Pegasus e o fogo do olimpo kate ohearn

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– Vamos arrombar – o pai respondeu. Emily observou o pai em seu uniforme de policial e percebeu quanto aquilo significava para ele, por causa de seu trabalho. – Não vai ser fácil. – Ele examinou o cadeado. – Não posso usar minha arma, faria muito barulho. – Tem outra entrada por aqui – Joel sugeriu, parado em frente a uma porta de tamanho normal, que ficava ao lado do portão grande. – Sim, mas não vamos conseguir sair com a carruagem por aí. Precisamos abrir o portão grande. – Deixa eu tentar – disse Diana esticando a mão e arrancando facilmente o cadeado do portão. Todos olharam surpresos para ela. – Posso ter perdido meus poderes, mas não minha força. Steve levantou o portão, abrindo-o. – Isso veio bem a calhar! Emily se abaixou quando Pegasus passou por baixo do portão. Depois que todos entraram, Steve o fechou novamente. Enquanto olhavam em volta, o cheiro de cavalos e da palha suja entrou em suas narinas. À frente havia várias carruagens em uma longa fileira. Acima deles, em outros andares, era possível ouvir o som de cavalos choramingando. – Eles sabem que estamos aqui – disse Diana prestando atenção no chamado dos cavalos. – Eles estão sofrendo. – E nós também sofreremos se não pegarmos a carruagem e sairmos logo daqui – Joel alertou. – Vocês escolhem a carruagens, preciso ir até os cavalos. – Diana começou a subir uma rampa que levava aos outros andares. – Diana, espere! Não temos tempo pra isso! – Joel falou. – Sempre há tempo para os animais – Diana respondeu enquanto desaparecia pela rampa. Embaixo de si, Emily podia sentir Pegasus, reagindo ao chamado dos cavalos. Ela olhou para os lados e viu as paredes imundas e descascando. – Este lugar é nojento, pai. – Eu sei, querida. Adoraria que todos os estábulos da cidade fossem fechados, mas até lá, precisamos ir andando. Emily queria ajudar o pai e Joel a examinar tudo, mas estava se sentindo muito mal e agora sabia que tinha algo muito errado com sua perna. Sentindo a dor da garota, Pegasus se virou para olhar. Emily pôde ver a pergunta nos olhos dele. – Não estou me sentindo muito bem, Pegs – ela admitiu baixinho. – Ainda não posso contar a eles. Primeiro temos que sair da cidade e encontrar a Filha de Vesta. Ao olhar para a bela face do animal, Emily sentiu uma ponta de inveja surgir. Em algum lugar lá fora havia outra garota o chamando e essa estranha era a dona do coração dele, e não Emily. Apesar de todo o perigo que estavam correndo, ela se viu invejando a garota desconhecida e o papel que ela teria na vida de Pegasus. – Achamos algo! – Joel avisou lá dos fundos. – Traga o Pegasus aqui, Emily! De repente surgiram gritos e barulhos lá em cima. Emily mal teve tempo de se segurar na crina de Pegasus antes de o garanhão disparar até a rampa e subir por ela. Ele alcançou o primeiro andar e já começava a correr em direção à Diana e ao segundo andar quando um homem inconsciente caiu lá de cima. – Diana! – Emily gritou quando um segundo homem foi jogado e caiu pela rampa. – Estou aqui. Pegasus pulou por cima do segundo homem e chegou ao andar seguinte, correndo pelo corredor estreito


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