Revista Escada ed.39

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número 39 | ano 10

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Quem quer ser professor? HISTÓRIAS INSPIRADORAS DE PROFESSORES E OS RUMOS DA CARREIRA

ENTREVISTA Repensando o ensino-aprendizagem com Paulo Tomazinho

ago/set/out 2019

Publicação Sinepe/PR




e.di.to.ri.al adj m+f

ex.pe.di.en.te adj m+f

SINEPE/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná www.sinepepr.org.br / wwww.facebook.com/sinepepr

Nos aproximamos de mais um Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro. Aproveitamos a data para trazer nesta edição da revista Escada alguns recortes sobre a carreira do educador. São tantas mudanças no cenário educacional, novas tecnologias que surgem a cada dia, cobranças por parte dos alunos e das famílias, que buscamos saber de que forma podemos ter professores mais engajados e felizes. Complementando o assunto, conversamos também com o Doutor em Educação e membro do Grupo de Inovação do Sinepe/PR, Paulo Tomazinho, que nos contou como vem ajudando escolas e instituições de ensino superior a fazer a gestão da inovação.

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Especificamente no ensino superior fomos atrás de alguns dados sobre o crescimento do Ensino a Distância (EAD) e falamos com alguns gestores para saber como as instituições enxergam as perspectivas para um futuro próximo. Outro assunto de grande importância para todas as instituições de ensino é uma iniciativa da FENEP de fazer uma parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para trazer o PISA for Schools para o Brasil. Trata-se de uma variante do exame internacionalmente consolidado que permitirá identificar com mais precisão o impacto da trajetória escolar sobre as perspectivas da clientela de cada escola.

Boa leitura Esther Cristina Pereira Presidente Sinepe/PR

CONSELHO DIRETOR BIÊNIO 2018 / 2020 DIRETORIA EXECUTIVA Presidente

Esther Cristina Pereira

1º Vice-Presidente

Douglas Oliani

2º Vice-Presidente

Dirley Carlos Correa

Diretor Administrativo

Sérgio Herrero Moraes

Diretor Econômico/Financeiro

Rosa Maria Cianci Vianna de Barros

Diretor de Legislação e Normas

Nilson Izaias Pegorini

Diretor de Planejamento

Ednilson Aparecido Guioti

Diretoria de Ensino Diretor de Ensino Superior

José Antonio Karam

Diretor de Ensino Médio

Durval Antunes Filho

Diretor de Ensino Fundamental

Ir. Maria Zorzi

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Dorojara da Silva Ribas

Diretor de Ensino dos Cursos Livres

Valdecir Cavalheiro

Diretor de Ensino dos Cursos de Idiomas

Magdal Justino Frigotto

Diretor de Ensino das Academias

Vanessa Cabanillas Sanches

Diretor de Marketing

Rogério Mainardes

Diretor de Ensino da Educação Profissional Técnica de Nível Médio Gilberto Paulo Zluhan Diretor dos Cursos Pré-Vestibulares

Renato Ribas Vaz

Diretor da EaD

Wilson de Matos Silva Filho

Diretor de Sistemas de Ensino

Acedriana Vicente

Diretor de Ensino de Pós-Graduação

Cristiane Mello David

CONSELHEIROS 1º Conselheiro

José Elias Castro Gomes

2º Conselheiro

Pedro Roberto Wiens

3º Conselheiro

Haroldo Andriguetto Junior

4º Conselheiro

Roberto A. Pietrobelli Mongruel

5º Conselheiro

Jorge Apóstolos Siarcos

6º Conselheiro

Leonora Maria J. Mongelós

7º Conselheiro

Eloína Helena Farias da Costa Guerios

8º Conselheiro

Gisele Mantovani Pinheiro

9º Conselheiro

Ronaldo Campos Cavalheri

10º Conselheiro

Jaime M. Marinero Vanegas

11º Conselheiro

Volnei Jorge Sandri

12º Conselheiro

José Luis Chong

13º Conselheiro

Osni Mongruel Júnior

14º Conselheiro

Fabrício Pretto Guerra

15º Conselheiro

Gelson Luiz Uecker

16º Conselheiro

Bruno Ramos Neves Branco

17º Conselheiro

Antonio Aparecido Cardoso

CONSELHO FISCAL Efetivos Suplentes Dilceméri Zimermmann Padilha

Carmen Luiza da Silva

Armindo Vilson Angerer

Orlando Serbena

Raquel A. M. M de Camargo

Luiz Antônio Michaliszyn Filho

DELEGADOS REPRESENTANTES - FENEP/CONFENEN Ednilson Aparecido Guioti

José Antonio Karam

CONSELHO DE EX-PRESIDENTES DO SINEPE/PR Jacir J. Venturi

Emília Guimarães Hardy

José Manoel de Macedo Caron Jr.

Maria Luiza Xavier Cordeiro

Naura Nanci Muniz Santos

Ademar Batista Pereira

Maria Alice de Araújo Lopes


DIRETORIAS REGIONAIS SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel) Diretor-Presidente

Gelson Luiz Uecker

Diretor de Ensino Superior

Lenir L. Schimitz e Manoel C. Marçal

Diretor de Ensino da Educação Básica

Edmilson Rodrigues Martins

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ir. Marli de Melo Campanharo

Diretor dos Cursos Livres/Idiomas

Denise Veronesi

SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu) Diretor-Presidente

Artur Gustavo Rial

Diretor de Ensino Superior

Fábio Hauagge do Prado

Diretor de Ensino da Educação Básica

Antonio Neves

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ana Paula Krefta

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Lucimar Neis

SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão) Diretor-Presidente

Fabricio Pretto Guerra

Diretor de Ensino Superior

Ivone Maria Pretto Guerra

Diretor de Ensino da Educação Básica

Velamar Cagnin

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Márcia Fornazari Abasto

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Vanessa Pretto Guerra Stefani

5 SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa) Diretor-Presidente

Osni Mongruel Junior

Diretor de Ensino Superior

Patrício Vasconcelos e José Sebastião

Fagundes Cunha Filho

Diretor de Ensino da Educação Básica

Rosângela Graboski e Valquíria

Koehler de Oliveira Diretor de Ensino da Educação Infantil

Bianca Von Holleben Pereira

e Carla Moresco

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Paul Chaves Watkins

Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR.

SINEPE/PR - Diretoria da Regional Central (Guarapuava) Diretora Presidente

Dilcemeri Padilha de Liz

Diretor de Ensino Superior

Roberto Sene

Diretor de Ensino da Educação Básica

Cristiane Siqueira de Macedo

Conteúdo e comercialização

IEME Comunicação

Razão Social: IEME - Integração em Marketing, Comunicação e Vendas Ltda CNPJ 05.664.381/0001-27. Rua Comendador Araújo, 534, sala 4, Curitiba (PR).

Juelina Marcondes Simão Diretor de Ensino da Educação Infantil

Ir. Roselha Vandresen

Ir. Sirlene Costa Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Dir. de Ensino da Educação Profissional Téc. de Nível Médio

Marcos Aurélio Lemos de Mattos Marcos Aurélio Lemos de Mattos

Projeto gráfico e ilustrações

D-Lab - www.dlab.com.br

Jornalista responsável

Marília S. Bobato DRT/PR 6828

Críticas e sugestões marilia@iemecomunicacao.com.br (41) 3253-0553 Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista.

SINEPE/PR - Regional Litoral (Paranaguá) Diretor-Presidente

Luiz Antonio Michaliszyn Filho

Diretor de Ensino Superior

Ivan de Medeiros Petry Maciel

Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Fundamental) Selma Alves Ferreira Diretor de Ensino da Educação Básica (Ensino Médio)

Mirian da Silva Ferreira Alves

Diretor de Ensino da Educação Infantil

Lilian R. M. Borba

Diretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas

Liliane C. Alberton Silva

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Conselho editorial Esther Cristina Pereira Fátima Chueire Hollanda Ir. Maria Zorzi José Antonio Karam Márcio M. Mocellin Rosa Maria C. Vianna de Barros Rogério Mainardes Aprovação

Esther Cristina Pereira

Impressão e acabamento Logística e Distribuição

Optagraf – Editora e Gráfica Correios


ín.di.ce sm

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CARREIRA

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HISTÓRIA

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Conversamos com dois professores para saber como eles escolheram a profissão e o que mais gostam nela

Escola Coração de Maria completa 70 anos em União de Vitória

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ENTREVISTA

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AVALIAÇÃO

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UNIVERSO DAS ASSOCIADAS

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AGENDA

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AÇÕES DA DIRETORIA

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ARTIGO DE OPINIÃO

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ARTIGO DE OPINIÃO

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NOVAS ASSOCIADOS

Repensando o ensino-aprendizagem com Paulo Tomazinho

ESPECIAL

Histórias inspiradoras de professores e os rumos da carreira

EAD

Perspectivas para o futuro da EAD no Ensino Superior

Conheça o PISA for Schools

Veja as novidades das instituições de ensino associadas ao Sinepe/PR

Cursos e palestras

Confira as ações realizadas pela diretoria do Sinepe/PR

Benefícios do associativismo na contratação das suas apólices de seguros

Professor, mestre a serviço da sociedade – por Esther Cristina Pereira

Conheça as mais recentes insituições de ensino associadas ao Sinepe/PR


Experimente aprender Positivo O Sistema Positivo de Ensino prepara gestores e educadores para os desafios do cenário atual e estimula a curiosidade dos alunos com ferramentas digitais. Positivo On

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car.rei.ra subst.

COMO VOCÊ DECIDIU SER PROFESSOR? “

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Desde a primeira experiência em sala de aula tive a certeza de que essa seria a minha profissão. Ao longo de minha trajetória como educadora, iniciada em 2005, passei pelo Ensino Fundamental, Ensino Médio e Superior, por cursinhos pré-vestibulares e pela Educação de Jovens e Adultos. Em abril, faço dez anos de Sion. A proposta da escola, o método utilizado e o tipo de trabalho desenvolvido me fascinaram desde o início. Ainda que minha vida profissional tenha me levado a atuar sobretudo no Ensino Superior, sempre tomei o cuidado de manter parte da carga horária nessa escola. O tipo de abertura e confiança que encontrei no Sion é algo bastante raro na área. Outro ponto é a preocupação genuína com a aprendizagem, o foco no desenvolvimento da autonomia e nossas possibilidades de oferecer atenção a cada um dos alunos de acordo com suas necessidades. Além disso, faz muita diferença,

Eu escolhi a profissão de professor porque nela você tem a opção de contribuir de forma efetiva, eficaz e definitiva para o futuro das pessoas. Você consegue justamente trazer aquilo que há de mais preciso para alguém, que é o conhecimento. Ser professor é ajudar o outro a construir seu próprio conhecimento, e contribuir de forma permanente para a evolução da sociedade. Sim, é preciso estar disponível, porque o conhecimento se renova a todo instante. E para transmitir essas atualizações, é preciso muita dedicação para absorver as mudanças ao seu redor. O professor vende conhecimento, isso significa entender

para mim, a união do grupo. Trabalho com profissionais sempre prontos para a troca de informações, com um grupo de professores preocupado em fazer melhor sempre, extremamente alegre e solidário. Do ponto de vista pessoal, sinto grande satisfação de ter desfrutado da possibilidade de unir carreira acadêmica e prática no ensino básico, que é a paixão da minha vida. Quanto à minha atuação como professora, gosto muito dos Projetos de Investigação que desenvolvo no Ensino Médio. As aulas de oficina de escrita também são particularmente gratificantes: não há sensação igual à de ver um aluno conquistar sua expressão escrita.”

Maria Luísa Carneiro Fumaneri Professora de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio Sion Curitiba

o que o aluno precisa, e fornecer para ele a solução, compartilhando as experiencias vividas. Ter um olhar crítico para entender essa necessidade e gerar transformação positiva e definitiva na vida desses alunos. Nascemos para aprender e precisamos estudar até o último dia de nossas vidas. Com as constantes mudanças do mundo, a aprendizagem é cada vez mais importante para o ser humano, não importa a idade, a profissão, os objetivos traçados.” Alexandre Weiler Diretor executivo da ESIC Internacional

PROFESSOR, QUEREMOS CONHECER A SUA HISTÓRIA. ENVIE UM DEPOIMENTO CONTANDO SOBRE A SUA CARREIRA PARA MARILIA@IEMECOMUNICACAO.COM.BR E PARTICIPE DA NOSSA PRÓXIMA EDIÇÃO.


PREOCUPADO EM ACOMPANHAR A EVOLUÇÃO DO ENSINO? VÁ NA CERTEZA SISTEMA ETAPA

O Grupo Etapa dedica-se 100% à educação há 50 anos. É líder em premiações em olimpíadas culturais e aprovações em universidades internacionais. Toda essa experiência pode ser levada para a sua escola por meio do Sistema Etapa. Desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, nosso material didático é desenvolvido e atualizado por uma equipe de professores rigorosamente selecionados e preparados, com ampla vivência escolar. Além disso, é produzido em editora e gráfica próprias, o que garante sua entrega antecipada às escolas.

Ligue para 0800 727 8080 ou acesse sistemaetapa.com.br e conheça o sistema educacional que vai ajudar a sua instituição a atingir um patamar ainda mais alto.


his.tó.ria s.f

T / Marília Bobato F / Divulgação

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ESCOLA CORAÇÃO DE MARIA

COMPLETA 70 ANOS TRADICIONAL INSTITUIÇÃO de União da Vitória preza pela valorização do ser humano

A Escola Coração de Maria, localizada em União da Vitória (PR), nasceu com a finalidade de acolher crianças órfãs e em situação de vulnerabilidade. Com o tempo, o ensino acabou se estendendo a toda a comunidade e com o passar dos anos e as mudanças na legislação, o orfanato deixou de existir dando lugar a escola particular que está completando 70 anos de atividades. Desde 2017, sob a direção da especialista em Gestão Escolar e Psicopedagogia, Irmã Juliane Martinhuk, a Escola Coração de Maria atende alunos da Educação Infantil ao Ensino Fundamental. São 640 alunos, mais de cinquenta professores, além dos auxiliares de sala e equipe pedagógica-administrativa. Muitos dos atuais alunos já tiveram pais e avós que estudaram na instituição. Tem também diversos ex-alunos que hoje são professores.


Revista Escada - Quais princípios norteiam a educação de quem estuda no Coração de Maria?

De acordo com a diretora, é muito gratificante perceber o quanto a escola representa para a cidade. “A missão de educar e contribuir na formação de bons cidadãos para a comunidade tem se perpetuado nesses anos, através de um legado deixado pelas irmãs e que hoje continua vivo e atuante na equipe de colaboradores que aqui atuam e acreditam na nossa missão”, conta a Irmã Juliane. A revista Escada conversou com a diretora Ir. Juliane, por e-mail, para saber um pouco mais sobre a trajetória dos 70 anos da instituição e os planos para 2020. Revista Escada - Como é trabalhar com a tradição e inovar ao mesmo tempo no âmbito escolar? IR. JULIANE - Tendo como base os valores cristãos, estamos sempre evoluindo para acompanhar uma sociedade em constante transformação. Convictos dos desafios atuais, prezamos sempre pela valorização do ser humano, e isso é fundamental no nosso ponto de vista. Temos investido em recursos tecnológicos, estrutura física e equipamentos, tudo para deixar o ambiente mais agradável, amplo e seguro. Contamos com uma excelente equipe, comprometida com a missão e os valores da escola, prezando sempre pela organização e seguindo a risca nossa proposta pedagógica de educar o coração humano, formando aluno/cidadão responsável, criando pensadores para o futuro.

IR. JULIANE - A Escola Coração de Maria é fundamentada nos princípios herdados de nossa fundadora, a bem-aventurada Irmã Josafata Hordachevska, cuja finalidade se traduz em “Educar para a comunidade”, com o coração aberto para a vida, a justiça e a fraternidade, evangelizando e integrando o ser humano na sociedade em que vive numa tríplice dimensão: com Deus, com o seu semelhante e com a natureza, interferindo na história da humanidade e na sua própria história. Revista Escada - Tem algum professor/colaborador que está trabalhando com vocês há muito tempo e se destaca junto à trajetória da Escola? IR. JULIANE - Na verdade é difícil destacar um professor/colaborador, pois acreditamos que o que forma a excelência de uma instituição que perdura já há 70 anos é o conjunto de todos que se dedicam e acreditam na missão da Escola. Cito, porém, o papel importante desenvolvido pela coordenadora pedagógica, Franciele Bajuka Alves, que exercendo esta função há dez anos contribui para o crescimento e qualidade da nossa Escola.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Revista Escada - Quais os principais planos da instituição para 2020? IR. JULIANE - A Escola é um movimento constante, que exige de nós qualificação, sabedoria e discernimento. Por isso, seguimos educando o coração humano para a vida, a justiça e a fraternidade, enfrentando os desafios da sociedade moderna e avançando com toda a experiência que adquirimos nesses 70 anos. Continuaremos investindo em tudo aquilo que contribui para a educação e formação de nossos alunos, pois acreditamos que “educa melhor quem educa com o coração”.

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es.pe.ci.al s.f

T / Jéssica Amaral

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QUEM QUER SER PROFESSOR? ENSINAR É UMA ARTE - vai muito além da remuneração – e está alinhado ao propósito de vida de cada pessoa


RUMOS DA PROFISSÃO

Ensinar e aprender faz parte da natureza humana. Estamos aprendendo desde que nascemos e esse processo nunca para. E, pensar na educação como chave para o progresso do Brasil, inclui a valorização dos professores, dentro e fora da sala de aula. No país, são mais de dois milhões de professores – uma das profissões que mais emprega atualmente - e todos os dias estes profissionais dividem seu conhecimento, com o propósito de contribuir para o crescimento pessoal de cada indivíduo. Segundo a pesquisa Políticas Eficientes para Professores, realizada em 2018 pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a docência interessa dois em cada cem brasileiros. A pesquisa também aponta que um em cada cinco professores que atuam nas escolas, têm mais de 50 anos. E se o ritmo de entrada de estudantes em cursos superiores, como pedagogia ou licenciaturas, tiver uma queda nos próximos anos, em breve, vão faltar professores em diversas áreas do conhecimento, como, por exemplo, Física, Química, Inglês e Matemática.

De acordo com o especialista, na última década houve um aumento na prevalência de status, popularidade e remuneração financeira pelos profissionais. Diversos fatores vêm contribuindo para a desvalorização da carreira, como baixos salários, insegurança no trabalho, falta de recursos e desvalorização do plano de carreira, mas outras profissões também são afetadas pelos mesmos motivos. É importante analisar que, enquanto os índices de prevalência aumentam, os de felicidade e satisfação decaem, ou seja, exercer a profissão que ama, ainda é um fator importante para sermos felizes, desempenhando a carreira que sempre desejamos. “Eu vejo que há duas posições bem distintas aqui. Infelizmente há aqueles que, por baixa autoestima e preparo, prestam concurso para terem salário e não para oferecer o melhor de si para os alunos. Mas, o contrário disso, é uma grande inspiração. Vejo colegas que fazem com quase nada. Instituições que não tem quase nenhum recurso. Muitas vezes sem acesso à tecnologia e até sem dinheiro”, explica Fraiman.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Global Teacher Prize

Mas, afinal, quem quer ser professor no Brasil? Essa é uma pergunta que vem sendo muito questionada no setor educacional. Muitos jovens já não querem mais seguir a profissão. Mas o professor ainda é o fator principal e qualquer tentativa de melhorar o sistema educacional, que não inclua a valorização docente, terá resultados limitados. “Apenas 2% dos jovens desejam ser professor. Em geral, são jovens de baixa renda e com baixa escolaridade”, afirma o psicoterapeuta especialista em Psicologia Escolar, Léo Fraiman.

Peter Tabichi

FAZENDO A DIFERENÇA E pequenas ações fizeram a diferença em uma escola no Quênia. Peter Tabichi é um professor de ciências e membro da Ordem Franciscana, que ficou conhecimento mundialmente após doar a maior parte de seu salário para apoiar os alunos mais pobres. Ele foi eleito o melhor professor do mundo, no Global Teacher Prize, de 2019, e ganhou um prêmio de US$ 1 milhão (cerca de R$ 4 milhões). Se não fosse a ajuda do professor, as crianças da Escola Secundária Keriko Mixed Day, no vilarejo de Pwani, não conseguiriam pagar por seus uniformes ou material escolar.

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Site Debora Garafolo

Débora Garofalo

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O projeto “Robótica com Sucata", da professora brasileira Débora Garofalo é outro exemplo que também merece destaque. Ela ficou entre os dez melhores professores do mundo, na mesma premiação do professor Tabichi. No projeto, a professora reúne alunos entre seis e 14 anos e o lixo (garrafa pet, vidro, restos de fiação, entre outros) jogado nas ruas das favelas de São Paulo se transforma em soluções para problemas da comunidade, como filtro de água, semáforo e outros tipos de energias renováveis. Em quatro anos, mais de 700 quilos de lixo foram retirados das ruas pelos estudantes.

“Mesmo que se criem avatares para ensinar, sempre será importante o papel do professor para formar outros profissionais.”

Segundo o psicoterapeuta Léo Fraiman, a carreira de professor também é uma das profissões do futuro. Mesmo que se criem avatares para ensinar, sempre será importante o papel do professor para formar outros profissionais. “Acredito que as escolas que tiverem uma gestão de recursos humanos competente, que entenderem que os professores são os principais patrimônio das instituições, poderão fazer parte de uma revolução, pois, em algum momento dentro dos próximos anos, os professores irão fazer toda a diferença”, complementa o especialista, que também destaca que a forma de ensinar também está mudando e que existe cada vez mais professores buscando metodologias mais ativas e recursos interessantes para atrair e encantar os alunos em sala de aula e, consequentemente, também se tornarem futuros professores. O especialista também entende que a escolha da profissão tem que estar alinhada ao propósito de vida da pessoa. “Se esta profissão combina com o seu jeito de ser, posso dizer que vá em frente. O professor pode trabalhar em sala de aula, mas também em centros de pesquisas, fazer um canal no Youtube, compor sua renda utilizando sua inteligência”, conclui Fraiman.

Para atrair cada vez mais jovens para a docência, é necessário investir em ações que motivem os jovens a querer a carreira de professor. Algumas ações podem ser implementas, como estágio acompanhado e orientado por profissionais qualificados e reconhecidos. Os cursos universitários também precisam aproximar mais a teoria e a prática, com formações e uso de novas tecnologias educacionais, formando parcerias com escolas para introduzir os futuros docentes no ambiente educacional. Na parte da remuneração, salários melhores e condições adequadas de trabalho, com mais segurança.

André Martins

PROFISSÃO DO FUTURO

Léo Fraiman


E.A.D s.f

T / Hemely Cardoso F / Divulgação

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PERSPECTIVAS PARA O FUTURO EM 2017, A MODALIDADE ULTRAPASSOU mais de 1 milhão de estudantes matriculados. Para 2023, o cenário aponta para 2,2 milhões de matrículas no Ensino Superior

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ


A educação a distância vem se expandindo no Brasil. Um estudo da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), divulgado em 20018, mostra que, caso a tendência de crescimento nas matrículas no Ensino Superior continue a mesma, em 2023, o número de ingressantes por meio da educação à distância (EAD) nas universidades particulares será maior que o daqueles que entram para cursos presenciais.

Douglas Oliani, vice-presidente do Sinepe/PR

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“Trata-se de uma nova tecnologia na área educacional que veio para ficar e o seu crescimento segue as tendências globalizadas em um mundo altamente tecnológico.”

De acordo com a pesquisa, a projeção é de que em 2023 haja 2.276.774 matrículas novas de Ensino Superior na modalidade EAD, o correspondente a 51% do total, contra 49% dos que optarão por salas de aula tradicionais, com 993.319 estudantes. Em 2017, a modalidade EAD ultrapassou mais de 1 milhão de estudantes matriculados. É o que mostra pesquisa do Censo da Educação Superior 2017, divulgada

pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Dos 8,2 milhões de alunos matriculados na Educação Superior, 17% optaram pela modalidade a distância. Diante desse cenário, o vice-presidente do Sinepe/PR Douglas Oliani, avalia: “O número parece inexpressivo, mas se compararmos com o ano de 2003, por exemplo, tínhamos aproximadamente 50 mil estudantes no EAD, contra quase 1,4 milhões de pessoas, atualmente. Trata-se de uma nova tecnologia na área educacional que veio para ficar e o seu crescimento segue as tendências globalizadas em um mundo altamente tecnológico.” Na opinião da diretora de graduação e pós-graduação do EAD na Unicesumar, Katia Solange Coelho, a modalidade revolucionou o processo de aprendizagem e a perspectiva é de um mercado cada vez maior. “Diante de todas as vantagens que esse modelo de ensino apresenta, o avanço dos recursos tecnológicos, o acesso à informação, a mudança da nossa sociedade, certamente a tendência será de crescimento pelos próximos anos”, observa. Atualmente, a instituição oferece 55 cursos de graduação e 91 de pós-graduação pelo EAD, com 175 mil alunos em 2019. “Nós começamos a trabalhar com o ensino a distância, em 2006, somente nos cursos de pós-graduação. De lá para cá, implantamos novos cursos com o objetivo de levar educação superior de qualidade aos nossos alunos. O que está acontecendo é revolucionário porque as barreiras do ensino estão diminuindo. Hoje você tem acesso a conteúdos que jamais teria de outra forma”, comenta. O acesso à internet, o uso do dos smartphones e tablets, sem dúvida, contribuíram para o atual cenário. Segundo a professora Cristiane Mello David, diretora do Campus Unicesumar em Curitiba, além da transformação tecnológica, os cursos EAD são mais acessíveis em diversos pontos, entre eles, o fator econômico. “Nessa modalidade os cursos chegam a ser até 60% mais baratos em comparação aos presenciais. Isso representa que mais pessoas possam

ter acesso ao Ensino Superior e até pós-graduações nestas plataformas. Além disso, quem faz o ensino a distância tem seu diploma no mesmo formato do aluno que faz seu curso presencial, não sendo discriminado em qual modalidade estudou, com a validação igual pelo MEC”, destaca. A flexibilidade de horário que permite ao aluno conciliar o estudo com a rotina. Isso porque pelo EAD, o aluno pode estudar em casa e acessar o conteúdo de onde estiver e nos horários mais convenientes para sua rotina.

“Certamente a tendência será de crescimento pelos próximos anos.”

Katia Solange Coelho, diretora de graduação e pós-graduação do EAD na Unicesumar

“O fato de flexibilizar o tempo, diminuir as distâncias entre o aluno e o acesso à graduação ou pós-graduação, minimizar o impacto financeiro para se conseguir um diploma e a formação no curso que deseja, a facilidade de acesso através das diversas tecnologias e metodologias próprias da modalidade em EAD, torna a educação a distância uma modalidade que promove a inclusão e democratização na busca do conhecimento”, explica.


O FORMATO EAD A partir da década de 1970 os cursos EAD ganharam impulso no Brasil, no entanto, apenas em 2017 que a modalidade foi efetivamente regulamentada. Isso ocorreu com a criação do Decreto 9.057/2017, que definiu as regras básicas para a implementação e desenvolvimento da modalidade. Os cursos EAD possuem uma plataforma online onde o aluno realiza as atividades, assiste às aulas e interage com os demais estudantes, professores e tutores. Os conteúdos ficam disponíveis para acesso a qualquer horário, o que facilita os estudos. Todo curso precisa ter um polo de apoio presencial. Este deve manter uma infraestrutura física, tecnológica e de pessoal adequada aos projetos pedagógicos da instituição. Nesse espaço, o aluno pode realizar pesquisas, provas e atividades específicas programas pelos professores. O Brasil tem cerca de 15 mil polos de EAD públicos e privados. De acordo com um estudo de 2018, divulgado pela ABMES, o público do curso é predominantemente mais velho: 38% dos alunos têm de 31 a 40 anos e 29% têm acima de 40. A maioria trabalha (82%).

ENSINO PRESENCIAL X ENSINO A DISTÂNCIA O ensino a distância é sem dúvida uma nova possibilidade de acesso a cursos de graduação e pós-graduação. Porém, o ensino presencial não necessariamente perderá sua força, pois as escolhas também passam pelos vários aspectos que são avaliados antes de se decidir por um curso presencial ou a distância. “A própria personalidade do aluno, tempo disponível de dedicação e duração do curso, entre outros, serão determinantes para a melhor escolha”, observa Cristiane. Segundo ela, todas as Instituições de Ensino Superior devem estar conectadas com o mercado de trabalho e suas exigências, além de investir em mais de uma modalidade (distância, semipresencial e presencial) para fazer frente às demandas dos profissionais e à nova realidade do mundo, que a cada minuto está mais mergulhado nas novas tecnologias de aprendizagem. “As instituições que não fizerem frente a estas demandas têm uma grande chance de serem colocadas em segundo plano na hora da escolha dos alunos”, acrescenta. Para o professor Douglas, o ensino presencial terá que se reinventar com novas metodologias e paradigmas. “É uma nova onda em que as instituições de Ensino Superior deverão surfar nela e não tratá-la como um tsunami”, coloca.

GARGALOS A atual conjuntura econômica no país é um dos grandes desafios do Ensino Superior e na modalidade EAD. A avaliação é do professor José Antonio Karam, diretor de Ensino Superior do Sinepe/PR e fundador do grupo Opet. Segundo ele, mesmo diante das projeções da ABMES, a retração no mercado de trabalho e o momento conturbado da economia brasileira são os entraves para o setor. “O desempenho econômico é determinante no que se refere ao futuro da educação. Se formos comparar com outros países, como, por exemplo, EUA e Canadá, precisamos avançar muito quando o assunto é educação a distância. Hoje, as instituições brasileiras estão mais preocupadas em sobreviver devido ao desempenho da nossa economia”, observa.

“A atual conjuntura econômica no país é um dos grandes desafios do Ensino Superior e na modalidade EAD." José Antonio Karam, fundador do grupo Opet

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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en.tre.vis.ta s.f

T / Marília Bobato F / Divulgação

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REPENSANDO O ENSINO-APRENDIZAGEM PAULO TOMAZINHO ENSINA como fazer a gestão da inovação nas escolas e instituições de ensino superior


Filho de professores, Paulo Tomazinho formou-se em Odontologia e seguiu o caminho dos pais na carreira de docente. Na época, ele se apaixonou pelo ensino, mas uma coisa tirava o seu sono. Apesar de dar boas aulas e ter alunos com boas notas, Tomazinho percebia que os estudantes não sabiam, ou pouco sabiam sobre a matéria que ensinava. Incomodado, começou a estudar sobre como dar melhores aulas. Percebeu que com isso apenas a nota dos alunos melhorou e não a formação deles. Então, começou a estudar sobre neurociência da aprendizagem, psicologia comportamental, persuasão, teorias educacionais e metodologias ativas. “Comecei a experimentar alguns desses métodos, adaptar outros, e os resultados começaram a aparecer”, conta. Diante dos bons resultados, a instituição em que trabalhava quis saber mais sobre a metodologia que ele estava usando. Assim, foi convidado a deixar a sala de aula e participar do centro de inovação pedagógica para trabalhar com formação de professores. Por sorte, Tomazinho percebeu que os métodos e estratégias que usava também funcionava com professores de outras áreas e disciplinas. Após seguir o caminho tradicional dos estudos, - universidade, pós-graduação, mestrado e doutorado - e construir uma carreira acadêmica por 12 anos, Tomazinho passou a atuar como consultor educacional. Há três anos, fundou a Meta Aprendizagem para auxiliar instituições a implantar metodologias ativas de ensino e tecnologias educacionais. Em conversa com a revista Escada, o Doutor em Educação e membro do Grupo de Inovação do Sinepe/PR, Paulo Tomazinho, conta como vem ajudando escolas e instituições de ensino superior a fazer a gestão da inovação.

Revista Escada – Estamos passando por muitas mudanças no âmbito educacional. Como podemos repensar o processo de ensino-aprendizagem? PAULO TOMAZINHO - Estamos vivendo uma mudança de era. Alguns chamam de Pós-Modernidade, outros de Quarta Revolução Industrial, mas o que importa é que o desenvolvimento das tecnologias exponenciais e a democratização ao acesso a estas tecnologias tem causado mudanças profundas na forma que consumimos a informação, nos relacionamos, aprendemos e, de um modo geral, vivemos. A educação é reflexo do contexto social do mundo, então se vivemos uma mudança, necessariamente a educação sentirá estes reflexos. E toda mudança é um processo de incerteza e isso gera dúvidas e anseios quanto ao futuro, ao novo.

“Entre tecnologia e metodologia, eu sempre vou escolher um bom método”.

RE - Como educadores podem usá-las a seu favor em sala de aula? TOMAZINHO - Tecnologias são ferramentas. E ferramentas são usadas para facilitar ou acelerar um trabalho. Entre tecnologia e metodologia, eu sempre vou escolher um bom método. Pois, quando o professor domina um ou um conjunto de bons métodos didáticos, ele poderá usar a tecnologia como aliada.

Se o professor utiliza a tecnologia para acelerar um método ruim ou pouco eficiente, à tecnologia será uma armadilha, pois vai aumentar a ineficiência do processo ensino-aprendizagem. Os alunos podem aprender menos, e não mais, quando à tecnologia é utilizada sem um propósito pedagógico claro. RE – Hoje temos alunos chamados “nativos digitais”. Como trabalhar em sala de aula com este perfil de estudantes? TOMAZINHO - Será que nossos alunos são tão digitais assim? Sem dúvida, eles têm muito acesso a celulares e outros devices. Usam muito bem para redes sociais e jogos, mas se pedirmos para um aluno médio fazer uma pesquisa, provavelmente ele ficará satisfeito com os resultados da primeira página do Google. Não levará em conta o tipo de conteúdo, nem o veículo que a publicou, nem a fonte ou autor. Nossos alunos têm acesso à tecnologia, mas não tem fluência digital. Portanto, precisamos também desenvolver essa habilidade neles, tanto que é uma das habilidades na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). RE - Quais métodos você indica para que os professores conquistem a atenção e o interesse dos alunos de hoje? TOMAZINHO - Alunos são seres humanos, e nós serem humanos prestamos atenção no que nos interessa de fato. Cada um de nós tem interesses próprios. Para generalizar, eu diria que toda vez que o professor “puxa” os assuntos dos alunos este professor, naturalmente, ganha a atenção e interesse deles. O problema é que a norma é o professor “empurrar” o conteúdo aos alunos. Outra forma de fazer isso é tangibilizar o conteúdo. Dar exemplos reais, fazer analogias, usar metáforas para criar significado concretos para os alunos.


Exemplos de uso no mundo real. Explicar porque o aluno tem que saber o que é uma monocotiledônea e uma dicotiledônea. Mostrar onde ele pode usar o cálculo de uma matriz na vida real, e, de preferência, fazer isso por meio de um vídeo de um profissional explicando o uso. RE - Existem estratégias didáticas com o objetivo de melhorar a aprendizagem e desenvolver habilidades socioemocionais nos estudantes? TOMAZINHO - Como aprendemos a andar de bicicleta? Andando, é a resposta. Eu não conheço ninguém que aprendeu a andar de bicicleta lendo, assistindo vídeo ou vendo alguém andar. A pessoa pode conhecer, ter a informação de como se anda de bicicleta, mas ela não pode dizer que sabe andar se não o fizer na prática.

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Parece lógico, então, que para desenvolver a habilidade de trabalhar em equipe os alunos terão que trabalhar em equipe. Dessa forma, poderão desenvolver habilidades de comunicação, empatia, liderança. Na minha tese de doutorado tive a oportunidade de desenvolver uma metodologia chamada “Aprendizagem Baseada em Consenso”, justamente para essa finalidade. Basicamente, elabore uma pergunta, caso ou situação com quatro ou cinco respostas, caminhos, ou soluções possíveis. Peça para os alunos refletirem individualmente e escolher uma opção. Depois forme equipes e peça para discutirem as suas respostas e chegarem numa única resposta, em consenso. Cada equipe terá que apresentar sua opção à turma, que poderá fazer uma nova rodada de discussão ou não, para chegar a um consenso de toda a turma. Veja que é uma metodologia simples, mas que mimetiza exatamente como deveria ser a tomada de decisões em grupos de trabalho, na família, entre amigos, enfim, na vida real.

“Fazer a gestão da inovação será o grande desafio dos gestores nos próximos anos para se manter no mercado”

RE - Quais os principais aprendizados você teve com o Google Certified Innovator? TOMAZINHO - Trabalhei com formação de professores para a Google for Education por quase dois anos. Tive a oportunidade de trabalhar com mais de dois mil professores em dezenas de escolas e IEs em praticamente todo o Brasil. Além do networking, os principais aprendizados foram sobre a cultura da Google, o jeito de pensar. Foco no usuário. Rápido é melhor que devagar. Erre rápido e aprenda depressa. Tomar decisões baseadas em dados. Pensar 10x, ou seja, em fazer algo dez vezes melhor, dez vezes mais rápido, dez vezes mais simples, e não apenas 10% melhor, mais rápido ou mais simples.

Um dos programas mais importantes se chama Lifelong Kindergarten - Jardim da Infância o resto da vida, em portugês. Basicamente, eles defendem a aprendizagem criativa que tem como pilares a conversa, o fazer, o ensinar uns aos outros. O que deveria mudar da Educação Infantil ao Ensino Básico e até mesmo no Ensino Superior não é a forma como ensinar e aprender do jardim da infância, mas sim os brinquedos e desafios. RE – Hoje vemos pouca procura por cursos como de Pedagogia. Como encantar os professores que já escolheram esta profissão? E como fica a formação de novos professores? TOMAZINHO - Neste cenário de incerteza, o diploma já não garante mais que um indivíduo esteja preparado para o trabalho. Nunca a formação continuada de professores foi tão importante. Antes o mundo era mais estável, ao menos era mais lento, as mudanças demoravam mais para acontecer num mundo mais analógico. Num mundo digital a mudança é constante.

RE - Como o processo educacional pode ser mais dinâmico e interativo? Ele deve ser assim desde os anos iniciais ou existe uma fase mais adequada para isso acontecer? TOMAZINHO - Nos desenvolvemos como indivíduos, como espécie e como sociedade, desde nossos ancestrais nas cavernas porque temos a habilidade de fazer três coisas: conversar, fazer e ensinar uns aos outros. O Massachusett Institute of Technology tem um prédio inteiro em Cambridge destinado a fazer pesquisa sobre aprendizagem humana. O MIT Media Lab reúne pesquisadores do mundo inteiro para discutir e pesquisar aprendizagem.

Paulo Tomazinho


“O desafio urgente será fazer a gestão das expectativas dos alunos e pais frente a esse novo paradigma educacional”

Ter na sua equipe pessoas dispostas a experimentar, testar, propor novas soluções é fundamental para qualquer escola ou instituição de ensino. A habilidade de aprender rápido e de desaprender são muito importantes para que o educador não ficar preso a hábitos e modelos antigos. Ter flexibilidade e capacidade de adaptação também são habilidades que todo profissional terá que ter para se manter útil e relevante.

RE – Qual o principal conselho que você pode dar para os gestores em tempos de tantas mudanças? TOMAZINHO - O papel do gestor é tomar decisões. E num cenário de incerteza econômica, política, tecnológica e comportamental tudo está mudando ou pode mudar. Acredito que todo gestor deveria ter foco na transformação digital da sua escola. Fazer a gestão da inovação será o grande desafio dos gestores nos próximos anos para se manter no mercado.

RE – Como você vê o cenário educacional brasileiro dentro de um período de dez anos? TOMAZINHO - Vejo um cenário de incerteza, mas que sinaliza possíveis caminhos. Com a BNCC vamos ter que aprender rápido a ensinar e construir currículo com base nas competências. Também vamos ter que aprender a desaprender a ensinar com base em conteúdos e avaliações somativas. E teremos que aprender a nos adaptar a essas e a novas mudanças porque elas vão acontecer cada vez mais rápido. Que mudanças? Mas o desafio urgente será fazer a gestão das expectativas dos alunos e pais frente a esse novo paradigma educacional.

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O FEREÇA

Avaliação de imóveis para compra, venda, locação e garantias

SEGURANÇA AOS SEUS ALUNOS E MANTENHA SEU PATRIMÔNIO PRESERVADO COM REDUÇÃO DE CUSTOS CONTRATANDO

Avaliação Patrimonial para Atualização de Balanço

Conferência de orçamentos de obras (quantitativos e custos) Medição de serviços de obra executados para liberação de valores

Inspeção Predial

Análise documental de Engenharia – projetos, licenças, incumbências e periodicidade de renovação; Análise das condições técnicas de uso, desempenho e de manutenção das edificações; Vistoria detalhada das edificações com recomendações para adequação às normas técnicas para funcionamento das instituições de ensino; Elaboração de Plano de Manutenção, com periodicidades normatizadas, objetivando redução de custos com manutenção;

ASSENG ASSESSORIA E ENGENHARIA CONSULTIVA LTDA

     

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ


es.pe.ci.al s.f

T / Aline anile F / Cleon Pereira Revista Escada - Qual a importância dos testes, exames e dos sistemas de avaliação em educação? PROF. ADEMAR - Atualmente as avaliações tem um único propósito: fazer um ranking das escolas. Isso pode ser interessante para algumas instituições, mas não ajuda a melhorar o fazer educacional. Revista Escada – A FENEP está prevendo uma parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para trazer o PISA for Schools para o Brasil. Como vai funcionar essa parceria?

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PISA FOR SCHOOLS ENTREVISTA COM o presidente da FENEP, Ademar Batista Pereira Atualmente, a Federação Nacional das Escolas Particulares - FENEP representa mais de 40 mil instituições de ensino, com mais de 15 milhões de estudantes, da educação infantil ao ensino superior, sendo 9 milhões na Educação Básica. Por sua abrangência, é a entidade que representa a Escola Privada brasileira em toda sua pluralidade e diversidade. Conversamos com o presidente da FENEP, Ademar Batista Pereira, sobre a proposta da entidade de trazer para a realidade nacional o PISA for Schools.

PROF. ADEMAR - Desde alguns anos a OCDE desenvolveu o “PISA for Schools”, variante do exame internacionalmente consolidado, cuja consistência é hoje notoriamente reconhecida. A FENEP está em entendimentos com o setor responsável na OCDE com vistas à contratação de uma edição do “PISA for Schools” no Brasil. A ideia é colocar essa importante oportunidade de avaliação ao alcance do maior número de escolas possível. Um aspecto importante é o que se refere ao uso dos resultados apurados. O “PISA para as escolas” difere das edições regulares do exame na medida em que gera informações desagregadas por escola, oferecendo a cada Direção um diagnóstico específico do desempenho dos seus estudantes. Os resultados serão fornecidos em relatórios detalhados, próprios para o uso pedagógico interno. O nível de precisão sugere aos gestores de cada escola ajustes e pontos a serem aperfeiçoados. Os relatórios do “PISA para as escolas” cruzam o desempenho médio dos estudantes com o nível sócio econômico de suas famílias, o que permite identificar com mais precisão o impacto da trajetória escolar sobre as perspectivas da clientela de cada escola.

Realmente temos aí a oportunidade para realizarmos uma avaliação externa, reconhecida, que não fará ranking, mas que será útil para a escola examinar e aperfeiçoar seu trabalho. Ainda estamos finalizando a parceria, mas cada escola receberá seus resultados e ninguém mais saberá, ou seja, nenhuma escola terá conhecimento sobre qual foi o resultado do seu concorrente. Revista Escada - Em que consistem as diferenças entre as avaliações realizadas pelo MEC/INEP e o PISA for Schools? PROF. ADEMAR - Tecnicamente não existem diferenças - inclusive os resultados são comparáveis. Mas a escola particular que optar por fazer o PISA terá uma boa amostra do seu desempenho. Para o setor, teremos uma média da escola particular brasileira e poderemos comparar com todos os países que fazem o exame, bem como com os resultados globais do Brasil. A avaliação do PISA é composta por questionários e provas que cobrem conhecimentos e competências básicas a serem dominadas por jovens de 15 anos de idade de qualquer país do mundo. As questões, bem construídas e validadas, investigam o domínio que os estudantes tenham na área de Matemática, Ciências e Linguagens. Por terem caráter universal e abrangência planetária, os itens são construídos de forma a investigar aspectos universalmente pertinentes e consensuais. As dimensões investigadas são inteiramente adequadas tanto para adolescentes e escolas do Japão, da Europa como do Brasil - qualquer que seja o viés de seu Projeto Pedagógico. Revista Escada - Como as instituições de ensino poderão utilizar os resultados do PISA for Schools? PROF. ADEMAR - Ela receberá os resultados da sua escola, comparada com as demais instituições do Brasil e de demais países que realizaram o exame, mas ninguém saberá quem fez o teste.


as.so.ci.a.das adj

UNIVERSO

DAS ASSOCIADAS EGRESSA DE ENGENHARIA DA MATER DEI TEM MELHOR TCC DO PARANÁ A engenheira civil formada pela Faculdade Mater Dei (Pato Branco), Sabrina Tábata Michianski, ganhou o primeiro lugar no Concurso de Melhores TCCs do Crea-PR. Ao todo, foram inscritos 45 na área de engenharia civil. Sabrina fez um estudo da chamada escória (restos de ferro de fundição da indústria siderúrgica), transformando-a em cimento supersulfatado (CSS), material resistente, por exemplo, a maresias ou a ataques de agentes como sangue de frigoríficos ou a decomposição de matéria orgânica das estações de tratamento de água e esgoto, entre outros. “Não se sabia ao certo qual era a sua estrutura química e se o mesmo poderia ser utilizado na produção de CSS, foi aí que começamos a realizar vários e vários testes e ensaios”, conta Sabrina. Ela conseguiu estudar e caracterizar um resíduo inutilizado e produzido em grande escala em Pato Branco.

COLÉGIO POSITIVO CONTA COM METODOLOGIA DA NBA O Colégio Positivo firmou uma parceria com a BRA Assessoria Acadêmica e Esportiva para implantação do NBA Basketball School, programa de desenvolvimento de basquete promovido pela liga americana ao redor do mundo. Com isso, todos os estudantes que praticam o esporte nas unidades de Curitiba passam a ter aulas seguindo a filosofia da NBA. Dentre os principais pilares trabalhados em todos os treinos estão a diversão, o desenvolvimento de habilidades, o bem-estar e, principalmente, o desenvolvimento de valores – tais como respeito, cumplicidade, amizade e ética. Com a parceria, todos os professores à frente do Programa serão treinados pela NBA para aplicação da metodologia. Além disso, os alunos podem participar de eventos e ações promovidas pela NBA Basketball School. O Colégio Positivo é a primeira unidade do programa no Paraná. A instituição e a BRA Assessoria têm como objetivo atender prioritariamente os alunos dos colégios em Curitiba – e planejam expansão para as outras unidades em 2020.

UNIVERSIDADE FRANCESA RECEBERÁ ACADÊMICOS DA UP Fundada no século XIII, a Universidade de Montpellier, na França, acaba de firmar acordo com a Universidade Positivo. A parceria envolve a Escola de Medicina de Montpellier, onde estudantes brasileiros poderão fazer estágio no Hospital Universitário de Montpellier. “A parceria é significante, já que o curso de Medicina da Montpellier é o mais antigo do mundo – e o nosso, um dos melhores do Brasil”, afirma o professor de Medicina e do Mestrado em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo, Marcelo Loureiro, que acaba de assinar o acordo. A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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a.gen.da s.f

AGENDA CONFIRA O CALENDÁRIO DE CURSOS E PALESTRAS DO SINEPE/PR 24

CURITIBA PALESTRA: “ESTRATÉGIAS PARA GESTÃO E CONTROLE DAS DESPESAS COM PESSOAL”

Investimento: R$ 40 para associadas e R$ 70 para não associadas

“PRÁTICAS DE GESTÃO PARA ENGAJAR PESSOAS AOS PROPÓSITOS E MISSÃO DA ESCOLA”

PALESTRA:

Palestrantes: Direly Carlos Corrêa e Silvia Cristina Antonio Staron

Palestrante: Liliamar Hoça Data: 19/09, 19h às 21h

Investimento: R$ 50 para instituições de ensino associadas e R$ 80 para não associadas

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Local: Sinepe/PR

Local: Sinepe/PR

Investimento: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas

PALESTRA:

WORKSHOP:

PERSPECTIVAS E DESAFIOS NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA ATUALIDADE

QUALIDADE DE ATENDIMENTO

Palestrante: Renato Casagrande

Palestrantes: João Carlos de Oliveira e Jussara Oliveira

Público-alvo: Gestores dos Centros de Educação Infantil

Data: 28/09, 9h às 13h

Investimento: Cortesia do Sinepe/PR

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Data: 14/09, 9h às 11h Local: Sinepe/PR

MAIS INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: WWW.SINEPEPR.ORG.BR 41 3078-6933

DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES COGNITIVAS

Público-alvo: Gestores da Área de Recursos Humanos e demais interessados

Data: 12/09, 14h às 16h45

SINEPE/PR R. GUARARAPES, 2028, VILA IZABEL CURITIBA/PR

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Local: Sinepe/PR

Investimento: R$ 50 para instituições de ensino associadas e R$ 80 para não associadas

PALESTRA: A IMPORTÂNCIA NA ROTINA DA EDUCAÇÃO INFANTIL A organização da rotina das atividades da criança na escola é um aspecto de bastante relevância para o desenvolvimento infantil. Ela deve ser pensada a partir do planejamento escolar e traduzida no plano de aula. Palestrante: Profª Rita Shane Data: 17/09, 19h às 21h Local: Sinepe/PR

PALESTRA: COMPETÊNCIAS E HABILIDADE SOCIOEMOCIONAIS DO PROFESSOR Palestrante: Adenildo Godoy Data: 16/10, 19h às 21h Local: Sinepe/PR Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados Investimento: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas


CURSO:

PALESTRA:

PALESTRA:

O DIREITO DO TRABALHO NAS INSTITUIÇÕES PARTICULARES DE ENSINO À LUZ DA REFORMA TRABALHISTA – EDUCAÇÃO BÁSICA E SUPERIOR

FÓRUM DO ENSINO SUPERIOR – GESTÃO DA IES

DIA DO PROFESSOR

Palestrantes: Antonio Freitas, Everton Drohomeretski, Romário Dalvi Davel, Rafael Villas Bôas, Carmen Luiza da Silva, Renato Casagrande, Douglas Oliani, Ademas Batista Pereira, Cristina Maria de Aguiar Pastore, Paulo Cunha, Adriana Karam e Bruno Branco

Horário: 19h às 21h

Palestrante: Diego Felipe Muños Donoso Data: 9, 16 e 23 do 10/2019 Horário: 8h30 às 12h e 13h às 16h30

Data: 15/10/2019 Local: Hotel Mabu Interludium Iguassu Convention - Regional Cataratas Investimento: Cortesia Sinepe/PR

Data: 18/10/2019

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Horário: 8h às 18h

Programação:

Investimento: R$500 para associadas e R$650 para não associadas

Local: Sinepe/PR

20h – Abertura com o Diretor-Presidente do Sinepe/PR Regional Cataratas, Artur Rial

PALESTRA:

Investimento: R$300 para associadas e R$500 para não associadas

Público-alvo: Gestores, Contadores, Encarregados de RH e Advogados de Instituições de Ensino Particulares

DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DA CRIANÇA

Público-alvo: Reitores, Pró-Reitores, Gestores, Diretores do Ensino Superior

Palestrante: Giorgia Brassac Kniggendorf

20h30 – Palestra “Além da sala de aula”, com Marcos Meier

Data: 14/10/2019 Horário: 19h às 21h Local: Sinepe/PR Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados Investimento: R$ 40 para associadas e R$ 70 para não associadas

20h15 – Apresentação do Sexteto: Anna Rachel Pessoa, Keizi Caroline de Sales Alves, Marcos da Silva, Lucia Abregú Fattore, Bonny Abigail Pessoa e Alex Cubilla

REGIONAIS

PALESTRA:

ESPETÁCULO

VALORES PARA A FELICIDADE NO PALCO DA ESCOLA

O IMPORTANTE É NÃO DESISTIR!

Palestrante: Rogério Mainardes

Data: 15/10

Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

PALESTRA:

Público-alvo: Professores das escolas privadas e públicas

HOMENAGEM AO DIA DO PROFESSOR

Investimento: Cortesia do Sinepe/PR

Investimentos: R$ 40 para instituições de ensino associadas e R$ 70 para não associadas

Local: Auditório do Parque de Exposições de Pato Branco – Regional Sudoeste

Data: 01/11/2019

Data: 15/10/2019 Horário: 19h às 21h Local: Teatro Guaíra Investimento: Cortesia do Sinepe/PR Público-alvo: Professores das escolas privadas e públicas Programação: 20h – Abertura com a Presidente do Sinepe/ PR, Esther Cristina Pereira 20h15 – Apresentação de música com Bido Porfírio e Vivian Eidam 20h25 – Apresentação de dança com a bailarina Sabrina Schaefer Zanini 20h35 – Palestra com Celso Antunes PALESTRA: COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS COM FOCO NA FAMÍLIA Palestrante: Maria Lucia Balabuch Bezerra Data: 17/10/2019 Horário: 19h às 21h

Programação:

Local: Regional Litoral (Paranaguá)

20h – Abertura com o Diretor-Presidente do Sinepe/PR Regional Sudoeste, Fabricio Pretto Guerra

Data: 04/11/2019 Local: Regional Cataratas (Foz do Iguaçu)

20h15 – Apresentação de piano e violino com Ana Maria Pires e Rafael Coraza Zambiazzi

Local: Regional Oeste (Cascavel)

20h30 – Apresentação do espetáculo Meu Querido Professor!

Local: Regional Sudoeste (Pato Branco)

Local: Teatro Municipal de Guarapuava – Regional Central Programação: 20h – Abertura com a Diretora-Presidente do Sinepe/PR Regional Central, Dilcemeri Padilha de Lis 20h15 – Apresentação da violonista Josiane Richter 20h30 – Apresentação do espetáculo “Meu Querido Professor”

Local: Sinepe/PR Público-alvo: Gestores, coordenadores, professores e demais interessados

Programação: 18h – Credenciamento e 22h – Encerramento

Apoio:

Investimento: R$ 40 para associadas e R$ 70 para não associadas

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Data: 05/11/2019 Data: 06/11/2019 Data: 07/11/2019 Local: Regional Central (Guarapuava) Data: 08/11/2019 Local: Regional Campos Gerais (Ponta Grossa)

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a.ções da di.re.to.ri.a sf / prep / sf

AÇÕES DA

DIRETORIA PROJETO SOBRE RECICLAGEM CHEGA À GUARAPUAVA Dar o destino correto para cada resíduo é fundamental para o equilíbrio do meio ambiente e para o desenvolvimento de uma economia circular. A fim de disseminar o conceito de sustentabilidade e reforçar a importância da reciclagem do óleo vegetal e do reaproveitamento de caixinhas de leite, o Sinepe/PR lançou no Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), o projeto Planeta Reciclável na Regional Central, em Guarapuava. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, a GRT Óleo Vegetal e o Projeto Brasil sem Frestas.

RECICLAGEM Um litro de óleo é capaz de contaminar até 25 mil litros de água. Por isso, descartá-lo de forma correta é tão importante. E o processo é bem simples - basta armazenar o óleo usado em uma garrafa pet ou em um recipiente de plástico e levá-lo até pontos de coleta que dão o devido destino ao material. As caixinhas de leite do tipo longa vida também podem ser recicladas, mas o processo é bastante complexo - e caro. Por isso, o Projeto Brasil sem Frestas utiliza o material para vedar casas de famílias que vivem em condições precárias, protegendo-as contra o vento, frio e chuva, melhorando a qualidade de vida destas pessoas.

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PLANETA RECICLÁVEL COMPLETA 10 ANOS Realizado em Curitiba, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu, o projeto Planeta Reciclável completou dez anos de existência em 2019 e já atingiu mais de 27 mil estudantes. O projeto inclui um ciclo de palestras sobre educação ambiental, noções de reciclagem e reaproveitamento nas escolas associadas participantes. Após as palestras, os estudantes são convidados a participar de um concurso cultural. “É uma forma que encontramos para ensinar aos jovens o caminho e a importância da sustentabilidade, além de colaborarmos com a proteção do meio ambiente”, explica Esther Cristina Pereira, presidente do Sinepe/PR.

SINEPE/PR PROMOVE MARATONA DE PALESTRAS NAS REGIONAIS A relação professor-aluno envolve diferentes gerações, estilos de vida e crenças. Para uma convivência positiva, que auxilie no processo de aprendizagem, é preciso entender o comportamento de cada perfil geracional e promover integrações e trocas de experiências. Este foi o assunto abordado na palestra “Desafios da educação para o século XXI - Comportamento dos perfis geracionais”, ministrado por Rocimar Santos Oliani. A consultora na área educacional foi uma das convidadas da Semana de Palestras que o Sinepe/PR promoveu em maio nas cidades de Ponta Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel e Foz do Iguaçu. Outro destaque do evento foi a palestra “Método e estratégias para engajamento dos alunos”, com o Doutor em Educação e Google Certified Inovator Paulo Tomazinho.


PRÊMIO PRÁTICAS INOVADORAS EM EDUCAÇÃO DO SINEPE/PR Realizado desde 2015, o Prêmio Práticas Inovadoras em Educação do Sinepe/PR foi criado para reconhecer e divulgar boas práticas na educação e experiências transformadoras promovidas por instituições de ensino paranaenses. Para celebrar os 70 anos do Sinepe/PR, a grande novidade do Prêmio para 2019 é a inclusão de uma categoria que vai homenagear um case de sucesso em gestão educacional. Voltado para instituições de ensino associadas ao Sindicato que tenham projetos nas áreas de sustentabilidade, inclusão, inovação pedagógica, inovação em gestão educacional ou relação família e escola, o Prêmio contempla as seguintes categorias: Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, Educação Profissional, Educação Superior e Cursos Livres (de qualquer natureza). As instituições vencedoras serão anunciadas em evento no no dia 22 de novembro, no Espaço Torres, em Curitiba.

SINEPE/PR ASSINA PARCERIA PARA ATENDER SUAS ASSOCIADAS O Sinepe/PR firmou parceria com o Escritório Mader, Farracha, Ribas & Advogados Associados cujo objetivo é oferecer aos seus associados auxílio na forma de recuperação de crédito das mensalidades escolares. O Escritório Mader, Farracha, Ribas & Advogados Associados vem atuando no segmento de recuperação de créditos das instituições privadas de ensino, desde a Educação Infantil até o Ensino Superior, inovando nas técnicas e tratativas no momento da negociação, com soluções bem estruturadas no constante aprimoramento desse produto, traçando um modelo exclusivo de acordo com o perfil de cada Instituição redesenhando de forma eficaz e moderna a recuperação de crédito, definindo caso a caso a estratégia, o planejamento e a elaboração de processos, o que dimensiona o alto retorno pela taxa de sucesso. As principais características dos serviços prestados são o atendimento altamente personalizado, a qualidade dos serviços e o planejamento estratégico para a resolução dos problemas com eficácia. Segundo a Presidente do Sinepe/PR, Prof.ª Esther Cristina Pereira, este serviço será importante no que diz à recuperação de crédito e, em especial, a prevenção e diminuição do inadimplemento às instituições de ensino associadas. As Instituições de ensino podem fazer contato com o Escritório Mader, Farracha, Ribas & Advogados Associados pelo telefone (41) 3015-8866.

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

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ar.ti.go s.f

T / Rafael Rocha - CEO da ROCHA Corretora de Seguros

BENEFÍCIOS DO ASSOCIATIVISMO NA CONTRATAÇÃO DAS SUAS APÓLICES DE SEGUROS Nesse sentido a parceria do SINEPE/PR junto a ROCHA Corretora de seguros, possibilita com que as instituições de ensino associadas, possam ter acesso a um custo diferenciado na contratação das suas apólices de seguros e também, acesso a uma consultoria de seguros diferenciada e “gratuita”, a qual estará avaliando todos os riscos existentes na atividade escolar e assim, através de um processo de gerenciamento de risco, elaborar um plano de seguros personalizado para cada instituição.

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Esse plano de seguros pode possuir a variação de algumas coberturas, porém ele é composto basicamente pelas seguintes apólices: • Seguro Patrimonial O associativismo surgiu nos primórdios da humanidade, quando o homem percebeu as vantagens de viver em grupo e de congregar esforços para caçar, se defender e cultivar. Desde então, a sociedade deixou de ter o escambo como seu modelo de negócio e considerando o modelo capitalista atual, o associativismo teve um terreno ainda mais fértil para se estabelecer. Aonde diante dos princípios da lei de oferta e demanda, assim como, da economia de escala, pode ter maior força de negociação em diversos mercados fornecedores. A representatividade, através de uma entidade de classe é a principal característica do associativismo e a busca de parcerias uma das principais ações, para que o associado possa ter acesso a condições diferenciadas e assim conseguir perceber os benefícios do seu vínculo associativo.

• Seguro de Responsabilidade Civil Geral/Operações • Seguro de Responsabilidade Civil Profissional • Seguro de Acidentes Pessoais Escolar • Seguro Educacional (Morte/Perda de Renda do Responsável Financeiro) Através desse “Plano de Seguros”, a instituição de ensino poderá ter proteção para os riscos patrimoniais, tais como: Incêndio, Danos elétricos, Vendaval, etc.. Assim como, para os eventos relacionados a Responsabilidade Civil, os quais podemos citar: Bullying, Inclusão de alunos especiais, Informações e ações equivocadas de Professores, Acidentes com alunos e funcionários, Danos morais, Atividades recreativas e/ou pedagógicas realizadas fora da instituição de ensino, Transporte de alunos para eventos externos,

Fornecimento de comestíveis, Honorários advocatícios, Danos estéticos, Prejuízos financeiros de terceiros, Mordida de animais ou picadas de insetos, Eventos culturais e esportivos, Gerenciamento de crise, entre outros. Dentro desse processo de consultoria, é comum percebermos que as instituições de ensino, sequer sabem, que alguns eventos citados acima, poderiam ser cobertos por apólices de seguros. Assim como, acreditam que o custo para a contração do “Plano de Seguros Ideal” para a sua instituição, representaria um custo muito elevado. Porém, se considerarmos como variáveis, o porte da instituição de ensino e o número médio de alunos, podemos afirmar que a contração desse “Plano de Seguros” irá representar no máximo 0,60% do valor da mensalidade escolar. Ou seja, no momento que o gestor escolar estiver elaborando a sua planilha de custo para o próximo ano, basta ele reservar um percentual em torno de 0,60% de sua mensalidade, para que ele possa contratar todas as apólices que compõem esse plano de seguros e assim ter a sua operação blindada dos riscos aqui apresentados.

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T / Esther Cristina Pereira, presidente do Sinepe/PR

PROFESSOR, MESTRE A SERVIÇO

DA SOCIEDADE Quantos de nós têm um professor para se espelhar? Aquela pessoa que, diariamente, validava o seu papel após levantar todas as manhãs, a fim de fazer a diferença na aprendizagem de alguém que, não raro, era um completo estranho. Ao ler isso, você deve ter trazido à mente pelo menos um docente da sua formação, ou ao menos alguém que tenha lhe causado uma impressão positiva na sua trajetória. Para essa pessoa, em alguns países, é conferida uma alcunha digna da responsabilidade: mestre. Hoje, podemos afirmar categoricamente que o professor adicionou ao símbolo de transmissor de conhecimento algo mais amplo: o papel de orientador. Isso tem um porquê que, paradoxalmente, não condiz com o tratamento que lhe é dado no Brasil, atualmente. Cada vez mais pais ou responsáveis atribuem ao educador o dever de ensinar não apenas matemática, português ou geografia, mas, também, noções de ética, cidadania e caráter. É muito para dar conta. Mais ainda num contexto em que servidores – sejam eles públicos ou privados – lidam com uma escassez de recursos; contingenciamentos de verbas; desrespeito em sala de aula; ou salários que não fazem jus ao que é exigido, entre outras situações que colocam à prova a chamada “vocação”. É seguro dizer que dar aula no Brasil é um desafio em escala mundial:

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segundo a pesquisa Global Teacher Status Index 2018 – realizada pela ONG Varkey Foundation em 35 países – o nosso país é o que menos valoriza o status dos professores na sociedade, atrás de nações como Gana, Indonésia e Argentina. No levantamento, foi constatado ainda que menos de 10% das pessoas acreditavam que os alunos respeitavam seus professores. No Dia do Professor, comemorado em 15 de outubro, faz-se necessária a seguinte reflexão: qual a estrutura que, como sociedade, provemos aos detentores do conhecimento? Será que damos o mesmo valor a alguém assim que damos, por exemplo, a estrelas globais ou jogadores de futebol?

A REVISTA DAS ESCOLAS PARTICULARES DO PARANÁ

Quanto ao cenário atual em sala de aula, uma provocação: hoje é impossível ser professor sem querer aprender, também. Poucas vezes na história da humanidade se viu uma revolução no ensino como a que temos observado nas últimas décadas. Se bem analisadas, para melhor: avanços tecnológicos que potencializam a aquisição de conteúdo por parte dos alunos, diversificam a metodologia, mídias e formas de aprendizado para – ao mesmo tempo – colocar na mão do docente o gerenciamento desse processo, quase como uma espécie de “curador” do que é vital em determinado assunto.


as.so.ci.a.das adj

QUADRO ASSOCIATIVO

NOVAS ASSOCIADAS

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CONHEÇA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE SE ASSOCIARAM AO SINEPE/PR DE MAIO A AGOSTO DE 2019:

UNIDADE DE ENSINO

CIDADE

Colégio Vila Militar Cescage

Ponta Grossa

Escola Caminho do Saber

Ponta Grossa

Escola Nova Era Criativa

São José dos Pinhais

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO ASSOCIADAS: • Assessoria jurídica (trabalhista, cível/educacional); contábil, de imprensa, pedagógica • Selo Escola Legal • Participação no Prêmio Sinepe/PR Práticas Inovadoras em Educação • Participação no projeto Planteta Reciclável • Publicação de notas no Boletim Online • Recebimento da revista Escada (desconto especial para anúncio) • Participação em eventos do Sinepe/PR com custo reduzido ou gratuito • Desconto com empresas parceiras (saúde, seguro, etc) • Isenção da contribuição para fortalecimento da escola particular no Paraná

O SINEPE/PR REPRESENTA MAIS DE 2 MIL INSTITUIÇÕES DE ENSINO. CONHEÇA AS VANTAGENS DE SER UM ASSOCIADO: WWW.SINEPEPR.ORG.BR E 41 3078-6933




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