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PRÓXIMA SEMANA
Região
Diretor Raul Tavares
Semanário Região de Setúbal
Edição n.º 1057 9.ª série
DISTRIBUÍDO COM O
Sexta-feira 1 novembro
2019
Edição Semmais Alentejo
SOCIEDADE
Central em São Torpes encerra em 2023 O Primeiro Ministro anunciou o encerramento definitivo da central de carvão em quatro anos. Autarquia de Sines aguarda explicações do governo pág. 3 LOCAL
Barreiro reduz IMI a famílias com filhos As famílias com filhos ou dependentes a cargo vão beneficiar, pela primeira vez, de uma redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis pág. 8
APA DEU LUZ VERDE A PLATAFORMA AEROPORTUÁRIA DO MONTIJO
NEGÓCIOS
Um aeroporto que ainda divide
Adega de Pegões faturou 13 milhões de euros no último ano
pág.2
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ABERTURA
APA DÁ LUZ VERDE AO AEROPORTO E AVANÇA COM 48 MILHÕES PARA MINIMIZAR IMPACTOS
Governo aceita declaração que não afasta discórdia na região Autarcas socialistas saúdam parecer contrariado por comunistas e alguns ambientalistas, que prometem recorrer aos tribunais. Península de Setúbal será valorizada com novas empresas e postos de trabalho. O próximo passo é a criação de um sistema de transportes rodoferroviário. TEXTO JOSÉ BENTO AMARO IMAGENS DR A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) classificada como “favorável condicionada”, viabilizando assim a construção do novo aeroporto nas atuais instalações da Base Aérea nº6, no Montijo. A decisão agrada ao governo, às autarquias socialistas da região e à Quercus. As câmaras da CDU acabam assim por ser derrotadas, tal como os ambientalistas da Zero, que admitem tentar inviabilizar a obra interpondo uma providência cautelar. “A DIA é favorável condicionada, viabilizando assim o projeto na vertente ambiental. A DIA inclui um pacote de medidas de minimização e compensação ambiental que ascende a cerca
de 48 milhões de euros”, adiantou a APA num comunicado emitido quarta-feira à noite. A avifauna, a mobilidade e o ruído são alguns dos fatores a salvaguardar salientados no documento. O presidente da Zero, Francisco Ferreira, reagiu ao comunicado da APA lembrando que existe uma ação judicial, em curso desde fevereiro deste ano, tentando evitar que o aeroporto fique no Montijo, e que, em agosto de 2018, foi apresentada uma queixa à Comissão Europeia. Apesar da contestação da Zero, onde são apontadas “lacunas graves” ao processo de escolha do Montijo por, alegadamente, não ter sido efetuada atempadamente a Avaliação Ambiental Estratégica, não pa-
rece crível que o governo dê um passo atrás. Tanto mais que o próprio Ministério do Ambiente já aceitou a declaração da APA. Assim, para que tudo voltasse agora à estaca zero, seria necessário que a ANA - Aeroportos rejeitasse todo o processo. Esta entidade tem agora dez dias para avaliar as exigências colocadas à discussão, podendo aceitar o que já está decidido ou sugerir algumas mudanças. Se a posição da Zero parece extremada e desfavorável, já a da Quercus é diferente. Em declarações ao Semmais, o presidente desta associação ambiental, Paulo do Carmo, disse que a solução encontrada “é a menos má” e que “pode dar resposta às necessidades do país”. Paulo do Carmo mostrou-se satisfeito pela inclusão de verbas destinadas a mitigar os efeitos do tráfego aéreo na região, sobretudo a questão do ruído que irá afetar muitos habitantes da Moita e Barreiro. Havendo, ainda assim, necessidade de “acompanhar essas mesmas ações de mitigação e compensação”. O presidente da Quercus manifestou também algum desagrado por, pelo menos por ago-
ra, não ter sido contemplada a construção de um oleoduto para abastecimento das aeronaves, retirando desse modo do interior do Montijo os cerca de 50 camiões cisterna que se prevê possam vir a circular diariamente na cidade. “Não foi valorizada a ligação ferroviária entre Almada e o Montijo”, disse o mesmo responsável, acrescentando que o serviço de comboios será fundamental para o bom funcionamento do futuro aeroporto.
A decisão da APA agradou, sobremaneira, ao presidente da câmara do Montijo. Nuno Canta considera que, com a construção do aeroporto na atual base da Força Aérea, será dado “um passo muito importante para todo o concelho e para a região”. “É um projeto histórico e o investimento mais estruturante para toda esta região a Sul do Tejo. Este é o maior investimento feito no país após a intervenção da Troika. Estou, naturalmente feliz e otimista com tudo o que se avizinha para a península de Setúbal, porque
agora as perspetivas de mais emprego, mais pessoas e mais riqueza são reais”, evidenciou o autarca. “Serão triplicados ou até quadruplicados os postos de trabalho e, não menos importante, existirá a possibilidade de trazer emprego qualificado”, acrescentou. “Agora”, diz, “é necessário reforçar os transportes públicos” e, se o facto de a travessia do Tejo ir ser reforçada o deixa satisfeito, continuam a subsistir reivindicações que iriam trazer um enorme contributo aos concelhos do Barreiro e do Seixal. “Mais importante do que construir a terceira travessia sobre o rio Tejo é construir uma ponte rodoferroviária que una o Montijo ao Barreiro, onde já existe a infraestrutura ferroviária que fará a ligação para todo o Sul do país”, afirmou o edil. Nuno Canta refere ainda que o custo de uma ligação por ponte entre as penínsulas do Seixal e do Barreiro, mesmo tendo custos, será sempre compensadora, uma vez que serão inúmeros os ganhos em termos de tempo de deslocação e, em consequência, de diminuição de prejuízos ambientais e económicos.
tada, por implicar gastos numa construção que não garantiria a segurança desejada. Veio então a possibilidade de transformar o atual Campo de Tiro de Alcochete. Uma solução que seria tecnicamente muito viável, mas que iria obrigar a grandes compensações a atribuir ao Ministério da Defesa. As Oficinas Gerais de Material Aeronáutico, em Alverca, garantiam alguma proximidade, mas, também, compensações dispendiosas, uma vez
que é naquele local que a Força Aérea tem instalados os meios de manutenção da sua frota. O Montijo, com uma pista de grandes dimensões e Lisboa à distância da travessia do Tejo, foi a possibilidade que mais adeptos terá colhido. Isto apesar das contrariedades ambientais que, desde então, foram sendo salientadas e cuja discussão poderá vir a arrastar-se pela Comissão Europeia ou até mesmo pelas salas dos tribunais.
Autarca do Montijo não desiste da ligação rodoferroviária
Ota, Rio Frio, Alcochete, Alverca… A construção do futuro aeroporto internacional de Lisboa já conheceu, nas últimas cinco décadas, diversas sugestões de localização. Ao que parece, agora vai assentar base no Montijo. Tudo começa há mais de 50 anos. Com os aviões a voarem a baixa altitude sobre Lisboa e sempre com o espetro de um eventual acidente, aliado ao facto de o aeroporto da Portela já não possuir muitas mais condições para suportar o crescente fluxo de tráfego aéreo,
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procurou-se uma solução que não distasse muito da capital e, em simultâneo, pudesse ser convenientemente servida por uma rede de transportes rodoviários e ferroviários. Primeiro aventou-se a possibilidade de ser escolhido Rio Frio, entre o Tejo e o Sado, e apenas a 20 quilómetros de Lisboa, uma hipótese que havia de se gorar porque implicava, sobretudo, a construção imediata da terceira travessia sobre o Tejo, entre o
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Barreiro e Chelas. A Base Aérea nº2, na Ota (Vila Franca de Xira), acabou ser mais uma possibilidade descartada depois de se terem pesado os inconvenientes da distância até à capital (mais de 50 quilómetros) e dos custos inerentes à construção de novos acessos. Mais recentemente as atenções dos diversos governos viraram-se sempre para estruturas da Força Aérea. A Base Aérea nº 1, em Sintra, foi aventada mas quase de imediato descar-
SOCIEDADE
Escolas do Barreiro com Selo Protetor 2019
Palmela organiza concurso de Doçaria
A cerimónia de entrega do Selo Protetor 2019 da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens distinguiu 27 entidades, de norte a sul de Portugal, no auditório Au-
Estão abertas inscrições para o Concurso Doçaria de Palmela que vai decorrer a 9 de novembro, às 11h00, na Casa Mãe da Rota de Vinhos da Península de Setúbal. Doces de colher, de fatia, doce seco
gusto Cabrita no dia 29 de outubro. Os Agrupamento de Escolas de St.º António e de Escolas do Barreiro viram o seu trabalho reconhecido, enquanto entidades protetoras.
ou biscoito são as categorias a concurso e que vão evidenciar os sabores ímpares da Doçaria de Palmela. É promovido pela CMP e visa a valorização da doçaria local.
GOVERNO ASSUME INÍCIO DO FECHO DA CENTRAL DE SÃO TORPES EM 2023
Movimentação de carga nos portos cai para os 58,7 milhões de toneladas
Autarquia de Sines aguarda reunião com tutela para tomar posição A Câmara de Sines só tomará uma posição sobre a data do encerramento da central de carvão após encontro com o secretário de Estado da Energia. É o equipamento que mais eletricidade produz e também o mais poluidor do país. Salvaguarda dos postos de trabalho é fundamental para o autarca socialista. TEXTO JOSÉ BENTO AMARO IMAGENS DR Polui muito, mas rende igualmente muito dinheiro. Trata-se da Central Termoelétrica de São Torpes, Sines que, obrigatoriamente de acordo com o compromisso assumido por Portugal na União Europeia (UE), terá de encerrar até 2030, mas que as organizações ambientalistas querem ver fechada até 2023. Em causa, para além de cerca de 350 postos de trabalho diretos e indiretos, parecem também estar muitos milhões de euros. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos realizou, há dois anos, um estudo em que afiançava ganhos de 950 milhões de euros até 2025 caso as instalações se mantivessem abertas. Este montante, deduzidos impostos, poderá dar um rendimento total líquido de 669 milhões. A central de carvão de São Torpes, assim como a congénere do Pego (Abrantes) já viu a sua “extinção” confirmada pelo primeiro-ministro, António Costa. Os dois equipamentos deverão ser substituídos por outros menos poluentes, com origem no gás natural. Já depois da tomada de posse do novo Governo, mais concretamente a 21 de outubro, Costa fez declarações públicas acerca das duas centrais e garantiu que o estado está disponível para encerrar o Pego em 2021 e São Torpes num período que irá decorrer por fases, entre 2023 e 2025. A central de Sines, que continua a ser responsável por cerca de 20 por cento de toda a energia elétrica produzida em Portugal, é considerada, entre as mais de 300 centrais a carvão que ainda laboram no espaço da UE, como a 22ª mais poluente, tendo sido responsável em 2018 pela emissão de 7,4 milhões de toneladas de CO2. O Pego libertou para a atmosfera, no mesmo período, 2,8 milhões de toneladas de gases com efeito de estufa. Autarca de Sines pretende salvaguardar postos de trabalho O Semmais contactou o presidente da Câmara Municipal de Sines (concelho que alberga dois
Segundo dados da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), a carga movimentada nos portos nacionais caiu 6,8 por cento até agosto. Uma quebra associada à diminuição da importação de petróleo bruto em Sines e Leixões. A redução do movimento da carga contentorizada em Sines, “que acumula uma quebra de 2,9 milhões de toneladas, devido à greve dos trabalhadores portuários do Terminal XXI”, é outro dos fatores apontados pela AMT para os resultados globais que constam no relatório de acompanhamento do mercado portuário, dos primeiros oito meses do ano. “No período de janeiro a agosto de 2019 o sistema portuário do Continente movimentou um volume global de 58,7 milhões de toneladas, valor inferior em 6,8% ao verificado no período homólogo de 2018”, pode ler-se no documento. ES
Crédito Agrícola apoia Luta Contra o Cancro da Mama
Autarca socialista de Sines, Nuno Mascarenhas, já pediu uma reunião ao Secretário de Estado da Energia, João Galamba
Sindicalistas vão pedir explicações ao Governo O Sindicato das Indústrias, Energias e Águas de Portugal (SIEAP) fez um alerta para os “problemas sociais graves” que a cessação da produção da Central de Sines em 2023 poderá causar na região e vai pedir esclarecimentos ao Governo. Em comunicado difundido pela Lusa, o SIEAP diz que concorda com a descarbonização da economia, mas opõe-se a “que sejam criados outros problemas sociais graves so-
bre os trabalhadores e suas famílias”. “Causa-nos muita estranheza o anúncio do primeiro-ministro sem que anteriormente tenham sido contactados os trabalhadores e sem terem atenção ao impacto social que vai causar nesta área geográfica do país”, afirmou o sindicalista Cláudio Santiago. Defendendo que “a melhoria do ambiente é compatível com a melhoria da vida das pessoas”, o sindicato, que está preocupado com os “direitos dos trabalha-
dores da EDP e das empresas subcontratadas”, diz que vai trabalhar para “tentar mitigar os impactos que vão resultar desta intenção”. Segundo o dirigente do SIEAP, que estranha o silêncio da EDP Produção, a decisão vai afetar sobretudo os trabalhadores das empresas subcontratadas, uma vez que, no caso dos trabalhadores da EDP, não se está “a falar do desemprego, mas sim de uma recolocação”.
dos principais polos poluidores do país – Termoelétrica de Sines, em primeiro lugar, e o porto, em terceiro, sendo que o segundo foco é a Termoelétrica do Pego), Nuno Mascarenhas, que para já, não pretende tomar qualquer posição definitiva em relação aos projetos da EDP, do Governo ou das associações ambientalistas. “Esta semana (na passada segunda-feira) foi pedida uma reunião com o secretário de Estado da Energia, João Galamba. Só depois da mesma se ter realizado é que a Câmara de Sines
poderá adiantar algo mais acerca do processo”, disse. Nuno Mascarenhas salientou, no entanto, que o município pretende sempre tomar em consideração a salvaguarda “dos trabalhadores e das empresas que labutam em redor” da termoelétrica. A central de São Torpes emprega atualmente cerca de 250 pessoas, existindo também mais 100 que laboram diretamente no porto onde é descarregado o carvão que ali é queimado. Os empregos de alguns destes trabalhadores podem, even-
tualmente, ser extintos. É certo, no entanto, que quando fechar este equipamento, concebido e construído na década de 1980, outro deverá nascer no concelho sineense, sendo expectável que venha a empregar uma parte significativa dos atuais operários ou de outros residentes na região. O desmantelado da central de São Torpes, ainda de acordo com os estudos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos custava, há dois anos, cerca de 73 milhões de euros.
O Grupo Crédito Agrícola voltou a associar-se à Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) com uma campanha nacional no dia 30 de Outubro, data que assinala o Dia Nacional da Luta Contra o Cancro da Mama. Entre as 0h00 e as 24h00, do dia 30 de Outubro, aqueles que visitaram o site do Crédito Agrícola e clicaram no banner da campanha, automaticamente promoveram o donativo de 1€ do Grupo CA para esta causa, até um limite de 10.000€. Foi ainda oferecido aos colaboradores CA um lenço cor-de-rosa, com o objectivo de sensibilizar o público interno para esta causa, e criar uma mancha gráfica solidária em todas as Agências CA em particular da Caixa de Crédito Agricola de Entre Tejo e Sado com Agências em Alcochete, Vendas Novas, Seixal, Palmela, Quinta do Anjo, Pinhal Novo, Aguas de Moura, Moita, Baixa da Banheira, Montijo, Pegões, Charneca de Caparica e Barreiro, onde nesse dia foram distribuídas flores cor-de-rosa, a todas as clientes, com o apoio das empresas Florineve e Flores do seu Desejo, sediadas na nossa região.
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SOCIEDADE
BASTONÁRIO PRESENTE NA INAUGURAÇÃO DO NOVO ESCRITÓRIO DO SEIXAL
Advogado Paulo Edson Cunha inaugura espaço moderno e funcional Com mais de mil clientes, e uma história de mais de 25 anos, Paulo Edson Cunha inaugurou um novo escritório de advocacia no Seixal. A inauguração contou com a presença de Guilherme Figueiredo, Bastonário e recandidato ao mesmo cargo, e centenas de clientes e amigos. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR “Era agora que se impunha. Tenho a maturidade certa e os meus clientes mereciam-no”. É desta forma que o advogado Paulo Edson Cunha (PEC) justifica o investimento “de largos milhares de euros” num novo escritório de advocacia no Seixal. “É um espaço mais moderno, funcional, próximo do tribunal, da câmara e das finanças”, constata. Apesar da abertura ao público deste novo escritório, na Rua de Santa Teresinha, o, também, colaborador do Semmais, garante que não vai deixar o “espaço onde tudo começou”, mantendo os dois escritórios em funcionamento simultâneo. “O outro é um marco e eu sou sentimentalista. Foi ali que cresci muito. Os mais de mil clientes que temos
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Paulo Edson Cunha com Guilherme Figueiredo, Gonçalo Gama Lobo e Jorge Pote candidatos à OA
conheceram-nos ali”. Paulo Edson terá ao seu lado aquela a que apelida de “Dream Team”, que se complementa com a solicitadora Vera Azevedo e a advogada Ana Santos, “excelentes profissionais, que muito me orgulham”. Com o novo escritório Paulo Edson pretende “Dignificar a advocacia, dignificar-me a mim e servir, ainda, melhor os meus clientes” com quem se orgulha de manter “uma cumplicidade e proximidade únicas”. “Acho que é isso, também, que me distingue”, conclui. Bastonário fez as honras da casa Guilherme de Figueiredo, atual Bastonário da Ordem dos Advogados, e um
dos seis candidatos ao próximo ato eleitoral, fez questão de marcar presença na inauguração do escritório do advogado por “valorizar tudo o que é feito em prol da dignificação da profissão”. De passagem pelo Seixal em mais uma ação de campanha, Guilherme de Figueiredo reforçou algumas das conquistas do conselho geral a que preside, como “a implementação de uma medida estruturante e de futuro como é o voto eletrónico”, ou a proposta de alteração à tabela de honorários dos advogados que estão o apoio judiciário. “Essa tabela não é aumentada desde 2004. Nos últimos 15 anos ninguém conseguiu isso e nós apresentámos uma proposta de alteração e conseguimos a
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aprovação de uma lei que prevê a atualização anual da tabela”, relembrou ao Semmais. Por concretizar, entre centenas de outras medidas, Guilherme Figueiredo destaca a redução das custas judiciais como a mais relevante. “É preciso continuar a trabalhar para adequar as custas aos rendimentos das pessoas. Os valores são altos e afastam as pessoas dos tribunais”. Tema que mereceu a atenção de “quase todos os candidatos às últimas legislativas” que, nos seus programas eleitorais “disseram que é preciso baixar as custas judiciais”. “Vamos insistir junto da Assembleia da República para que se tome atenção à realidade do país”.
SOCIEDADE
CASO DO OBSTETRA QUE NÃO DETETOU MALFORMAÇÕES DO BEBÉ NASCIDO EM SETÚBAL
A clínica onde foram feitas as ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações, não tinha convenção com o SNS, mas recebia dinheiro do mesmo. A Ordem do Médicos já pediu a investigação do Ministério Público para que seja deduzida queixacrime. TEXTO JOSÉ BENTO AMARO Cerca de metade dos 1100 inquéritos disciplinares a médicos e enfermeiros por negligência ou erro médico, levantados pela Ordem dos Médicos (OM) nos primeiros cinco meses deste ano, foram instaurados contra clínicos da
zona sul do Tejo. Não tendo sido possível apurar quantos dizem diretamente respeito a pessoal a exercer nos hospitais e clínicas do distrito, embora seja crível que a maioria destes casos tenha ocorrido em estabelecimentos da região. Para já, sabe-se que dos mais de mil inquéritos instaurados, 45 resultaram em condenações e que as especialidades que mais contribuíram para este tipo de averiguações foram a cirurgia geral, a ortopedia, a obstetrícia e a ginecologia. Apesar de estar longe de conclusão, acredita-se que o mais recente e mediático caso do obstetra que não detetou malformações físicas numa criança que nasceu no São Bernardo, ao contrário do que aconteceu em quatro anteriores averiguações imputadas ao médico, possa resultar em condenação. Fonte do setor, que pediu o anonimato, admite que o médico Artur Carvalho “pode ter incorrido num crime de negligência ou, numa versão mais suave, de erro médico”. No primeiro caso, a con-
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Ministério Público ainda não arrancou investigação ao médico e à Ecosado
A clínica gerida pelo obstetra Artur Carvalho não tinha convenção com o SNS
firmar-se a culpa, o responsável pelo acompanhamento clínico da criança e da mãe poderá, mesmo, vir a ser impedido de exercer. Já o bastonário da OM, Miguel Guimarães, pede que o caso passe de imediato para a esfera do Ministério Público para que seja
deduzida queixa-crime. Isto porque parece já estar provado que a clínica onde foram realizadas as ecografias - a Ecosado - não possui qualquer convenção com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), continuando por apurar como é que este organismo acabou por
pagar os respetivos exames. Esta conclusão foi consequência de uma averiguação conduzida por peritos da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo que, contudo, ainda não terão recolhido os depoimentos dos pais da criança, que permanece internada em Lisboa. Artur Carvalho, que depois de ter sido confrontado com as mais recentes acusações, suspendeu os exames que efetuava na clínica, encontra-se suspenso preventivamente por seis meses. Este é, de resto, o prazo máximo para que a Ordem conclua todas as diligências para apurar eventuais responsabilidades. Entre 2016 e 2018 o Ministério Público terá sido chamado a investigar 540 situações que poderiam ser de negligência médica. Para já sabe-se que 330 acabaram por ser arquivados e que apenas em relação a 30 foi deduzida acusação. Sabe-se igualmente que nos últimos cinco anos, por ação dos inquéritos da OM, acabaram por ser suspensos 43 médicos e quatro receberam ordem de expulsão do organismo.
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SOCIEDADE
WINE AND BUSINESS CLUB REUNIU NA CAETANO SPORT PARA PROMOVER POTENCIALIDADES DA REGIÃO
Investidores Franceses criam delegação da Câmara de Comércio em Setúbal O grupo Coaching Business e Bem Estar vai criar uma delegação da Câmara do Comércio Portuguesa-FrancoPortuguesa no distrito. O objetivo, segundo Leonel Guerreiro, líder de um grupo que congrega 2000 franceses, é ligar Setúbal à Diáspora dos empreendedores portugueses do mundo inteiro. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR Na prossecução do seu “trabalho de proximidade com a comunidade”, e por forma a “promover as potencialidades da marca”, a Caetano Sport, Concessionário Oficial Audi em Setúbal, acolheu ontem um evento dirigido à comunidade francófona a residir no distrito. O objetivo, segundo Francisco Duarte, diretor da Caetano Sport, passa por “agilizar o processo de adaptação, dar as boas vindas aos emigrantes que aqui pretendem viver e investir, e estar próximo da comunidade, como temos estado até agora quer seja como parceiros da AISET da câmara municipal ou da Rota dos vinhos”. A iniciativa, promovida pelo Wine and Business Club de Setúbal em parceria com o gabinete Coaching Business e Bem-Estar (CBB) e a imobiliária Spacio Real State, incluiu uma prova de vinhos da península e uma palestra “com interesse para franceses, portugueses e francófonos”, referiu ao Semmais Leonel Guerreiro, mentor do CBB e fundador do site “Français Setúbal”. A viver em Portugal há um ano, o luso-descendente Leonel Guerreiro “apaixonou-se por Setúbal” e, além do grupo Wine and Business Club, da imobiliária Spacio Real State e do gabinete CBB, criou um site onde estão registados, atualmente, cerca de dois mil franceses, ou binacionais, que trocaram, recentemente, França por Portugal. É em prol desta comunidade que o “coach” de Paris tenciona abrir, em Setúbal, uma delegação da Câmara de Comércio Portuguesa-Franco-Portuguesa. “Vamos criar, em 2020, uma delegação da câmara de comércio portuguesa-franco-portuguesa, para facilitar os investimentos de empresas externas aqui na zona e para ligar Setúbal à Diáspora dos empreendedores portugueses do mundo inteiro”. No fundo, acrescenta, trata-se de “facilitar a todas as empresas a conexão mundial para encontrar novos mercados no exterior de Portugal”. Atualmente o site “Français Setúbal” tem “duas mil pessoas registadas e quinhentas empresas associadas”. Um número bastante representativo do aumento exponencial de emigrantes que se fixam em Portugal e no distrito de Setúbal. Só no ano passado foram mais de 16.500 os franceses e binacionais que se registaram no consulado. Mais de 50 mil franceses já se renderam aos encantos do nosso
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Wine and Business Club de Setúbal juntou na Audi (Caetano Sport) quase setenta investidores franceses que estão a descobrir a região e aqui querem viver
1300 franceses registados no distrito de Setúbal A comunidade francesa continua a chegar e a instalar-se na região, apesar dos números da Embaixada não o refletirem com exatidão. Segundo dados da Secção Consular de França em Lisboa, “1300 pessoas estão inscritas no registo consular, no distrito de Setúbal, dos quais cerca de mil só têm nacionalidade francesa (franco-franceses)”. Só em Sesimbra, na associação Los Sesimbrotes, estão inscritos cerca de 150 reformados franceses ou francófonos. Em Setúbal, segundo Leonel Guerreiro, estarão “outros tantos, mas ativos”. O site Français Setúbal reúne dois mil membros, ainda que “alguns estejam registados no site, mas residam Georges Stoleru pretende integrar-se completamente na comunidade local
país e, registados ou não, trocaram o “Oui” pelo “Sim”. Quer seja “pela amabilidade das pessoas, pelo clima, pela qualidade de vida e poder de compra ou pela descoberta de um mercado imobiliário em ebulição”. O mais difícil, admite Georges Stoleru, é “a complexidade da língua”. Em Portugal sê Português A viver em Sesimbra desde junho, o ex presidente e CEO do Ortho Diagnostic France, presidente do conselho de adminis-
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tração dos Laboratórios Milles e diretor executivo do Hospital Americano de Paris decidiu trocar Lille, no norte de França, por este “país lindo, em que as pessoas são muito gentis e onde não há grandes conflitos políticos. Já a língua, tem-se revelado mais difícil do que pensava, mas estou a progredir muito”, vinca. Ainda assim, “e da convivência que tem” com outros emigrantes, Georges faz parte de uma “pequena minoria” de franceses que “quer viver mediante as regras sociais e a cultura do
país”. “Para mim é estranho que existam tantos franceses que não falam nem percebam muito bem português. E já estão cá há mais tempo que eu”. Em apenas quatro meses, Georges aprendeu a pronunciar português de forma “exemplar”, assim diz quem o ouve. “As pessoas valorizam muito o meu esforço”, ressalva. “Quando vou às compras, ou tratar de algum assunto, falo sempre português e quem me recebe fica agradado pelo esforço e elogia a minha evolução”. George optou por aulas particulares, em detrimento
na área da grande Lisboa”, admite Leonel Guerreiro. Até dezembro de 2018 estavam inscritas no registo consular junto da Embaixada de França em Portugal, 16.611 pessoas. Segundo o jornal Le Monde “cinco a sete mil cidadãos franceses mudam-se para Portugal todos os anos” enquanto que a Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa (CCIFP) admite que “existem cerca de 50 mil expatriados franceses a residir em solo português”. Os Franceses estão no topo da lista de compradores de bens imobiliários (à frente dos Ingleses, Brasileiros, Suíços e Chineses). de aulas de grupo em escolas e associações, porque, acredita, “o acompanhamento é completamente diferente e a evolução é muito mais rápida”. A intenção, admite, é “integrar-me na sociedade, contribuir para a economia, desfrutar das maravilhas de um país tão acolhedor e bonito como o vosso. No fundo ser o mais português possível”. Depois do registo na junta de freguesia e da legalização nacional da viatura, o próximo passo, revela, é “adquirir o terreno onde vou mandar construir a minha futura casa”.
SOCIEDADE
O DOCUMENTO FOI VIABILIZADO COM A ABSTENÇÃO DE TODA A OPOSIÇÃO
Seixal aprova orçamento de 105 milhões As Grandes Opções do Plano (GOP) e o orçamento para 2020, num valor total de 105 055 000€, foram aprovados. A oposição absteve-se, perante aquele que o edil Joaquim Santos considera ser “o maior investimento da última década”. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR Foi aprovado ontem, quinta feira, aquele que Joaquim Santos, presidente da câmara do Seixal, considera ser o “orçamento
Projeto do futuro lar para a terceira idade que a autarquia pretende construir em Corroios. O projeto consta do Orçamento agora aprovado
municipal com maior investimento da última década e que permitirá concretizar um conjunto vasto de obras”. O orçamento para 2020, no valor de 105 055 000€, foi aprovado com a abstenção de toda a oposição. Com a aprovação dos documentos Joaquim Santos admite ser possível “voltar a baixar a taxa de IMI, pelo 5.º ano consecutivo”, e continuar, por exemplo, “a garantir a fatura da água mais baixa de todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”. Já no que concerne às medidas da responsabilidade direta do governo, Joaquim Santos garante que vai “ser persistente” na exigência do
Socialistas abstém-se mas prometem estar atentos Apesar do documento aprovado conter duas propostas que eram intenção dos socialistas, os vereadores da oposição lamentam estar perante um orçamento “que se apresenta como réplica da réplica de anos anteriores, cenário idêntico no que concerne à incapacidade de aumentar o investimento, seguem as mesmas apostas políticas locais erradas, dinheiros públicos mal aplicados, as mesmas promessas, na sua maioria com dezenas de anos, a mesma ladainha eleitoralista, acusando os governos da república numa tentativa de justificar a má gestão autárquica protagonizada pelos sucessivos executivos comunistas”. “Pior mesmo”, dizem para justificar a sua abstenção, “é insistir na narrativa que apresentar resultados líquidos positivos dos exercícios é sinónimo de boa gestão. Os sucessivos excedentes
orçamentais da Câmara Municipal são reflexo da sua ineficácia, nomeadamente no que respeita ao investimento”. Quando comparado com o orçamento proposto para 2019, (137M€), o orçamento apresentado pela câmara para 2020 totaliza 105M€, e representa um decréscimo de 10%. Para os socialistas trata-se de uma “retração no desenvolvimento do município e constata-se que há menos 12M€ que no ano anterior para investir no território”. Os vereadores garantem que irão estar atentos às prioridades de investimento do executivo, particularmente no que à rede de água e saneamento diz respeito. “É injustificável que, no século XXI, às portas da grande capital, ainda existam habitações no concelho do Seixal sem acesso à rede pública de abastecimento de água e de saneamento básico”.
“Doenças, Doentes, Sociedade e Estigmatização” em debate do Centro Hospitalar de Setúbal A Liga dos Amigos do Hospital de São Bernardo promoveu, com o apoio do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), uma conferência sobre “Doenças, Doentes, Sociedade e Estigmatização”. A iniciativa juntou, na sala de sessões do CHS, vários especialistas focados em “encontrar novos caminhos e novas respostas aos constantes desafios que a saúde dos utentes nos coloca no dia-a-dia”, disse Manuel Roque, presidente do Conselho
de Administração do Centro Hospitalar. A sessão permitiu abordar dois exemplos de Estigmatização: a Doença Infeciosa e a Contagiosa, a Estigmatização da Saúde, numa perspetiva Sociológica, e a ética do relacionamento humano na doença. O encerramento dos trabalhos coube ao Diretor Clínico do Conselho de Administração do CHS, Nuno Fachada, e ao Diretor do Serviço de Infeciologia do Centro Hospitalar de Setúbal, José Poças. ES
que considera serem intervenções prioritárias. “Enquanto a câmara do Seixal prossegue uma política de investimento ao serviço dos cidadãos, o Governo, apesar das muitas promessas, não concretizou, nos quatro anos da sua última legislatura, qualquer intervenção relevante no Município”, salienta o autarca, dando exemplos concretos. “É evidente o estado caótico em que se encontra o Hospital Garcia de Orta em Almada, e os graves prejuízos causados às populações pela não construção do Hospital no Seixal, ou o estado deplorável em que se encontram as escolas sob
responsabilidade do Governo. Exemplo claro desse desinvestimento é a Escola Secundária João de Barros em Corroios, com obras por concluir há cerca de dez anos e milhares de alunos e professores a ter aulas em contentores”. O orçamento agora aprovado permitirá um investimento público superior a 25 milhões de euros que serão injetados na requalificação e ampliação de estabelecimentos de ensino; no reforço do investimento na habitação social e no apoio à terceira idade; na criação de novos espaços verdes e na promoção do meio ambiente e na área da mobilidade e transportes, entre outros.
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CONVOCATÓRIA Associação do Comércio, Indústria, Serviços e Turismo do Distrito de Setúbal Instituição de Utilidade Pública Ao abrigo do disposto no artigo 45.º e seu parágrafo único, bem como no artigo 2.º do Regulamento Eleitoral (R.E.), convoco todos os associados desta Associação a apresentarem listas para os seguintes órgãos da Associação: Assembleia-Geral, Direção e Conselho Fiscal, para o triénio 2019 a 2021. As eleições realizar-se-ão no dia 05 de Dezembro de 2019, entre as 15 e as 18 horas. As mesas de voto serão nas Delegações da Associação em Alcácer do Sal/Grândola (Rua Manuel Augusto de Matos, 3 – 1.º, em Alcácer do Sal), Almada (Avenida 25 de Abril, 65 – 1.º Esquerdo, Cacilhas, em Almada), Montijo/ Alcochete (Praça da República, n.º 27, no Montijo), Santiago do Cacém/Sines (Avenida D. Nuno Álvares Pereira, n.º 45 – 1º Esquerdo, em Santiago do Cacém), Seixal (Praça Luís de Camões, n.º 11/13, no Seixal), Sesimbra (Estrada Nacional 378, Edifício Sol Nascente, Loja D, Santana, em Sesimbra) e Setúbal/Palmela (Rua Manuel Livério, n.º 20, em Setúbal). Os órgãos a eleger são: Assembleia-Geral – um Presidente, um Vice-Presidente, dois Secretários; Direção – um Presidente, dois Vice-Presidentes (representantes das áreas do comércio, indústria, serviços e turismo), um Secretário e um Tesoureiro, quatro Vogais (entre os já eleitos localmente, alínea b) do artigo 18.º dos Estatutos, um por cada uma das Delegações com Comissão Diretiva sufragada), Suplentes (no mínimo cinco a dez suplentes); Conselho Fiscal – um Presidente, um Vice-Presidente, um Relator, dois Vogais. As listas de candidatura para os órgãos sociais deverão ser assinadas pelos candidatos e mais trinta apoiantes, devendo conter a identificação dos cargos a que são propostos e dos respetivos números de associado. As listas concorrentes serão entregues na Sede da Associação, sita na Rua Manuel Livério, n.º 20, em Setúbal, até às 18 horas do dia 15 de Novembro de 2019. Todas as entidades concorrentes têm de ter mais de um ano de associado e as quotas em dia (n.º 5 do artigo 5.º do R.E.). Conhecimento e consulta de listas: A lista ou listas apresentadas a sufrágio serão designadas por letras e por ordem alfabética, conforme ordem de chegada sendo apresentadas ao Presidente da Mesa de Assembleia-Geral até vinte dias antes da data marcada para a Assembleia-Geral e afixadas na Sede da Associação e Delegações para consulta dos associados, a partir do dia 25 de Novembro de 2019. Em conformidade com o disposto no n.º 2 do artigo 6.º do R.E., as listas admitidas a sufrágio serão remetidas a todos os associados com direito a voto. Setúbal, aos 02 de Novembro de 2019 O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral (Albertino José da Rocha Vieira Figueira)
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LOCAL
Turismo cresce em 2018 em Alcochete
Cais de embarque de Sesimbra em obras
O INE diz que o município registou crescimento de 20% nas dormidas, com um total de 25.395 dormidas, bem como crescimento de 12% nos hóspedes, num total de 12.087 hóspedes registados. A es-
A manutenção do cais de embarque da Praia do Ouro está em marcha pelo município, com visa a mante-lo em boas condições e salvaguardar a segurança dos utilizadores. A obra engloba a ins-
tadia média foi de 2,1 dias em comparação com anos anteriores. Nos proveitos totais com alojamento houve crescimento de 36% das receitas totais, num total de 979 mil euros.
peção técnica para verificação do estado de conservação de toda a estrutura, análise da estabilidade e tratamento anticorrosivo. O cais possui estrutura flutuante de acostagem.
PSD CONCORDA COM A IMPLEMENTAÇÃO DA MEDIDA PELA QUAL VALEU A PENA ESPERAR
Barreiro reduz IMI para famílias com filhos TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR O município aprovou, em reunião pública, a taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a aplicar em 2019 e a cobrar em 2020, que introduz pela primeira vez a redução da taxa do imposto para famílias com filhos e/ou com dependentes a seu cargo. “Um benefício que vai ao encontro das famílias”, segundo elogiou o vereador Rui Braga, e que na prática corresponde a uma redução de 20 euros, para famílias com um dependente, 40 euros para famílias com dois elementos a cargo e 70 euros para famílias com 3 ou mais pessoas. A proposta, que segundo explicou o vereador, “tem sido debatida ao longo do tempo com
Seixal dá contentores para resíduos biodegradáveis A autarquia está a entregar contentores para recolha seletiva de resíduos urbanos biodegradáveis em Marisol, Vale de Carros e Belverde. A iniciativa insere-se no “Recolher Porta a Porta para Valorizar” e destina-se às famílias das moradias, que não façam compostagem e que pretendam aderir ao sistema de recolha seletiva. Nas zonas de Marisol e Vale de Carros, a entrega já se encontra a decorrer, estando o início da recolha prevista para 9 de novembro. Em Belverde, a entrega começa este mês e a recolha arranca em dezembro. As famílias recebem contentor de 120 litros para depositar os resíduos urbanos biodegradáveis que serão depois recolhidos. Após a sua decomposição, os resíduos transformam-se em composto para usar nas hortas.
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o PSD, e que neste momento foi possível concretizar face às condições financeiras atuais do município, permitem avançar com a medida, que trará um impacto de 190 mil euros de redução nas receitas da autarquia, nesta matéria”. O edil Frederico Rosa reforçou que sempre defendeu “a baixa de impostos no concelho até ao limite que venha a pôr em causa a sustentabilidade e as boas finanças do Barreiro”. Ou seja, foi por isso que “o ano passado diminuímos o IMI e a derrama porque houve condições financeiras para tal”, lembrou. Para o vereador do PSD, Bruno Vitorino, a aplicação do IMI
Redução do IMI vai ao encontro das necessidades dos barreirenses. São menos 190 mil euros de receita municipal
familiar é “uma medida certa, pela qual valeu a pena esperar, por ser de elementar justiça sobretudo para as famílias numerosas”. Embora o autarca defenda “uma maior redução do imposto para quem já é proprie-
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contribuintes barreirenses”, ao mesmo tempo que compreende que “não possa haver uma redução abrupta do IMI, dado tratar-se de imposto que possui expressão significativa nas receitas do município”.
Palmela tem Nova museu de interesse requalificação municipal na Moita
Semanas gastronómicas em Grândola De 2 a 10 deste mês, o chocolate e os sabores de S. Martinho estão à mesa de 12 restaurantes do concelho de Grândola. Inseridas na programação da Feira de Chocolate, que decorre de 8 a 10 deste mês, as Semanas Gastronómicas apresentam tentadoras sugestões. Nos cardápios dos restaurantes pode encontrar desde as receitas tradicionais reinventadas com um toque de chocolate como o bitoque com delicioso molho de chocolate ou um lombo fresco de bacalhau com crosta de castanha e coentros acompanhado com migas de chocolate a propostas mais convencionais como o javali assado, lombo ou entrecosto de porco assado com castanhas. As sobremesas onde o chocolate é o ingrediente principal são autênticas tentações. Nas ementas apresentadas há várias sugestões de mousse de chocolate: simples, com castanhas, com gelado de caramelo e amêndoas caramelizadas ou com compota de ananás, a que juntam a encharcada de chocolate ou o arroz doce com chocolate branco, entre outros doces apetecíveis.
tário do seu imóvel, por não considerar ser justo que tenha que pagar para usufruir de uma coisa que já é sua”, Bruno Vitorino sublinha que a medida “já é um ganho do ponto de vista de proveitos daquilo que é o bolso dos
Montijo aprova orçamento dos SMAS Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento do Montijo vão contar com um orçamento de 6 206 480,00 euros para o ano de 2020. Os documentos previsionais foram aprovados na reunião pública de câmara do passado dia 30 de outubro, com os votos a favor do PS, a abstenção do PSD e o voto contra da CDU. Os documentos revelam um aumento de 164 345 mil euros face ao orçamento inicial de 2019, procurando garantir a continuidade da qualidade nos serviços públicos de abastecimento de água e de saneamento.
O Museu da Música Mecânica vai ser classificado como Imóvel de Interesse Municipal. A abertura do procedimento de classificação foi aprovada na reunião pública de 16 de outubro. Propriedade de Luís Cangueiro, o museu, situado em Arraiados, foi inaugurado em 2016 e integra coleção ímpar, de nível internacional, de instrumentos musicais desta tipologia. Tem desenvolvido um trabalho contínuo, com uma agenda marcada por iniciativas musicais e expositivas de qualidade. Enquanto elemento arquitetónico e como estrutura museológica, já recebeu várias distinções nacionais e internacionais. O município celebrou acordo com o museu, tornando-o uma extensão museológica e possibilitando aos munícipes a isenção de pagamento de um número fixo de entradas por ano letivo.
O município aprovou, por unanimidade, na reunião de 23 de outubro, o projeto de “Requalificação da Frente Ribeirinha da Moita”. Considerando que a frente ribeirinha constitui um elemento fundamental na origem e desenvolvimento urbano da vila e tendo em vista a sua valorização ambiental, a autarquia prevê uma nova intervenção no trecho final do rio da Moita e nas margens da caldeira da Moita. Neste sentido, o projeto visa garantir a estabilidade das margens do trecho final do Rio da Moita, regularizar e reperfilar a margem esquerda da caldeira, a proteção e reforço da fundação do cais da Moita e a criação de uma plataforma para apoio às atividades de modelismo náutico no interior da caldeira e para atracagem de embarcações de recreio.
LOCAL
Almada com Observatório para avaliar Risco Costeiro TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR Já foi assinado, no dia 30 de outubro, o protocolo entre o município, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e o Laboratório de Engenharia Civil para a criação de um Observatório de Avaliação de Riscos, muito específico para toda a zona costeira do concelho. José Carlos Ferreira, investigador da FCT Nova e coordenador do projeto, explicou que vai ser “criado um grupo de trabalho que, através dos inúmeros estudos que já existem, ajudará a implementar as medidas necessárias para que a população residente em todo o litoral do concelho, seja ribeirinho ou costeiro, reduza o risco e seja mais resiliente”. O investigador da FCT NOVA elogiou ainda o papel da CMA perante este desafio porque os autarcas perceberam “a necessidade que há de começar já a atuar” porque este é um território sinalizado, tendo em conta as alterações climáticas, “como o mais vulnerável, quando se fala em zonas costeiras”. Na cobertura do Tryp Lisboa Caparica Mar Hotel, na Costa da Caparica, está já a funcionar uma
Protocolo foi assinado na última quarta-feira entre Câmara, FCT NOVA e LNEC
câmara, no âmbito de um outro projeto que envolve a FCT NOVA, o LNEC e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que observa as ondas, permitindo obter informação, em tempo real, para que, num episódio de tempestade, prever até onde será o galgamento e a sua capacidade de destruição. Na mesma ocasião, a vereadora Francisca Parreira afirmou que o município está “a trabalhar
mais na área do planeamento e da prevenção”, face aos riscos existentes, acreditando que, “se nos prepararmos, teremos outra capacidade de reação de forma a salvaguardar as populações”. A autarca lembrou ainda “que é importante que todos participem e contribuam para sermos uma comunidade mais resiliente, mais protegida e que se prepare para o futuro porque os riscos no concelho estão identificados”.
Sines celebra Dia do Concelho
Setúbal observa a natureza
O concerto comemorativo do Dia do Município, dia 24 de novembro, às 21h30, traz ao pavilhão multiusos de Sines o novo projeto de colaboração entre Camané e Mário Laginha. A entrada far-se-á mediante levantamento de bilhete gratuito (2 bilhetes por pessoa), disponível na receção do Centro de Artes de Sines, a partir do dia 8 de novembro.
De passeios de barco a visitas guiadas, caminhadas, concursos, música e debates, a 11.ª ObservaNatura garante dezenas de atividades para todos nos dias 9 e 10 de novembro. As iniciativas decorrem no cais 3 do porto, na Herdade da Mourisca, na Casa da Baía, no Sado, no PUA e em Troia. São mais de 30 atividades dedicadas ao turismo de natureza.
Santiago mantém história de Alvalade
GNR de Alcácer com nova Comandante
Foi adjudicada à Vibeiras, por 793.387,51 euros, a requalificação do centro histórico, a qual contempla várias praças e ruas. O edil Álvaro Beijinha diz que visa “requalificar toda a zona mais antiga da vila, com uma história e património muito relevantes. Além das questões estéticas e de mobilidade, vamos remodelar a rede de águas, porque algumas daquelas ruas não têm pluviais”.
A nova comandante do destacamento da Guarda Nacional Republicana de Alcácer e Grândola, Capitão Ana Afonso, apresentou cumprimentos à Câmara de Alcácer do Sal. A comandante foi alertada, pelo edil Vítor Proença, para um conjunto de situações que implicam um reforço do policiamento de proximidade, como o perigo de tráfico de seres humanos e criminalidade vária.
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DESPORTO
Memórias do Torino no Museu do Torrão
48 Horas Alentejo chega a Grândola dia 3
É inaugurada amanhã, dia dois, no Museu Etnográfico do Torrão, a exposição “Memórias de um Clube – O Torino Torranense”. Promovida pela autarquia de Alcácer do Sal e pela Junta de Freguesia
Começa hoje, dia um, a 24.ª edição do 48 Horas Alentejo, o evento de automóveis clássicos que, este ano, passa por Grândola e termina em Troia. O rali histórico organizado pelo Portugal Classic e o Clu-
de Torrão, a mostra integra fotografias e materiais relacionados com o clube. A inauguração, marcada para as 21h, contará com a presença de antigos atletas do Torino Torranense.
be Português de Automóveis Antigos, passa pelos concelhos de Beja, Serpa, Moura, Vidigueira, Ferreira do Alentejo e Grândola onde a prova termina dia 3, às 12h.
ATLETAS INICIADOS DO COMÉRCIO INDÚSTRIA PROCURAM APOIOS PARA IR A HELSÍNQUIA
“Este torneio é uma excelente montra de oportunidades para todos”
A comitiva do União Futebol Comércio Indústria é constituída por sessenta elementos entre atletas, técnicos e encarregados de educação
A equipa de Iniciados do União Futebol Comércio Indústria está à procura de parceiros para apoiar a deslocação do grupo ao Helsínquia Cup 2019. Trata-se de um torneio de grande renome internacional que contribui para a evolução humana dos atletas e para a projeção dos patrocinadores. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR Uma comitiva constituída por 60 pessoas, incluindo jogadores, staff e familiares, do União Futebol Comércio Indústria, de Setúbal, irá deslocar-se a Helsínquia, na Finlândia, de 6 e 11 de julho de 2020, para participar no torneio Helsínquia Cup 2019. O popular clube da cidade do Sado irá marcar presença com duas equipas de atletas nascidos em 2005, ou seja, atletas de 14 anos, do escalão Iniciados. O evento é organizado pela C More, uma empresa líder na oferta desportiva, principalmente nos países nórdicos, e no passado contou com a presença de cerca de 40 países, 1 700 equipas e 25 mil participantes de diversas idades, em masculinos e femininos. Gonçalo Cruz, o treinador, realça que os patrocinadores que apoiarem esta deslocação só terão vantagens. “Isto é extremamente vantajoso para empresas
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montra de oportunidades para todos”, sublinha. “Estes miúdos merecem”
Gonçalo é treinador dos Iniciados
e empresários que pretendam expandir e ganhar visibilidade além-fronteiras. Este torneio é, a par do Gothia Cup, em Gotemburgo, na Suécia, em que participámos em 2018, um dos maiores e mais importantes torneios de futebol juvenil do mundo e, por esse motivo, é uma excelente
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Em termos de patrocínios, o responsável desportivo revela que “já existem alguns contatos com alguns empresários, no sentido de nos apoiarem novamente, à semelhança da ajuda que nos deram em 2018”. E recorda que, há dois anos atrás, “a comitiva teve a felicidade de uma empresa angolana ter financiado toda a participação no torneio na Suécia e, este ano, esperamos conseguir o mesmo até porque o objetivo desse nosso patrocinador, que foi o de divulgar a marca, foi alcançado. Esperamos conseguir os apoios porque estes miúdos merecem”, regozijando-se, pelo facto de “alguns dos nossos jogos” terem sido transmitidos em direto na televisão e de “jogarmos no estádio princi-
pal do evento, onde milhares de pessoas assistiram aos nossos jogos”. Com tudo incluído, cada atleta terá de despender da sua bolsa cerca de 700 euros. Sobre a participação dos atletas do União Futebol Comércio Indústria no torneio de 2018, Gonçalo Cruz confessa que a experiência foi “extremamente enriquecedora”, sublinhando que “o grupo sentiu um crescimento gigante após aquela semana internacional. A relação com pessoas de outros países e culturas permite aos nossos atletas evoluir imenso a nível humano”. “Desde a partida do aeroporto, à cerimónia de abertura do evento, que teve mais de 65 mil pessoas a assistir, aos jogos que disputámos, aos momentos vividos em equipa e com outros participantes de vários países, tudo foi brutal. Queremos repetir o momento”, vinca Gonçalo Cruz.
Pavilhão de Pinhal Novo acolhe IV Taça Jiu-Jitsu O Pavilhão Desportivo Municipal de Pinhal Novo recebe, a 9 e 10 de novembro, a partir das 9h00, a IV Taça Jiu-Jitsu Pinhal Novo, organizada pela Junta de Freguesia de Pinhal Novo, com o apoio da Câmara Municipal de Palmela. No dia 9, competem as/os atletas das categorias Adulto e Master e o dia 10 é destinado às categorias Kids, Infanto-Juvenil e Juvenil. A competição de absoluto será efetuada com a inscrição das/os atletas que tenham ido ao pódio em Juvenil, Adulto e Master. Serão entregues prémios individuais e por equipa, nas várias categorias. O evento é aberto à participação de atletas de qualquer nacionalidade e as inscrições podem ser efetuadas até ao dia 3 de novembro, através do formulário disponível no site www.juntapinhalnovo.pt, onde também é possível consultar o regulamento da prova.
Jogos do Sado terminam com canoagem e corrida A prova combinada de canoagem e corrida Duatlo Cidade de Setúbal regressa no dia 17 ao Parque Urbano de Albarquel, este ano, com uma competição aberta a atletas não federados. A competição é iniciada com 2000 metros em canoagem, seguindo-se uma etapa com 1000 metros de corrida, que se prolonga por um percurso até à Praia da Saúde. De volta ao Sado, a prova termina com 2000 metros de canoagem. A organização, uma parceria do Clube de Canoagem e a câmara de Setúbal, decidiu criar nessa edição o 1.º Open de Canoagem e Corrida, uma iniciativa aberta às famílias e adeptos da modalidade, com acesso, gratuito, a caiaques de um ou dois lugares, existentes no Centro Náutico Municipal, e a caiaques particulares que cumpram os requisitos constantes do regulamento. As provas, que decorrem entre as 09h00 e as 13h00, partir do Parque Urbano de Albarquel, encerram o calendário desportivo da 16.ª edição dos Jogos do Sado, programa municipal dinamizado em parceria com o movimento associativo e com o patrocínio da empresa Águas do Sado.
NEGÓCIOS
Estivadores ‘fazem frente’ à Sadoport
Lisbon South Bay já captou 267 empresas
Os estivadores do porto de Setúbal, reunidos em plenário, decidiram abrir guerra à Sadoport, do grupo Yilport, e irão parar o serviço no caso de ser notada a presença de algum estivador externo. O
A marca Lisbon South Bay, criada pela Baía do Tejo em 2015, captou 267 empresas para os parques empresariais do Barreiro e Seixal. Nos últimos seis anos, entre as empresas que saíram e as que se
pré-aviso de greve afeta apenas a empresa Sadoport, que o sindicato dos estivadores acusa de violar o contrato coletivo de trabalho assinado pelas associações patronais.
fixaram nos territórios dos municípios parceiros, o saldo é positivo. A marca destina-se a promover os territórios da margem sul onde se inclui, ainda, o concelho de Almada.
PEGÕES COMANDA EM VOLUME COM MAIS DE CINCO MILHÕES DE GARRAFAS VENDIDAS
Adega de Pegões faturou 13,6 milhões entre julho de 2018 e junho de 2019 Jaime Quendera é enólogo, produtor e o melhor comercial que a Adega de Pegões poderia ter. O diretor da cooperativa agrícola que mais garrafas de vinho vendeu no último ano em Portugal, estima atingir, em 2020, uma faturação de 22 milhões de euros. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGENS DR Os dados são da consultora Nielsen e mostram que a Sogrape e a Adega de Pegões “são quem mais vende garrafas nos supermercados em Portugal”. “Somos a empresa da Península que vende mais em Portugal e somos a segunda em faturação”, clarifica Jaime Quendera, diretor da Adega Cooperativa de Pegões que soma, já, mais de mil prémios conquistados. Os dados da consultora, que se reportam ao período entre
julho de 2018 e junho de 2019, apontam para um valor de vendas superior a 13,6 milhões de euros. Valor que o enólogo e produtor quer ver subir para os 22 milhões. “Continuamos a traçar um caminho fundamentado na nossa política dos três B’s; bom, bonito e barato. E o consumidor percebe isso”, garante Jaime Quendera que lidera a cooperativa que explora “1100 hectares e fatura mais que algumas que tem
Jaime Quendera orgulha-se do percurso traçado até agora pela Adega de Pegões que é das marcas mais procuradas nas lojas
mais de 3000”. “Trabalhamos em função do consumidor e temos o conhecimento para dar ao cliente o que ele pretende”, ressalva. Admitindo que “tal como 2017 e 2018” este está a ser “o melhor ano de sempre”, Jaime Quendera sublinha que não é só o mercado nacional que tem evoluído de forma positiva. A internacionalização da marca de Pegões está “muito bem cotada” com recordes na produção e faturação. Dados demonstrativos da “confiança” que os consumidores têm nos nossos vinhos que
já conquistaram mais de mil prémios internacionais. O prestígio e a visibilidade que os prémios acrescentam ao trabalho da cooperativa, que garante 200 postos de trabalho diretos e indiretos, permitem aos responsáveis “antecipar uma faturação de 22 milhões de euros em 2020, depois de um ano com cinco milhões de garrafas de vinho vendidas. Esse é o nosso desígnio”, antecipa. O diretor geral da cooperativa acredita que são “a seriedade, a inovação, a preocupação com
o consumidor, a qualidade e a imagem dos vinhos, e da própria região, os fatores que mais distinguem a Adega de Pegões num mercado tão tradicionalista, mas que continua a ser, 30 a 40% fiel às suas marcas preferenciais”. Em julho deste ano a Adega de Pegões foi considerada “a Melhor Cooperativa do Concurso Berliner Wein Trophy”. Num evento onde participaram 7.400 vinhos de dezenas de países produtores internacionais, a empresa arrecadou 10 medalhas, sete foram de ouro.
COMPLEXO DESPORTIVO SUPERA SETÚBAL ABRE EM 2020
“É um projeto-âncora que valoriza a cidade” O Complexo Desportivo Municipal Supera Setúbal, que se constitui como um equipamento qualificador e de atração de novos investimentos, em construção na Praça de Portugal, deverá abrir portas no primeiro trimestre de 2020. “Este é um espaço-âncora que valoriza a cidade e que acrescenta qualidade de vida ao município”, destacou a edil Dores Meira, no dia 25, em visita à obra do complexo desportivo, um investimento superior a 9 milhões de euros. No que respeita à valorização, a autarca acrescentou que com a obra “foi possível atrair mais investidores, como o grupo Edge, que vai avançar, em breve, na zona da Praça de Portugal, com a construção de 7 blocos com oito andares para habitação e comércio”.
Relação qualidade-preço é uma das maiores preocupações do Grupo Supera
Dores Meira, ao acrescentar que a obra vai permitir também executar a requalificação da zona envolvente ao complexo, frisou que o equipamento se constitui como “um importante centro
de natação, fitness e recreio”, ao concentrar num único local “um conjunto de valências diferenciadoras” para a população. O equipamento, com mais de 9 mil metros quadrados dedica-
dos ao desporto e ao lazer, inclui 4 zonas de piscinas, duas climatizadas interiores e duas exteriores, uma ludoteca, uma área spa, 4 espaços para aulas de grupo com 600 metros quadrados e uma sala de fitness com mil metros quadrados. O diretor do Grupo Supera, Guillermo Druet, presente na visita à obra, elogiou o apoio da CMS no desenvolvimento do projeto. “Em poucas câmaras de todo o mundo encontrámos tanto apoio para fazer uma obra.” O responsável adiantou que o Supera Setúbal, tal como todos os outros centros do grupo, “é pensado para o cliente comum, o munícipe”, adiantando que “a relação qualidade/preço praticada é acima da média”. E exemplificou: “Em Setúbal, uma família pode usufruir dos nossos serviços por cerca de 60 euros.”
A heterogeneidade de utilização das mais de meia centena de centros Supera foi vincada por Guillermo Druet. “30 a 40 por cento dos nossos clientes são famílias e 30 por cento são seniores”, vincou, para depois reforçar o complexo setubalense vai criar perto de seis dezenas de postos trabalho. Já Dores Meira, sublinhou que no âmbito de um protocolo firmado com o Grupo Supera, “crianças e população sénior vão poder usufruir, gratuitamente e em horários previamente estabelecidos, das várias valências do complexo”. A autarca destacou ainda o apoio do Grupo Supera a várias obras realizadas na cidade, casos das requalificações do Campo da Cova da Canastra e dos campos desportivos de Vanicelos, e da criação do futuro skate park na zona da Algodeia. AL
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CULTURA
Artistas locais expõem na biblioteca de Palmela
Teatro O Bando leva “Purgatório” ao D. Maria II
A biblioteca de Palmela inaugura, esta sexta-feira, às 16 horas, a “Exposição Coletiva de Artistas Locais”, que pode ser vista até 5 de janeiro de 2020. A convite do município, 8 artistas mos-
O “Purgatório – A Divina Comédia”, do Teatro O Bando, vai estar em cena no Teatro Nacional D. Maria II, de 14 a 24 de novembro. Dante viaja ao longo de três manhãs, três
tram o que de melhor fazem nas suas áreas, resultando numa exposição diversificada, onde os visitantes podem apreciar trabalhos de pintura, cerâmica, desenho e instalações.
tardes e três noites, numa espécie de local intermediário. E muitas pessoas caminham, passam como uma multidão de estrelas ou um rebanho assustado que procura alguma divindade para venerar.
TEATRO ENSAIARTE NECESSITA DE UM ESPAÇO PRÓPRIO
Comédia de costumes volta aos palcos A divertida comédia de costumes “Jogo de Enganos”, com diversas figuras caricatas em cena, cumpre uma segunda temporada. EnsaiArte luta por uma sede própria, de preferência no Pinhal Novo, local onde o grupo deu os primeiros passos. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR “Jogo de Enganos” é a mais recente produção do grupo de teatro Pinhal Novo, EnsaiArte, que foi reposta em cena, no dia 19 de outubro, no Centro Cultural do Poceirão. Com direção e encenação de Célia Figueira, a peça regressa para uma segunda temporada. Trata-se de uma comédia, com entradas à base de donativos, que lotou nos quatro primeiros espetáculos consecutivos e que está de volta para mais uma digressão pelo distrito e não só. Divirta-se com as peripécias de um doente que não o é; de uma esposa que procura a chave da fortuna na alcova do marido, quase defunto; de um Notário que tem a pretensão da sabedoria; de dois médicos num só, incultos e soberbos; de dois pretendentes opostos; de duas gémeas de idades diferentes; de um Irmão adotado, parecido com o jovem apaixonado; e de duas criadas.
EnsaiArte tem atividade cansativa mas muito gratificante
Célia Figueira, a encenadora, recorda que “Jogo de Enganos”, pela EnsaiArte, quebrou o enguiço, porque desde que Moliére a escreveu e depois de ser levada à cena, pela primeira vez, “ela morre por si. Faz um ou dois es-
petáculos e já não faz o terceiro. Ou porque o encenador ou ator morreu, ou porque desapareceram, e isto tem acontecido desde o século XVIII, sucessivamente. E nós quebrámos a sina. Fizemos uma primeira temporada em
março, com quatro sessões, sempre cheias, no auditório do Pinhal Novo”. A comédia “Jogo de Enganos”, segunda a própria, tem um texto “muito difícil”, uma vez que é “muito gestual” e com vocabulário “fora do normal”. Conta as interpretações de Ana Teresa, Biser Bekirov, Daniel Ribeiro, Marta Rocha, Miguel Reis, Nuno Gonçalves, Paula Pereira, Pedro Sottomayor, Susana Santos, Vanessa Raminhos e Vítor Peres. A comemorar 20 anos de existência, o grupo de teatro EnsaiArte arrancou a sua atividade com o trabalho “O Parlamento das Mulheres”, de Aristóteles. Foi fundado por professores de Pinhal Novo, que frequentaram um curso de teatro, e já levou à cena 18 produções. “Tem sido cansativa a nossa atividade, mas muito gratificante”, sublinha Célia Figueira, que realça que a sede da instituição é na casa de um dos atores. “A
nossa principal carência é a falta de um espaço próprio, mas a Câmara de Palmela arranja-nos um espaço para ensaiar e cede-nos o auditório do Pinhal Novo para as nossas representações. Além disso dá-nos mil euros por ano de subsídio”. “Jogo de Enganos” vai andar em digressão um pouco por todo o País e na região. No dia 9 de novembro vai a Proença-a-Nova, e, provavelmente, irá a Quinta do Anjo, e também à Baixa da Banheira. “A Vida Mágica da Sementinha”, de Alves Redol, uma peça “muito linda e poética”, está já na gaveta para estrear em março. “É um musical e vou convidar o meu compositor Eddy Cabral para fazer as composições musicais dos meus poemas. E vou apostar num forte e lindo guarda-roupa. E é cantado e dançado. Esta produção, para toda a família, requer muito trabalho”.
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Quinta do Anjo vive 263.ª edição da Festa de Todos os Santos Até ao dia 3 de novembro, continua a decorrer, em Quinta do Anjo, a 263.ª edição da Festa de Todos os Santos, que une a componente religiosa à animação musical e ao desporto. Organizada pela Associação de Festas de Quinta do Anjo, com o apoio do município, esta é uma das mais antigas festividades do concelho, em resultado de um forte e continuado envolvimento da comunidade, que tem mantido viva até aos dias de hoje a memória da promessa de proteção da aldeia de Quinta do Anjo face ao terramoto de 1755. De cariz religioso, valoriza a história e as tradições locais, assumindo uma grande importância na vida cultural e religiosa de Quinta do Anjo e estando fortemente enraizada na comunidade. A par de pontos altos como a procissão e a missa de todos os santos, a animação musical
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Miguel Gameiro é o artista convidado para o encerramento das festas
é constante, com espetáculos no salão nobre e na Sociedade de Instrução Musical, com a participação de vários músicos do concelho e da região. O destaque vai para o concerto acústico com Miguel Gameiro e sua banda, no encerramento da festa. O desporto tem também uma forte presença no programa, com jogos de futebol e um
Trail e Caminhada pela Serra, e não podia faltar a gastronomia, com destaque para os produtos locais e regionais. Recorde-se que o município volta a ser parceiro na realização da Festa de Todos os Santos, atribuindo à Associação de Festas um apoio financeiro no valor de 3.500 euros e um apoio logístico estimado em 2.500 euros.
CULTURA
Dança de Almada faz residência em Bragança
cinema agenda ALMADA
A CDA estreia em Bragança a sua mais recente produção “Inverno”. Trata-se de um trabalho com danças de Bruno Duarte.
PEÇA DE AUTOR DA TERRA “Até Parece”, um espetáculo da Companhia Mascarenhas-Martins, com encenação de Levi Martins, regressa aos palcos. Miguel Branco, jornalista almadense, estreia-se na escrita para teatro.
TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGENS DR A convite e em coprodução com o teatro municipal de Bragança, a 28 e 30 de novembro, a Companhia de Dança de Almada estará em Residência Artística nesta cidade, para ultimar a criação do novo espetáculo “Inverno”. Baseado nos rituais das festas de inverno do nordeste transmontano, este espetáculo terá estreia nacional no âmbito da Bienal da Máscara - Mascararte 2019, no Teatro de Bragança. A coreografia é de Bruno Duarte que viu, na sua criação, uma “oportunidade para explorar cenicamente o cruzamento da sacralidade ritual das celebrações ancestrais, com uma linguagem de dança contemporânea”. Em cocriação com os bailarinos da CDA, o autor revela que “Inverno” está situado entre o sagrado e o pagão, o ancestral e o contemporâneo, o humano e o sobrenatural. Procura transmitir a magia que se vive por aqueles lugares na altura do solstício
INCRÍVEL ALMADENSE, 14SET, 21H30
Maléfica
SEIXAL
Data de lançamento: 17/10/2019 Género: Aventura, fantasia Realizador: Joachim Ronning Elenco: David Gyasi, Angelina Jolie, Michelle Pfeiffer
Os alunos das escolas são convidados a assistir à apresentação de “Inverno”
de inverno, retratando o pulsar da terra, a emancipação dos jovens, as arruadas, a postura de transgressão e o forte misticismo cultural. É, pois, um trabalho sobre “o que está vivo, mas também sobre a memória. Sobre aquilo e aqueles que já viveram os locais que hoje experimentamos”, vinca. Além da estreia, haverá uma
apresentação de entrada livre para escolas do 1.º e 2.º ciclos. Para o grande público repete sábado, dia 30, às 15 horas. A CDA desenvolve a sua atividade essencialmente nas vertentes da criação artística e formação em dança. Iniciou atividade como companhia profissional de dança contemporânea em 1990.
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Ora aqui está um bom filme para toda a família, repleto de fotografia e efeitos especiais espetaculares. No filme da Disney, “Maléfica Mestre do Mal”, uma continuação do sucesso mundial de bilheteira de 2014, Maléfica e a sua afilhada Aurora começam a questionar os complexos laços familiares que as unem, à medida que vão sendo afastadas por um casamento iminente, aliados inesperados e novas forças obscuras em jogo. Para ver no confortável cinema City do Alegro de Setúbal.
20 ANOS DE SEIXALJAZZ As 20 edições do SeixalJazz irão ser celebradas com concerto de grafonola, guitarra e voz “A Toda a Corda! – Os Primeiros Discos de Jazz no Portugal dos Loucos Anos 20, seguido da atuação do trio do vibrafonista Eduardo Cardinho. QUINTA DA FIDALGA, 14SET, 19H00
PALMELA “PERSÉFONE” DE ATA O ATA - Teatro Artimanha apresenta a peça “Perséfone”, de Isabel Teles Menezes, com encenação de Rui Guerreiro. A peça retrata os tempos da mitologia grega. TEATRO DE S. JOÃO, 15SET, 17H00
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“Quero ser uma estrela internacional” O músico de Setúbal, de 24 anos, sonha com uma carreira internacional e adorava conhecer a Islândia. Qual o seu maior sonho profissional? Sonho com uma carreira internacional, mas para já, o meu foco é Portugal. E pessoal? Sentir-me realizado em todos os aspetos da minha vida. Cidade preferida? Helsínquia ou Moscovo. Local que gostaria de conhecer? Islândia. Um desejo para 2019? Vou lançar uma música nova, por isso, que seja um sucesso e que as pessoas se identifiquem com a mensagem. Quem convidaria para um jantar a dois? O meu melhor amigo de infância A mulher mais sexy do Mundo? Jennifer Aniston. Complete: A minha vida é... Uma tempestade. Normalmente com direito a bonança no fim. O que não suporta no sexo oposto? Histerismo e mau caráter. Comida e bebida preferida? Bitoque e Martini Rosso. Último livro que leu? Catálogo do IKEA. Tenho feito remodelações lá em casa. Último filme que viu no cinema? “IT - Capítulo 2”.
Melhor peça de teatro? “Drácula” e “O Mandarim” . Melhor música de sempre? “In The Air Tonight”, de Phil Collins. Qual a sua maior virtude? Humildade, persistência… Animais de estimação. Tem? Sim, gata Kisa e tive um cão chamado Cyro. O que levaria para uma ilha deserta? Insulina. Sou diabético. O que mais teme na vida? Não saber o que vem depois dela. A quem ofereceria presente envenenado? Como a bebida alcoólica pode ser tóxica, pagava duas rodadas aos que me querem mal, para ver se mudam de opinião. O maior desgosto da sua vida? Uma sucessão de mentiras.
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OPINIÃO
Aprovado o Plano e Orçamento da Câmara Municipal do Seixal para 2020 - Um novo ciclo de desenvolvimento social e económico do Seixal
EDITORIAL
SIGA O NOSSO CONCELHO JOAQUIM SANTOS PRESIDENTE DA CM SEIXAL
RAUL TAVARES DIRETOR
Que venha o aeroporto Agora que o novo aeroporto do Montijo deu mais um passo de gigante, mesmo e, sobretudo, com as ressalvas produzidas pelo estudo de impacte ambiental, importa não deixar cair o investimento. Já se disse quase tudo sobre os prós e os contras deste projeto, e já se sabe quais as divisões que o mesmo faz ressaltar no burgo partidário e junto dos especialistas. Mas a decisão tem um largo espetro político, já vem do tempo do último governo social-democrata e está ancorado nos governos de António Costa. Julgo que o que agora há a fazer é mesmo isso: Não deixar cair o investimento, resolver as questões ambientais, minimizando os eventuais efeitos negativos, e aproveitar mais esta onda de desenvolvimento e progresso para a região. Há muita coisa em jogo e este não é um investimento qualquer, porque é estrutural. E o distrito tem que deixar de ser, quase sempre, um palco adiado, porque a administração central o reconhece com a sua dimensão devida, mas não cumpre essa atenção na forma devida. Pena que o distrito político não se tenha concertado para apoiar e receber este projeto. Mas é o que é. Porque valem todas as perspetivas. O que não se pode fazer é deixar que essas diferenças – embora de fundo – ajudem ou contribuam para mais ostracismos lançados sobre uma região com a nossa valia. Que venha o aeroporto e que se consiga dele tirar o máximo partido.
O CONCELHO do Seixal é hoje um dos principais polos de desenvolvimento da Região e do País. É um Município com elevados índices de qualidade de vida, onde dá gosto viver e nascer, ou não fosse o Seixal um dos concelhos com maior crescimento demográfico no país. O crescente reconhecimento das potencialidades do município do Seixal tem dado lugar a um aumento da procura de novos moradores, visitantes e turistas, assim como investidores. O Seixal está a viver um novo ciclo de desenvolvimento social e económico onde se prevê um investimento, público e privado, de mais de 800 milhões de euros. Para potenciar este ciclo virtuoso de progresso, a Autarquia aprovou as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2020, um orçamento de mais de 105 Milhões de euros, superior em 18% ao de 2019, que reflete não só este ciclo, como
visa também aprofundar o investimento municipal. Grandes opções estratégicas que permitirão um aumento significativo da qualidade de vida e desenvolvimento social e económico de quem vive, trabalha, visita ou investe no Seixal. O investimento público direto da Autarquia no orçamento de 2020 será superior a 25 milhões de euros, onde se destacam os 5,5 milhões de euros para a requalificação e ampliação dos estabelecimentos de ensino do pré-escolar e ensino básico; os 2,8 milhões de euros para reforço do investimento na habitação social e ampliação da rede de apoio à 3ª idade; os 3,1 milhões de euros para a requalificação e ampliação de equipamentos desportivos e culturais; os 1,7 milhões de euros na criação de novos espaços verdes e na promoção do meio ambiente; os 4 milhões de euros na remodelação da rede de abasteci-
mento de água e no reforço do novo modelo de higiene urbana; os 3,6 milhões de euros na área da mobilidade e transportes; 1,2 milhões de euros no apoio às forças humanitárias e cerca de 0,7 milhões na área do bem-estar animal com o lançamento do projeto do novo Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia. O Município terá assim mais capacidade de responder às necessidades das populações, executando um amplo investimento em todas as áreas de intervenção. Sendo um compromisso assumido com a população, vamos conseguir pelo 5.º ano consecutivo, voltar a baixar a taxa de IMI e continuar a garantir a fatura da água mais baixa de todos os municípios das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, possibilitando ainda aos agregados familiares com menores recursos o acesso à água em condições especiais, através
do tarifário social. As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2020 aprovadas pela Câmara Municipal do Seixal serão mais um importante instrumento de desenvolvimento económico e social do território e de melhoria constante da qualidade de vida e bem-estar das populações, num orçamento construído em conjunto com os trabalhadores da Autarquia, os eleitos, as instituições públicas, privadas e a população. Estamos conscientes das potencialidades do concelho do Seixal, da atratividade do Município e da capacidade da população que aqui já reside ou trabalha e também dos novos moradores, que vêm reforçar o maior valor que temos no nosso território: as pessoas. Pessoas para as quais esta Câmara Municipal vai continuar a investir, mas também a envolver na construção de uma terra de liberdade e progresso.
Um projecto teatral ibérico
BOCA DE CENA RODRIGO FRANCISCO DIRETOR DA COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA ESTREÁMOS no dia 25 de Outubro a penúltima criação do ano da Companhia de Teatro de Almada: «Reinar depois de morrer», de Luis de Guevara, com encenação de Ignacio García e interpretação de José Neves, Margarida Vila-Nova, João Lagarto, Ana Cris, David Pereira Bastos, Leonor Alecrim, Maria Frade, Pedro Walter, e as crianças Diogo Moura e Gonçalo Saraiva. O espectáculo fica em cena na Sala Principal do TMJB até 17 de Novembro, Quarta e Domingo às 16h00, e de Quinta a Sábado às 21h00. Durante esta carreira, haverá aos Sábados à tarde as habituais Conversas com o Público, no foyer do teatro, desta vez coordenadas por Teresa Albuquerque. Foi no ano 2000, ainda no primeiro Teatro Municipal de Almada, que abordámos pela
primeira vez uma peça do ‘Siglo de Oro’ espanhol, quando Jorge Listopad dirigiu «O príncipe constante», o célebre texto de Calderón de la Barca com temática portuguesa: D. Fernando, o Infante Santo, morre prisioneiro em Fez para que Ceuta, recentemente conquistada aos mouros pelos portugueses, não caia nas mãos do rei muçulmano. Dezoito anos depois regressamos ao riquíssimo cânone do Século de Ouro das Artes e das Letras espanholas — que conta com mais de mais de 15.000 títulos, num período que medeia entre 1547 (nascimento de Miguel de Cervantes) e 1681 (morte de Pedro Calderón de la Barca) —, realizando a estreia absoluta em Portugal de uma peça de Luis Vélez de Guevara que também se debruça sobre o universo histórico e cultural
português. «Reinar depois de morrer» aborda o amor trágico entre Dom Pedro e Dona Inês de Castro, glosado quer na literatura portuguesa (Garcia de Resende, António Ferreira, Luis de Camões, Herberto Helder...), quer em variadas literaturas e línguas europeias. Para dirigir «Reinar depois de morrer» convidámos o encenador espanhol Ignacio García — com larga experiência no reportório do ‘Siglo de Oro’ — e tornámos este projecto num verdadeiro ponto de união entre Portugal e Espanha. Esta 170ª criação da Companhia de Teatro de Almada é realizada em co-produção com a Compañía Nacional de Teatro Clásico, e integra a Mostra Espanha 2019, organizada pela Embaixada de Espanha no nosso País. Em Janeiro do próximo ano estreará
a versão com elenco espanhol, e no dia 27 a versão portuguesa apresentar-se-á ao público de Madrid. O Teatro Nacional São João acolhe o espectáculo entre 5 e 7 de Dezembro, e em Julho de 2020 a nossa criação apresenta-se no Festival Internacional de Teatro Clásico de Almagro. O êxito obtido na estreia e a grande afluência de público nos primeiros dias de exibição fazem prever uma grande corrente de espectadores até ao final da carreira. «Reinar depois de morrer», que tira partido da cenografia de José Manuel Castanheira, da luz de Guilherme Frazão e dos figurinos de Ana Paula Rocha para atingir um raro nível de apuramento plástico, é seguramente um dos mais belos espectáculos estreados este ano. Não perca tempo e reserve já o seu lugar.
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OPINIÃO
Resultados do Turismo nos Municípios. Os Números. Apenas os Números.
TURISMO SEMMAIS JORGE HUMBERTO COLABORADOR
FIO DE PRUMO JORGE SANTOS JORNALISTA
Vacinas CONFESSO que em termos de matéria relacionada com Saúde me considero “analfabeto de pai e mãe” como costumo dizer para aligeirar a forte expressão de que não passo de um ignorante no assunto. Contudo, esta comodidade não me leva a ser contra as vacinas pois sempre fico pronto a dirigir-me ao Centro de Saúde para receber a picadela - que não dói – talvez porque desde criança, que deixei de ser há umas boas dezenas de anos, sempre as tomei e disso não estou repeso, até porque em bebé tive a mortalha feita porque na época não havia ainda vacina para a malária (na altura conhecida por sezões e em Angola por paludismo). E por que sempre estou pronto para as tomas gostava de ter conhecimento se há ou não vacina para mil e uma coisas, como por exemplo a que nos libertasse daquelas pessoas que tudo veem de mal nos outros desde que não sejam os da sua área de pensamento, acção e amizade. É certo que a indústria do medicamento não tem que se lhe aponte para tudo fazer para nos prolongar a vida e o bem-estar, falha ainda na solução para que com uma simples picadela nos libertem daqueles que tudo fazem para explorar os que já muito trabalham e pouco usufruem e para que o futuro seja mais sorridente do que o passado. Defendo que todos temos o dever de fazer o melhor que sabemos e podemos, não só para que os que de nós dependem possam ter um futuro mais sorridente, mas também para satisfazer os “nossos egoísmos” que nos deixam dormir com a consciências tranquila. Mas, mesmo sem vacina, para que não haja influência exterior, apelamos que quem nos governa seja dotado de sabedoria e força suficiente para que possamos sonhar com um futuro replecto de beleza para todos.
FATAL como o destino. O INE manteve o seu hábito de sempre e divulgou, no final de setembro, os números do turismo, por município, referentes a 2018. Fica a pergunta: o que são, então, esses resultados? Esses resultados são números que olham para a realidade. Que a procuram tocar. E, num momento de arrogância, acham mesmo que a podem interpretar. Mas a realidade será sempre distante e, no entanto, próxima ao mesmo tempo. Depois da ressalva. Depois do aviso sobre os limites de qualquer interpretação vale a pena, mesmo assim, refletir por um momento sobre os tais resultados. Em particular os resultados da procura turística. Os tais dos turistas sem os quais simplesmente não haveria turismo. Ou mais precisamente o número de dormidas por eles
registadas (nos hotéis, no turismo no espaço rural e no alojamento local). Estes resultados são, por município, os mais recentes e os mais atuais de que dispomos. Quais são, então? O turismo correu bem no país que cresceu 3,5%. E também na Região de Lisboa (AML) a crescer 4,9%, portanto acima do país, e a ganhar quota de mercado. Percentagens sempre em relação a 2017 já de si um bom ano para o setor. Evidentemente estamos longe da euforia e dos crescimentos a dois dígitos a que assistimos até 2017. Crescer sempre e muito é uma impossibilidade como 2018 acabou por confirmar. Vamos ao que interessa. E, então, como correram as coisas na nossa Região? Para começo de conversa (ou de resposta) correram bem.
A Península de Setúbal (9 municípios entre o Tejo e o Sado) registou 1.260.000 dormidas no alojamento turístico, número nunca verificado desde que temos estatísticas de turismo, e um crescimento de 8% em relação a 2017 (maior do que os crescimentos de Portugal e da AML como um todo). E quando olhamos de perto, o que é que constatamos? Constatamos que a nossa Região tem dois grandes municípios turísticos: Almada com 440.000 dormidas de turistas e Setúbal com 330.000. Logo a seguir Sesimbra com 190.000 e o Montijo com 130.000. Depois Palmela (95.000), Seixal (40.000), Alcochete (25.000) e o Barreiro (10.000). 2018 foi assim um ano muito positivo (não há outra maneira de o dizer) para o turismo na Região. O comentário e a análise mais cuidada e
mais “fina” destes resultados ficam prometidas para uma próxima crónica. Até porque convém, num primeiro momento, olhar para os números apenas “como eles são”, sem adornos nem tentativas de provar o que quer que seja, ou confirmar qualquer ideia feita. Além do mais se temos um INE que tanto custa ao orçamento do país vamos, já agora, usá-lo e refletir a partir do que ele nos diz. Bem vistas as coisas (os números neste caso) ficamos todos, na Região, com uma certeza: hoje, no que diz respeito ao turismo, mais portas estão abertas; menos estão fechadas; e algumas mantêm-se, ainda assim, apenas entreabertas. Abrir todas as portas e explorar todas as possibilidades constitui assim a síntese do caderno de encargos do turismo para os próximos anos.
Processo Eleitoral: As 5 medidas já implementadas
ATUALIDADE BRUNO RIBEIRO BARATA AUTARCA DO PS SEIXAL “A mudança é inevitável, mas está em nós controlar o seu conteúdo e direções” Gandhi, Indira DECORRERAM as eleições legislativas e independentemente das possíveis leituras políticas, gostaria de focar as cinco medidas, implementadas de acordo com as alterações às Leis Eleitorais, que ocorreram no processo eleitoral mantendo a fiabilidade do sistema eleitoral e que visaram principalmente aumentar a participação eleitoral aos cidadãos através da inclusão de medidas facilitadoras à participação democrática. 1. A modalidade de voto antecipado em território nacional, eliminou a necessidade de o eleitor apresentar justificação para a sua ausência da respetiva assembleia de voto no dia da eleição e permitiu ao eleitor, no domingo anterior ao dia da votação, exercer o direito de voto numa qualquer das 29 assembleias de voto instaladas no país para esse efeito, esta nova modalidade permitiu o exercício do direito de voto antecipado
em mobilidade a 63.141 eleitores que de outro modo não o teriam exercido, note-se que este número compara com os 3.870 eleitores que votaram antecipadamente em 2015, ou seja ocorreu um incremento de 1.531%; 2. Com o objetivo de incentivar a participação dos portugueses residentes no estrangeiro, foi efetuado o recenseamento automático - e não obrigatório - dos cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, esta medida abrangeu mais de 1,1 milhões de eleitores no estrangeiro, promovendo-se assim a sua participação nos processos eleitorais nacionais. O sucesso desta medida pode ser medido pelo incremento da participação dos 28.354 votantes nas legislativas de 2015 para os 158.252 em 2019, ou seja, votaram mais 129.898 portugueses residentes no estrangeiro, o que significa um aumento de 458%. 3. Tornar o voto mais inclusivo e autónomo foi também um objetivo alcançado com a disponibilização de matriz de voto em braille, em tudo idênticas aos boletins de voto, foram
disponibilizadas em todas as mesas de voto e foram, quando necessário, sobrepostas ao boletim de voto, de forma a permitir a sua leitura e a indicação expressa do voto, por cidadãos eleitores portadores de deficiência visual. 4. A eliminação do número de eleitor foi também uma medida implementada que permitiu desburocratizar e simplificar o processo de verificação da mesa de voto. O eleitor deixou de ser identificado por número de eleitor, ao qual acedia através da sua identificação civil, utilizando apenas esta para verificar o local de exercício do direito de voto de acordo com a morada por si declarada no Cartão de Cidadão. 5. Foi implementado no distrito de Évora, nas eleições para o Parlamento Europeu, o voto eletrónico presencial, em simultâneo com o voto tradicional, permitindo ao eleitor optar por uma destas duas modalidades de voto; o projeto de voto eletrónico1 teve, na sua componente, a desmaterialização dos cadernos eleitorais do
distrito de Évora, o que permitiu a qualquer eleitor que, optando pelo voto eletrónico, exercesse o seu voto em qualquer uma das mesas instaladas no distrito, o que se traduziu na capacidade do exercício do direito de voto em mobilidade. De enaltecer a adesão dos eleitores do distrito de Évora a esta modalidade que correspondeu a 33%, ou seja 1 em cada 3 eleitores optou por secção de voto eletrónico. Poder-se-á e dever-se-á sempre aumentar a reflexão para incrementar medidas potenciadoras de maior participação no edifício democrático, no entanto existe algo sempre superior a isto tudo: A vontade dos eleitores em participar. Não se demita de participar, não demita a Democracia, está em causa a nossa liberdade individual e coletiva. Consulte o Relatório Final da implementação do Voto Eletrónico no distrito de Évora em: https://www. sg.mai.gov.pt/AdministracaoEleitoral/EleicoesReferendos/ParlamentoEuropeu/Documents/PVEE_DocApoio_07.001%20-%20Relatorio%20 AR_Versao%20Final.pdf 1
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