Revista Placenta Pocket - 2ª edição

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2a edição

POCKET




EDITO

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Aqui no Brasil, uma das mais importantes premiações da propaganda nacional é o Prêmio Caboré. Criado em 1980 pelo Grupo Meio & Mensagem, é considerado o maior prêmio da propaganda brasileira e anualmente consagra os principais profissionais e empresas que contribuem para o desenvolvimento da indústria da comunicação no Brasil. São três concorrentes em disputa para cada uma das treze categorias. As indicações são feitas pelos editores do Meio & Mensagem após um processo de consulta a figuras do mercado e análise dos diversos nomes que se destacam no negócio da comunicação. A partir daí, os assinantes do Meio & Mensagem são convidados a votar em um dos nomes de sua preferência em cada categoria. A votação é feita pela internet, com auditoria de uma empresa especializada, que acompanha desde o envio da mala direta aos assinantes até a recepção e computação dos votos. Esse ano, o processo de votação foi aberto no dia 29 de outubro no site do Caboré e segue até o dia 30 de novembro. A cerimônia de entrega do prêmio acontece na festa, do Dia Mundial da Propaganda realizado em quatro de dezembro, no Credicard Hall, em São Paulo. Com um prêmio tão importante como esse, o candidato precisa trabalhar duro o ano inteiro, e mostrar que é o melhor não só em uma campanha, mas em tudo que faz. Ser indicado a qualquer uma dessas categorias é, com certeza, uma honra e o reconhecimento de um trabalho muito bem feito.


Anuário do CCSP apresenta: As Estrelas Que Brilharam Na Mídia. Por Vicente Ramos


A publicidade e a criatividade sempre estiveram ligadas e não é só porque rimam. Juntas, conquistam, encantam, surpreendem, inovam e até transformam o mundo inteiro. Graças a essa união, foi fundado, em 1975, por publicitários da área de criação, o Clube de Criação de São Paulo, mais conhecido como CCSP. Sabendo da importância da criatividade para a publicidade brasileira e com o objetivo de valorizá-la cada vez mais, o CCSP criou uma premiação para o melhor da publicidade durante o ano e decidiu publicar o resultado em um livro. Esse livro é chamado Anuário de Criação CCSP, uma verdadeira coletânea de referências para os criativos de todo o Brasil e do mundo. O Anuário de Criação CCSP reúne as ideias mais criativas dos profissionais de propaganda, material promocional e internet de todo o país. Em um processo rigoroso de seleção, o júri do anuário é composto por sócios do clube, que incluem vários diretores de arte e redatores renomados. Para se inscrever, é preciso pagar uma taxa e enviar o case, peça ou material até o dia previsto no regulamento, que pode variar de ano para ano. O júri, que é eleito pelos sócios do clube, seleciona os melhores trabalhos em sete áreas: TV & Cinema, Revista, Jornal,


Outdoor, Rádio, Internet e Material Promocional & Design. As melhores peças são classificadas como Grand Prix, Ouro, Prata e Bronze. É importante lembrar que qualquer pessoa, física ou jurídica (agência, anunciante, produtora, fotógrafo e demais profissionais), pode se inscrever no festival. Para o lançamento do anuário, realiza-se, a cada ano, um festival em que são anunciados os vencedores de cada categoria, assim como o lançamento do livro. Tudo isso compõe uma das publicações mais importantes da publicidade brasileira. E qual é a importância do anuário para quem participa? Bem, antes de qualquer coisa, pode-se considerar uma honra, pois os trabalhos estarão além das páginas, mas na memória de muitas pessoas. Somente os melhores são premiados e entram para o hall do melhor da criatividade brasileira do ano. Por isso, ter o trabalho premiado e publicado no Anuário de Criação CCSP é a prova de que a criatividade pode surpreender, transformar e conquistar. Afinal, nada melhor do que ver o trabalho ser reco-nhecido, premiado e eternizado, após muitas doses de café, noites em claro e correria para fazer tudo dar certo.


Boas ideias não surgem num passe de mágica, é preciso ralar muito para que elas apareçam. Sabendo disso, há 13 anos a Matriz forma jovens publicitários dispostos a suar a camisa para tirar soluções criativas da caixola. Afinal, publicidade não é mágica. É ralação.



A Festival Cannes Lions reúne, atualmente, mais de oito mil participantes e cerca de noventa países. Além das premiações, o evento, que dura sete dias, conta com seminários, workshops e aulas mestras. Durante o festival, a cidade mergulha no mundo publicitário. O badalado festival começou a ser pensado na década de cinquenta. Na época, um grupo de dirigentes de empresas exibidoras resolveu se reunir informalmente com o objetivo de fazer uma troca de experiências profissionais. Papo vai, papo vem, em 1953, a conversa ganhou um caráter mais formal com a Screen Advertising World Association (SAWA). A partir daí, o festival foi passando por mudanças. Regras foram definidas, categorias novas surgiram. Hoje, o Festival Cannes Lions movimenta e empolga o mercado publicitário. Para premiar a galera que se destacou na publicidade, existem várias categorias. Cada uma delas tem um chefe de júri e um júri formado por publicitários dos países com o maior número de inscrição no festival. Os prêmios são divididos em Grand Prix, Leão de Ouro, Leão de Prata e Leão de Bronze. Embora seja muito leão, conquistar um deles não é fácil. E que bom para quem consegue um. O badalado prêmio proporciona reconhecimento e congratulações no mercado. Ganhar o leão é mais que um reconhecimento, pois, além de ajudar a alavancar a carreira, também estimula a produzir mais e melhor. Durante o festival, profissionais de várias partes do mundo se encontram e debatem sobre publicidade. É um bom momento para conversar sobre as tendências do mercado e as novas possibilidades ligadas à área. Afinal, o festival vai além da tão aguardada entrega dos leões. Muitas vezes, os seminários e workshops demonstram ser excelentes espaços para uma boa conversa sobre o que rola no mercado da publicidade.


Em 2011, o festival passou a se chamar International Festival of Creativity (Festival Internacional de Criatividade). A ideia é enaltecer a criatividade na comunicação. No mesmo ano, foi lançado também o Cannes Creative Academy for Young Marketer, que é um programa de treinamento desenvolvido para os futuros brand leaders. E as mudanças não param, já que o mercado também não sossega. Em 2012, foram lançadas as categorias Mobile Lions e Branded Content Lions. Agora, é aguardar as novidades que veem em 2013. Entrevista com Seiki Fabrício: Seiki Fabrício é um publicitário bem Rock in Roll. Ele começou como diretor de arte da Matriz, e se firmou com publicidade digital, desde então não deixou a desejar. Tem na prateleira estatuetas de Cannes, Young, e um Grand Prix de Portugal o prêmio Sinos. Que tal conferir a entrevista que ele deu para Placenta?

• Você começou a sua carreira dentro da Matriz. Como foi? Comecei mesmo mexendo com direção de arte, design, na Casa da Mão que era vizinha da Matriz. Sempre tentava entrar na Matriz para mexer com publicidade. Me inscrevi em todos os Caça-Talentos, e não conseguia entrar. O Ronaldo teve que chamar alguém, porque ia ter campanha de vestibular e o diretor de arte tinha saído. Entrei nessa. Mas foi muita dedicação. Foi muito massa, o tempo que eu fiquei na matriz. A matriz é bem acolhedora, eu fazia dever de casa lá (risos). Ambas (Casa da mão e Matriz) foram bem bacanas.


• O Festival de Cannes é um dos mais importantes festivais de publicidade do mundo, se não o mais importante. O que você acha, que um profissional precisa para chegar lá? Cannes é o que tem mais glamour, porque tem outros que são muito mais difíceis de ganhar do que Cannes. Tem muitas palestras, tem a premiação os caras te levam para um auditório gigante, tem as palestras dos caras famosos. Mas, em termo de ganhar o prêmio não é o mais difícil. É só se esforçar um pouquinho. • O que agrega a um profissional um prêmio do peso de Cannes? É um prêmio que traz muita visibilidade, né? Traz. É importante, é legal para o portfólio. É muito bacana você ganhar o prêmio como porta de entrada, mas depois no seu emprego você tem que mostrar o seu serviço no dia a dia. • Como foi produzir o Job que vocês ganharam o prêmio? Na época eu era da Click e ela atendia a Rolling Stone lá em São Paulo. Eles chegaram com o briefing. Sentei com meu dupla, o Bruno Geiger que era redator, a gente começou a pensar, e ai saiu umas ideias bacaninhas. Essa nem era a ideia principal, a gente tinha outras duas que achavamos melhor. Dai, mostramos para o diretor de Criação de Brasília que era o Matheus. Apresentamos para ele, e ele falou “essa ideia aqui dá caldo, vamos produzir porque vai ser legal”. Começamos a correr atrás de produtora de 3D e de áudio. Pensamos “Massa, vamos inscrever em uns festivais ai”. De primeira ela ganhou um Grand Prix em Portugal. Depois inscrevemos em Cannes e CCSP. Com isso, ela acabou ganhando certa visibilidade.


• E quando você vai criar, pensa primeiro no prêmio? Ou você cria para o Job?

A gente sempre pensa em fazer o melhor para atender o briefing. Tentamos fazer o melhor para o cliente, ai se sair alguma ideia bacana a gente inscreve. Aqui na Propeg o pessoal acaba ganhando muito prêmio como o About, que premiam mais a campanha que resolveu bem, a campanha que o pessoal gostou. Que é mais voto popular. Aqui o negócio é prêmio de resultado, esse o pessoal ganha bastante. • E o que o Seiki tem para dizer ao jovem publicitário que está conhecendo agora o mercado? Eu acho importante, no começo da carreira, pensar no que vai ser melhor para sua vida profissional. Onde vou aprender mais, fazendo o que, a agência que é melhor, que inova que quer ganhar prêmio. Ainda estou me formando, mas a escolha certa foi muito importante. Você tem que pensar em ser diferente. Não pensar “Ah, vou ali fazer um estágio”. Você tem que ir buscando coisas novas, agências que buscam se diferenciar. Entrevista por Aline Tavares.


o festival que roda o mundo e enche malas

r o p s a i e d i e d

onde passa. por anna cristina


O Festival Mundial de Publicidade de Gramado acontece em Gramado, no Rio Grande do Sul, há 37 anos. Durante três dias, as vagas para seminários, palestras, exposições e workshops sobre temas de publicidade e propaganda, são disputadas pelos participantes. E são tantos, já superaram a marca dos 5 mil, a procura transformou o Festival de Gramado no terceiro maior evento do mundo na área e o maior da América Latina.

Com esse perfil, fica fácil compreender como o festival se internacionalizou e foi parar na França, na Argentina, no México, na Itália e no Japão. Além de ter sido inserido na programação da Advertising Week, o mais representativo evento mundial do setor que se realiza em Nova Iorque. São as edições extras que acontecem nos anos pares desde 2004.


Em 2011, na 18ª edição do festival, discutiram-se as relações entre o mundo digital e o tradicional e as novas formas e canais da propaganda. Segundo Roberto Callage, presidente do festival, “a ideia desse tema era ampliar o debate para tudo aquilo que se faz em comunicação na internet, no jornalismo, e as formas como isso se mistura e se combina”. Mais do que isso, os participantes puderam participar de discussões sobre as formas de comunicação e os conteúdos dessas formas. Para a próxima edição, já marcada para os dias 5, 6 e 7 de junho de 2013, o tema escolhido foi Razão e Emoção. Durante o festival, a galera se reuni para falar sobre propaganda. É uma troca de conhecimento e figurinhas, além de claro analisar as peças que são premiadas no festival. Atenção, interessados: as inscrições já estão abertas!


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Ter estilo, ser diferente, chamar atenção. Essas são características marcantes no público jovem. Seja com cabelo, roupa ou acessório peculiar, a ideia é sempre lançar moda, causar sensação nas redes sociais e ganhar novos seguidores. Mas ser criativo pode ir muito além disso. Que tal usar suas ideias inovadoras como ferramenta de trabalho? O que é agora apenas um passatempo pode se tornar um investimento. Uma porta de entrada para os jovens com esse perfil é o maior festival de criatividade do mundo, o Young Lions. Desenvolvido pela organização do Cannes Lions Festival Internacional de Criatividade, o programa é uma oportunidade para jovens criativos mostrarem seus trabalhos e conviverem com os principais profissionais do setor. O Young Lions Brazil acontece no país desde 1995 e é organizado conjuntamente por Estadão, Emmanuel Publio Dias e pela Editora Referência. Nesses 18 anos, já foram levados para Cannes 296 jovens. Desde que a competição foi criada, o Brasil lidera o ranking de vencedores todos os anos. Outro motivo de orgulho para o país dentro do programa é a quantidade de talentos já descobertos que hoje fazem parte do corpo de jurados. Em 2012, estavam presentes Guga Ketzer, Manir Fadel, Wilson Mateos e Roberto Fernandez, entre outros, todos Youngs em edições passadas. Este ano, o programa brasileiro recebeu mais de 270 inscrições de trabalho e passou por seis cidades. Brasília recebeu o festival pela primeira vez em março. Foi uma


oportunidade única para 20 inscritos divulgarem seus trabalhos para os melhores diretores de criação da capital. O vencedor da primeira edição do Young Lion Brasília foi Erick Moneró. Além do reconhecimento do trabalho, ele fez parte da delegação brasileira e que ajudou a representar o país no Festival Internacional de Criatividade de Cannes, que aconteceu em junho.

Entrevista com Ricardo Bauab Por Patrícia Leles.

Gerente de Planejamento da agência Click Isobar, Ricardo Bauab é realizado na sua profissão. Começou na equipe Matriz e desbravou o mercado publicitário com méritos, um dos planejamentos mais respeitados do país, o nome dele é citado por grandes nomes do mercado, como a boa nova do planejamento publicitário. A prova disso é sua mais nova conquista o Young Lions Brasil na categoria Planning. Bauab se destaca entre os novos nomes da publicidade, e mesmo tão ocupado arrumou um tempinho para conversar com a Placenta. Placenta: Ricardo, de onde veio essa sua vontade de


fazer publicidade? Você se sente realizado no que faz? Ricardo: Bom... um dia, eu pensei: “Gosto de propaganda, vou fazer!” E foi só isso. Ninguém me influenciou na escolha. Eu fiz essa escolha sozinho e, sim, sou completamente realizado no que faço e não me vejo fazendo outra coisa. Adoro pensar: “Poxa, eu sou um gerente de planejamento! Isso me faz a pessoa mais completa e realizada.” Placenta: O que você mais destaca de importante em sua carreira? Ricardo: Com certeza, o apoio que recebi de toda a minha família desde o começo. Sempre tive todos ao meu lado, sempre me apoiando, e isso é importante para qualquer profissional. É sempre bom termos alguém que nos incentive, que nos dê força, porque dias difíceis sempre virão. Então, é importante ter ao redor pessoas que nos deem forças. Patrícia: Você ganhou o prêmio Young Lions Brazil, na categoria Planning. Conte um pouco sobre essa experiência. Ricardo: Eu fui lá e me inscrevi por conta própria, mas a princípio achei que não teria chance alguma de ganhar. Quando vi que tinha sido selecionado, meu Deus... foi algo totalmente inesperado. Foi, com certeza, um dos momentos mais felizes que já tive. Foi muito gratificante ver o meu trabalho sendo reconhecido e premiado.


Boas ideias não surgem num passe de mágica, é preciso ralar muito para que elas apareçam. Sabendo disso, há 13 anos a Matriz forma jovens publicitários dispostos a suar a camisa para tirar soluções criativas da caixola. Afinal, publicidade não é mágica. É ralação.


Nao deixe que os fantasmas mudem o esp rito do jogo. por :: Igor Igor Carneiro Carneiro por


Os festivais de publicidade são sempre uma grande festa. Salões lotados de criativos, gente nova para aumentar a rede de contatos, troca de experiências e, claro, muita cobiça pelos famosos prêmios. Sem dúvida, ser premiado em um festival é algo único. Ver o trabalho reconhecido e o mercado passar a enxergar o profissional com outros olhos é ótimo, tanto para a pessoa quanto para a agência. Mas até onde vale ir para conquistar um prêmio? Não dá para falar em festival sem entrar na famosa polêmica dos anúncios fantasmas. Anúncios fantasmas são trabalhos geniais com uma puta sacada e que vivem vagando pelos festivais e servindo de pano pra manga em discussões no meio publicitário. O que acontece é que muitas vezes o cliente reprova aquela ideia genial, porque não é aquilo que ele quer para a sua marca no momento, ou porque o publicitário não entendeu as necessidades comerciais da empresa. Enfim, o cliente tem os seus motivos. Mas e aí? E aquela ideia? Vai ficar engavetada? Ah, claro que não. Manda para o festival! O pior não é o anúncio reprovado ser premiado, o pior é quando o anúncio é premiado e o cliente nunca nem sentiu o cheiro da peça. A cobiça pelos prêmios é tão grande, que existem muitas agências que, ao se aproximar o período de inscrição nos festivais, dedicam um tempo especial para criar fantasmas e tentar emplacar alguns prêmios. Mas será ético gastar o tempo que poderia estar sendo usado para fazer coisas pelos clientes da agência? Será certo enviar uma peça a um festival sem a autorização do cliente? As opiniões divergem.


Para evitar os fantasmas, alguns festivais estipulam a seguinte regra: que o anúncio seja veiculado para concorrer. Mas isso não tem sido suficiente para pôr fim a essa prática. A agência, malandra, cria um anúncio bacana, escolhe uma revista de baixa tiragem e manda bala, veicula. Quando é um comercial, escolhe horários na madrugada, que são mais baratos, e manda bala, veicula. Ainda bem que ainda há os que acreditam no anúncio criativo que atenda à necessidade do cliente. Não adianta fugir: publicidade é negócio, cliente quer lucro, quer vender. E cabe a nós, publicitários, atendê-lo de forma criativa e inovadora. Por exemplo, a campanha dos pôneis malditos não foi premiada no famoso Festival de Cannes, mas repercutiu, gerou resultados, e isso é legal. Prêmio não é tudo. Tão gratificante quando ganhar um prêmio é ver que uma ideia gerou resultados, que as pessoas na rua comentam e que o cliente está satisfeito com o trabalho. Enfim, é possível ganhar prêmio sem apelar para os fantasmas, ainda mais com o potencial criativo que temos no Brasil. Por que não deixar os fantasmas por conta dos desenhos e dos filmes de terror? Mas só Deus sabe até quando os fantasmas ficarão por aí, assombrando os festivais de publicidade.


por M ariana Nunes


Há mais de quarenta anos, a Associação Brasileira dos Colunistas de Marketing e Propaganda (Abracomp) promove o Prêmio Colunistas de Propaganda como forma de destacar os melhores trabalhos brasileiros de publicidade. Para levar o prêmio, o candidato é avaliado em conceito, originalidade e execução, bem como em persistência para alcançar objetivos. No exame dos cases, conta também a eficiência, que é a análise dos resultados em relação às metas. Em uma primeira fase do prêmio, os julgamentos são regionais e acontecem em Brasília, no Centro-Leste, no Norte-Nordeste, no Paraná, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo. Os ganhadores de medalhas de ouro nessas localidades vão para a segunda fase, que é a nacional. Algumas surpresas rondam esse prêmio, e mostram reconhecimento de uma publicidade de qualidade. Um caso como esse é o da Doisnovemeia Publicidade, agência júnior de publicidade, criada e mantida por alunos da Universidade de Brasília, já foi vencedora desse prêmio. A agência é responsável pelo Almanaque de Criação, um evento de publicidade em Brasília que promove palestras, debates e oportunidades de acompanhar o mercado atual com profissionais renomados na área. Com a divulgação desse evento, a Dois foi reconhecida e obteve colunistas de prata em 2010, ao promover uma ação que distribuiu entradas gratuitas para o Almanaque, e em 2011, juntamente com a Sabiá Agência Interativa trabalhando em sua divulgação. Com tamanhos feitos, as cobranças dentro da própria agência são de gente grande: expectativa interna por mais qualidade nos futuros trabalhos. Segundo Eduarda Liu, diretora de arte da Dois, e Maria Elisa Medeiros, redatora, já estão preparadas as equipes para a produção do próximo Almanaque de Criação.



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