Revista Escada ed.33

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número 33 | ano 09

a revista das escolas particulares do paraná

BNCC e as novas diretrizes da educação infantil e fundamental Escolas tem até 2020 para adotar as novas referências curriculares

Ética e felicidade o filósofo Clóvis de Barros Filho explica que a ética é o caminho para quem busca a felicidade

jan/fev/mar 2018

Publicação Sinepe/PR


ín.di.ce sm

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Carreira

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Aniversário

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Perguntamos aos educadores qual a história mais marcante da sua carreira

Cinquentenário do Colégio Mater Dei, de Pato Branco

Ética X Felicidade

Em entrevista o filósofo Clóvis de Barros Filho fala que ética é a própria busca da felicidade

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BNCC

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Colecionador de prêmios e sonhos

Entenda o que muda com a nova Base Nacional Comum Curricular

Conheça Wemerson Silva Nogueira, um dos professores mais jovens e premiados do Brasil

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Inclusão

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Representatividade

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Universo das associadas

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Lista das associadas

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agenda

A psicóloga e palestrante Jane Haddad conta como as instituições estão evoluindo com os alunos de inclusão

O presidente Ademar Batista Pereira fala dos desafios da sua gestão à frente da Fenep

Confira as novidades das instituições de ensino associadas

Conheça quem são as instituições associadas ao Sinepe/PR

Cursos e palestras do Sinepe/PR para o primeiro semestre



e.di.to.ri.al adj m+f

ex.pe.di.en.te adj m+f

Sinepe/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br / wwww.facebook.com/sinepepr

Com a Lei da Inclusão em vigor há mais de um ano, trazemos nesta edição da revista Escada algumas atualizações sobre o tema. Neste início de ano letivo, a psicóloga Jane Patrícia Haddad esteve em dois encontros à convite do Sinepe/PR, em Curitiba, com os nossos educadores para uma conversa aberta sobre casos de inclusão, e principalmente de autismo. Aprendemos que incluir vai muito além de criar vagas: é aceitar aquele que é diferente de nós. Outro tema de destaque é abordado pelo filósofo Clóvis de Barros Filho, que explica que não há felicidade sem ética. Ele conta como a educação está diretamente ligada a conquista de uma sociedade mais feliz. Assim, apenas confirmamos que a nossa responsabilidade como educadores é cada vez maior.

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Trazemos também a história inspiradora do professor Wemerson Silva Nogueira, que saiu do campo para se tornar um dos educadores mais jovens e premiados do Brasil. Aos 27 anos, Nogueira esteve entre os dez finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Prêmio Nobel da Educação. Na matéria de capa, a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que até 2020 deve ser implementada na educação infantil e fundamental. Por meio da nossa assessoria pedagógica estamos acompanhando ativamente o assunto e prestando os devidos esclarecimentos para as nossas associadas. Por último, mas não menos importante, apresentamos quem são as nossas instituições associadas reforçando a importância do trabalho do Sinepe/PR em um momento de tantas mudanças no que se refere a arrecadação do imposto sindical.

Boa leitura. Esther Cristina Pereira Presidente Sinepe/PR

Conselho Diretor Biênio 2016 /2018 Diretoria Executiva Presidente

Esther Cristina Pereira

1º Vice-Presidente

Rosa Maria Cianci Vianna de Barros

2º Vice-Presidente

Dirley Carlos Correa

Diretor Administrativo

Douglas Oliani

Diretor Econômico/Financeiro

Gilberto Vizini Vieira

Diretor de Legislação e Normas

Nilson Izaias Pegorini

Diretor de Planejamento

Lino Afonso Jungbluth

Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior

José Antonio Karam

Diretor de Ensino Médio

Paulinho Vogel

Diretor de Ensino Fundamental

Ir. Maria Zorzi

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Dorojara da Silva Ribas

Diretor de Ensino dos Cursos Livres

Valdecir Cavalheiro

Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas

Magdal Justino Frigotto

Diretor de Ensino das Academias

Ana Dayse Cunha Agulham

Diretor de Marketing

Rogério Mainardes

Diretor de Ensino da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Gilberto Paulo Zluhan Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares

Renato Ribas Vaz

Diretor da EaD

Wilson de Matos Silva Filho

Diretor de Sistemas de Ensino

Acedriana Vicente

Diretor de Ensino de Pós-Graduação

Carmen Luiza da Silva

Conselheiros 1º Conselheiro

Ailton Renato Dörl

2º Conselheiro

Pedro Roberto Wiens

3º Conselheiro

Naura Nanci Muniz Santos

4º Conselheiro

Roberto A. Pietrobelli Mongruel

5º Conselheiro

Jorge Apóstolos Siarcos

6º Conselheiro

Leonora Maria J. Mongelós

7º Conselheiro

Eloína Helena Farias da Costa Guerios

8º Conselheiro

Gisele Mantovani Pinheiro

9º Conselheiro

José Eldir Ost

10º Conselheiro

Jaime M. Marinero Vanegas

11º Conselheiro

Volnei Jorge Sandri

12º Conselheiro

José Luis Chong

13º Conselheiro

Diogo Richartz Benke

14º Conselheiro

Fernando Luiz Fruet Ribeiro

15º Conselheiro

Wilson Picler

16º Conselheiro

Bruno Ramos Neves Branco

17º Conselheiro

Sérgio Herrero Moraes

Conselho Fiscal Efetivos Suplentes Edison Luiz Ribeiro

Ir. Anete Giordani

Armindo Vilson Angerer

Haroldo Andriguetto Junior

Raquel A. M. M de Camargo

Luiz Antônio Michaliszyn Filho

Delegados Representantes - FENEP/Confenen Ademar Batista Pereira

José Antonio Karam

Conselho de ex-presidentes do Sinepe/PR Jacir J. Venturi

Emília Guimarães Hardy

José Manoel de Macedo Caron Jr.

Maria Luiza Xavier Cordeiro

Naura Nanci Muniz Santos

Ademar Batista Pereira

Maria Alice de Araújo Lopes


Diretorias regionais SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente

Gelson Luiz Uecker

Diretor de Ensino Superior

Sérgio De Angelis

Diretor de Ensino da Educação Básica

Ir. Antonio Quintiliano

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ir. Marli de Melo Campanharo

Diretor dos Cursos Livres/Idiomas

Denise Veronesi

SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente

José Elias Castro Gomes

Diretor de Ensino Superior

Fábio Hauagge do Prado

Diretor de Ensino da Educação Básica

Antonio Krefta

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Graziela Rodrigues

e Asperti Basim Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Nerval Martinez Silva

e Adriana da Silva Gomes

SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente

Fabricio Pretto Guerra

Diretor de Ensino Superior

Ivone Maria Pretto Guerra

Diretor de Ensino da Educação Básica

Velamar Cagnin

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Márcia Fornazari Abasto

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Vanessa Pretto Guerra Stefani

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SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente

Osni Mongruel Junior

Diretor de Ensino Superior

Marco Antônio Razouk

Diretor de Ensino da Educação Básica

Irmã Edites Bet

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Maria de Fátima

Pacheco Rodrigues Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Paul Chaves Watkins

Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR. Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52 Rua Comendador Araújo, 534, 2o andar, sala 4 – Centro - Curitiba - PR

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Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br

Diretor-Presidente

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Diretor de Ensino Superior

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Jornalista responsável

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Juelina Marcondes Simão Diretor de Ensino da Educação Infantil

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Marcos Aurélio Lemos de Mattos

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SINEPE/PR - Regional Litoral (Paranaguá) Diretor-Presidente

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Diretor de Ensino Superior

Ivan de Medeiros Petry Maciel

Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Fundamental) Selma Alves Ferreira Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Médio)

Mirian da Silva Ferreira Alves

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Lilian R. M. Borba

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Liliane C. Alberton Silva

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Conselho editorial Esther Cristina Pereira Fátima Chueire Hollanda Ir. Maria Zorzi José Antonio Karam Márcio M. Mocellin Rosa Maria C. Vianna de Barros Rogério Mainardes Aprovação

Esther Cristina Pereira

Impressão e acabamento Logística e Distribuição

Optagraf – Editora e Gráfica Correios


car.rei.ra

subst.

Qual história mais marcou

sua carreira de educador até hoje?

Minha trajetória profissional sempre aconteceu numa única unidade escolar, no Colégio São José das irmãs da Divina Providência, em Rio Negro – PR, onde estou há 39 anos. Comecei como aluna e, assim que me formei, voltei como professora, passando pela assessoria pedagógica, e hoje sou gestora da Unidade. Desde pequena, já brincava com minhas bonecas de escolinha e essa vontade de dividir conhecimento só aumentou, deixando claro qual

Atuo como educadora desde 2005. Gosto de pensar que essa profissão me escolheu. Sou professora do Colégio Sion desde abril de 2009. Comecei minha trajetória com os estudos de Design Gráfico e Letras, e não pensava em ser professora. Rapidamente, deixei o Design e, em 2005, tive a oportunidade de trabalhar com a Educação de Jovens e Adultos e me apaixonei pela profissão. Alguns anos depois, ao ingressar no Mestrado, fiquei sabendo de uma vaga no Sion. Ali começava a experiência mais gratificante da minha vida. Nesses quase dez anos, tive a oportunidade de conviver com pessoas extraordinárias. Se tivesse de definir qual é, para mim, o diferencial dessa escola, teria de dar uma resposta complexa. Não está só no método, nem simplesmente na equipe pedagógica (que sempre confiou em mim e

Desde muito jovem pensava em ser educadora de crianças. Porém, nem sempre tive as melhores referências de educadores durante meus estudos, mas em meu pensamento cultivava o desejo de ser diferente de tudo aquilo que eu vivenciava. Foi então que, no último ano do Magistério, tive a certeza de que era exatamente o que eu queria fazer. Na verdade, não fui eu que escolhi esta “profissão”, mas Deus que me escolheu para esta missão. Durante muitos anos fui alfabetizadora. Muitas vezes pegava naquelas mãozinhas pequeninas para ajudá-los a traçar letras, palavras e muitas vezes era sua escriba. Era difícil para eles! Mas o carinho e o amor superava tudo. De repente como num passe de mágica os “pequenos” começavam a ler e escrever. Que fascinante! Era um sonho realizado para mim,

seria a profissão que abraçaria com determinação e muito amor. Acredito que, quando fazemos aquilo de que gostamos, produzimos as nossas ações de forma espontânea e verdadeira, agregando valores nos diferentes contatos e proporcionando a boa convivência entre as pessoas.” Zeliane Trisotto Gestora do Bom Jesus São José, em Rio Negro

me deu apoio), nem, ainda, no grupo de professores (profissionais realmente especiais, amigos que têm toda a minha admiração). Juntos, esses aspectos possibilitaram que se construísse uma visão de educação que eu procuro defender e passar adiante em todas as outras oportunidades profissionais que tive: a ideia de que o conhecimento é construído junto com o aluno, a partir de suas necessidades como indivíduo inserido em uma turma, e que essa troca não é, somente, um caminho para formar aquele cidadão, mas transforma substancialmente a maneira como eu trabalho. Maria Luísa Carneiro Fumaner Professora de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio Sion Curitiba

pois alfabetizar era e sempre foi a minha paixão. Mais tarde senti necessidade de conhecer outros níveis de escolaridade. Nesses conheci novas realidades e muitas diferenças, mas encantador da mesma forma. A cada início de ano, olhares cheios de expectativas, perplexos, desconfiados e inseguros com uma nova etapa pela frente. Porém, com o passar do tempo suas conquistas, vitórias, autonomia, poder de argumentação, formação de opinião, entre outros, me trazem realização e o sentimento de que não poderia ter sido diferente. Marli Inês Franceschetti Colégio Imaculada Conceição Unidade Educacional do SAGRADO Rede de Educação, em Curitiba

Educador, conte para nós qual foi a história que mais marcou a sua carreira. Envie seu depoimento com foto para jessica@iemecomunicacao.com.br e confira na próxima publicação.


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CRITÉRIO PESSOA FÍSICA: formulário completo. IR a pagar:

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1. DOAÇÃO Após informar as possíveis doações realizadas em 2017 e terminar o preenchimento da sua declaração, selecione “Resumo da Declaração” e escolha a opção “Doação diretamente na declaração – ECA”. Clique em “Novo”, escolha o “Fundo Estadual do Paraná” e digite o valor calculado pelo programa da Receita Federal.

2. IMPRESSÃO Entre na opção “Imprimir” e selecione o “DARF – Doações diretamente na declaração – ECA”.

3. PAGAMENTO Efetue o pagamento do DARF até 30 de abril de 2018.

4. E-MAIL DE CONFIRMAÇÃ0 Para direcionar sua doação ao Hospital Pequeno Príncipe, envie um e-mail para doepequenoprincipe@hpp.org.br, com cópia para paulopadilha@seds.pr.gov.br, contendo as seguintes informações: • Comprovante de pagamento do DARF de doação; • Seus dados pessoais: nome completo, CPF, endereço e telefone; e • A frase: “Doação direcionada ao Hospital Pequeno Príncipe.” OBS.: o envio deste e-mail é fundamental para que o seu recurso seja repassado do Fundo para o Hospital Pequeno Príncipe.

INFORMAÇÕES:

41 2108-3886

41 99962-4461

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NÃO ESQUEÇA DE ENVIAR O COMPROVANT E!


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T / Marília Bobato F / Lucas Piaceski

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Colégio Mater Dei comemora cinquentenário Instituição de ensino de Pato Branco faz 50 anos já planejando os próximos 50

Em 2018 comemora-se o cinquentenário do Colégio Mater Dei, localizado em Pato Branco (PR), sob a direção da Professora Ivone Maria Pretto Guerra que adquiriu a instituição três anos após a sua inauguração. No ano 2000, dando continuidade ao sonho de educar ela fundou a Faculdade Mater Dei, seguindo os fundamentos educacionais que nortearam e continuam norteando a existência do Colégio. Confira a entrevista que a Revista Escada realizou com a diretora Ivone sobre esta data especial.Revista


Escada - Quantos alunos já passaram pelo Colégio nestes 50 anos? IG - Quantificar o número de alunos que fizeram a caminhada escolar da infância e adolescência no Colégio Mater Dei está na casa dos milhares, pois o colégio atende alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio. O importante a se destacar é que para estes tantos alunos que fizeram e fazem parte da instituição, considerada por nós como uma grande família, existe o orgulho de ser Mater Dei, tanto é que hoje, filhos e netos de gerações anteriores estão conosco, dando continuidade a esta obra educacional que está em permanente estado de construção e aprimoramento.

RE - Quais as principais mudanças que o Colégio Mater Dei presenciou na educação privada ao longo destes anos? IG - A passagem do tempo está atrelada ao conhecimento, às experiências adquiridas, novas expectativas. Muitas foram as mudanças constatadas no cenário social, político, econômico e todas elas marcaram a questão educacional, trazendo reflexos positivos e outros, nem tanto. Em cinquenta anos saímos da ditadura que omitia a informação e avançamos rumo à tecnologia, onde a informação é o pivô central e isso transformou a escola, o professor, a família, o aluno. No entanto, o grande desafio permanece: mostrar para os alunos, dentro da sala de aula, como será estar fora dela porque a educação de qualidade é um projeto para o futuro, para o desconhecido, para um mundo que não imaginamos agora.

RE - Houve crescimento no número de alunos, mesmo com a turbulência econômica que o país está passando. A que vocês creditam este crescimento? IG - Planejamento, trabalho, organização, dedicação. O crescimento no número de alunos vem de um esforço conjunto entre a escola e a família. Os pais passaram a reconhecer que uma boa base educacional possui papel essencial no futuro de seus filhos e a escola particular precisou planejar e flexibilizar condições para que isso acontecesse. Para enfrentar a turbulência econômica, fazendo a captação de matrículas e a retenção de alunos, planejamento, trabalho, organização e dedicação são as palavras-chave. Ter controle da todos os setores da instituição é indispensável para que ações sejam efetivadas, minimizando as dificuldades que poderão se tornar problema, de modo que a escola esteja sempre um passo à frente das crises, em qualquer setor. RE - Como serão as comemorações do cinquentenário e o que podemos esperar da instituição para os próximos anos? IG - O ano do Jubileu de Ouro será de festa no Colégio Mater Dei. A programação priorizará alunos, familiares, egressos e a comunidade. Atividades culturais, recreativas, esportivas, de responsabilidade social. Vamos fazer valer a nossa marca, celebrando este momento tão importante com o que de melhor sabemos fazer: educação de qualidade. Completar cinquenta anos é projetar os próximos cinquenta, alicerçados nos mesmos valores, sem deixar de lembrar e agradecer a todos aqueles que ajudaram a construir esta história, a prova de que “nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”.

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en.tre.vis.ta s.f

T / Marília Bobato F / Divulgação / Assessoria Clóvis de Barros Filho

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Não há felicidade

sem ética


O filósofo e palestrante Clóvis de Barros Filho fala que ética é a própria busca da felicidade. Para ele, a educação é o caminho para a nossa sociedade ´virar´ ética

Quem não quer ser feliz? Para conquistar a felicidade um passo importante é buscar ser ético. E, de acordo com o filósofo Clóvis de Barros Filho, esta palavra vai muito além de ‘fazer a coisa certa’. Para ele, ética é descobrir, individual e coletivamente, a melhor forma de viver e de conviver. Assim, não há felicidade sem ética. Barros Filho deixou a sala de aula após 30 anos de docência para se dedicar a carreira de palestrante. O filósofo tem mais de 15 livros publicados que falam sobre ética e felicidade, entre eles o best-seller “A vida que vale a pena ser vivida”. Ele será um dos palestrantes de destaque do Geduc 2018, que acontece em São Paulo, de 21 a 23 de março. Em conversa com a Revista Escada, contou um pouco sobre a sua carreira, e como a educação está diretamente ligada a conquista de uma sociedade mais feliz.

Revista Escada – O que mais te encantou na carreira como professor? Como foi deixar a sala de aula para se tornar palestrante? Clóvis de Barros Filho - Como eu sempre digo, lecionar é um ato de amor. Isto porque no momento da aula, o professor dá tudo de si em nome da alegria do aluno, de seu engrandecimento, de sua descoberta de um mundo que ele nem sequer tinha cogitado, ou que já tinha experienciado, mas com espaço para saber mais e melhor. A carreira de palestrante é parecida, com a única diferença de também prover um sustento para a minha família. Neste sentido, a carreira docente no Brasil envolve um amor puro, daqueles que literalmente não recebe nada em troca. Mas, brincadeiras à parte, eu saí da sala de aula depois de 30 anos, com a sensação de missão cumprida mesmo, pelo que só tenho a agradecer meus alunos e alunas que participaram de minhas aulas e seguiram suas carreiras, buscando sempre a felicidade. RE - Você foi um bom aluno? Teve algum professor que te inspirou a escolher essa carreira? CF - São tantos que fica até chato não mencioná-los todos. Eu era um nerdão clássico, de óculos garrafais e tudo. Eu tenho particular carinho por dois: o grande Melhem Adas, responsável pelos livros didáticos que marcaram minha trajetória escolar, sobretudo porque tive o prazer de conhecê-lo pelas andanças da vida e constatar que se trata de pessoa extremamente gentil e amável. Faço esta menção honrosa também a Fernando Teixeira, que imortalizou-se em minhas lembranças depois de lecionar no curso pré-vestibular Objetivo.

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...uma sociedade altruísta tem mais potência de felicidade que uma sociedade egoísta.”

RE - Alguns de seus livros trazem a tona o tema felicidade. Hoje a sociedade parece estar mais isolada e individualista que antigamente. Esse comportamento a torna mais infeliz? CF - A busca da felicidade é um tema muito curioso. Em última instância, é extremamente pessoal - daí o engodo de todas as fórmulas de sucesso e felicidade. Por outro lado, a conquista das experiências e habilidades que nos apontarão para a felicidade são muito mais difíceis de acontecer em isolamento. Então se por um lado, felicidade é coisa de cada um, chegar até ela de maneira egoísta e desconsiderada representa um entrave. Porque se, como diz Aristóteles, somos animais políticos, logo sociais, o egocentrismo tende a prejudicar o outro, dificultando a sua felicidade. Se for tomado como regra, dificulta-se como regra a felicidade de todos. Em outras palavras, uma sociedade altruísta tem mais potência de felicidade que uma sociedade egoísta.

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RE - Sua formação como filósofo também traz a tona o tema “ética”. Operações como a Lava Jato estão fazendo com que o brasileiro busque ser mais ético em suas relações ou ainda estamos distantes disso?

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“Uma sociedade ‘vira’ ética a partir da educação e do livre pensamento.”

RE - No campo profissional também é importante buscar a felicidade? Essas dicas como ¨10 passos para ser feliz¨ ajudam ou trata-se de uma busca muito mais ampla? CF - Todos os campos em que vivemos fazem parte de uma vida que é única. Nesse sentido, é um tremendo desperdício não buscar a felicidade a todo momento. Fato é que felicidade depende de alguns fatores, entre eles, liberdade e conhecimento de si. O ritmo frenético e a experiência enclausurante de muitas formas de trabalho são empecilhos estruturais a estas duas premissas da felicidade. Assim como as lições para sermos felizes. Redutoras de possibilidades, pasteurizadoras de vidas, podem até servir para aliviar as dores mais agudas, mas enquanto experiência genuína de felicidade, não passarão nunca de uma espécie de pudim de gelatina, daqueles que vão direto para a geladeira, ou de uma cerveja de milho, coisas que até dão aquela enganada, mas que são incapazes de sequer chegar perto da felicidade genuína.

CF - Veja, enquanto a perspectiva de punição tenha um efeito didático no sentido de inibir o comportamento por medo, este tipo de relação escapa ao campo da moral. Se nós fazemos algo por puro medo de sermos repreendidos, não há aí ética. Há puro medo. Claro que este tipo de dissuasão é muito útil socialmente, mas ética é aquilo que queremos e fazemos a partir de valores que compartilhamos. “Medo de ser preso” não é um valor. Logo, está fora do campo da moral. Entretanto, o fato de hoje discutirmos diariamente sobre ‘o que é certo’ é sim bastante positivo e, ainda que haja bastante discordância sobre afinal o que é a coisa certa, isso é mais do que natural em toda discussão moral. Mas disso tudo o que mais importante sem dúvida será a inclusão de reflexão moral no sistema educacional. Uma sociedade não ‘vira’ ética a partir da palmatória, ou da martelada do juiz. Ela ‘vira’ ética a partir da educação e do livre pensamento. RE - Parece que queremos ser felizes, mas não necessariamente agir com ética. Uma atitude está diretamente ligada a outra? CF Seria muito chocante dizer que não existe felicidade sem ética? Ética é a própria busca da felicidade. Esta palavra vai muito além de ‘fazer a coisa certa’. Ética é descobrir, individual e coletivamente, a melhor forma de viver e de conviver. Assim, não há felicidade sem ética. O que há são pessoas que acreditam que a melhor forma de viver é enganando e agindo canalhamente. Tratar-se-á de uma ética canalha. Danosa ao próximo, relativamente benéfica a si mesmo. Tudo isso para dizer que não existe alternativa sem ética. Se temos que pensar e descobrir a melhor forma de viver, estamos no campo da moral, decidindo uma ética em meio a outras. Que nossas éticas sejam saudáveis à convivência e que não interfiram na felicidade alheia.


Sinepe/PR convida as Instituições de Ensino para visitar as Mostras da Escola Particular sobre Reciclagem de Resíduos Sólidos com ênfase no Isopor®.

02/06/ 2018 • 4º EDIÇÃO EM PONTA GROSSA Local: Shopping Palladium 09/06/2018 • 9º EDIÇÃO EM CURITIBA Local: Shopping Palladium 16/06/2018 • 2º EDIÇÃO EM FOZ DO IGUAÇU Local: Shopping Catuaí Palladium

Mais informações:

(41) 3078-6933


en.tre.vis.ta s.f

T / Aline Anile F / Banco de Imagem

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BNCC e as novas diretrizes da Educação

INfantil e Fundamental

Escolas públicas e particulares têm até o início de 2020 para adotar as novas referências curriculares, que determinam objetivos de aprendizagem em cada etapa escolar

Um documento inédito, que estabelece parâmetros de aprendizagem para cada etapa da Educação Infantil e do 1º ao 9° ano do Ensino Fundamental. Aprovada em dezembro de 2017, após três anos de discussões, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) segue um modelo adotado por vários países, como Austrália, Canadá e Estados Unidos, e visa estabelecer quais habilidades e competências o aluno precisa dominar ao final de cada ano letivo. “É a primeira vez que se tem um documento como este, que representa um enfrentamento contra as desigualdades da aprendizagem. Um estudante do 5º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, deverá apropriar-se dos mesmos objetos de conhecimento e desenvolver as mesmas habilidades de cada componente curricular em qualquer escola do país. São as aprendizagens essenciais que todo aluno deve ter ano a ano”, explica Fátima Chueire Hollanda, assessora pedagógica do Sinepe/PR.

Importante para melhorar a qualidade de ensino no país, a BNCC começa a ser implantada nas escolas públicas e particulares já neste ano - em 2019, o Ministério da Educação (MEC) inicia a avaliação dos alunos pelas diretrizes estabelecidas pela Base. Porém, o prazo final para que toda a rede pública e privada adapte seus currículos às novas orientações expira em 2020. “O debate sobre a BNCC iniciou-se em 2015. Logo, essa discussão já deveria estar ocupando as agendas pedagógicas nas escolas. Algumas instituições já estão bastante avançadas nesse estudo, outras estão no início. Infelizmente, o que observamos é que o dia-a-dia da rotina escolar acaba abafando debates importantes, como esse”, revela Fátima. Além de adaptar seus currículos em diversas áreas, como Matemática, Português e Geografia, ainda é preciso investir na formação dos professores.


As principais mudanças Alfabetização Plano de aula A docência, inclusive, foi um dos pontos mais discutidos durante a aprovação do documento. Críticos apontavam que a BNCC tiraria a liberdade do professor em sala de aula. Conforme a assessora pedagógica do Sinepe/PR, todo docente precisa ter um plano de aula e um programa a ser seguido. Mas como fazer isso, a maneira de ensinar e as metodologias são próprias de cada profissional. “Nenhum professor ‘inventa’ em sala de aula. Existem legislação e diretrizes que todos devem seguir. Mas, com a Base, todos poderão aferir se as habilidades de seus alunos estão sendo desenvolvidas ou não, além de quais serão as estratégias adequadas para se atingir os objetivos, habilidades ou competências”, afirma Fátima. A autonomia dos sistemas e das escolas também está garantida na organização de seus currículos. “A BNCC indica os conhecimentos essenciais e cada escola poderá complementar atendendo sua característica regional”. Os maiores desafios para a implantação da BNCC dizem respeito à formação docente e aos métodos avaliativos. Os cursos de graduação e de Pedagogia precisam ser urgentemente reestruturados. “Esse é o primeiro passo. A nova exigência para a Educação Infantil demanda uma nova diretriz para o curso de Pedagogia. A formação de professores é urgente e necessária para que a BNCC aconteça. Caso contrário, estamos fadados ao fracasso”, explica a assessora pedagógica do

Sinepe/PR. As instituições de ensino devem adequar seus currículos e projetos político-pedagógicos para que fique claro ao professor o que ele precisa ensinar. Depois, é preciso estabelecer de que maneira serão monitoradas as habilidades a serem desenvolvidas em cada componente curricular ou área do conhecimento. “O acompanhamento do que foi apropriado pelo estudante deve ser palpável. Para que o aluno tenha desenvoltura em articular os conhecimentos aprendidos nas mais diferentes situações em sua vida cotidiana, o professor tem que atuar como gestor da aprendizagem. Daí o desafio, tanto para a escola quanto para os docentes”.

Ensino Médio fragmentado A BNCC do Ensino Médio, que deveria ser apresenta junto com a da Educação Básica, será concluída até março deste ano - o que especialistas consideram uma falha. “A unidade do documento ficou fragmentada. Existe sempre um gargalo na passagem entre as etapas da Educação Básica: da Educação Infantil para o 1º ano, do 5º para o 6º ano e do 9º ano para o Ensino Médio. Como a intenção é que a BNCC atue como um fio condutor da Educação Infantil até o término do Ensino Médio, essa intencionalidade perdeu-se ao excluir o Ensino Médio na aprovação da BNCC”, diz Fátima.

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Agora, as crianças devem saber ler e escrever aos sete anos, ou seja, até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. Anteriormente, o prazo era até o 3º ano.

Ensino Religioso

O Ensino Religioso deve obrigatoriamente ser oferecido nas instituições públicas, ele não é obrigatório nas privadas.
 O Conselho Nacional de Educação ainda precisa definir se ele
será classificado como Área do Conhecimento ou Componente Curricular da área de Ciências Humanas. A matrícula será optativa para alunos do Ensino Fundamental.

Língua estrangeira

Antes, cada instituição de ensino poderia definir qual língua estrangeira seria ofertada para seus alunos. Com a BNCC, a língua inglesa passa a ser o idioma obrigatório.

Competências

As aprendizagens essenciais estão expressas em 10 competências gerais que os alunos precisam desenvolver ao longo da Educação Básica, como “valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais” e “compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais".

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Ins.pi.ra.ção s.f

T / Marília Bobato F / Acervo pessoal

Colecionador

de prêmios e sonhos Conheça a história do professor Wemerson Silva Nogueira, que saiu do campo para se tornar um dos professores mais jovens e premiados do Brasil Aos 27 anos, o professor Wemerson Silva Nogueira já coleciona algumas premiações de destaque. Em 2017 esteve entre os 10 finalistas do Global Teacher Prize, considerado o Prêmio Nobel da Educação. Ele foi o único brasileiro entre os milhares de candidatos de 179 países.

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Wemerson é formado em ciências biológicas, professor da Escola Estadual Antônio dos Santos Neves, em Boa Esperança (ES), e também dá aulas em uma faculdade particular. Filho de agricultores semianalfabetos, numa família com onze irmãos, Wemerson não gostava de ir para a roça, no interior de Nova Venécia (ES). Como a ordem em casa era que ninguém podia ficar à toa, sua escolha foi estudar. Foi graças a sua dedicação aos estudos que os professores de ciências e história decidiram colocá-lo como aluno monitor durante as aulas para ajudar os colegas que tinham dificuldades. A partir daí, surgiu o interesse em se tornar professor. Para seguir a carreira que sonhou foi preciso voltar ao campo. “Quando completei 18 anos, trabalhei por dois anos na agricultura para levantar dinheiro suficiente para custear as primeiras mensalidades da faculdade de licenciatura, até que consegui um emprego de carteira assinada, me mudei para cidade e depois que me formei, na primeira oportunidade, consegui trazer toda minha família”, conta. Em entrevista a Revista Escada, Wemerson conta um pouco mais sobre a sua história, suas realizações como professor e seus sonhos.

Revista Escada - O que você mais gosta na sua profissão? Wemerson Silva Nogueira - Eu sou apaixonado por crianças e adolescentes que vivem em situação vulnerável, pois me identifico muito com esse perfil. Amo ensinar ciências e mostrar para eles que a educação transforma vidas. Eu diria que fazer tudo ser diferente na profissão de docente é o que me faz ser apaixonado pela sala de aula. RE - Você foi um bom aluno? WN - Apesar de dizer para os meus pais que eu precisava ler e ajudar a professora como aluno monitor, confesso que não era um aluno 100%. Eu gostava de brincar e de fazer palhaçadas. Claro que isso nunca me prejudicou em nada, sempre consegui balancear as brincadeiras com as responsabilidades, mas eu dava um pouquinho de dor de cabeça aos meus professores. RE - Se tivesse ganhado o prêmio de 1 milhão de dólares no Global Teacher Prize como gostaria de ter usado este dinheiro? WN - Eu tinha muitos planos caso tivesse recebido este prêmio. O primeiro deles seria construir um centro científico na minha cidade de Nova Venécia para que todas as escolas públicas e privadas tivessem acesso a um bom laboratório de ciências, química e biologia. Além disso, teria um laboratório de informática com uma excelente internet para melhorar o

acesso a informação na educação. Também gostaria muito de fundar um instituto para financiar projetos sociais em diversas localidades do Brasil, ajudando as escolas públicas a desenvolver seus projetos, recebendo não só apoio pedagógico para realização das ações como também incentivo financeiro. E, gostaria de criar um prêmio de valorização para professores do Brasil. Apesar de não ter ganhado o prêmio de 1 milhão de dólares, cada um dos professores finalista receberam 300 mil dólares pago em dez anos, sendo 30 mil dólares por ano. Com esse dinheiro estou trabalhando no planejamento para fundar o instituto em breve, porém com um plano estratégico diferente devido a limitação do recurso. RE - Você usou o caso do rompimento da barragem da Samarco para ensinar a tabela periódica para seus alunos. Por meio de um acontecimento real conseguiu contextualizar o conteúdo de sala de aula. Essa é a grande sacada que os professores precisam ter para conquistar a atenção dos alunos? WN - Existem diversas formas de criar uma nova metodologia de ensino para as nossos alunos, isso dependerá de cada professor e disciplina, mas uma coisa é certa, se trouxermos fatos da vida real que acontecem no dia a dia da nossa sociedade para dentro da sala de aula, com certeza teremos um novo mundo educacional para explorar. O mais importante em ensinar nossas crianças com ferramentas didáticas diferenciadas é quando


você envolve cidadania, cultura, arte, sustentabilidade, ou seja, ações que permitem com que os alunos saiam do seu espaço formal que é a sala de aula e descubram outros espaços que estão além dos muros da escola. Desenvolver o projeto Filtrando as Lágrimas do Rio Doce, nos fez aprender muito mais que apenas conteúdo de química e ciências. Esse projeto nos ensinou a sermos mais cidadãos globais, que independente de pertencer a uma nação, estado, tribo, raça ou religião sempre estaremos prontos para ajudar o próximo e a humanidade.

Desejo fazer um mestrado na área de projetos educacionais e, quem sabe, futuramente morar em outro país para contribuir da mesma forma que contribui com o meu país de origem. São tantos sonhos que eu só faço acreditar, pois realiza-los não depende apenas de dinheiro, ou de outra pessoa. Para que eles se tornem realidades só depende da minha força de vontade e dedicação e isso eu tenho com toda certeza. RE - Como costuma ser a reação de outros professores ao assistiram suas palestras e conheceram a sua história de vida?

RE - Quais são suas aspirações profissionais? WN - São tantos sonhos que tenho nessa vida e fico muito feliz de poder desfrutar de cada um deles. Eu nunca imaginei chegar aonde eu cheguei, conquistei o topo mais alto da vida profissional que tenho certeza que nenhuma outra profissão talvez me daria da forma que a educação meu deu e tão rápido. Em menos de quatro anos conquistei os maiores prêmios e reconhecimento no Brasil e para completar, recentemente, entrei para a lista dos melhores professores do mundo segundo a Fundação Varkey com o prêmio Global Teacher Prize, isso fez com que muitas portas se abrissem para mim. Visitei em menos de oito meses mais de 23 países e com isso conheci a realidade educacional desde o Camboja até a Finlândia. Isso me proporcionou muito conhecimento e experiências incríveis que estou louco para colocar em prática em 2018. Tenho desejo de fundar uma escola para atender crianças carentes. Quero que seja uma escola referência, com uma boa infraestrutura.

WN - É muito lindo estar em um palco e falar para esse público maravilhoso que são docentes e discentes. A cada dia que realizo uma palestra, seminário, capacitação é um aprendizado novo. Eu sou um eterno aprendiz, e ser assim é que me fez conquistar tudo isso que a vida me reservou. Tento transmitir meu sentimento verdadeiro de professor realizado. Eu acho que isso contagia a todos, pois eu vejo tantas pessoas chorando enquanto converso com eles, e eu também costumo chorar porque a cada dia que faço uma palestra, recordo tudo de bom que vivi. Portanto, tudo isso que sou e posso me tornar daqui a alguns anos, sempre me reportarei aos verdadeiros protagonistas dessa história que são esses jovens alunos e profissionais da educação idealizadores de sonhos.

Professor premiado Em 2014, Wemerson ganhou o prêmio Sedu Boas Práticas pela inovação em sala de aula. Além disso, seus projetos ambientais lhe renderam o Prêmio Educador Nota 10 em 2016, que é entregue aos 10 melhores professores do Brasil. O projeto vencedor foi o ‘Filtrando as Lágrimas do Rio Doce’, no qual os alunos do 8º ano da EEEFM Antônio dos Santos Neves, na cidade de Boa Esperança (ES), foram levados a estudar os impactos causados na água do Rio Doce pelo rompimento da Bar-

ragem do Fundão, em Mariana, Minas Gerais, em novembro de 2015. O objetivo era contextualizar de forma mais clara a tabela periódica, a partir dos elementos químicos presentes na água poluída. Os estudantes colheram amostras, entrevistaram parte da população ribeirinha afetada pelo desastre e conduziram análises em laboratório, produzindo detalhados portfólios. “Mas os próprios alunos tiveram a ideia de filtrar a água poluída usando mecanismos simples, que eram filtros de areia”, conta o professor. Nasceu então o que Wemerson chama de segunda etapa do projeto. “Por meio de parcerias com a Universidade Federal do Espírito Santo, parcerias com estações de tratamento, nós conseguimos chegar a cálculos estequiométri-

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

cos, cálculos químicos, que permitiram chegar à proporção necessária para potabilizar a água do rio doce”, explicou. Professor e alunos passaram então a instalar os filtros de areia produzidos em laboratório com base nos estudos feitos em sala de aula na comunidade capixaba de Regência, atingida com a falta de água potável, pela poluição advinda do rompimento da barragem. “O projeto mudou a minha vida e a vida dos alunos, porque transformamos a natureza em laboratório de experiência e, na sala de aula, somamos e multiplicamos os conhecimentos adquiridos na prática educativa”, contou Wemerson.

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In.clu.são s.f

T / Marília Bobato F / Reginaldo Gouvêa

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Convite

especial A psicóloga Jane Haddad conta como as instituições estão evoluindo com os alunos de inclusão


Com a Lei da Inclusão em vigor há mais de um ano, as instituições de ensino já conseguiram avançar em muitos pontos, mas ainda são grandes os desafios. A psicóloga Jane Patrícia Haddad viaja o Brasil fazendo palestras sobre o tema e conversou com a revista Escada para contar como tem sido a evolução da inclusão no ambiente escolar. Ela tem vivenciado casos práticos e compartilha estas experiências a seguir.

Revista Escada – Como trabalhar a inclusão em uma sociedade baseada em modelos de “iguais”, em padrões de “qualidade”, “eficiência” e rankings?

Para Jane, incluir não significa apenas criar novas vagas para as pessoas com necessidades especiais na escola regular e muito menos apenas seguir as leis. “Incluir é superar nossas próprias dificuldades em aceitar aqueles que são diferentes de nós. Incluir requer um processo a ser construído diariamente, em que a escola se torne acolhedora às diferenças, inclusive em seu currículo e formas de avaliar. Incluir não é uma ação tão natural como parece, é uma construção contínua de uma conscientização política de que todos devem ser agentes e, portanto, o sujeito do ato educativo, independente da limitação física, psíquica e emocional.

Ao acompanhar o processo de inclusão em algumas escolas, venho percebendo pontos essenciais como: as crianças menores não são (ainda) dotadas de preconceitos, pelo contrário elas são muito solidárias e suportam bem seus diferentes; professores e gestores que apostam nos sujeitos, conseguem bons efeitos. Acolher é o primeiro passo de qualquer humanização possível.

Jane Haddad - Para alguns, isso é possível, mas não para todos. Uma sociedade que prima por modelos ideais de beleza, inteligência e desempenho não deve desconectar-se de outras habilidades e subjetividades possíveis.

O primeiro passo é destituirmo-nos do lugar de Sabe-Tudo, do lugar apenas do ensinar, o momento é um convite a apreender com os ditos “especiais” e partir do ponto de que: cada um de nós, em algum momento da nossa vida, terá uma necessidade especial. Podemos começar incorporando a ideia de que não há uma forma única de incluir e sim uma diversidade.

As crianças permanecem o dia inteiro na escola, se alimentam lá, e os terapeutas ocupacionais, psicólogos, enfermeiras, médicos é que vão ou permanecem na escola. Essa escola me chamou muito atenção porque tem dois professores autistas e que foram alunos. Um deles é digitador e o outro cuida e faz todo o jardim da escola. Todos os educadores acreditam que todo momento é momento de aprendizagem, eles saem muito com as crianças, tem aulas de ecoterapia, zooterapia. Investem muito no sistema sensorial das crianças. Há também uma Escola de Pais, com discussões sobre o espectro, como os pais podem ajudar seus filhos e a si mesmo. Os professores visitam os lares semanalmente e trocam avanços e regressões sobre as crianças. Uma vez por semana, os avós, pais e irmão vão à escola. Eles acreditam que um dia os avós e pais irão morrer, então começam a preparar os irmãos. Nesses encontros, a equipe da escola trabalha com a ideia de que essas crianças não são coitadinhas, simplesmente funcionam de forma diferente. Eles tem um projeto que quebra a super proteção dos familiares e também dos professores. Eles acreditam que “ser culto é a única forma de ser livre”.

RE – Você tem visto casos de inclusão na prática ao visitar escolas em todo o Brasil. Como as instituições têm evoluído? JH - Não há como ter regras únicas para receber cada aluno, cada um é um, que advém de uma família diferente com questões diferentes. Acompanho algumas escolas que estão realmente se adaptando para receber seus “novos alunos”, um exemplo que acompanhei recentemente é de uma escola de São Paulo, que ao receber uma criança com limitações físicas, fez as adaptações razoáveis para que ela pudesse se locomover. O mais interessante desse caso, é que ele que instruiu seus professores e colegas sobre sua locomoção. No ano passado, estive em Havana (Cuba), conhecendo a escola Dora Alonso, referência em inclusão de alunos com o espectro autista. A instituição recebe crianças de 1 ano e meio a 7 anos e trabalha em parceria direta com a família.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

“Acredito que estamos longe de aceitar os alunos de inclusão, mas aposto no sujeito humano, por mais difícil que isso possa parecer”.

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RE – Como se deu seu interesse particular em trabalhar com o tema inclusão? JH - Na época da escola, eu sempre fui uma menina diferente do dito “normal”. Detestava brincar de boneca, adorava jogar bola, colecionava estilingues, trocava figurinhas de time de futebol, tinha várias chuteiras e camisetas de times de futebol. Nem por isso sofri bullying, e se sofri, passei despercebida. Não escutava o que não me interessava, fato este que permanece até os dias atuais. Isso ajudou que meus pais encontrassem junto ao médico um diagnóstico para o que eu tinha: DCM (Disfunção Cerebral Mínima); o conhecido Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

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“Passei sete anos da minha vida escolar cumprindo castigos fora da sala de aula...”

Passei sete anos da minha vida escolar cumprindo castigos fora da sala de aula, já que, pelo menos duas vezes por semana, eu era gentilmente encaminhada para a biblioteca da escola. Ao meu lado, uma disciplinadora me conduzia por aquele longo corredor, sem poder correr... (risos). Minutos depois, a disciplinadora me entregava à querida Tia Benedita (bibliotecária), que me recebia com um sorriso cuidadoso, que deixou marcas positivas até hoje. Desde aquela tenra idade, meus professores não davam conta de mim. Ainda hoje escuto que sou “rebelde” questionadora, indisciplinada e, quem sabe, “burra”, já que fujo de uma forma. Boa parte dos meus castigos na infância eram: ler, ler, escrever e tocar triângulo na aula de música, ou mesmo fazer argila como técnica de acalmar. Revisitando minha memória afetiva, hoje me pergunto: Quantas Beneditas estão nas escolas recebendo seus alunos “anormais”? Tia Benedita me abria o mundo e nem sei se ela soube disso. Hoje sou uma leitora voraz, curiosa em descobrir o mundo em cada página, inquieta como sempre. Não sou do tipo padrão intelectual, mas, apesar de tantos castigos e rótulos, sobrevivi e adoro estudar, aprender e compartilhar.

RE - A sociedade está mais aberta para aceitar os alunos de inclusão? JH - Acredito que estamos longe de aceitar os alunos de inclusão, mas aposto no sujeito humano, por mais difícil que isso possa parecer. Incluir é olhar sob um outro ponto de vista, acreditar que não existe só uma direção e sim uma diversidade de direções. Os discursos extremistas sempre me assustam e me sugere um passo atrás, o real é que o mundo está passando por uma transição ética, onde todos querem ter razão. O que estamos precisando falar e escutar é sobre gente, sobre seres humanos, sobre referências de adultos, sobre o sentido de irmos todos os dias para a escola. RE - São muitas novas síndromes detectadas hoje em dia. O número de crianças frequentando consultórios de psicologia e psiquiatria e tomando medicação também é grande. Quais as principais dificuldades das escolas em lidar com isso? O ser humano está cada dia mais doente? JH - Acredito que hoje há mais facilidades quanto ao diagnóstico e por isso o número de síndromes aumentaram consideravelmente. Mas há também uma busca incessante em busca de um nome, quando crianças e jovens não conseguem se encaixar em determinados modelos. Isso me preocupa. A cada dia que passa, recebo em meu consultório, jovens que reclamam de uma (tal) falta de sentido perante a vida, eles dizem não conseguirem se encaixar em determinados modelos que seus pais o enquadram. Recebo crianças que dizem não conseguir prestar atenção nas aulas chatas. Nessa direção, escolas apresentam alto índice de crianças e jovens com dificuldade de aprendizagem e famílias “ausentes” no processo ensino-aprendizagem. Eis um fracasso real a nossa era contemporânea. Um mundo que corre contra o tempo cronológico, em que pessoas vão de lá para cá, sem imaginarem onde desejam chegar, um mundo em que o único sentido que crianças e jovens enxergam em suas escolas e universidades é passar de ano, para poderem no ano que vem estar no ano seguinte. Esses são alguns dos tantos impasses da educação contemporânea.


RE - Instituições como as APAEs que cuidam de crianças com deficiências separavam elas da convivência das crianças ditas normais. Instituições assim não dão mais conta do recado?

RE - Com a Lei da Inclusão colocada em prática você acha que essas crianças de inclusão terão mais chances no mercado de trabalho daqui alguns anos?

JH - Acredito muito nas APAEs e sou fã dos educadores que ali estão, muitas crianças e jovens frequentam ela e em algumas cidades frequentam a escola regular no contraturno. Por outro lado não acredito nas separações dos ditos “deficientes”. Eles têm o direito de conviver, compartilhar, desfrutar, participar, relacionar, interagir, trocar, o que continua sendo negado para um número significativo de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual. E nós sabemos que as APAEs garantem isso e defendem que a inclusão escolar faça parte de um movimento muito maior, que é a inclusão social de todas as pessoas que, ao longo da história, foram discriminadas, segregadas e afastadas da convivência com outras pessoas. A educação inclusiva, portanto, é um projeto de NAÇÃO onde todos tem o direito de pertencer, ou seja, temos a obrigação de superar a segregação.

JH - Acredito sim, elas terão a possibilidade de serem olhadas e escutadas em sua maneira de ser. Ter uma limitação não quer dizer que não tem inteligência, sociabilidade e possibilidades. Todos nós somos diferentes, duas crianças com o mesmo diagnóstico são diferentes.

“Ter uma limitação não quer dizer que não tenha inteligência, sociabilidade e possibilidades”

Refletir Inclusão requer pensar nosso lugar no mundo, nossa concepção de educação bem como o sujeito que queremos ajudar a formar. Um grito de convocação junto ao momento educacional contemporânea. Não nos adianta, seguirmos apenas com gritos denunciantes e queixosos de revolta, que apenas denuncia uma educação, muitas vezes excludentes. O momento requer muito mais que isso, ele exige uma retomada ética de nosso lugar na sociedade e especificamente na educação, sem implicação de cada envolvido, não faremos uma “RE-VOLTA”. Incluir requer desejo e responsabilidade: trazer para si as rédeas do seu cavalo.

Pensar a Ética como apontou Foucault em seus últimos escritos: Ética, como prática reflexiva da liberdade. Apesar do acesso de crianças e jovens com algum tipo de deficiência, ou mesmo com dificuldades, nas escolas regulares ter aumentado no último ano, ainda são grandes os desafios de preparar os professores para mantê-las na sala de aula com os demais colegas, e de receber as crianças que ainda estão excluídas. Nosso modelo educacional de só transmitir o conhecimento do currículo básico já não atende mais.

Conversa aberta sobre Autismo No início do ano letivo, a psicóloga Jane Haddad esteve no Sinepe/PR (Curitiba) para uma conversa aberta com os educadores sobre o Autismo. Foram reflexões a cerca do transtorno, seu histórico e pesquisas em andamento. Jane apresentou o termo geral usado para descrever um grupo de transtornos de desenvolvimento do cérebro, conhecido como “Transtornos do Espectro Autista” (TEA) e que ele apresenta um conjunto de manifestações que afetam o funcionamento social, a capacidade de comunicação, implicam em um padrão restrito de comportamento e geralmente vem acompanhado de deficiência intelectual. Ela defende que crianças autistas podem e devem estudar em escolas regulares, embora alguns pais prefiram escolas especiais, principalmente quando há uma deficiência intelectual associada ao transtorno. “Os autistas pensam e agem diferente de nós dito normais. A escola deve ser inclusiva e fazer flexibilizações curriculares, tendo o cuidado de coloca-los em turmas menos numerosas, para que os professores possam

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

atender suas demandas individuais e a legislação também prevê que as escolas ofereçam classes multifuncionais no turno inverso das aulas, para que os autistas trabalhem suas dificuldades específicas de aprendizagem e desenvolvam suas qualidades”.

Para saber mais sobre autismo Livro: O cérebro autista, da autora americana Temple Grandin que foi precocemente diagnosticada com autismo. Ela é formada em psicologia e seu nome já constou na lista das cem pessoas mais influentes do mundo, na categoria “Heróis”, da revista Time. Sua vida foi tema de filme que leva seu nome. Palestra: No TED.com acesse a palestra “O mundo necessita de todos os tipos de mentes, de Temple Grandin.

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En.tre.vis.ta s.f

T / Ari Lemos F / Cleon Pereira

Desafios da educação para 2018

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Conversamos com o presidente da Fenep, Ademar Batista Pereira, para saber as expectativas para um ano que promete ser bastante singular O ano letivo de 2018 já começou e, prevendo os desafios, fomos conversar com o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Ademar Batista Pereira, para observar quais são, para ele, os principais gargalos referentes à educação neste ano que deve ser turbulento por conta das eleições, Copa do Mundo e mais uma série de alterações legais que passam a vigorar.


Revista Escada: Quais os principais desafios em sua gestão frente à Fenep? Como ficará a mudança de arrecadação do imposto sindical? Ademar Batista Pereira - Neste ano teremos desafios imensos, pois é um ano singular no qual temos a realização de eleições presidenciais, de governadores, senadores e de deputados estaduais; o burburinho causado por conta da Copa do Mundo; uma crise econômica ainda muito latente; e, somado a tudo isso, a readequação orçamentária que todos os sindicatos estão tendo que realizar por conta da reforma trabalhista que desobrigou o pagamento do imposto sindical. Registre-se aqui que sou a favor dessa medida, pois creio que era inevitável e importante. Ainda teremos que enfrentar a implantação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as discussões que ocorrerão nos Conselhos Estaduais de Educação. Teremos uma eventual reforma ou simplificação tributária, em que certamente teremos que trabalhar para buscar a desoneração da escola particular, bem como evitar qualquer tentativa de aumento de impostos. Teremos que concentrar muitos esforços para implantar, nas convenções coletivas de trabalho, a reforma trabalhista para a qual já lançamos uma cartilha para auxiliar os sindicatos. Esse será um ano no qual a crise econômica mais atingirá o setor educacional e certamente veremos inadimplência e perda de demanda. Além disso, temos a nova lei do Fies, que trouxe mais encargos e custos para o Ensino Superior.

RE: Como o Ensino Superior privado está encarando o Novo Fies? Ap - As IES terão que agir com muito cuidado e prudência. Trata-se de um programa que mudou muito, no qual, ao meu modo de ver, acabou a visão social que contemplava o aluno carente. O novo modelo tem um viés absolutamente bancário, caro e burocrático. Fizemos uma discussão importante com o MEC, chegamos a indicar às IES particulares a não adesão ao programa. Depois disso conseguimos que o MEC explicasse melhor os pontos aos envolvidos, por meio de reuniões e por meio de uma vídeo-conferência com os Sinepes e IEs de diversos Estados. Com isso conseguimos compreender claramente a posição do MEC. Fizemos nosso trabalho enquanto entidade de classe: discutimos e orientamos as IES para os cuidados, riscos e desafios. RE: Qual será o impacto da nova Base Nacional Comum Curricular para as escolas? Ap - A ideia em si é positiva. Até aqui apoiamos a aprovação, participamos de todas as audiências públicas. Agora o desafio estará junto a regulamentação que será feita no currículo pelos Conselhos Estaduais de Educação. Estamos preparando um documento orientador para os sindicatos, para que estes enfrentem o debate, mas já sabemos que vamos ter muito trabalho pela frente. RE: Qual a sua avaliação sobre o crescimento da EAD? Como deve ser o panorama desta oferta para os próximos anos? Ap - A EAD (Educação a Distância) é uma realidade e uma necessidade, especialmente quando pensamos no tamanho do Brasil, com suas dimensões continentais. A tecnologia facilita o acesso ao conhecimento de forma rápida, fácil e barata. Esse é um caminho sem volta e certamente veremos essa oferta ser ampliada nos próximos anos, especialmente nos cursos em EAD semipresenciais, pois isso vai unir ainda mais a necessidade dos alunos de um contato maior com a instituição e com a vida acadêmica, com um preço mais acessível.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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as.so.ci.a.das adj

universo

das associadas confira as novidades das instituições de ensino associadas ao sinepe/pr Positivo anuncia aquisição de colégio em Londrina Ao completar 45 anos de fundação, o Grupo Positivo expande sua atuação em Londrina e anuncia a mudança de mantenedora da Escola Berlaar Santa Maria, que passa a se chamar Colégio Positivo – Santa Maria. A instituição de educação básica foi fundada em 1960, compartilha dos mesmos valores do Grupo Positivo e conta, atualmente, com alunos do berçário ao 9º ano do Ensino Fundamental. Com a aquisição, a Escola Santa Maria ganha a expertise em gestão educacional de um dos dez maiores grupos de ensino do Brasil.

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Bom Jesus inicia operações em Maringá Em outubro de 2017, a Direção do Grupo Educacional Bom Jesus estiveram em Maringá para anunciar a parceria com o Colégio Carlos Démia, da Congregação das Irmãs de São Carlos de Lyon. Na ocasião, diante da comunidade acadêmica, ficou acordado que, a partir do dia 1º de janeiro de 2018, a Instituição passaria a se chamar Bom Jesus Carlos Démia, seguindo o padrão das mais de 30 parcerias do Grupo. A nova Unidade atende da Educação Infantil ao Ensino Médio e está sob a responsabilidade de Alizandro Boni, que há sete anos atua no Bom Jesus.

Sion apresenta novos uniformes A linha de uniformes do Colégio Sion Curitiba passou por uma atualização completa de design e proposta, com opções em sintonia com as crianças e jovens da atualidade. “Nós realizamos a atualização dos uniformes, escutando a demanda dos pais em modernizar e dar mais opções de vestimenta para os alunos, como os vestidos para as meninas e mais casacos de inverno”, revela Juliana Pedroso, responsável pelo Marketing. Os uniformes do Sion Curitiba identificam os alunos pelas cores e pelo símbolo da instituição, representando o nome e a tradição da escola. Por isso, a atenção especial a esta peça tão importante, também como um reforço da segurança dos alunos, visto que são facilmente reconhecidos quando em local público.


as.so.ci.a.das adj

Conheça as

Associadas ao Sinepe/PR

Prestes a completar 70 anos de existência, o Sinepe/PR apresenta o seu quadro associativo que conta com quase 600 instituições de ensino. unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

Mastigando Letrinhas

Almirante Tamandaré

Unipar - Cascavel

Cascavel

CEPNKA

Almirante Tamandaré

Faculdade de Castro - INEC

Castro

Instituto Cristão

Castro

Sepam - Castro

Castro

Evangélica de Castrolanda

Castro

Nova Geração

Castro

Adventista - Castro

Castro

Escola Emilia Erichsen Junior

Castro

Colégio Emília Erichsen

Castro

Bom Jesus de Chopinzinho

Chopinzinho

Bom Jesus Internacional

Colombo

El Shaday

Colombo

Nossa Sra. do Rosário

Colombo

Escola Universo

Colombo

Inesul

Colombo

Escola Santa Mônica

Colombo

Colégio Menino Jesus

Colombo

Be Happy

Curitiba

Boa Forma

Curitiba

Studium Theologicum

Curitiba

Aena - Administração

Curitiba

Novo Ateneu/ Colégio

Curitiba

Unicuritiba - Campus II

Curitiba

CEI Degraus do Saber

Curitiba

Alegria de Aprender

Curitiba

Aquarela do Saber

Curitiba

Acesso - Unidade Almirante TamanAlmirante Tamandaré daré Famper

Ampére

Colônia Holandesa

Arapoti

Sementinha de Ouro

Araucária

Metropolitana

Araucária

Toco de Gente

Araucária

Sagrado Coração de Jesus

Araucária

Fundacen - CTI

Araucária

Adventista - Araucária

Araucária

Escola João Paulo Júnior

Araucária

Beraldinho

Campina Grande do Sul

Bom Jesus da Aldeia

Campo Largo

CNEC - Presidente Kennedy

Campo Largo

IEP

Campo Largo

Construtiva

Campo Largo

Ser Criança

Campo Largo

Acesso - Unidade Campo Largo

Campo Largo

Evangélica de Carambeí

Carambei

Colégio Marista Cascavel

Cascavel

Famipar - Faculdade Missioneira

Cascavel

New York

Cascavel

Sagrada Família

Cascavel

FAG

Cascavel

Univel

Cascavel

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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lista das associadas

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unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

Academia Full Life

Curitiba

CEI Castelinho do Saber

Curitiba

ASSEIJ - Nossa Senhora do Rosário

Curitiba

CEI Família Feliz

Curitiba

Supremo

Curitiba

Madre Carmela de Jesus

Curitiba

AMAR

Curitiba

Maria Cazetta

Curitiba

CEI Acácias

Curitiba

CEI Tia Bety

Curitiba

Pedacinho de Gente

Curitiba

PUCPR

Curitiba

CEI Cantinho Feliz

Curitiba

Rui Barbosa

Curitiba

Jesus Criança

Curitiba

Turmalina

Curitiba

Menino Jesus de Nazaré

Curitiba

Escola Atuação - Boqueirão

Curitiba

Miriam

Curitiba

CEI Aurora

Curitiba

CEI Professora Rachel Gonçalves

Curitiba

British And American

Curitiba

Cultura Inglesa/Julia da Costa

Curitiba

Dominius

Curitiba

Colméia´s

Curitiba

Doce Momento

Curitiba

Teatinas - Ursula Benincasa

Curitiba

Primeira Infância

Curitiba

Aliança Francesa

Curitiba

Angelical

Curitiba

Escola do Bosque Mananciais

Curitiba

CEI Bosque da Corujinha

Curitiba

Arethe

Curitiba

Academia Gustavo Borges

Curitiba

Associação de Moradores Atenas 1

Curitiba

Academia Gustavo Borges

Curitiba

Esic

Curitiba

Academia Gustavo Borges

Curitiba

CEI Arco Iris

Curitiba

Vovó Lina

Curitiba

Vovó Cenira Gusso

Curitiba

Canto dos Encantos

Curitiba

Associação de Moradores Vila Esmeralda

Curitiba

Casinha Feliz

Curitiba

Ceap

Curitiba

Facel

Curitiba

Centro Europeu

Curitiba

Decisivo

Curitiba

Inter Americano

Curitiba

Decisivo

Curitiba

Inter Americano

Curitiba

Decisivo

Curitiba

Hispano

Curitiba

Faculdade Cristã de Curitiba

Curitiba

Cidadã

Curitiba

Stella Maris

Curitiba

Divina Misericórdia

Curitiba

Paula Amaral Centro de Ensino

Curitiba

Tistu

Curitiba

Bom Jesus - Sede

Curitiba

Lápis Mágico - Expansão

Curitiba

Bom Jesus - Nossa Senhora de Lourdes

Curitiba

Trilhas do Saber

Curitiba

Bom Jesus - São José

Curitiba

Caminhos do Saber

Curitiba

Bom Jesus - Ahú

Curitiba

Céu Azul

Curitiba

CEI Frei Tito de Alencar

Curitiba

Escola Pichon

Curitiba

Estação Criança

Curitiba


lista das associadas unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

CEI Espaço do Saber

Curitiba

Cocec / Nilza Tartuce

Curitiba

Leãozinho de Judá

Curitiba

Kambalhota

Curitiba

Paraiso da Criança

Curitiba

Roda do Tempo

Curitiba

CEI Pequeno Einsten

Curitiba

Dunamys

Curitiba

Crescer e Saber

Curitiba

Evangélico

Curitiba

Pequeno Urso

Curitiba

CEI Infância Colorida

Curitiba

Abba - Ceduca

Curitiba

Logus

Curitiba

Programa de Educação Continuada - PEC

Curitiba

Meu Futuro

Curitiba

Nazareno Cenaza

Curitiba

CEI Espaço Infantil

Curitiba

Nova Geração

Curitiba

CEI Gente Contente

Curitiba

Gaia

Curitiba

Momentos Mágicos

Curitiba

Integrado

Curitiba

Alfabeto Mágico

Curitiba

Mundo Disney - CINDY

Curitiba

Asa Delta

Curitiba

Ciar

Curitiba

CEI Caminho para o Futuro

Curitiba

Centpar

Curitiba

CEI Céu Encantado

Curitiba

CEI Chave de Davi

Curitiba

Plantação da Alegria

Curitiba

Cidade Junior

Curitiba

CEI Dom Bosco

Curitiba

Gymboree Play & Music

Curitiba

Escola Ponto a Ponto

Curitiba

Vencedores Kids

Curitiba

CEI Espaço da Esperança

Curitiba

Pingo de Gente

Curitiba

Escola Espaço Colorido

Curitiba

Senhora de Fátima

Curitiba

Flor Criança

Curitiba

Bastos Maia

Curitiba

Gasparzinho

Curitiba

Maranata

Curitiba

Escola Genial

Curitiba

Conexão

Curitiba

Gente Nova

Curitiba

Cosmos

Curitiba

CEI João de Barro

Curitiba

Kinderland

Curitiba

Colégio Dom Bosco Sete de Setembro

Curitiba

Nosso Tempo

Curitiba

Dom Bosco - Ahú

Curitiba

Padre Dehon

Curitiba

Dom Bosco - Mercês

Curitiba

CEI Patylis

Curitiba

Imaculada Conceição

Curitiba

Picollo

Curitiba

Internacional de Curitiba

Curitiba

CEI Alegria de Ser Criança

Curitiba

Everest

Curitiba

CEI Vila Sofia

Curitiba

Instituto Educacional Everest

Curitiba

CEI Vovô Fofão

Curitiba

Santa Maria

Curitiba

Lady Lord

Curitiba

Martinus - Portão

Curitiba

Solução

Curitiba

Nossa Senhora da Assunção

Curitiba

UP - Universidade Positivo

Curitiba

Sion

Curitiba

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

27


lista das associadas

28

unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

Nossa Senhora Medianeira

Curitiba

Começar Bem / Bambinata

Curitiba

Bagozzi

Curitiba

CEI Pequeno Príncipe

Curitiba

Nossa Sra. Menina

Curitiba

Escola Projeto 21

Curitiba

Sagrado Coração de Jesus

Curitiba

Novo Educandario

Curitiba

Saint Germain

Curitiba

Um Dois Três

Curitiba

Santo Anjo - Unidade Anjinho

Curitiba

Aldeia Betânia

Curitiba

Madre Clélia

Curitiba

Escola Atuação – Santa Quitéria

Curitiba

Spei

Curitiba

Bambinata

Curitiba

Vicentino São José

Curitiba

Shalon

Curitiba

Anchieta - Sede

Curitiba

Carrossel Dourado Integração

Curitiba

Colégio Anchieta - Subsede II

Curitiba

Cebec

Curitiba

Elite Curitiba

Curitiba

Escola Inovação do Saber

Curitiba

Bagozzi/Faculdade

Curitiba

Semeador do Saber

Curitiba

CEI Padre Sigismundo Gorazdowski

Curitiba

Primavera

Curitiba

CEI Recanto Feliz Santa Úrsula

Curitiba

Estrelinha

Curitiba

Menino de Nazaré / Bagozzi

Curitiba

Evangelium

Curitiba

CEI - Padre João Bagozzi - Kids

Curitiba

Israelita Salomão Guelmann

Curitiba

Faculdade Teológica Batista - Ftbp

Curitiba

Junshin

Curitiba

Corujinha

Curitiba

Madre Anatólia

Curitiba

Creativitá Centro de Educ. Inf.

Curitiba

Madre Cecília Cros

Curitiba

Jardim Acrópole

Curitiba

Annette Macedo

Curitiba

São Judas Tadeu

Curitiba

Nossa Sra. da Esperança

Curitiba

Fatec-PR

Curitiba

Princípius do Saber

Curitiba

Companhia Athletica

Curitiba

Santa Teresinha do Menino Jesus

Curitiba

Curso Apogeu

Curitiba

Escola Terceira Dimensão

Curitiba

Oyama

Curitiba

Sebastião Paraná

Curitiba

Curso Dom Bosco - Mueller

Curitiba

Sementinha - Interativa

Curitiba

Curso Dom Bosco - Batel

Curitiba

Terra Firme

Curitiba

Genius

Curitiba

Escola Trilhas

Curitiba

Data Place

Curitiba

FESP

Curitiba

CEI Parlenda

Curitiba

Curitiba

Faculdade de Tecnologia Ibrate

Curitiba

Faculdade Dom Bosco - Campus Marumby

CCAA Bom Retiro

Curitiba

Evangélica - FEPAR

Curitiba

Phil Young's English School

Curitiba

Faculdade Madalena Sofia

Curitiba

Escola Grace

Curitiba

Pequeno Príncipe/Iespp

Curitiba

Escola Projeto 21

Curitiba

Fatum Assessoria Educacional

Curitiba

Filadélfia Curitiba

Curitiba


lista das associadas unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

Fisk

Curitiba

Legacy English School

Curitiba

Umbrella

Curitiba

CEI Aquarela Mágica

Curitiba

Talken English School

Curitiba

Talken English School - Cristo Rei

Curitiba

Pirâmide do Saber

Curitiba

Fraldinhas

Curitiba

Manocchio Team

Curitiba

Pré Escola Bilusco

Curitiba

Youtz

Curitiba

CEI Minha Doce Infância

Curitiba

CEI Futuro Ideal

Curitiba

Talken English School - Linha Verde

Curitiba

Húnika

Curitiba

Modelo - Colégio e Faculdade

Curitiba

Instituto Idd

Curitiba

Movimento's

Curitiba

Martinus - Educ. Profissional

Curitiba

Mozart Som

Curitiba

Martinus - Centro

Curitiba

Cantinho do Céu

Curitiba

Adventista - Bom Retiro

Curitiba

Academia Corpo Livre

Curitiba

Adventista - Boqueirão

Curitiba

Lápis de Cor

Curitiba

Adventista - Portão

Curitiba

A Mão Cooperadora

Curitiba

Adventista - Alto Boqueirão

Curitiba

CEI A Mão Cooperadora - Lindoia

Curitiba

Adventista - Boa Vista

Curitiba

Curitiba

Adventista - Centenário

Curitiba

CEI A Mão Cooperadora Campo Comprido Olímpica

Curitiba

OPET - Avenida Iguaçu

Curitiba

OPET - Bom Retiro

Curitiba

CET - Centro Tecnológico OPET

Curitiba

FAO - Faculdade OPET

Curitiba

Expoente - Boa Vista

Curitiba

Pantakulo

Curitiba

Sonho Meu / Amplação

Curitiba

Unipublica

Curitiba

Positivo - Curso Vicente Machado

Curitiba

Positivo - Jardim Ambiental

Curitiba

Positivo Júnior

Curitiba

Positivo - Angelo Sampaio

Curitiba

Positivo - Curso Batel

Curitiba

Escola Jesus Menino

Curitiba

Carinho da Mamãe

Curitiba

Adventista - Santa Efigênia

Curitiba

Adventista - Vista Alegre

Curitiba

Sagrado Coração de Jesus

Curitiba

Kern

Curitiba

CEI Giacomino

Curitiba

Vicentina Nossa Senhora das Mercês Curitiba Willy Janz

Curitiba

CEI Cantinho de Sol

Curitiba

Interpares

Curitiba

Itecne - Madalena Sofia

Curitiba

Catavento

Curitiba

Faz de Conta

Curitiba

Gente Alegre

Curitiba

Vovó Chiquinha

Curitiba

Lar Escola Doutor Leocádio José Correia

Curitiba

Liga das Senhoras Catolicas

Curitiba

Ceci

Curitiba

Maple Bear Canadian School

Curitiba

Champagnat - Rapunzel

Curitiba

Objetiva

Curitiba

Crescendo Feliz

Curitiba

Lumen

Curitiba

Espaço da Criança

Curitiba

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

29


lista das associadas

30

unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

Nosso Jardim

Curitiba

Colégio Spei Ensino Médio e Profissional

Curitiba

Pés no Chão

Curitiba

Meu Amore

Curitiba

Porto Seguro

Curitiba

Cari Bambini

Curitiba

Recanto Infantil "22"

Curitiba

Momentos de Magia

Curitiba

Sonho Azul

Curitiba

Marista Paranaense

Curitiba

Turminha da Mônica

Curitiba

Faculdades Santa Cruz - Unipec

Curitiba

Grande Aprendiz Kids

Curitiba

UNICESUMAR

Curitiba

Phil Young’s

Curitiba

Uninter

Curitiba

Phil Young’s - Cabral

Curitiba

Unipublica

Curitiba

Phil Young’s

Curitiba

Unilehu

Curitiba

Qualitec

Curitiba

Studio Corpo Livre

Curitiba

Kids

Curitiba

CEI Verde Espaço

Curitiba

Sae Digital

Curitiba

Viver e Aprender

Curitiba

Energia Ativa

Curitiba

Escola Começando

Curitiba

Faculdade São Braz

Curitiba

Erasto Gaertner

Curitiba

Integral

Curitiba

Faculdade de Tecnologia Futuro

Curitiba

Arquidiocesano de Curitiba

Curitiba

Curitiba

Irep/Estácio

Curitiba

Amplação Ensino Infantil, Fundamental e Médio

Corujinha Feliz

Curitiba

Colégio Ensitec

Curitiba

Nossa Senhora do Sagrado Coração Jesus

Instituto Dom Miguel

Curitiba

Curitiba

Studio D1

Curitiba

Novo Eden

Curitiba

Studio D1 Batel

Curitiba

Acesso - Emiliano Perneta

Curitiba

Gente Pequena - Eireli

Fazenda Rio Grande

Acesso - Unidade Santa Felicidade

Curitiba

Escola Participação

Fazenda Rio Grande

Acesso - Unidade Hauer

Curitiba

Interativa

Fazenda Rio Grande

Acesso - Unidade Boqueirão

Curitiba

Joãozinho e Maria

Fazenda Rio Grande

Colégio Alto Padrão

Curitiba

Escola Monteiro Lobato

Fazenda Rio Grande

Bandeirantes

Curitiba

Acesso - Unidade Fazenda Rio Grande Fazenda Rio Grande

São Carlos Borromeo

Curitiba

CEI Joãozinho e Maria

Fazenda Rio Grande

Seduc

Curitiba

Fit Foz

Foz do Iguaçu

SOCIESC

Curitiba

Cesufoz

Foz do Iguaçu

CEI Grilo Falante

Curitiba

UNIAMÉRICA

Foz do Iguaçu

Expoente - Água Verde

Curitiba

Amazing Foz

Foz do Iguaçu

Herrero

Curitiba

Bom Pastor

Foz do Iguaçu

Recanto do Futuro

Curitiba

Bz Idiomas S/C Ltda

Foz do Iguaçu

Tempo de Aprender

Curitiba

Semear

Foz do Iguaçu

Monjolo

Foz do Iguaçu

Universidade Tuiuti do Paraná - UTP Curitiba


lista das associadas unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

Escola Peter Pan

Foz do Iguaçu

Colégio Fera

Guarapuava

Cooperativa Educacional de Foz

Foz do Iguaçu

Futura

Guarapuava

Fisk

Foz do Iguaçu

Adventista - Guarapuava

Guarapuava

Dinâmica - Xodó

Foz do Iguaçu

Escola Primeiros Passos - Inovação

Guarapuava

Cecafi

Foz do Iguaçu

SESG

Guarapuava

Betta

Foz do Iguaçu

Integração

Guarapuava

Escola Cataratas

Foz do Iguaçu

Adventista - Guaraqueçaba

Guaraquecaba

Pedacinho do Sol

Foz do Iguaçu

Novo Espaço

Guaratuba

Kids

Foz do Iguaçu

Monteiro Lobato

Guaratuba

Libanesa Brasileira

Foz do Iguaçu

Isepe Guaratuba

Guaratuba

Expressão

Foz do Iguaçu

Sagrada Família

Ibema

Água Viva

Foz do Iguaçu

Colégio Rui Barbosa

Imbituva

Vicentino São José

Foz do Iguaçu

Mater Consolatrix

Ivaipora

Futura Instituto Educacional/Polo Unisa

Foz do Iguaçu

Pequeno Príncipe Neo Master

Jaguariaiva

Escola Nazaré Ensino de Pre Escola

Jesuitas

Aquarela

Foz do Iguaçu

Cooperativa da Lapa

Lapa

PPT Fisk

Foz do Iguaçu

Dinâmico

Lapa

Colégio COC Semeador

Foz do Iguaçu

FAEL

Lapa

Iguaçu

Foz do Iguaçu

Santa Ana

Laranjeiras do Sul

Colégio Bertoni

Foz do Iguaçu

Sels

Laranjeiras do Sul

Dinâmica - UDC

Foz do Iguaçu

Faculdade Unilagos

Mangueirinha

APMI - Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu

Escola Maria Joaquina Serpa

Mangueirinha

Escola Betel

Francisco Beltrão

Nossa Senhora da Glória

Francisco Beltrão

Santa Maria Madalena Postel Patotinha

Manoel Ribas

Cesul

Francisco Beltrão

CEI Martin Luther

Mundo da Criança

Francisco Beltrão

Marechal Cândido Rondon

Unipar - Francisco Beltrão

Francisco Beltrão

Colégio Evangélico Martin Luther

Marechal Cândido Rondon

Nossa Senhora do Carmo

Guaíra

Unipar - Guaíra

Guaíra

Kumon Mal Cândido Rondon

Marechal Cândido Rondon

Nossa Senhora de Belém

Guarapuava

Faculdade de Matelandia - Fama

Matelândia

Anjo Sapeca

Guarapuava

Centro Educacional Integrado

Matinhos

Escola Aldeia do Sol

Guarapuava

Dom Bosco - Matinhos

Matinhos

CEI Mamãe Natureza

Guarapuava

Alfa - Medianeira

Medianeira

Imperatriz Dona Leopoldina

Guarapuava

Escola Imigrante Luigi Bertazzoni

Morretes

Arca de Noé - Aliança

Guarapuava

Bom Jesus da Coluna

Palmas

Assunção de Nossa Senhora

Guarapuava

CEI Bom Jesus da Coluna

Palmas

Santa Teresinha do Menino Jesus

Guarapuava

Bom Jesus de Palmas

Palmas

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

31


lista das associadas

32

unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

Dom Carlos / Cpea

Palmas

Cescage - Campos Gerais

Ponta Grossa

Fritz Kliewer

Palmeira

Jardim de Infância Girassol

Ponta Grossa

Colégio Realeza

Palmeira

Pio XII

Ponta Grossa

Bom Jesus - Nossa Senhora do Rosário

Paranaguá

Pontagrossense - Sepam

Ponta Grossa

Sagrada Família

Ponta Grossa

Cemd

Paranaguá

Sagrado Coração de Jesus

Ponta Grossa

Arca de Noé - Jerusalém

Paranaguá

Santa Teresinha

Ponta Grossa

Adventista - Paranaguá

Paranaguá

São Jorge

Ponta Grossa

Colégio Ipec Ensino Fundamental e Médio

Paranaguá

Sespee

Ponta Grossa

RM

Paranaguá

Escola Bom Pastor

Ponta Grossa

Escola São Caetano

Pato Branco

Adventista - Ponta Grossa

Ponta Grossa

Escola Crescer

Pato Branco

Rosazul

Ponta Grossa

Sant'ana

Pato Branco

Arco Íris - Prisma

Ponta Grossa

Nossa Sra. das Graças

Pato Branco

Faculdades Ponta Grossa

Ponta Grossa

Águia

Pato Branco

Escola de Santo Ângelo

Ponta Grossa

Integral

Pato Branco

Cultura Inglesa

Ponta Grossa

Agir

Pato Branco

Colégio Absoluto

Pontal do Paraná

Mater Dei - Faculdade

Pato Branco

São José

Prudentópolis

Suíço Brasileiro

Pinhais

Colégio Dom Orione

Quatro Barras

Trilhando o Futuro

Pinhais

Dom Pedro II

Rio Branco do Sul

João Paulo II

Pinhais

Claudio Francisco Bini

Rio Branco do Sul

Literal

Pinhais

Escola Pimpolhinhos

Rio Branco do Sul

FAPI

Pinhais

Bom Jesus

Rio Negro

Gynásio Pinhais Educação Grupo Acesso

Academia For Fit

São José dos Pinhais

Pinhais

São José dos Pinhais

Iepi - Pinhais

Pinhais

Bom Jesus - FAE São José dos Pinhais

Destaque

Pinhais

CEI Pequeno Cidadão

São José dos Pinhais

Colégio Expressão

Pinhão

Motivação

São José dos Pinhais

Santa Marcelina

Piraí do Sul

CEI Construindo o Saber

São José dos Pinhais

Escola Casa dos Girassóis - Acrica

Piraquara

Evolutiva

São José dos Pinhais

Cidadão do Amanhã

Piraquara

Fisk - São José dos Pinhais

São José dos Pinhais

A Mão Cooperadora

Piraquara

Top Gun

São José dos Pinhais

Swimming Center

Ponta Grossa

CEI Crescer e Aprender

São José dos Pinhais

Colégio São Francisco

Ponta Grossa

Imediato

São José dos Pinhais

Colégio Santana

Ponta Grossa

Escola da Colina

São José dos Pinhais

Escola Boas Novas

Ponta Grossa

Renovação

São José dos Pinhais

Terra Mater

São José dos Pinhais


lista das associadas unidade de ensino

cidade

unidade de ensino

cidade

Tia Iolanda

São José dos Pinhais

SEMA - Colégio Maria Augusta

São Mateus do Sul

Tradição

São José dos Pinhais

Integral

São Mateus do Sul

Adventista - São José dos Pinhais

São José dos Pinhais

Pirlimpimpim

São Miguel do Iguaçu

Faculdades da Indústria - Famec

São José dos Pinhais

Colégio Telêmaco Borba

Telêmaco Borba

Terra da Criança

São José dos Pinhais

Ideal

Telêmaco Borba

Pequeno Polegar

São José dos Pinhais

Adventista - Telêmaco Borba

Telêmaco Borba

Plena Fitness

São José dos Pinhais

Roda do Tempo

Telêmaco Borba

Pedacinho do Céu

São José dos Pinhais

PUCPR - Campus Toledo

Toledo

Escola Estrela Guia Unidade Costeira São José dos Pinhais

Unipar - Toledo

Toledo

Opção

São José dos Pinhais

Algodão Doce

União da Vitória

Escola Estrela Guia

São José dos Pinhais

Coração de Maria

União da Vitória

CEI Valor e Afeto

São José dos Pinhais

Adventista - União da Vitória

União da Vitória

Estação Criança

São Jose Dos Pinhais

Facibra

Wenceslau Braz

Echo Continental/Companhia da Criança

São Mateus do Sul


cur.sos s.m

AGENDA CURITIBA

Confira o calendário de cursos e palestras do Sinepe/PR

MARÇO

junho

Palestra: Qualidade de Atendimento

Semana das Curiosidades

Data: 27/03/2018

Data: 18 a 22/06/2018

Horário: 8h30 às 11h30

Horário: 19h às 21h

Local: Auditório do Sinepe/PR

Local: Auditório do Sinepe/PR

Público-alvo: Secretárias escolares, acadêmicas, responsáveis pelo atendimento escolar.

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Palestrante: Jussara de Oliveira

Investimento por palestra: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas

Investimento: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas. Vagas: 90

Vagas: 90 por palestra

abril

Programação:

Semana da Educação Infantil e Ensino Fundamental I Data: 02 a 06/04/2018

34

Horário: 19h às 21h Local: Auditório do Sinepe/PR Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessado Investimento: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas. Vagas: 90 por palestra

18/06 • O Renascimento da Educação Infantil com Prof. Dr. Joe Garcia 19/06 • A educação na África com Geraldo Peçanha de Almeida 20/06 • A educação no Japão com Ademar Batista Pereira 21/06 • O que podemos aprender com a China? com Acedriana Vicente 22/06 • A educação em Cuba com Geraldo de Almeida Peçanha

Programação: 02/04 • Convivência em sala de aula com Prof. Dr. Joe Garcia 03/04 • A emoção na sala de aula com Geraldo Peçanha de Almeida 04/04 • A oralidade nos anos iniciais com Cléo Busato 05/04 • Limites e valores a quem cabe construílos? O papel da cada um – Família e escola com Tania Mara Fantinato 06/04 • Valores humanos na escola: construindo pontes afetivas com Fátima Balthazar 06/04 • O Renascimento da Educação Infantil

SINEPE/PR — R. Guararapes, 2028, Vila Izabel — Curitiba/PR Mais informações e inscrições: www.sinepepr.org.br — 41 3078-6933




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