Hell Divine Nº 04 - Julho/2011

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OLD SKULL Death Metal – Apodrecendo lentamente... Parte 1 Nessa nova edição da HELL DIVINE, abordaremos as origens da cena Death Metal falando de algumas de suas principais bandas, ou aquelas que deram o pontapé inicial para que o estilo deslanchasse de vez. É sabido que o gênero se trata de uma derivação do Thrash Metal e do Hardcore que, por sua vez, já eram agressivos o suficiente para causar espanto perante o público, que tinham nomes como Venom e Motorhead como as bandas mais violentas até então. Partindo dessas duas bandas surgiram os primeiros grupos de Thrash e, em especial, os alemães sofriam influência gigantesca destas duas bandas inglesas, e foi assim que Sodom, Kreator e Destruction moldaram sua sonoridade baseada em velocidade e muita agressividade. Da Suécia vinha o Bathory, com as mesmas influências e, posteriormente, uma enxurrada de bandas que vieram a criar o famoso “Death Metal sueco”, como Dismember e Entombed. Logicamente não podemos esquecer o Hellhammer e o Celtic Frost, da Suíça, e que são elementos-chave nessa cena tão efervescente. Nos EUA a cena crescia de forma estrondosa e aos poucos o mundo via revelar-se uma das maiores potências da podreira mundial, por meio de baluartes como Master, Mantas (posteriormente Death), Morbid Angel, Possessed e Obituary, por exemplo, que se tornaram referência quando se fala do gênero. No Brasil, Sepultura, Sarcófago e Vulcano lançaram obras inquestionáveis, mas ainda que fossem influenciados diretamente pela sonoridade gringa, souberam colocar um jeitinho brasileiro que acabou por influenciar toda uma leva de bandas européias, ou seja, um círculo vicioso difícil de ser quebrado e que perdura até hoje. No final dos anos 80 e começo dos 90, já era impossível conter o avanço irrefreável de tantas bandas, algumas fazendo tanto sucesso que se tornaram as “queridinhas” de suas gravadoras. O período fértil despejou discos fenomenais do Cannibal Corpse, Carcass, Bolt Thrower, Benediction, Napalm Death, Monstrosity e tantos out56

ros que fica complicado cita praxe, vamos ilustrar um po r aqui. Como de naquela época, por meio de uco do que rolou sicos que foram não meno resenhas de clástais para construir o alicerc s que fundamendurante tanto tempo. Que fiqe e mantê-lo firme estes cinco petardos foram ue bem claro que e que merecidamente muitoescolhidos a dedo figurar aqui, mas por falt s outros deveriam a de espaço (seria preciso uma HELL DIVINE deixaremos estes arregaço inteira pra isso) s como exemplo e na próxima edição, com cer gel, Cannibal Corpse e ou teza, Morbid Anrão aqui, na segunda partetros nomes figuradedicada ao Metal da morte! Divirta-se! Discos essenciais: Master “Master” (1985/19 90) Paul Speckmann, este é o nome! Enquanto a maioria dos deathbangers caras, Paul sempre se mante enaltece outros ajudou a criar, sem alterar a ve fiel àquilo que ca do Master nem se enver sonoridade clássiedar por caminhos suspeitos. Pagando o preço desbravadores do estilo, o por ser um dos o seu primeiro álbum, au Master teve com projeção interessante no metointitulado, uma que muitos grupos se esp io, fazendo com sonoridade, elevando-a aoelhassem em sua primeiro álbum possui do s extremos. Este de 1990, considerado o ofiis lançamentos: o que foi lançado oficialm cial, e o de 1985, 2003. Independente dissoente somente em que composições do naipe é correto afirmar “Funeral Bitch”, “Pay to Diecomo “Terrorizer”, lization”, “Master”, e até ”, “Mangled Civimesmo o matador cover para “Children of the Sabbath (com algumas rot Grave” do Black são importantes para o de ações a mais...) estilo. Hoje em dia Paul cosenvolvimento do com os mesmo ideais, ntinua o mesmo, barba gigantesca! Para quporém, com uma em viu a banda ao

vivo aqui no Brasil anos atrás, saibam que estiveram diante de uma lenda do Metal. Possessed “Seven Churches” (1985) Ah, “Seven Churches”… Quem nunca ouviu este clássico? O serviço prestado ao Metal por Jeff Becerra (vocal/baixo), Larry LaLonde e Mike Torrao (guitarras) e Mike Sus (bateria) jamais será esquecido ou jogado às traças. Cada uma das músicas aqui contidas é de extrema importância, começando por “The Exorcist” que, inclusive, já foi listada em uma publicação como uma das melhores canções de Heavy Metal de todos os tempos! No entanto, se formos analisar o álbum de cabo a rabo, veremos que ainda temos “Burning in Hell”, “Holy Hell”, “Twisted Minds” e “Death Metal”, por exemplo, que também representam o álbum com igual energia e vigor. Os vocais urrados de Jeff se tornaram influência direta para muitas bandas e não é de hoje que o pessoal do Sepultura – ou ex-Sepultura – endeusa o quarteto. Max e Iggor sempre declararam que amam a banda, tanto que agora, reunidos novamente, fizeram um cover matador para “The Exorcist”. Essencial, caros amigos.


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