Amos e masmorras II

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Lena Valenti

Amos e Masmorras 2

O Amo do Calabouço sorriu, pois sabia o que viria a seguir. — Mas — Cleo anunciou ignorando a educação ordinária de Mistress Pain— serei eu quem decide as regras. Sei que por hierarquia, um Amo Hank como o importantíssimo King Lion tem supremacia sobre uma Ama Shelly como eu. — Claro que tenho, belezinha — assegurou-lhe com frieza.— E verá como cairá rápido. —Uuuuhhhhhh — grunhiu o público. — Muito bem, King! —um amo exclamou entre a multidão. — No entanto, esta carta — Cleo caminhou até ele e fez o mesmo que fez com Claudia. A pregou sobre seu coração, em sua pele suada, virada para os demais.—... a carta Switch, muda tudo. Permite-me inverter os papeis durante esta prova. Lion franziu o cenho e olhou o desenho, aturdido. Dois dragões que formavam um círculo, um de cada cor, invertidos em posição fetal como se fizessem um 69. A carta Switch mudava os papéis e o amo convertia-se em submisso. E vice-versa. O agente Romano temeu pela missão. Não confiava em Cleo. Ela deveria tratá-lo como uma ama trata seu submisso? Se Cleo Connelly não tinha más intenções nem atitude para isso. Era atrevida e descarada, mas... Duvidava que pudesse fazê-lo gozar em dez minutos mediante alguma técnica de dominação feminina. Não ia deixar jogar assim com ele. — Não faça isso —Lion murmurou. Cleo assentiu e sorriu triunfante. Em sua mente passavam muitas lembranças da semana passada, algumas muito boas e ternas, e outras nem tanto. Queria fazer Lion pagar por tudo, por não acreditar nela como agente. —Está louca! — Claudia exclamou incrédula.— Não pode submeter ao King. Não tem nenhuma fodida célula submissa em seu corpo. Vai perder. O público riu ante esse comentário, mas Cleo continuou na sua, sem baixar o olhar dos olhos de seu superior, ignorando a senhorita dores. —Você, venha aqui —ordenou a Nick estalando os dedos. Seu submisso veio imediatamente. Cleo desabotoou a coleira de cachorro e anunciou ao Amo do Calabouço:— É meu desejo libertar Tigrão. E quero que seja a Ama Thelma quem se encarregue dele. — Cleo ficou nas pontas dos pés e o beijou com doçura nos lábios.— Foi um excelente submisso, Tigre. Agora vá para que sua nova ama o surre —deu-lhe uma palmada no traseiro e o empurrou para que Thelma lhe abrisse os braços e o acolhesse, coisa que a loira fez de imediato. Lion arregalou os olhos. Haviam se escurecido pela raiva e a frustração que varriam seu corpo neste momento. E sentiu-se pior ainda quando Cleo o preparou para a performance colocando-lhe uma coleira de cachorro. “Filha da puta”. — Precisa de algum objeto, Lady Nala? — perguntou o Amo do Calabouço bastante solícito. —Sim —respondeu ela.— Me dê uma peruca vermelha. — analisou o cenário em busca do lugar perfeito que iria expor seu jogo vingativo pessoal. —Lady Nala... — Lion advertiu.— Pense no que vai fazer, porque logo voltará contra si. — Os cachorros não falam — puxou-o pela corrente e o guiou até a cadeira de castigo.— Senta. 46


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