Semmais 1 Dezembro 2018

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SÁBADO 1 DE DEZEMBRO DE 2018 Diretor Raul Tavares Semanário - Edição 1017 - 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso

PRESIDENTE JOAQUIM SANTOS LAMENTA ALIANÇA NEGATIVA

NO SEIXAL A OPOSIÇÃO MOSTROU CARTÃO VERMELHO À CDU E CHUMBOU ORÇAMENTO PARA 2019 PS, PSD, CDS-PP, PAN e o presidente de junta eleito pelo movimento Somos Fernão Ferro chumbaram o orçamento de 89 milhões de euros apresentado pela CDU do Seixal. A oposição alega «teimosia, obstinação e política ilusória» enquanto o presidente, Joaquim Santos, antevê «constrangimentos e dificuldades» criadas por aquilo que apelida de «aliança negativa». P7

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NEGÓCIOS

EDIL DO MONTIJO GARANTE CUMPRIR COMPROMISSOS ASSUMIDOS EM 2017

PRESIDENTE DA CÂMARA CONTESTA ESTUDO QUE DÁ NOTA «FRACA» A SETÚBAL

COMPORTA VAI RECEBER INVESTIMENTO DE MAIS DE MIL MILHÕES DE EUROS

Nuno Canta reuniu com a comunicação social para apresentar um «balanço extraordinário» do primeiro ano de mandato no Montijo. O município que preside ocupa o primeiro lugar do distrito, em termos de gestão pública, e devolveu aos cidadãos e empresas mais de um milhão e meio de euros em impostos. P4

Dores Meira, presidente da câmara sadina, classifica como «meramente académico» o estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre o desempenho financeiro das autarquias locais que atribui nota «fraca» ao município. Em Portalegre a autarca desvalorizou o documento. P6

Claude Berda e Paula Amorim, do consórcio Amorim/Vanguard, são os novos donos dos ativos imobiliários do fundo da Herdade da Comporta. O projeto aprovado pela assembleiageral de participantes da Herdade da Comporta tem um prazo de execução de 15 anos e um investimento de 158 milhões de euros. P12

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MAIS DE 5 MIL EMPREGOS PODEM SER CRIADOS A MÉDIO PRAZO

Terminal de Contentores do Barreiro em consulta pública Um projeto «prioritário no âmbito da estratégia para o aumento da competitividade da rede de portos comerciais do continente». Foi desta forma que Carlos Correia da APL se referiu ao Terminal de Contentores do Barreiro. O projeto foi apresentado numa sessão de esclarecimento com a população, numa altura em que está a terminar o processo de consulta pública. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

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arlos Correia, da administração do Porto de Lisboa (APL), esteve no Barreiro para apresentar o projeto do Terminal de Contentores (TMB) que será um complemento ao porto de Lisboa, evidenciando um investimento privado na ordem dos 500 milhões de euros, numa primeira fase, e mais 600 milhões numa segunda fase. Com a ressalva de que essa segunda fase «provavelmente só avançará em 2040, dependendo da evolução da procura». Rui Braga, vereador da autarquia, moderou o

encontro, que contou, também, com a participação de Paulo Mello, da Infraestruturas de Portugal, e Sérgio Saraiva, da Baía do Tejo, aproveitou a ocasião para reforçar aquele que vem sendo o discurso do executivo socialista na defesa do terminal para o desenvolvimento do concelho. «Não queremos o Terminal a todo o custo. Existem aspetos que, para nós, são cruciais e dos quais não abdicamos. Não aceitamos ficar enclausurados num muro de contentores e os nossos imperativos, que, neste novo projeto estão a ser salvaguardados, passam por garantir a concretização de outros investimentos estrutu-

rantes como a terceira travessia do Tejo, a ligação Barreiro Montijo e a interligação do terminal com a cidade». Além disso, o autarca revelou uma condição da qual a autarquia não abdica e que passa pela estabilização do operador que ganhar o concurso internacional que «terá que fixar a sua sede no Barreiro». Considerando a análise de Carlos Correia, de que existe, nos territórios da Baía do Tejo, «uma área de 400 hectares para instalar empresas de logística e terminais de 2ª linha, e espaço logístico-industrial que, sendo reabilitado pode ser utilizado para esse fim», essa será uma mais valia para

que esta condição seja plausível. Ao nível das acessibilidades ao terminal e ao concelho, o tema mais explanado pela população presente na sessão, o representante da IP, Paulo Mello, garantiu que está a ser feito o respetivo estudo e que serão tidas em conta as ligações rodoviárias, mas, acima de tudo, as ferroviárias. «As acessibilidades serão financiadas pelo estado

Acusações nas redes sociais chegam à justiça

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ítor Cavalinhos, líder da bancada do BE na Assembleia Municipal do Seixal, apresentou junto do Departamento de Investigação e Ação Penal do Seixal uma queixa crime por difamação contra Fernando Albuquerque, administrador do grupo da rede social Facebook “Seixal, um concelho com muitas vozes”. Segundo o deputado bloquista este terá «atentado contra a sua honra e o seu bom nome, com publicações recentes sobre a sua postura e posição na votação do orçamento municipal, alegando que se “teria vendido à CDU por uma boleia”. Além do processo crime, que já deu entrada no

DIAP do Seixal por Vítor Cavalinhos, através do seu advogado Paulo Edson Cunha, também Fernando Albuquerque já fez saber que pretende informar a coordenação nacional do Bloco de Esquerda dos factos ocorridos na esfera política do Seixal (particularmente se o BE votasse favoravelmente o Orçamento Municipal- o que não se verificou), e também sobre o facto de o deputado ter contratado, para o defender nesta demanda, um advogado do PSD, ex autarca do Seixal. Situações que Vítor Cavalinhos considera «absurdas», tanto mais que se trata de um processo pessoal. O processo por difama-

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e serão incluídas da rede nacional», asseverou. O terminal de contentores do Barreiro, cujo estudo de impacte ambiental está em consulta pública até dia 7 de dezembro, «insere-se na estratégia nacional, aprovada em Conselho de Ministros, para o aumento da competitividade da rede de portos comerciais, sendo um projeto prioritário para o Governo». Carlos Correia aproveitou a

Pista de gelo é atração em Sines até ao final de dezembro

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ção vai, mesmo, seguir os trâmites legais e vai ser deduzido um pedido de indemnização civil (cujo montante, se o ganhar, será doado a uma instituição do concelho) contra o administrador do grupo que reúne mais de 19 mil seguidores e onde predomina a oposição virtual à gestão da câmara do Seixal.

É numa publicação desse grupo que se pode ler, entre muitas outras considerações, “…anda um Cavalinhos (a ser verdade) a ter benefícios PESSOAIS em troca do voto”. No entanto, já é sabido que os três eleitos do BE na Assembleia Municipal do Seixal se abstiveram na votação final das GOP e Orçamento. E.S.

ocasião e a proximidade com um tema “quente” do distrito de Setúbal para reforçar que em termos de dragagens «não há nada, também, a recear uma vez que 98% dos solos não são contaminados». Na fase de construção do Terminal a APL estima a criação de 500 postos de trabalho, número que duplica na fase de exploração e pode chegar aos cinco mil (diretos e indiretos) na fase de laboração.

ecorre este fim de semana o “Natal no Largo”, no centro histórico de Sines. O programa das festividades natalícias, que se estende a todo o concelho, durante o mês de dezembro, traz pela primeira vez ao Castelo de Sines uma pista de gelo natural. Segundo Nuno Mascarenhas, edil Sineense, que recorda «a aposta da autarquia» nesta quadra festiva como impulsionadora da dinamização e animação de toda a cidade, a pista de gelo «vem valorizar as comemorações do Natal. É uma inovação na região e contamos que traga ainda mais visitantes ao

concelho». Quanto ao impacto que esta pista de gelo natural, que ficará disponível até 31 de dezembro no interior do Castelo, trará à economia local «deverá ser significativo». Além disso, reforça o autarca Nuno Mascarenhas, «é um presente para as nossas crianças, que podem viver em Sines mais esta experiência sem terem, para tal, de deslocar-se aos grandes centros». O programa do “Natal no Largo”, que tem o seu ponto central este fim de semana com um mercado tradicional e um programa de animação para todos os públicos. . E.S.


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ACCSET REFORÇA PAPEL DO ASSOCIATIVISMO, CLUBES E COLETIVIDADES DO CONCELHO

Movimento associativo do concelho de Setúbal ganha um “ombro amigo” As coletividades ganharam uma associação que veio valorizar, divulgar e formar o movimento associativo, que é tão rico em Setúbal. É um espaço de conhecimento e de partilha de boas práticas. TEXTO ANTÓNIO LUÍS IMAGEM DR

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ensibilizar e promover o associativismo é o principal papel da Associação das Coletividades do Concelho de Setúbal (ACCSET), com escritura pública em julho do ano passado e primeira reunião de criação a 25 de julho de 2016, tendo os primeiros órgãos sociais tomado posse em janeiro do corrente ano. É uma associação que vem contribuir para o reforço do movimento associativo e para a valorização do papel do dirigente associativo. É uma estrutura representativa das filiadas e da Confederação das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto no concelho de Setúbal.

Após mais de 15 reuniões já realizadas com as coletividades do concelho, o líder da associação, Nuno Soares, revela que foram encontradas «muitas dificuldades e necessidades, sobretudo ao nível da formação a nível de informação fiscal, de contabilidade e jurídica dos dirigentes associativos». Além disso, a ACCSET tem a missão de prestar esclarecimentos e sensibilizar sobre o Guia Prático da ASAE, o regulamento da Proteção de Dados, as medidas de auto-proteção das instalações das coletividades, as medidas de fiscalidade e jurídicas e os arquivos. Até à data, Nuno Soares reconhece que existem «bons exemplos de boas práticas» de associativismo no concelho de Setúbal.

Formação vai arrancar A ACCSET, uma estrutura descentralizada e autónoma da Confederação das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, promove ações

de formação gratuitas, sobre vários módulos, destinadas aos dirigentes associativos. «Estamos a dar o pontapé de saída das ações de formação para melhor capacitar os

dirigentes associativos. A primeira turma está quase a ser formada». Hoje em dia, reconhece Nuno Soares, a ACCSET é «fundamental», dado que a responsabilidade

dos dirigentes associativos é «diferente» nas questões legais e porque «é preciso ir ao encontro dos sócios». Nuno Soares conclui que a ACCSET veio contribuir para «elevar» o movimento associativo popular, bem como os seus dirigentes e dar mais importância e divulgação às atividades das associações, dar visibilidade e afirmar o movimento associativo popular, afirmar a identidade própria do associativismo do concelho de Setúbal, de forma organizada e integrada na ação global desenvolvida pelo movimento associativo popular, porque «com a ajuda de todos é mais fácil valorizar as atividades e se forem concretizadas em conjunto, ainda é melhor».

Aldeia Natal anima núcleo urbano do Seixal até 23 de dezembro

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Aldeia Natal do Seixal abre as suas portas esta tarde, com um espetáculo de pirotecnia agendado para as 17h30, altura em que será inaugurada, também, a iluminação de natal pelo concelho. Este ano, acompanhando a evolução da tecnologia e no âmbito da promoção do evento a nível nacional, através das redes sociais, haverá selfie points para que todos possam registar a sua passagem pela Aldeia Natal. No Mercado de Natal, aberto das 14h às 19h de segunda a quinta e das 11h às 22h de sexta a domingo, é possível provar o melhor da gastronomia do concelho e adquirir algumas peças de artesa-

Parque infantil de Cacilhas estará pronto em 2019

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nato de artistas locais. Ainda no âmbito da iniciativa, decorre no dia 15 de dezembro, às 16h na Sociedade Filarmónica União Seixalense, o Natal do Hospital no Seixal. Uma acção com a qual se pretende continuar a reivindicar a necessidade do hospital

no concelho e mostrar que a Comissão de Utentes de Saúde, os órgãos autárquicos, a Plataforma Juntos pelo Hospital e a população não esqueceram as promessas do governo e pretendem continuar a lutar por este equipamento de saúde. E.S.

união de freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas investiu 45 mil euros na construção de um equipamento de recreio multifunções na rua António Nobre, em Cacilhas. Uma obra que segundo a autarquia “procura responder às exigências de um poder local democrático” mais próximo das necessidades

e anseios das populações. A intervenção, que consiste no “fornecimento, execução e instalação de um equipamento de recreio multifunções; pavimento de segurança; vedação; base de betão armado e trabalhos de construção civil inerentes à sua implementação”, deverá estar concluída no final de janeiro de 2019. É objetivo da União de

Freguesias, com a concretização deste género de infraestruturas, garantir a prossecução de obras de interesse público e salvaguardar “os direitos e interesses dos cidadãos, promovendo as atividades lúdicas das crianças e suas famílias, associadas à importância da atividade física para a promoção da saúde e de hábitos de vida saudável”. E.S.

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EDIL DO MONTIJO APRESENTOU O BALANÇO DO PRIMEIRO ANO DE MANDATO

Nuno Canta destaca o que considera ser um mandato «extraordinário» O presidente da câmara do Montijo juntou a comunicação social do distrito para apresentar um balanço do primeiro ano de mandato. Nuno Canta enfatizou a sua concordância com projetos estruturantes para o concelho, como o aeroporto, e anunciou outros de significativa relevância como a prisão, em Canha, ou a criação de uma unidade de demências no concelho. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

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stamos a exercer um bom governo na cidade». A convicção é de Nuno Canta, presidente da câmara do Montijo, que reuniu com a comunicação social do distrito, no restaurante Ti Martinho, num encontro em que fez o balanço do primeiro ano do atual mandato. Presidente há cinco anos, autarca há 21, Nuno Canta assumiu «estar a cumprir integralmente os compromissos a que a sua equipa se propôs, em 2017», e que vem seguindo

a governação adotada em 2013. «Só no último ano devolvemos em impostos 1.600 mil euros a cidadãos e empresas e estamos no primeiro lugar do distrito de Setúbal em termos de gestão pública», enalteceu o socialista. Entre outros aspetos relevantes para o desenvolvimento do concelho Nuno Canta reforçou «o aumento da atratividade do Montijo, para a captação de empresas e para a fixação de famílias», além do «volume de investimento que tem existido, particularmente no sector agrícola que, só nos últimos três anos, teve um

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acréscimo de 50 milhões de euros». No que concerne à governação de proximidade, o autarca reforçou a importância da descentralização de competências, com

«novos acordos de execução» que se traduzem numa transferência de mais de «600 mil euros» para as freguesias. Apoios que somam àqueles que a autarquia transfere,

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Aeroporto “sim”, mas há aspetos inegociáveis Nuno Canta não subscreve um desenvolvimento estratégico «a todo o custo», assume-se pronto para lidar com o paradoxo do desenvolvimento, que traz aspetos positivos e negativos. No entanto, reconhece que há aspetos inegociáveis na questão do aeroporto. «Não se negoceia a segurança. Tem que existir, senão não existe aeroporto. Além disso, as questões ambientais também terão que estar salvaguardadas. Não podemos colocar ali uma infraestrutura que penalize ou prejudique, de forma muito severa, as questões ambientais. Temos que ter um estudo dos impactos ambientais para termos soluções para as situações que vão existir com a solução aeroportuária. Um aeroporto ou um investimento de grande dimensão, como é o aeroporto, tem sempre um paradoxo. Que é o paradoxo do progresso ao qual estão sempre associados ganhos e perdas. Mas nós somos progressistas e estamos prontos para defender a nossa identidade ao mesmo tempo que garantimos o crescimento da economia e da riqueza e o garante de mais emprego para o concelho». extra acordo de execução, para a manutenção de parques infantis. A junta de freguesia do Montijo/ Afonsoeiro recebeu 45 mil euros enquanto a junta da Atalaia/Alto Estanqueiro-Jardia 20 mil. Nuno Canta asseverou querer «um Montijo de oportunidades, sustentável, competitivo, internacionalizado e solidário, que represente a importância que queremos as-

sumir no âmbito regional, mas, também, nacional». Para esse fim, em muito irão contribuir projetos estruturantes como o aeroporto da Base Aérea do Montijo, do qual o autarca é defensor acérrimo, a construção da prisão em Canha, na Herdade de Gil Vaz, ou a criação de uma unidade de demências em estreita colaboração com a Santa Casa da Misericórdia do Montijo.


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VII CONVENÇÃO JUNTOU SOCIAL DEMOCRATAS DO DISTRITO NO SEIXAL

Deputado Ricardo Batista Leite defende o fim das Administrações Regionais de Saúde O deputado do PSD, na comissão parlamentar de Saúde, aproveitou a VII Convenção Social Democrata do distrito para revelar que as administrações regionais de saúde «não conseguem dar melhor resposta do que têm dado». Já o Vice-Presidente da distrital, Paulo Ribeiro, voltou a denunciar a falta de 200 profissionais de saúde na região. TEXTO ELOÍSA SILVA

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Sociedade Filarmónica Operária Amorense acolheu a VII Convenção Social-Democrata do PSD do distrito de Setúbal que juntou vários profissionais da saúde para debater “as novas soluções para os velhos problemas do Serviço Nacional de Saúde”. No encontro, que contou com a intervenção de médicos, enfermeiros e, até, ex ministros, foi realçado o aumento da instabilidade no setor, devido às greves dos diferentes especialistas de SEM_MAIS_VF.pdf

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saúde; denunciado o atraso de novos concursos para médicos e aumento de médicos recém-licenciados que não têm formação especializada, e enaltecida a importância da efetivação do conceito de enfermeiro de família. Paulo Ribeiro, vice-presidente da Distrital de Setúbal do PSD, denunciou a falta de mais de 200 profissionais no sistema de saúde na região onde “cerca de 1/5 da população não tem acesso à equipa de saúde familiar”. Isto significa, ressalva o social democrata, «que nos cuidados de saúde primários da 25/10/18

nossa região, faltam 112 médicos especialistas em medicina geral e familiar e 112 enfermeiros, preferencialmente, também eles especialistas, se tivermos em conta o rácio de 1500 utentes por equipa de saúde familiar». ARS substituídas por serviço de proximidade Durante a sessão de trabalho, em que participaram, entre outros, o ex ministro Luís Filipe Pereira e o médico Jorge Paulo Roque da Cunha, presidente do Sindicato Independente dos Médicos, o deputado do PSD Ricardo Batista Leite, da

comissão parlamentar de Saúde, apontou a extinção das administrações regionais de saúde como um passo para a obtenção de um serviço que se pretende «mais focalizado nos ganhos em saúde e não um serviço nacional reativo à doença». «Do ponto de vista da gestão da saúde e da contratualização que é preciso fazer entre centros de saúde, hospitais e governo central, para obter indicadores que possam estimular melhores resultados em saúde, não é possível com as administrações regionais de saúde atuais que são

colossos burocráticos de enorme expansão territorial. As ARS’s não conseguem dar resposta, nem ter uma intervenção próxima das necessidades reais das pessoas no terreno”, crê Batista Leite. O médico foi perentório nas suas declarações ao Semmais, reforçando que o país «não tem um Serviço Nacional de Saúde, mas, sim, um Serviço Nacional de Doença». Realidade para a qual o deputado acredita que continua a contribuir, também, «o descrédito do governo que, apesar de dizer que a saúde é uma das suas maiores priori-

dades, tem orçamentado para 2019 o aumento da global em 3,3 % e o aumento da despesa em saúde fica-se pelos 2,3%. Há aqui alguma coisa que não bate certo», ironiza. Ricardo Batista Leite reclama «um sistema que esteja mais orientado para ter resultados em saúde, que dê incentivos reais nesse sentido. Saúde não apenas dos doentes, mas, também, da população e que possa ser sentido a nível regional. Para isso é necessária uma gestão local de dimensões municipais e de base territorial e populacional de 200 mil pessoas».

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Melhoria das Acessibilidades Marítimas ao Porto de Setúbal

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Objetivos:

Projeto:

• Aumentar a segurança para toda a navegação

• Aprofundar o canal da Barra em 2,20 m e o canal Norte, junto à cidade, em 1,70 m

• Acesso de navios ambientalmente mais eficientes • Captar novos investimentos

• Volume de dragagens de 3,5 milhões de m3

• Aumentar a competitividade das empresas da região

• Trabalhos em menos de 4 meses por única draga com dispositivos mitigadores de ruído

• Mais 3.000 postos de trabalho diretos e 10.000 indirectos

• Areias dragadas depositadas para a alimentar o sistema do estuário • Monitorização e acompanhamento dos trabalhos e do comportamento dos golfinhos roazes

ENTIDADE PROMOTORA:

APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

INVESTIMENTO TOTAL ELEGÍVEL: APOIO FINANCEIRO DA UNIÃO EUROPEIA APOIO FINANCEIRO PÚBLICO NACIONAL:

Cofinanciado por:

€ 24.980.000,00 :

€ 14.764.539,36 € 10.506.860,64

Fundo de Coesão

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QUALIDADE DA GOVERNAÇÃO LOCAL EM PORTUGAL

Dores Meira contesta estudo que dá nota «fraca» a Setúbal Durante a participação nas jornadas sobre o Poder Local, que decorreram em Portalegre, a presidente da câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, desvalorizou o estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos sobre o desempenho das autarquias locais alegando que cria assimetrias na avaliação das populações. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR

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ão se pode comparar o que não tem comparação. O financiamento de uma estrada para um município com 5 mil habitantes é de 90%, para um concelho com 123 mil pessoas é de 45 ou 50%. É natural que o município mais pequeno tenha melhores vias». Foi com este exemplo que a presidente da câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, contestou o estudo sobre a Qualidade da Governação Local em Portugal, editado pela Fundação

Francisco Manuel dos Santos, que atribui um «fraco» desempenho à autarquia sadina. A autarca de Setúbal participou nas jornadas sobre o Poder Local, em Portalegre, onde o estudo - «meramente académico», segundo Dores Meira -foi apresentado, considerando a edil que o documento «cria algumas assimetrias na avaliação das populações, porque as pessoas não estão na posse de todos os elementos e depois vão dizer que os autarcas fizeram um mau trabalho. Isto é injusto e incorreto para avaliação», insistiu. Durante as jornadas,

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a descentralização esteve na linha da frente do debate, sendo transversal a ideia de que «as câmaras têm mais competências do que meios», para responder aos munícipes, reclamando mais verbas e recursos humanos por parte do Estado. O seja, um sim à descentralização, mas não a qualquer preço. Descentralização honesta «A descentralização pode ser importante desde que seja acompanhada dos meios suficientes para isso. É importante que os meios humanos possam entrar nos municípios»,

alertou a autarca de Setúbal, receando vir a ter falta de orçamento em alguns setores de atividade, admitindo estar em causa «um passo grande e complicadíssimo». Ainda segundo o estudo, os municípios portugueses vivem hoje uma realidade em que apenas 10% da despesa pública no país é efetuada ao nível local, enquanto em Espanha supera os 20%, havendo depois países do norte da Europa que vão para lá dos 50%. «Uma realidade que acarreta grandes desvantagens para os municípios», diz António Tavares, um dos coordenadores do estudo sobre a Qualidade da Governação Local em Portugal, para quem fica mais difícil garantir «a consolidação e a concretização do princípio da subsidiariedade». Alerta que, pelo contrário, «devem ser os governos mais próximos das populações a darem resposta às necessidades e expetativas dessas mesmas populações.» Na mesma linha de pensamento, Nunes Liberato,

ex-secretário de Estado da Administração Local, reforçou que a descentralização que está em curso em Portugal deve ser acompanhada de «honestidade» à hora de serem transferidas as competências para os municípios. «As competências têm que ser transferidas gradualmente para as autarquias, mas qualquer transferência terá de ser acompanhada com os recursos financeiros correspondentes», assumiu. Por seu lado Rui Pereira, jurista e ex-ministro da Administração Interna, chamou a atenção para o que considerou ser «um problema de escala» em Portugal que está a prejudicar os municípios, admitindo que a resposta passará pela «regionalização». Rui Pereira reconhece que o processo é difícil, «porque exige um referendo vinculativo em que tem de participar mais de metade do eleitorado», sublinha, reiterando que este passo será «crucial para os concelhos mais

pequenos do país». Passar testemunho e agravar dívida Um dos temas que marcou as jornadas foi a limitação de mandatos nas câmaras, que estará a contribuir para o aumento do défice das tesourarias dos municípios onde os presidentes sem demitem do cargo antes do fim do mandato. A ideia é dar o lugar aos vice-presidentes para que estes ganhem visibilidade e se candidatem nas próximas eleições à boleia de inaugurações de obras. É uma das conclusões do estudo sobre a participação política e eleitoral nos municípios apresentado por Linda Veiga, professora de economia na Universidade do Minho, avançado a docente que nem tudo é negativo na lei da limitação de mandatos. O estudo apurou que nas restantes autarquias o eleitoralismo diminuiu em ano de eleições.

Distrito lidera uso de internet e banda larga

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distrito de Setúbal é das regiões do país onde mais famílias se ligam à internet em casa, com um acesso de 88%, o que representa mais nove pontos percentuais face à média nacional. Os dados revelados pelo Inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação pelas famílias, realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam, ainda, melhoria face ao ano passado, na ordem dos 5%. Os resultados indicam ainda que 86% das casas

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do distrito já usam banda larga em 2018, enquanto a população que mais se liga ao «mundo virtual» através de banda larga na sua residência são os jovens com idades entre 16 e 24 anos, chegando mesmo a registar uma taxa de 100%, seguindo-se a faixa etária entre 25 e 34 (99%) e dos 35 aos 44 (94%). Sem surpresa, o recurso às novas tecnologias vai diminuindo à medida que a idade aumenta. Uma das curiosidades sobre o estudo deste ano, relativo ao uso da internet, indica que mais de metade dos utilizadores

já consultam e gerem as finanças online, através das aplicações móveis e sites dos bancos, traduzindo um aumentou de 10% no último ano, o que é explicado com as aplicações que permitem aceder à conta bancária no telemóvel. Ainda de acordo com o mesmo estudo, fica a saber-se que 80% das pessoas que vão à internet usam um dispositivo móvel, principalmente o telemóvel, sendo a internet usada, principalmente, para procurar informações sobre bens e serviços. R.D.


POLÍTICA

CÂMARA DO SEIXAL EM GESTÃO CORRENTE

Orçamento para 2019 chumbado pela oposição Os votos dos eleitos da CDU no executivo municipal do Seixal não foram suficientes para fazer aprovar as Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2019 no valor de 89 milhões de euros. TEXTO ELOÍSA SILVA IMAGEM DR

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epois de duas noites de discussão das linhas orientadoras do documento estratégico para o desenvolvimento do município do Seixal, como são as Grandes Opções do Plano e Orçamento (GOP), PS, PSD, CDS-PP, PAN e o presidente da junta de Fernão Ferro, eleito pelo movimento “Somos Fernão Ferro”, mostraram um cartão vermelho à intenção comunista de fazer aprovar um Orçamento de 89 milhões de euros. Os três eleitos do BE mantiveram uma posição “neutra” e abstiveram-se na votação. A gestão far-se-á entretanto em regime de duodécimos. Motivos que sustentam a rejeição ao orçamento Para o Partido Socialista, na pessoa de Bruno Barata Ribeiro, a justificação do chumbo do PS ao Orçamento prende-se com o facto de «o presidente da câmara não ter ouvido, nem envolvido, os vereadores socialistas na construção do documento». Ao Semmais o deputado esclarece que em causa está a realidade de «a câmara reduzir o orçamento de investimento de 2018 para 2019 dos 17,5 milhões de euros para os 11 milhões de euros; as Gop’s serem uma

cópia do ano passado e não contemplarem as deliberações da Assembleia Municipal, existindo uma notória falta de respeito por este órgão; ser evidente uma forte vertente eleitoralista, pois se para 2019 o investimento será apenas de 11 milhões, para 2021 (ano de eleições autárquicas) está previsto um orçamento de 31 milhões. Falta de investimento e insensibilidade para questões prioritárias e estratégicas é o que este executivo comunista tem demonstrado em mais de 40 anos de (des)governo da câmara municipal do Seixal». A CDU tem «falta de habilidade política para aceitar que não tem (a CDU) a maioria absoluta e isso percebeu-se na votação do orçamento». Rui Belchior, do Partido Social Democrata suspeita que «a teimosia, obstinação e arrogância do presidente da câmara do Seixal nos vá obrigar a uma gestão por duodécimos», perante a qual entende o PSD «não ter qualquer responsabilidade», como garantiu ao Semmais. «Se nem o parceiro do acordo que existe entre a CDU e o PS- apesar de ninguém o admitir- viabilizou o orçamento não seriamos nós a fazê-lo. Até porque não viabilizamos orçamentos da oposição que não espelham as nossas opções». A forma «ilusória de apresentar obras de forma consecutiva como se fossem atuais e para

concretizar no imediato; a adjudicação de verbas astronómicas em publicidade e propaganda e as promessas ao estilo “copy past” de anteriores documentos, sem ter em conta as medidas e propostas das restantes seis forças políticas com assento na Assembleia estão, resumidamente, na base da nossa posição». Para o Partido pelos Animais e Natureza, que espera a curto prazo «uma solução de consenso que faça jus ao mapa político vigente no concelho», é «lamentável que somente três das vinte e seis propostas que apresentámos tenham sido consideradas e, mesmo essas, com nuances ou adaptações». André Nunes do PAN acusa o executivo da câmara não só de não adotar a quase totalidade de propostas do partido como de «deixar na gaveta» as «mais de 13 peças, moções e recomendações aprovadas e que nunca foram implementadas». André adianta ao Semmais que «o PAN vota medidas concretas e não intenções, vota políticas e não expectativas, vota em função da sua agenda e não em função da agenda de terceiros». Já quando ao «cenário catastrófico» apresentado, em caso de chumbo do orçamento, André Nunes diz não ser mais que «não assumir as consequências políticas de quem, tendo sido escolhido para governar sem maioria, se permitiu

a governar como se a tivesse». «Para o ano é que é, mas o PS não deixa». Foi desta forma que o deputado João Rebelo, do CDS-PP, se referiu ao documento rejeitado na Assembleia Municipal que «não é amigo das famílias e das empresas, não tem um projeto de mobilidade sustentada e mantém durante anos promessas não cumpridas como se fossem novas». Por não descortinar no orçamento uma «visão de incentivo ao investimento privado ou à promoção turística», o CDS-PP «não podia votar de outra maneira». A «indignidade do executivo para com os seixalenses» foi também criticada por João Rebelo na noite da votação das GOP e Orçamento para o Seixal. A câmara do Seixal, “apesar dos constrangimentos

e dificuldades criadas por esta aliança negativa”, admite, em nota enviada à nossa redação, que “dará continuidade ao seu trabalho, procurando consolidar este novo ciclo de progresso e desenvolvimento económico e social que o concelho do Seixal atravessa, onde o investimento público e privado tem aumentado exponencialmente nos últimos anos. Isso significa permitir a instalação de novas empresas e atividades económicas, crescendo o emprego acima da média nacional, atraindo ao município do Seixal também cada vez mais visitantes e novos moradores que procuram o concelho para visitar e viver”. Acrescenta o executivo comunista que «PS, PSD, PAN, CDS-PP e o presidente da Junta de Fernão Ferro votaram contra o investimento

que se prevê realizar em todas as associações, bombeiros, coletividades e IPSS do concelho, na requalificação das suas instalações, ou no apoio concedido através de contratos-programa para o desenvolvimento da sua atividade humanitária, desportiva, cultural, de lazer e de apoio social, atividades essenciais para a qualidade de vida da população do concelho”. Joaquim Santos, presidente da autarquia, refere, ainda, que “ao inviabilizar o aumento de 2,5 milhões de euros inscritos no Orçamento de 2019 esta aliança negativa, não só, coloca constrangimentos a diversos investimentos, mas também nos salários e valorizações remuneratórias e contratação de novos trabalhadores, que com este voto contra ficam comprometidos”.

PCP reúne este domingo na Quinta do Conde

O

Grupo Desportivo e Cultural do Conde 2, na Quinta do Conde, acolhe amanhã, a partir das 14h30, a XIII Assembleia de Organização Concelhia de Sesimbra do PCP. A assembleia tem como objetivos a eleição da nova Comissão Concelhia do PCP,

a avaliação do trabalho realizado, desde a última Assembleia, e a definição dos objetivos orgânicos e de intervenção do partido para o Concelho de Sesimbra. Pretende-se assim assegurar o reforço do partido nas empresas, locais de trabalho e freguesias, o aumento do nú-

mero de militantes e das tarefas por eles desenvolvidas, o aprofundamento da intervenção do partido nas várias áreas sociais do Concelho, centrada na defesa de uma política alternativa, patriótica e de esquerda, ao serviço dos trabalhadores, do povo e do país. 2018 | 1 DE DEZEMBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 7


CULTURA

ARTEVIVA ESTREIA NOVA PRODUÇÃO PARA A INFÂNCIA

“Pinóquio” aconselha-nos a não desistir dos nossos sonhos Paula Magalhães volta a encenar uma peça para o ArteViva. Desta vez, sobre o mundo mágico do mais célebre boneco de madeira que quer ser um menino de carne e osso. TEXTO ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR

A

ArteViva - Companhia de Teatro do Barreiro estreou, no passado dia 24, às 16 horas, a sua nova produção para a infância, “Pinóquio”, com encenação de Paula Magalhães. Trata-se da história do «mais famoso» boneco de madeira que deseja ser um menino de verdade. Mas só depois de muitas aventuras e peripécias é que Pinóquio consegue

concretizar este desejo. «Nunca devemos desistir dos nossos sonhos, mas temos de lutar por eles e adaptarmo-nos ao mundo que nos rodeia. Há lá magia melhor que viver esta história?», realça fonte do ArteViva. A história remonta ao século XIX, mas onde a metáfora do crescimento e da adaptação às vicissitudes do mundo, se mantem «bastante atual». Recorde a história de um pedaço de madeira, que o velho Gepeto resolve transformar num boneco que, inesperadamente, consegue falar, andar e

fazer muitas travessuras. Pinóquio é teimoso, desobediente, nem sempre diz a verdade, não gosta de ir à escola e facilmente se mete em confusões: desentende-se com o Grilo Falante, deixa-se enganar pela Raposa e pelo Gato e encantar pelas ardilosas maravilhas da Terra da Brincadeira. Mas Pinóquio tem também um desejo. Como todas as crianças, ele quer crescer. Para isso vai ter de se tornar um menino de verdade. Só depois de muitas aventuras, peripécias e desventuras, e de perceber que tem de se

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adaptar ao mundo em que vive, é que Pinóquio vai poder, finalmente, concretizar o seu sonho. O elenco de “Pinóquio”, a

77.ª produção da companhia ArteViva, é constituído por Ana Sofia Samora/ Catarina Santana, Adriana Lopes/Maria Inês Santos,

João Parreira e Vítor Nuno. Para ver aos sábados, às 16 horas, e aos domingos, às 11 horas, no Teatro Municipal do Barreiro.

Setubalense Susana Jordão protagoniza musical “Sweet Christmas Night” GRANDE RÉVEILLON NO POLITEAMA

I

21h30 Espetáculo “Eu Saio na Próxima, e Você?” 00h00 Boas vindas ao ano 2019 seguido de uma atuação musical com Marina Mota e João Baião 01h00 Buffet no Salão Nobre com música para dançar e muitas surpresas! 8 | SEMMAIS | SÁBADO | 1 DE DEZEMBRO | 2018

nspirado na magia natalícia, “Sweet Christmas Night”, que sobe ao palco do Teatro Joaquim D´Almeida, no Montijo, este sábado, às 21h30, e domingo, às 16h30, é um espetáculo de música que irá proporcionar a alegria do Natal a todos os que celebram esta quadra. Todos vivem e olham para o natal de maneira diferente, mas todos desejam o mesmo… poderem estar juntos a celebrá-lo com muito amor, fraternidade e conforto familiar.

Quem não gosta do cheiro a comida pela casa? Quem não fica ansiosamente à espera da meia-noite para abrir os presentes? Todos nós gostamos de fazer a árvore em família, todos nós queremos ser o eleito a colocar a estrela no topo da árvore, todos nós gostamos de enfeitar a casa. Desde miúdos a graúdos, todos adoram a magia do Natal. Segundo a cantora e protagonista do musical, Susana Jordão, este espetáculo «pretende que cantemos todos juntos, ao som de músicas que

nos marcaram ao longo dos anos e que continuam a passar de geração em geração, nomeadamente “Jingle Bells”, “Let it Snow”, “We Wish You a Merry Christmas”, “Santa Claus is Coming to Town”, entre muitas canções que fazem parte deste «grande espetáculo» de Natal. Fábio Simões é o produtor do espetáculo, a voz e direção musical pertence a Susana Jordão. Os músicos em palco são David Oliveira (guitarra), Vasco Rydin (percussão) e Rui Gouveia (baixo). Bilhetes a 7,50 euros.

Convites para “Eu saio na próxima, e você?” e “ParqueMania” Temos convites para oferecer aos nossos leitores para irem assistir aos magníficos espetáculos em cena nos teatros Politeama e Maria Vitória, ambos em Lisboa. O primeiro, uma grande comédia/musical, que tem como protagonistas João Baião e Marina Mota, tem o selo de qualidade de Filipe La Feria e vai estar em cena até final do ano. Já, a revista “ParqueMania”, de Flávio Gil, Renato Pino e Miguel Dias, com Paulo Vasco, Miguel Dias, Rosa Villa e Susana Cacela, entre outros, é uma luxuosa e divertida revista popular à portuguesa. Se tenciona passar uma noite animada, basta ligar 96 943 10 85 ou 918 047 918 e solicitar os seus convites. Ligue apenas de segunda a sexta-feira.


CULTURA

JOSÉ ANTÓNIO CHOCOLATE

«Quero acabar com dignidade o meu percurso profissional rico e diversificado» O poeta José António Chocolate adorava conhecer S. Petersburgo e acabar com dignidade o seu percurso profissional rico e diversificado. Tem 62 anos, pertence ao signo Aquário, é natural de Santa Eulália (Elvas) e reside em Setúbal.

ALMADA01DEZEMBRO21H00

MÁRTIR DO FUNDAMENTALISMO TEATRO JOAQUIM BENITE “Mártir”, de Marius von Mayenburg, com encenação de Rodrigo Francisco, mantém-se em cena para retratar o impacto do pensamento fundamentalista na sociedade atual.

SEIXAL01DEZEMBRO21H30 ATORES EM BAIXA FERNÃO FERRO O Teatro das Beiras, da Covilhã, apresenta a peça “Do princípio ao fim”, de Eduardo De Filippo, que conta a história de uma companhia de atores que caiu em desgraça.

SETÚBAL01DEZEMBRO21H30 XI POR TERRAS DO SADO FORUM LUÍSA TODI Não perca o festival de tunas masculinas, com quatro grupos a concurso, provenientes de diferentes locais do país.

POR ANTÓNIO LUIS IMAGEM DR

Que livro anda a ler ou leu ultimamente? “As velas ardem até ao fim”, de Sandór Márai.

Qual o seu maior sonho profissional? Acabar com dignidade um percurso profissional rico e diversificado.

Qual o último filme que viu no cinema? Não me lembro do título.

E pessoal? Ser útil e continuar a fazer coisas que me entusiasmem. Cidade preferida? Paris. Qual o local que gostaria de conhecer e que ainda não visitou? S. Petersburgo. Um desejo para 2018? A paz no mundo. Quem convidaria para um jantar a dois? António Guterres, Secretário-Geral da ONU. Quem é a mulher mais sexy do Mundo? Há tantas. Complete: A minha vida é… Aliciante. O que não suporta no sexo oposto? Petulância.

SANTIAGO02DEZEMBRO17H

Comida e bebida preferida? Cozido de grãos à alentejana, com um bom vinho tinto.

AUDITÓRIO ANTÓNIO CHAINHO

Qual o seu maior vício? Nenhum.

AJUDA AOS CARENCIADOS

Concerto solidário pelos alunos da Escola de Guitarra Portuguesa Mestre António Chainho, com a participação especial do fadista Pedro Moutinho. A favor de famílias carenciadas.

PALMELA02DEZEMBRO16H

ENCONTRO DE CANTE ALENTEJANO SIM DE QUINTA DO ANJO Em ambiente de taberna alentejana, assista ao aniversário da declaração da UNESCO que elevou o cante alentejano a Património Cultural da Humanidade, com a atuação de 5 grupos.

SESIMBRA02DEZEMBRO16H CONCERTO PELA PAZ TEATRO JOÃO MOTA Concerto pela Paz, pelo Grupo Coral de Sesimbra, com a participação do Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, do Montijo, e do Coro Juvenil do Choral Phydellius, de Torres Novas.

MONTIJO06DEZEMBRO15H VII GALA SOLIDÁRIA

TEATRO JOAQUIM D´ALMEIDA A 7.ª Gala Solidária, do município, visa angariar alimentos para as famílias carenciadas e beneficiárias de apoio alimentar. Participam vários artistas.

CINEMA

Melhor peça de teatro? “As árvores morrem de pé”. Melhor música de sempre? “Carmina Burana”, de Carl Orff. Qual a sua maior virtude? Franqueza. E defeito? Sentir-me com a ingratidão. Como se chama o seu animal de estimação? Já tive um cão chamado “Goivete”, a quem fiz um poema. O que levaria para uma ilha deserta? Companhia. Dia ou noite? Dia. O que mais teme na vida? A falta de saúde. A quem ofereceria um presente envenenado? A certos loucos que dirigem os destinos de certos países. O maior desgosto da sua vida? O sabor da injustiça num processo muito mediático em que fui envolvido.

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MONSTROS FANTÁSTICOS OS CRIMES DE GRINDELWALD DATA DE LANÇAMENTO 15/11/2018 NACIONALIDADE REINO UNIDO, ESTADOS UNIDOS GÉNERO AVENTURA, FANTASIA ELENCO JOHNNY DEPP, EDDIE REDMAYNE, KATHERINE WATERSTON REALIZADOR DAVID YATES DURAÇÃO 134 MINUTOS

Depois de ser capturado pela MACUSA, Grindelwald consegue escapar e prepara-se para continuar o seu plano: reunir seguidores a fim de criar feiticeiros de sangue puro e dominar todos os seres não mágicos. Albus Dumbledore recruta o seu ex-aluno Newt e juntos farão de tudo para enfrentar os novos perigos num mundo mágico cada vez mais perigoso e dividido. Trata-se de um excelente filme repleto de cenas e de efeitos especiais, que deixam o espetador emocionado e bastante satisfeito. Para ver no confortável e moderno Cinema City, no centro comercial Alegro de Setúbal. 2018 | 1 DE DEZEMBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 9


LOCAL

SINES

Seminário sobre cidadania plena A associação Capazes promove, no dia 6 de dezembro, entre as 11 e as 12h30, no Centro de Artes de Sines, um seminário com o tema “Como fazemos uma escola para tod@s?”, com entrada livre. O encontro, moderado por Rita Ferro Rodrigues e aberto a toda a comunidade, conta com a presença de Paulo Côrte-Real (economista), Clara Sottomayor (juíza), Carolina Reis (jornalista), Cristina Ferreira (Grupo Leya), Isabel Rosinha e Lúcia Ramiro (professora). Durante 90 minutos, todas e todos são convidados a refletir, coletivamente, sobre o papel da comunidade escolar e da sociedade civil na capacitação das camadas mais jovens da população, para o exercício de uma cidadania plena, promovendo uma cultura de respeito para com a diversidade e apostada em modelos igualitários de masculinidade e de feminilidade.

SETÚBAL SEIXAL

Espaços exteriores do Centro de Saúde de Corroios vão avançar Enquanto o novo Centro de Saúde de Corroios não é construído, o município aprovou, na passada semana, em reunião de câmara, a minuta do contrato do concurso público para a empreitada dos espaços exteriores.

O

s espaços exteriores estão orçados em mais de 256 321,47 euros mais IVA, e terão de ser construídos num prazo de 270 dias. O edil Joaquim Santos, lamentou que «o processo de construção do Centro de Saúde, que é tão necessário para a população, continue sem desenvolvimento». O autarca lembrou que «em 2017 foi celebrado acordo de colaboração para a instalação desta unidade de saúde, entre o Estado e a Câmara, mas, infelizmente, já foram anulados pelo Ministério da Saúde 2 concursos públicos para a sua construção. A Câmara solicitou em outubro nova reunião à ministra da Saúde, não tendo obtido resposta até ao momento».

Nesse acordo assinado em maio ficou definido que a ARS-LVT assumiria a construção do novo Centro de Saúde de Corroios e que o município assumiria a construção dos acessos e arranjos exteriores, tendo ficado estabelecido que equipamento abriria em 2018. Hoje foram aprovados em reunião de câmara os referidos arranjos exteriores, ficando em falta a parte assumida pelo Governo. O edil considera que a construção deste equipamento é «urgente» pois o serviço continua a funcionar num edifício de habitação adaptado para o efeito com 4 andares, sem elevador e sem o mínimo de condições para assegurar a acessibilidade de 50 mil habitantes.

ALCOCHETE

SESIMBRA

Mais contentores de reciclagem Construção do canil e gatil foi adjudicada nas zonas urbanas A Amarsul continua a instalar mais contentores de reciclagem nas zonas urbanas. De acordo com o vereador da Higiene Urbana, Pedro Lavrado, a medida vai ao encontro de aos pedidos da população quer ao nível da recolha, quer ao nível do número de ecopontos existentes no concelho, que eram insuficientes. «A Amarsul tem sido sensível a estes problemas. Todas as zonas urbanas estarão abrangidas nesta medida que é muito importante para o município», destacou Pedro Lavrado, visto que muitos dos materiais recicláveis são colocados junto dos contentores de resíduos domésticos, uma realidade que além de impedir a devida reciclagem, também encarece a fatura do município que tem de pagar por esta deposição de resíduos. «Se os cidadãos tiverem o cuidado de separar os materiais recicláveis vão contribuir para reduzir o valor que a autarquia tem de pagar à Amarsul», acrescentou o autarca. 10 | SEMMAIS | SÁBADO | 1 DE DEZEMBRO | 2018

O município adjudicou a obra do novo Canil e Gatil Municipal, que vai ser construído no Pinhal do Cabedal, na freguesia do Castelo, junto à Estação de Transferência de Resíduos Sólidos, e do canil da Bianca – Associação de Proteção de Animais com quem a autarquia tem um protocolo de cooperação. A obra representa um investimento de perto de 450 mil euros, e pode vir a obter um apoio de 50 mil euros caso seja aprovada a candidatura apresentada pela autarquia à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. O equipamento terá cerca de 510 metros quadrados de área coberta, 30 espaços individualizados com boa exposição solar, gabinetes para vacinação antirrábica, colocação de microchip e assistência médica, armazém de rações, instalações para o pessoal, receção e estacionamento.

Festa do Natal dá mais cor à cidade Setúbal assistiu, no dia 24, à chegada do Pai Natal e ao espetáculo de inauguração das iluminações de Natal, no início do Setúbal Christmas Fest, a decorrer até 6 de janeiro. O programa inclui o habitual mercado de Natal, que também foi inaugurado no dia 24, com venda de artesanato e produtos de gastronomia na Praça de Bocage. Uma das principais atrações é o Natal no Parque, feira de diversões e espetáculos localizada no Bonfim, onde funciona uma pista de gelo com 250 metros quadrados. O Natal no Parque inclui muitos mais aliciantes, como a Casa do Pai Natal e a Mini Disco, discoteca para os mais novos. O parque do Bonfim acolhe, igualmente, várias diversões ecológicas, como arborismo, carrossel, mini roda-gigante e insufláveis. Além da Zona Lounge e da Christmas World Boardgames, o Natal no Parque reserva, ainda, um pequeno comboio.

PALMELA

Juntas atualizam verbas transferidas do município O município acaba de aprovar as atualizações às verbas a transferir para as juntas de freguesia, no âmbito da delegação de competências. Na área dos pavimentos em calçada, Quinta do Anjo passa a receber, a partir de 2019, 18 500 euros, e Pinhal Novo passa a receber 22 200 euros. Foi também aprovada alteração para a remoção de monos, verdes e afins, pela União das Freguesias de Poceirão/Marateca, cujo valor será atualizado para 46 mil euros por ano. Para esta Junta, foi também aprovada alteração para limpeza de bermas fora do perímetro urbano. Por se ter verificado que o trabalho efetuado excede, o atualmente contratualizado, decidiu-se, mantendo-se os atuais 95 quilómetros de bermas para limpar e desmatar, aumentar para 95 euros o valor do km/ano. Foi ainda aprovada alteração para limpeza urbana, pela Junta de Quinta do Anjo e pela União das Freguesias de Poceirão/Marateca.

MOITA

Feira de Natal chega este sábado A simpática vila da Moita vai receber a sua primeira Feira de Natal, já este sábado, a qual vai estar em atividade até ao dia 6 de janeiro. É na Praça da República que vai encontrar a Casa do Pai Natal, os carrosséis infantis, a árvore de Natal, as “banquinhas” de artesanato, doces e outros artigos natalícios, mas as animações vão acontecer também noutras artérias desta vila ribeirinha. A chegada do Pai Natal na sua rena está marcada para as 15h30 deste sábado, e virá acompanhado por soldadinhos, duendes em andas, malabaristas, neve e músicos de Natal. Esta Feira de Natal, que promete muita animação, é organizada pela Comissão Coordenadora das Festas do Município da Moita, e conta com o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. Divirta-se e viva intensamente o espírito de Natal nesta pacata vila do distrito de Setúbal.


LOCAL

SANTIAGO DO CACÉM

Água de qualidade pelo segundo ano consecutivo A Câmara volta a ser distinguida com o Selo de Qualidade Exemplar de Água para Consumo Humano, pela Entidade Reguladora Prémios e Selos de Qualidade dos Serviços de Águas e Resíduos. O edil Álvaro Beijinha e o vereador Albano Pereira estiveram presentes na entrega dos prémios, no dia 22, na 13.ª Expo Conferência da Água, em Lisboa. Os Selos e Prémios de qualidade do serviço ERSAR (vertente águas) inserem-se na Expo Conferência da Água, organizada em parceria com o jornal Água&Ambiente. O evento visa identificar, distinguir e divulgar casos de referência relativos à prestação dos serviços de abastecimento público de água, saneamento de águas residuais urbanas e gestão de resíduos urbanos. A seleção das entidades distinguidas é feita nos termos constantes do regulamento “Prémios e Selos dos Serviços de Águas e Resíduos” referente ao ano anterior que se evidenciam em cada categoria.

MONTIJO

Sociedade 1.º de Dezembro apaga 164 velas A Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro festeja 164 anos de existência com um programa alargado durante o mês que agora começa.

BARREIRO

Jornadas do ACES destacam papel do enfermeiro A I Jornadas de Enfermagem do ACES Arco Ribeirinho realizaram-se a 22 de novembro, no auditório Augusto Cabrita. De acordo com Frederico Rosa, a Câmara assume-se como um parceiro de todas as entidades sociais de diferentes áreas. «Só de forma articulada e em consonância podemos servir a mesma população, pois sozinhos temos pouca eficácia». O mais importante, na opinião de Frederico Rosa são as referências na profissão, pessoas que dedicaram a vida à enfermagem. «É uma satisfação ver profissionais que dedicaram uma vida à população e hoje são referência para todos». Destacou o trabalho das enfermeiras Anabela Torcato e Conceição Ponte, representativo da «humanização da profissão e da relação estabelecida com a comunidade». De referir que as Jornadas integraram vários painéis, como “Nascer e Crescer com Afeto”; “Saúde à Solta – na Escola e na Comunidade”; entre outros.

GRÂNDOLA

Semanas gastronómicas da batata-doce Até dia 2, Grândola, terra fértil no cultivo de batata-doce, continua a acolher as Semanas Gastronómicas, dando a provar aos turistas as mil e uma formas de cozinhar e saborear este tubérculo. “Coelho frito com batata-doce”, “Bifinhos de frango com puré de batata-doce”, “Lombo de bacalhau em papelote com migas de batata-doce”, “Lombinhos grelhados com batata-doce frita”, “Escabeche de perdiz com mil-folhas de batata-doce”, “Cozido com batata-doce” ou “Costeletas de borrego com batata-doce assada” como pratos principais, tartes, bolos e azevias de batata-doce como sobremesas são algumas das deliciosas iguarias para provar. São quase 30 pratos confecionados com batata-doce que são servidos à mesa dos restaurantes Café do Juca, Cantinho do Futuro, Casa de Pasto, Novos Sabores da Lanterna, O Melidense, Quinta do Lourenço, Sabores da praça, Villa Mariscos e Zé de Moura.

A

s comemorações arrancam este sábado, às 6 horas, com a alvorada, saída de um grupo de músicos para anunciar o início das festividades. Às 8 horas, o hastear das bandeiras na sede da coletividade antecede a missa de sufrágio na Igreja Matriz, por intenção dos músicos, sócios e dirigentes falecidos. Às 14h30 terá lugar o desfile de cumprimentos às entidades oficiais, coletividades e população e, às 16 horas, na sede da sociedade, realiza-se a sessão solene, onde serão conferidos diplomas e emblemas aos sócios com mais de 25 e 50 anos de associados, seguida do 1.º Dezembro de honra dedicado aos corpos diretivos,

maestros, músicos, sócios e convidados. No dia 8 terá lugar o concerto de aniversário com a banda da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, pelas 17 horas. A Revist’ó Fado, Na Tasca do Ti Carlos marca a continuidade do programa comemorativo, no dia 9, às 16 horas, com António Pinto Basto, Paulo Oliveira, Ana Catarina, Luís Viegas e Filipa Giovanni. O programa prossegue dia 15 com V Gala, às 16 horas, 00, no teatro Joaquim d’Almeida. As comemorações terminam dia 16, com o Concerto de Natal com Coro Polifónico da Sociedade Filarmónica 1.º de Dezembro, na Igreja Matriz.

ALCÁCER DO SAL

ALMADA

O corrente ano de 2018 está a ser revelador em relação à quantidade de obras particulares efetuadas, em curso, e a ter início ainda este ano, no concelho de Alcácer do Sal. Segundo o município alcacerense, o total de licenciamentos e, sobretudo, o número de alvarás de utilização de obras particulares, tiveram um grande incremento neste ano de 2018 que está prestes a terminar, o que demonstra que as pessoas gostam de ir viver para Alcácer do Sal. «Há um claro aumento da procura de obras particulares, e existe uma dinâmica crescente para a reconstrução e reabilitação de imóveis no concelho. Alcácer é cada vez mais um local convidativo, não só para se estar mas também para viver», sublinha o presidente do município alentejano Vítor Proença, que não esconde a sua satisfação por tal preferência.

O restauro do ecossistema dunar da praia de S. João da Caparica vai avançar a partir de maio, com a reposição de areias nas praias urbanas da Costa da Caparica. O município e a Agência Portuguesa do Ambiente assinaram no passado dia 27, contrato de cooperação para o restauro do ecossistema dunar da referida praia. O objetivo é, através da intervenção nesta praia, assegurar a manutenção do projeto municipal ReDuna, lançado em 2014, que visa o reforço da proteção natural das dunas, evitando a erosão costeira. Foi a CMA que propôs à APA a realização desta intervenção, após as tempestades de inverno e da primavera de 2018 terem afetado a Costa da Caparica, em particular a praia de S. João da Caparica, com a linha costeira a regredir alguns metros, sem que o sistema tivesse capacidade de repor o equilíbrio.

Obras particulares com mais procura em 2018

Dunas de S. João da Caparica vão receber areias

2018 | 1 DE DEZEMBRO | SÁBADO | SEMMAIS | 11


NEGÓCIOS

COMPORTA RECEBE MIL MILHÕES DE INVESTIMENTO

Venda da herdade preocupa ambientalistas Novas estações de tratamentos de água, arruamentos e 52 moradias turísticas fazem parte dos planos de investimento a 15 anos de Claude Berda e Paula Amorim, os novos “donos” da Herdade da Comporta. Os ambientalistas temem a entrega, a decisores particulares, de decisões cruciais para o futuro ambiental e social do território. TEXTO ROBERTO DORES IMAGEM DR

A

escritura de venda da Herdade da Comporta está marcada para 4 de abril de 2019, mas é possível que os novos proprietários dos ativos imobiliários - Claude Berda e Paula Amorim - até consigam antecipar a data. Em carteira têm um plano de investimento de mil milhões de euros para concretizar no prazo de 15 anos. Mas há seis associações ambientalistas que se manifestam preocupadas com a venda

da herdade ao consórcio Amorim/Vanguard. Segundo já avançou Cardoso Botelho, que representa o milionário francês, Claude Berda, o plano traçado pelos novos donos da Comporta aponta a intervenção ao nível das infraestruturas, com «a reparação e construção de estações de tratamentos de água e de efluentes, arruamentos e o desenvolvimento de 52 moradias turísticas», revela. O mesmo representante admite que o «projeto Comporta» será um programa para se desenvolver entre dez a 15 anos,

totalizando o investimento de mil milhões de euros, avançando que nesta primeira fase o consórcio estima vir a investir 300 milhões euros. Paula Amorim prevê avançar com uma unidade hoteleira, tendo sido já admitido por Cardoso Botelho que a ambição dos investidores é criar «um projeto ímpar de bem-estar», com base em parcerias. Recorde-se que, terça-feira, a assembleia geral da Gesfimo aprovou a venda dos ativos turísticos da Herdade da Comporta por 158,2 milhões de euros, depois de um impasse

que se arrastou ao longo dos últimos anos em torno dos ativos imobiliários que eram detidos pelo Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado da Herdade da Comporta. Nas reações ao negócio, seis associações ambientalistas já se mostraram preocupadas, tendo escrito uma carta ao ministro do Ambiente na qual contestam o projeto de urbanização previsto para a zona que vai ser vendida. Alegam na missiva, a que o Semmais teve acesso, que «o país está na iminência de assistir não só

à conversão de um vasto espaço agroflorestal num complexo residencial e turístico, como à entrega a decisores particulares de algumas decisões cruciais para o futuro ambiental e social do território». O documento é assinado Associação Comporta Utopia, Alentejo Litoral pelo Ambiente, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, Liga para

a proteção da Natureza, QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza e ZERO - Associação Sistema Terrestre Sustentável. Pedro Bingre do Amaral, da associação Comporta Utopia, alerta para o risco de se ir «transformar a Herdade da Comporta em mais uma estância balnear sobreexplorada como as que existem no Algarve», diz.

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Sonangil Betão instala-se na Zona Industrial e Logística de Sines

A

Sonangil Betão escolheu a ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines para a construção de uma Central de Betão Pronto e instalações de apoio à construção civil, no Lote 11 do Loteamento E da Zona 1 da ZILS, de modo a dinamizar este ramo de negócio no concelho de Sines e zonas limítrofes, onde a empresa expande a sua atividade. O valor estimado de investimento é de aproximadamente 2,5 milhões de euros e gerará uma atividade que irá criar cerca de 25 postos de trabalho diretos e 10 indiretos nas atividades de apoio. O espaço servirá igualmente de base de apoio a uma outra empresa do grupo (Sonangil SA) especializada em todo 12 | SEMMAIS | SÁBADO | 1 DE DEZEMBRO | 2018

o tipo de construção civil e obras públicas, com até mais 50 trabalhadores que serão necessários para satisfazer as necessidades de duas obras já adjudicadas no concelho de Sines (Porto Côvo) e outra em Alcácer do Sal no valor aproximado de 3 milhões de euros. A empresa

encontrando-se ainda com outras tantas obras em orçamentação para este concelho e limítrofes de modo a expandir a sua atividade nesta região. A unidade ocupará cerca de um hectare do Loteamento E da Zona 1 da ZILS, gerido pela aicep Global Parques


NEGÓCIOS

OPEN DAY DA AISET MOSTROU INOVAÇÃO DA INTROSYS JUNTO DO EMPRESARIADO DA REGIÃO

Fábrica Inteligente em Palmela “apadrinhada” pela Indústria No âmbito do Open Day à Indústria organizado pela Associação da Indústria da Península de Setúbal, a Introsys SA, apresentou um projeto inédito que servirá de plataforma ao lançamento de fábricas robotizadas no país. TEXTO RAQUEL GOMES IMAGEM DR

A

Empresa com sede em Palmela, vencedora com o prémio PME Inovação pela COTEC, em 2017, apresentou aos mais de 100 diretores executivos, administradores, altos responsáveis por organismos públicos regionais e nacionais, aquele que será o protótipo de uma linha de produção num futuro muito breve. A Empresa de automação e robótica, que acompanha desde sempre os últimos avanços da Quarta Revolução Industrial, lidera um consórcio internacional no qual estão também a Siemens

e a Universidade Nova. A apresentação do OpenMOS aos vários players da indústria, foi antecedida por uma intervenção de André Rocha, Investigador da Universidade Nova, que apresentou os novos desafios do financiamento europeu, sobretudo para a modernização tecnológica. Raquel Caldeira, responsável pelo departamento de investigação e desenvolvimento «abriu as portas da empresa» mostrando as soluções mais originais que tem encontrado para dar resposta aos inúmeros clientes, sobretudo no estrangeiro, e Pedro Ferreira, da Universidade de Loughbourough, em Inglaterra, explicou a direção na nova aposta – OpenMos.

Rosto da Introsys exorta a uma indústria de «mãos dadas» O Diretor Geral da Empresa, Nuno Flores desafiou os presentes a desenvolver uma nova visão da Indústria - empresas a fabricar mais rapidamente, «de forma consistente com maior qualidade e menor custo, num ambiente ágil na qual indústria e academia caminham de mãos dadas». No evento organizado pela AISET, juntamente com a Introsys, foram feitas demostrações de como os robots trabalham de forma integrada com um sistema logístico de transportes (veículo guiado de forma autónoma) utilizando uma

plataforma digital que faz a gestão dos sistemas de produção na ótica plug and produce.

A Aiset, na voz do seu presidente, Antoine Velge, na senda de partilha de Kow How entre associados,

congratulou-se com a realização do evento feito para uma indústria de olhos postos no futuro.

portuguesa, mesmo com os custos e impactos nos resultados do banco», salientou Tomás Correia. O líder da Associação Mutualista relembrou a facto de a instituição ser neste momento «a maior operadora no setor dos

cuidados continuados e a aposta forte no digital», operada nos últimos dois anos. «Se a Associação Mutualista existe hoje é porque foi capaz de se reinventar. E essa é, a garantia que oferecemos aos nossos associados.

TOMÁS CORREIA ESTEVE EM SETÚBAL PARA DEFENDER VALORES DO MONTEPIO

«Os associados conhecem o nosso trabalho e não vão em cantilenas» O candidato da lista A à presidência da Associação Mutualista esteve em Setúbal onde lembrou os tempos de crise, altura em que conseguiu «manter intacto» o grupo. Tomás Correia reafirma que a Caixa Económica Montepio tem que continuar a ser um banco com valores. TEXTO ANABELA VENTURA IMAGEM DR

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atual timoneiro da Associação Mutualista Montepio Geral, António Tomás Correia, disse a semana passada em Setúbal, ter um projeto para «reinventar» o grupo Montepio e continuar a defender «intransigentemente» os valores mutualistas «de uma instituição que é hoje líder da economia social no país». O líder da Lista A, que vai continuar a contar com Carlos Beato – ex-presidente da Câmara de Grândola – como candidato a vogal do conselho

de administração, e com a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, candidata a um lugar no Conselho Geral, garante que só avançou para este mandato por não rever nos programas dos outros dois candidatos à presidência, «a preservação e integridade» da Associação Mutualista. Tomás Correia, que tem sido atacado por «uma campanha pessoal de terra queimada», no dizer de Virgílio Lima, seu mandatário, reafirmou os receios de que os seus adversários, nomeadamente, Fernando Ribeiro Mendes (lista B) e António Godinho (lista C), continuem a defender «a vendilhice»

da Caixa Económica a estrangeiros e «o retalhar do grupo» Montepio. «Houve uma tentativa de capturar a Caixa Económica» Esta alusão aos candidatos adversários – que ainda fazem parte do conselho de administração da mutualista - advém do facto de, segundo Tomás Correia, terem defendido em reuniões do Conselho, a alienação da Caixa Económica. «Não tenhamos dúvidas de que houve uma tentativa de capturar o Montepio. Repare-se o que se passou com o Banif, que valia mais de 1000 milhões e foi comprado por 150 milhões. Para não

referir outros casos. E o que se passa nos seguros é ainda mais vergonhoso, porque, antes da crise, as seguradoras eram detidas por 85% de capital nacional, e hoje esse rácio é pouco mais de 12%», afirmou. «Somos da família da economia social, com valores diferentes da banca clássica. Durante o período da crise, fomos quem melhor soube aproveitar as linhas de crédito abertas pelo Estado, no período da Troika, tornamo-nos no quatro maior banco no apoio às empresas, preservamos o emprego na família Montepio, e nunca executámos uma casa a nenhuma família

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OPINIÃO

EDITORIAL RAUL TAVARES DIRETOR

Em nome dos princípios, contra os iluminados

Nos últimos dez anos, tenho acompanhado de muito perto a vida da Associação Mutualista Montepio (AMM), sou, aliás, um “Pelicano”, associado com direito a voto e, mais importante, com direito a opinião. Conheço algumas das pessoas que têm gerido esta Instituição, a mais vetusta do país e uma das mais antigas da Europa. Ao longo deste tempo, conheci também a forma como a equipa liderada por Tomás Correia, incluindo nesta o padre Vítor Melícias, Carlos Beato e alguns outros, defendeu a família Montepio contra muitos interesses. Desde logo, os que defenderam e continuam a defender a alienação da Caixa Económica (o banco) e a abertura do capital da mutualista - que é única proprietária do banco – a privados. Disse privados e não a instituições do setor social… E depois as invejas maldosas, tornadas imensas, bem saciadas quando se acompanha uma assembleia-geral da AMM, aqui com laivos políticos de uma esquerda arrivista, capaz se juntar ao pior dos inimigos só para atingir um homem, uma equipa. A questão central, é que as campanhas tóxicas que foram lançadas nestas duas últimas semanas contra a figura de Tomás Correia, para além de correrem ao sabor de uma comunicação social que há muito deixou de chamar o contraditório à equação jornalística, lesam de forma substantiva a imagem da AMM e do seu banco. Lesam e geram prejuízos. Não pode valer tudo. Não sei se o presidente da AMM vai ser culpado, nos dois ou três processo que impendem sobre a sua ação enquanto gestor da Caixa Económica Montepio. Mas sei que tem direito à sua honra e tem ainda mais direito à presunção de inocência. Para mim, que sou talvez mais conhecedor que a maioria dos portugueses do que se fez nestes dez anos a favor dos valores da marca Montepio, estou descansado. E tranquilo. Só não aceito que uma cambada de arrivistas, incluindo jornalistas de renome e opinion-makers ditos de primeira – como tem acontecido nas televisões - me vejam dar lições de moral, e passar-me atestados de burrice, por ter aceitado fazer parte da Comissão de Honra da Lista A, liderada por António Tomás Correia. Por isso, contra os iluminados do país, desejo que cada um dos associados vote por si, com consciência e de forma serena. Qualquer que seja a escolha.

Carta ao Direitor Movimento Cívico SOS Sado POR DAVID NASCIMENTO

A

o abrigo da Lei de Imprensa nº 2/99, de 13 de Janeiro, artigos 24º, 25º e 26º, vem David José Mendonça do Nascimento, na qualidade do representante do movimento cívico SOS Sado, exercer o direito de resposta e rectificação em relação ao artigo do jornal Semmais, edição de 10 de novembro de 2018, da autoria de Anabela Ventura, com o título “segundo revés para críticos das dragagens abre espaço ao arranque das obras em dezembro”, que este movimento considera conter insinuações passíveis de induzir em grave erro os seus leitores. Em primeiro lugar, escreve a jornalista que a providência cautelar terá sido “chumbada” por ser a argumentação deste movimento “vaga e genérica” sobre o projecto da APSS. Ora tal não corresponde à verdade, não se tendo sequer o tribunal pronunciado sobre os argumentos legais avançados, antes afirmando que o motivo invocado pelo movimento para aferir da urgência em travar imediatamente a obra da APSS

seria- apenas e só esse- “vago e genérico”. Cintando directamente a decisão do Tribunal Fiscal e Administrativo de Almada: “Com efeito, o Requerente não logrou demonstrar a necessidade de tutela urgentíssima (…), limitando-se a arguir, de modo vago e genérico, que a empreitada de obras públicas (…) se terá iniciado em Outubro.” Este trecho é aliás citado no mesmo artigo, pelo que nos parece haver grave insinuação na transposição que é feita para a totalidade da decisão do tribunal sobre a providência cautelar e que visa demonstrar uma pretensa discordância do tribunal para com os argumentos apresentados para o pedido de suspensão da obra, o que não é manifestamente o caso. A questão acima referida é também relevante, na medida em que a razão pela qual o tribunal considera não haver motivo para suspensão urgente do projecto é a apresentação de um caderno de obra revisto por parte da APSS em que o prazo de início das dragagens

agora avançado é de 8 de janeiro de 2019, fazendo tábua rasa das declarações da Sra. Presidente da APSS, Lídia Sequeira, à Antena 1 da RTP no dia 11 de outubro de 2018 em que afirmou que “as obras já começaram (…) em meados de novembro teremos ali a draga, portanto, a trabalhar”. Logo, a razão pela qual o pedido de suspensão urgente do processo foi indeferido pelo tribunal é que o mesmo considera haver tempo para que o processo principal siga o seu curso, sem prejuízo de interposição de providências cautelares adicionais caso a APSS decida novamente acelerar o seu calendário de obras. Acrescentamos ainda relativamente a essa questão que as declarações da Sra. Presidente da APSS e a data de início das dragagens indicada ao TAF de Almada ferem de verdade a afirmação da jornalista de que “a obra deve arrancar no final deste mês, ou princípio de dezembro”, informação que é ademais veiculada sem qualquer suporte que a justifique, como uma declara-

ção dos intervenientes ou um documento. Mais adiante, a jornalista afirma que a intervenção da APSS “inluiu (sic) a dragagem de 3,5 milhões de metros cúbicos de areia…” o que não corresponde à realidade do projeto aprovado em sede de Avaliação de Impacte Ambiental. O projecto proposto pela APSS prevê a dragagem de cerca de 6,5 milhões de metros cúbicos em duas fases, estando a segunda condicionada apenas por factores económicos e ao inteiramente ao critério da APSS, sendo por isso uma afirmação atentatória do dever de informar. Considerando que o presente artigo não é um exemplo da linha editorial a que o Semmais nos tem habituado, que cria factos e deixa insinuações erróneas e passíveis de induzir em erro os leitores, não podemos deixar de efectuar o presente reparo, agradecendo, conforme legalmente estabelecido na Lei de Imprensa, a sua publicação com destaque idêntico ao da notícia que lhe deu origem.

Nunca é tarde para representar

D

iz-se muitas vezes que nunca é tarde para sonhar, eu diria que nunca é tarde para representar. Falo sobre o teatro, uma arte para todas as idades. Mais do que uma arte uma terapia, uma forma de libertar-se, de vivenciar novas experiências, novas personagens, despir o seu “eu” e vestir a pele de uma personagem com caraterísticas por vezes nada semelhantes às de quem a representa. O teatro a meu ver deveria assumir-se como uma disciplina / atividade desde o contato das crianças com o infantário, através da expressão dramática e seguir o ensino ao longo de todo o percurso escolar, quer o currículo fosse ou não na área das artes. Tal como a educação física, o teatro poderá desempenhar um papel importante na vida dos alunos, ser um momento em que alunos e professores possam descontrair, possam pensar em si, partilhar ideias, experienciar “calçar os sapatos

dos outros”, que é como dizer colocar-se no lugar do outro. A minha experiência de teatro comunitário com diversos grupos de pessoas, sejam elas mais novas ou mais velhas, tem demonstrado que há uma alteração muito significativa na forma de estar e encarar a vida para todos aqueles que partilham “o palco”, mesmo que não seja necessariamente um palco, mas aqueles que partilham uma história, um fio condutor de um guião e que juntos apresentam um “produto final”. As frases que mais ouvi durante as minhas sessões com seniores foram “Eu não sou capaz…”, “Eu já não sirvo para nada…”, “Eu já não faço falta nenhuma ...” . No final após a apresentação do tal “produto final” eles percebem que afinal são capazes de decorar um texto, de cantar, de dançar, de se maquilhar, de vestir figurinos exuberantes ou não, de enfrentar um público e que fazem muita falta na vida uns dos outros.

ATUALIDADES BRUNO FRAZÃO ANIMADOR SOCIOCULTURAL

Motivam-se e são motivadores para outras pessoas que nunca tiveram a oportunidade de fazer teatro. Infelizmente ainda há muitas pessoas que nunca assistiram a um espetáculo de teatro, talvez por dificuldade em pagar um bilhete, outras por desconhecimento ou desinteresse sem perceberem que o Teatro é vida. Durante o processo criativo do teatro comunitário, ou seja, durante a construção do que será o “produto final” são trabalhadas as mais diversas áreas, a escrita, a leitura, a cenografia, a coreografia, o figurino, a encenação, o som, a luz, a voz, o corpo o que permite que todos colaborem num processo democrático e onde todas as opiniões

são válidas e decididas em grupo. Este período do processo criativo é o mais intenso e mais importante, mais importante até que o “produto final”, é durante este processo que se “constroem” outras vidas, onde se fazem coisas que nunca imaginámos que iriamos fazer ou que seríamos capazes. O Teatro é assim uma ferramenta muito útil nas nossas vidas! Se nunca experimentou fazer teatro, experimente, sentirá uma vontade enorme de continuar a fazê-lo e não tem de ser necessariamente ator/atriz, pois o teatro não vive só dos atores, há mil e uma funções no mundo do teatro desde o carpinteiro à costureira… É um mundo, o Teatro...

Diretor Raul Tavares | Editora-Chefe Eloísa Silva I Redação Anabela Ventura, António Luis, Cristina Martins, Marta David, Roberto Dores I Coordenação Comercial Cristina Almeida I Marketing Digital Bernardo Lourenço | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Maiscom, Lda; NIPC 506 806 537 | Concessão Produto Maiscom, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: redaccao.semmais@mediasado.pt; publicidade.semmais@mediasado.pt; Semmaisjornal@gmail.com. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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OPINIÃO

Para uma nova cultura

A

continuada atenção ao passado, reconstituído de pontos de vista vários e com objectivos diversos (desde o simples culto do anedótico até às mais inteligentes e interessadas visões do pretérito da nossa grei) – eis uma constante da nossa cultura à qual nem sempre se tem atribuído o devido valor” (Serrão, Joel. Temas de Cultura Portuguesa. Lisboa: Ática, 1960, p. 146). A compreensão da sociedade contemporânea, só possível com o estudo da nossa História, é um dos pressupostos imprescindíveis da Cultura. Outros são a familiaridade com as grandes teorias filosóficas e cientificas, com a linguagem formal, a Arte, a Música e a Literatura. E é tão abrangente o conceito de Cultura que é difícil, senão mesmo impossível, uma definição

simples. Edward Tyler foi um dos primeiros autores a tentar defini-la: “Cultura é o complexo unitário que inclui o conhecimento, a crença, a arte, a moral, as leis e todas as outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (Primitive Culture, Londres, 1871, vol. 1, p. 1 – Cit. por Bernardo Bernardi - Introdução aos Estudos Etno-Antropológicos, Lisboa, Edições 70, 1978, p. 24). Toda a manifestação do Homem em sociedade pode ser Cultura, sem excluir nada, nem do saber, nem do fazer. E não só a aquisição de conhecimentos, mediante o estudo, mas também como aquele sector que acrescenta ao conhecimento, a História, o Património, a Arte, a moral, as leis, e tudo o mais que se adquire como membro da sociedade.

Desta relação indivíduo/sociedade vive a Cultura, daí que o desenvolvimento das actividades culturais precise de um conhecimento da sociedade em que se insere. A Cultura não existe fora da sociedade, sem a sua referência de tempo e espaço. E longe vão os tempos em que, fora dos grandes centros urbanos do nosso país, como é o caso de Lisboa e Porto, a oferta cultural existente era mais fruto de itinerâncias, de produções em trânsito, do que verdadeiras iniciativas de âmbito local, e da Cultura regional ou local tínhamos, apenas, o rancho folclórico, a filarmónica, o artesanato e, de tempos-a-tempos, uma peça de teatro do grupo amador da terra. Hoje e cada vez mais, uma boa programação cultural de uma cidade, ou de outra qualquer po-

BE: viragem social-democrata?

A

recente metamorfose anunciada pelo Bloco de Esquerda na XI Convenção é talvez o acontecimento político do ano que agora termina( a par da subida de Rui Rio à liderança do PSD) porque surpreendeu, não tanto pela coreografia bem montada e pelo “media friendly” dado ao conclave, mas pela estratégia revelada pelos principais promotores da “Moção A” que ganhou de forma esmagadora e consagrou uma vez mais na liderança Catarina Martins. O Bloco não só suavizou o seu discurso, como notaram os analistas de política nacional, como deixou cair, aparentemente algumas bandeiras clássicas da sua matriz ideológica e programática, casos da saída de Portugal da Nato, ou a exigência da renegociação da dívida. “Nato” e “dívida”, surgem assim em “itálico” no texto da Moção e em letra miudinha e estiveram arredadas dos discursos desta convenção, ao contrário das anteriores. Talvez com isto e muito mais o Bloco queira, como bem vincou Catarina Martins apresentar um pacote de soluções mais abrangente que não sejam inegociáveis logo à partida pelo Partido Socialista, com o claro objectivo de vir a integrar um governo de coligação. Entrou na lógica do office-seeking, a vocação do Bloco é agora alcançar o Poder e isso ficou expresso nas inúmeras intervenções e declarações de responsáveis do partido, onde até já se falava em putativos “ministeriáveis”.

HISTÓRIA REGIONAL E LOCAL FRANCISCO CORREIA HISTORIADOR

voação, tem que obedecer aos seus traços próprios, à sua base social. Uma Cultura regional e local ganha com a definição e a presença nas suas realizações da componente sui generis dessa mesma região ou local. Conhecer a especificidade da sua História, dos seus costumes e hábitos em sociedade, é meio-caminho andado para o sucesso das suas iniciativas culturais, não só a nível da adesão das suas populações, mas também no reconhecimento de âmbito nacional.

Todas as iniciativas de carácter cultural de alguma projecção nacional e mesmo internacional, nasceram desta simbiose entre a Cultura e a História desta ou daquela sociedade. E apesar do muito que se progrediu, entretanto, muito é ainda o trabalho que falta fazer de investigação e estudo, neste domínio. E estamos sempre a tempo de pensar no projecto, na ideia para uma nova cultura, nos tempos modernos, que destaque o que de mais genuíno existe em cada cidade, vila ou povoação.

A caravana de “invasores” exaustos e famintos

ATUALIDADES

ATUALIDADES

LUIS NASCIMENTO JORNALISTA

ALEXANDRA SERRA MEMBRO DA CPF SETÚBAL DO PARTIDO SOCIALISTA

Nada de muito estranho, elites politicas andaram sempre ao longo da História casadas com o Poder, contudo, o Bloco encetou com a “Geringonça” uma acentuada institucionalizaçãopara não dizer cartelização-, fruto do impasse em que ficou desde 2015, com o esgotamento dos acordos com o PS, perdeu elementos de confronto com os socialistas, e esteve praticamente a negociar “taco a taco” medidas orçamentais de reposição dos salários, das pensões, etc. Críticos internos alertaram a Direção política do BE para o facto de o Governo de António Costa estar a prosseguir com uma austeridade no investimento traduzida na degradação dos serviços públicos. O Bloco enfrenta agora um desafio: “apanhar todos”, o que significa conquistar não só o eleitorado mais à esquerda que vota PS, mas também mais ao centro-esquerda e que até é pendular (social-democrata), que costuma votar PSD…isso pode significar, uma alteração muito significativa da estratégia negocial com Costa, caso exista uma ténue possibilidade de coligação governamental. Como é que poderá surgir uma base de

entendimento, quando há dias Marisa Matias no Parlamento Europeu votou mais uma vez contra o Tratado Orçamental, e Mário Centeno, deverá permanecer num futuro Governo de Costa, sabendo-se que o actual ministro das Finanças, é muito mais próximo do liberalismo económico? E o PCP, ficaria acantonado na oposição, com a força sindical que tem, nomeadamente entre a FENPROF? Mas se não Convenção, o tom e o resultado das votações foram pautados pela unidade e um enorme comício de arranque para as batalhas eleitorais que se avizinham e como já foi dito, com o claro objectivo de alcançar o Poder, no Distrito de Setúbal, apesar de ter havido uma convergência na unidade em Torno da Moção A, permanecem as dissensões na Coordenadora Distrital. A actual maioria foi reconduzida, mas a lista afecta à Plataforma “Novo Curso”, conseguiu eleger mais um mandato (4) e reforçar o número de apoiantes, designadamente nos concelhos de Almada e Barreiro, acompanhando as tendências eleitorais de crescimento eleitoral do Bloco nas autárquicas do ano passado.

O

mundo enfrenta a demanda dos refugiados e migrantes. Seja qual for o motor que está por trás destas ações migratórias em massa, continua a não saber responder a este problema. A ONU através do ACNUR e a boa intenção de muitos países tentam dar resposta e minimizar sofrimentos. Mas as respostas não são suficientes, para as ininterruptas crises a que assistimos. Das condições desumanas em Calais triste imagem- entretanto desmantelada- da crise migratória que tem alcançado a Europa, aos milhares que atravessam o Mediterrâneo e a cuja morte observamos de forma impotente, ou à crise de todos os que tentam fugir da guerra da Síria, a um país em ruínas e acabaram por encontrar nessa fuga -quando conseguiram termina-la não a sorte de uma vida melhor mas a bruma de sociedades que não querem recebe-los muito menos integra-los. A migração, e as políticas europeias perante esta, foi tema de um dos debates promovidos pela secção – coordenada por Hélder Fernandes - do Partido Socialista da Quinta do Conde

no passado dia 3-11-2018. Por ser um assunto imperativo, sabemos que é preciso despertar as consciências para esta questão. A cada dia que passa prepara-se uma nova e grave crise. Milhares de pessoas estão numa enorme caminhada iniciada nas Honduras. Saíram de um dos países mais violentos do mundo fugindo da fome, crime e instabilidade política. Onde dois terços da população vivem na miséria e o destino dos seus filhos será provavelmente o tráfico de droga. Que futuro espera por estes migrantes? Donald Trump deixou claro que não quer deixar entrar nas fronteiras dos EUA estes refugiados. “Invasores” assim os considera o Presidente dos EUA, ameaça encerrar a fronteira com o México e usar o músculo militar caso a caravana consiga chegar aos EUA. São mais de quatro mil que estão a percorrer milhares de quilómetros a pé na procura do sonho americano. Consiga o mundo impedir que a viagem termine em pesadelo, cada um de nós faz esse Mundo.

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ABERTURA dia 1 de dezembro, às 17.30 horas JUNTO À ÁRVORE DE NATAL GIGANTE fogo de artifício, animação com mascotes do Nickelodeon, inauguração da iluminação de Natal e muitas surpresas!


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