marca Palmela enquanto território de experiências com sabor e com legado gastronómico.
Até este domingo, prossegue mais um Alvalade Medieval, com dezenas de figurantes. Há mercadores apregoando artigos e artesãos que mostra e ensinam a sua arte. Nas tabernas são servidas variadas iguarias inspiradas na época. Há trovadores e saltimbancos, cuspidores de fogo, encantadores de serpentes, domadores de aves de rapina e odaliscas acompanhadas de sons exóticos. Os cavaleiros batem-se em duelos de armas a cavalo e de esgrima. Sempre animadas, várias representações teatrais trazem à vila a vida na Idade Média.
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cimento que esta arte merece: “a Dança em Portugal precisa de um espaço físico, mas precisa também de um espaço de diálogo e de afirmação de igual para igual com o resto do mundo e muito em particular com o resto da Europa”. Para Inês de Medeiros, a Casa da Dança “vem reforçar a já vasta tradição do nosso município na área cultural. Uma das nossas prioridades é continuarmos o caminho de potenciar cada vez mais expressões artísticas nas diversas áreas, formando, simultaneamente, novos talentos e públicos. É neste paradigma que nasce a Casa da Dança que, estamos confiantes, irá cumprir o seu objetivo e tornar-se uma referência dentro da sua área artística não só em Portugal como internacionalmente”. Na fase de implementação, o projeto desenvolve a sua programação em estreita relação com os atuais equipamentos municipais, enquanto são criadas as condições para a sua instalação num equipamento próprio.
O Cucumbi Hotel é sustentável e amigo do ambiente
Na Herdade Serra dos Mendes, Barrancão, nasceu o Cucumbi, um alojamento local com 3 apartamentos e 4 suítes, que abriu portas este ano e que almeja tornar-se um hotel rural. Catarina e António Francês são os seus donos. A quinta de 118 hectares pertencia à família de Catarina Francês e, há 2 anos, a proprietária e o marido assumiram a antiga Cooperativa “Cravos Vermelhos” em início de projeto turístico, investiram na reabilitação do espaço e abriram portas em junho. Ateliê de cerâmica, salão de jogos, piscina de água salgada, espaços de descanso ao ar livre, sala comum com piano e uma cozinha comum
Barreiro abriu Café Memória
Frente da Moita ribeirinha muda de rosto A frente ribeirinha entre a Moita e o Gaio/Rosário está a ser requalificada. A obra contempla a reabilitação do percurso pedonal e ciclável, a plantação de árvores, a reabilitação do moinho e a modelação/limpeza do terreno entre a ciclovia e o rio. A intervenção municipal, orçada em 253 mil euros, pretende contribuir para a valorização e proteção ecológica das margens ribeirinhas, criando um percurso de interpretação e observação da paisagem e promovendo a sua fruição. Os trabalhos estão a ser efetuados nos períodos de baixa-mar, durante os quais há atravessamento da ciclovia por veículos pesados.
Já arrancou o Café Memória, que servirá de ‘ponto de encontro’ para pessoas com “problemas de memória ou demência e seus cuidadores e familiares”. A 1.ª sessão decorre este sábado, às 9h30, no “Talho Central”. Todas as sessões terão lugar ao segundo sábado de cada mês, entre as 9h30 e as 11h30, gratuitas e sem marcação prévia. Trata-se de um local de partilha de experiências para pessoas que sofrem de Alzheimer.
onde se pode tomar refeições, são algumas das mais-valias que os hóspedes ali encontram. “O que as pessoas gostam é que chegam aqui, jantam connosco e, às tantas, já estão a conversar com os outros hóspedes como se fossem amigos e isso é muito giro. As pessoas ajudam, ensinam-nos imensas coisas e está a ser muito interessante”, disse Catarina Francês. O Cucumbi é sustentável e amigo do ambiente. As águas são recicladas e reaproveitadas, os produtos usados são orgânicos e biodegradáveis e a comida é biológica. Está dotado de culturas e árvores variadas, estufas, ovil e aviário.
Montijo honra ‘filhos’ da terra A Junta da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro entrega a distinção de mérito Barca Aldegalega à Associação Somos Peixinho e à médica-dentista Susana Ramos, este domingo, às 21h30, no Joaquim d’ Almeida. A associação é umas das mais recentes instituições do movimento associativo da freguesia. Desde a sua criação, em 2015, que se tem destacado pela vontade de dinamizar o Montijo e pelo espírito solidário dos seus eventos. Já Susana Ramos tem um percurso profissional de grande relevo na área da ortodontia. Ao curriculum extraordinário, junta imensos projetos de cariz social, numa entrega à comunidade que merece ser louvada. Há concerto com Hélder Moutinho.
local
Alcochete moderniza EB de Valbom
Investimento do município ronda os 2 milhões de euros
No âmbito da requalificação da EB n.º 2 de Alcochete (Valbom), o atual ano letivo irá funcionar em instalações provisórias junto ao complexo desportivo do Valbom. A vereadora da Educação, Fátima Soares, referiu em sessão de Câmara que “as obras, um projeto de cerca de 2 milhões de euros, começaram no dia 19 de agosto e têm prazo de execução de 9 meses”. “Como não havia condições para as crianças frequentarem a publicidade
escola ao mesmo tempo que as obras decorriam, providenciámos uma escola provisória nas traseiras da sede do Vulcanense, em terreno da Câmara. Todos os cuidados de conforto e de bom funcionamento estão assegurados. Para escola provisória está uma categoria”, acrescentou a vice-presidente do município. Todas as turmas irão funcionar em regime de horário normal.
Nova escola de Grândola já foi inaugurada
Setúbal abre portas a Poçoilos
O município inaugurou no dia 11 a escola do 1.º ciclo do ensino básico, após requalificação. Com investimento superior a 2,5 milhões de euros, num projeto co-financiado pelo Alentejo 2020 e que incluiu também a requalificação do JI n.º 1, o novo equipamento apresenta-se como um espaço de “excelência” para o ensino. A escola está dotada de sistema de aquecimento, isolamento térmico dos edifícios, sistema automático de renovação constante do ar, nova biblioteca, e um novo edifício, que permite o regresso dos alunos do 4.º ano de escolaridade a este espaço educativo. Recorde-se que nos últimos anos foi necessário transferir estes alunos para a EB D. Jorge de Lencastre por falta de salas de aula.
O público tem a oportunidade de conhecer o Parque de Poçoilos, infraestrutura operacional ligada ao desenvolvimento do concelho, numa visita guiada interativa a realizar na manhã deste domingo. A iniciativa proporciona a demonstração de atividades, através da realização de um circuito pelos diversos espaços do parque, numa proposta de uma manhã diferente, ideal para as famílias e adaptada às pessoas de todas as idades, com muitas surpresas pelo meio. As ações destinam-se a mostrar o trabalho realizado pelo pessoal
operacional do município sadino no âmbito da estratégia de aumento do bem-estar da população e da modernização do território.
Voluntariado em praias de Sines A praia de Morgavel, no dia 31 de agosto, no âmbito de uma atividade de acampamento anual, foi alvo de uma ação de limpeza por 16 voluntários. Os voluntários foram “à caça dos suspeitos do costume”, desafio proposto pela ABAE – Associação Bandeira Azul, que consiste na monitorização, recolha, caracterização e quantificação
dos resíduos que se encontram no areal, tais como beatas, cotonetes, isqueiros, entre outros. Em cerca de duas horas, foram recolhidos 14 sacos de resíduos, contabilizando-se 613 cotonetes, 221 beatas, 19 isqueiros e 5 chinelos, bem como variados resíduos provenientes da atividade piscatória. A atividade foi organizada pela Ecolojovem.
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Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal Instituição de Utilidade Pública Convocatória – Eleições nas delegações Ao abrigo do artigo 45.º coadjuvado com o n.º 2 e 3 do artigo 33.º dos Estatutos e do n.º 1 do artigo 12.º do Regulamento Eleitoral, convoco todos os associados da área de cada Delegação, a apresentarem listas para as respectivas comissões directivas das Delegações para o Triénio 2019 a 2021. As eleições realizar-se-ão no dia 21 de Outubro de 2019 entre as 15 e as 18 horas na sede de cada Delegação respectivamente em: ALCÁCER DO SAL / GRÂNDOLA – Rua Manuel Augusto de Matos, 3 -1º - Alcácer do Sal ALMADA – Av. 25 de Abril, 65 – 1º Esq. – Almada MONTIJO / ALCOCHETE – Praça da República, 27 – Montijo SANTIAGO DO CACÉM / SINES – Av. D. Nuno Álvares Pereira, 45 – 1º Esq. – Santiago do Cacém SEIXAL – Praça Luís de Camões, 11/13 – Seixal SESIMBRA – E.N. 378, Edifício Sol Nascente, loja D - Santana – Sesimbra SETÚBAL / PALMELA – Rua Manuel Livério, nº 20 – Setúbal (Gabinete da Delegação) A lista será composta de: 1 Presidente; 2 Vice-Presidentes; 1 Tesoureiro; 1 Secretário e 2 Suplentes. A data limite para apresentação das respectivas listas é dia 01 de Outubro de 2019 até às 18 horas na sede da Associação na Rua Manuel Livério, nº 20 em Setúbal. Conhecimento e consulta de listas: A lista ou listas apresentadas a sufrágio serão designadas por letras e por ordem alfabética, conforme ordem de chegada, e afixadas nas sedes das respectivas Delegações e na Sede da Associação para consulta dos associados, a partir do dia 11 de Outubro de 2019. Em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 6.º do Regulamento Eleitoral, as listas apresentadas a sufrágio serão remetidas pelos serviços a todos os sócios com direito a voto. Direito de Representação – Segundo o nº 12 do artigo 14º dos Estatutos, qualquer associado através de procuração devidamente assinada por si juntamente com fotocópia do B.I./C.C. e dirigida ao Presidente da Mesa de Voto, pode delegar o seu voto noutro sócio, que entregará a procuração ao Presidente da Mesa a fim de receber os respectivos boletins de voto. Nenhum associado poderá aceitar mais de duas procurações. A lista vencedora será afixada na sede de cada Delegação e na Sede distrital, em Setúbal, após o acto eleitoral. Deveres – Dando cumprimento ao artigo 18º e alínea d) do nº 9 dos Estatutos, a lista vencedora de cada Delegação indicará à Sede da Associação o nome de um elemento eleito para posterior integração na lista ou listas para a direcção distrital. O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral (Albertino José da Rocha Vieira Figueira)
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negócios
Palmela requalifica loteamento de Vale Flores
Aeroporto do Montijo com mil contribuições
O Município de Palmela adjudicou por 277.000 euros, as obras de requalificação de infraestruturas, nas áreas envolventes à praceta do Limpador de Máquinas e do Auxiliar de Trens, no loteamen-
As câmaras municipais do Barreiro e do Montijo já emitiram parecer favorável ao Estudo e Impacte Ambiental do novo aeroporto do Montijo, por considerarem que representa uma “capacidade única”
to de Vale Flores, em Pinhal Novo. Recorde-se que nesta zona (Rua do Assentador) já está a decorrer outra empreitada, no valor de 212.000€, que inclui a construção de uma rotunda.
para dinamizar a Margem Sul. O EIA está em consulta pública até quinta feira e, segundo Nuno Lacasta, presidente da APA, já conta com mais de mil contribuições diretas.
Empenho dos colaboradores foi evidenciado durante a cerimónia
Continental Teves assinalou 25 anos de laboração em Palmela Pedro Gaivéo, diretor geral, atribui aos trabalhadores o sucesso e prestígio a que a Continental Teves brindou no dia do seu aniversário. Durante a celebração Álvaro Amaro, edil de Palmela, reforçou a intenção da autarquia em requalificar a zona industrial onde está sedeada a fábrica de sistemas de travagem automóvel. texto eloísa silva Imagens SM O 25º aniversário da Continental Teves Portugal, uma das maiores empresas exportadoras da península de Setúbal, foi assinalado no passado dia 3 numa cerimónia que juntou, entre outros, representantes da Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), da Agência para a Competitividade e Inovação (IAPMEI), do Instituto Politécnico de Setúbal, da Câmara de Palmela e os cerca de 500 trabalhadores do fabricante de sistemas de travagem para automóvel. Pessoas que “com garra, espírito de equipa, empenho, dedicação e profissionalismo fizeram da Continental Teves o que é hoje”, evidenciou o diretor geral da empresa Pedro Gaivéo. Regressado do Brasil, onde passou os últimos quatro anos ao serviço da Continental, o diretor enalteceu o “orgulho que sente” em fazer parte da equipa, não desmerecendo elogios, também, “aos nossos parceiros, autarquia, governantes e fornecedores”. Só unidos, acredita, “conseguimos fazer a máquina girar”. E o resultado desse movimento está à vista. Nuno Maia, diretor geral da AISET recordou “a valorização da indústria” que a Continental, empresa fundadora da AISET, tem incrementado na região que “continua a precisar
automóvel mundial está sujeita. Revisão do PDM prevê melhorias para a zona industrial
Pedro Gaivéo teceu rasgados elogios aos cerca de 500 trabalhadores da Continental
de muita valorização”, sublinhou. Contudo, Nuno Maia enalteceu “o valor acrescentado” que a fábrica já representa para a economia nacional, assegurando “bons empregos e uma produção reconhecidamente de qualidade”. Além de Pedro Gaivéo, que centrou o seu discurso na quali-
dade e profissionalismo dos trabalhadores da Continental, também os altos quadros da “casa mãe” Alemã, Stephan Oberthuer e Dominik Hiss, se mostraram “bastante satisfeitos pela qualidade do trabalho desenvolvido” na fábrica de Palmela, apesar “da pressão elevada” a que a indústria
Uma pressão que se combate com “visão, estratégia, mão de obra competente e condições de trabalho”. Álvaro Amaro, presidente da câmara de Palmela garantiu, não só, um “reforço do relacionamento com a Continental”, que beneficia de uma “centralidade estratégica e de um clima de segurança”, mas também a requalificação do parque industrial das Carrascas. “Esta zona industrial não está, ainda, requalificada como gostaríamos. Neste momento em que nos preparamos para apresentar a nossa proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), a aposta é dirigida à requalificação destas zonas e respetivas infraestruturas. Uma aposta que tem que ser acompanhada, também, de programas da administração central que permitam e facilitem a melhoria das infraestruturas que servem as atividades económicas neste que é maior concelho da Área Metropolitana de lisboa”. A cerimónia de celebração dos 25 anos da Continental Teves incluiu uma homenagem aos trabalhadores que completam, em 2019, 25 anos de serviço.
EDP suspendeu produção em São Torpes durante 19 dias A central termoelétrica de São Torpes, Sines, já esteve este ano sem produzir energia durante 33 dias, 19 dos quais consecutivos no mês de agosto. Tal não foi consequência de nenhuma anomalia técnica, mas por opção da EDP, que tem em marcha um plano de descarbonização. Segundo referem os responsáveis da EDP, citados pelo Expresso, a paragem da central de Sines, assim como as já verificadas na do Pego, próximo de Abrantes, foram programadas e inserem-se num plano que visa a descarbonização total no país para a próxima década. A produção de energia elétrica a partir de matérias fósseis, neste caso o carvão, é uma iniciativa conjunta dos responsáveis portugueses e espanhóis, que partilham experiências no âmbito dos estudos relativos às alterações climáticas. A EDP refere que a paragem verificada na central de Sines não causou quaisquer problemas aos clientes, tendo sido considerada muito satisfatória a resposta dada pelos sistemas elétricos.
EDP parou sem causar problemas
Autoeuropa dá andamento ao comboio para reduzir CO2 A Autoeuropa, fábrica de automóveis da Volkswagen instalada em Palmela, reativou, na passada segunda-feira, o transporte de veículos a embarcar no Porto de Setúbal através da via férrea. Trata-se de uma medida de grande impacte ambiental, que vai reduzir substancialmente as emissões de CO2. Numa primeira fase, até final do ano, serão transportadas diariamente num comboio 250 carros. A partir de janeiro, utilizando já duas composições, o número de veículos
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transportados por dia passará a ser de 500. Em comunicado, o diretor da área logística da Volkswagen, Rui Baptista, refere que a mudança agora efetuada permite, para já, reduzir as emissões de CO2 em 500 toneladas. Até dezembro far-se-ão, por dia, menos 32 viagens de camião. Diariamente são menos 80 por cento das emissões que se verificariam caso o transporte das viaturas até ao porto setubalense continuassem a ser feitas por camiões.
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Rui Baptista salientou que a ferrovia, para além de ser, financeiramente, mais competitiva que a rodovia, apresenta evidentes vantagens ecológicas. A Autoeuropa, recorde-se, é a responsável pela apresentação do projeto Gigaliner, o qual prevê, sucintamente, a redução das emissões de CO2 no transporte de automóveis em cerca de 70 por cento por ano. A partir de janeiro do próximo ano a empresa pretende duplicar as remessas de automóveis pela via-férrea,
atingindo desse modo um total de 68 por cento da sua produção a ser transportada por comboio. Para que as instalações portuárias de Setúbal possam receber em melhor condições de funcionalidade e segurança os 500 carros previstos já para janeiro, deverão ser efetuados alguns melhoramentos. A Autoeuropa produziu em 2018, na fábrica de Palmela, mais de 223 mil automóveis, tendo a maioria deles sido embarcados no Porto de Setúbal. AV
negócios
Associação da Indústria da península de setúbal debate Modernização e Inovação Industrial
“É um momento de afirmação institucional” Nuno Maia, diretor da AISET, antecipa que o 2º Fórum Empresarial, que tem lugar dias 17 e 18, será um excelente momento de networking e de aquisição de conhecimentos. texto eloísa silva Imagens EDUGEP A Associação da Indústria da Península de setúbal (AISET) promove, na próxima semana em Setúbal, mais um fórum empresarial dedicado à modernização e inovação industrial. O evento, que terá lugar no Fórum Luísa Todi, terça e quarta-feira, junta especialistas de várias áreas e desafia os cabeças de lista dos partidos com assento parlamentar, e candidatos às legislativas de outubro pelo distrito, a partilhar as suas propostas para a economia e para a indústria da região. “Este é o momento certo e de grande afirmação institucional”, realça ao Semmais o diretor geral da AISET. “Queremos que os nossos participantes e os nossos associados possam ter uma perspetiva das propostas que os protagonistas políticos têm para a nossa região e dos compromissos que pretendem assumir com
este setor gerador de emprego e riqueza”. Além disso, antecipa Nuno Maia, “queremos proporcionar um momento de networking e de aquisição de conhecimentos que nos prepare e nos capacite para incorporar a indústria 4.0 e fazer face aos desafios da digitalização da atividade industrial a nível global”. O fórum terá como primeiro orador o economista Vítor Bento que fará uma abordagem às perspetivas económicas para Portugal, tendo em conta o contexto internacional, mas as temáticas vão variar entre as alterações previstas para o Código do Trabalho e suas consequências, o capital humano para a Indústria 4.0, os investimentos ferroviários em curso para a Península de Setúbal ou os investimentos previstos para os concelhos que integram a Lisbon South Bay (Al-
Nuno Maia revela ter grandes expetativas para o 2.º Fórum Empresarial, que contará com a presença do Ministro Siza Vieira
mada, Barreiro e Seixal). Nuno Maia sublinha que apesar de “já estarmos a prepararnos para esta evolução há muito tempo, temos que continuar a trabalhar, estudar e formar muito, para continuarmos a aperfeiçoar a nossa capacidade com-
petitiva global. Estamos melhor preparados que muitas regiões do país, e do mundo, mas o ritmo de implementação obriga-nos a fazer sempre mais”. A sessão inaugural do 2º Fórum Empresarial da AISET está agendada para as 17h30, de dia 17, e contará
com as presenças do Ministro da Economia Pedro Siza Vieira, do presidente do Conselho Fundadores da AISET, Antoine Velge, do Presidente da AMRS, Rui Garcia e de Maria das Dores Meira, presidente da câmara municipal de Setúbal.
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opinião
Programas Iceberg
editorial atualidade
bruno ribeiro barata
autarca do ps seixal e candidato a deputado pelo distrito de setúbal
raul tavares diretor
A liderança da AISET QUANDO a AISET – Associação da Indústria da Península de Setúbal - foi lançada, ocupou um vazio que se notava de forma evidente no associativismo empresarial da região. Tenho ideia que não foi fácil, por uma razão que às vezes escapa na análise de muitos protagonistas do nosso burgo: As grandes empresas, nunca quiseram, verdadeiramente, imiscuir-se nas coisas de casa. De certa forma, esse lugar foi sempre ocupado por causas menores. Não adianta agora abordar o assunto. Foi num ambiente de crise que os grandes empresários da região quiseram sair a terreiro e, desde então, têm tentado ocupar o seu lugar, legítimo, de grandes ‘players’ do desenvolvimento regional. Valem muito, na dinamização da economia regional, pelo emprego que criam, pelos milhões que investem no mercado endógeno, e por serem campeões das exportações. Com a missão de afirmar, à região e ao país, que desenvolvem a sua atividade de excelência, numa península de excelência, procurando fazer valer a sua dimensão estrutural - seja de um passado já longínquo, seja de um presente pujante, mau grado a incerteza cíclica dos mercados internacionais - a AISET incorpora, hoje, a frente do debate sobre o desenvolvimento regional. Neste cenário, não é despiciendo que a AISET tenha chamado a si a luta pela reorganização orgânica das Nuts, que faz com que a Península e os seus ‘stakeholders’ percam milhões e milhões de euros em fundos comunitários. A sua força e dimensão podem fazer a diferença nesta questão tão sensível para o nosso futuro. Esse envolvimento tem acontecido também por via da organização de conferências cirúrgicas, como as que vão ocorrer esta próxima semana (17 e 18), durante o 2.º Fórum Empresarial. E aqui, a nomeação do diretor-geral, Nuno Maia, tem sido decisiva, porque conhece bem a região e os seus problemas. Serão dois dias de discussão, incluindo um debate com os cabeças de lista das principais forças políticas, e a presença do ministro da Economia. Altura para medir programas e levantar as questões que o poder político deve encarar de frente para esta nossa região nem sempre vista da melhor maneira, mas que, no cômputo geral, representa muito no contexto nacional. Para quem está de fora, e vê este caminho de coesão regional como um fator decisivo, não pode deixar de se sentir aconchegado pelas empresas dizerem presente. Porque estas são, afinal, o cimento da estabilidade, e representam a força de fixar população, ganhar escala, promover a inovação e projetar futuro.
“Vivemos numa economia da informação. O problema é que a informação é geralmente impossível de obter, pelo menos no lugar certo, no momento certo.” Steve Jobs em entrevist a, ‘The Next Insanely Great Thing,’ Wired Magazine (Fev. 1996)
FALTAM 21 dias para as eleições legislativas e para fortalecer o nosso sistema democrático é essencial a sua participação, por favor vote! Para votar, é necessário fazer a escolha do Partido que queremos que nos represente na Assembleia da República e simultaneamente qual o Partido que desejamos para formar Governo. Muitas vezes esta nobre escolha é feita a reboque de soundbytes jornalísticos que geralmente não representam no essencial qual o Programa Eleitoral de cada Partido, é sobre isso que vos quero falar: Os Programas Eleitorais Iceberg; onde apenas está à tona da opinião pública a parte romântica dos Programas e a parte exposta publicamente representa apenas um quinto das ideias e propostas dos Partidos Políticos. O Programa Eleitoral do Bloco de Esquerda (BE) defende a saída da União da Europeia e do Euro; a saída de Portugal da NATO; o reconhecimento do direito à autodeterminação do povo da Catalunha, bem como define como prioridade a nacionalização da banca e das empresas estratégicas nos transportes e energia, como se financia isto? pela emissão de Dívida Pública. Pouco se fala da matriz ideológica do BE e das suas propostas estratégicas para o país, mas é isto que temos deste Bloco anti-tudo. Esta é componente submersa do Programa do BE e que pouco se fala. Sabia que o BE agrega partidos como a União Democrática Popular de génese Marxista e que foi inspirada nos “Estalinistas Lituanos”? E que a sua linha ideológica era genericamente tida por maoísta, elegendo como regime de eleição do Leste europeu a Albânia. Vale a pena pensar nisto. O PAN no seu Programa Eleitoral tem algumas propostas bondosas, no entanto não existe qualquer referência a impactos no aumento da despesa e/ou redução na receita, é fácil para um partido que não pretende assumir responsabilidades governativas avançar com propostas sem as quantificar. Na componente submersa do iceberg do programa do PAN
temos : Suspensão do Aeroporto do Montijo; Cancelamento das propostas de expansão do Porto de Sines; Aplicar um ecovalor (aumento do preço) a todos os bens que geram resíduos, tais como colchões, cápsulas de café, roupa ou cigarros, entre outros; Cessar os apoios públicos à produção de carne e leite; Aproximar política e diplomaticamente a UE da Federação Russa no contexto da resolução pacífica do conflito russo-ucraniano. Estas são algumas das propostas do PAN que ninguém fala, mas que entendo ser importante dar a conhecer. Também é importante dar a conhecer o Programa do Partido do Socialista (PS), nomeadamente em matérias que nem sempre são tratadas pela comunicação social. Claro está que um Partido que pretende ter funções governativas, como o PS, é mais sensato e coerente na elaboração do seu Programa pois terá de responder por ele. O PS que conseguiu reverter a política da austeridade com o aumento de rendimentos e crescimento da economia e tem naturalmente a seu favor este lastro de credibilidade com as contas certas. Ainda assim, o PS pretende fazer ainda mais e melhor que na legislatura que agora termina com o enfoque em 4 desafios estratégicos: (i) ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS - Não há Planeta B: enfrentar as alterações climáticas, garantindo uma transição justa (ii) DEMOGRAFIA - Por um país com mais pessoas, melhor qualidade de vida e onde os cidadãos seniores são tratados com dignidade (iii) SOCIEDADE DIGITAL, DA CRIATIVIDADE E DA INOVAÇÃO – O futuro agora: construir uma sociedade digital (iv) DESIGUALDADES - Mais e melhores oportunidades para todos, sem discriminações. Para concretizar estes 4 desafios estratégicos o PS tem como pedra basilar a “Boa Governação” assente em 4 pilares: (i) Contas certas para a convergência (ii) Investir na qualidade dos serviços públicos (iii) Melhorar a qualidade da democracia (iv) Valorizar as funções de soberania. Vote, independentemente da sua escolha, mas vote e escolha com base nos programas eleitorais e nos intervenientes que se propõem a concretizá-los. É já dia 6 de outubro.
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opinião
Seixal reduz a taxa de IMI pelo quinto ano consecutivo e aprova orçamento com reforço do investimento siga o nosso concelho joaquim santos presidente da cm seixal
fio de prumo jORGE santos jornalista
Debates NESTA pré-campanha para as eleições legislativas de 6 de Outubro as televisões agendaram uma série de debates entre os líderes partidários com assento no Parlamento que têm tido algum interesse – curiosamente nem sempre na positiva – pois conseguimos evidenciar os que se destacam por bem acentuarem o que propõem para interesse dos portugueses assim como notamos que não fazíamos a menor ideia de que trocam uns possíveis votos por propostas que duvidamos que tenham consciência de que, se chegarem lá acima, as possam pôr em prática. A completar esta série de debates temos os “debates” entre comentadores que funcionam, muitas das vezes, como oposição que está do lado de quem interessa. Tudo terá outra “agitação” quando se estiver oficialmente na campanha, pois aí há que obedecer às regras estabelecidas em que todos têm direitos iguais e dos vinte e dois partidos candidatos a lugares no Parlamento, mais uma vez vamos ter oportunidade de ouvir quem está convencido – será que está? – que as suas propostas serão o que interessará à maioria dos portugueses. Neste período vamos também ouvir falar muito de sondagens, coisa em que muitos acreditam mas que na frente de um microfone acabam por dizer que “já nas últimas éramos isto e aquilo e afinal nada se confirmou”. Não vamos falar em maiorias pois sabe-se que os portugueses não são grandes adeptos de grandes mudanças. Mas há uma coisa que não muda… Sem dúvida a abstenção irá continuar a aparecer nos resultados eleitorais não por decisão própria mas porque temos que ter em conta dois pormenores que são grandes – aqui funciona a luta dos contrários – a desmotivação dos jovens e os mais velhos que “já se estão nas tintas para o que der e vier”. Mas apetece dizer… Votemos!
AS GRANDES Opções do Plano e Orçamento (GOP) para 2019, aprovadas no passado dia 4 de Setembro, permitiram ultrapassar o impasse criado com a rejeição do orçamento pela Assembleia Municipal em Novembro de 2018, que limitou a ação da Câmara Municipal, prejudicando a população e os trabalha-dores da autarquia. No dia 11 de Setembro a Câmara Municipal aprovou uma nova redução na taxa de IMI que, pelo quinto ano consecutivo, irá diminuir o valor deste imposto, que se situará, em 2020, nos 0,380%, descendo da atual taxa de 0,390%. Esta nova redução, a quinta consecutiva, significa que os munícipes não terão de pagar cerca de 7 milhões de euros, proposta que vai agora ser submetida à Assembleia Municipal. No Município do Seixal a boa gestão tem permitido não só baixar os impostos à população, como tem permitido ao mesmo tempo aumentar significativamente o investimento público e potenciado o au-mento do investimento privado. Por constatar esse
facto, alguns partidos, nomeadamente o PS, tenta-ram condicionar a ação da Câmara Municipal do Seixal, prejudicando a população e os trabalhadores da autarquia, por interesses partidários contrários ao desenvolvimento do Concelho. O Orçamento agora aprovado irá possibilitar a valorização do trabalhadores da autarquia, através da opção gestionária, permitindo que centenas de trabalhadores possam vir a ter uma progressão salarial extraordinária, contribuindo para minorar a injustiça de 10 anos de congelamentos decididos pelos governos do PS e PSD/CDS, e irá permitir o avanço de vários investimentos importantes que irão con-tribuir decisivamente para o desenvolvimento económico e social do concelho. Dos investimentos a concretizar destaca-se, na área social, o lançamento dos concursos das obras do Centro de Dia do Casal do Marco, o apoio à construção do Lar de Idosos em Fernão Ferro e à creche da Associação dos Serviços So-
ciais dos Trabalhadores das Autarquias do Seixal. No ambiente, destaque para a segunda fase da construção do Parque Urbano do Seixal e para o lançamento da primeira fase do Parque Metropolitano da Biodiversidade. Na cultura, para o concurso para construção do Centro Cultural de Amora e a construção do Centro Internacional de Medalha Contemporânea. No desporto, a finalização da construção do Pavilhão Desportivo da Mundet, o desenvolvimento da obra do Complexo Desportivo de Santa Marta do Pinhal, a abertura do concurso para a construção do Pavilhão Municipal de Fernão Ferro e a construção da Piscina Municipal de Aldeia de Paio Pires. Na mobilidade e trans-portes, o desenvolvimento dos projetos para a construção do troço da alternativa à EN10 até à Amora. Nos serviços urbanos, a entrada em funcionamento do Centro Distribuidor de Água de Fernão Ferro e a renovação das redes de abastecimento de água. Na educa-
ção, a requalificação e ampliação das esco-las básicas de Aldeia de Paio Pires e Quinta de Santo António, bem como obras de requalificação em outras 14 escolas do ensino básico e a execução dos projetos do novo Jardim de Infância da Quinta de São Nicolau. Irá ser lançado também o concurso para a construção da Loja do Cidadão em Amora e para o Cemitério Municipal de Fernão Ferro, e irá entrar em funcionamento o quartel dos Bombeiros de Amora, após a inauguração recente do quartel dos bombeiros em Fernão Ferro. Importa ainda refe-rir o investimento do município no novo passe social com cerca de dois milhões de euros. Cumprindo com os compromissos assumidos com a população e os trabalhadores, e procurando sem-pre responder aos seus anseios, vamos prosseguir o nosso trabalho, com honestidade e competência, colocando o Município do Seixal como uma referência na Região e no País.
Maldita Abstenção.
turismo semmais jorge humberto colaborador 44,1%. Fixe esta percentagem. É o valor da abstenção, em Portugal, nas últimas eleições legislativas (2015). No Distrito de Setúbal, e para as mesmas eleições, foi de 41,7%. Números que por si só são um sinal de alerta. E um alerta que não é de agora. Antes persiste, ganha intensidade e não dá quaisquer sinais de abrandar. Senão vejamos: nas legislativas de 2005 (não, não foi assim à tanto tempo!) a abstenção foi, em Portugal, de 35,6%. Imaginem nas próximas: as de outubro. Imaginem que atinge um novo “máximo”. E esse máximo será afinal sinónimo de um mínimo de participação e de envolvimento. Mas esta abstenção não está só. Nem é talvez a maior das abstenções. Porque embora muito preocupante é o resultado de uma decisão num específico e particular dia. Ir votar ou não. Esgota-se nesse dia e a vida, de facto, continua. Melhor ou pior. Outra abstenção é a abs-
tenção do dia-a-dia. De todos e de cada um dos dias. A abstenção em relação à nossa cidade, à escola dos nossos filhos, ao centro de saúde mais próximo, ao nosso condomínio, à nossa rua. Esta é a mais preocupante das abstenções. Porque não é apenas um momento. É uma atitude. Porque é uma distância cívica. Porque entrega a construção da nossa sociedade a uns poucos. Espertos e atentos. A sociedade civil é parte essencial da vida de uma comunidade. A pertença amplia-se com a participação. A pertença pressupõe presença, opinião e intervenção. Somos, neste sentido, o que fazemos. Se não fizermos diminuímo-nos a nós próprios. A abstenção é assim a vitória do vazio. E o vazio é, em muitas circunstâncias, uma impossibilidade social. Todo o vazio tende a ser ocupado. Ocupado por quem? Ocupado por que projetos? Ocupado em nome de quê? É exatamen-
te nestes momentos que os aventureiros (não de aventuras reais mas de “outras” aventuras) aparecem. E fazem do vazio cheio. Um cheio de receita feita: populismo, culto da personalidade e perfil de ditador. Por isso a abstenção pode ser o primeiro passo para algo de muito diferente e de muito pior. Algo que não conhecemos nem queremos conhecer. Mas que vimos cada vez mais perto. Exatamente por estas razões só existe um caminho, porém com muitos caminhos dentro: mais participação, mais democracia, mais espaço para a cidadania. Quanto maior o estado, sobretudo se um estado que não funciona, maior o vazio. Quanto mais presente o estado (o que é completamente diferente de maior) melhor a relação e a ligação entre a comunidade. Um estado que resolva e não um estado que complique. Um estado que inspire e não um estado que controle. Este é o
caminho para menos abstenção e mais responsabilidade. Tal como a “maldita cocaína” a maldita abstenção seduz pelo apelo ao fácil, ao imediato e ao ilusório. O prazer de hoje é a degradação de amanhã. A fuga do momento apenas vai adiar um ainda mais duro choque com a realidade. Cada abstenção é assim uma porta fechada. Uma recusa de um dos nossos (cada vez menos) direitos. Quando o ditador de amanhã aparecer lembremonos da nossa abstenção de ontem. E, hoje, vamos continuar, alegremente, a falar mal de tudo e de todos? E, ainda, a achar que tudo é sempre com os outros? A coragem de uma madrugada. Uma madrugada de abril, apenas nos pede uma coisa: sejamos cidadãos. E sejamos cidadãos também no dia 6 de outubro. Já este outubro.
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