Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
AMBIENTE E TRANSIÇÃO ENERGÉTICA
Distrito: Viseu Concelhos: Nelas e Oliveira do Hospital Freguesias: Nelas, Canas de Senhorim e Seixo da Beira
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 09-12-2014 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 408 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 2601 µS/cm pH: 8,25 Temperatura: 32,3 o C - Mesotermal
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica Série dos granitos hercínicos, biotíticos, com plagioclase cálcica, tardi a pós orogénicos
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 1157/2001, DR 229, Série I-B, 02-10-2001
HIDROGEOLOGIA
Sistema aquífero da Felgueira: Suportado pela unidade granítica, fortemente diaclasada, com permeabilidade fissural, do tipo cativo, semi-confinado. Unidades aquíferas: • Aluviões - depósitos de reduzida espessura ao longo das principais linhas de água. • Granitos arenizados - camada areno-argilosa resultante da alteração dos granitos, de espessura muito irregular, dando localmente origem, quer a aquíferos, quer a aquitardos. • Granitos fraturados por ação da tectónica local, o que origina diferentes trajetos de circulação subterrânea, e sistemas aquíferos a diversas profundidades, sendo o aquífero hidromineral um exemplo. Modelo conceptual do sistema aquífero: • Recarga - efetua-se preferencialmente na zona alta interfluvial dos rios Dão/Mondego, favorecida pelos numerosos filões e fraturas de orientação N60-70°E.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010 Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Aluviões • Granito monzonítico, predominantemente biotítico, porfiróide, de grão grosseiro. • Granito monzonítico, predominantemente biotítico, porfiróide, de grão médio a fino. • Filões de quartzo, por vezes brechificados. Tectónica: N60-80°E constitui a principal direção estrutural, materializada numa falha com movimentação esquerda e de grande extensão, por uma série de filões com preenchimento silicioso e ainda por diversas estruturas subparalelas de extensão assinalável e distantes de cerca de 250-300 m entre si. Estas desempenham papel importante a nível hidrogeológico funcionando como canais de fluxo preferencial de águas subterrâneas até à superfície. Assinala-se ainda a falha de orientação N40-60°W que condiciona a orientação do vale de fratura no qual se instala a ribeira da Pantanha e um sistema de diaclases com orientações preferenciais N1020°E e N15-25°W.
2
Hidrogenoma
• Circulação - no seu percurso descendente a água atravessa um meio redutor, onde adquire as propriedades físico-químicas que a caracterizam. De acordo com a aplicação de geotermómetros estima-se que o reservatório hidromineral esteja a uma profundidade de 2,5km, atinja temperatura da ordem dos 100°C, e tempo de permanência relativamente curto. • Descarga - o fluxo ascendente parece ser condicionado pela falha N60-80°E. As inúmeras diaclases concorrem para a dispersão do fluido termal com implicações sobre o quimismo e temperatura da água nas emergências, devido à mistura com águas freáticas e à Carta geológica: diversificação de trajetos efetuados.
Adaptada da folha 17-C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1962
HM-01 FELGUEIRA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Alphaproteobacteria Epsilonproteobacteria Clostridia Deltaproteobacteria Actinobacteria Anaerolineae Bacilli Bacteroidia Deinococci Ignavibacteria
% Reads F1 82,17 16,79 0,61 0,15 0,05 0,05 0,04 0,06 -
% Reads F5 93,11 5,80 0,55 0,18 0,06 0,04 0,03 0,03 -
% Reads F3 84,27 10,30 1,31 1,53 0,63 0,28 0,23 0,29
% Reads F7 66,56 26,73 1,54 0,28 0,32 0,56 0,29 1,60 -
Média 81,53 14,91 1,00 0,54 0,34 0,18 0,22 -
Desvio Padrão 11,05 9,08 0,50 0,67 0,41 0,14 0,25 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Esta classificação ao nível do género é obtida por comparação entre as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), correspondentes aos anos hidrogeológicos de 2017 (F1 e F3) e de 2018 (F5 e F7). As quatro amostras revelam consistência, sendo evidente a estabilidade na constituição do hidrogenoma desta água, que se distribui maioritariamente pelos géneros Thiothrix e Thiovirga.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits)
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
As espécies mais representativas são: Thiothrix lacustris e Thiovirga sulfuroxydans Os microrganismos deste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-).
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros
F1
0,593
80
F5
0,668
121
F3
0,825
269
F7
0,712
161
Microrganismos Isolados em Laboratório pH
HS-
SO42-
Na+ mg/L
Cl-
F-
F1
Thiothrix, Sulfuritalea
8,31
0,8
17
105
49
15
F5
Thiothrix, Thiovirga
8,30
1,1
16
108
47
14
F3
Thiothrix, Thiovirga
--
F7
Thiothrix, Thiovirga
--
Bacillus sp., Acinetobacter sp., Ralstonia sp., Pseudomonas oryzihabitans, Brevundimonas vancanneytii, Sphingomonas sp., Cloacibacterium normanense, Pseudorhodoferax soli.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
3
Distrito: Portalegre Concelho: Nisa Freguesia: União das freguesias de Arez e Amieira do Tejo e União das freguesias de Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e São Simão
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas, pele e metabólico-endócrinas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 15-02-2016 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Sulfidratada Mineralização total: 298 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 395 µS/cm pH: 7,90 Temperatura: 20 o C - Hipotermal
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica Série dos granitos biotíticos tardi a pós orogénicos Maciço granítico de Niza
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 948/1992, DR 225, Série I-B, 29-09-1992
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de Fadagosa de Nisa: Suportado por granito porfiróide de grão grosseiro, com permeabilidade fissural, em geral baixa. Estima-se uma profundidade do reservatório de cerca de 3000 m e uma temperatura, estimada com base em geotermómetros do quartzo, de cerca de 80oC. Fluxo ascensional muito regular. Unidades aquíferas: • Aluviões - depósitos de reduzida espessura ao longo das principais linhas de água. • Granitos arenizados - camada areno-argilosa resultante da alteração dos granitos, de espessura muito irregular, dando localmente origem, quer a aquíferos, quer a aquitardos. • Granitos fraturados por ação da tectónica local, o que origina diferentes trajetos de circulação subterrânea, e sistemas aquíferos a diversas profundidades, sendo o aquífero hidromineral um exemplo. Modelo conceptual do sistema aquífero: • O modelo conceptual do sistema hidromineral da Fadagosa de Nisa supõe a infiltração de fluidos meteóricos em zonas de permeabilidade vertical franca, que, após uma permanência mais ou menos longa em contacto com as rochas graníticas, volta a emergir em zonas de fratura.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: Granito de Nisa - granito biotítico-moscovítico, porfiróide de grão muito grosseiro, com abundantes megacristais de plagioclase e feldspato potássico, cujas dimensões chegam a atingir cerca de 10 x 2 cm. Não deformado e apenas afetado por fraturação tardi-hercínica. Apresenta como característica um elevado teor em urânio.
• O mecanismo de emergência é controlado pelas estruturas N10-20oE, associados às estruturas N50-60oE, na interseção das qiuais estão criadas condições de permeabilidade das rochas graníticas que permitem a ascenção do recurso hidromineral. Carta geológica:
CARTA GEOLÓGICA:
Tectónica: As principais estruturas estão orientadas a N1020oE e N50-60oE criando corredores onde o granito se encontra muito fraturado e alterado. Como direções secundárias destaca-se N10-20oW São numerosas as diaclases, quase sem preenchimento e com atitudes paralelas à principais direções estruturais. Adaptada da folha 28-D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1972
4
Hidrogenoma
HM-02 FADAGOSA DE NISA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria e Epsilonproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Epsilonproteobacteria Alphaproteobacteria Clostridia Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Actinobacteria Deltaproteobacteria Bacilli Nitrospira Flavobacteriia
% Reads F1
% Reads F5 35,29 18,70 3,76 11,93 3,87 10,19 1,74 3,08 -
% Reads F3 27,58 42,50 10,88 13,75 1,80 0,55 0,66 0,75
% Reads F7 65,32 18,11 5,65 0,50 6,23 1,68 0,65 0,58 -
Média 46,45 30,31 17,27 9,60 7,91 5,14 1,69 3,81 -
Desvio Padrão 26,69 17,25 15,82 12,87 5,20 5,88 1,89 5,53 -
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
F1
Leuconostoc pseudomesenteroides
17
F3
Deinococcus ficus
6
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
1ª colheita - F1
Esta classificação ao nível do género é obtida por comparação entre as amostras F3-F7 (outono), correspondentes aos anos hidrogeológicos de 2017 (F3) e de 2018 (F7).
outono
2ª colheita - F3
NA
É evidente a presença maioritária de dois géneros, demonstrando a estabilidade na constituição do hidrogenoma desta água, nas amostras estudadas. Este bacteroma distribui-se maioritariamente pelos géneros Thiothrix e Sulfuricurvum, seguidos por Sphingobium, Thiothrix e Sulfuritalea.
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
NA
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sulfuricurvum kujiense, Thiovirga sulfuroxydans, Sphingobium xenophagum, Thiobacillus sajanensis, Sphingobium amiense, Sphingobium rhizovicinum, Thiobacillus thioparus, Methyloversatilis universalis, Dechloromonas aromática, Thiothrix nivea, Leucothrix mucor e Limnobacter litoralis. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente com o anião sulfato (SO42-), com a tolerância ao cloreto de sódio (NaCl) presente neste água nas concentrações: [Na+] = 101 mg/L e [Cl-] = 67 mg/L) e com a possível aplicação em processos de biorremediação de xenobióti ticcos.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes F1
--
F5
--
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
--
--
F5
2,139
380
F3
1,791
585
F7
1,158
139
Microrganismos Isolados em Laboratório pH
-
HS
SO42-
+
-
Na mg/L
Cl
-
F
Loriellopsis cavernícola, Chryseobacterium aquaticum, Acinetobacter sp.
F3
Sulfuricurvum, Thiovirga
8,15
3,8
4,2
100
63
11
F7
Thiovirga, Sulfuricurvum
8,15
3,6
1,8
95
61
9,1
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
5
Distrito: Guarda Concelho: Almeida Freguesia: Almeida
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 22-11-2018 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Carbonatada, fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 503,6 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 564 µS/cm pH: 8,63 Temperatura: 25 o C - Hipotermal
GEOLOGIA
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO
Localização: Zona Centro-Ibérica Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós orogénicos. Granito das Beiras
Fixado - Portaria 119/2016, DR 84, Série I, 02-05-2016
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de Fonte Santa de Almeida: Desenvolve-se na unidade granítica porfiróide de grão grosseiro, com permeabilidade condicionada pela intensa fraturação que o afeta. Unidades aquíferas: • Formações detríticas superficiais - aluviões, coluviões, terraços fluviais - de reduzida expressão, caracterizadas em geral por permeabilidade elevada e alimentadas lateralmente pela água do rio. • Zona de alteração superficial do granito, ou granito alterado na dependência de falhas ou intenso diaclasamento, com permeabilidade muito variável. • Formação granítica com permeabilidade por fraturação, geralmente baixa.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Granito monzonítico de duas micas, com predomínio da biotite, porfiróide de grão grosseiro. • Granito monzonítico de duas micas porfiróide de grão médio a fino. • Granito monzonítico não porfiróide de grão fino. • Filões de quartzo leitoso com textura brechóide que se dispõem de modo geral segundo NNE-SSW.
Modelo conceptual do sistema aquífero: Admite-se para o sistema aquífero hidromineral o seguinte modelo conceptual: • Recarga por infiltração de águas meteóricas na zona aplanada da região onde se inserem as termas, de preferência nas zonas de alteração do granito, nas zonas de falha, ou de intenso diaclasamento. • Circulação fissural a profundidade elevada (estimada em cerca de 2km), onde ocorre mistura com fluidos hidrotermais e consequente sulfuração. Os baixos valores de trítio indiciam um tempo de residência elevado. O fluxo subterrâneo ocorre na zona tectonizada dos granitos, em particular ao longo da falha central orientada segundo NNE-SSW, e inclinação subvertical. • A ascensão dar-se-á ao longo da estrutura principal, na margem direita do rio Côa, conjuntamente com a família de diaclases perpendicular a esta e orientada a WNW-ESE. As falhas e diaclases preenchidas ou não por materiais argilosos funcionam como zonas de barragem à circulação ou constituindo caminhos preferenciais para a mesma. Carta geológica:
CARTA GEOLÓGICA:
Tectónica: Predominam dois sistemas de falhas perpendiculares: um orientado a NNE-SSW e o outro a WNW-ESE. O rio Côa encaixa de forma notável em ambos os sistemas, ao longo de um vale bastante escarpado que se dirige sensivelmente para NW, o que atesta o condicionamento da tectónica no seu traçado. Uma densa rede de diaclases segue as direções estruturais predominantes. Adaptada das folhas e 15-D e 18-B da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1959 e 1960
6
Hidrogenoma
HM-03 FONTE SANTA DE ALMEIDA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Alphaproteobacteria Clostridia Actinobacteria Nitrospira Thermotogae Bacilli
% Reads F1 46,18 6,42 18,77 1,79 9,89 5,11 3,73 3,25
% Reads F5 10,90 16,32 35,63 10,87 6,28 4,97 6,14 3,19 -
% Reads F3 69,32 19,61 1,62 0,55 7,94 0,20 0,19 0,18 -
% Reads F7 89,52 7,62 0,87 0,55 0,39 0,26 0,18 0,19 -
Média 56,58 22,43 11,14 7,69 4,10 3,83 2,91 2,37 -
Desvio Padrão 40,83 16,62 16,51 8,85 3,59 4,62 3,17 1,91 -
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
1ª colheita - F1
outono
2ª colheita - F3
A classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera), evidencia um número elevado de leituras (Reads) sem classificação ao nível do género. No entanto, analisando as amostras F3-F5 (outono), estas apresentam resultados estatisticamente significativos, sendo clara a presença maioritária do género Thiovirga, demonstrando a estabilidade na constituição do hidrogenoma bacteriano desta água nas amostras respetivas.
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thiovirga sulfuroxydans, Dechloromonas aromática, Methyloversatilis universalis, Azovibrio restrictus, Sphingobium amiense, Novosphingobium acidiphilum, Leucothrix mucor e Dechloromonas fungiphilus. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre e podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação de xenobióti ticcos.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
pH
SO42-
HCO3-
--
F5
Desulfobulbus,
--
F7
Na+
Cl-
F-
mg/L
Sulfuritalea,
Thiovirga, Dechloromonas Thiovirga, Dechloromonas
F1
1,425
175
F5
0,449
55
F3
1,147
298
F7
1,448
199
Microrganismos Isolados em Laboratório HS-
F1
F3
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
Pseudomonas sp., Bacillus sp., Bacillus sp.e Sphingomonas sp.
8,39
2,1
5,3
200
130
47
19
8,63
3,7
7,0
176
140
48
23
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
7
Distrito: Viana do Castelo Concelho: Paredes de Coura Freguesia: Ferreira
UTILIZAÇÃO ENGARRAFAMENTO: Tipo de água engarrafada: mineral lisa.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica Série dos granitos hercínicos de duas micas sin orogénicos.
Quimismo: Hipossalina Dados da análise completa de 26-09-2014 Composição principal: Cloretada sódica Composição secundária: Silicatada Mineralização total: 34 mg/L - Hipossalina Condutividade elétrica: 47 µS/cm pH: 5,30 Temperatura: 12,8o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 944/1993, DR 227, Série I-B, 27-09-1993
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de água de grichões:
Suportado por granito são, com permeabilidade por fraturação, semi-confinado A livre E de circulação sub superficial.
Unidades aquíferas:
• Um sistema superficial formado por um aquífero livre e com percolação por porosidade, associado aos granitos muito alterados a decompostos. • Um sistema profundo com características de aquífero livre a semiconfinado e com percolação essencialmente por fracturação, suportado pelos granitos pouco alterados a compactos, onde circula o recurso hidromineral.
Modelo conceptual do sistema aquífero:
Pelos menos 5 furos executados na concessão não atingiram O aquífero hidromineral, pelo que O modelo de circulação do recurso de grichões É ainda mal conhecido.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Carta geológica:
Unidades geológicas: • Granito de duas micas de grão fino a médio sin-tectónicos relativamente à 3ª fase de deformação varisca
Tectónica: As principais direções estruturais alinham-sesegundo N-S e ENEWSW, e secundariamente NE-SW, E-W e NW-SE.
Adaptada da folha 1C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1961
8
Hidrogenoma
HM-04 ÁGUA DE GRICHÕES Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Alphaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Alphaproteobacteria Betaproteobacteria Clostridia Sem classifi ficcação Gammaproteobacteria Actinobacteria Deltaproteobacteria Bacilli
% Reads F1 18,38 3,91 22,95 13,51 6,09 10,74 6,99 2,42
% Reads F5 8,50 17,91 16,62 13,47 5,92 5,84 6,40 3,77
% Reads F3 64,67 8,75 4,45 4,88 5,87 2,57 2,46 1,03
% Reads F7 28,34 36,82 4,81 4,01 6,58 3,92 4,29 -
Média 29,97 16,85 12,21 8,97 6,12 5,77 5,04 2,41
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 24,51 14,53 9,12 5,23 0,32 3,58 2,07 1,37
Espécies Exclusivas F1
F5
F7
Hits (>5)
Mycobacterium aemonae
10
Actinoallomurus iriomotensis
5
Streptomyces albus
6
Pseudonocardia saturnea
7
Thermoactinomyces vulgaris
6
Megamonas hypermegale
25
Bacteroides plebeius
44
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
1ª colheita - F1
outono
2ª colheita - F3
A classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3F7 (outono), verifica-se que existe uma elevada percentagem de leituras (Reads) sem classificação ao nível do género em F1, F5 e F3. É notória uma distribuição quase equitativa entre os vários géneros, tais como, Moorela, Bradyrhizobium, Rhodoplanes e Roseospira, evidenciando reduzida pressão seletiva do quimismo desta água sobre as comunidades microbianas respetivas.
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Hyphomicrobium aestuarii, Nevskia soli, Bradyrhizobium pachyrhizi e Rhodoplanes cryptolactis tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização de nitratos e podem produzir metabolitos de interesse como os carotenoides e derivados de glicogénio.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
pH
Na+
Clmg/L
Moorella, Bradyrhizobium
5,2
2,20
5,90
3,9
F5
Moorella, Oxalobacter
5,6
0,98
5,01
4,0
5,4
3,42
6,70
4,6
5,3
1,95
5,60
4,0
F3 F7
F1
2,571
417
F5
2,494
643
F3
1,755
846
F7
2,484
226
Microrganismos Isolados em Laboratório HCO3-
F1
Bradyrhizobium, Rhodoplanes Novosphingobioum, Cupriavidus
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
NO3-
Cupriavidus sp., Ralstonia sp., Sphingomonas sp., Paenarthrobacter nicotinovorans, Mycobacterium sp., Paenibacillus taichungensis, Cupriavidus basilensis.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
9
Distrito: Bragança Concelho: Vila Flor Freguesia: Sampaio
UTILIZAÇÃO ENGARRAFAMENTO: Tipo de água engarrafada: Gasocarbónica (gás carbónico natural)
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 15-03-2019 Quimismo: Gasocarbónica Composição principal: Gasocarbónica, bicarbonatada sódica Composição secundária: Ferruginosa, fluoretada Mineralização total: 3222,4 mg/L - Hipersalina Condutividade elétrica: 3000 µS/cm pH: 6,36 Temperatura: 23,1 o C - Hipotermal
GEOLOGIA Localização: Zona de contacto entre as unidades autóctones ordovícicas da Zona Centro-Ibérica e o Complexo de Mantos Parautóctones da Zona de Galiza-Trás-osMontes.
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 77/1997, DR 26, Série I-B, 31-01-1997
HIDROGEOLOGIA
Sistema aquífero da Água de Bem Saúde: Desenvolve-se na unidade parautóctone dos xistos com lentículas de cherts, liditos e quartzitos de idade silúrica, onde a percolação é condicionada pela estrutura geológica existente destacando-se a mega estrutura profunda de Manteigas-Vilariça-Bragança com desenvolvimento NNE-SSW e o seu sistema subsidiário de fraturas. Trata-se de um sistema profundo, de estrutura essencialmente linear, confinado. Unidades aquíferas: Formações xistosas silúricas de permeabilidade reduzida, não favorecem a infiltração e comportam-se em profundidade como barreiras à circulação quando em contacto com formações mais permeáveis. Quartzitos ordovícicos representarão as formações com melhores condições de permeabilidade, no entanto, as intercalações xistosas presentes entre estes, estabelecem barreiras à circulação, o que diminui as potencialidades aquíferas desta unidade. Complexo Xisto Grauváquico - apresenta permeabilidade em geral baixa. Nas 3 unidades a permeabilidade aumenta consideravelmente nas proximidades do sistema de falhas de Manteigas-Vilariça-Bragança. Depósitos de cobertura apresentam permeabilidade intersticial que diminui com o aumento da fração argilosa. Modelo conceptual do sistema aquífero: A recarga dá-se em zona acidentada onde prevalece a escorrência superficial sobre a infiltração. Devido à profundidade e intensidade da fraturação, a circulação da água deverá atingir zonas profundas da crosta e temperatura da ordem dos 190°C. A ascensão deste fluido de origem profunda para zonas mais superficiais da crosta, através do sistema de fraturas associado ao sistema de falhas de Manteigas-Vilariça-Bragança, deverá se lenta o que, não só conduz a Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010 Unidades geológicas: uma diminuição da sua temperatura, mas permite ainda importantes • Depósitos recentes que englobam: aluviões existentes no variações na sua composição. Comporta-se, assim, como um sistema leito das linhas de água principais, de natureza areno- químico estabilizado, de baixa temperatura e sobressaturado de anidrido argilosa e espessura que não ultrapassa a dezena de carbónico. metros e os depósitos de vertente de composição argilosa, Carta geológica: com blocos de quartzitos. • Unidades autóctones da Zona Centro-Ibérica: Ordovícico constituído por duas componentes litológicas principais a formação quartzítica que compreende duas bandas de quartzitos com uma faixa de xistos e grauvaques intercalados e a formação xistosa que engloba uma série uniforme e monótona de xistos carbonosos, azuis escuros. Complexo Xisto-Grauváquico composto por alternâncias de xistos e grauvaques. • Complexo de Mantos Parautóctones da Zona de GalizaTrás-os-Montes - xistos com lentículas de cherts, liditos e quartzitos, de idade silúrica.
TECTÓNICA:
O elemento estrutural dominante é a megaestrutura de Manteigas-Vilariça-Bragança, um sistema de falhas extensas e profundas de direção NNE-SSW que, conjuntamente com os sistemas conjugados, condiciona a estrutura e circulação das águas subterrâneas.
10
Hidrogenoma
Adaptada da folha 2 da Carta Geológica de Portugal à escala 1:200.000, LNEG-2000
HM-05 ÁGUA BEM SAÚDE Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria e Alphaproteobacteria. Classe Betaproteobacteria Alphaproteobacteria Deltaproteobacteria Gammaproteobacteria Clostridia Sem classifi ficcação Spirochaetes Actinobacteria Caldithrixae Bacilli Acidimicrobiia Methanomicrobia
% Reads F1 3,32 24,56 30,88 35,91 2,44 1,17 0,17 0,79 -
% Reads F5 80,83 1,24 4,93 1,47 4,06 2,31 0,76 0,77 -
% Reads F3 30,42 45,31 3,98 3,30 6,42 3,67 0,81 1,28 -
% Reads F7 63,10 6,55 2,40 9,65 3,01 2,55 2,48 2,42
Média 44,42 23,70 11,59 10,77 5,64 2,54 1,37 0,73 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO Ao nível da classe os valores obtidos não permitem validar estatisticamente a composição taxonómica desta água, por se verificarem desvios muito significativos no número de leituras (Reads) entre as amostras. A classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera), revela variabilidade entre os géneros predominantes, no entanto, de uma forma consistente e significativa, predominando os géneros Rhodoferax e Nitrosovibrio, seguidos por Uliginosibacterium e Johnsonella.
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 34,45 22,05 12,91 16,78 3,13 1,07 1,02 0,78 -
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Methylobacterium radiotolerans, Johnsonella ignava, Uliginosibacterium gangwonense, Methylobacterium longum, Methylobacterium mesophilicum, Methylobacterium agregans, Sphingomonas panni, Dechloromonas aromatica, Rhodoferax antarcticus. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a presença de bicarbonato (HCO3-) e, possivelmente, podem produzir compostos bioati tivvos como pigmentos.
F1
2,168
161
F5
1,505
246
F3
2,275
450
F7
1,453
171
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
pH
HCO3-
Na+
Fe2+ mg/L
F1
Pseudomonas, Syntrophus
--
F5
Rhodoferax, Nitrosovibrio
--
F3
Methylobacterium, Nitrosovibrio
F7
Nitrosovibrio, Rhodoferax
6,3
2148
689
2,2
NH4+
Bacillus licheniformis.
5
--
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
11
Distrito: Faro Concelho: Monchique Freguesia: Monchique
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculo-esqueléticas e aparelho digestivo. ENGARRAFAMENTO: Tipo de água engarrafada: mineral lisa.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização: Maciço subvulcânico de Monchique
Dados da análise completa de 23-11-2016 Quimismo: Bicarbonatada Composição principal: Bicarbonatada sódica Composição secundária: Tiossulfatada Mineralização total: 350,1 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 465 µS/cm pH: 9,54 Temperatura: 31,6o C - Mesotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 238/2015, DR 156, Série I, 12-08-2015
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Caldas de Monchique: Sistema aquífero de origem profunda, suportado por sienitos nefelínicos do maciço sub-vulcânico de Monchique, com permeabilidade fissural e produtividade elevada. O recurso emerge na zona de falha que condicionou a modelação de um vale de fractura profundamente encaixado - o Barranco do Banho.
Unidades aquíferas: • Sistema local de circulação superficial, constituída pela zona arenizada de sienito e pela zona imediatamente subjacente, de sienito fraturado por ação das forças de descompressão do maciço. Constitui um aquífero livre com permeabilidade intersticial. • Sistema hidromineral profundo Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Grupo do Flysh do Baixo Alentejo aqui representado pela Formação de Brejeira constituída essencialmente por séries de xistos e grauvaques • Maciço subvulcânico de Monchique de estrutura anelar, representado por sienitos nefelínico, sienitos heterogéneos, brechas sieníticas e gabros. • Orla de metamorfismo de contacto, originada pela intrusão do maciço nos metassedimentos, representada por corneanas de dureza elevada. Tectónica: Destaca-se a Falha do Barranco do Banho de orientação NNE-SSW, com a qual está relacionada a emergência do recurso hidromineral das Caldas de Monchique. O maciço sienítico do Monchique intuiu a série paleozóica do Grupo do Flysh do Baixo Alentejo, no final do Cretácico, estando a intrusão relacionada com uma mega estrutura de direção NNW-SSE que terá jogado em consequência da abertura do Atlântico.
12
Hidrogenoma
O recurso provém das águas meteóricas infiltradas no topo da Picota, a elevação que constitui a serra de Monchique, na parte oriental. A circulação será favorecida pelas zonas mais alteradas e fraturadas do maciço sienítico e, na zona das Caldas de Monchique, pelos corredores de fraturação originados pela falha do Barranco do Banho. As águas, no seu percurso no interior do maciço, sofrem aquecimento e reações de interação água-rocha. Poderá haver ascensão de voláteis, que estará associada a levantamentos crustais recentes, que será responsável pela sulfuração da água. A descarga do sistema profundo é promovida pelo efeito de barreira decorrente da orla de corneanas pouco permeáveis que resultaram do metamorfismo de contacto e pelas condições de permeabilidade criadas pelo sistema de falhas das Caldas de Monchique e outras estruturas associadas. Carta geológica:
Adaptada de González-Clavijo & Valadares (2003)
HM-06 CALDAS DE MONCHIQUE Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria. Classe Betaproteobacteria Alphaproteobacteria Nitrospira Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Actinobacteria Clostridia Gammaproteobacteria Thermotogae Brocadiae
% Reads F1 8,19 79,24 7,45 2,31 0,70
% Reads F5 85,58 1,60 7,35 2,16 0,97
% Reads F3 58,44 9,03 14,85 6,42 2,47
% Reads F7 17,66 29,34 13,62 7,66
Média 42,47 29,96 14,75 6,13 2,95
Desvio Padrão 36,07 42,84 10,34 5,37 3,24
0,96 0,35 0,29 -
0,60 0,50 0,27 -
2,54 2,19 1,17 -
6,57 6,98 2,17 2,10
2,67 2,51 0,58 -
2,73 3,10 0,51 -
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
Comunidades bacterianas por GÉNERO Ao nível da classe os valores obtidos não permitem validar estatisticamente a composição taxonómica desta água, por se verificarem desvios muito significativos no número de leituras (Reads) entre as amostras. A classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3F7 (outono), revela a presença evidente do género Thermodesulfovibrio, que aumenta no ano hidrológico de 2018. Os géneros Sphingomonas e Thauera caracterizam as amostras colhidas na primavera e no outono de 2017, respetivamente, sendo substituídas pela presença de outros géneros em 2018.
primavera
1ª colheita - F1
3ª colheita - F5
outono
2ª colheita - F3
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thermodesulfovibrio aggregans, Sphingomonas panni, Thermodesulfovibrio thiophilus, Parvibaculum lavamentivorans, Thauera mechernichensis, Methyloversatilis universalis, Dechloromonas hortensis. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com Os microrganismos identi a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns microrganismos podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação de compostos xenobióti ticcos.
F1
1,82
109
F5
0,98
203
F3
1,30
375
F7
2,05
185
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
pH
F-
SO42- HCO3mg/L
CO3-
Bacillus idriensis, Microbacterium flavescens, Brevundimonas, vesicularis, Microbacterium sp., Bacillus megaterium, Staphylococcus sp. e Sphingobacterium multivorum.
F1
Sphingomonas, Thermodesulfovibrio
--
F5
Thauera, Thermodesulfovibrio
--
F3
Gallionella, Thermodesulfovibrio
9,54
1,3
52
119
16
F7
Thermodesulfovibrio, Methyloversatilis
9,57
1,3
48
112
20
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
13
Distrito: Aveiro Concelho: Mealhada Freguesia: Luso
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuti ticcas: aparelho respiratório, reumáticas e músculo-esqueléticas, aparelho circulatório e aparelho nefro-urinário. ENGARRAFAMENTO: Produtos engarrafados: água mineral lisa água mineral gaseificada água mineral com sabores
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Quimismo: Hipossalina Dados da análise completa de 09-04-2015 Composição principal: Cloretada sódica Composição secundária: Silicatada Mineralização total: 40,8 mg/L - Hipossalina Condutividade elétrica: 47 µS/cm pH: 5,45
GEOLOGIA Localização:
Zona Centro-Ibérica - Sinclinal do Buçaco
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 64/2003, DR 16,Série I-B, 20-01-2003
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de luso:
Desenvolve-se na unidade hidrogeológica fraturada, correspondente aos quartzitos do Ordovícico inferior, do flanco NE do sinclinal do buçaco, confinada no topo e na base por formações xistentas de permeabilidade muito baixa, ou mesmo ausente. O fluxo hídrico subterrâneo faz-se SE para NW , com profundidade e tempo de residência elevados.
Unidades aquíferas:
• Aquífero não mineral de circulação superficial e ausência de termalidade. • Aquífero termomineral superior de circulação intermédia com temperatura de
emergência de cerca de 27oC.
• Aquífero termomineral inferior de circulação profunda e temperatura de emer-
gência ligeiramente superior.
Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas:
Na área da concessão afloram as seguintes unidades: Carbónico: arenitos vermelhos e cinzentos com intercalações de conglomerados, de fácies continental. Neoproterozóico: “Série Negra”- xistos filitosos com intercalações psamíticas e carbonosas. Fora da área da concessão destacam-se as unidades quartzíticas do Ordovícico inferior que constituem a serra do Buçaco, e os "Grés de Silves" de idade triásica.
Os planos de estratificação e o sistema bem desenvolvido de fraturas e falhas constituem o meio favorável para a infiltração das águas a diferentes profundidades, determinando ainda diferentes tempos de residência. As particularidades geológicas determinam o sentido da circulação subterrânea que se faz de preferência para NW. A descarga é feita a diferentes níveis no extremo NW da Serra do Buçaco, sendo condicionada por fatores topográficos, geológicos e tectónicos.
Carta geológica:
Tectónica:
A estrutura regional é dominada pela existência de um vasto sinclinal orientado a NW-SE e mergulhante para NW - o sinclinal do Buçaco, originado durante a orogenia varisca. O flanco nordeste constitui a Serra do Buçaco. Toda a estrutura é cortada por uma intensa rede de fraturação decorrente dos sucessivos episódios tectónicos que afetaram a região e apresentam direções predominantes de NNW-SSE a NW-SE e NNESSW a ENE-WSW. Algumas falhas cortam a serra transversalmente com orientações a ENE-WSW a NE-SW, compartimentando o maciço em diversos blocos. Destaca-se ainda uma importante estrutura de movimentação inversa - o cavalgamento de Luso-Cruz Alta-Buçaco que coloca unidades neoproterozóicas sobre os terrenos paleozóicos. Adaptada de A. S. Oliveira, 2019
14
Hidrogenoma
A recarga faz -se por infiltração direta da água da chuva nas zonas aplanadas mais elevadas da Serra do Buçaco.
HM-07 LUSO Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Alphaproteobacteria e Gammaproteobacteria. Classe Alphaproteobacteria Gammaproteobacteria Actinobacteria Betaproteobacteria Clostridia Sem classifi ficcação Bacili Deltaproteobacteria Nitrospira
% Reads F1 3,72 48,53 11,70 7,43 6,86
% Reads F5 42,01 3,77 6,81 8,38
% Reads F3 56,94 4,08 7,67 5,35 7,06
% Reads F7 5,61 44,28 5,57 13,21 9,52
Média 27,07 25,17 8,31 8,20 7,96
Desvio Padrão 26,59 24,59 3,12 3,45 1,24
3,92 5,56 3,14 -
10,17 6,66 7,57 4,45
4,23 2,05 3,63 -
4,51 6,98 3,12 -
5,71 5,31 4,37 -
2,98 2,26 2,15 -
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
F1 F7
Hits (>5)
Clostridium baratii
17
Clostridium sardiniense
11
Staphylococcus vitulinus
5
Bifidobacterium animalis
6
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
1ª colheita - F1
outono
2ª colheita - F3
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o género Ralstonia (Ralstonia spp. são classificadas como Pseudomonas rRNA grupo II) marca presença significativa nesta água, com exceção em F5. 3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
O género Methylobacterium é o que mais de destaca, tendo maior representatividade nas amostras F3 e F5. O género Acinetobacter surge apenas em F7 com clara distinção.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Methylobacterium radiotolerans, Methylobacterium mesophilicum, Methylobacterium longum, Pseudomonas plecoglossicida, Acinetobacter johnsonii, Acinetobacter rhizosphaerae, Methylobacterium aggregans, Moorella glycerini, Thermodesulfovibrio aggregans, Actinoallomurus luridus, Desulfobulbus elongatus, entre outros. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização de metais pesados, associados a clusters de resistência ao mercúrio, arsénio e cobre. Alguns podem apresentar bioati tivvidade enzimáti ti-ca ao sulfato (SO42-) e outros ter aplicabilidade em processos de biorremedia-
F1 F5 F3 F7
pH
HCO3-
SO42-
Pseudomonas, Ralstonia Methylobacterium, Brochothrix Methylobacterium, Ralstonia Thermodesulfovibrio, Methyloversatilis
F1
3,108
374
F5
2,461
369
F3
1,447
391
F7
2,453
630
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
Na+ mg/L
Cl-
NO3-
-5,49
7,3
1,31
6,0
9,2
1,68
5,47
7,3
1,30
6,0
9,2
1,68
5,41
6,7
1,31
6,0
9,2
1,70
Paenibacillus glycanilyticus, Bacillus thuringiensis,Acinetobacter sp., Acinetobacter calcoaceticus e Ralstonia solanacearum.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
15
Distrito: Guarda Concelho: Manteigas Freguesia: São Pedro
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculo-esqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 19-12-2017 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfidratada GEOLOGIA Mineralização total: 193 mg/L - Fracamente mineralizada Localização: Condutividade elétrica: 207 µS/cm Zona Centro-Ibérica pH: 9,39 Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós Temperatura: 45 o C - Hipertermal orogénicos, em zona de contacto com metassedimentos do Complexo Xisto Grauváquico do Grupo das Beiras. PERÍMETRO DE PROTEÇÃO
Fixado - Portaria 143/2001, DR 52, Série I-B, 02-03-2001
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de Caldas e Fonte Santa: Suportado por granito porfiróide de grão grosseiro muito fraturado com permeabilidade média do tipo fissural. Unidades aquíferas: • Aluviões e depósitos fluvio-glaciares, muito descontínuos, com permeabilidade do tipo intersticial, elevada. • Granito alterado - camada de alteração superficial do maciço granítico, de espessura variável. • Granito fissurado – constitui o sistema aquífero hidromineral. Modelo conceptual do sistema aquífero: • Infiltração de águas meteóricas a partir dos pontos mais elevados do relevo circundante, escorrência, e infiltração nas zonas mais aplanadas e alteradas. • Percolação e circulação fissural profunda ao longo de falhas profundas. Profundidade do reservatório estimada em cerca de 2,6 km, onde atinge temperatura estimada em 79oC a 89 oC. • A ascensão é facilitada pela fracturação associada à falha de Manteigas presumindo-se rápida o que impede o reequilíbrio da temperatura. • Emerge em nó tectónico NNE-SSW/NNW-SSE com temperatura de cerca de 47°C. Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Carta geológica:
Unidades geológicas: • Aluviões – areias e outros materiais detríticos • Depósitos fluvio-glaciários de idade plistocénica – calhaus de dimensão variada conjuntamente com detritos finos. • Granito calco-alcalino, biotítico, porfiróide de grão grosseiro, tardi a pós orogénico. • Granito não porfiróide, de grão médio, ou médio a fino, sintectónico. • Filões de quartzo • F i l õ e s d e r o ch a s b á s i ca s • Filões de aplito-pegmatito Tectónica: A principal estrutura tectónica responsável pela emergência do recurso hidromineral é o sistema de falhas de Manteigas que faz parte do acidente tectónico maior de ManteigasVilariça-Bragança com um longo historial de movimentação tectónica, que origina uma densa rede de fraturas conjugadas, orientados a NNE-SSW e NNW-SSE. Adaptada das folhas 17D e 20B 6D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1966 e 1975
16
Hidrogenoma
HM-08 CALDAS E FONTE SANTA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria e Clostridia. Classe Sem classifi ficcação Betaproteobacteria Clostridia Deltaproteobacteria Oscillatoriophycideae
% Reads F1 37,17 4,98 17,93 6,70 4,12
% Reads F5 37,20 11,60 5,06 11,27 -
% Reads F3 36,98 7,30 10,90 4,32 13,02
% Reads F7 27,00 21,31 9,33 4,94
Média 34,59 11,30 10,81 7,43 7,36
Desvio Padrão 5,06 7,22 5,35 3,53 4,92
Actinobacteria Methylacidiphilae Spirochaetes Gammaproteobacteria Deinococci Bacilli Nitrospira
3,30 5,60 3,03 -
10,87 6,83 3,10 4,28
3,93 4,53 3,53 -
7,00 5,90 3,94 5,35 -
7,09 5,51 5,22 4,60 4,44 -
5,35 1,54 0,97 1,98 1,29 -
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas F5
Hits (>5)
Alcanivorax venustensis
8
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
A classificação ao nível do género, tem como principal valor absoluto a percentagem sem classificação, referente a este grupo taxonómico, corroborando os resultados anteriores ao nível da classe. Os géneros Candidatus Methylacidiphilum, o Halanaerobacter e o Thermodesulphovibrio, apresentam maior representatividade no hidrogenoma desta água, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), dos anos hidrogeológicos 2017 (F1 e F3) e 2018 (F5 e F7), respetviamente.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Halanaerobacter chitinivorans, Treponema zioleckii, Edaphobacter modestus, Desulfobulbus elongatus, Ectothiorhodospirahalo alkaliphila, Thiobacillus thioparus, Desulfomonile tiedjei, Clostridium tepidiprofundi, Chlorobaculum limnaeum, Comamonas kerstersii, Chondromyces pediculatus. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a Os microrganismos identi metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação de xenobióti ticcos.
F1 F5 F3 F7
Halanaerobacter, Candidatus Methylacidiphilum Desulfobulbus, Thermodesulfovibrio Desulfobulbus, Thermodesulfovibrio Thiobacillus, Candidatus Methylacidiphilum
pH
F1
1,56
127
F5
1,97
280
F3
1,31
372
F7
1,52
127
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
HS-
SO42-
HCO3-
CO3mg/L
NO2-
NH4+
Bacillus thuringiensis, Bacillus licheniformis e Acinetobacter calcoaceticus.
--9,40
1,3
13
4,5
4,5
<0,01
0,11
9,35
0,8
13
7,9
7,9
0,01
0,12
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
17
18
Hidrogenoma
HM-09 CALDAS DE CHAVES Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Deinococci, Aquificae e Alphaproteobacteria. Classe Deinococci Aquificae Alphaproteobacteria Gammaproteobacteria Sem classifi ficcação Nitrospira Thermotogae Clostridia Betaproteobacteria Thermobacula
% Reads F1 50,69 13,26 45,96 8,81 1,65 0,85 0,55 0,78 -
% Reads F5 49,59 1,25 41,71 2,51 1,47 0,65 0,66 0,68 -
% Reads F3 78,04 15,10 0,39 1,00 1,89 0,45 0,58 1,07
% Reads F7 51,63 26,34 0,42 14,90 1,27 1,87 1,19 0,97 -
Média 57,49 13,99 22,12 6,81 1,57 1,16 0,90 0,69 0,73 -
Desvio Padrão 13,73 10,27 25,13 6,37 0,26 1,00 0,27 0,19 0,07 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Assinatura Hidrobiómica* Espécies Exclusivas
Hits (>5)
F5, F7
Desulfotomaculum luciae
23-47
F3, F7
Dictyoglomus thermophilum
*Hidrogenoma consolidado
primavera
Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), dos anos hidrogeológicos 2017 (F1 e F3) e 2018 (F5 e F7), respetivamente, verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela estabilidade microbiológica. É clara a presença maioritária do género Thermus, seguido por Methylobacterium e Aquifex que variam entre as amostras. No entanto, os restantes géneros marcam presença em toda a amostragem, permitindo caracterizar com grande robustez este hidrogenoma.
9-8
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Espécies Predominantes (> 100 hits)
Diversidade de Espécies
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thermus rehai, Acinetobacter johnsonii, Thermus kawarayensis, Thermobaculum terrenum.
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns podem ter aplicabilidade em processos de degradação de hidratos de carbono e produção de pigmentos.
F1
0,98
203
F5
1,11
246
F3
1,81
218
F7
1,46
80
Microrganismos Eucariotas Identi tifi ficcados Cladosporium ramotenellum na amostra F3.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos HCO3-
Fe2+
NH4+ mg/L
Na+
SO42-
Géneros predominantes
pH
F1
Thermus,Methylobacterium
6,90
1745
0,20
1,3
600
19
F5
Thermus,Methylobacterium
6,87
1709
0,19
1,6
608
19
F3
Thermus, Aquifex
6,90
1699
0,21
1,5
637
18
F7
Thermus, Aquifex
6,62
1568
0,21
1,6
572
24
Microrganismos Isolados em Laboratório
NA
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
19
Distrito: Viseu Concelho: Tondela Freguesia: Lageosa do Dão
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuti ticcas: Aparelho respiratório, doenças reumáticas e músculo-esqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Bicarbonatada, sódica Composição secundária: Sulfi fid dratada Mineralização total: 466,6 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 506 µS/cm pH: 8,11 Temperatura: 46,5 o C - Hipotermal
GEOLOGIA
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO
Localização:
Zona Centro-Ibérica - Granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós orogénicos.
Fixado - Portaria 1354/2006, DR 231, Série I, 30-11-2006
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Caldas de Sangemil:: Pertence ao domínio hidrogeológico das águas minerais naturais sulfúreas das Beiras. Emerge na bacia hidrográfica do rio Dão, em granito porfiróide de grão grosseiro, estando relacionado com as zonas de fratura originadas pela provável falha do rio Dão. Com base em estudos de geotermómetros (SiO2, catiões de Na, Ca e Mg) estima-se que a temperatura média da água no reservatório seja de 100°C ± 10°C.
Unidades aquíferas: As características geológicas, geomorfológicas e hidrogeológicas, determinam localmente a existência de dois sistemas aquíferos: • Sistema aquífero superfi ficcial - livre, de águas normais pouco mineralizadas e de circulação superficial, com permeabilidade predominantemente do tipo fissural, com zonas do tipo intersticial correspondentes a zonas de granito muito alterado. • Sistema aquífero hidromineral profundo - semi-confinado a confinado, com permeabilidade do tipo fissural, condicionada pelo grau de fraturação do granito.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas:
Granitos tardi a pós tectónicos relativamente à 3ª fase de deformação varisca. São granitos essencialmente biotíticos, porfiróides, de grão grosseiro a médio. Apresentam diferentes estados de alteração, desde sãos a muito alterados e mesmo arenizados. • Filões de quartzo - dispõem-se segundo as principais direções estruturais da região, ou seja, NNE-SSW, NE-SW, N-S e NNWSSE. Atingem por vezes espessura da ordem das dezenas de metros. Correspondem provavelmente a preenchimentos de fracturas em fase tardia da orogenia varisca. •
Modelo conceptual do sistema aquífero:
A infiltração das águas de origem meteórica na vasta bacia hidrográfica do rio Dão é favorecida pelas particularidades estruturais da região. Salienta-se a provável falha do rio Dão que terá um papel fundamental no fluxo a elevadas profundidades, onde, sob temperatura elevada (±100°C), se processarão as interações água-rocha e o enriquecimento mineral das águas de Sangemil. Estas mantêm temperatura elevada na emergência à superfície.
Tectónica:
As principais estruturas tectónicas alinham-se segundo as direções NNE-SSW, NE-SW, N-S e NNW-SEE, controlando a instalação das linhas de água, as quais apresentam troços retilíneos alinhados segundo estas direções. Destaca-se a provável falha de rio Dão de orientação regional NE-SW que, em conjunto com as suas conjugadas, criou corredores de fraturação que condicionam as emergências hidrominerais das Caldas de Sangemil. Adaptada da folha 17C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1962
20
Hidrogenoma
HM-13 CALDAS DE SANGEMIL Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Alphaproteobacteria Nitrospira Actinobacteria Clostridia Deltaproteobacteria Epsilonproteobacteria Sphingobacteriia Methylacidiphilae
% Reads F1 95,38 1,40 1,13 0,36 0,53 0,21 0,19 0,20 -
% Reads F5 97,34 1,17 0,93 0,10 0,04 0,06 0,18 0,04 -
% Reads F3 94,22 3,04 1,05 0,57 0,2 0,16 0,19 0,13 -
% Reads F7 94,64 2,74 0,86 0,68 0,19 0,20 0,14 0,10
Média 95,40 2,09 0,99 0,43 0,31 0,19 0,14 0,13 -
Desvio Padrão 1,38 0,94 0,12 0,26 0,19 0,03 0,07 0,07 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono) dos anos hidrogeológicos 2017 (F1 e F3) e 2018 (F5 e F7), respetivamente, verifica-se que o hidrogenoma desta água é extremamente estável.
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
O género Thiofaba é o mais abundante, seguido do Ectothiorhodospira.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits)
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thiovirga sulfuroxydans e Ectothiorhodospira imhoffii. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre.
0,830
258
F5
1,113
284
F3
0,465
54
F7
0,383
51
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
F1
pH
HS-
SO42-
NH4+ mg/L
Na+
F-
F1
Thiofaba, Ectothiorhodospira
8,15
3,0
4,8
0,34
112
16
F5
Thiofaba, Ectothiorhodospira
7,91
3,4
9,5
0,31
117
17
F3
Thiofaba, Ectothiorhodospira
8,03
3,6
14,0
0,33
118
18
F7
Thiofaba, Ectothiorhodospira
8,01
3,8
13,0
0,40
118
17
Bacillus thuringiensis, Bacillus licheniformis, Acinetobacter calcoaceticus, Staphylococcus sp. E Acinetobacter calcoaceticus.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
21
Distrito: Leiria Concelho: Caldas da Rainha Freguesia: Nossa Senhora do Pópulo
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuti ticcas: aparelho respiratório, reumáticas e músculo -esqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 27-08-2019 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, cloretada sódica Composição secundária: Sulfatada cálcica Mineralização total: 2934,6 mg/L - Hipersalina Condutividade elétrica: 4220 µS/cm pH: 6,94 Temperatura máxima registada: 34 o C - Mesotermal
GEOLOGIA
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO
Localização:
Bacias Meso-Cenozóicas da Orla Ocidental Portuguesa
Fixado - Portaria 26/2003, DR 9, Série I-B, 11-01-2003
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Caldas da Rainha:
De águas termais, confinado, selado no topo por camadas argilosas do Jurássico Superior e a oeste pela unidade evaporítica e pela falha que separa estas duas unidades e que facilita a ascensão da água emergente em diversas nascentes conhecidas ao longo
Unidades aquíferas:
No interior do vale ti tiffónico das Caldas da Rainha: • Sistema aquífero livre superfi ficcial - sedimentos pliocénicos pouco consolidados de espessura e produtividade apreciável. • Sistema aquífero confi fin nado inferior - complexo das margas de Dagorda onde circulam águas fortemente mineralizadas. tiffónico: Bordo oriental do vale ti • Sistema aquífero superior - formações areníticas e argilosas da unidade "Grés superiores", em geral de fraca permeabilidade. • Sistema aquífero confinado intermédio - formações de calcários margosos do jurássico superior, “Camadas de Alcobaça” de fraca permeabilidade, por onde circula o recurso hidromineral; • Aquífero confi fin nado inferior - calcários do jurássico médio em geral muito produtivos.
Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas:
• Aluviões (Quaternário) - ocorrem nas planícies aluviais das
principais linhas de água.
• Pliocéncio - areias, argilas , lignitos e diatomitos. • Grés Superiores (Jurássico Superior) - argilitos, arenitos e
conglomerados.
• Camadas de Alcobaça (Jurássico Superior) - alternâncias com-
plexas de calcários margosos e arenosos, arenitos calcários, calcários bioclásticos e oolíticos e níveis margosos. • Margas de Dagorda (Triásico Superior-Hetangiano) - arenitos, siltitos e argilitos com níveis de evaporitos (gesso, anidrite, sal-gema). • Rochas ígneas - filões de dolerito olivínico de cor cinzenta esverdeada escura.
O circuito da água terá origem na infiltração das águas meteóricas no flanco ocidental da Serra dos Candeeiros A estrutura geológica local permite o escoamento subterraneamente ao longo do sinclinal de A-dos-Francos onde atingirá profundidade estimada em 1,6 km. O extenso e profundo trajeto subterrâneo permite que a água adquira temperatura elevada (estimada em 60 ºC) e vários tipos de mineralização proporcionados pelas diversas litologias atravessadas. As particularidades geológicas permitem a ascensão da água quente e mineralizada junto à falha que limita a oeste o mesmo sinclinal e a este o anticlinal evaporítico das Caldas da Rainha.
Carta geológica:
Tectónica:
Estruturas tectónicas regionais: • Sinclinal de A-dos-Francos, que se estende para leste por mais de 15 km até à serra dos Candeeiros, influencia o fluxo regional das águas termominerais. • Anticlinal diapírico das Caldas da Rainha constitui atualmente um extenso vale preenchido por sedimentos pliocénicos, cujos bordos salientes se apresentam em monoclinal com fortes inclinações. • Falha N-S com inclinação de 40° a 60° para este, põe em contacto jurássico superior com sedimentos evaporíticos.
22
Hidrogenoma
Adaptada da folha 26D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1959
HM-14 CALDAS DA RAINHA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Epsilonproteobacteria e Gammaproteobacteria. Classe Epsilonproteobacteria Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Alphaproteobacteria Nitrospira Deltaproteobacteria Clostridia Bacilli Actinobacteria
% Reads F1 84,65 1,08 10,61 1,23 0,61 0,49 0,36 0,30 -
% Reads F5 87,66 5,59 2,41 1,18 1,89 0,29 0,27 0,13 -
% Reads F3 71,42 24,81 0,51 1,48 0,88 0,13 0,24 0,11
% Reads F7 93,35 5,31 0,07 0,45 0,36 0,06 0,05 0,09 -
Média 84,27 9,20 3,40 1,09 0,94 0,28 0,26 0,22 0,11 -
Desvio Padrão 9,30 10,61 4,91 0,44 0,67 0,30 0,12 0,11 0,03 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono) dos anos hidrogeológicos 2017 (F1 e F3) e 2018 (F5 e F7), respetivamente, estas revelam significativa consistência, apesar da amostra F1 apresentar maior representatividade do género Arcobacter.
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
O género Sulfuricurvum caracteriza o bacteroma desta água sulfúrea, seguido dos géneros Arcobacter, Sulfurimonas, Sulfurospirilum e Thiovirga, permitindo caracterizar com grande robustez este hidrogenoma.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sulfuricurvum kujiens, Thiovirga sulfuroxydans, Sulfurospirillum arcachonens, Sulfurimonas paralvinellae e Arcobacter marinus tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca de várias formas de enxofre. Incluem microrganismos halófi fillos.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos
F1
Arcobacter, Sulfurimonas
F5
Sulfuricurvum, Sulfurospirillum
F3
Sulfuricurvum, Thiovirga
F7
Sulfuricurvum, Sulfurospirillum
F1
1,27
103
F5
1,43
208
F3
1,44
208
F7
0,99
30
Microrganismos Isolados em Laboratório -
Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
pH
HS
SO42-
+
NH4 mg/L
+
-
Na
F
711
1,4
680
1,3
-6,88
3,6
580
0,70 --
6,97
4,4
559
1,00
Bacillus thuringiensis, Exiguobacterium sp., Bacillus idriensis, Exiguobacterium aquaticum, Bacillus aquimaris, Staphylococcus sp., Sphingopyxis sp, Brevundimonas vesicularis, Brevundimonas mediterranea, Pseudomonas sp.,Blastomonas natatória e Brevundimonas sp.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
23
Distrito: Lisboa Concelho: Cascais Freguesia: Estoril
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho músculo-esqueléticas e pele.
respiratório,
reumáticas
e
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
Dados da análise completa de 24-05-2010 Quimismo: Cloretada Composição principal: Cloretada sódica Composição secundária: Sulfidratada Mineralização total: 6584 mg/L - Hipersalina Condutividade elétrica: 9530 µS/cm pH: 7,02 Temperatura: 36,4 o C - Termal
GEOLOGIA Localização: Bacias Meso-cenozóicas da orla ocidental portuguesa Rochas sedimentares do Mesozóico
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 74/2018, DR 51, Série II, 13-03-2018
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Termas do Estoril: Desenvolve-se nas unidades calcárias do cretácico inferior sendo a unidade Calcários recifais e calcários com Chofattelas e Dasicladáceas a que apresenta maior permeabilidade a qual é conferida por fraturas verticais de orientação N-S, muitas preenchidas por rochas filonianas. A maior permeabilidade verificada nos calcários é possivelmente devida à existência de carsificação. Unidades aquíferas: Admite-se a existência de três sistemas aquíferos sobrepostos: • Um sistema superficial de fraca espessura constituído por formações aluviais e por arenitos e argilas da parte superficial da unidade "Grés Superiores" das Camadas de Almargem, onde circulam águas superficiais frias com baixa mineralização. • Um sistema intermédio sem fronteiras bem definidas onde há uma mistura das águas superficiais frias com o recurso hidromineral mais profundo e quente. Apresenta um aumento da temperatura e da mineralização total com a profundidade. • Um sistema profundo de água mineral natural imediatamente abaixo do anterior e sem fronteiras bem definidas, caracterizado pela ocorrência de água mineral natural das Termas do Estoril com mineralização elevada e temperatura a rondar os 35 °C. Modelo conceptual do sistema aquífero: O recurso tem origem nas águas meteóricas que se infiltram, a partir da Serra de Sintra localizada a N, nas unidades mesozóicas que apresentam inclinações, por vezes próximas da vertical, o que favorece a infiltração a elevadas profundidades.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
O fluxo subterrâneo é facilitado pela existência de numerosas falhas e fraturas Unidades geológicas: verticais de direção N-S, permitindo a aquisição de mineralização e • Rochas sedimentares do Cenozóico temperatura. Aluviões – preenchem as principais linhas de água A ascensão da água mineral é facilitada por falhas de direção N-S, muitas • Rochas sedimentares do Mesozóico preenchidas por filões, sendo captada a profundidades superiores a 130 m. Cretácico Superior: calcários e margas ("Belasiano”) Carta geológica: Cretácico Inferior: nível superior das Camadas de Almargem ("Grés Superiores") - arenitos e argilas • R o ch a s f i l o n i a n a s Filões de rochas básicas por vezes muito alteradas e em geral com orientação N-S, cortam as unidades cretácicas. Tectónica: Do ponto de vista tectónico assinala-se a existência de falhas com direção aproximada de N-S por vezes ocupadas por linhas de água e numerosas fraturas com a mesma direção, muitas delas preenchidas por rochas filonianas. As unidades cretácicas apressentam-se em estrutura monoclinal com inclinações suaves para SE, correspondente ao flanco sul do anticlinal dissimétrico de Bicesse-Manique. Adaptada da folha 34C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1999
24
Hidrogenoma
HM-15 TERMAS DO ESTORIL Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Actinobacteria na F1 e Alphaproteobacteria na F5. Classe Alphaproteobacteria Actinobacteria Sem classifi ficcação Clostridia Deltaproteobacteria Nitrospira Brocadiae Gammaproteobacteria Betaproteobacteria
% Reads F1
% Reads F5
% Reads F3
% Reads F7
AC5-1 11,83 29,57 10,91 11,24 8,81 7,00 5,2 3,44 -
AC3-A 41,52 7,00 9,08 8,56 6,95 4,68 5,98 3,41
-
-
Média
Desvio Padrão
Assinatura Hidrobiómica
26,68 18,29 10,00 9,90 7,88 5,84 5,59 -
20,99 15,96 1,29 1,90 1,32 1,64 0,55 -
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
outono 2ª colheita - F3
1ª colheita - F1
Relativamente à classificação ao nível do género, na amostra F1 - captação AC5 (primavera, 2017) verifica-se o equilíbrio entre os géneros, sem dominância, mas com elevada percentagem sem classificação neste grupo taxonómico. Na amostra F5 - captação AC3-A (primavera, 2018) confirma-se um padrão de composição ao nível da comunidade semelhante ao anterior.
NA
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
NA
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas em F1, captação AC5-1 são: Thermodesulfovibrio thiophilus, Candidatus Scalindua brodea, Magnetospirillum bellicus, Thermodesulfatator atlanticus, Planifilum fimeticola e Novosphingobium hassiacum. As espécies mais representativas em F5, captação AC3-A são: Rhodovibrio sodomensis, Candidatus Scalindua brodae, Candidatus Liberibacter solanacearum, Parvibaculum lavamentivorans, Thermodesulfovibrio thiophilus, Thermodesulfatator atlanticus, Aurantimonas coralicida e Chlorobaculum limnaeum.
F1 F5
pH
SO42-
Na+
Thermodesulfovibrio, Caldicellulosiruptor Parvibaculum, Rhodovibrio
F3
NA
F7
NA
F1
1,79
212
F5
2,54
355
F3
--
--
F7
--
--
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
Clmg/L
Mg2+
Ca2+
Bosea sp.,Brevibacterium sp.e Brevibacterium frigoritolerans.
--6,99
389
1764
3250
103
328
--
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
25
Distrito: Beja Concelho: Moura Freguesia: União das freguesias de Moura (Santo Agostinho e São João Baptista) e Santo Amador
UTILIZAÇÃO ENGARRAFAMENTO: T i p o d e á g u a e n g a r r a fa d a : Gaseificada (com adição de CO2).
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização: Zona de Ossa-Morena - sector de Montemor-Ficalho
Dados da análise completa de 20-02-2019 Quimismo: Bicarbonatada Composição principal: Bicarbonatada cálcica Composição secundária: Silicatada Mineralização total: 637 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 698 µS/cm pH: 7,18 Temperatura: 19,8o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 27-A/2016, DR 32, Série I, 16-02-2016
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de Pisões-Moura: Suportado por rochas sedimentares do miocénico, em comunicação hidráulica com aquíferos inferiores suportados por rochas xistentas, dolomíticas e outras de idade Precâmbrico-Paleozóico . Tem características de aquífero livre a semi-cativo com produtividades muito variáveis. Unidades aquíferas: • Aquífero instalado na cobertura cenozóica da zona de Moura. • Aquífero constituído pelas unidades precâmbricas e paleozóicas do soco, estende-se na direção NE SW e alimenta o aquífero superior. Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Holocénico: aluviões • Miocénico: Complexo de Moura constituído por 3 unidades: - Calcários de Moura - calcários esbranquiçados, mais ou menos compactos e por vezes argilosos - Depósitos de detritos grosseiros - arenitos de grão grosseiro e cimento argiloso e lentículas de conglomerados. - Arenitos de Moura - arenitos de grão fino e cimento argilomargoso • Silúrico superior-Devónico inferior: Complexo Filonítico de Moura ("Xistos de Moura”) -xistos siliciosos com intercalações de rochas vulcânicas e liditos. Tectónica: • A cobertura cenozóica apresenta-se quase indeformada, apenas com um ligeiro basculamento para W, resultado da atuação de movimentos alpinos. • O padrão de deformação do substrato precâmbricopaleozóico é bastante complexo, devido à atuação de diversas fases de deformação hercínicas e anteriores. O soco autóctone Precâmbrico-Paleozóico inferior forma uma estrutura anticlinorial com plano axial NW-SE, sobreposto pela unidade alóctone dos “Xistos de Moura” de idade Silúrico-Devónico. • Vários acidentes tectónicos maiores contribuem para o padrão altamente deformado dos terrenos mais antigos.
26
Hidrogenoma
O sistema aquífero de Pisões-Moura é um sistema complexo constituído por um subsistema inferior, confinado, instalado em unidades paleozóicas constituída por xistos, quartzitos, vulcanitos e rochas carbonatadas, que está em ligação hidráulica com um subsistema suprajacente de unidades miocénicas constituídas por calcários, arenitos e argilas. As nascentes originais do recurso emergem das unidades miocénicas, as quais de acordo com dados de sondagens posteriores, revelam espessura da ordem de 20 a 40 m. O recurso hidromineral além de ser captado diretamente nos sedimentos do miocénico, é também captado, com características idênticas nas unidades precâmbricas/paleozóicas subjacentes. Carta geológica:
Adaptada da folha 43B da Carta Geológica de Portugal à escala 1.50 000, LNEG-1970
HM-17 PISÕES-MOURA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria. Classe Alphaproteobacteria Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Clostridia Deltaproteobacteria Actinobacteria Nitrospira Brocadiae Thermoleophilia Thermodesulfobacteria Synergistia
% Reads F1 43,68 19,49 33,23 1,09 0,33 0,55 0,26 0,46 -
% Reads F5 23,81 5,55 6,07 14,93 7,45 6,92 6,63 6,06 -
% Reads F3 9,14 15,26 8,21 14,63 8,95 10,54 7,40 5,5 -
% Reads F7 14,22 42,12 4,88 7,13 4,49 4,90 3,41 3,33
Média 22,71 20,61 13,10 9,45 6,96 5,67 3,79 2,88 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 15,24 15,49 13,49 6,64 2,27 4,26 3,44 3,71 -
Espécies Exclusivas
F3
Hits (>5)
Paenibacillus anaericanus
17
Shewanella gaetbuli
8
Flavobacterium columnare
13
Paenibacillus odorifer
5
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono) dos anos hidrogeológicos de 2017 (F1 e F3) e de 2018 (F5 e F7), verifica-se que a percentagem de leituras (Reads) sem classificação é elevada para as amostras F1, F3 e F5. Os géneros Sphingomonas, Candidatus Tammella Thermodesulfovibrio, Thermodesulfatator fazem parte constituinte do hidrogenoma desta água, no entanto a sua representatividade varia em cada amostra estudada. Em F1 os géneros Acidovorax e Pseudomonas são maioritários e não estão identificados nas restantes amostras.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sphingomonas panni, Methylonatrum kenyense, Candidatus Tammella caduceiae, Thermodesulfovibrio thiophilus, Candidatus Scalindua brodae, Sphingopyxis chilensis, Thermodesulfatator atlanticus e Chondromyces pediculatus. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns podem uti tillizar nitratos e outros ter aplicabilidade em processos de biorremediação de compostos xenobióti ticcos.
F1 F5 F3 F7
pH
HCO3-
NO3-
Sphingomonas, Acidovorax Sphingopyxis, Candidatus Scalindua Thermodesulfovibrio, Methylonatrum Thiofaba, Sphingopyxis
F1
2,18
182
F5
2,73
495
F3
2,64
740
F7
1,82
221
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
2+
Ca NH4 mg/L
+
SO42-
Bacillus licheniformis, Sphingobium sp., Ensifer sp., Sphingopyxis chilensis e Sphingopyxis sp.
-7,11
374
20
107
0,05
18
7,13
369
20
98
<0,05
18
7,18
377
17
96
<0,05
17
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
27
Distrito: Castelo Branco Concelho: Covilhã Freguesia: Unhais da Serra
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas músculo-esqueléticas, aparelho digestivo e aparelho circulatório.
e
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 18-08-2017 Quimismo: Sulfúrea S u l f ú r e a , b i c a r b o n atada sódica Composição principal: Composição secundária: Carbonatada, fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 266 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 308 µS/cm pH: 8,69 Temperatura: 36,1 o C - Termal
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica - Zona de contacto entre a série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica tardi a pós variscos, e o Grupo das Beiras.
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 43/2017, DR 21, Série I, 30-01-2017
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de Unhais da Serra: Semi-confinado a confinado, desenvolve-se na unidade granito porfiróide de grão grosseiro muito fraturado, sendo a permeabilidade do tipo fissural em geral média. Unidades aquíferas: • Depósitos aluvionares e fluvio-glaciares, constituem um sistema aquífero superficial, descontínuo, com permeabilidade intersticial geralmente elevada. • Rochas graníticas muito fraturadas e esmagadas por ação da falha ManteigasVilariça-Bragança, constituem o sistema aquífero hidromineral de permeabilidade média; • Xistos e grauvaques com permeabilidade baixa, e quase nula nas proximidades do contacto com o granito. Modelo conceptual do sistema aquífero: A recarga do sistema hidromineral ocorre a montante da concessão, nos terrenos graníticos, sendo que as águas meteóricas escoam em profundidade ao longo do sistema de falhas abertas que se desenvolve até grandes profundidades. A profundidade de circulação e os tempos de residência elevados, conferem ao recurso o quimismo e a temperatura que o caracterizam. A descarga verifica-se devido à conjugação de fatores topográficos e estruturais.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Aluviões - areias e outros materiais detríticos. • Depósitos fluvio-glaciares - calhaus e detritos finos. • Rochas metassedimentares - Complexo Xisto-Grauváquico: filitos, xistos e metagrauvaques, passando a xistos mosqueados na proximidade do contacto com os granitos. • Granitóides hercínicos, tardi a pós orogénicos - Granito biotítico, porfiróide de grão grosseiro, com cristais de feldespato bem desenvolvidos. - Granito de duas micas não porfiróide de grão grosseiro a médio. - Granito de duas micas não porfiróide de grão fino. • Filões de quartzo Tectónica: A concessão localiza-se na extremidade sul da megaestrutura designada por falha Manteigas-Vilariça-Bragança, que se estende por 200 km na direção NNE-SSW. Toda a estrutura é condicionada por este sistema de falhas e suas conjugadas. O vale da ribeira de Unhais está condicionado por este sistema de falhas. O granito encontra-se muito fraturado e diaclasado sendo a direção NE-SW a direção estrutural mais representativa. As fraturas frequentemente prenchidas por filões de quartzo apresentam orientação geral NW-SE e NESW
.
28
Hidrogenoma
Carta geológica:
Adaptada da folha 20B da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1975
HM-18 UNHAIS DA SERRA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria e Nitrospira em F5. Classe Gammaproteobacteria Nitrospira Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Clostridia Alphaproteobacteria Actinobacteria Deinococci Thermotogae Bacilli Epsilonproteobacteria Bacteroidia
% Reads F1 98,84 0,08 0,43 0,34 0,02 0,13 0,05 0,02 -
% Reads F5 18,76 37,97 12,23 8,10 5,39 3,18 2,24 5,17 -
% Reads F3 80,63 3,1 11,50 1,19 0,18 0,51 1,89 0,28 -
% Reads F7 84,80 2,93 9,30 0,76 0,49 0,35 0,19 0,33
Média 70,76 11,02 7,08 3,63 2,77 2,13 1,01 0,97 -
Desvio Padrão 35,53 18,02 5,86 5,74 4,62 2,82 1,24 1,48 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
Na classificação ao nível do género, na amostra F1 (ACP1), verifica-se que praticamente a totalidade da comunidade bacteriana é composta por Thiovirga, havendo a participação minoritária de outros géneros. No entanto, existe uma reorganização da população microbiana na amostra F5 em que o género Thermodesulfovibrio tem maior representatividade e o valor de géneros não classificados é também mais elevado.
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comparando as amostras F3 e F7 (US1), conclui -se que estas são também maioritariamente compostas pelo género Thiovirga, destacandose outros géneros, tais como, o Gallionela, o Rubrivivax e o Sterolibacterium.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thiovirga sulfuroxydans, Thermodesulfovibrio aggregans e Fervidobacterium islandicum. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos podem ter aplicabilidade em processos de degradação enzimáti ticca de polissacarídeos com a querati tin na, podendo estar relacionados com as indicações terapêuti ticcas referentes a doenças de pele.
F1 F5
Thiovirga, Hydrocarboniphaga Thermodesulfovibrio, Thiovirga
F1
0,36
38
F5
1,65
197
F3
0,93
189
F7
0,50
38
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
HS
SO42-
+
NH4 mg/L
Na
F
8,67
1,7
7,7
0,14
64
14
8,58
2,5
11,0
0,08
69
15
pH
-
+
-
Pseudomonas sp. e Pseudomonas fluorescens.
F3
Thiovirga, Gallionella
8,52
2,2
--
0,16
66
17
F7
Thiovirga, Thermodesulfovibrio
8,64
2,2
6,7
0,16
72
16
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
29
Distrito: Portalegre Concelho: Castelo de Vide Freguesia: São João Baptista
UTILIZAÇÃO ENGARRAFAMENTO: T i p o d e á g u a e n g a r r a fa d a : Mineral lisa.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica Sinclinal da Serra de S. Mamede
Dados da análise completa de 06-08-2015 Quimismo: Hipossalina Composição principal: Cloretada sódica Composição secundária: Silicatada Mineralização total: 49,97 mg/L - Hipossalina silicatada Condutividade elétrica: 40 µS/cm pH: 5,30 Temperatura: 14,8o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 116/2019, DR 74, Série I, 15-04
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero Ribeirinho e Fazenda do Arco: O circuito hidromineral está instalado nos quartzitos ordovícicos, que apresentam permeabilidade fissural devida ao sistema de falhas e diaclases de direção predominante N-S. O aquífero é confinado com fluxo vertical e situa-se a uma profundidade estimada em 30 a 100m, com gradiente para NW. O sistema tem várias descargas naturais sob a forma de nascentes a meia encosta, e algumas delas emergem dos xistos silúricos. Unidades aquíferas: • Série quartzítica de idade ordovícica, com permeabilidade fissural conferida por fraturação e diaclasamento, sendo as fraturas, no geral, abertas e sem preenchimento. • Níveis quartzíticos do silúrico de permeabilidade inferior, intercalados por níveis xistosos de permeabilidade baixa a muito baixa funcionando em geral como aquitardos.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Quaternário: depósitos de vertente e de fundo de vale. • Unidades metassedimentares do Paleozóico: Ordovícico: constituído na base por rochas arcósicas a que se segue uma espessa série quartzítica com algumas intercalações mais gresosas, que, pela sua dureza, forma a crista saliente na paisagem. Silúrico: Essencialmente constituído por xistos cinzentos ou negros e algumas intercalações mais quartzíticas. Tectónica: Destaca-se o sinclinal da Serra de S. Mamede, situando-se a área da concessão no flanco sudoeste desta estrutura. As unidades metassedimentares do paleozóico apresentam direção aproximada NNW-SSE (N 50oW) e inclinações da ordem de 60o para NE, aproximando-se por vezes da vertical. A xistosidade é, na maior parte da zona, coincidente, ou muito próxima da estratificação. O sistema de falhas presente tem direções NNW-SSE e NNESSW, destacando-se a falha de Castelo de Vide, uma falha de desligamento esquerdo que se encontra preenchida em grande parte por rocha filoniana de quartzo e que faz rejeitar horizontalmente a série ordovícica. Esta falha tem a direção NNW-SSE nas proximidades de Castelo de Vide, tomando a direção norte a norte desta vila e a direção NNE-SSW para sul. Localmente é responsável pela existência de inúmeras nascentes de água.
30
Hidrogenoma
Modelo conceptual do sistema aquífero: A recarga dar-se-á a partir das zonas mais elevadas da Serra de São Mamede sendo a infiltração potenciada pela estrutura local. As águas percolam em profundidade ao longo das fraturas que afetam os níveis quartzíticos com fluxo aproximadamente vertical e emergem na vertente da serra de castelo de vide colmatadas superiormente pelas camadas xistosas do Silúrico. Carta geológica:
Adaptada da folha 28-D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1972
HM-20 RIBEIRINHO E FAZENDA DO ARCO Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Alphaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Alphaproteobacteria Betaproteobacteria Acidobacteria Gammaproteobacteria Clostridia Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Actinobacteria Sphingobacteriia
% Reads F1 17,13 5,48 27,95 10,34 9,13 6,34 9,77 5,68 -
% Reads F5 27,05 45,93 5 2,76 3,58 3,36 2,09 4,96 -
% Reads F3 14,03 31,40 8,69 9,29 8,77 8,08 3,68 5,53 -
% Reads F7 75,28 5,14 1,4 2,69 3,25 3,84 1,82 0,94
Média 33,37 21,99 10,76 6,27 6,18 5,41 5,18 4,50 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 28,48 20,15 11,84 4,12 3,20 2,21 4,05 1,81 -
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono) dos anos hidrogeológicos de 2017 (F1 e F3) e de 2018 (F5 e F7), verifica-se que o hidrogenoma desta água é muito inconstante, não havendo estabilidade em termos de uniformidade na composição das populações microbianas. Esta água caracteriza-se por ter diferentes géneros representativos com proporção variável nas quatros amostragens, nomeadamente, o Cupriavidus, o Candidatus Koribacter, o Azospirillum, o Burkolderia e o Methylobacterium.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Methylobacterium radiotolerans, Cupriavidus basilensis, Oxalobacter vibrioformis, Burkholderia bryophila, Moorella glycerini e Methylobacterium mesophilicum. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação de xenobióti ticcos. Outros com a capacidade de degradar oxalatos, podem estar relacionados com as indicações terapêuti ticcas referentes a doenças renais.
F1
2,24
247
F5
2,76
456
F3
2,59
659
F7
2,76
456
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
pH
HCO3-
+
Na
-
Cl mg/L
NO3-
SO42-
F1
Candidatus Koribacter, Haliangium
5,28
3,6
4,7
7,0
1,6
1,8
F5
Cupriavidus, Burkholderia
5,23
4,1
4,8
7,2
1,7
1,9
F3
Oxalobacter, Cupriavidus
5,20
3,8
5,0
6,9
1,6
2,0
F7
Methylobacterium, Cupriavidus
5,19
4,1
4,9
7,0
1,7
2,1
Bacillus licheniformis, Cupriavidus sp., Staphylococcus warneri, Burkholderia sp. e Burkholderiaceae bacterium.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
31
Distrito: Vila Real Concelho: Murça Freguesia: Candelo
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas e pele.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 30-03-2016 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 430,1 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: -- µS/cm pH: 8,3 Temperatura: 35,3 o C - Termal
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica Zona de contacto de granitos hercínicos da série dos granitos de duas micas sin orogénicos com o Complexo XistoGrauváquico do Grupo do Douro.
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 89/2019, DR 59, Série I, 25-03-2019
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Caldas do Carlão: Granítico fraturado, extenso e profundo, com elevado tempo de residência. Tem artesianismo positivo com caudais moderados a elevados. Unidades aquíferas: • Granito alterado funcionando quer como aquífero poroso, quer como aquitardo, dependendo do grau de arenização local. • Granito fraturado com permeabilidade fissural • Xistos e grauvaques de permeabilidade reduzida ou nula, funcionando, neste caso, como selante de unidades aquíferas subjacentes.
Adaptado de Alencoão et al. (2005)
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Granitos hercínicos sin orogénicos: granito de duas micas, de grão fino a médio. • Complexo Xisto-Grauváquico (Grupo do Douro): xistos micáceos, luzentes e mosqueados com laminação fina paralela, alternando com metagrauvaques a metaquartzovaques, por vezes carbonatados (Formação de Desejosa - Câmbrico). • Filões de aplito-pegmatito - muito frequentes na zona de contacto das unidades anteriores. • Filões de quartzo.
Modelo conceptual do sistema aquífero: O sistema aquífero hidromineral das Caldas de Carlão tem origem nas águas meteóricas que se infiltram em pontos de cotas elevadas na região envolvente. As águas circulam a profundidades médias e têm tempo de residência elevado, dado que são praticamente desprovidas de trítio. A circulação tanto superficial como subterrânea dá-se de preferência de NE para SW. Várias emergências sob a forma de nascentes ocorrem na base da encosta N do vale encaixado do rio Tinhela, próximo da zona de contacto entre xistos e granitos. Estão no geral associadas a zonas de interseção das duas famílias de falhas predominantes, caracterizadas por corredores de intensa fraturação. Carta geológica:
Tectónica: Destacam-se duas famílias principais de falhas que compartimentam a região num reticulado onde se instala a rede hidrográfica: • NNE-SSW a NE-SW, a principal, com inclinação de 55 a 750 para NW. • WNW-ESE com inclinação de 55 a 750 para NNE A rede de drenagem orienta-se segundo estas direções, o que denota a influência tectónica na sua instalação. Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1.200 000, GeoPortal LNEG
32
Hidrogenoma
HM-21 CALDAS DO CARLÃO Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria (F1-F5), Alphaproteobacteria (F3) e Gammaproteobacteria (F7). Classe Betaproteobacteria Gammaproteobacteria Alphaproteobacteria Sem classifi ficcação Clostridia Deltaproteobacteria Anaerolineae Actinobacteria Epsilonproteobacteria Deinococci Ignavibacteria Bacilli Synergistia
% Reads F1 90,95
% Reads F5 81,48
% Reads F3 0,69
% Reads F7 8,78
Média 45,48
Desvio Padrão 47,32
3,49 1,06 0,70 1,16 0,96 0,30 0,34 -
0,54 8,11 1,35 1,90 1,07 0,67 0,53 -
1,03 53,63 28,85 6,57 4,54 1,21 1,04 -
75,02 0,29 8,51 1,13 3,82 0,25 0,25
20,02 18,33 11,54 3,02 2,86 1,02 0,59 -
36,69 30,58 12,08 3,08 1,59 0,08 0,54 -
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera), verifica-se que o bacteroma desta água incorpora os géneros Methyloversatilis e Thiobacillus, sendo o género Sulfuritalea predominante. No entanto, ao comparar as amostras F3F7 (outono), existe uma mudança na composição das comunidades microbianas. Em F3 predomina o género Methylobacterium e em F7 o Acinetobacter, não apresentando estabilidade na composição do respetivo bacteroma nestas amostras.
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Acinetobacter johnsonii, Thiobacillus denitrificans, Thiobacillus sajanensis, Thiobacillus thioparus, Methylobacterium mesophilicum e Methylobacterium radiotolerans. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização enzimáti ticca de enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42.). Alguns destes microrganismos podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação de compostos xenobióti ticcos.
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
0,88
64
F5
0,87
168
F3
1,68
218
F7
1,74
132
Microrganismos Eucariotas Identi tifi ficcados Rhodotorula mucilaginosa na amostra F5.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
pH
HS-
SO42NH4+ mg/L
Na+
Microrganismos Isolados em Laboratório
F1
Sulfuritalea, Methyloversatilis
--
F5
Sulfuritalea, Thiobacillus
--
F3
Methylobacterium, Desulfomonile
8,2
3,2
6,70
1,0
101
F7
Acinetobacter,Thiobacillus
8,2
3,2
6,62
1,6
103
Staphylococcus warneri e Sphingobium yanoikuyae.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
33
Distrito: Coimbra Concelho: Penacova Freguesia: Penacova
UTILIZAÇÃO ENGARRAFAMENTO: Produtos engarrafados: água mineral lisa
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 04-01-2016 Quimismo: Hipossalina Composição principal: Cloretada sódica Composição secundária: Silicatada Mineralização total: 32,6 mg/L - Hipossalina Condutividade elétrica: 46 µS/cm pH: 5,09 Temperatura: 19,9o C - Hipotermal
GEOLOGIA Localização:
Zona Centro-Ibérica - Sinclinal do Buçaco
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 98/2016, DR 78, Série I, 21-04-2016
HIDROGEOLOGIA
Sistema aquífero das Caldas de Penacova: Suportado por rochas quartzíticas fraturadas do Ordovícico inferior do flanco NE do sinclinal do Buçaco. A baixa solubilidade dos quartzitos confere ao recurso uma mineralização muito baixa. O fluxo hídrico subterrâneo faz-se de NW para SE a partir do vértice geodésico Portela de Oliveira. Unidades aquíferas:
Os quartzitos constituem o sistema aquífero principal, de tipo fissurado, destacando-se um sistema de circulação superficial não mineral e um sistema de circulação mais profunda de água mineral.
Adaptado de A. S. Oliveira ( 2019)
Modelo conceptual do sistema aquífero: Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas:
• Aluviões - depósitos de natureza argilo-arenosa • Depósitos de vertente - resultam da desagregação das rochas
ordovícicas e acumulam-se de forma caótica nas encostas ou na base dos relevos mais pronunciados. • Ordovícico inferior – quartzitos que constituem o relevo de dureza da serra do Buçaco, quartzitos com xistos alternantes, e metaconglomerados que assentam em discordância sobre o Complexo Xisto Grauváquico. • Neoproterozóico-Câmbrico - Complexo Xisto Grauváquico metagrauvaques, quartzitos impuros e filitos.
A recarga faz-se a partir das águas meteóricas infiltradas ao longo das fraturas e diaclases na zona aplanada e flancos da serra do Buçaco, a NW de Penacova. A circulação subterrânea, de NW para SE, é fortemente condicionada pela orientação da estrutura geológica. Presume-se que a profundidade máxima de circulação seja de 500 a 700 m. A descarga é controlada por fatores topográficos e tectónicos - o vale do Mondego e a falha de Penacova.
Carta geológica:
Tectónica:
Caracterizam a zona 2 elementos estruturais principais: o sinclinal do Buçaco orientado a NW-SE, cujo flanco NE constitui a serra do Buçaco e a falha de Penacova que constitui um ramo da megaestrutura de Penacova-Régua-Verín com mais de 200 km de extensão. A falha de Penacova de orientação N20-40oE, mergulhando subverticalmente para NW, é um desligamento esquerdo tardi varisco com componente normal de abatimento do bloco WNW e provoca um rejeito de mais de 1000 m no sinclinal do Buçaco. O rio Mondego encontra-se instalado ao longo desta falha. Ocorrem ainda falhas de menor dimensão e intenso diaclasamento com orientações sensivelmente paralelas à falha principal.
34
Hidrogenoma
Adaptada de Duarte, P. ( 2010)
HM-22 CALDAS DE PENACOVA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria, Alphaproteobacteria e Gammaproteobacteria. Classe Betaproteobacteria Alphaproteobacteria Gammaproteobacteria Actinobacteria Sem classifi ficcação Clostridia Nitrospira Deltaproteobacteria Epsilonproteobacteria
% Reads F1 52,69 8,74 7,05 11,16 3,37 4,19 8,08 2,17 -
% Reads F5 18,90 32,45 36,03 3,65 1,96 2,72 1,44 0,63 -
% Reads F3 28,85 10,58 22,12 2,88 11,54 5,77 5,77 7,69
% Reads F7 33,92 17,23 2,62 10,41 8,01 9,89 4,39 2,84 -
Média 33,59 17,25 16,96 7,03 6,22 5,64 4,64 2,85 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 14,18 10,77 15,21 4,36 4,39 3,09 3,33 2,15 -
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
Comunidades bacterianas por GÉNERO No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono) dos anos hidrogeológicos de 2017 (F1 e F3) e de 2018 (F5 e F7), verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela sua variabilidade na composição específica, devido às características físico-químicas desta água que não exercem uma pressão seletiva significativa sobre as comunidades presentes. Os géneros que constituem esta comunidade bacteriana variam de amostra para amostra. Pode-se, no entanto, referir que alguns géneros têm uma presença significativa em todas as amostras, tais como, o Gallionella, o Thiofaba, o Methylobacterium, o Actinoallomorus, o Thermoanaerobacter, o Paucibacter e o Sphingomonas.
primavera
1ª colheita - F1
3ª colheita - F5
outono
2ª colheita - F3
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sphingomonas oligophenolica, Methylobacterium radiotolerans, Thermoanaerobacter bacterinferii e Actinoallomurus luridus. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a capacidade de degradar polissacarídeos que pode relacionar-se com as indicações terapêuti ticcas associadas a doenças de pele. Alguns destes microrganismos podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação de xenobióti ti-cos.
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
2,40
232
F5
2,00
504
F3
1,97
29
F7
2,63
298
Microrganismos Eucariotas Identi tifi ficcados Exophiala pisciphila nas amostras F3 e F7.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
pH
HCO3-
Na+
Clmg/L
NO3-
SO42-
Microrganismos Isolados em Laboratório
F1
Gallionella, Nitrospira
--
F5
Thiofaba,
--
F3
Thiovirga, Thiobacillus
5,18
2,8
5,6
8,6
1,9
1,2
F7
Gallionella, Actinoallomurus
5,19
3,5
6,1
9,3
1,6
1,3
Herbaspirillum huttiense subsp. Putei, Herbaspirillum aquaticum, Bacillus thuringiensis, Acinetobacter johnsonii, Acinetobacter sp. e Herbaspirillum huttiense.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
35
Distrito: Porto Concelho: Penafiel Freguesia: Eja
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização: Zona Centro -Ibérica Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica tardi a pós orogénicos
Dados da análise completa de 01-12-2014 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 473 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 614 µS/cm pH: 8,87 Temperatura: 21 o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 203/2003, DR 56, Série I-B, 07-03-2003
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de entre-os-rios: A conjugação das evidências geológicas e morfotectónicas, em especial os contactos litológicos tectonizados, a convergência de sistemas de fraturação e o controlo morfoestrutural, permitem inferir a existência de “nós tectónicos” que poderão constituir boas armadilhas hidrogeológicas, das quais resultam a atual captação e as emergências naturais primitivas. Unidades aquíferas: • Um aquífero superficial, livre, instalado no nível superficial muito alterado a decomposto da rocha granítica e no solo residual granítico, e numa zona de fraqueza estrutural em profundidade, a qual desempenhará um papel importante na recarga dos aquíferos subjacentes. • Um aquífero livre a semi-confinado com circulação de águas normais nas zonas alteradas e na maior parte das zonas fissuradas do granito. • Um aquífero hidromineral profundo, confinado, excepto no local das emergências primitivas, junto às captações. Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Aluviões - desenvolvem-se essencialmente associadas à Ribeira de Matos. São depósitos de fundo de vale de matriz argilo-arenosa. • Rochas graníticas hercínicas tardi a pós tectónicas afloram duas fácies distintas: uma de granito porfiróide, de grão grosseiro, de duas micas, essencialmente biotítico, correspondente à unidade regional; outra, em pequenos afloramentos, de granodioritos e raros quartzodioritos biotíticos. • Rochas filonianas - representadas por diversos filões de microgranitos de duas micas, essencialmente biotíticos. Tectónica: A área é caraterizada fundamentalmente por três sistemas de fracturação regional deduzidos por análise fotogeológica: O sistema N-S a NNE-SSW - o mais contínuo e desenvolvido, materializado pelo vale da Ribeira de Matos ou pela orientação dos microgranitos; o sistema ENE-WSW a E-W; e o sistema NE-SW e NW-SE, o menos expressivo. O diaclasamento local é dominado pela atitude N20°E-subvertical, salientando-se ainda a ocorrência das seguintes atitudes: N5°E-subvertical, 30°E-subvertical, N70°E-subvertical, N140°E-70°NE e N120°E-subvertical.
36
Hidrogenoma
Em termos estruturais, as águas minerais de Entre-os-Rios resultam da convergência dos seguintes sistemas: a fracturação N-S a NNE-SSW; a fracturação ENE-WSW e ainda dos sistemas de fracturação regional NW-SE e NE-SW. Localmente, à escala do afloramento, as nascentes minerais primitivas ocorrem em zonas de forte diaclasamento, na dependência de fracturação N-S a N15°E e N60°-70°E, mas sobretudo de atitude N20°E-subvertical. Carta geológica:
Adaptada da folha 13B da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1963
HM-23 ENTRE-OS-RIOS Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria e Gammaproteobacteria. Classe Betaproteobacteria Gammaproteobacteria Flavobacteriia Deltaproteobacteria Sem classifi ficcação Alphaproteobacteria Clostridia Bacilli Actinobacteria Sphingobacteriia
% Reads F1 89,74 6,93 0,25 0,77 0,94 0,3 0,27 0,55 -
% Reads F5
% Reads F3 39,89 50,36 4,61 0,27 1,96 1,07 0,62 0,4 -
% Reads F7 11,02 63,08 8,13 12,56 1,77 1,05 0,65 0,41
Média 46,88 40,12 6,37 4,36 1,50 1,01 0,66 0,44 -
Desvio Padrão 39,82 29,44 2,49 7,10 0,64 0,09 0,38 0,19 -
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F3-F7 (outono) e analisando a F1 (primavera), verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado por três géneros mais representativos, o Thiofaba, o Methyloversatilis e o Sulfuritalea.
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
NA
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Methyloversatilis universalis, Denitratisoma oestradiolicum e Acinetobacter ursingii.
F1 F5 F3 F7
pH 8,2
SO42-
NH4+
Fe2+ Na+ mg/L
Cl-
14
0,96
0,10
150
63
230
140
62
180
NA Thiofaba, Methyloversatilis Thiofaba, Desulfocapsa
F1
1,86
70
F5
---
---
F3
1,32
414
F7
0,76
102
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes Dechloromonas, Ralstonia
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
HCO3-
Bacillus simplex, [Brevibacterium] frigoritolerans e Pseudomonas psychrotolerans.
-8,6
13
1,03
0,04 --
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
37
Distrito: Vila Real Concelho: Vila Pouca de Aguiar Freguesia: Bornes de Aguiar
UTILIZAÇÃO ENGARRAFAMENTO: Produtos engarrafados: água gasocarbónica, água gasocarbónica com sabores. TERMALISMO: Indicações terapêuti ticcas: Aparelho respiratório, pele, aparelho digestivo, doenças músculo-esqueléticas e metabólico-endócrinas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização:
Zona Centro-Ibérica - Granitos biotíticos pós-tectónicos
Dados da análise completa de 25-06-2015 Quimismo: Gasocarbónica Composição principal: Bicarbonatada, sódica Composição secundária: Fluoretada Mineralização total: 2766,3 mg/L - Hipersalina Condutividade elétrica: 2601 µSS/cm pH: 6,2 Temperatura: 17 o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 109/2016, DR 82, Série I, 28-04-2016
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Pedras Salgadas :
A água mineral emerge na bacia de Pedras Salgadas, uma depressão tectónica estreita e pouco profunda, de direção NNE-SSW, controlada pelo sistema de falhas de Penacova-Régua-Verín. O reservatório é bastante superficial pelo que a água apresenta baixa temperatura. A fase gasosa, essencialmente CO2, presente nesta água tem origem mantélica.
Unidades aquíferas:
• Sistema aquífero superfi ficcial descontí tín nuo - relacionado com os depósitos aluvionares do rio Avelames, de permeabilidade intersticial variável. • Sistema aquífero de águas superfi ficciais - zonas de alteração superficial do granito, de espessura e permeabilidade variáveis. • Sistema aquífero hidromineral - desenvolve-se em granito póstectónico, porfiróide de grão médio. Apresenta permeabilidade do tipo fissural descontínua e em geral baixa, condicionada pela fraturação do maciço granítico.
Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • • • • •
Aluviões de espessura variável que preenchem o vale de origem tectónica do rio Avelames. Terraços fl flu uviais - cascalheiras de clastos rolados Granito de Pedras Salgadas - granito pós-tectónico biotítico, porfiróide de grão médio. Granito de Vila Pouca de Aguiar - granito pós-tectónico, biotítico, porfiróide, de grão médio a grosseiro. Granito de Sabroso - granito pós-tectónico de grão fino
A água de origem meteórica infiltra-se em especial nas zonas mais permeáveis. As condições tectónicas locais, caracterizadas em especial pela existência de um sistema de falhas profundas, permitem o enriquecimento da água em CO2 proveniente das zonas superiores do manto terrestre , e, ao mesmo tempo, uma percolação lenta a profundidades moderadas, de que resulta a elevada mineralização, baixa temperatura e conteúdo em gás carbónico que caracterizam a água.
Carta geológica:
Tectónica:
O elemento estrutural dominante, responsável, não só pela geomorfologia, bem como pelo estabelecimento do circuito hidromineral, é o sistema de falhas de Penacova-Régua-Verin, com cerca de 200 km de extensão na direção NNE-SSW, que teve diversos episódios de movimentação ao longo do tempo geológico, sendo ainda ativo na atualidade. Outros sistemas de falhas presentes apresentam direções dominantes NE-SW, WNW-ESSE e N-S.
38
Hidrogenoma
Adaptada da folha 6D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1998
HM-28 PEDRAS SALGADAS Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Epsilonproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Epsilonproteobacteria Betaproteobacteria Deltaproteobacteria Sem classifi ficcação Clostridia
% Reads F1 43,26 39,66 9,24 2,48 0,73
% Reads F5 14,85 79,03 0,91 1,66 0,72
% Reads F3 82,37 12,77 0,85 1,07 0,53
% Reads F7 55,54 27,88 1,85 4,62 3,09
Média 49,01 39,84 3,21 2,46 1,27
Desvio Padrão 28,02 28,35 4,04 1,55 1,22
Bacilli Actinobacteria Gammaproteobacteria Alphaproteobacteria Methanomicrobia Mollicutes Ktedonobacteria
0,79 0,87 0,85 -
0,39 0,50 0,37 -
0,64 0,35 0,28 -
1,71 0,60 0,93
1,05 0,70 0,67 0,36 -
0,93 0,13 0,19 0,01 -
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono) dos anos hidrogeológicos de 2017 (F1 e F3) e de 2018 (F5 e F7), verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela estabilidade microbiológica.
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
É notória a presença maioritária dos géneros Rhodoferax, Sulfuricurvum, e Sulfurospirilum, permitindo caracterizar com grande robustez este hidrogenoma.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sulfuricurvum kujiense, Rhodoferax ferrireducens, Acidovorax temperans e Rhodoferax antarcticus. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos podem produzir pigmento.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
1,89
105
F5
1,27
211
F3
0,88
255
F7
1,13
177
Microrganismos Isolados em Laboratório pH
HCO3-
SO42-
2+
Fe mg/L
NH4
+
+
Na
F1
Sulfuricurvum, Rhodoferax
6,17
1809
4,9
0,20
3,0
550
F5
Rhodoferax, Sulfuricurvum
6,24
1934
5,4
0,19
3,2
599
F3
Sulfuricurvum, Sulfurospirillum
6,16
1861
5,0
0,21
3,1
557
F7
Sulfuricurvum, Rhodoferax
Microbacterium sp.,Schlegelella aquática, Thermus parvatiensis,Corynebacterium sp., Acinetobacter calcoaceticus, Bosea sp. E Planomicrobium sp.
--
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
39
Distrito: Leiria Concelho: Alcobaça Freguesia: Vestiaria
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: reumáticas e músculo-esqueléticas, pele e aparelho digestivo.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 11-01-2017 Quimismo: Cloretada Composição principal: Cloretada sódica Composição secundária: Sulfatada e cálcica Mineralização total: 3440 mg/L - Hipersalina Condutividade elétrica: 5230 µS/cm pH: 7,07 Temperatura: 28,3 o C - Mesotermal
GEOLOGIA Localização: Bacias Meso-Cenozóicas da Orla Ocidental Portuguesa Bacia Lusitaniana
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 144/2012, DR 49, Série II, 08-03-2012
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de Piedade: Suportado por unidades geológicas do Jurássico Superior margocarbonatadas, com permeabilidade fissural, ou, em parte, carsificada. Unidades aquíferas: • Aquífero aluvionar: sistema multicamada de natureza areno argilosa, com permeabilidade em geral do tipo poroso, alternado entre sistemas livres, semi-confinados, ou confinados, em geral de fraca espessura. • Aquífero greso-carbonatado: sistema fraturado, parcialmente carsificado, suportado pelas formações geológicas de idade Jurássico superior (“Camadas de Alcobaça” e “Grés Superiores”) de circulação profunda. • Aquitardos margo-evaporíticos: permeabilidade em geral muito reduzida. Modelo conceptual do sistema aquífero: • Recarga por infiltração de águas pluviais em amplas áreas de afloramento de terrenos jurássicos da Serra dos Candeeiros, localizada no extremo E do anticlinal diapírico das Caldas da Rainha, sendo canalizada para níveis mais profundos do maciço calcário, por via de falhas e de grandes fraturas sub verticais.. • A circulação de água, no seio do extenso sinclinal das Caldas da RainhaBenedita, estará condicionada pelos sistemas conjugados de falhas de orientação NNE-SSW e NNW-SSE e, sobretudo, pelas grandes fraturas NW-SE, tardi-hercínicas, reativadas pela compressão Bética. No trajeto poderá haver contacto com massas margo-evaporíticas injetadas na rede de fracturação conferindo o perfil típico às águas da Piedade. Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010 • Na parte final do circuito hidromineral, a interposição de uma barreira Unidades geológicas: • Aluviões - (Quaternário) - ocorrem na planície aluvial do rio geológica, de grande eficiência hidráulica, materializada pelas formações margo-evaporíticas do Vale das Termas da Piedade, obriga a água mineral Alcôa. • Camadas de Alcobaça (Jurássico Superior) - alternâncias a emergir. A emergência verifica-se na intersecção das fraturas dos complexas de calcários margosos e arenosos, arenitos sistemas conjugados de orientação N30o-40oE com a falha com a calcários, calcários bioclásticos e oolíticos e níveis orientação local WNW-ESSE. Carta geológica: margosos. • “Margas de Dagorda” (Triásico Superior-Hetangiano) arenitos, siltitos e argilitos com níveis de evaporitos (gesso, anidrite, sal-gema). TECTÓNICA: Na zona da concessão destacam-se as seguintes estruturas tectónicas regionais: • Anticlinal diapírico das Caldas da Rainha - atualmente constitui um extenso vale - o vale tifónico das Caldas da Rainha preenchido por sedimentos pliocénicos e aluviões, donde sobressaem pequenos afloramentos das "Margas de Dagorda" • Falha de orientação WNW-ESE com inclinação para SW, põe em contacto as Camadas de Alcobaça do Jurássico Superior com os sedimentos evaporíticos. Localmente destaca-se ainda: • Um sistema de falhas, de orientação predominante N 300-400E, com as quais estarão relacionadas exsurgências do recurso hidromineral. Adaptada da folha 26B da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1961
40
Hidrogenoma
HM-34 PIEDADE Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Nitrospira (F1) e Deltaproteobacteria. Clostridia e Alphaproteobacteria nas amostras F3 e F7. Classe Nitrospira Alphaproteobacteria Deltaproteobacteria Clostridia Sem classifi ficcação Betaproteobacteria Gammaproteobacteria Actinobacteria Deinococci Thermotogae Bacilli Ignavibacteria Chlorobia
% Reads F1 64,18 17,66 4,16 7,11 0,45 1,45 1,58 0,57 -
% Reads F5 34,79 18,90 18,39 8,52 2,83 2,09 2,89 1,54
% Reads F3 23,58 3,78 16,85 15,40 9,22 8,41 7,14 3,09 -
% Reads F7 11,91 29,84 9,14 7,18 19,76 4,10 2,21 4,47 -
Média 33,62 16,81 15,64 11,28 11,15 4,43 4,23 2,43 -
Assinatura Hidrobiómica*
Desvio Padrão 22,42 18,43 4,41 6,71 5,81 5,63 2,85 0,67 -
Espécies Exclusivas F3, F5
Hits (>5)
Desulfovibrio marinisediminis
167-27
F3, F5, F7 Acholeplasma parvum
9
*Hidrogenoma consolidado
Comunidades bacterianas por GÉNERO primavera 1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o hidrogenoma desta água é estável, apesar de apresentar significativa percentagem sem assignação taxonómica em todas as amostras. Este hidrogenoma é maioritariamente caraterizado pela presença do género Thermodesulfovibio, seguido do Clostridium e Desulfosarcina. Em F7 o género Methylobacterium apresenta maior representatividade.
outono
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thermodesulfovibrio aggregans, Methylobacterium radiotolerans Thermodesulfovibrio thiophilus, Desulfovibrio psychrotolerans, Azospira restricta, Desulfosarcina ovata, Blautia coccoides, Chlorobaculum limnaeum e Clostridium alkalicellulosi. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato 2(SO4 ). Alguns destes microrganismos podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação de compostos xenobióti ticcos.
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
1,75
153
F5
2,43
226
F3
2,65
448
F7
2,19
228
Microrganismos Eucariotas Identi tifi ficcados Cladosporium ramotenellum na amostra F7.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
pH
SO42-
NH4+ mg/L
Na+
Microrganismos Isolados em Laboratório
F1
Thermodesulfovibrio, Desulfosarcina
--
F5
Thermodesulfovibrio, Clostridium
7,13
308
0,17
880
F3
Thermodesulfovibrio, Clostridium
7,15
313
0,18
871
F7
Methylobacterium, Thermodesulfovibrio
Bacillus thuringiensis, Sphingobium sp., Acinetobacter sp., Blastomonas natatoria e Staphylococcus warneri.
--
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
41
Distrito: Porto Concelho: Penafiel Freguesia: S. Vicente do Pinhel
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculo-esqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 28-12-2017 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 517 mg /L - Fracamente mineralizada Condu_vidade elétrica: 620 µS/cm pH: 8,72 Temperatura: 19,9 o C - Hipotermal
GEOLOGIA Localização: Zona Centro Ibérica - série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós orogénicos
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 284/2005, DR 56, Série I-B, 21-03-2005
HIDROGEOLOGIA
Sistema aquífero das Termas de S. Vicente: A conjugação das evidências geológicas e morfotectónicas, em especial os contactos litológicos tectonizados, a convergência de sistemas de fraturação e o controlo morfoestrutural, permitem inferir a existência de “nós tectónicos” que poderão constituir boas armadilhas hidrogeológicas, das quais resultam a primitiva Nascente Termal e o furo Santo Agostinho. Unidades aquíferas: • Um aquífero superficial, livre, instalado no nível superficial muito alterado a decomposto da rocha granítica e no solo residual granítico, e numa zona de fraqueza estrutural em profundidade, a qual desempenhará um papel importante na recarga dos aquíferos subjacentes. • Um aquífero livre a semi-confinado com circulação de águas normais nas zonas alteradas e na maior parte das zonas fissuradas do granito. • Um aquífero hidromineral profundo, confinado, excepto no local da Nascente Termal e do Furo Santo Agostinho.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Aluviões - depósitos de fundo de vale, de matriz argilo-arenosa associados à Ribeira da Camba. • Rochas graníticas hercínicas: afloram na área da concessão duas fácies distintas: um granito porfiróide, de grão grosseiro, de duas micas, essencialmente biotítico, tardi tectónico; um granodiorito biotítico tardi a pós orogénico. • Rochas filonianas - representadas por diversos filões de microgranito de duas micas, essencialmente biotítico. Tectónica: A área é caraterizada por diversos lineamentos tectónicos regionais que definem o padrão geológico estrutural da área, distinguindo-se: o sistema N-S a NNE-SSW - o mais contínuo e desenvolvido, materializado pelo vale da Ribeira da Camba ou pela orientação dos microgranitos; o sistema ENE-WSW a E-W; e o sistema NE-SW e NW-SE, o menos expressivo. O diaclasamento local é dominado pela atitude N20°E-subvertical, salientando-se ainda a ocorrência das seguintes atitudes: N5°E, N30°E, N70°E e N120°E todas subverticais e ainda N140°E,70°para NE.
42
Hidrogenoma
Modelo conceptual do sistema aquífero: Em termos estruturais, as águas minerais de S. Vicente resultam essencialmente de: • A rede de drenagem na região das Termas de S. Vicente é condicionada pela litologia e pela tectónica, que se expressam num padrão de drenagem composto: dendritíco (com uma orientação preferencial N-S do curso de água principal-Ribeira da Camba) e por vezes angular (que se deve à conjunção de dois sistemas de fraturas orientados a NE-SW e NW-SE). • Neste contexto desenvolve-se um aquífero instalado nos depósitos aluvionares existentes na margem da Ribeira da Camba e o aquífero hidromineral desenvolvido no granito subjacente ao anterior. O aquífero aluvionar é composto por lodos, areias e cascalheiras, é de modo geral muito produtivo, sendo explorado geralmente por poços de pequena profundidade. • Por sua vez, o aquífero hidromineral desenvolve-se nos granitos, na dependência do complexo contexto tectónico desta zona. Carta geológica:
Adaptada da folha 9D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1981
HM-41 TERMAS DE SÃO VICENTE Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria, Deltaproteobacteria e Deltaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Deltaproteobacteria Betaproteobacteria Clostridia Sem classifi ficcação Actinobacteria Flavobacteriia Deinococci Sphingobacteriia Anaerolineae Spirochaetes Bacilli Anaerolineae
% Reads F1 25,21 12,80 17,94 5,33 8,62 10,55 5,93 3,06 -
% Reads F5 14,58 21,84 4,57 18,99 11,36 12,66 9,26 2,34 -
% Reads F3 66,97 4,90 10,64 1,58 3,33 6,63 1,88 0,81 -
% Reads F7 69,95 9,08 12,79 0,64 1,51 0,43 3,93 0,28
Média 44,18 12,16 11,49 6,64 6,21 5,87 2,91 3,37 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o hidrogenoma varia entre as amostras, no entanto destacam-se como característicos desta água os seguintes géneros: Thiofaba, Sulfuritalea e Thiobacillus. Em F3 o género Acinetobacter tem maior relevância. Em F1 e F5 a percentagem de leituras (Reads) sem assignação é elevada.
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 28,40 7,22 5,53 8,48 4,57 5,10 1,45 3,62 -
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera 1ª colheita - F1
outono 2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Outros géneros significativos que compõem a amostra F5 são o Treponema, Caldanaerobacter e Deinococcus.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Espécies Predominantes (> 100 hits)
Diversidade de Espécies
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Acinetobacter ursingii, Caldanaerobacter hydrothermalis, Acinetobacter johnsonii, Acinetobacter tjernbergiae, Acinetobacter oleivorans, Thiobacillus sajanensis, Acinetobacter rhizosphaerae e Acinetobacter gerneri. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação de xenobióti ticcos., assim como na produção de metabolitos com propriedades proteolíti ticcas úteis em doenças do foro cutãneo.
F1
1,56
165
F5
0,96
144
F3
2,04
401
F7
0,48
144
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
pH
HS-
SO42-
NH4+ mg/L
Fe2+
F1
Thiofaba, Sulfuritalea
--
F5
Thiofaba, Deinococcus
--
F3
Acinetobacter, Thiofaba
8,65
27
4,5
2,0
<0,01
F7
Thiofaba, Tiobacillus
8,63
27
3,6
1,7
0,05
Exiguobacterium aurantiacum, Bacillus licheniformis, Pseudomonas sp., Bacillus thuringiensis, Micrococcus yunnanensis, Acinetobacter johnsonii e Agrobacterium sp.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
43
Distrito: Viseu Concelho: Viseu Freguesia: S. João de Lourosa
UTILIZAÇÃO TERMALISMO Indicações terapêuti ticcas: aparelho respiratório, doenças reumáticas e músculo-esqueléticas. GEOTERMIA Uti tillização: climatização e água quente sanitária no balneário das termas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização:
Zona Centro-Ibérica - Granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós orogénicos.
Quimismo: Sulfúrea Dados da análise completa de 04-02-2015 Composição principal: Fluoretada, sódica fid dratada Composição secundária: Carbonatada, sulfi Mineralização total: 305 mg/L - Hipossalina Condutividade elétrica: 426 µS/cm pH: 8,3 Temperatura: 50 o C - Hipertermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 926/2009, DR 190, Série II, 30-09-2009
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero do Banho de Alcafache::
Pertence ao domínio hidrogeológico das águas minerais naturais sulfúreas da região das Beiras. Emerge na bacia hidrográfica do rio Dão, em granito porfiróide de grão médio, estando relacionado com as zonas de fratura originadas pela provável falha do rio Dão. A profundidade do reservatório confere-lhe temperatura elevada, que pode sofrer algum arrefecimento na ascensão, mantendo uma temperatura de emergência que ronda os 50°C.
Unidades aquíferas:
As características geológicas, geomorfológicas e hidrogeológicas, determinam localmente a existência de dois sistemas aquíferos: • Sistemas aquíferos superfi ficciais - livres, de águas normais pouco mineralizadas e de circulação superficial, com permeabilidade predominantemente do tipo fissural, instalados na zona de alteração das formações graníticas, com espessura muito variável. Sistema aquífero hidromineral profundo - semi-confinado a confinado, com permeabilidade do tipo fissural, condicionada pelo grau de fraturação do granito. Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas:
Granito de Alcafache - monzogranito biotíticomoscovítico, porfiróide, de grão médio tardi a pós tectónico relativamente à 3ª fase de deformação varisca. Tectónica: A intensa fracturação presente, reflete a importância da estrutura principal responsável pela instalação do rio Dão (localmente com direção N50°-N60°E). Esta não apresenta caixa de falha assinalável, tratando-se de uma zona larga de alteração que condiciona, para além das emergências de Alcafache, outras no alinhamento regional desta estrutura (NE-SW). A grande intensidade de diaclasamento, maioritariamente subparalela à direção da estrutura principal, indicia fortemente a existência da mesma. São de assinalar ainda outras orientações de diaclasamento que podem ser relevantes no contexto geral da circulação subterrânea (N65°70°E, N20°-40°W, NS e EW). •
44
Hidrogenoma
A zona de recarga parece situar-se nas zonas do Alto Dão e Alto Mondego, sendo que, após a infiltração em profundidade, as águas de origem meteórica enriquecem em mineralização e temperatura. A água de circulação subterrânea tem fluxo subvertical dominante na recarga e na ascensão, emergindo condicionada, quer pela falha do rio Dão, quer pela fracturação NW-SE que, loCarta geológica: calmente, parece ser dominante. As nascentes primitivas que ocorrem no vale do rio Dão estão orientadas sensivelmente a N80°W, brotando das fendas de uma faixa de granito orientadas nesta direção. Adaptada da folha 17A da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-2009
HM-49 BANHO DE ALCAFACHE Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Nitrospira Bacilli Actinobacteria Clostridia Alphaproteobacteria Epsilonproteobacteria Deltaproteobacteria
% Reads F1 22,76 74,49 1,53 0,33 0,17 0,09 0,30 0,11 -
% Reads F5 75,41 22,01 1,33 0,17 0,15 0,16 0,15 0,15 -
% Reads F3 91,88 4,14 1,10 1,33 0,23 0,19 0,39 0,17 -
% Reads F7 64,36 20,91 3,07 3,96 1,08 0,63 0,79 0,86
Média 63,60 30,39 1,76 1,45 0,62 0,34 0,31 0,28 0,14 -
Desvio Padrão 29,48 30,52 0,89 1,75 0,66 0,25 0,32 0,12 0,03 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), dos anos hidrogeológicos 2017 (F1 e F3) e 2018 (F5 e F7), verifica-se a mesma dinâmica na representatividade ao nível da classe e do género. O hidrogenoma desta água é caracterizado maioritariamente pelos géneros Tepidomonas, Thiofaba e Methyloversitilis, com representação do género Ectothiorodhospira com menor relevância.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Ectothiorhodospira imhoffii, Tepidimonas ignava, Methyloversatilis universalis, Thermodesulfovibrio aggregans, Denitratisomao estradiolicum, Schlegelella aquática, Thauera selenatis e Comamonas kerstersii. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-).
F1 F5 F3 F7
Methyloversatilis, Tepidimonas Thiofaba, Tepidimonas Thiofaba, Ectothiorhodospira Thiofaba, Methyloversatilis
pH
F1
1,852
110
F5
0,884
151
F3
0,628
246
F7
1,263
166
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
HS-
SO42-
HCO3- Na+ mg/L
Cl-
F-
37
17
--
Sphingobium sp., Loriellopsis cavernícola, Bacillus bataviensis, Bacillus mycoides, Acinetobacter sp. e Aerococcus sp.
-8,1
< 0,1
3,2
170
96
--
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
45
Distrito: Guarda Concelho: Mêda Freguesia: Longroiva
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas. GEOTERMIA: Aplicações: aquecimento ambiental.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
Dados da análise completa de 06-02-2017 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 449 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 544 µS/cm pH: 8,86 Temperatura: 46,6 o C - Hipertermal
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica Zona de contacto de granitos hercínicos de duas micas sin orogénicos com o Complexo Xisto-Grauváquico (Grupo do Douro).
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO
Fixado - Portaria 1360/2006, DR 232, Série I, 04-12-2006
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de Longroiva: Suportado por rochas graníticas de duas micas, sin tectónicas, muito fissuradas, semi-confinado, com permeabilidade fissural e artesianismo. Unidades aquíferas: • Depósitos aluvionares e de vertente, dão origem a aquíferos livres com permeabilidade intersticial. Não têm interferência com o sistema hidromineral. • Complexo Xisto-Grauváquico dá origem a um sistema impermeável, de produtividade muito baixa, e de extrema importância para o sistema hidromineral, uma vez que funciona de barreira à sua dispersão. • Granito de Mêda apresenta permeabilidade fissural e suporta dois sistemas aquíferos: - Um superficial e livre, relacionado com a zona de alteração superficial do maciço, onde circula água não mineral fria, apresentando fraca produtividade. - Um mais profundo de água mineral quente, confinado e profundo, com maior produtividade e com artesianismo. Modelo conceptual do sistema aquífero:
Unidades geológicas: • Aluviões - areias e argilas e algumas cascalheiras • Depósitos de vertente - calhaus e fragmentos de quartzo, e dos granitos encaixantes. • Arcoses de Vilariça - arenito argiloso passando superiormente a um arenito grosseiro, ambos feldspáMcos. • Complexo Xisto-Grauváquico (Grupo do Douro) - metagrauvaques e metaquartzovaques cinzento-escuros com finas intercalações de filitos cinzento-escuros a negros. • Granito de Mêda- de duas micas, de grão médio, sin orogénico. • Filões de quartzo Tectónica: A falha das Termas de Longroiva tem orientação geral NNE-SSW e movimentação de desligamento esquerdo. Pertence a um sistema de falhas subparalelas e subverMcais do qual faz parte a mega estrutura de Manteigas-Vilariça- Bragança. A aMvidade deste sistema de falhas originou um mosaico de blocos abaMdos e elevados, de que se destacam as depressões de Vilariça e de Longroiva, esta úlMma situada a Leste da zona das Termas, preenchidas por espessa camada sedimentos de idade cenozóica a actual. Ocorrem ainda outros sistemas de falhas com orientações predominantes ENE-WSW e WNW-ESE.
O estilo tectónico local condicionou a implantação da rede hidrográfica, que corre com frequência em vales de fractura facilitando a infiltração das águas superficiais a grandes profundidades. A circulação subterrânea é facilitada pela intensa fracturação do maciço granítico. Segundo o modelo proposto por Ferreira Gomes (2002) a água ascenderá da profundidade através do maciço granítico para ressurgir à superfície como água mineral próximo do contacto por falha entre xistos e granitos, que funciona com Carta geológica: barreira à dispersão da água.
Adaptada da folha 15C Carta Geológica de Portugal 1:50 000, LNEG-1990
46
Hidrogenoma
HM-53 LONGROIVA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Nitrospira Alphaproteobacteria Clostridia Deinococci Actinobacteria Flavobacteriia Nostocophycideae
% Reads F1 56,07 34,99 1,90 0,40 5,21 0,20 0,73 0,20 -
% Reads F5 7,66 31,00 8,27 10,62 21,33 11,22 3,44 3,59
% Reads F3 8,46 2,80 29,76 29,31 7,51 2,84 9,41 2,29 -
% Reads F7 8,17 10,41 29,00 5,26 4,49 23,86 4,93 3,27 -
Média 20,09 19,80 17,23 11,40 11,11 10,64 6,44 2,10 -
Desvio Padrão 23,99 15,63 14,27 12,65 8,98 11,51 4,93 1,28 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
Na classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), dos anos hidrogeológicos 2017 (F1 e F3) e 2018 (F5 e F7), verifica-se uma grande diversidade ao nível deste grupo taxonómico, devido à percentagem elevada sem classificação em F3-F7.
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No entanto, os géneros Desulfomonile, Ectothiorodospira e Thermodesulfobivrio apresentam presença significativa em pelo menos três das amostras (F3, F5 e F7).
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Desulfomonile tiedjei, Methyloversatilis universalis, Thermodesulfovibrio aggregans, Ectothiorhodospirahalo alkaliphila, Veillonella dispar, Methylobacterium radiotolerans, Methylobacterium mesophilicum, Pseudomonas plecoglossicida e Chondromyces pediculatus. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato 2(SO4 ). Alguns destes podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação e biodestoxifi ficcação.
F1 F5 F3 F7
pH
F1
2,209
109
F5
1,468
103
F3
1,972
141
F7
1,828
127
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes Pseudomonas, Dechloromonas Methyloversatilis, Thermodesulfovibrio Desulfomonile, Thermodesulfovibrio Methylobacterium, Thiobacillus
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
HS-
SO42-
HCO3-
CO3mg/L
NH4+
F-
Bacillus licheniformis e Bacillus mycoides.
-8,83
7,8
13
151
5,3
0,63
23
8,82
8,7
14
147
6,5
0,70
25
8,82
8,2
13
150
6,5
0,70
22
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
47
Distrito: Beja Concelho: Moura Freguesia: Moura
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: não definidas
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 10-07-2017 Quimismo: Bicarbonatada Composição principal: Bicarbonatada cálcica Composição secundária: Cloretada, sulfatada, sódica Mineralização total: 813,3 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 981 µS/cm pH: 7,12 Temperatura: 22 o C - Hipotermal
GEOLOGIA Localização: Zona de Ossa-Morena - sector de Montemor-Ficalho
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 116/2017, DR 55, Série I, 17-03-2017
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Termas de Moura: Do tipo cársico-fissurado, de grande extensão e elevada espessura, suportado por rochas carbonatadas da Formação Dolomítica e do Complexo Vulcano-Sedimentar de Ficalho-Moura, confinado na maior parte da sua extensão. Apresenta artesianismo repuxante. Unidades aquíferas: • Aquífero Moura-Brenhas - é recarregado por infiltração de água da Ribeira de Brenhas. • Aquífero dos Calcários de Moura - constituído pela cobertura cenozóica da zona de Moura. • Aquífero da Ribeira da Toutalga - confinado, situado na base da cobertura cenozóica. • Aquífero Moura-Ficalho - estende-se na direção NE SW entre Ficalho e Moura e suporta o recurso hidromineral. Modelo conceptual do sistema aquífero: O fluxo subterrâneo tem a direção dos eixos das dobras, ou seja NW-SE e sentido de SE para-NW. A emergência do recurso é controlada pela falha do Castelo de Moura. que funciona como barreira impermeável ao fluxo de circulação subterrânea, sendo também responsável pelo fluxo hídrico ascensional.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Aluviões quaternários • Miocénico de Moura: calcários e argilas • Silúrico superior-Devónico inferior: Complexo Filonítico de Moura ("Xistos de Moura”) - xistos siliciosos com intercalações de rochas vulcânicas e liditos. • Ordovícico Superior-Devónico: Complexo VulcanoSedimentar de Ficalho-Moura - mármores, xistos e calcoxistos, vulcanitos ácidos e básicos. • Câmbrico inferior: Formação Dolomítica-conglomerados arenosos, vulcanitos e mármores de grão muito grosseiro. Tectónica: Caracterizam esta zona sucessões de anticlinais e sinclinais com eixos orientados a NW-SE e, em geral, mergulhantes para NW, situando-se as Termas de Moura na zona axial da estrutura anticlinal de Enfermarias. Encontra-se muito deformada pela existência de vários acidentes tectónicos maiores que delimitam o sistema aquífero das Termas de Moura: A Norte o sistema de falhas Vidigueira-Moura de orientação aproximada E-W, a Sul o cavalgamento de Ferreira-Ficalho e a NE o carreamento de Sobral da Adiça. Destaca-se ainda a Falha do Castelo de Moura, responsável pela emergência do recurso hidromineral.
48
Hidrogenoma
Adaptado de Costa (2008)
Carta geológica:
Adaptada da Carta geológica de Portugal à escala 1.1 000 000, LNEG-2010
HM-60 TERMAS DE MOURA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria e Nitrospira. Classe Alphaproteobacteria Betaproteobacteria Clostridia Nitrospira Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Bacilli Thermodesulfobacteria
% Reads F1
% Reads F5
% Reads F3
% Reads F7 6,13 12,49 8,86 12,75 19,45 7,37 8,25 4,41
Média
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão
Espécies Exclusivas F7
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Hits (>5)
Azoarcus buckelii
7
primavera 1ª colheita - F1
No que respeita à classificação ao nível do género, na amostra F7, verifica-se que esta caracteriza-se pela dominância relativa do género Nitrospira seguido pelo Geobacillus e uma elevada percentagem de géneros não classificados.
outono 2ª colheita - F3
NA
NA
3ª colheita - F5
Outros géneros com representatividade equivalente são: Thermodesulfatator, Gallionella, Thermodesulfovibrio, Candidatus Scalindua e Sulfuritalea.
4ª colheita - F7
NA
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Espécies Predominantes (> 100 hits)
Diversidade de Espécies
A espécie mais representativa é a Thermodesulfatator atlanticus. As restantes espécies identificadas por metagenómica são: Bifidobacterium bombi, Candidatus Scalindua brodae, Candidatus Tammella caduceiae, Desulfurispora thermophila, Methylobacterium radiotolerans, Moorella glycerini, Nitrospira moscoviensis, Pelotomaculum isophthalicicum, Rhodoferax ferrireducens, Tepidanaerobacter syntrophicus, Thermodesulfovibrio aggregans, Thermodesulfovibrio thiophilus e Zoogloea oryzae.
pH
HCO3-
SO42-
NO3-
-
Cl
+
--
--
F5
--
--
F3
--
--
F7
1,793
342
Na
2+
Ca
Sphingomonas mucosíssima e Pseudomonas linyingensis.
mg/L
F1
NA
--
F5
NA
--
F3
NA
--
F7
Nitrospira, Geobacillus
7,12
F1
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
393
26
30
115
51
112
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
49
Distrito: Porto Concelho: Amarante Freguesia: Madalena
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica tardi a pós hercínicos.
Dados da análise completa de 31-08-2015 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, cloretada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 227,5 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 310 µS/cm pH: 9,56 Temperatura: 22,9 o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Por fixar
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Caldas das Murtas: Suportado por granito biotítico, porfiróide de grão grosseiro, com permeabilidade fissural, circulação profunda e artesianismo. Unidades aquíferas: • Formações aluvionares de permeabilidade intersticial cobrem, nos vales das principais linhas de água, as unidades graníticas. • Zonas de granito alterado com permeabilidade do tipo intersticial, muito descontínuas • Formações graníticas sãs, com permeabilidade por fratura, tanto mais elevada quanto maior a proximidade aos acidentes tectónicos locais. Modelo conceptual do sistema aquífero: A recarga resulta da infiltração das águas meteóricas ao longo da bacia hidrográfica do rio Tâmega. A circulação é profunda e a emergência dá-se em consequência dos acidentes tectónicos locais que funcionam, quer como agentes de percolação vertical criando zonas de permeabilidade no maciço granítico, quer como barreiras à sua dispersão. As exsurgências naturais existentes nesta zona, aparecem associadas à falha que condiciona o vale do Rio Tâmega numa faixa tectonizada com cerca de 1 km de largura.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: C e n o z ó i co : • Aluviões - areias e cascalheiras atuais preenchem as principais linhas de água. • Depósitos de terraços fluviais – dispoõem-se a diferentes cotas ao longo das linhas de água. Rochas Graníticas: • Granito de Amarante - granito essencialmente biotítico, porfiróide de grão grosseiro, pertencente à série dos granitos hercínicos tardi a pós orogénicos. Rochas filonianas: • Filões de aplito-pegmatito • Brechas graníticas soldadas por quartzo. Tectónica: Evidenciam-se dois importantes sistemas de falhas: • Um sistema de orientação NW-SE de que se destaca a Falha de Amarante integrada numa estrutura de maiores dimensões - a zona de cisalhamento dúctil de Malpica-Lamego. • Um sistema de orientação preferencial NE-SW de que se destaca a falha responsável pelo encaixe do rio Tâmega.
50
Hidrogenoma
Carta geológica:
Adaptada da folha 10C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1967
HM-62 CALDAS DAS MURTAS Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria, Clostridia e Gammaproteobacteria. Classe Betaproteobacteria Gammaproteobacteria Clostridia Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Spirochaetes Actinobacteria Nitrospira Alphaproteobacteria Mollicutes Anaerolineae
% Reads F1 95,35 0,37 1,18 0,76 0,15 0,49 0,22 1,04 -
% Reads F5 38,48 8,96 3,57 5,90 19,89 1,90 6,59 10,88
% Reads F3 2,98 27,04 22,03 8,41 11,32 8,28 4,38 2,41 -
% Reads F7 3,80 39,69 15,05 14,68 4,43 8,57 3,77 2,69 -
Média 35,15 16,34 11,71 10,84 8,22 5,57 4,72 3,54 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 43,41 20,67 11,88 9,42 8,48 5,21 3,53 1,20 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Espécies Exclusivas F3
Hits (>5)
Paenibacillus dendritiformis
11
primavera 1ª colheita - F1
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o hidrogenoma desta água é variável de acordo com a amostra analisada. Em F1-F5, como se pode observar pelos gráficos correspondentes, não existe dados estatisticamente significativos relativamente aos géneros predominantes. No entanto, destacam-se os géneros Ralstonia, Thiobacillus e Sulfuritalea. Em F3-F5 o género Treponema e o Tepidanaerobacter, também presente em F1, estão presentes em ambas as amostras. Em F7 o género Acinetobacter é maioritário.
outono 2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Espécies Predominantes (> 100 hits)
Diversidade de Espécies
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Bellilinea caldifistulae, Desulfomonile tiedjei, Desulfobulbus elongatus, Methyloversatilis universalis, Thiomonas intermedia, Treponema paraluiscuniculi, Tepidanaerobacter syntrophicus, Mycobacterium frederiksbergense, Ralstonia pickettii, Limnobacter litoralis, entre outras. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados Os microrganismos identi com a metabolização enzimáti ticca do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação, produzir de moléculas bioati tivvas (pigmentos), ter capacidade de silicifi ficcação e ter capacidade de degradar oxalatos que podem estar associados a indicações terapêuti ticcas relati tivvas a doenças renais.
-
F1 F5 F3 F7
Ralstonia, Thiobacillus Sulfuritalea, Bellilinea Treponema, Tepidanaerobacter
Acinetobacter, Treponema
pH
HS
SO42-
-
HCO3-
F
+
1,598
103
F5
2,201
326
F3
2,082
469
F7
2,285
161
Na
-
Cl
Pseudomonas sp., Bacillus sp., Bacillus licheniformis, Acinetobacter sp. e Acidovorax sp.
mg/L --
9,36
F1
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
3,0
6,5
24
65
72
17
36
67
29
-9,70
3,2
6,2
23
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
51
Distrito: Bragança Concelho: Vimioso Freguesia: Terronha
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculoesqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 09-06-2017 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfidratada Mineralização total: 424,4 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 572 µS/cm pH: 8,85 Temperatura: 17o C - Hipotermal
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica - zona de contacto de granitos sintectónicos com metassedimentos do Paleozóico autóctone, e do Complexo de Mantos Parautóctones da Zona de Galiza-Trás-os-Montes.
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Por fixar
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Termas da Terronha: Ocorre numa zona de contacto de rochas granitóides (granito de Caçarelhos) e rochas metassedimentares paleozóicas, com permeabilidade do tipo fissural e produtividade não muito significativa.
Unidades aquíferas:
• Sistema aquífero sub-superficial - associado à fracturação dos maciços de rochas cristalinas, aos meios porosos de arenização do maciço graníjco e de alteração dos maciços metassedimentares. • Sistema aquífero hidromineral – fraturado profundo, associado aos acidentes tectónicos de dimensão regional.
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: Afloram na área da concessão 3 unidades distintas: • Rochas graníticas hercínicas: Granito de Caçarelhos - granito de duas micas de grão médio, sintectónico • Metassedimentos autóctones: Formação Campanhó e Ferradosa - : xistos cinzentos silício carbonosos de idade silúrica. • Metassedimentos do Complexo de Mantos Parautóctones. Tectónica: Evidenciam-se duas importantes famílias de fraturas NNE-SSW a NE-SW e NW-SE a WNW-ESE, sendo a primeira a de melhor expressão, que se traduz principalmente por falhas e zonas de diaclasamento elevado. Normalmente são fraturas extensas, subverticais que atravessam todas as unidades líticas da área em causa. A família NE-SW a ENE-WSW, sendo menos extensa e menos representativa que as anteriores, assume um papel hidrogeológico importante.
52
Hidrogenoma
Modelo conceptual do sistema aquífero: O sistema hidromineral revela características cativas, desenvolvendose os fluxos subterrâneos através de fraturas NNE-SSW a NE-SW e NW-SE a WNW-ESE, que compartimentam os maciços rochosos em profundidade, criando condições hidráulicas favoráveis à infiltração, circulação profunda e ascensão de águas subterrâneas bem como à promoção de fenómenos de interação água/rocha. O contacto entre o granito de Caçarelhos e os metassedimentos constitui um domínio favorável do ponto de vista geohidráulico, e propicia a intensificação dos mecanismos de interação da água com as litologias presentes. Na sua componente vestigiária destacam-se elevados teores em boro, césio e tungsténio, para além de amónio, cujas concentrações elevadas podem estar relacionadas com fluidos geotérmicos. A zona mais favorável para a descarga do sistema hidromineral localiza-se na área de influência do contacto entre o granito de Caçarelhos e os metassedimentos conjuntamente com as famílias de fraturas presentes. Carta geológica:
Adaptada da Folha 2 da Carta Geológica de Portugal à escala 1:200.000, LNEG-2000
HM-66 TERMAS DA TERRONHA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Deltaproteobacteria Sem classifi ficcação Clostridia Nitrospira Bacilli Alphaproteobacteria Mollicutes Flavobacteriia Opitutae
% Reads F1 6,63 45,21 32,47 5,51 2,13 3,98 0,73 0,62 -
% Reads F5 74,43 11,50 7,25 1,78 0,58 0,85 2,19 0,30 -
% Reads F3 44,61 10,62 17,83 5,17 8,29 3,28 1,96 1,32 -
% Reads F7 90,39 3,90 1,02 1,05 1,39 0,09 1,52 0,12
Média 54,02 17,81 14,64 3,38 3,10 2,05 1,89 0,52 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 36,85 18,58 13,76 2,29 3,52 1,87 0,34 0,30 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Espécies Exclusivas
NA
primavera 1ª colheita - F1
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela estabilidade microbiológica, apresentando claramente o género Thiovirga como o mais representativo, com exceção em F1. Nesta primeira amostra (F1), os géneros com maior expressão são o Desulfobulbus e Methyloversatylis.
Hits (>5)
outono 2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thiovirga sulfuroxydans, Desulfobulbus elongatus, Methyloversatili suniversalis, Thermodesulfovibrio thiophilus, Nitrosococcus watsoni, Denitratisoma oestradiolicum, Ectothiorhodospira imhoffii, Desulfosarcina ovata, Geobacter lovleyi e Gallionella ferrugínea. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação.
F1 F5 F3 F7
HS-
SO42-
HCO3-
8,4
12
8,87
3,8
8,71 8,62
pH
F1
1,820
103
F5
1,181
332
F3
2,114
557
F7
0,457
95
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes Desulfobulbus, Methyloversatilis Thiovirga, Thiofaba Thiovirga, Desulfobulbus Thiovirga, Methyloversatilis
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
Fmg/L
Na+
Cl-
145
16
126
67
14
160
16
128
64
8,9
15
134
16
121
57
6,5
15
134
14
111
53
Pseudomonas sp., Bacillus licheniformis, Pseudomonas stutzeri e Acidovorax sp.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
53
Distrito: Castelo Branco Concelho: Penamacor Freguesia: União das freguesias de Aldeia do Bispo, Águas e Aldeia de João Pires
UTILIZAÇÃO TERMALISMO Indicações terapêuti ticcas: aparelho respiratório, doenças reumáticas e músculo-esqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização:
Zona Centro-Ibérica - Granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós orogénicos. Maciço granítico de Penamacor-Monsanto
Dados da análise completa de 12-03-2018 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, bicarbonatada sódica Composição secundária: Fluoretada, sulfi fid dratada Mineralização total: 311,9 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 299 µSS/cm pH: 7,76 Temperatura: 19,2 o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 373/2017, DR 240, Série I, 15-12-2017
HIDROGEOLOGIA
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas:
Aluviões - constituídos por areias e cascalheiras, de fraca espessura, preenchem os vales das principais linhas de água. • Maciço graníti ticco de Penamacor - constituído por diversas fácies de granitos de duas micas, porfiróides, de grão médio a grosseiro, com graus de alteração variáveis. pertence à série dos granitos variscos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós orogénicos. •
Sistema aquífero das Termas das Águas : Granítico, fissurado, com permeabilidade e produtividade muito variáveis e dependentes do grau de fraturação do granito, confinado a semi-confinado, com o topo situado a profundidade abaixo dos 20 m. Unidades aquíferas: À escala regional, na zona envolvente da concessão das Termas das Águas, estão presentes três unidades hidrogeológicas, tendo em conta os tipos litológicos, os elementos estruturais e as unidades geomorfológicas: • As formações graníti ticcas que constituem o maciço granítico de PenamacorMonsanto, onde ocorre o sistema aquífero das Termas das Águas, apresentam, quer permeabilidade do tipo fissural, baixa a média, nas zonas em que o granito se apresenta mais fraturado, quer permeabilidade do tipo intersticial nas zonas em que se apresenta arenizado. • As formações metamórfi ficcas que envolvem o maciço granítico constituídas pelos xistos e metagrauvaques do Complexo Xisto-Grauváquico, e pela auréola de metamorfismo de contacto, constituem um sistema de permeabilidade muito reduzida, podendo apresentar alguma permeabilidade ao longo das fraturas que as afetam. • As formações aluvionares de permeabilidade intersticial alta e de reduzida espessura constituem um sistema aquífero livre e superficial associado às linhas de água da região.
Modelo conceptual do sistema aquífero:
O maciço granítico de Penamacor-Monsanto corresponde a uma zona morfologicamente deprimida, facto que favorece a infiltração das águas provenientes da precipitação atmosférica, considerada, nesta zona, modesta ao longo do ano. A nível local, a recarga do sistema aquífero profundo das Termas das Águas faz-se nas zonas mais afetadas pelo vasto conjunto de extensas fraturas verticais, sem preenchimento e de direção preferencial N40oE, ou nas zonas em que o granito se apresenta mais arenizado. A emergência do recurso hidromineral está relacionada com a provável falha das Termas das Águas de atitude N85ºE, e com um conjunto de falhas de direções N40ºE e N60ºW. Carta geológica:
Tectónica:
O maciço granítico encontra-se intensamente fraturado, estando as principais direções estruturais orientadas a NE-SW, NNE-SSW, N-S e ENE-WSW. A linha de água que atravessa a área da concessão corre num vale de fratura associado ao principal acidente tectónico da região, a designada falha de Fonte Santa, uma falha de direção ENE-WSW, com a qual estarão relacionadas as emergências das Termas das Águas. Adaptada de Neiva & Costa Campos, 1992
54
Hidrogenoma
HM-67 TERMAS DAS ÁGUAS Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Epsilonproteobacteria Alphaproteobacteria Deltaproteobacteria Sem classifi ficcação Clostridia Actinobacteria Nitrospira Bacilli
% Reads F1 7,06 62,55 4,81 10,46 5,14 2,73 2,27 1,17 -
% Reads F5
% Reads F3 91,36 2,35 3,61 0,40 0,22 0,97 0,25 0,15 -
% Reads F7 69,89 3,13 21,7 0,87 1,49 0,34 0,33 0,54
Média 56,10 22,68 10,04 5,43 2,08 1,73 0,95 0,75 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 43,81 34,53 10,12 7,11 2,67 0,90 1,14 0,59 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F3-F7, verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela estabilidade microbiológica. Observa-se a presença maioritária do género Thiovirga, a significativa representatividade do Sulfuricurvum e, por sua vez, a menor expressão do Limnobacter e Sulfospirilum, permitindo caracterizar com grande robustez este hidrogenoma.
NA
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thiovirga sulfuroxydans, Sulfuricurvum kujiense, Leucothrix mucor e Limnobacter litoralis. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-).
pH
F1
Limnobacter, Sulfuritalea
7,60
F5
NA
F3 F7
Thiovirga, vum Thiovirga, vum
F1
2,506
195
F5
--
--
F3
0,772
390
F7
1,062
92
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
HS-
SO42-
2,4
8,0
HCO3Fmg/L 161
Na+
Cl-
3,7
73
12
Acinetobacter sp., Stenotrophomonas sp., Aeromonas salmonicida subsp. Achromogenes e Acinetobacter lwoffii.
-SulfuricurSulfuricur-
7,61
2,3
8,2
163
3,9
76
12
7,82
2,1
5,3
173
3,2
74
12
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
55
Distrito: Braga Concelho: Vizela Freguesia: São Miguel e São João
UTILIZAÇÃO TERMALISMO Indicações terapêuti ticcas: aparelho respiratório; doenças reumáticas e músculo-esqueléticas; doenças da pele. GEOTERMIA Uti tillização: aquecimento de piscina, climatização e produção de água quente sanitária.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 20-02-2015
GEOLOGIA Localização:
Zona Centro-Ibérica - Série dos granitos biotí títi ticcos tardi-tectónicos próximo do contacto com as unidades parautóctones e alóctones da Zona de Galiza-Trás-os-Montes.
Quimismo: Sulfúrea Composição principal: bicarbonatada, sódica fid dratada Composição secundária: flu fluoretada, cloretada, sulfi Mineralização total: 373,61 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 412 µS/cm pH: 9,4 Temperatura: 47,6 o C - Hipertermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Fixado - Portaria 91/2019, DR 59, Série I, 25-03-2019
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Caldas de Vizela:
Tem origem profunda estimada em 3000-3300 m e temperatura elevada.. Permeabilidade fissural elevada e artesianismo repuxante com pressões nas captações que podem ser elevadas. A falha de Vizela, de direção NNW-SSE, conjuntamente com as suas conjugadas de direção NE-SW, são as principais estruturas responsáveis pelas nascentes termais das Caldas de Vizela.
Unidades aquíferas:
Sistema aquífero de águas superfi ficciais - de produtividade em geral baixa, constituído pela camada superficial de granito arenizado, com permeabilidade intersticial elevada, coberto em parte por aluviões de baixa permeabilidade. Sistema aquífero hidromineral - suportado por granito biotítico porfiróide, de grão grosseiro, em geral muito fraturado pela existência de acidentes tectónicos mais ou menos profundos que, funcionarão, quer como condutas permeáveis que permitem uma rápida ascensão do recurso, quer como barreiras impermeáveis, possibilitando a existência de blocos de permeabilidade e produtividade variáveis.
Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: •
•
Depósitos aluvionares de natureza arenosa e siltoargilosa, por vezes com calhaus. Granito de Guimarães e Santo Tirso - granito biotítico, porfiróide, de grão grosseiro, tarditectónico. Em geral muito fraturado e com diferentes níveis de alteração, por vezes muito arenizado e caulinizado.
As águas de origem meteórica infiltram-se de preferência nas zonas de cotas mais baixas e preferencialmente nas áreas mais arenizadas e tectonizadas do maciço granítico. Os sistemas de falhas mais profundos permitem que as águas atinjam profundidades elevadas onde adquirem temperatura elevada promovendo também tempos de residência elevados. Os mesmos acidentes tectónicos facilitam a rápida ascensão das águas mineralizadas, que mantêm a temperatura elevada à superfície.
Carta geológica:
Tectónica:
Dois importantes sistemas de falhas rejogaram nos diversos episódios tectónicos que afetaram a região, podendo alguns deles permanecer ativos na atualidade. O primeiro tem orientação preferencial NNW-SSE. Com esta direção ocorre a Falha de Vizela. O segundo sistema de falhas tem orientação NESW a NNE-SSW. Ocorrem ainda diversos sistemas de diaclases, quase sempre sem preenchimento, sendo dominantes as direções N15±50W e N700±100E, ambas subverticais. Adaptada da folha 9B da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1986
56
Hidrogenoma
HM-68 CALDAS DE VIZELA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Thermodesulfobacteria e Deinococci. Classe Thermodesulfobacteria Deinococci Sem classifi ficcação Clostridia Gammaproteobacteria Nitrospira Deltaproteobacteria Betaproteobacteria Actinobacteria Alphaproteobacteria Epsilonproteobacteria Anaerolineae Acidobacteria Sphingobacteriia Planctomycetia Ignavibacteria
% Reads F1 4,66 17,23 6,43 3,60 6,01 3,85 3,97 45,49 -
% Reads F5 81,24 5,66 1,23 1,04 1,07 3,68 0,49 3,87 -
% Reads F3 23,41 21,68 11,79 10,74 4,57 3,03 3,81 5,93 -
% Reads F7 12,87 30,65 13,21 10,34 6,2 3,61 3,37 3,12
Média 39,17 17,66 14,45 7,45 5,13 4,43 4,21 3,56 -
Desvio Padrão 36,81 18,38 6,80 4,72 5,03 2,91 0,51 0,48 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Assinatura Hidrobiómica Espécies Exclusivas F3
Hits (>5)
Porphyromonas bennonis
5
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 e F3-F7, verifica-se que o hidrogenoma destas água varia. Este é caracterizado pela presença maioritária do género Thermodesulfatator e com menor representação pela presença do Thermodesulfovibrio. Em F1 o género Sphingomonoas tem uma percentagem muito significativa neste bacteroma, seguido do Thermus e do Edafobacter que marcam também presença em F3 e F7.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Espécies Predominantes (> 100 hits)
Diversidade de Espécies
As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sphingobium amiense, Edaphobacter modestus, Sphingobium cloacae, Acinetobacter rhizosphaerae, Halanaerobacter chitinivorans, Thermodesulfatator atlanticus, Meiothermus granaticius, Edaphobacter modestus, entre outras.
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
1,805
700
F5
0,808
126
F3
2,222
383
F7
1,718
179
Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes podem ter aplicabilidade em processos de biorremediação e produzir moléculas bioati tivvas com propriedades quiti tin nolíti ticcas com eventual aplicação cosméti ticca e em doenças de pele.
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros F1 F5 F3 F7
Sphingobium, Thermus Thermodesulfatator, Rhodothermus Thermodesulfatator, Acinetobacter Thermus, Thermodesulfatator
pH 9,2
HS-
SO42-
6,7
8,6
HCO3Fmg/L
Na+
Cl-
73,9
24
91
28
Sphingomonas sp., Bacillus simplex, Sphingomonas paucimobilis, Microbacterium proteolyticum, Acinetobacter calcoaceticus e Bacillus thuringiensis.
-9,3
9,1
26
70,4
23
94
33
9,1
8,9
8,8
74,6
22
92
32
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
57
58
Hidrogenoma
HM-69 GRANJAL Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Gammaproteobacteria, Deltaproteobacteria e Betaproteobacteria. Classe Gammaproteobacteria Deltaproteobacteria Betaproteobacteria Nitrospira Sem classifi ficcação Clostridia Alphaproteobacteria Actinobacteria Thermotogae Flavobacteriia
% Reads F1 13,41 52,15 8,09 7,54 9,70 2,71 1,41 2,58 -
% Reads F5 41,67 8,50 37,67 0,92 1,84 0,67 5,07 1,05
% Reads F3 69,35 3,42 23,63 1,82 0,15 0,44 0,16 0,25 -
% Reads F7 14,62 32,32 2,67 14,81 13,83 12,34 2,37 3,06 -
Média 34,76 24,10 18,02 7,76 6,80 3,97 2,32 1,61 1,42 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o género Desulfobulbus está presente em todas as amostras em diferentes proporções, assim como os géneros Thiofaba, Kushneria, Thermodesulfovibri, Thiomonas e Thiotrix, fazendo parte da dinâmica da comunidade microbiana desta água.
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 26,49 22,55 15,83 6,95 5,98 5,69 1,99 2,05 1,65 -
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Em F7 apresentam-se valores muito elevados de leituras (Reads) de géneros sem classificação.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Desulfobulbus elongatus, Thermodesulfovibrio aggregans, Thiovirga sulfuroxydans, Thiomonas intermedia, Thiomona sperometabolis, Desulfovibrio psychrotolerans, Methyloversatilis universalis, Thiothrix lacustris e Thiothrix caldifontis. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com Os microrganismos identi a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-).
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
1,652
327
F5
1,692
166
F3
1,462
184
F7
1,666
243
Microrganismos Eucariotas Identi tifi ficcados Aspergillus versicolor na amostra F5.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
pH
HS-
SO42-
HCO3Fmg/L
Na+
Cl-
F1
Desulfobulbus, Kushneria
--
F5
Thiothrix, Thiomonas
--
F3
Thiovirga, Thiofaba
9,16
9,6
32
138
28
157
74
F7
Thermodesulfovibrio, Desulfobulbus
9,05
9,6
9,2
139
27
155
72
Microrganismos Isolados em Laboratório Chryseobacterium taiwanense, Pantoea sp., Exiguobacterium aurantiacum, Bacillus thuringiensis, Acinetobacter radioresistens, Bacillus licheniformis, Bacillus tequilensis, Bacillus djibelorensis, Bacillus sp., Exiguobacterium sp. e Acinetobacter johnsonii.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
59
Distrito: Leiria Concelho: Óbidos Freguesia: Gaeiras
UTILIZAÇÃO TERMALISMO Indicações terapêuti ticcas: não definidas
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 17-12-2010 Quimismo: Sulfúrea Composição principal: Sulfúrea, cloretada sódica Composição secundária: Sulfatada cálcica Mineralização total: 2400 mg/L - Hipersalina Condutividade elétrica: 3000 µS/cm pH: 7,14 Temperatura: 32,7 o C - Mesotermal
GEOLOGIA Localização:
Bacias Meso-Cenozóicas da Orla Ocidental Portuguesa Bacia Lusitaniana
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Não definido
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Termas das Gaeiras:
Localizado no bordo oriental do Vale Tifónico das Caldas da Rainha, ao longo da falha que separa as formações evaporíticas (Margas de Dagorda), dos calcários do Jurássico Superior (Camadas de Alcobaça). Confinado, selado no topo pelas camadas argilosas impermeáveis intercaladas nos arenitos dos "Grés Superiores" e a Oeste pela referida falha, que, em conjunto com a unidade evaporítica, serve de barreira impermeável, facilitando a ascensão da água e justificando a ocorrência de diversas nascentes conhecidas ao longo dela.
Unidades aquíferas: • Sistema
aquífero de águas superfi ficciais do interior do vale ti tiffónico - constituído por aluviões e sedimentos pliocénicos pouco consolidados. • Sistema aquífero de águas superfi ficciais - constituído pelos leitos arenosos dos "Grés superiores", confinados pelos níveis argilosos intercalados. • Sistema aquífero hidromineral - desenvolve-se a maior profundidade nas Camadas de Alcobaça. Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptado de G. Zbyszewsky, 1959
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas:
Aluviões (Quaternário) - ocorrem nas planícies aluviais das principais linhas de água. Pliocéncio - areias, argilas , lignitos e diatomitos. Grés Superiores (Jurássico Superior) - argilitos, arenitos e conglomerados. Camadas de Alcobaça (Jurássico Superior) - alternâncias complexas de calcários margosos e arenosos, arenitos calcários, calcários bioclásticos e oolíticos e níveis margosos. Margas de Dagorda (Triásico Superior-Hetangiano) - arenitos, siltitos e argilitos com níveis de evaporitos (gesso, anidrite, sal -gema). Rochas ígneas - filões de dolerito olivínico de cor cinzenta esverdeada escura. Tectónica: O elemento estrutural dominante é a estrutura diapírica das Caldas da Rainha, com orientação geral NNE-SSW e cuja origem se deve a fenómenos de tectónica diapírica despoletados pela existência de camadas de evaporitos na unidade designada Margas de Dagorda. Esta unidade contacta por falha com as unidades do jurássico superior que, no bordo oriental, local onde ocorrem as emergências do recurso das Termas das Gaeiras, se apresentam em estrutura monoclinal com inclinações de 300 a 600 para Este.
O circuito da água terá origem no flanco Ocidental da Serra dos Candeeiros, uma estrutura anticlinal cujo núcleo é formado por calcários do Jurássico Médio. A fracturação, as juntas de estratificação e o diaclasamento favorecem a infiltração das águas meteóricas. O circuito subterrâneo faz-se a diferentes profundidades, ao longo do sinclinal de A-dos-Francos, com cerca de 15 km de largura, atingindo uma profundidade estimada em 85 a 100m, onde adquire mineralização e temperatura. A água emerge no bordo oriental do Vale Tifónico das Caldas da Rainha, ao longo da falha que separa as Margas de Dagorda das unidades do Jurássico Médio-Superior. Carta geológica:
Adaptada da folha 26D da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1959
60
Hidrogenoma
HM-70 TERMAS DAS GAEIRAS Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Epsilonproteobacteria e Gammaproteobacteria. Classe Epsilonproteobacteria Gammaproteobacteria Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Alphaproteobacteria Nitrospira Clostridia Thermodesulfobacteria Bacilli
% Reads F1 36,75 54,61 2,52 0,08 0,67 1,04 0,449 0,448 0,11 0,256
% Reads F5 44,95 49,00 3,04 1,24 0,32 0,30 0,19 0,21 -
% Reads F3 36,75 54,61 2,52 2,22 0,67 1,04 0,45 0,45 -
% Reads F7 70,49 27,85 0,14 0,87 0,10 0,08 0,09 0,07
Média 47,24 46,52 2,06 1,10 0,55 0,62 0,36 0,30 0,10 0,16
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 15,98 12,72 1,30 0,89 0,20 0,49 0,15 0,18 0,01 0,13
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela estabilidade microbiológica. Observa-se a presença maioritária do género Thiovirga, seguido do Sulfurospirilum, Arcobacter, Sulfuricurvum, Thiofaba e Leucotrix, permitindo caracterizar com grande robustez este hidrogenoma.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sulfuricurvum kujiense, Thiovirga sulfuroxydans, Arcobacter marinus, Thiobacillus denitrificans e Leucothrix mucor. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com Os microrganismos identi a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos são halófi fittas.
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
1,145
302
F5
1,272
229
F3
1,249
343
F7
0,661
63
Microrganismos Eucariotas Identi tifi ficcados Penicillium sp. na amostra F3.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
pH
HS-
SO42-
HCO3Fmg/L
F1
Thiovirga, Sulfurospirillum
--
F5
Thiovirga, Sulfuricurvum
--
F3
Thiovirga, Sulfurospirillum
--
F7
Sulfurospirillum, Thiovirga
--
Na+
Cl-
Microrganismos Isolados em Laboratório Cloacibacterium sp., Bacillus thuringiensis, Paenibacillus glycanilyticus, Bacillus licheniformis, Brevundimonas sp. e Aeromonas sp.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
61
Distrito: Guarda Concelho: Fornos de Algodres Freguesia: Infias
UTILIZAÇÃO TERMALISMO: Indicações terapêuticas: aparelho respiratório, reumáticas e músculo-esqueléticas.
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização: Zona Centro-Ibérica Série dos granitos biotíticos com plagioclase cálcica, tardi a pós orogénicos.
Dados da análise completa de 04-03-2019 Quimismo: Hipossalina Composição principal: Bicarbonatada sódica Composição secundária: Silicatada Mineralização total: 75 mg/L - Hipossalina Condutividade elétrica: 73 µS/cm pH: 5,93 Temperatura: 14,7 o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Publicitado - Aviso, DR 41, Série II, 27-02-2018
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Termas de S. Miguel: Suportado por granito porfiróide de grão grosseiro, essencialmente biotítico, com permeabilidade fissural , confinado a semi-confinado. Unidades aquíferas: Um sistema aquífero superficial, livre, constituído por depósitos aluvionares com permeabilidade média do tipo intersticial, que, na zona da captação possui 7 m de espessura. Um sistema aquífero intermédio constituído por granito porfiróide de grão grosseiro, muito alterado, com permeabilidade do tipo intersticial muito baixa, o que lhe confere características de aquitardo. Um sistema aquífero profundo desenvolvido em granito porfiróide de grão grosseiro, pouco alterado a são, com permeabilidade do tipo fissural,conferida pelo elevado grau de fraturação, sendo em geral baixa, ou pontualmente mais elevada nas zonas de maoir fraturação relacionadas com acidentes tectónicos. É do tipo confinado a semi-confinado, sendo o confinamento superior imposto pela formação granítica superficial. Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: Distinguem-se 2 grupos de rochas graníticas (dos mais antigos para os mais modernos): • Granitos Sin Tectónicos relativamente a F3: - Granito essencialmente biotítico de grão fino • Granitos Tardi a Pós Tectónicos relativamente a F3: - Granito porfiróide de grão grosseiro - Granito porfiróide de grão médio - Granito de duas micas de grão médio • Afloram ainda rochas filonianas: - Filões de quartzo - Filões e massas aplito-pegmatíticas Tectónica: Toda a zona é cortada por um sistema de falhas subparalelas e subverticais, com orientação dominante NNE- SSW, mas também ENE-WSW e de cujo movimento resulta um conjunto de blocos abatidos e elevados. Em geral as zonas de falha correspondem a linhas de água preenchidas por aluviões atuais. Destacase a falha da ribeira das Infias por onde corre a ribeira do mesmo nome que atravessa a área da concessão com a direção NE-SW.
62
Hidrogenoma
Os declives suaves e o vasto conjunto de fraturas abertas existentes, constituem fatores favoráveis à infiltração das águas provenientes da precipitação atmosférica, que, em termos anuais, pode ser considerada modesta. As falhas profundas facilitam o transporte destas águas para maiores profundidades, bem como a circulação no interior do maciço e a acensão à superfície. Carta geológica:
Adaptada da folha 17BD da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1990
HM-71 TERMAS DE SÃO MIGUEL Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria, Gammaproteobacteria e Alphaproteobacteria. Classe Betaproteobacteria Gammaproteobacteria Alphaproteobacteria Sem classifi ficcação Actinobacteria Clostridia Sphingobacteriia Deltaproteobacteria Bacilli
% Reads F1 45,33 30,30 4,46 2,24 5,67 1,86 2,00 2,97
% Reads F5 63,75 4,95 17,32 4,14 1,41 1,33 1,32 1,04 -
% Reads F3 61,76 3,45 9,81 4,98 3,82 2,29 1,67 1,90 -
% Reads F7 23,78 21,70 9,81 7,41 6,67 4,83 4,7 4,03 -
Média 48,66 15,10 10,35 4,69 4,39 2,58 2,56 2,24 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela variabilidade na composição microbiológica. Em F3 e F7 apresentam-se valores significativos referentes aos géneros não classificados. Observa-se a presença maioritária do género Zooglea, estando também representado os géneros Janthinobacterium e Azohydromonas. Na amostra F1 o género Pseudomonas é o mais representativo, enquanto que em F5 é o Polaromonas.
Assinatura Hidrobiómica*
Desvio Padrão 18,52 13,08 5,29 2,14 2,31 1,55 1,86 1,27 -
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
F5
Pedobacter metabolipauper
5
F7
Microbacterium hominis
7
*Hidrogenoma consolidado
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Pseudomonas plecoglossicida, Oxalobacter vibrioformis, Zoogloea resiniphila, Zoogloea caeni, Pseudomonas parafulva, Curvibacter lanceolatus, Pseudomonas benzenivorans e Pseudomonas panipatensis. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com Os microrganismos identi a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos podem ter aplicação em processos de biorremediação, assim como degradar oxalatos que pode estar associado a indicações terapêuti ti-cas relacionadas com doenças renais (p.e cálculos renais).
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos
F1 F5 F3 F7
Géneros predominantes
pH
Pseudomonas, Zoogloea
5,92
Polaromonas, Azospirillum Zoogloea, Dechloromonas Thioalkalivibrio, Dechloromonas
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
2,631
478
F5
1,258
388
F3
2,513
597
F7
2,592
398
Microrganismos Isolados em Laboratório HCO3-
SO42-
NO3-
2+
+
-
Ca
Na
Cl
3,9
8,7
7,6
mg/L 22,7
1,0
6,9 --
5,98
19,5
0,9
6,8
3,8
9,0
7,2
6,25
21,8
1,1
5,9
4,7
9,4
7,9
Deinococcus geothermalis, Dyadobacter sp., Stenotrophomonas sp., Bacillus thuringiensis, Variovorax paradoxus, Burkholderia sp., Bacillus safensis, Paenibacillus sp., Caulobacter sp. e Rhodococcus sp.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
63
Distrito: Viana do Castelo Concelho: Vila Nova de Cerveira Freguesia: Sopo
UTILIZAÇÃO ENGARRAFAMENTO: Produtos engarrafados: não definido TERMALISMO: Indicações terapêuticas: não definidas
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA
GEOLOGIA Localização: Zona de contacto entre Zona Centro-Ibérica e Zona de Galiza-Trás-os-Montes Zona de contacto entre a série dos granitos variscos de duas micas Sin-Orogénicos, com o Complexo de Mantos Parautóctones.
Dados da análise completa de 01-04-2019 Quimismo: Hipossalina Composição principal: Bicarbonatada sódica Composição secundária: Silicatada Mineralização total: 141,2 mg/L - Hipossalina Condutividade elétrica: 108 µS/cm pH: 6,3 Temperatura: 17,5 o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Publicitado
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero de Vilar de Mouros: Semiconfinado a confinado, desenvolve-se na unidade granito de duas micas de grão médio ou grosseiro fraturado, sendo a permeabilidade do tipo fissural em geral média. Unidades aquíferas: • Granito alterado com permeabilidade baixa • Granito fraturado que suporta o sistema aquífero hidromineral. • Xistos e grauvaques com permeabilidade baixa, e quase nula nas proximidades do contacto com o granito, permitem o confinamento do sistema aquífero hidromineral mais profundo. Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas: • Complexo Parautóctone: Unidade do Minho Central e Ocidental (Zx) - xistos ampelitosos e xistos andaluzíticos de idade Silúrico. • Granitos variscos de duas micas sin-tectónicos Granito de duas micas de grão médio ou grosseiro, frequentemente com turmalina e concentrações biotíticas. • R o ch a s f i l o n i a n a s : Filões de aplito-pegmatito, tardi-variscos Tectónica: A região é afectada por um conjunto de falhas de direção NNE-SSW a ENE-SSW e NNW-SSW coincidentes com o traçado de várias linhas de água, tal como é o caso da Ribeira das Amoladouras. Muitas têm origem profunda tendo rejogado em sucessivos episódios tectónicos, o que deu origem a um mosaico de blocos elevados e abatidos, que condicionaram a rede hidrográfica e toda a morfologia da região. O contacto entre o maciço granítico do Monte de Góis e os xistos encaixantes é feito provavelmente por falha de orientação aproximada N-S.
64
Hidrogenoma
A principal zona de infiltração das águas meteóricas corresponde à bacia hidrográfica do Regato das Amoladouras, e em especial na zona de contacto por falha entre o granito e os xistos encaixantes, sendo ainda facilitada pela atitude da xistosidade próxima da vertical. Esta falha constitui também a principal estrutura de escoamento subterrâneo. O recurso hidromineral circula no maciço granítico fracturado. A existência de níveis impermeáveis correspondentes, quer às camadas xistentas, quer a fraturas colmatadas por material impermeável, permitem o seu confinamento ficando garantida a estabilidade físico-química da água. Carta geológica:
Adaptada da folha 1-C da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1962
HM-72 VILAR DE MOUROS Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria e Nitrospira. Classe Betaproteobacteria Nitrospira Sem classifi ficcação Actinobacteria Gammaproteobacteria Alphaproteobacteria Bacilli Deltaproteobacteria Clostridia Mollicutes Holophagae Nitriliruptoria Deinococci
% Reads F1 52,15 14,74 4,13 14,39 3,17 3,29 1,37 1,24 -
% Reads F5 38,86 10,23 13,62 3,18 6,68 6,19 3,98 4,28 -
% Reads F3 65,72 8,77 4,77 5,54 2,24 2,95 1,48 2,33 -
% Reads F7 53,02 10,12 8,83 3,29 2,23 2,06 2,08 2,14
Média 52,44 10,97 7,84 6,60 4,03 3,67 3,02 1,43 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 10,97 2,60 4,38 5,31 2,34 1,74 1,36 0,08 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verificam-se valores significativos para os géneros não classificados. Observa-se a presença maioritária dos géneros Gallionella e Thermodesulfovibrio, bem como outros com menor representatividade que compõem esta comunidade bacteriana, tais como, o Mycobacterium, o Propionivibrio e o Polaromonas que se destaca na amostra F5.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Thermodesulfovibrio thiophilus, Mycobacterium frederiksbergense, Gallionella ferruginea, Oxalobacter vibrioformis, Propionivibrio dicarboxylicus, Dechloromona shortensis, Thermodesulfovibrio aggregans, Geothrix fermentans, Mycobacterium pinnipedii, Propionivibrio pelophilus, Mycobacterium hackensackense e Euzebya tangerina.
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
1,676
489
F5
1,954
299
F3
2,086
786
F7
1,776
273
tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com Os microrganismos identi a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos podem ter aplicação em processos de biorremediação, assim como degradar oxalatos que pode estar associado a indicações terapêuti ticcas
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes F1 F5 F3 F7
Gallionela, Thermodesulfovibrio Polaromonas, Thermodesulfovibrio Gallionella, Thermodesulfovibrio Gallionella, Thermodesulfovibrio
Microrganismos Isolados em Laboratório pH
HCO3-
SO42-
-
2+
F Ca mg/L
+
Na
-
Cl
Bacillus sp., Pseudomonas reinekei, Stenotrophomonas maltophilia, Bacillus licheniformis, Pseudomonas sp., Paenarthrobacter sp. e Pseudomonas migulae.
--6,26
38,8
7,5
0,2
3,0
17
11
6,30
39,6
7,1
0,2
3,3
17
11
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
65
66
Hidrogenoma
HM-73 TERMAS DE SÃO TIAGO Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria e Gammaproteobacteria. Classe Betaproteobacteria Gammaproteobacteria Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Brocadiae Actinobacteria Nitrospira Clostridia Spirochaetes Mollicutes Bacilli Deinococci
% Reads F1 42,07 41,42 4,25 1,89 1 1,63 1,95 1,15 -
% Reads F5 82,17 8,03 2,91 0,61 1,21 1,03 0,64 0,52 -
% Reads F3 42,80 13,03 11,23 5,04 4,56 4,72 3,69 3,93 -
% Reads F7 66,12 2,79 9,47 4,99 2,51 1,41 2,48 1,41
Média 58,29 16,32 6,97 3,13 2,78 2,52 2,22 1,91 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que a percentagem de leituras (Reads) sem assignação taxonómica é elevada em todas as amostras. Apesar deste facto, a composição do hidrogenoma desta água sugere estabilidade microbiológica. Observa-se a presença maioritária dos géneros Ricketsiella, Bulkholderia, Gallionella, Ricketsiella e com menor representação a presença do Rhodocyclus. Estes resultados sugerem uma variação na representação dos géneros não predominantes, de acordo com a época de colheita. Assim, em F1-F5 destacam-se o Dechloromonas, o Propionivibrio e o Rhodocyclus, enquanto que em F3-F7 estão representados o Uglinosibacterium e o Thermodesulfovibrio.
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 19,45 17,25 4,01 2,24 2,52 1,57 1,35 1,77 -
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Uliginosibacterium gangwonense, Candidatus Scalindua brodae, Gallionella ferruginea, Burkholderia lata, Rhodocyclus purpureus, Thermodesulfovibrio thiophilus, Propionivibrio dicarboxylicus, Thermodesulfovibrio aggregans, Cystobacter, Oxalobacter vibrioformis, Dechloromonas hortensis, Gallionella capsiferriformans, Actinopolyspora indiensis, Burkholderia ubonensis, Psychrobacter halophilus, Brachyspira ibaraki, Treponema calligyrum, Planifilum fimeticola, Propionivibrio pelophilus e Burkholderia phenoliruptrix. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos podem ter aplicação em processos de biorremediação, assim como degradar oxalatos que pode estar associado a indicações terapêuti ticcas relacionadas com doenças renais (p.e cálculos renais).
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
1,596
155
F5
1,591
200
F3
2,274
628
F7
1,868
226
Microrganismos Eucariotas Identi tifi ficcados Cladosporium ramotenellum na amostra F1.
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes F1 F5 F3 F7
Rickettsiella, Burkholderia Burkholderia, Rhodocyclus Burkholderia, Uliginosibacterium Gallionella, Uliginosibacterium
pH
SO42-
HCO3-
Ca2+ Fe2+ mg/L
Na+
Cl-
--
Microrganismos Isolados em Laboratório Bacillus thuringiensis, Bacillus licheniformis, Microbacterium sp., Variovorax sp. e Rhodococcus sp.
--6,8
9
95,9
14
2,2
17
8,4
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
67
Distrito: Viseu Concelho: Tarouca Freguesia: Várzea da Serra
UTILIZAÇÃO ENGARRAFAMENTO Tipo de água engarrafada: não definida
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA Dados da análise completa de 09-07-2014
Várzea da Serra
Quimismo: Bicarbonatada Composição principal: Bicarbonatada sódica Composição secundária: - Mineralização total: 36 mg/L - Fracamente mineralizada Condutividade elétrica: 31,9 µSS/cm pH: 6,08 Temperatura: 10,6 o C - Hipotermal
PERÍMETRO DE PROTEÇÃO Não fixado
GEOLOGIA Localização:
Zona Centro-Ibérica - Granitos biotíticos pós-tectónicos
HIDROGEOLOGIA Sistema aquífero das Águas de Tarouca: Granítico, fissurado, com permeabilidade e produtividade muito variáveis e dependentes do grau de fraturação do granito, confinado, com o topo situado a profundidades entre 40 e 100 m. Unidades aquíferas:
Sistema aquífero de águas não minerais - mais superficial em relação ao anterior, constituído pela camada superficial de alteração da unidade granítica, em geral de baixa permeabilidade. • Sistema aquífero hidromineral - constituído pela unidade granítica com permeabilidade variável dependente do grau de fraturação resultante da tectónica local. •
Modelo conceptual do sistema aquífero:
Adaptada da Carta Geológica de Portugal à escala 1:1.000.000, LNEG-2010
Unidades geológicas:
Granito - granito sin-tectónico, de duas micas, porfiróide de grão grosseiro a médio. • Complexo Xisto-Grauváquico - complexo de xistos e metagrauvaques, com idade compreendida entre o Neoproterozóico e o Câmbrico. • Filões de quartzo •
A fracturação desempenha um papel importante e condicionante na recarga, que se faz a partir das águas da chuva (cerca de 220 mm anuais) que se infiltram nos relevos mais elevados a Oeste, cuja altitude máxima atinge os 1380 metros. Da interação água-rocha no percurso subterrâneo, mais ou menos profundo, resulta a mineralização que caracteriza esta água. As falhas profundas, os filões de quartzo e as unidades mais xistentas do Complexo Xisto-Grauváquico a Este, servirão de barreira dando origem ao aquífero confinado, permitindo, por outro lado, a ascensão da água mineral natural.
Carta geológica:
Tectónica:
O sistema de falhas tem orientações preferenciais NNE-SSW e NW-SE. Os efeitos dos episódios compressivos da Orogenia Alpina originaram um relevo vigoroso, constituído por um mosaico de blocos, com desníveis acentuados e depressões profundas, ocupadas pela rede hidrográfica que se dispõe segundo estas direções estruturais. O maciço granítico encontra-se intensamente diaclasado, com fraturas de orientações muito variáveis e inclinação vertical a subvertical. Estes fatores tectónicos são favoráveis à existência de água de circulação subterrânea e de extensas zonas de recarga.
68
Hidrogenoma
Adaptada da folha 14A-Lamego da Carta Geológica de Portugal à escala 1:50.000, LNEG-1968
HM-74 ÁGUAS DE TAROUCA Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria, Alphaproteobacteria e Clostridia. Classe Betaproteobacteria Alphaproteobacteria Clostridia Sem classifi ficcação Actinobacteria Gammaproteobacteria Deltaproteobacteria Sphingobacteriia Bacilli Pedosphaerae
% Reads F1 12,45 20,81 11,67 12,04 12,90 6,61 6,40 1,96 -
% Reads F5 41,12 7,20 8,73 8,58 2,40 15,04 4,81 1,88 -
% Reads F3 23,63 13,90 10,98 10,73 13,07 4,67 3,71 2,26
% Reads F7 39,25 14,18 8,31 8,20 5,13 4,85 3,31 1,9 -
Média 29,11 14,02 9,92 9,89 8,38 7,79 4,97 2,60 1,93 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 13,60 5,56 1,65 1,82 5,44 4,91 1,35 1,01 0,04 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
F1,F3
Mycobacterium kubicae
6-7
F7
Acinetobacter guillouiae
112
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o número de leituras (Reads) sem classificação é elevado em toda a amostragem. Observa-se uma grande variabilidade de géneros nestas amostras, não existindo nenhum representativo. No entanto, identificam-se os mesmos géneros em mais do que uma amostra, nomeadamente o Azospirilum, o Moorella e o Janthinobacterium.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Sphingomonas panni, Oxalobacter vibrioformis, Janthinobacterium agaricidamnosum, Chondromyces pediculatus, Mycobacterium pinnipedii, Limnobacter litoralis, Pectinatus cerevisiiphilus, Rhodothermus clarus e Nisaea nitritireducens. tifi ficcados neste hidrogenoma estão correlacionados com Os microrganismos identi a metabolização do enxofre, nomeadamente o anião sulfato (SO42-). Alguns destes microrganismos podem ter aplicação em processos de biorremediação, produzir moléculas bioati tivvas como anti tiffúngicos, assim como degradar oxalatos que pode estar associado a indicações terapêuti ticcas relacionadas com doenças renais (p.e cálculos renais).
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes F1 F5
Sphingomonas, Mycobacterium Oxalobacter, Janthinobacterium
F3
Mycobacterium, Azovibrio
F7
Polaromonas, Oxalobacter
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs) F1
2,671
828
F5
2,192
531
F3
2,453
677
F7
2,288
401
Microrganismos Isolados em Laboratório pH
HCO3-
SO42-
NO3- Ca2+ mg/L
Na+
Cl-
1,0
2,8
2,2
1,6
3,7
2,6
-5,7 3
5,6
<0,3
2,6 --
5,9 1
10,0
<0,3
3,7
Chryseobacterium sp., Deinococcus geothermalis, Pseudomonas extremaustralis, Stenotrophomonas maltophilia, Pseudomonas veronii, Stenotrophomonas rhizophila, Chryseobacterium indoltheticum e Pseudomonas taiwanensis.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
69
70
Hidrogenoma
HM-77 CARDAL Comunidades bacterianas por CLASSE
CARACTERIZAÇÃO DO MICROBISMO
Classes Predominantes: Betaproteobacteria. Classe Betaproteobacteria Sem classifi ficcação Deltaproteobacteria Alphaproteobacteria Spirochaetes Mollicutes Actinobacteria Clostridia Gammaproteobacteria Holophagae Deinococci Bacilli
% Reads F1 94,37 1,72 1,28 0,43 0,46 0,41 0,27 0,38 -
% Reads F5 85,48 4,59 2,65 0,73 0,68 1,48 0,94 0,57 -
% Reads F3 70,28 13,78 2,45 5,50 0,63 1,70 1,08 1,48 -
% Reads F7 50,24 28,64 3,14 5,19 1,39 1,61 1,39 1,34
Média 75,09 12,18 2,38 2,22 2,17 1,55 1,16 0,94 0,42 -
Assinatura Hidrobiómica
Desvio Padrão 19,32 12,12 0,79 2,84 2,62 0,22 0,52 0,54 0,21 -
Comunidades bacterianas por GÉNERO
Espécies Exclusivas
Hits (>5)
NA
primavera
outono
1ª colheita - F1
2ª colheita - F3
3ª colheita - F5
4ª colheita - F7
No que respeita à classificação ao nível do género, comparando as amostras F1-F5 (primavera) e F3-F7 (outono), verifica-se que o hidrogenoma desta água é caracterizado pela estabilidade microbiológica, apesar dos valores elevados sem classificação para este grupo taxonómico em F3 e F7. Observa-se a presença maioritária do género Gallionella, seguido por Zooglea, Rhodoferax e propionivibrio, permitindo com os dados obtidos caracterizar com robustez este hidrogenoma.
Comunidades bacterianas por ESPÉCIE Diversidade de Espécies
Espécies Predominantes (> 100 hits) As espécies mais representativas que caracterizam este bacteroma são: Acidovorax temperans, Zoogloea resiniphila, Zoogloea oryzae, Burkholderia ubonensis, Rhodoferax ferrireducens, Propionivibrio dicarboxylicus e Sphingomonas yabuuchiae. Os microrganismos identi tifi ficcados neste hidrogenoma podem ter aplicação em processos de biorremediação, assim como produzir moléculas bioati tivvas.
F1
1,016
80
F5
2,319
50
F3
1,603
330
F7
1,171
149
Microrganismos Isolados em Laboratório
Boleti tin ns Analíti ticcos Resumidos Géneros predominantes
Índice de Shannon-Wiener Nº Espécies Identi tifi ficcadas (H’) (OTUs)
pH
HCO3-
SO42-
FCa2+ mg/L
F1
Gallionella, Zoogloea
--
F5
Gallionella, Zoogloea
--
F3
Gallionella, Rhodoferax
--
F7
Gallionella, Rhodoferax
--
Na+
Cl-
Micrococcus sp., Sphingobium sp., Kocuria sp., Microbacterium sp., Acinetobacter calcoaceticus, Brevundimonas vancanneytii e Corynebacterium sp.
Uma Nova Visão Estratégica para as Águas Minerais Naturais
71
Published on Dec 4, 2019