Voz Ribatejana Edição Nº 308

Sessão polémica em Vila Franca

pag.: 2 e 3

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Assembleia Municipal “trava” recriação das juntas de freguesia do Forte da Casa, Sobralinho e Cachoeiras

As propostas de reconstituição das freguesias autónomas do Forte da Casa, Sobralinho e Cachoeiras foram chumbadas numa sessão da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira marcada por muita polémica e pelos protestos de largas dezenas de moradores.

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Voz Ribatejana

:: número 308 :: ano 13 :: 4 de Janeiro de 2023 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 70 cêntimos ::

Transportes públicos

Medida da Direcção do SNS

“Amarelos” da Carris Metropolitana já asseguram transportes na região

Vila Franca e Loures vão “alternar” maternidades Pr

pag.:

Balanço da Prótoiro

pag.: 23

Forcados de Vila Franca e Tauroleve lideram ranking da temporada 2022 Na Assembleia Municipal

pag. 16 e 17

Benavente baixa IMI para a taxa mínima e aprova orçamento de 39 milhões

Primeiro bebé do ano é de Arruda dos Vinhos

Distribuição da Leroy Merlin

pag.: 199

Plataforma da Castanheira vai ter investimento de 150 milhões Até 2030

pag. 4 e 5

Vila Franca quer plantar 9200 árvores em meio urbano Abriu em Dezembro

O novo director-executivo do Serviço Nacional de Saúde parece inclinado a não seguir a “recomendação” de encerramento da urgência de obstetrícia e do bloco de partos de Vila Franca de Xira. Para já está a ser ensaiado um modelo de funcionamento alternado, aos fins-de-semana, das maternidades de Vila Franca de Xira e de Loures.

pag.: 18

Vialonga já tem loja Continente Nesta edição

pags.: 9 a 25

ANO NOVO 2023 Alenquer mantém tradição dos Reis especial

Autarcas e partidos trocam acusações e exigem medidas

pag.: 6 e 7

Alhandra ficou sem médicos de família e Forte da Casa vai pelo mesmo caminho Utentes entregam 7500 postais a António Costa para reclamar medidas

Associação de Samora apoia 50 famílias

DESTAQUE 02 » VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 »

Regresso das juntas do Forte da Casa, Sobralinho e Cachoeiras fica pelo caminho

Assembleia Municipal chumba “recriação” de freguesias em Vila Franca de Xira Com muita discussão e protestos de largas dezenas de moradores presentes no Pavilhão Multiusos de Vila Franca de Xira, a Assembleia Municipal vila-franquense chumbou as propostas de reconstituição de freguesias autónomas no Forte da Casa, Sobralinho e Cachoeiras. Com trocas de acusações e alegações de falhas na fundamentação das propostas, o voto negativo do CDS-PP acabou por ser decisivo no chumbo da reposição da freguesia do Forte da Casa, que foi a que esteve mais perto de seguir para a Assembleia da República Assembleia polémica em Vila Franca

Jorge Talixa As propostas de “desagregação” de três uniões de freguesias do concelho de Vila Franca de Xira foram “chumbadas” em

Movimento António Inácio contesta chumbo da Assembleia Eleitos do grupo de cidadãos eleitores António Inácio Póvoa Mais Forte (AIPMF) promovem, na manhã desta quarta-feira, uma conferência de imprensa sobre a posição assumida, por maioria, na Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira. O AIPMF sustenta que a iniciativa terá a participação de outras forças politicas representadas na Assembleia de Freguesia da União de Freguesias Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa.

No Largo do Forte da Casa, o AIPMF vai “denunciar a falta de transparência e o incumprimento da Lei relativamente ao Processo de Desagregação da União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa por parte do Partido Socialista que impediu a sua entrada na Assembleia da República, desrespeitando a vontade da população e os Eleitos na Assembleia de Freguesia”.

De acordo com este movimento de cidadãos, as entidades públicas e em especial as autarquias “devem pautar-se por princípios de lealdade, rigor, isenção, justiça e essencialmente transparência no contexto do cumprimento da sua missão”.

reunião extraordinária da Assembleia Municipal realizada no dia 19. A sessão

prolongou-se por mais de cinco horas e foi várias vezes interrompida na sequência dos aplausos ou dos protestos de grupos de moradores que apoiavam as separações de freguesias “unidas” pela reforma administrativa de 2013. Foi mesmo necessário pedir a presença policial para acalmar alguns dos munícipes presentes, que defendiam a possibilidade de “reconstituição” das antigas freguesias do Forte da Casa, Sobralinho e Cachoeiras.

Os três processos de reversão da agregação tinham sido aprovados nas respectivas assembleias de freguesia e tinham, também, passado na apreciação da Câmara vila-franquense, mas com a rejeição da Assembleia Municipal não chegarão ao Parlamento para uma decisão final.

Em causa estavam os processos de separação das freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, Alverca e Sobralinho e Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras. O PS, que detém a presidência de todas as seis juntas de freguesia do concelho, votou contra as três propostas, numa posição que suscitou polémica, depois dos socialistas se terem abstido na votação anteriormente feita na Assembleia da União de Freguesias de Alverca e Sobralinho. Os deputados municipais do PS alegaram que os processos de desagregação estavam mal instruídos e não apresentavam os fundamentos e os dados exigidos por Lei. A CDU acusou o PS de se escudar nestes argumentos para não assumir que está con-

Presidentes de junta presentam argumentos Os presidentes das juntas das uniões de freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa e da Castanheira e Cachoeiras tomaram também posição sobre estas propostas na sessão da Assembleia Municipal.

Ana Cristina Pereira, presidente da Junta da Póvoa e do Forte, lembrou o parecer negativo emitido pelo executivo da Junta e considerou que “uma decisão de natureza estrutural como a que se apresenta afecta a vida de mais de 40 mil

Mário Baptista

cidadãs e cidadãos e não pode ser tomada com base numa lista de recursos humanos e de materiais existentes. E, em relação aos serviços prestados pela Junta, não tem havido distinção do que é o Forte da Casa e do que é a Póvoa de Santa Iria.

O critério aplicado é o mesmo”, afiançou Ana Cristina Pereira, sublinhando que “só com um orçamento robusto se podem fazer investimentos mais avultados em equipamentos e maquinaria pesada”. A autarca do PS considerou que a partic-

ipação nas sessões de esclarecimento sobre a separação das freguesias foi escassa e que também não se pode colocar a questão do “manifesto prejuízo” para a população do actual modelo de união de freguesias. “A proposta iria causar prejuízos à população e seria um erro se fosse aprovada”, rematou a presidente da Junta da Póvoa e do Forte.

Já Mário Batista, presidente da Junta da Castanheira e Cachoeiras, vincou que o executivo

Ana Cristina Pereira

da autarquia local emitiu um parecer tendo em conta que a legislação da desagregação prevê que as freguesias a repor/criar tenham que ter pelo menos 750 eleitores. “As Cachoeiras não cumprem os pressupostos da alínea que faz referência ao número mínimo de 750 eleitores. Dos últimos cadernos eleitorais constam pouco mais de 600 eleitores”, referiu o eleito do PS, justificando o voto contra a proposta de recriação da freguesia das Cachoeiras.

VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 » 03 tra a “reposição” das antigas freguesias do Forte da Casa, Sobralinho e Cachoeiras e afirmou que os socialistas, nos respectivos executivos de junta, é que tinham todos os dados necessários para aprofundar as propostas.

A “separação” das freguesias da Póvoa de Santa Iria e do Forte da Casa tinha sido aprovada na Assembleia de Freguesia com votos favoráveis do movimento independente António Inácio Póvoa+Forte, da CDU, da coligação liderada pelo PSD, do Chega e do Bloco de Esquerda. Só o PS votou contra. Agora, os socialistas, pela voz do presidente da Concelhia, Paulo Afonso, sublinharam que “faltam documentos essenciais exigidos por Lei, cuja ausência nesta proposta pode trazer fortes constrangimentos à gestão, ao

“defraudar a população”.

Bem diferente é a posição da CDU, que acusa os socialistas de irem contra a vontade de separação manifestada pela população, sobretudo do Forte da Casa (foi freguesia autónoma de 1989 a 2013). “A presença das pessoas que enchem esta sala contraria a posição do PS quando diz que as pessoas não querem mais cargos públicos. O que as pessoas querem é um serviço prestado com qualidade e isso não está a acontecer. O que o Paulo Afonso diz é que andamos todos à procura de tachos.

Fale pelo PS e não fale pelos outros”, sustentou, por seu turno, João Milheiro, deputado municipal da CDU, arrancando aplausos da assistência.

Milheiro considerou que no caso da União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e do Forte da

Eventual separação de Alverca e Sobralinho deu petição Um grupo de cidadãos de Alverca e Sobralinho apresentou uma exposição, ao abrigo da Lei da Petição, solicitando uma ponderação mais aprofundada das consequências de uma eventual separação das freguesias de Alverca e Sobralinho. Na opinião dos subscritores, que incluem antigos autarcas e ex-dirigentes associativos, qualquer processo tendente à mudança da actual divisão administrativa devia ter-se iniciado com a realização de um estudo que concretizasse uma avaliação técnica credível do processo de fusão realizada em 2013. “Só a partir da elaboração e da discussão pública desse documento se deveria equacionar a cessação, o aperfeiçoamento, ou a continuidade da união das freguesias”, defenderam, mostrando-se preocupados com o facto de “os estudos técnicos normalmente referirem que pequenas circunscrições administrativas, na ausência de massa crítica e de recursos humanos e financeiros, encontrarem-se impossibilitadas de captar economias de escala e apetrecharem-se com índices de profissionalização e especialização técnica adequados às exigências da vida contemporânea e terem propensão para ‘abordagens paroquianas’ dos problemas”.

O grupo de cidadãos mostrou-se, igualmente, preocupado com “o acréscimo, a duplicação e a redundância da despesa pública que o processo de fragmentação pode originar”.

funcionamento e aos trabalhadores de uma eventual freguesia a desagregar”. O líder concelhio e da bancada socialista da Assembleia Municipal acrescentou que a proposta em apreço “também não comprova a existência de um erro manifesto causador de prejuízos à população” no processo que levou à agregação das freguesias da Póvoa de Santa Iria e do Forte da Casa. Explicou, assim, que o PS votaria contra, porque faz uma avaliação positiva do trabalho da União de Freguesias e a aprovação de uma proposta de desagregação nestas condições poderia estar a

Casa (a maior do concelho, com cerca de 45 mil habitantes) “não houve economias de escala e perdeu-se eficácia”, porque nenhum executivo de junta de freguesia tem capacidade para responder a uma união com esta dimensão.

Filomena Rodrigues (CDSPP), Diogo Monteiro (Chega) e Diana Monteiro Neves (independente) acusaram, no entanto, a CDU de ter responsabilidades na actual situação por, com o apoio do PS, ter proposto, em 2012, que a Assembleia Municipal não se pronunciasse sobre a legislação de reorganização administrativa, permitindo que as “soluções” de agre-

O voto negativo do CDS-PP foi determinante no caso da separação da Póvoa e do Forte

gação fossem exclusivamente delineadas pela Unidade Técnica para a R e o r g a n i z a ç ã o Administrativa.

João Milheiro argumentou que a CDU sempre foi contra este processo de união de freguesias e que, nesse sentido, não poderia propor ou aprovar outra coisa.

A proposta de “separação” das freguesias da Póvoa de Santa Iria (cerca de 30 mil habitantes) e do Forte da Casa (cerca de 15 mil) acabou, assim, por ser rejeitada, com 20 votos contra do PS e do CDS-PP e 19 a favor de CDU, Coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), Chega, Bloco de Esquerda, PAN e eleitas independentes Diana Neves e Célia Monteiro. O voto da única eleita do CDS-PP foi decisivo e Filomena Rodrigues observou que esta reforma administrativa resultou do compromisso assumido pelo então primeiro-ministro socialista José Sócrates, quando assinou o memorando que pediu o resgate financeiro do “país falido”.

Filomena Rodrigues apontou o “reduzidíssimo” número de pessoas que participou nas sessões de auscultação sobre a hipótese de “desagregação” realizadas na Póvoa e no Forte da Casa e sublinhou que faltam dados determinantes na proposta aprovada na Assembleia de Freguesia, pelo que decidiu votar contra.

“A Póvoa de Santa Iria e o Forte da Casa foram, ao longo dos anos, muito maltratadas pela Câmara. E não nos podemos esquecer que PS e CDU votaram uma não pronúncia sobre esta questão”, lembrou Rui Rei, líder da bancada da

Coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), frisando que a coligação é a favor das economias de escala, “mas a verdade é que os últimos anos foram anos de perda de serviços importantes que saíram da Póvoa de Santa Iria e do Forte da Casa”. Rui Rei entende que os argumentos do PS de vantagens de escala “não têm um suporte verdadeiramente claro” e que “a agregação não foi boa, mas a separação também não é a cura para todos os males”.

Mas, “avaliando tudo isto e a vontade que as pessoas têm expressado, o PSD não pode deixar de dar ouvidos ao que as pessoas pensam”, rematou Rui Rei, justificando o voto a favor da proposta de separação.

Já a independente Diana Monteiro Neves disse ser a favor da separação das freguesias da Póvoa e do Forte, “porque cumpre todos os critérios e porque é a vontade da população”.

A também independente Célia Monteiro considerou que a vontade da população deve ser soberana e que não lhe parece bem que a Assembleia Municipal chumbe propostas aprovadas nas assembleias de freguesia.

Referendos locais?

Nesse sentido, Diogo Monteiro, deputado municipal do Chega, lamentou que a Assembleia da Póvoa e do Forte tenha chumbado a proposta de realização de um referendo local que o seu partido apresentou. E Nelson Baptista, eleito do PAN, observou que “teria sido mais correcto se as propostas de decisão de algumas freguesias fossem decididas através de referendos locais”.

Mais dois “chumbos” Já a proposta de “desagregação” das freguesias de Alverca e Sobralinho foi rejeitada, com 25 votos contra de PS, Coligação Nova Geração e CDS-PP e onze votos favoráveis de CDU, Bloco de Esquerda e Chega. Os socialistas, que na Assembleia da União de Freguesias tinham optado pela abstenção, voltaram a invocar insuficiência de dados na proposta, considerando que não respondia às exigências da Lei e deixaria uma futura Junta de Freguesia do Sobralinho com graves problemas de

gestão financeira e de pessoal. A CDU acusou os socialistas de arranjarem “desculpas” para votarem contra e garantiram que estiveram disponíveis para elaborar uma proposta conjunta. “Foi o PS que não quis e aparece, agora, aqui, com esta desculpa”, criticou João Milheiro. Já o socialista Pedro Sá defendeu que não seria praticável elaborar esta proposta numa semana e acusou a CDU de não ter aceite a sugestão do PS para a criação de um grupo de trabalho “para se construir uma proposta no sentido de, no futuro, podermos discutir esta questão (desagregação) fora do regime excepcional”.

Mais expressiva foi a rejeição da proposta de “desagregação” das freguesias da Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras, uma vez que esta última antiga freguesia tem cerca de 600 eleitores e legislação que enquadra as “desagregações” exige que as freguesias a (re) criar tenham, pelo menos, 750 eleitores. A proposta foi, assim, rejeitada com votos favoráveis de CDU e Bloco de Esquerda e contra de PS, Nova Geração, Chega e CDS-PP. As duas eleitas independentes e o PAN optaram, neste caso, pela abstenção.

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL CONVOCATÓRIA Nos termos do n. º 3 do artº31 e para os efeitos previstos na alínea a) do art.º 27 dos Estatutos da Casa de São Pedro de Alverca, convoco a Assembleia Geral Eleitoral da Casa de São Pedro de Alverca para reunir em sessão Extraordinária no dia 3 (três) de março pelas 16 horas, na sede da instituição na Rua João Mantas n.º 8 em Alverca com a seguinte ordem de trabalhos: PONTO ÚNICO: ELEIÇÕES DOS ORGÃOS SOCIAIS PARA O QUADRIÉNIO 2023/26 PROCESSO DE ELEIÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS PARA O QUADRIÉNIO 2023/26 Os processos de candidatura, constituídos nos termos dos art.ºs 3º a 5º do referido Regulamento Eleitoral, deverão ser entregues pessoalmente na secretaria da Casa de São Pedro de Alverca entre as 9 horas e 30 minutos do dia 2 de janeiro de 2023 e as 18 horas do dia 2 de fevereiro de 2023, em envelope fechado e lacrado, dirigido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Casa de São Pedro de Alverca. A Eleição decorre das 16 às 20 horas na sede da Casa de São Pedro de Alverca no dia 3 de março de 2023.

Nota: O Regulamento Eleitoral está patente na Secretaria da Instituição ao dispor dos Associados.

Alverca do Ribatejo, 02 de janeiro de 2023 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Afonso Lourenço Correia da Costa

DESTAQUE 2 04 » VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 »

Plano da Câmara esteve em consulta pública

Vila Franca quer plantar 9200 árvores em meio urbano até 2030 O Plano Municipal de Arborização Urbana de Vila Franca de Xira esteve em consulta pública durante o mês de Dezembro. Prevê a plantação de mais de 9200 árvores em meio urbano até 2030 e um investimento da ordem de 1,75 milhões de euros. Os objectivos traçados contemplam espaços públicos e novas urbanizações. O Bloco de Esquerda já considerou o documento “muito pouco ambicioso” Jorge Talixa A Câmara de Vila Franca de Xira colocou em consulta pública uma proposta de Plano Municipal de Arborização Urbana.

Durante o passado mês de

urbano até 2030, o que corresponderá a um aumento de quase 40 por cento na densidade actualmente existente.

O projecto estima que a concretização deste objectivo envolva um investimento global de cerca de 1, 75 mil-

91 hectares de áreas florestais municipais De acordo com o PMAVFX, a Câmara de Vila Franca de Xira detém, também, seis propriedades florestais que totalizam cerca de 91 hectaresa. “Embora não sejam espaços de proximidade, contribuem fortemente para o equilíbrio do sistema ecológico e da estrutura verde concelhia, na medida em que se localizam em áreas ecológicas vitais e/ou nas franjas adjacentes às áreas urbanas”, refere o documento, apontando as seis áreas florestais em causa: Mata do Paraíso em Vialonga (19 há), a Aguieira nas freguesias de Vialonga e Forte da Casa (17,30 há), a área florestal da Quinta Municipal do Sobralinho (18, 4 há), o povoamento florestal da Quinta da Subserra em São João dos Montes (15, 5 há), a Quinta da Mata (9 há) e a Quinta da Coutada na freguesia de Vila Franca (11, 8 ha).

Dezembro, os munícipes vila-franquenses puderam pronunciar-se sobre um documento que reconhece a necessidade e a importância ambiental do reforço do arvoredo urbano e define como meta a plantação de mais 9269 árvores em meio

hões de euros e sublinha que esta responsabilidade deverá ser assumida pelas autarquias locais em espaços públicos e pelos promotores de novas urbanizações/edificações.

A elaboração de um plano concelhio de arborização foi

11 de janeiro de 2023 pelas 9h30m APS – Associação de Promoção Social de Castanheira do Ribatejo União das Freguesias de Castanheira do Ribatejo e Cachoeiras

Período de intervenção do público às 12h30

www.cm-vfxira.pt | Tel.: 263 285 600

O plano incide sobretudo sobre as zonas urbanas

o primeiro compromisso assumido por Fernando Paulo Ferreira na noite eleitoral de 30 de Setembro de 2021, em que foi eleito presidente da Câmara de Vila Franca de Xira. Desde então, a oposição local questionou várias vezes o andamento e a demora na elaboração do plano e o autarca socialista anunciou, já no final de Novembro, que a proposta de Plano Municipal de Arborização Urbana de Vila Franca de Xira (PMAUVFX) seria colocada em consulta pública durante o mês de Dezembro. O Bloco de Esquerda local já se pronunciou e considerou o plano apresentado “pouco ambicioso”. O documento será, também, apreciado em próxima sessão camarária.

“A ideia é que este seja um plano que vincule os investidores e oriente, também, a actuação de todas as entidades públicas que promovam a plantação de

árvores, seja em zonas já consolidadas, seja em zonas novas a urbanizar. A nossa perspectiva é que seja um plano vinculativo para todos os agentes que intervenham no concelho nesta área”, explica Fernando Paulo Ferreira, em declarações ao Voz Ribatejana, vincando que o plano foi delineado “sobretudo para as áreas

urbanas, porque a ideia é promover uma arborização reforçada e sustentável nas zonas urbanas, embora, como é evidente, tudo quanto são núcleos urbanos, mesmo em zonas rurais, vá seguir também os mesmos princípios”.

Com cerca de 140 mil habitantes, três cidades e cinco vilas, o concelho de Vila

Dificuldades de convivência Nem sempre a população urbana convive bem com a vizinhança de árvores, sobretudo quando “invadem” varandas, ocupam potenciais lugares de estacionamento ou quando libertam materiais como o algodão dos choupos que causam alergias. “O plano também prevê que o tipo de árvores seja o mais adequado aos locais onde vão ser implantadas. Ao longo de algumas décadas foram plantadas algumas espécies que, não sendo autóctones ou apenas porque são de crescimento rápido, geram, depois, consequências nas habitações mais próximas e nos espaços públicos. Mas há condições para apostarmos em arborização autóctone, que consome menos água e causa menos danos, seja de relação com as pessoas, seja de relação com os espaços públicos. A ideia é plantar mais e plantar melhor”, conclui Fernando Paulo Ferreira.

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Franca de Xira tem zonas muito densamente povoadas, sobretudo no eixo das estradas nacionais 1 e 10. De acordo com o diagnóstico feito pelo PMAUVFX, o concelho de Vila Franca de Xira tem, actualmente, 25 116 árvores em meio urbano, o que corresponde a uma densidade arbórea de 1, 83 árvores por cada 10 habitantes. A distribuição pelas seis freguesias e uniões de freguesias não é uniforme e vai desde as 1, 29 árvores por 10 habitantes na União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz até às 2, 26 árvores por cada 10 habitantes na União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa. O objectivo traçado pelo Plano Municipal vila-franquense é atingir o patamar das 2, 5 árvores por 10 habitantes nas seis freguesias e uniões de freguesias até 2030.

Mais 9269 árvores Nesse sentido será necessário plantar mais 9269 árvores e todo o concelho, com maior incidência na União de Freguesias de Alverca e Sobralinho, onde será necessário plantar 3789 árvores. Segue-se a União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz onde “faltam” 1526 árvores em meio urbano para atingir a meta definida até 2030. Para a freguesia de Vila Franca de Xira, o plano aponta para a necessidade de mais 1365 árvores e na União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa será necessário plantar mais

VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 » 05

Números e objectivos do plano

"Plantar mais e plantar melhor" é a promessa de Fernando Paulo Ferreira

982 árvores. Já na freguesia de Vialonga deverão ser plantadas mais 958 árvores e na União de Freguesias da Castanheira e Cachoeiras mais 647 árvores.

Para a Câmara vila-franquense, o reforço da arborização em meio urbano visa “melhorar a qualidade ambiental e a saúde

cos com arvoredo e concluem que, actualmente, cerca de 45 700 dos 140 mil habitantes do concelho de Vila Franca têm espaços verdes públicos a menos de 300 metros de distância da sua residência. Se este padrão/raio for aumentado para 500 metros, então são cerca de 83 mil habitantes comum espaço verde acessível diversidade e criem paisagens urbanas heterogéneas, conservar e melhorar o património vegetal, definir princípios orientadores de intervenção para projetos de espaço público, elaborar planos de ação para a conservação das espécies arbóreas de maior interesse, garantir boas condições

A colocação de arbustos no Largo da Câmara foi um dos primeiros passos

humana”, porque os elementos arbóreos “absorvem quantidades significativas de poluentes do ar, entre outros benefícios ambientais” como a regularização microclimática, a proteção contra fenómenos de erosão, a proteção contra o vento, a absorção do ruído, a absorção de dióxido de carbono, a estruturação da circulação viária e a criação de abrigos para fauna e de condições para funções culturais, sociais e didáticas.

Espaços verdes a menos de 500 metros Os estudos que serviram de base ao plano avaliam, também, as condições de acesso da população a espaços públi-

Outros objectivos traçados O Plano Municipal agora apresentado identifica outros objectivos para os próximos anos, que passam por uma gestão de pragas e doenças infestantes com produtos que respeitem a biodiversidade, pela contenção da propagação da flora exótica, pelo fortalecimento dos serviços ambientais, pelo estudo dos efeitos das alterações climáticas sobre o património arbóreo municipal e pelo ensaio da introdução de espécies vegetais mais adaptadas ao aumento da temperatura e escassez de água Implementar vegetação de arruamento, incrementar elementos vegetais nos espaços livres públicos e aferir alinhamentos que “promovam o estabelecimento de corredores, avaliando as áreas potencias de crescimento verde e arbóreo, não esquecendo as margens das linhas de água, incluindo a renaturalização destas, são outras medidas recomendadas no plano.

a uma distância igual ou inferior a 500 metros. “Concluise, assim, que a maioria dos residentes do Município têm

Metas para 2030 - Passar de 1,8 para 2,5 árvores por 10 habitantes - Passar de 13, 24 para 14 metros quadrados de espaços verdes por habitante - Implantar mais cerca de 150 mil metros quadrados de espaços verdes

acesso a um espaço verde público, de recreio e lazer, situado a uma distância confortável a pé na proximidade das suas residências”, salienta o plano, vincando que “os espaços verdes objeto de estudo neste Plano situam-se em solo urbano e em domínio público”.

O PMAVFX define, também, três eixos estratégicos principais e um conjunto de medidas de actuação para os próximos oito anos. Entre elas privilegiar a utilização de espécies arbóreas que potenciem a bio-

fitossanitárias das espécies arbóreas e priorizar a utilização de espécies vegetais sem ou com baixo potencial alergénico. O plano preconiza, igualmente, o aumenta do número de árvores e arbustos nos jardins e outros espaços públicos, a plantação de árvores “caldeiras vazias”, a

garantia do acesso universal aos espaços verdes urbanos, a diversificação das espécies de arvoredo existentes (cada espécie não deve ultrapassar 15% do total das árvores) e o envolvimento da população residente na manutenção e preservação da arborização urbana.

TODOS COM VOZ 06 » VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 »

Boas Festas e reclamação de medidas na saúde

Editorial

Um Ano Novo e muitas Utentes entregam 7579 postais preocupações ao primeiro-ministro 2023 está aí, mas o novo Ano não começa bem e algumas das grandes preocupações do ano que passou ameaçam agravar-se. Desde logo, o problema da falta de médicos de família não para de agravarse e parece ter entrado numa linha de degradação quase imparável, em que nenhum dos responsáveis (do Governo ao agrupamento de centros de saúde, passando por ARS e autarquias locais) sabe muito bem o que fazer. Os poucos médicos que ainda restam vãose “refugiando” nos centros de saúde menos “pressionados” e as entidades do sector e a legislação vão permitindo que os profissionais mudem para onde há menos carências, deixando unidades de saúde sem qualquer médico. É o que está a acontecer em Alhandra, parece que vai acontecer tam-

espera à porta do Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria (atendimento complementar com 20 consultas diárias para quase 100 mil pessoas sem médico) ou no SAP de Benavente. Quem “engendrou” esta única alternativa não tem sensibilidade para perceber o que sofrem estas pessoas para conseguirem uma consulta muitas vezes essencial? Será que não se consegue criar outro sistema que sirva os utentes e não sirva sobretudo os “interesses” de alguns profissionais de saúde? Será que não se pode “obrigar” alguns destes profissionais a prestarem algumas horas de serviço onde mais falta fazem?

Ao que parece a Extensão de Saúde do Forte da Casa vai pelo mesmo caminho e temese que outras se sucedam.

Onde é que isto vai parar?

bém no Forte da Casa e Azambuja e Carregado também já vivem situações semelhantes.

Se há poucos médicos de família disponíveis (parece que assim é), então que sejam “distribuídos” com bom senso e que as “autoridades” não permitam a existência de unidades com os quadros praticamente preenchidos e, ao lado, outros centros de saúde sem um único médico. Isto é inconcebível e não me venham dizer que a Lei o permite. Na União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz são mais de 15 mil utentes sem nenhum médico de família. O “recurso” para utentes, em muitos casos idosos e sem meios próprios de deslocação, é tentarem “conquistar” uma consulta depois de horas de

Depois, 2023 traz-nos, ao contrário do que querem fazer passar alguns governantes, a continuidade do cenário de aumentos generalizados de preços.

Os portugueses resistem como podem, mas as dificuldades vão acentuar-se e muitas instituições sociais já não têm a mesma capacidade de resposta que tiveram em períodos de maior estabilidade.

Vamos acreditar que o decorrer do ano nos trará melhores perspectivas. Se remarmos todos para o mesmo lado e se virmos boas decisões e bons exemplos dos nossos dirigentes políticos, talvez a realidade do País se recomponha.

Vamos ver.

Um Bom Ano para Todos com Muita Saúde e Boas Notícias.

Jorge Talixa

Representantes das organizações de utentes dos concelhos de Alenquer, Azambuja, Benavente e Vila Franca de Xira estiveram, na tarde de dia 28, na Residência Oficial do Primeiro-Ministro, para entregar 7579 postais de Natal subscritos de por cidadãos desta região. Para além de transmitirem os votos de Boas Festas, os “postais” denunciam o quadro muito negativo dos serviços de saúde na região e reclamam medidas do Governo. O sentimento com que saíram foi de que os assessores de António Costa os tentaram “despachar” rapidamente.

Jorge Talixa Mais de 7500 utentes dos serviços de saúde da região subscreveram “postais de Natal” dirigidos o primeiroministro António Costa, onde dão as Boas Festas ao governante, mas também alertam para o estado limite dos serviços de saúde e reclamam medidas. Os 7579 postais assim reunidos foram entregues, na passada quartafeira, na Residência Oficial do Primeiro-Ministro.

António Costa não recebeu

os representantes das comissões de utentes de Azambuja, Benavente, Carregado e Castanheira do Ribatejo (comissão permanente do núcleo de nove organizações de utentes da

região) e os seus assessores, na perspectiva dos “visitantes”, pareceram querer despachar os representantes dos utentes.

A expectativa é que António Costa “oiça” as propostas dos utentes “para resolver os graves problemas conhecidos nas Unidades de Saúde destes concelhos (Alenquer, Azambuja, Benavente e Vila Franca), nomeadamente da falta de médicos de medicina geral e de família, cumprindo a Constituição da República Portuguesa, como é dever do

Governo e de todos nós, cidadãos”. Os postais sublinham, também, que, nestes quatro concelhos, há mais de 90 mil utentes sem médico atribuído, várias extensões

de saúde encerradas e faltam 60 médicos de família para que todos os 250 mil utentes tenham o devido acompanhamento.

“A verdade é que sentimos que a nossa presença e iniciativas, com a Agência Lusa a acompanhar a nossa visita, estava a incomodar os assessores do Dr. António Costa, que nos tentaram despachar rapidamente. Mas nós só saímos depois de relembrar todos os problemas de saúde

que temos nos nossos concelhos pela falta de médicos e pela falta de acções do governo para resolver o problema. Um Serviços Nacional de Saúde que não funciona, não é um SNS!”, sublinham os representantes dos utentes.

Os 7579 postais agora entregues tinham origem nos concelhos de Alenquer (4.300), Azambuja (1.475), Benavente (726) e Vila Franca de Xira (1.078).

Ficha técnica: Voz Ribatejana Quinzenário regional Sede da Redacção e Administração: Centro Comercial da Mina, Loja 3 Apartado 10040, 2600-126 Vila Franca de Xira Telefone geral : 263 281 329 - Proprietário: Jorge Humberto Perdigoto Talixa - Editor: Voz Ribatejana , Lda. - Sede do Editor: Rua do Loureiro, nº8 2630-433 Cardosas - Detentores de mais de 10% do capital : Jorge H. Talixa (50%) e Carla E. Ferreira (50%) Correio Electrónico: geral.vozribatejana@gmail.com - vozribatejana@gmail.com - director.vozribatejana@gmail.com - redaccao.vozribatejana@gmail.com comercial.vozribatejana@gmail.com - vidaribatejana@gmail.com - Estatuto editorial disponível em www.vozribatejana.com - Director: Jorge Talixa (carteira prof. 1360 A) - Paginação: António Dias - Colaboradores: Joel Balsinha, Carla Ferreira (carteira prof. 2127), Paula Gadelha (carteira prof. 9865), Adriano Pires, Hipólito Cabaço, Jesus Lourenço, Ana Ameixa, Vera Galamba e António Preto - Publicidade: 91 91 92 675, Júlio Pereira (938 850 664), Afonso Braz (919 192 675) Nuno Sousa - (967 755 664) Serviços administrativos: Isabel Pinto - Registo de Imprensa na ERC: 125978 - Depósito Legal nº: 320246/10 - ISSN: 2182 - 1992 - Impressão: Lusoibéria, Avenida da República, 6, Lisboa, Contacto: 914 605 117 - comercial.lusoiberia.eu - Tiragem: 5.000 ex.

VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 » 07

Mais dois profissionais de saúde saíram na semana passada

Unidade de Saúde de Alhandra fica sem médicos para mais de 15 mil utentes A Unidade de Saúde de Alhandra caiu numa situação extrema de falta de médicos. Depois da aposentação de cinco dos profissionais ali colocados, restavam um médico a tempo inteiro e outro a meio tempo, mas mesmo esses resolveram sair e solicitar transferência para outros centro de saúde. Mais de 15 mil utentes da União de Freguesias de Alhandra, São João do Montes e Calhandriz ficaram sem qualquer recurso médico. A Junta da União de Freguesias reclama medidas.

O PCP responsabiliza o PS. Jorge Talixa O cenário mais gravoso para a população da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e

num universo de 140 mil habitantes. Os responsáveis da ARS-LVT e do Agrupamento de Centros de Saúde realçaram “as dificuldades em substituir

Centro de vacinação concelhio regressa a Alhandra O Centro de Vacinação do Concelho de Vila Franca de Xira voltará a funcionar no Centro de Saúde de Alhandra já a partir de 7 de Janeiro. O alargamento do plano de vacinação (quarta dose) no último trimestre de 2022 levou à transferência do centro de vacinação para instalações alugadas na Igreja dos Pastorinhos de Alverca, mas nesta altura Câmara e Agrupamento de Centros de Saúde decidiram regressar ao sistema de vacinação centrado na Unidade de Saúde de Alhandra.

Assim, a partir do dia 7 de janeiro de 2023, o Centro de Vacinação do Concelho de Vila Franca de Xira voltará a funcionar em Alhandra, aos sábados, entre as 9h00 às 18h00.

Para agendamento, esclarecimentos de dúvidas ou informações adicionais os utentes poderão contactar o endereço de e-mail estuariotejo.vacovid@arslvt.min-saude.pt ou os números 963 977 428 e 961 084 437.

Calhandriz confirmou-se e a unidade de saúde alhandrense, que serve mais de 15 mil utentes, ficou sem médicos do quadro desde a passada quinta-feira. A Junta da União de Freguesias já pediu uma reunião com “carácter de urgência” à Câmara de Vila Franca de Xira e considera esta situação inaceitável.

Em comunicado, a autarquia com sede em Alhandra explica que, em reunião realizada no dia 28 (quarta-feira) com um representante da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) ficou a saber “o que muito já se especulava, que o Centro de Saúde de Alhandra, ficaria, a partir do dia 29, sem qualquer médico”. Na mesma reunião foi apresentado um quadro dos cuidados de saúde primários no concelho de Vila Franca de Xira, onde se constata que o número de utentes sem médico subirá muito rapidamente de cerca de 30 mil para mais de 52 mil pessoas,

os médicos que foram e irão para a reforma, quer através da contratação de novos médicos pelo Ministério da Saúde, quer através de empresas prestadoras de serviços” e informaram que, mesmo sem médicos, a Unidade de Saúde de Alhandra “não encerrará e irá manter um conjunto de serviços”.

“O que nos importa, residentes de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz e Sobralinho, utentes (15 137) do Centro de Saúde de Alhandra, é que não temos qualquer alternativa para o tratamento de doenças agudas que não seja deslocarmonos para o Centro de Saúde da Póvoa ou para o Hospital de Vila Franca de Xira. Solução que não aceitamos e que manifestámos in loco o nosso veemente descontentamento”, afiança o executivo da Junta de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, frisando que já solicitou uma reunião com caráter de urgência ao presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, “no

sentido de apresentar as nossas propostas que visam colmatar a falta de médicos no Centro de Saúde de Alhandra, bem como de nos fazermos ouvir junto da ARS-LVT e do Ministro da Saúde”, conclui a autarquia alhandrense, que ainda espera mais esclarecimentos da ARS-LVT para os próximos dias e promete tudo fazer para que “esta decisão seja revogada”.

PCP critica postura do PS A Concelhia de Vila Franca de Xira do PCP reagiu, na sexta-feira, acusando o executivo da Junta de Freguesia de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz de “simular surpresa, o confirmar o que há muito se sabe: 2023 começa sem médicos para a população de Alhandra, São João dos Montes e da Calhandriz, bem como para utentes residentes na freguesia do Sobralinho”, lamenta o PCP, vincando que “o PS, que detém maiorias na Junta, na Câmara e na Assembleia da República, mostrou-se sempre desinteressado e alheio em relação ao problema real da falta de médi-

cos e da mais do que previsível aposentação e saída dos profissionais que ainda trabalhavam no Centro de Saúde de Alhandra”.

A este propósito, acrescenta a Concelhia comunista, na Assembleia de Freguesia de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, os socialistas “não só desvalorizaram as preocupações demonstradas pelos eleitos da CDU, como chumbaram uma moção que instava o órgão a uma tomada de posição relativamente a

esse problema. Este posicionamento do PS na Junta não pode ser desligado das opções políticas que o mesmo PS, no Governo, tem tomado no quadro do desinvestimento na rede primária de cuidados de saúde, das intenções de desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde e das intenções de privatização de relevantes áreas de atuação, como os próprios centros de saúde”.

“O PS não só é um dos partidos responsáveis pela situação atual, como tam-

bém pelo actual agravamento ao recusar as medidas que ajudariam a resolver este problema: rejeitando as propostas para a valorização das carreiras médicas e fixação de profissionais, para além de negar investimentos que tanta falta fazem à população”, acusa o PCP vilafranquense, considerando que tem mantido a sua posição de coerência, de ação e de proposta e prometendo “ampliar a sua ação e intervenção na defesa do acesso universal aos cuidados de saúde.

Nesse contexto, a Concelhia do PCP convida as populações de Alhandra, São João dos Montes, Calhandriz e Sobralinho para participarem numa concentração agendada para as 18h00 do dia 5 de janeiro (quintafeira), a realizar em frente do Centro de Saúde de Alhandra, “com o objectivo de defender a manutenção da sua atividade com os médicos necessários”.

“O PCP apela à união de todos pela defesa do direito à Saúde, combatendo toda e qualquer ação em curso que vá ao encontro da privatização do SNS e do negócio da doença”, conclui.

OLHO VIVO 08 » VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 »

Assembleias animadas

Olho Vivo

Bengalas, nêsperas e barretes

Todos contra paragens abusivas no Alto Agruela

As últimas sessões da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira foram particularmente animadas e os deputados municipais revelaram bem a sua veia criativa, por vezes sarcástica. Diogo Monteiro, eleito do Chega, reafirmou que já é tempo de o PSD assumir que tem um entendimento de gestão com o PS e que não é oposição em Vila Franca. O autarca do Chega foi mais longe e apresentou seis pequenas bengalas, que se dispôs a oferecer aos eleitos do PSD, desafiando-os a deixar de ser “bengalas” dos socialistas.

Reagiu Rui Rei, líder da Concelhia do PSD e da bancada da Nova Geração na Assembleia Municipal, que contou a história da “nêspera” que estava na cama muito calada à espera que alguma coisa acontecesse e acabou por ser comida. “O Chega é a nêspera que está à espera que alguma coisa aconteça, porque de facto não conhece, nem o concelho, nem o País. Não sabe o que diz, lê de um papel e lê mal muitas vezes”, observou.

Diogo Monteiro também reagiu. “Prefiro ficar com a minha ignorância do que enfiar o barrete ao meu eleitorado. Prefiro ler mal, mas dizer aquilo que é acertado e não enganar o eleitorado”, rematou.

Diogo Monteiro

O Olho Vivo denunciou, na última edição do Voz Ribatejana, a prática reiterada de paragem de camiões em plena via, no troço da Estrada Nacional 248 que liga Vila Franca de Xira a Arruda dos Vinhos. Acontece no Alto Agruela, junto a uma empresa de materiais de construção, enquanto os camiões aguardam por cargas e descargas, mas o local onde a paragem é feita (em cima de uma curva apertada e sem visibilidade) gera enormes riscos para quem ali circula. A indignação fica também patente nos 22 comentários que o nosso alerta recebeu na página de facebook e no site do Voz Ribatejana.

Lília Ferreira Eu já tive um grande acidente em 2013 por causa destas situações frequentes. E como se não bastasse ainda fui maltratada pelo motorista do camião!!!

Joana Duarte Alguém que tome conta desta situação!

parar enquanto aguardam uns metros atrás, assim não colocavam em risco a vida dos outros.

Fernanda Feitor Passo lá todos os dias e estou sempre há espera do pior. Podiam

Joana Firmino Todos os dias acontece, a polícia já foi por diversas vezes contactada, mas nada se altera.

Alexandra Santana Eu também passo muitas vezes por este local e já me deparei com o mesmo. De facto, é lamentável e espero que não estejam à espera de acontecer uma situação grave para mudarem isto.

Olímpio Guedelha Como residente na zona, já me deparei com essa situação, diversas vezes. Só por milagre ainda não ocorreu um acidente, que pode ser grave. A empresa tem que encontrar rapidamente uma alternativa, pois os quatro piscas ligados não colmatam a irregularidade.

Rui Rei

AVISO CONVOCATÓRIO ASSEMBLEIA GERAL Nos termos do artigo 48, n°1 dos Estatutos, convoco a AssembleiaGeral da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Alverca, para reunir, na sua sede social, sita na Rua dos Bombeiros Voluntários em Alverca do Ribatejo, no próximo dia 19 de Janeiro de 2023, pelas 21 horas, com a seguinte ordem de trabalhos: Ponto Um: Período antes da ordem de trabalhos; Ponto Dois: Apreciação e votação do Orçamento e Plano de Atividades para o ano de 2023; Ponto Três: Apreciação e votação da alteração do valor da quota mensal mínima a pagar pelos associados no ano de 2023; Ponto Quatro: Apreciar, deliberar e mandatar a Direção a arrendar metade da área da fração D, do artigo 4127 da União de Freguesias de Alverca do Ribatejo e Sobralinho , descrita na 2a Conservatória do registo Predial de Vila Franca de Xira sob o n° 2136/19800310 e sita na Quinta das Drogas e da Verdelha (vulgo armazém/garagem); Ponto Cinco: Apreciar e deliberar sobre a venda das ambulâncias ABSC-01 matricula 36-HP-98 e ABSC.04 matricula 36-HP-99 e mandatar a Direção para a execução da venda NOTA: Se á hora marcada, não estiverem presentes a maioria dos associados, a Assembleia Geral reunirá, meia hora depois, com qualquer número de associados presentes (artigo 49° n° 1 dos Estatutos); Alverca, 27 de Dezembro de 2022 A Presidente da Mesa da Assembleia Geral (Dra Maria Raquel Fernandes Pereira)

O CENTRO SOCIAL PARA DO DESENVOLVIMENTO SOBRALINHO

CONVOCATÓRIA Assembleia Geral Ordinária Auto de Posse dos Órgãos Sociais para o quadriénio 2023/2026 20 de janeiro de 2023 - 20:30 Horas De acordo com o Nº 1 do artº 19º do Capítulo III, Secção II, assim como os normativos previstos no nº 1 do artº 11 do Regulamento Eleitoral em vigor, convoco os Associados do Centro Social para o Desenvolvimento do Sobralinho, para uma Assembleia Geral Ordinária – Auto de posse, a realizar no espaço da nossa sede, sita na Rua Duque da Terceira Nº 1.

Se à hora marcada não estiverem presentes os Associados previstos no nº1 do Artigo 30º, dos Estatutos, a Assembleia realizar-se-á trinta minutos mais tarde com qualquer número de Associados e com a seguinte Ordem de Trabalhos: Ponto Único – Auto de posse dos órgãos sociais, eleitos para o quadriénio 2023/2026 Sobralinho, 22 de dezembro de 2022 A Presidente da Mesa da Assembleia-Geral _____________________________________ (Carla Isabel Gonçalves Guedes Gomes Carvalho) Nota Importante: Tratando-se de uma AG/cerimónia protocolar de tomada de posse, informa-se que irão estar presentes cidadãos não sócios, na qualidade de convidados.

Tiago Custodio A culpa é da empresa onde vão descarregar, devia ter condições para os camiões que estão a espera para descarregar estarem parqueados em segurança, mas isso é daquelas empresas só sabem encher os bolsos e estão-se marimbando para o resto.

Maria Filomena Veiga Fonseca Já me aconteceu, fartei-me de apitar e, ao fim de algum tempo, apareceu um homem, à porta do armazém, que nem sei se tinha a ver com a viatura, fiz sinal para que visse se vinha algum carro do lado de Arruda, para eu passar e ele simplesmente entrou para o armazém novamente. Entretanto já buzinavam atrás de mim, enervadíssima avancei. Tive sorte, mas é extremamente arriscado.

Uma falta de civismo enorme.

Emanuel Carvalho É mesmo. Deveriam estar dentro do espaço da empresa. Pois têm muito. Mas depois de acontecer algum acidente, talvez façam o que devem.

Arlindo Padilha Trabalhei como motorista e tive algumas descargas complicadas,

mas nestas circunstâncias dava o número do telefone e seguia para local próximo. Quando a empresa tivesse vaga, ligava-me e assim descarregava sem complicar a vida das outras pessoas.

António Oliveira É uma vergonha, devem estar à espera que o acidente venha, porque já está a espreitar há muito tempo, não acredito que as autoridades não tenham visto, uma vez que passam no local com alguma frequência e obrigam à infração só falta a caça à multa.

Ana Rita É isto todos os dias, a minha residência é perto e passo aí todos os dias para ir deixar o meu filho a escola. E estou em casa constantemente a ouvir buzinas, porque a visibilidade é muito reduzida ou nenhuma mesmo.

E quando não é um camião na faixa Vila Franca-Arruda é outro na faixa Arruda-Vila Franca, parado mais atrás, ou seja várias ultrapassagens simultâneas.

E para agravar é uma zona de muito movimento de manhã, que é quando eles estão ali parados, porque é parte de um percurso para um infantário/escola.

Portanto os riscos são enormes. E os condutores dos veículos pesados nem se dignam a ficar junto ao veículo para pelo menos ajudarem os outros condutores.

Vão-se embora e pronto, os outros são só os outros mesmo.

Tomásia Leandro Quando não são dois camiões um atrás do outro com quatro piscas, a causar um trânsito desnecessário às 8h30 da manhã.

Sendo que fica mesmo na curva que vai dar a uma escola, é mesmo vergonhoso.

Tininha Braz Quase todos os dias arrisco ultrapassar, por vezes dois camiões dentro da curva.

Fernando Ferreira Se a autoridade se apresentar no local terá de aplicar a Lei, identificação dos condutores e aplicar as coimas respectivas.

VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 » 07

Operação arrancou no dia 1 em Vila Franca e Loures

Carris Metropolitana alarga serviço aos concelhos do Norte da AML O novo sistema de transportes desenvolvido pela Carris Metropolitana está, desde domingo, a operar nos nove concelhos da parte Norte da Área Metropolitana de Lisboa Jorge Talixa Conforme previsto, a Carris Metropolitana está a operar, desde o passado domingo, nos concelhos de Vila Franca de Xira, Loures, Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras e Sintra.

A Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), empresa que detém a marca “Carris Metropolitana”, assegura que há um aumento de 20 por cento nos horários e mais 700 linhas de circulação de autocarros.

“Ao fim de largos meses de trabalho para a implementação das condições de logística e de recursos humanos necessários ao alargamento da operação da Carris Metropolitana aos municípios da margem norte do Tejo, os autocarros amarelos passam a operar os serviços da Carris Metropolitana nos concelhos de Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca

de Xira no primeiro dia de janeiro de 2023”, sublinha a TML, vincando que este esforço “só se considerará satisfeito quando o transporte público for a principal opção para assegurar a mobilidade na área geográfica mais movimentada do país” A Carris Metropolitana “funde, simplifica e uniformiza, a operação rodoviária nos cerca de 3 mil km2 dos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, contando, para já, com mais de 20 mil horários/circulações num dia útil (mais 20% do que os horários do serviço anterior à Carris Metropolitana), que representam 30% de aumento no número de quilómetros em operação, mais de 700 linhas (das quais 13% são linhas novas) e aproximadamente 12 mil paragens de autocarro”, prossegue a empresa criada pelos 18 municípios da AML. Este serviço será executado por 1575 viaturas, das quais “cerca de 70% novas (uma

idade média da frota inferior a 1 ano), correspondente a aproximadamente 250 milhões de euros de investimento em frota, e conduzida por um total aproximado de 3000 motoristas”.

A operação da Carris

Metropolitana “garante o acompanhamento e fiscalização do cumprimento dos níveis de serviço definidos em contrato que será prestado pelas empresas que venceram o concurso público internacional para cada uma das

áreas de operação, duas na margem norte do Tejo (Viação Alvorada e Rodoviária de Lisboa, que agora se iniciam) e duas na margem sul do Tejo (TST Transportes do Sul do Tejo e ALSA Todi)”, refere, tam-

bém, a TML, considerando que “a implementação da nova operação contratualmente definida, com uma marca e imagem única, Carris Metropolitana, é o maior projeto deste género no país e apresenta-se com um elevado grau de complexidade operacional, logístico e tecnológico”.

Por isso, a migração de serviços a partir do próximo dia 1 de janeiro trouxe alterações que, por mais pequenas que sejam, “causarão impactos nos hábitos quotidianos dos utilizadores, estando definidos os mecanismos de acompanhamento que garantem a gradual correção dos aspetos operacionais e a correta informação ao público, particularmente, através dos Espaços navegante® Carris Metropolitana existentes em cada concelho, do site www.carrismetropolitana.pt e da linha de apoio 210 418 800”, conclui a TML.

Contratos de concessão instalam mis 56 carregadores

Concelho de Vila Franca vai ter mais 28 postos de carregamento eléctrico A Rede de Postos de Carregamento para Veículos Elétricos vai ter um grande crescimento no concelho de Vila Franca de Xira já no próximo ano. O contrato celebrado, esta quinta-feira, entre Município vila-franquense e representantes da Galp e da EDP prevê a instalação de mais 28 postos de carregamento e de 56 carregadores. Significa isto que a rede pública vai crescer nove vezes, uma vez que actualmente possui apenas quatro postos e sete pontos de carregamento.

“Estamos a falar de uma multiplicação por 9 dos pontos de carregamento previamente existentes no nosso Concelho, tínhamos 4 postos, com 7 pontos de carregamento e passaremos a ter 32 postos com 63 pontos de carregamento” observou Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, no decorrer da cerimónia. Este alargamento da rede pública de carregadores resulta de um concurso lançado pela edilidade, em que foram selecionadas as propostas de con-

cessão apresentadas pela Galp e pela EDP. Os quatro postos de carregamento actualmente existentes situam-se em Alverca e na Póvoa de Santa Iria. Com o desenvolvimento

deste novo contrato, a rede alarga-se a todas as freguesias e uniões de freguesia do concelho.

A União de Freguesias da Castanheira e Cachoeiras ficará com três postos de carregamento

(6 pontos de carregamento), a freguesia de Vila Franca de Xira com seis postos de carregamento (12 carregadores), a União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz com

dois postos de carregamento (4 pontos de carregamento) e a União de Freguesias de Alverca e Sobralinho ficará com um total de 18 postos de carregamento (27 carregadores, 22 dos quais novos). Já a União de Freguesias da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa passará a contar com quatro postos de carregamento (três novos e um já existente, totalizando 8 pontos de carregamento) e na freguesia de Vialonga serão instalados três postos de carregamento, que resultarão em 6 pontos carregadores.

Frisando que, com este alargamento da rede, são, agora, abrangidas todas as freguesias do concelho, a Câmara de Vila Franca de Xira salienta que a implementação desta 1.ª Fase do Plano Estratégico Municipal de Alargamento da Rede de Postos de Carregamento para Veículos Elétricos “efetiva mais um importante passo na promoção da sustentabilidade e da mobilidade verde junto da população do concelho”.

SOCIEDADE 10 » VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 »

Em Vila Franca de Xira

Tertúlia presta homenagem ao comandante Elviro Passarinho A tertúlia vila-franquense “A Padroeira dos Campinos” prestou homenagem o comandante Elviro Passarinho, em final de mandato no Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira. Com 47 anos de dedicação à associação vila-franquense, Elviro Passarinho assumiu o comando da corporação em 2012 Elviro Alves Passarinho, comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Franca de Xira desde 2012, foi homenageado, em Dezembro, pela tertúlia “A Padroeira dos Campinos”. No dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, a tertúlia decidiu honrar “um excelente comandante, filho adotivo, um vila-franquense, um grande Senhor”.

“O boné que usa de comandante é o troféu pleno da distinção pela participação na defesa das populações. A escolha foi certamente determinada pela sua generosidade a adicionar ao enorme caráter humano que possui”, sublinhou Ana Serra, fundadora da tertúlia, lembrando que, no ano de 1395, D. João I, através da carta Régia de 23 de agosto, tomou a primeira iniciativa de promulgar a organização de um Serviço de Incêndios em Lisboa.

“Há muitos anos que conheço o comandante “Passarinho”, o meu avô paterno Joaquim Serra foi secretário da direção e o meu tio por afinidade, Hernâni São Pedro, responsável pelas contas de

Gerência. Então também me sentia em casa, em família”, prosseguiu Ana Serra, frisando que, com o passar do tempo, começou “a reconhecer todos os valores humanos que o nosso Passarinho possuía e, desde sempre, vi nele a entrega total a esta causa de ajuda e de dar a vida pelos outros”.

Depois, a responsável de “A Padroeira dos Campinos” lembrou que Elviro Passarinho começou por se inscrever nos Bombeiros de Vila Franca em 1974. “Tem uma Ordem de Serviço há 47 anos a indicar que fazia parte daquela casa e da sua história sempre a cumprir o seu dever como ainda hoje. Refere que os Bombeiros de Vila Franca de Xira são a sua segunda Família, no entanto na maior parte das vezes é a primeira”, vincou.

Elviro Alves Passarinho nasceu a 16 de fevereiro de 1959 na localidade de Galveias (Alto Alentejo), no concelho de Ponte de Sor. “Desde muito cedo veio para terras ribatejanas. Ao chegar a Vila

Franca de Xira, no ano de 1965, ficaram a morar na Calçada da Costa Branca, onde permaneceram por muitos anos. Iniciou a sua vida de trabalhador aos 10 anos, numa Mercearia da Vila e, aos 14 anos, numa antiga loja, também em Vila Franca, “Moto Scooter”, que pertencia ao seu antigo patrão e amigo Jorge Válter”, prosseguiu Ana Serra, sublinhando que Elviro Passarinho trabalhou nessa casa até 1991.

“A sua vida nos Bombeiros de Vila Franca, desde o primeiro dia

oficial até ao dia 23 de novembro, que contabilizamos 17 330 dias… são 47 anos, 5 meses e 25 dias ao serviço e em prol da população vila-franquense. Foi Cadete (1975-1977), Aspirante (1977), Bombeiro de 3ª Classe (19771980), Bombeiro de 2ª Classe (1980-1985), Bombeiro de 1ª Classe (1985-1987), Subchefe (1987-1991). Na progressão da carreira de Bombeiro, já em 1991, foi trabalhar para os bombeiros, tomando posse como Ajudante de Comando a exercer até 2003, ano

que passou a 2º Comandante permanecendo neste cargo até 2012 e no mesmo ano passou a exercer funções de comandante”, refere.

Salientando longa lista de condecorações que recebeu em mais de 35 anos de serviço, a responsável da tertúlia destacou o Crachá de Ouro atribuído pela Liga dos Bombeiros Portugueses. “Com o passar do tempo recorda com muita nostalgia toda a sua vida muito bem vivida e marcada por centenas de pessoas, senão milhares. Muitos bombeiros pas-

saram pelas suas mãos em todas as formações. Considera-se um pai para muitos deles, muito embora saiba que eles o olham como uma referência. Dócil e generoso é uma pessoa prestável, amigo do seu amigo, protetor do seu semelhante”, constata Ana Serra, no discurso que proferiu durante a homenagem, vincando que um dos momentos mais marcantes lembrados por Elviro Passarinho é um acidente ocorrido na Reta do Infantado, há mais de 40 anos, onde de um veículo com cinco pessoas que pertenciam à mesma família onde sobreviveu uma menina com 6/7 anos, vindo a falecer ao seu lado a mãe, o pai, o avô e a avó. “Este foi um dos cenários mais desoladores que marcaram a sua vida para sempre e pela negativa. Na positiva refere ter tido vários momentos extremamente bons que nem os consegue enumerar. Grato pelo apoio incontornável da sua família, salienta a pessoa que mais sofreu com a sua ausência, a sua querida esposa no fortalecimento e apoio nas decisões mais difíceis”.

No passado mês de dezembro

Simulacro de incêndio nos Escuteiros testa capacidade de resposta em Alhandra A Associação de Bombeiros Voluntários de Alhandra e o Agrupamento de Escuteiros alhandrense realizaram, no passado mês de dezembro, um simulacro de incêndio.

A iniciativa serviu para testar as condições da sede do agrupamento e a capacidade de resposta da corporação alhandrense, contribuindo também para sensibilizar os escuteiros e a comunidade local para a prevenção deste tipo de situações.

A suposta ignição teria tido início na cozinha e, rapidamente, fumo ter-seia alastrado a toda a sede que estava cheia de escuteiros. Este foi o ponto de partida do simulacro/exercício. De acordo com os responsáveis do Agrupamento CNE-1164 de Alhandra, “o recém-instalado alarme de incêndio cumpriu o seu papel e alertou toda a gente através da sirene”.

Depois, quando os escuteiros começaram a sair das várias salas, “encontraram a sede completamente cheia de fumo e sem visibilidade.

Quando chegaram ao ponto de

reunião, foi efectuada a contagem de cada secção.

Faltam dois escuteiros!”, prosseguiu o guião do simulacro. “Os bombeiros são alerta-

dos, algumas perguntas foram respondidas e, em poucos minutos, os bombeiros chegam à sede do Agrupamento de

Escuteiros. Esticam mangueiras, entram na sede com os fatos para incêndio e extraem os dois elementos desaparecidos. Afinal há mais uma

pessoa em falta. Os bombeiros encontram uma terceira pessoa inanimada na sede”, continua o exercício, de acordo com o qual chega ao local mais uma ambulância para socorro às supostas vítimas.

O “incêndio” simulado foi, assim, dominado e, durante o rescaldo, é retirado o fumo da sede. Nessa altura faz-se a avaliação e tudo correu “melhor do que se esperava”, acrescentam os responsáveis do agrupamento, vincando que se seguiu uma breve acção de formação sobre o uso dos extintores. Nessa acção, os escuteiros foram convidados para apagar uma pequena ignição e foram ensinados dois métodos, como se fosse um normal incêndio ou uma frigideira ao lume numa situação caseira.

Neste simulacro estiveram envolvidos 44 escuteiros deste Agrupamento do Corpo Nacional de Escutas e 14 bombeiros da corporação de Alhandra. Os Escuteiros utilizam uma plataforma de informação de actividades, com ligação à Protecção Civil Municipal.

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12 » VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 »

Na madrugada de 5 para 6 de Janeiro

Alenquer mantém tradição do “Pintar e Cantar dos Reis” Classificada como Património Cultural Imaterial Nacional, a tradição do Pintar e Cantar dos Reis tem uma tradição secular no concelho de Alenquer. Os grupos de reiseiros voltam a sair à rua na madrugada de 5 para 6 de Janeiro e, para os interessados em acompanhar, foi organizado um roteiro.

Os grupos de reiseiros voltam a sair à rua no concelho de

Alenquer, já na madrugada de 5 para 6 de Janeiro. O ritual,

Alenquer tem concursos e exposições de presépios Fotos: Hipólito Cabaço O concelho de Alenquer promoveu, ao longo do mês de dezembro, várias exposições e concursos de presépios. Na Romeira e nos Paços do Concelhos estiveram expostos presépios do concurso das freguesias e realizou-se, também, um concurso de presépios de rua e de montras. Até dia 7 de janeiro pode ainda ser vista, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, uma exposição de presépios da coleção privada do Major-General Canha da Silva. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00. E ao sábado das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

com origens seculares no concelho de Alenquer, desenvolve-se em várias localidades, com grupos que pintam e cantam às portas das casas os testemunhos e desejos de felicidade e prosperidade para o ano que agora começa.

O Município alenquerense lança, este ano, um Roteiro do Pintar e Cantar dos Reis, através do qual a tradição pode ser acompanhada, seguindo o trilho dos vários grupos de reiseiros ao longo da noite.

Catém, Mata, Penafirme da Mata, Olhalvo, Pocariça, Bairro, Cabanas do Chão, Cabanas de Torres, Paúla, Abrigada e Ota”.

A participação está aberta a toda a população, de forma gratuita, mediante inscrição prévia. A autarquia garante o transporte durante todo o percurso, que começa às 22h00 e termina em Alenquer, junto ao edifício dos Paços do Concelho.

Com este roteiro, “o município procura sobretudo dar a conhecer esta tradição ances-

Museu do Presépio fez um ano O Museu do Presépio de Alenquer completou um ano de existência no passado mês de dezembro. No espaço, para além de uma coleção de presépios diversificada, é dada a conhecer “toda a história e origem do Presépio Monumental de Alenquer e ainda permite descobrir ou aprofundar conhecimento sobre a tradição de Pintar e Cantar dos Reis que está classificada como Património Cultural Imaterial Nacional”.

Presépio Monumental tem visitas guiadas O programa de visitas guiadas ao Presépio Monumental de Alenquer decorre até sexta-feira. Os interessados podem fazer a sua inscrição para Visitas Curtas (Presépio Monumental), que se realizam diariamente às 19h00. Há, também, um programa de Visitas Longas (Presépio Monumental, Convento de São Francisco e Museu do presépio)

O trajeto, segundo a autarquia, pode durar cerca de 5 horas, “com passagem por localidades históricas no que respeita à celebração deste ritual, como Casal Monteiro,

tral, mas também garantir a sua celebração em gerações vindouras, assumindo-a como uma das grandes imagens de marca do concelho no país”.

O Pintar e Cantar dos Reis

“inclui, numa só prática, aspetos ligados à festa e aos ritos, mas também à linguagem escrita, aos cantares e aos cultos.

Estrelas, vasos, flores ou corações, são algumas das expressões artísticas que ficam marcadas de ano para ano, nas fachadas e muros das

casas, como reflexo da identidade de um povo. Crê-se que o ritual tenha sido trazido pelas ordens mendicantes, assente nos cultos de encomendação das almas, e foi perpetuado em Alenquer por influência das ordens religiosas existentes no concelho”, conclui a edilidade.

ANO NOVO 2023 especial

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Actividades também com as crianças da pediatria

No próximo domingo

Almoço de Natal junta família do Hospital de Vila Franca

Arruda tem Concerto de Ano Novo com a Banda do Ateneu

O Almoço de Natal promovido no dia 20 reuniu boa parte dos profissionais de saúde do Hospital. Os voluntários da Liga dos Amigos do Hospital (Batas Amarelas) também participaram. Ao longo da semana que antecedeu o Natal houve, também, festa para os filhos dos profissionais e actividades com as crianças internadas na pediatria

O Município de Arruda dos Vinhos reedita a tradição do Concerto de Ano Novo, na tarde do próximo domingo (16h00). No Pavilhão Multiusos arrudense estará a Banda do Ateneu Artístico Vilafranquense para um concerto com entradas livres. A iniciativa integra-se no ciclo “Fora de Portas” do Centro Cultural do Morgado.

Paralelamente e até à próxima sexta-feira decorre, ainda, a Feira de Artesanato de Natal. Na Sala Polivalente com acesso a tardoz do Chafariz Pombalino de Arruda pode visitar e adquirir ainda trabalhos de artesãos arrudenses.

NOTÁRIO Pedro Nunes Rodrigues

O Hospital de Vila Franca de Xira promoveu, no dia 20, um Almoço de Natal que juntou uma parte significativa dos profissionais de saúde da unidade. O espírito foi de franco convívio e o balanço feito por quase todos foi muito positivo. “Foi a primeira vez que tivemos um almoço de Natal tão concorrido. Foi óptimo”, sublinhou uma das participantes, realçando que nesta iniciativa do Hospital muitos profissionais de serviços diferentes puderam participar e conviver. Outros dos participantes destacaram que prevaleceu o espírito de Natal e de união. “Foi diferente, foi muito bom. É uma iniciativa de louvar”, acrescentaram outros dos profissionais participantes.

A iniciativa contou, também, com a participação dos voluntários da Liga dos Amigos do Hospital (Batas Amarelas), que tiveram igualmente oportunidade de entoar algumas canções de Natal.

Ao longo da semana que antecedeu o Natal, os filhos dos profissionais do Hospital de Vila Franca de Xira foram, também, convidados participar numa tarde diferente. Duendes, o Pai Natal e o “João pé de feijão" foram, entre outras, as personagens que animaram a Festa de Natal dos mais pequenos. Também junto das crianças internadas no Serviço de Pediatria foram promovidas várias actividades para assinalar a quadra de Natal.

CERTIFICO, PARA EFEITOS DE PUBLICAÇÃO Que neste Cartório de Lisboa, do Notário Pedro Nunes Rodrigues, sito na Rua Mouzinho da Silveira, n.° 32, 2° andar, por escritura de justificação, outorgada aos vinte e nove dias de Dezembro de dois mil e vinte e dois e lavrada a folhas noventa e sete do livro de notas seiscentos e quarenta e quatro foi pela "ADEGA COOPERATIVA DE ARRUDA DOS VINHOS CRL', com o número único de matrícula e de pessoa colectiva 500.008.272, com sede no Vale Quente, 2630 162 Arruda dos Vinhos, na freguesia e concelho de Arruda dos Vinhos, com o capital social mínimo de cinco mil euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial, justificado o seguinte: Que a cooperativa é dona e legitima possuidora do seguinte: PRÉDIO URBANO sito em Vale Quente de Baixo, na freguesia e concelho de Arruda dos Vinhos, composto de trinta e cinco balões de fermentação de vinho, com a área coberta ou de implantação de dois mil novecentos e quarenta e cinco vírgula trinta e três metros quadrados, a área descoberta de sete mil oitocentos e vinte seis virgula sessenta e sete metros quadrados, perfazendo a área total de dez mil setecentos e setenta e dois metros quadrados, confrontando de norte com Pavilhão Multi Usos (Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos), de sul com Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos, de nascente com Estrada Nacional 248 e de poente com Rio Grande da Pipa, ainda não descrito na Conservatória do Registo Predial de Arruda dos Vinhos, inscrito na que lhe permita o respectivo registo ria Conservatória do Registo Predial, mas desde logo entraram na posse e fruição dos mencionados imóveis, em nome próprio: posse que assim detêm há mais de vinte anos, sem interrupção, ou ocuftação de quem quer que seja.

Que essa posse, foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensiva mente, com conhecimento de toda a gente, em nome próprio e com o aproveitamento de todas as utilidades dos imóveis, tendo sempre suportado todos os encargos, impostos e despesas de conservação, procederam às manutenções necessárias, pintaram e repararam, agindo de forma correspondente ao exercício cio direito de propriedade. Que essa posse em nome próprio, pacífica, continua e pública há mais de vinte anos, conduziu à aquisição dos referidos direitos por USUCAPIÃO, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro titulo extrajudicial Lisboa, 29 de Dezembro de 2022 O Adjunto, ( Rui Miguel Luzia Valério ) (no uso da autorização conferida nos termos do artigo 8° do Decreto-Lei 26/2004, de 04.02) jornal Voz Ribatejana, edição 308, 4 de janeiro de 2023

ANO NOVO 2023 especial

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Memória

Alenquer: o Presépio e Hipólito Cabaço O Natal é tempo de partilha e fraternidade. É tempo de dedicação, pois faz de nós gente mais capaz, mais concretizadora e mais humana. O Natal e este período que nos leva até ao Ano Novo é, também, a altura em que se comemora o nascimento do Menino Jesus com imagens do Presépio. Alenquer, pela sua beleza e as suas características, sempre o celebrou com grande notoriedade.

Hipólito Cabaço A vila e o concelho de Alenquer vistos pelo arqueólogo Hipólito Cabaço em 1934. O texto que a seguir se transcreve não é inédito. Em 25 de Setembro de 1934 foi publicado duas vezes, no folheto “Alenquer Turística”, edição da Câmara Municipal. Em 1984 foi publicado novamente “Alenquer- Presépio de Portugal”, numa iniciativa do Museu Municipal Hipólito Cabaço.

“Da Vila e Têrmo de Alenquer” Da Vila “A sua fundação perde-se na noite dos tempos. Foi cidade luso-romana, com o nome de Ierábrica, depois habitada pelos alanos, visigodos e árabes. A estes deve o seu nome actual e a eles foi conquistada por D. Afonso Henriques.

Durante a monarquia foi apanágio das rainhas e habitual residência da Côrte, para onde vinha veranear ou refugiar-se contra o contágio de epidemias que amiúde assolavam a capital. Foi terra de grande importância e berço de muitos homens notáveis. O seu nome e o dos seus filhos andam sempre ligados aos factos notáveis da História de Portugal.

Dessas épocas e do muito que possui, apesar da vicissitude dos tempos e da incúria dos homens, ainda lhe restam alguns monumentos dignos de serem visitados e admirados, tais como: Convento de São Francisco, sobressaindo nele principalmente um portal românico, bem como outro portal, um claustro

manuelino; Igreja da Várzea, com o túmulo de Damião de Goes; Oratório de Santa Catarina, tendo no seu claustro o túmulo de Salvador Ribeiro, que foi rei do Pegu; as ruínas da Alcaçova e alguns troços da antiga muralha da vila; Porta da Conceição; Torre da Conceição; Torre da Couraça e diversas ruas e travessas que conservam um verdadeiro cunho medieval.

De arquitectura moderna pode apreciar-se o sobêrbo edifício dos Paços do Concelho que, sem exagêro, é dos mais bonitos de todo o País.

Terra de ilustres tradições e de grande passado, tem no presente jus a ser ainda grande, logo que sejam devidamente conhecidas as maravilhosas condições turísticas com que natureza a dotou. A vila de Alenquer pode e deve ser um grande centro de turismo e velegiatura, quer pela suas belezas naturais, bondade de clima, excelência das suas águas e abundância e barateza dos seus frutos e mais produtos do solo, bem como pela proximidade de Lisboa, facilidade de comunicações e ainda como centro de abastecimento abundante e econômico.

Foi com toda a razão que a cognominaram “Sintra do Ribatejo” e pode afirmarse – é digna e linda cúpula do jardim de maravilhas que é o seu termo.

Do Termo É o Têrmo de Alenquer, desde a fértil margem do Tejo até às abruptas faldas do Montejunto, um jardim abençoado cheio de beleza e encanto, de paisagem diversa, linda e de maravilhas, donde brotam inúmeras fontes de água pura e salutar, de clima temperado e são e os produtos do seu solo, óptimos e abundantes – verdadeira Terra de Promissão!

Foi densamente povoada desde os tempos mais remotos, como o comprovam os restos deixados no

A vila de Alenquer distribui-se pela encosta como um Presépio

seu subsolo por civilizações antigas: Alanos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Godos e Árabes. Não falando em outros povos mis antigos, por ela passaram e nela viveram.

Presentemente, alimenta e mantém uma produção densa, que na maior parte vive dos produtos do seu ubérrimo torrão. É legendária a excelência e a bondade dos seus vinhos e frutos, que ainda na actualidade são exportados em grande quantidade para diversas partes do Mundo”.

Homenagem e “crime cultural” Também este artigo me vai ajudar a prestar a minha homenagem ao meu avô e honrar a sua memória, relembrando o Museu Hipólito Cabaço, o maior e mais completo em Portugal do sector Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

No entanto, não posso deixar de referir que o actual presidente Pedro Folgado vai inventando factos e já lá vão dez ou doze anos para reabrir o mesmo museu. Isto é um crime cultural que este

Hipólito Cabaço (1895-1970) foi um dos mais reputados arqueólogos portugueses (Imagem Alenculta)

comete, pois impede os cidadãos, principalmente os mais jovens, de usufruírem e estudarem este vasto espólio que o meu avô deixou.

Imaginem, só a título de curiosidade, perto de 15 mil peças que estiveram encaixotadas em poder do

Município entre 1944 e 1975. Nessa altura já só restavam 13 mil peças.

Cerca de 2 mil peças desaparecerem ao longo dos anos. Por aqui se vê a incúria destas pessoas que são responsáveis pelo nosso património cultural.

O meu avô Hipólito

Cabaço deixou, também, a maior colecção de pontas de seta da Europa, relativas à pré-história. Em 1942 descobriu o primeiro Omossaurus em Portugal, na povoação do Baleal.

Palavras da arqueóloga Maria Amélia Horta Pereira, da Real Associação de Arqueólogos em 1970. “Eu não vou pedir um minuto de silêncio em homenagem a Hipólito de Almeida da Costa Cabaço, nosso consócio nº. 96, que deixou o mundo dos vivos. O silêncio não é a forma de venerar, de continuar e de manifestar gratidão a uma figura como esta. Peço-vos sim, peço-vos horas, semanas, meses de trabalho.

Peço-vos a publicação do material reunido no Museu de Alenquer. É servindo a mesma Ciência que ele desinteressadamente serviu que daremos verdadeiro significado à sua existência. Este Homem não foi um teorizador.

Viveu para rasgar caminhos. Tomemos, então, humildemente por esses caminhos, procurando através deles horizontes novos na História de Portugal.

ANO NOVO 2023 especial

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50 famílias apoiadas em Samora Correia

Associação levou ceia de Natal a dezenas de famílias carenciadas A Associação Social Amigos de Samora Correia distribuiu dezenas de cabazes de Natal por cerca de 50 famílias carenciadas desta freguesia do concelho de Benavente A ASASC (Associação Social Amigos de Samora Correia) distribuiu “dezenas de cabazes de Natal com bens alimentares a meia centena de

eméritos, que fizeram donativos em valor ou em espécie permitindo a oferta de bacalhau, batatas, cebolas, couves, fruta, arroz, açúcar, azeite,

As famílias contempladas são utentes do apoio social que a ASASC presta ao longo de todo o ano e outras foram indicadas pelos parceiros

tenas de beneficiários portugueses e migrantes, “apoiados com alimentação, vestuário, móveis, eletrodomésticos, apoio social e jurídico”.

Para garantir a sua atividade a ASASC “promove eventos e ações onde angaria fundos para aplicar no apoio às famílias.

problemas com que se debate a comunidade de Samora Correia com mais de 18 mil pessoas e uma área de 322km2”, sublinha a direcção

famílias carenciadas ou em situação de vulnerabilidade” da freguesia samorense. A campanha “Natal Solidário” contou com o apoio do comércio local, empresas e ben-

óleo e o tradicional Bolo Rei. No dia 22, os voluntários da ASASC fizeram a entrega dos cabazes, “após uma longa maratona de recolha e organização dos bens recolhidos”.

sociais da ASASC. Criada em 2015, a Associação Social Amigos de Samora Correia é uma instituição sem fins lucrativos e tem cerca de 400 associados e mais de três cen-

Os associados da ASASC beneficiam ainda do apoio das empresas parceiras na prestação de cuidados de saúde e de serviços fundamentais para uma vida digna.

“Fundada há sete anos a ASASC tem na valência social a sua bandeira mas mantém ainda atividade de cidadania intervindo na procura de soluções para os

da ASASC, composta por Ana Paula Neves, Cláudia Santos, Dina Salvador, Elisabete Belas, José Oliveira, Nelson Silva Lopes, Patrícia Malico e Sandra Simãozinho.

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ECONOMIA 16

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Assembleia Municipal

Benavente baixa IMI para a taxa mínima e aprova orçamento de 39 milhões Com votos favoráveis de CDU, PS e da Candidatura Independente, a Assembleia Municipal de Benavente aprovou as propostas de Orçamento e Grandes Opções do Plano da Câmara local para 2023. Na mesma sessão foi aprovada, por unanimidade, a redução para a taxa mínima de 0, 3 por cento do IMI cobrado no município.

Jorge Talixa A Assembleia Municipal de Benavente aprovou, por maioria, as propostas de Orçamento e Grandes Opções do Plano da Câmara benaventense para 2023. Na sessão realizada, no dia 14, no salão do Centro Cultural de Benavente, foi igualmente aprovada, desta vez por unanimidade, a proposta do executivo municipal para a redução do IMI (Imposto sobre Imóveis) cobrado no concelho para a taxa mínima prevista na Lei de 0, 3 por cento. Os deputados municipais benaventenses aprovaram, ainda, as propostas de lançamento de derrama e de participação variável no IRS e de mapa de pessoal para 2023.

A bancada do PSD votou contra a proposta de lançamento da derrama e absteve-se na votação do Orçamento e das Grandes Opções do Plano e na participação variável no IRS. Os soci-

ais-demoocratas afirmaram que estas propostas não trazem nada de novo e revelam falta de visão e de estratégia para o futuro.

Carlos Coutinho (CDU), presidente da Câmara de Benavente, considerou que a opinião do PSD não corresponde à verdade e lembrou que o concelho de Benavente é dos que está a atrair mais investimentos e conseguiu, nos últimos oito anos, um crescimento de mais de 60 por cento no volume de negócios das suas empresas.

IMI na taxa mínima “Estamos numa conjuntura muito difícil. O aumento das despesas em função das questões energéticas e outras é muito significativo”, admitiu Carlos Coutinho, reconhecendo que, neste contexto, “num orçamento com um aumento tão forte das despesas não deveria haver, nesta altura, reduções de impos-

Carlos Coutinho

tos”.

Mas, referiu o autarca da CDU, o

executivo camarário “tem um objectivo que está bem definido

e que diz respeito ao IMI, no sentido de poder ser fixada a taxa

mínima. As taxas previstas na Lei vão de 0, 3 a 0, 45 por cento

CDU e PS votaram a favor, PSD votou contra

Orçamento de 39 milhões aprovado por maioria Os órgãos municipais de Benavente aprovaram as propostas de orçamento e plano da Câmara para 2023. São cerca de 39 milhões de euros, num dos orçamentos mais elevados de sempre, mas onde cerca de 8, 6 milhões são, ainda, verbas com origem a definir. Carlos Coutinho explicou que a Câmara conta com um saldo de gerência de 2022 entre os 6 a 8 milhões de euros e que, se esta verba a transitar para 2023 não for suficiente, o Município poderá ter que equacionar a contração de um empréstimo.

“A construção de um orçamento deve ser um trabalho conjunto tanto quanto possível e nós, na CDU, o que procuramos é criar espaço para que todos possam dar os seus contributos. Neste caso, procurámos atender às propostas e ter uma solução que pudesse viabilizar o orçamento. E tivemos com o PS essa situação. Foi possível acolhermos um conjunto de propostas e chegarmos a acordo. É um orçamento que tem uma participação muito significativa”, afiançou o autarca da CDU, lembran-

Bancada do PSD

do que “vivemos uma situação que é transversal com uma inflação desmesurada e que faz com as aquisições de bens e serviços disparem. Vínhamos a diminuir significativamente os custos da energia e, neste orçamento, os custos da energia sobem de menos de 1 milhão para mais de 3, 2 milhões de euros. Só nesta rubrica são mais 2 milhões de euros”, precisou.

Depois, Carlos Coutinho observou que neste orçamento já estão consideradas a descentralizações de competências da administração central, que correspondem a uma receita e a uma despesa de cerca de 4 milhões de euros. “A situação

não é fácil para este próximo futuro, se não houver uma alteração de um conjunto de situações”, alertou o edil, frisando que estas propostas dão continuidade à política de apoio ao movimento associativo e aos bombeiros e à cultura. “Haverá a conclusão de um conjunto de obras e a concretização de um conjunto de outras obras inscritas nos nossos objectivos”, rematou.

Bem diferente é a posição da bancada do PSD e Armando Almeida afirmou que “este orçamento não traz nada de novo, é uma simples repetição do que se fez nos anos anteriores e que não se concretizou

Bancada da CDU

em 2021, passou para 2022 e, agora, passa para 2023. Não oferece nada para o futuro dos nossos filhos. Não há nenhuma ideia para o concelho. Não traz nada para as escolas que já são um problema no nosso concelho. Não traz nada para as nossas estradas e para desviar o trânsito dos centros urbanos. As ideias e críticas da oposição não foram aproveitadas”, lamentou.

Já Paulo Cardoso (Chega) mostrou-se preocupado com o facto de “dois-terços do orçamento serem despesas correntes” e acusou a gestão da CDU de “não ter estratégia para o desenvolvimento

do Município”. Ainda assim, realçou o facto de estarem incluídas no orçamento propostas de apoio à criação de uma USF em Benavente, o que levou o Chega a optar pela abstenção. Pedro Gameiro, eleito do PS, realçou, também, a integração de algumas propostas da oposição e considerou este orçamento “o mais interventivo dos últimos anos”.

Segundo referiu, o PS entende que “este é o momento para dar o nosso contributo” e destacou medidas como o apoio à criação da USF e a criação de redes para recolha e distribuição de alimentos às famílias mais carenciadas.

VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 » e, desde 2013, temos vindo a baixar progressivamente, estando neste momento em 0, 32”, explicou o edil, frisando que “sendo este um objectivo de redução para o mandato, entendemos que seria algo de importante podermos fazer um esforço acrescido e baixar já a taxa de IMI para os 0, 3”.

Carlos Coutinho recordou que já tinha havido uma redução no ano anterior e que esta redução para a taxa mínima representa um “corte” de 270 mil a 300 mil euros nas receitas municipais.

“Estamos a falar, nos três anos até ao final do mandato, de uma verba muito significativa. Mas creio que vale a pena fazer este esforço e, naquilo que foram as conversas que tivemos com o PS, para a convergência para podermos viabilizar as situações, acordámos em baixar a taxa de IMI para os 0, 3”, explicou o presidente da Câmara.

pal do PS, congratulou-se com o facto do PSD também estar de acordo com esta redução.

“Todos nós temos o objectivo de aligeirar os impostos municipais, num ponto de equilíbrio com as obras e os investimentos que é necessário fazer no município”, alertou. A proposta de fixação da taxa legal mínima de IMI no concelho de Benavente foi, assim, aprovada por unanimidade.

Discussão na derrama O mesmo não sucedeu na proposta de lançamento de uma derrama para 2023 sobre os lucros das empresas registados em 2022. Nádia Matos, eleita do PSD, salientou que a sua bancada iria votar contra, porque uma derrama de 1, 5 por cento “não espelha uma aposta da Câmara no tecido empresarial. A proposta do PSD foi baixar para 1,3, o

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daquilo que é realizado no município. O que faz a diferença é se tivermos a capacidade de planear e de sermos atractivos, é necessário termos uma boa capacidade de resposta para as empresas se instalarem. Tivemos a capacidade de criar condições para as empresas aqui se fixarem. Não posso estar a ouvir constantemente da vossa parte que é falta de estratégia e de visão”, contrariou Carlos Coutinho, vincando que em 2013 o volume de negócios das empresas instaladas no concelho rondava os 800 milhões de euros e que, em 2020, atingiu os 1362 milhões de euros. “É um crescimento de 562 milhões de euros.

Só um grande vigor de desenvolvimento económico permitiu que possamos atingir estes valores. Estas coisas não acontecem por acaso, acontecem por visão, por planeamento e por capacidade de dar uma imagem de

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE BENAVENTE EDITAL N.° 17 / 2022 V SESSÃO ORDINÁRIA, DO CORRENTE ANO, DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE BENAVENTE, REALIZADA NO DIA 14 DE DEZEMBRO DE 2022 Mário Rui Filipe Santos, Presidente da Assembleia Municipal de Benavente, torna público, de acordo com as disposições legais e regimentais aplicáveis, que na V sessão ordinária, do corrente ano, deste órgão deliberativo, realizada no dia 14 DE DEZEMBRO DE 2022, no Centro Cultural de Benavente, foram tomadas as seguintes deliberações: PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA: - Apreciação e votação da ATA N.º 06/2022 correspondente à sessão da Assembleia Municipal, realizada no dia 29 de setembro de 2022, que foi aprovada por unanimidade (cópia em anexo).

PERÍODO DA ORDEM DO DIA: - Para efeitos de tomada de deliberação, a pedido da Câmara Municipal, foi autorizada, por maioria, com 17 votos a favor, sendo 9 da CDU, 5 do PS, 2 do CHEGA e 1 da CIMB, e 7 votos contra do PSD, a introdução de um Ponto Extra à Ordem do Dia da sessão, nos termos do nº 2 do artigo 50.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 /09, na redação vigente, respeitante ao Projeto de Revisão do Regulamento Municipal para Atribuição de Bolsas de Estudo – Relatório de Consulta Pública, constituindo-se como Ponto n.º 18; PONTO 1 - PROPOSTA DE REVISÃO (4ª) AO ORÇAMENTO E ÀS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA 2022: aprovada, por maioria, com 17 votos a favor, sendo 9 da CDU, 5 do PS, 2 do CHEGA e 1 da CIMB, e 7 abstenções do PSD; PONTO 2 – PROPOSTA DE LANÇAMENTO DE DERRAMA PARA 2023 - RENDIMENTOS DE 2022 – aprovada, por maioria, com 15 votos a favor, sendo 9 da CDU, 5 do PS e 1 da CIMB, 7 votos contra do PSD e 2 abstenções do CHEGA; PONTO 3 – PROPOSTA DE PARTICIPAÇÃO VARIÁVEL NO IRS – RENDIMENTOS DE 2023 – RECEITA MUNICIPAL EM 2024 – aprovada, por maioria, com 15 votos a favor, sendo 9 da CDU, 5 do PS e 1 da CIMB, e 9 abstenções, sendo 7 do PSD e 2 do CHEGA; PONTO 4 – PROPOSTA DE TAXA DE IMI PARA O ANO DE 2022 – RECEITA MUNICIPAL EM 2023 – Aprovada, por unanimidade; PONTO 5 – PROPOSTAS DE ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA O ANO FINANCEIRO DE 2023 – Discussão conjunta e votação separada das propostas – Ambas as propostas foram aprovadas por maioria, com igual votação: 15 votos a favor, sendo 9 da CDU, 5 do PS e 1 da CIMB, sete votos contra do PSD e 2 abstenções do CHEGA; PONTO 6 – PROPOSTA DE MAPA DE PESSOAL PARA O ANO DE 2023 – aprovada, por maioria, com 11 votos a favor, sendo 9 da CDU e 2 do CHEGA, e 13 abstenções, sendo 5 do PS, 7 do PSD e 1 da CMB; PONTO 7 – PROPOSTA DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL PARA A ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS – aprovada, por maioria, com 17 votos a favor, sendo 9 da CDU, 5 do PS, 2 do CHEGA e 1 da CIMB, e 7 abstenções do PSD; PONTO 8 – CONTRATO INTERADMINISTRATIVO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE BENAVENTE NA FREGUESIA DA BARROSA – Mandato Autárquico - 2021-2025 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO OBJETO CONTRATUAL – aprovada, por unanimidade; PONTO 9 – CONTRATO INTERADMINISTRATIVO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE BENAVENTE NA FREGUESIA DA BENAVENTE – Mandato Autárquico - 2021-2025 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO OBJETO CONTRATUAL - aprovada, por unanimidade; PONTO 10 – CONTRATO INTERADMINISTRATIVO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE BENAVENTE NA FREGUESIA DA SAMORA CORREIA – Mandato Autárquico - 2021-2025 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO OBJETO CONTRATUAL - aprovada, por unanimidade; PONTO 11 – CONTRATO INTERADMINISTRATIVO DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO DE BENAVENTE NA FREGUESIA DA SANTO ESTEVÃO – Mandato Autárquico - 2021-2025 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO OBJETO CONTRATUAL - aprovada, por unanimidade;

Dora Morgado, deputada municipal do PSD, observou que sua bancada iria votar favoravelmente esta proposta de redução da taxa de IMI, mas defendeu que também “deveria ter ficado fixado o IMI Familiar. Não é um valor que vá sobrecarregar muito, a autarquia só perde à volta de 20 mil euros, o que num orçamento de 40 milhões não é nada de transcendente”, acrescentou, vincando que “já existe IMI Familiar em mais de 80 por cento dos municípios”.

Paulo Reis, deputado municipal da CDU, frisou que Dora Morgado afirmou que o IMI Familiar é aplicado em 80 por cento dos municípios, “mas importava também dizer, a bem da verdade, que muitos desses municípios não têm o IMI na taxa mínima. Dão o IMI Familiar, mas depois têm as taxas de IMI mais altas, coisa que nós no nosso município não temos. Nós optamos pela redução do IMI para todos os munícipes”, salientou. Já António Ribeiro, eleito munici-

que teria pouca expressão nas receitas da Câmara, estamos a falar de cerca de 120 mil euros. É menos receita, mas pode ser um sinal, a Câmara precisa de demonstrar que aposta nas empresas. Uma Câmara sem estratégia não tem futuro”, defendeu a eleita social-democrata.

Já Paulo Cardoso, eleito do Chega, frisou que “qualquer redução de impostos é sempre bem vinda, numa altura em que as famílias e as empresas estão asfixiadas com impostos. Pena que o Município não considere uma descida da derrama”, sugeriu, questionando se a Câmara pondera fazer uma requalificação eficaz das zonas industriais municipais Carlos Coutinho reagiu às críticas do PSD, considerando que os sociais-democratas falam de falta de estratégia e de visão para o futuro, mas que isso não corresponde à verdade. “Apresentemme um município que, desde 2013, tenha crescido cerca de 60 por cento no volume de negócios

atractividade do nosso concelho”, situou o presidente da Câmara, explicando que o executivo preferiu propor um esforço de redução de receitas cobradas no IMI, porque é um imposto “transversal”.

Ricardo Oliveira, eleito do PSD, ainda insistiu que o desenvolvimento do concelho também beneficia da proximidade da Área Metropolitana de Lisboa e dos terrenos mais baratos e afirmou que “a Câmara não tem sequer um gabinete de apoio às empresas”. Carlos Coutinho observou que não é bem assim, porque municípios vizinhos não têm conhecido o desenvolvimento económico verificado em Benavente. E lembrou que a derrama praticamente não se aplica a empresas com volume de negócios igual ou inferior a 150 mil euros. A proposta de lançamento de derrama acabou, assim, por ser aprovada com 15 votos favoráveis (CDU, PS e Candidatura Independente), sete votos contra do PSD e duas abstenções do Chega.

PONTO 12 – ACORDO DE TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIAS E AUTO DE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS ENTRE O MUNICÍPIO E A FREGUESIA DE BENAVENTE, AO ABRIGO DO DISPOSTO, CONJUGADAMENTE, NO DECRETO-LEI N.º 57/2019, DE 30/04 E NA LEI N.º 50/2018, DE 16/10 – PROPOSTA DE 3.º ADITAMENTO – aprovada, por unanimidade; PONTO 13 – ACORDO DE TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIAS E AUTO DE TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS ENTRE O MUNICÍPIO E A FREGUESIA DE SAMORA CORREIA, AO ABRIGO DO DISPOSTO, CONJUGADAMENTE, NO DECRETO-LEI N.º 57/2019, DE 30/04 E NA LEI N.º 50/2018, DE 16/10 – PROPOSTA DE 3.º ADITAMENTO – aprovada, por unanimidade; PONTO 14 – TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIAS DE AÇÃO SOCIAL PARA A CIMLT – COMUNIDADE INTERMUNICIPAL DA LEZÍRIA DO TEJO –- DL N.º 55/2020, DE 12/08, NA REDAÇÃO ATUAL ACORDO PRÉVIO DOS MUNICÍPIOS / PROPOSTA - aprovada, por unanimidade; PONTO 15 – PROCEDIMENTO CONCURSAL PARA RECRUTAMENTO DE DIRIGENTE DE TERCEIRO GRAU DO PLANEAMENTO, AMBIENTE E FISCALIZAÇÃO – ALTERAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO DE JÚRI / PROPOSTA DE RETIFICAÇÃO DA DELIBERAÇÃO TOMADA PELA CM EM REUNIÃO DE 19.09.2022 – aprovada, por maioria, com 8 votos a favor da CDU e 15 abstenções, sendo 7 do PSD, 5 do PS, 2 do CHEGA e 1 da CIMB. Um dos eleitos da CDU encontrava-se ausente da sala, no momento da votação; PONTO 16 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DA PRIMEIRA REVISÃO DO PDM DE BENAVENTE PARA ADEQUAÇÂO AO RERAE – VERSÃO FINAL – aprovada, por unanimidade; PONTO 17 – PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DA DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA (ARU) 02 DE SAMORA CORREIA E OPERAÇÃO DA REABILITAÇÃO URBANA SISTEMÁTICA – PROGRAMA ESTRATÉGICO DE REABILITAÇÃO URBANA – aprovada, por unanimidade; PONTO 18 – (Ponto Extra) - PROJETO DE REVISÃO DO REGULAMENTO MUNICIPAL PARA ATRIBUIÇÃO DE BOLSAS DE ESTUDO – RELATÓRIO DE CONSULTA PÚBLICA – aprovado, por maioria, com 17 votos a favor, sendo 9 da CDU, 5 do PS, 2 do CHEGA e 1 da CIMB, e 7 abstenções do PSD. Para conhecimento geral se publica este Edital e outros de igual teor, que irão ser afixados nos locais habituais, publicitado no site do Município e publicado num jornal de âmbito local ou regional.

Assembleia Municipal de Benavente, aos 19 de dezembro de 2022 O Presidente da Assembleia Municipal de Benavente -Mário Rui Filipe Santos-

ECONOMIA 18 » VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 »

Espaço inclui lojas Note e Wells

Projecto para 2023

Continente Bom Dia já abriu em Vialonga

Mercadona aumenta salários e prepara abertura em Alverca

O novo Continente Bom Dia de Vialonga está a funcionar desde Dezembro na artéria principal da vila. A abertura desta grande superfície da rede Continente cria cerca de meia centena de postos de trabalho.

O Continente Bom Dia de Vialonga abriu em meados de Dezembro, alargando a oferta comercial da vila e da freguesia que já tem cerca de 25 mil habitantes. Com uma área de venda de 1706 metros quadrados, o Continente Bom Dia de Vialonga disponibiliza também 134 lugares de estacionamento e conta com uma loja Note e Wells. A abertura deste espaço da rede Continente Bom Dia cria cerca de meia centena de postos de trabalho em Vialonga. Este espaço dispõe, igualmente de dois postos de carregamento para veículos elétricos, no parque de estacionamento e painéis solares na cobertura/estacionamento.

No decorrer do mês de dezembro a Sonae Modelo Continente abriu mais duas superfícies no distrito de Lisboa, no Estoril e na Avenida de Paris, no centro da capital portuguesa. São, agora, 77 espaços da rede Continente no distrito de Lisboa.

Ao nível da sustentabilidade ambiental, “as lojas dispõem de lâmpadas de baixo consumo, 100% LED, para iluminação e equipamentos de controlo e redução de consumos excessivos de água e contentores onde os clientes podem depositar pilhas usadas e rolhas de cortiça, que serão posteriormente levadas para reciclagem”.

O Continente Bom Dia de Vialonga funciona na Rua Professor Egas Moniz (próximo da sede da Junta de Freguesia), entre as 8h00 e as 21h00.

A Mercadona, empresa de supermercados com origem em Espanha, está a alargar cada vez mais a sua presença no território português e vai abrir, já em 2023, a sua primeira grande superfície na nossa região, que ficará instalada na cidade de Alverca. Paralelamente, a empresa de retalho alimentar está a construir a sua grande unidade de distribuição para as zonas centro e sul do país no concelho de Almeirim.

Na semana passada, o Comité de Direcção da Mercadona decidiu “aumentar o salário base de toda a sua equipa de acordo com o IPC (índice de preços ao consumidor) definitivo de dezembro 2022”. Esta medida entrará em vigor a partir do salário de janeiro dos mais de 96.000 colaboradores que fazem parte da empresa em Portugal e Espanha, “de acordo com o IPC definitivo do mês de dezembro aplicado em cada país. O objetivo é manter o poder aquisitivo de todas as pessoas que fazem parte da Mercadona, porque são o melhor ativo dos clientes. Quanto mais satisfazem os "Chefes", como internamente a empresa designa os seus clientes, mais a Mercadona avança”, constata a empresa.

“A Mercadona, sabendo que o aumento dos salários em 2022 de acordo com a inflação de 6,5% em Espanha e 2,7% em Portugal, significaria um aumento dos seus custos fixos, implementou uma série de novas medidas. Entre elas, as melhorias na digitalização dos seus processos e o compromisso de consciencializar toda a equipa na análise dos custos incorridos, movimentos que resultaram, no final do ano, num aumento da produtividade de 9% e numa poupança de custos de mais de 200 milhões de euros”, acrescenta a Mercadona, lembrando que, já em Outubro passado, anunciara que vai aumentar em 11% o salário de entrada dos seus colaboradores em Portugal, “ao qual irá agora somar-se a atualização do IPC a toda a tabela salarial”.

Sustenta a direcção da Mercadona que “a progressão salarial é uma das formas de recompensar os colaboradores pelo esforço e dedicação que realizam diariamente. É um dos benefícios que oferecemos, junto com outros valores como a efetividade desde o 1º dia ou a formação. Deste modo a progressão salarial pode variar entre 4 e 5 níveis, aplicando-se em cada nível um aumento salarial de 11%, num máximo de 5 anos, dependendo do cargo que o colaborador ocupa”.

No Alentejo e Ribatejo

Concurso premeia projetos empresariais inovadores nas PME A Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) está a dinamizar o Concurso Alentejo INOVAR+2.0 em parceria com as associações empresariais do Alentejo. Com candidaturas abertas até 9 de janeiro, a iniciativa pretende estimular o desenvolvimento de ideias inovadoras nas PME’s (pequenas e médias empresas) de cada região.

De acordo com o regulamento do concurso, são valorizados projetos que promovam a inovação empresarial e que

contribuam para o desenvolvimento de novos bens e serviços, para o aumento da produtividade e/ou capacidade de criação de valor. Os projetos candidatos “deverão estimular o desenvolvimento dos setores estratégicos regionais nas diferentes áreas de inovação, de acordo com a estratégia regional de especialização inteligente do Alentejo para 2030, nomeadamente em áreas como a Bioeconomia Sustentável, Energia Sustentável, Mobilidade e Logística,

Serviços de Turismo e Hospitalidade, Ecossistemas Culturais e Criativos e Inovação Social e Cidadania”.

Com candidaturas abertas até 9 de janeiro, o concurso tem disponíveis 5.000 euros para premiar os melhores projetos de cada região, no total de 20.000 euros para apoiar projetos de inovação nas empresas do Alentejo. “São elegíveis projetos empresariais inovadores desenvolvidos por PME das regiões NUT3 do Alto Alentejo, Alentejo

Central, Baixo Alentejo, Lezíria do Tejo e Alentejo Litoral (Odemira), devendo as candidaturas ser apresentadas em https://inovardoispontozero.pt/concurso. Do distrito de Santarém, são elegíveis projetos inovadores de PME com sede nos concelhos da Lezíria do Tejo, nomeadamente (Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém).

VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 » 19

Investimento de 150 milhões

Obras do grande centro logístico da Leroy Merlin avançam em Janeiro na Castanheira A Montepino, empresa espanhola vocacionada para a instalação de grandes unidades logísticas, anunciou um investimento de 150 milhões na freguesia da Castanheira do Ribatejo. Na chamada Zona de Expansão da Plataforma Logística vai ser instalado o grande centro de distribuição nacional da Leroy Merlin. As obras deverão arrancar já em Janeiro e a futura unidade logística poderá criar 400 postos de trabalho Jorge Talixa Os trabalhos de construção do grande centro nacional de distribuição do grupo Leroy Merlin deverão avançar já neste mês de Janeiro, na Castanheira do Ribatejo, segundo garante a promotora espanhola Montepino, que há cerca de dois meses anunciara a aquisição da designada Zona de Expansão da Plataforma Logística de Lisboa-Norte (ZEPLLN), situada exactamente nesta freguesia do concelho de Vila Franca de Xira. Na altura, a Montepino (empresa ligada ao grupo Valfondo) acrescentou que vai investir 150 milhões de euros na plataforma da

das espanholas Abertis e Saba, a PLLN tem já vários projectos logísticos em desenvolvimento. Já a Zona de Expansão pertenceu, entretanto, ao Novo Banco, que iniciou as obras de infra-estruturas em 2020 e foi adquirida, recentemente, pela Montepino Logística.

Criada há perto de 20 anos, a Montepino Logística é gerida pelo grupo Valfondo (gestor de activos especializado em logística) e diz ter investido já mais 1150 milhões de euros em 36 unidades logísticas espalhadas por várias zonas de Espanha. A ZEPLLN é, agora, a primeira grande aposta da Montepino em território português.

Outro caminho

Reconverter antigas áreas industriais devolutas Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, acrescenta que outro caminho que o Município quer explorar é o da reconversão de antigas áreas industriais devolutas - tem mais de 300 hectares de terrenos “abandonados” onde funcionaram actividades industriais, sobretudo nas freguesias de Alverca, Sobralinho, Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria. “Também há perspectivas de reconversão de outros terrenos e de outras instalações que já não estão em uso, como, por exemplo, a antiga Colgate (Sobralinho), que também já está a ser muito procurada para estes fins. É natural que, ao longo dos próximos anos, venha a haver uma requalificação das zonas industriais que estão neste momento devolutas e que possam vir a ser postas ao serviço da criação de emprego. É nisso que estamos a trabalhar”, conclui o edil vila-franquense.

Castanheira. As negociações com a Leroy Merlin já estavam avançadas e consumaram-se no início de dezembro, de acordo com a Montepino.

A ZEPLLN surgiu em 2011, num empreendimento lançado pela Promovinte, empresa ligada ao grupo Martifer. Tem cerca de 41 hectares e desenvolveu-se ao lado da Plataforma Logística de Lisboa-Norte (PLLN), projecto controverso aprovado, em 2008, no primeiro governo de José Sócrates, com uma área de 100 hectares.

Actualmente na posse da Merlin Properties, depois de ter passado pelas mãos

Segundo a Montepino, o acordo agora firmado com a Leroy Merlin permitirá “construir aquela que será a maior plataforma logística em Portugal” – informação que suscita algumas reservas, uma vez que a vizinha PLLN tem mais do dobro da área desta Zona de Expansão. Certo é que, a unidade logística a construir na ZEPLLN terá uma área edificada de 105 mil metros quadrados (nave única) e “tornar-se-á o centro nacional de distribuição logística para a Leroy Merlin, uma multinacional francesa especializada em bricolage, construção, decoração e jardinagem”. As

obras, refere a Montepino, avançam já em Janeiro e deverão estar concluídas em Novembro de 2024.

A empresa espanhola estima que, durante a fase de construção, sejam gerados cerca de 250 postos de trabalho, com a participação de cerca de 40 empresas portuguesas e locais. “A Leroy Merlin, por seu lado, estima que, uma vez operacional, o armazém criará cerca de 400 empregos que irão beneficiar o tecido produtivo da área”, acrescenta a Montepino, vincando que “esta plataforma será a primeira que vai construir em Portugal, na sequência do recente “salto da empresa para a cena imobiliária internacional”.

“A assinatura do acordo com a Leroy Merlin representa um passo muito importante na nossa estratégia de expansão internacional, onde pretendemos diversificar a nossa carteira de clientes.

Estamos extremamente satisfeitos por associar a marca Montepino a um dos principais operadores do setor e trabalhar em conjunto para o sucesso deste projeto, que marcará um ponto de viragem no desenvolvimento logístico em Portugal”, afirma Ben Alogo, diretor de expansão internacional

da Valfondo.

Câmara sente aumento da procura Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, sublinha, por seu turno, que o concelho regista, actualmente, uma grande procura de investidores, principalmente para unidades logísticas de última geração, mas também para indústria de tecnologias de ponta. “Os projectos que estão, neste momento, a chegar, são de uma dimensão nacional. E também estamos a procurar captar alguns serviços de indústria de tecnologia de ponta, que têm associada a investigação. São investidores nacionais e internacionais que estão a procurar-nos nesse sentido.

Felizmente temos alguns terrenos disponíveis para esses fins”, salienta o autarca do PS, em declarações ao Voz Ribatejana, vincando que a zona da Plataforma Logística de Lisboa-Norte e da Expansão da Plataforma Logística, na freguesia da Castanheira, “é um dos espaços excelentes para isso”. No total, as duas plataformas somam 141 hectares e beneficiam da proximidade de um nó de acesso à Auto-estrada do

Norte e da linha-férrea. Na PLLN já funciona a primeira nave há cerca de 2 anos, deverá avançar em breve a segunda e existe uma intenção de instalação

de um grande centro logístico do Grupo Jerónimo Martins. A vizinha ZEPLLN foi escolhida para o grande centro logístico da Leroy Merlin.

suplemento

Apoio à Terceira Idade

edição 1 de FEVEREIRO ANUNCIE NO VOZ RIBATEJANA comercial.vozribatejana@gmail.com ou ligue

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REGIONAL 20 » VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 »

Em Samora Correia

Câmara toma posição

Gala Jovem divulga talentos e alerta para os problemas da saúde mental

Pressão sobre o SAP preocupa Benavente Utentes sem médico de família de toda a região têm sido encaminhados para o SAP de Benavente. Mas a pressão sobre aquele serviço está a gerar problemas sérios

O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Benavente tem sido apontado pelo agrupamento regional de centros de saúde como uma das duas alternativas para os quase 100 mil utentes da região que não têm médico de família atribuído conseguirem uma consulta de recurso. A pressão e a procura do SAP benaventense (instalado no centro de saúde mas gerido pela Misericórdia local) não tem, por isso, parado de aumentar e

dor da Misericórdia de Benavente e o comandante da GNR local.

“No actual contexto de carência de médicos de família, o Aces do Estuário do Tejo tomou a decisão de priorizar o atendimento do SAP de Benavente para os utentes em situação de doença aguda e que não têm médico de família.

Esta decisão determinou que os utentes sem médico de família de alguns municípios vizinhos pudessem aceder ao nosso SAP, decisão que, associada à falta de médicos de família em Benavente, tem provocado um

atendidas 90 pessoas e registamse mesmo “situações de conflito”.

Preocupado com o facto de alguns médicos manifestarem a intenção de “abandonar” o SAP de Benavente perante esta situação “conflituosa”, Carlos Coutinho sublinha que essa eventual saída seria “altamente penalizadora” para o concelho de Benavente.

Nesse sentido, o autarca divulga as regras de utilização do SAP enumeradas pelo Aces, frisando que as consultas do SAP só devem ser utilizadas para situações de doença aguda ou de

chegam a atingir-se os 90 atendimentos por dia. As dificuldades geradas aos utentes locais e a pressão sobre os médicos começam a gerar problemas, que levaram a Câmara de Benavente a promover uma reunião com a directora do Agrupamento de Centros de Saúde (Aces), o prove-

aumento substancial da afluência àquele serviço (SAP)”, sustenta Carlos Coutinho, presidente da Câmara de Benavente, em comunicado, vincando que os médicos afectos ao Serviço de Atendimento Permanente consideram a actual situação “insustentável”, dado que chegam a ser

agudização de doença crónica e utentes sem médico de família. De acordo com o Agrupamento de Centros de Saúde deve ser sempre privilegiada a consulta por parte da equipa da unidade de saúde de inscrição do utente e “está vedada a inscrição de utentes com médico de família atribuído no SAP de Benavente no horário de funcionamento das respectivas unidades de inscrição, exceto em situação de risco de vida para o utente”, refere Carlos Coutinho, citando o Aces, que clarifica também que estas consultas do SAP não podem ser utilizadas para solicitar/renovar receitas médicas, renovar baixas, pedir ou mostrar exames. “É absolutamente necessário garantirmos o funcionamento das actuais estruturas, nomeadamente do nosso SAP, pelo que apelamos à compreensão de todos, no sentido do cumprimento das regras definidas pelo Aces e para não direcionarem os vossos protestos e revolta para os profissionais de saúde do SAP, mas sim, associarem-se à luta e reivindicação que temos vindo a desenvolver”, conclui o presidente da Câmara de Benavente.

Jorge Talixa

A quinta edição da Gala Jovem promovida pela Associação de Jovens de Samora Correia (AJSC) realizou-se na noite do passado dia 17. A iniciativa pretende divulgar o trabalho desenvolvido pela AJSC ao longo do ano e “promover o talento que os jovens naturais ou residentes na cidade têm e desenvolvem a título individual ou através das diferentes coletividades”.

Na edição deste ano, no Centro Cultural de Samora Correia, houve momentos de arte circense e música com os irmãos Toy e Emanuel Matos, a cantora Kate Mirson e a Sociedade Filarmónica União Samorense.

Destaque, também, para a dança, com a participação da Academia de Dança

Catarina Andrade e da Let Me Dance School. Não faltou a ginástica com a presença dos acrobatas do Ateneu Gímnico de Samora Correia. E a nota de humor esteve a cargo de Pedro Sousa. Luís Marta, presidente da AJSC, sublinha que, para além de mostrar o trabalho que a equipa que lidera tem desenvolvido, “a Associação tem o dever de

MUNICÍPIO DE BENAVENTE Divisão Municipal de Obras Particulares, Planeamento Urbanístico e Desenvolvimento e Ambiente EDITAL Nº 526/2022 Proc. 1/1988 Alteração ao Alvará de Loteamento designado de Urbanização Vale Bispo, 1.ª Fase - Barrosa Hélio Manuel Faria Justino, Vereador da Câmara Municipal de Benavente, com subdelegação de competências, faz saber, nos termos e para efeitos do preconizado no n.° 3 do art.° 27° do DecretoLei n° 555/1999, de 16 de dezembro, com posteriores alterações, que foi determinado proceder ànotificação dos proprietários dos lotes constituídos pelo alvará de loteamento designado de Urbanização Vale Bispo, 1.ª Fase - Barrosa, para se pronunciarem sobre a proposta de alteração ao referido alvará.

Pretende-se com esta alteração, dotar o lote 4 de maior versatilidade construtiva afim de permitir a legalização de edificação existente e a construção de uma instalação sanitária nova para lá dos polígonos (exemplificativos) constantes em planta síntese.

Não são alterados os restantes parâmetros urbanísticos definidos no alvará inicial. A proposta encontra-se disponível para consulta na Divisão Municipal de Obras Particulares e Planeamento Urbanístico e Desenvolvimento e Ambiente (DMOPPUDA), durante o período de audiência prévia dos proprietários, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00, mediante marcação prévia através do telefone n.° 263519654. Os interessados poderão apresentar, por escrito e dirigidas ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Benavente, as suas reclamações sobre a proposta de alteração, durante 10 dias (úteis), contados a partir da publicação do presente Edital no jornal “Voz Ribatejana” para: Câmara Municipal de Benavente Praça do Município 2130-038 – Benavente O Vereador responsável pela Urbanização e Edificação Hélio Manuel Faria Justino (no uso de competência delegada, nos termos do despacho nº 513/2021, de 19/10)

alertar e promover temáticas de importância para os jovens e para a comunidade como a da saúde mental”. E foi também isso que procurou fazer nesta iniciativa.

DESPORTO VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 » 21

Fecho do ano para as duas equipas

Vilafranquense e Mafra empatam a 3 num jogo muito disputado União Desportiva Vilafranquense e Clube Desportivo de Mafra abriram a jornada 14 da II Liga num jogo emotivo, disputado em Rio Maior, que terminou com uma igualdade a três golos. A equipa mafrense chegou a ter dois golos de vantagem, mas os ribatejanos reagiram bem o justificaram o empate. No domingo, a equipa de Vila Franca joga na Covilhã Jorge Talixa Separados por seis pontos na tabela classificativa, Vilafranquense e Mafra jogaram no dia 23, em partida que abriu a jornada 14 da II Liga. A equipa de Vila Franca está mais bem colocada e protagonizou um excelente arranque de campeonato, mas o Mafra também está em fase de recuperação e conseguiu boas prestações na Taça da Liga.

Rui Borges introduziu algumas alterações no onze inicial dos ribatejanos, com o regresso à titularidade de Nenê, Tipote e Baldé. E tudo parecia encaminhado para uma boa exibição do Vilafranquense quando, logo no primeiro minuto, Baldé antecipou-se à defesa mafrense e obrigou o guardião Renan a uma grande defesa. Respondeu o Mafra e com maior eficácia.

Ao minuto seis, Lucas foi lançado em profundidade, fugiu os centrais do Vilafranquense e rematou forte para o fundo das redes, sem hipótese de defesa para Trigueira. Tentou reagir a equipa de Vila Franca, mas ao minuto 15 o médio visitante Pité ganhou vários

ressaltos de bola, conseguiu isolar-se e fez o 0-2. O jogo complicava-se muito para os ribatejanos.

A equipa de Vila Franca tentou acalmar, ainda faltava muito tempo para o final da partida e, ao minuto 20, os ribatejanos remataram três vezes consecutivas, em bolas sempre rechaçadas pela defesa ou pelo guardião do Mafra. Até que ao minuto 30, a equipa de Vila Franca desfrutou de um livre perigoso por falta sobre Nenê. Eric atirou contra a barreira, mas na recarga o médio Idrissa Dioh atirou a contar para o fundo das redes. Tentou reagir o Mafra em algumas jogadas de contra-ataque, mas ao minuto 42 Luís Silva recebeu uma bola à entrada da área, tentou a sua sorte e de pé esquerdo fez o golo do empate a dois.

As equipas partiam, assim, para a segunda metade numa situação de igualdade e o segundo tempo foi, de facto, bastante mais pobre no jogo jogado. Entrou melhor o Vilafranquense, mas foi o Mafra a chegar novamente à vantagem, numa jogada de contra-ataque em que a bola ressaltou na defesa e sobrou par Leo Cordeiro fazer o 2-3

à sua antiga equipa.

Seguiram-se minutos complicados em que Rui Borges tentou refrescar o ataque com as entradas de Sangaré, Edson Farias e Belkheir,

mas a equipa de Vila Franca revelava dificuldades em criar perigo.

Até que, ao minuto 82, num livre directo à entrada da área, Nenê fez jus à sua veia

goleadora e meteu a bola no ângulo esquerdo da baliza de Renan, sem hipóteses de defesa para o guarda-redes do Mafra. Até final não houve mais oportunidades

de golo e o empate parece justificar-se. Na próxima jornada, na manhã de domingo, o Vilafranquense visita o lanterna-vermelha Sporting da Covilhã.

Clube de Ténis de Alverca

Ahead tem quatro tenistas no topo dos rankings Quatro atletas do Ahead-Clube de Ténis de Alverca estão nos primeiros lugares dos rankings nacionais da modalidade.

São eles Angelina Voloschuk (seniores femininos), Martim Simões (seniores masculinos), João Morgado (sub-16) e Marques Almeida (veteranos + 75).

“Este foi um ano bastante positivo para o nosso clube, que se reflete nas classificações finais dos nossos atletas pelos torneios realizados ao longo da temporada! O grande destaque vai para os 4 atletas que estão na 1ª posição do ranking!

Um pouco de todas as idades (juvenis, seniores e veteranos)”, salientam os responsáveis do Ahead, realçando também as classificações de Vera Carvalho (Nº4 em seniores femininos), Tiago Costa (Nº11 em sub-16 masculinos), Diogo Neves (Nº14 em veteranos +35

masculinos), Sofia Skrypnichenko (Nº14 em sub-12 femininos) e Frederica Nunes (Nº15 em sub-14 femininos) João Morgado vence Masters Juvenil Entretanto, João Morgado, atleta do Clube de Ténis de Alverca, venceu, em Dezembro, o Masters do Circuito Juvenil Federação Portuguesa de Ténis em sub16. Para este torneio foram apurados os 8 atletas com mais pontos nos principais torneios, em singulares, do calendário nacional juvenil (Campeonato Nacional, Campeonato Regional, nível A e B).

“O João apurou-se com distinção e logrou a vitória tendo para isso vencido quatro encontros, todos eles de um muito bom nível! Foi uma evolução fantástica de jogo para jogo!”, conclui o Ahead.

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Boas Festas

PRÓXIMA EDIÇÃO DO VOZ RIBATEJANA SAI A 18 DE JANEIRO VOZ RIBATEJANA » nº308 » 4.1.2023 » 31

Palha Blanco, Forcados e Ricardo Levesinho nos lugares de topo

Mais 70 corridas e o dobro do público em 2022 A temporada de 2022 registou 191 espectáculos taurinos, mais 70 do que no ano anterior, ainda muito marcado pela pandemia. De acordo com a Prótoiro-Federação Portuguesa de Tauromaquia, o público cresceu cerca de 105 por cento (mais do que duplicou) face ao ano anterior, atingindo os 375 200 espectadores. A cidade de Vila Franca de Xira liderou no número de corridas, o Grupo de Forcados de Vila Franca foi o que mais pegou e a empresa liderada pelo vila-franquense Texto: Jorge Talixa Foto: Ana Serra Com os efeitos e restrições da pandemia já bastante atenuados, a temporada taurina de 2022 revelou um forte crescimento do sector face ao ano anterior. Num levantamento agora divulgado pela Prótoiro-Federação Portuguesa de Tauromaquia constata-se que houve mais 70 espectáculos taurinos e que o número de espectadores mais do que duplicou por comparação com 2021.

“No primeiro ano pós-pandemia, o número de touradas cresceu 58% em relação a

uma grande resiliência do setor tauromáquico e, terminadas as limitações na realização de espectáculos, registou-se um grande crescimento no número de espectáculos e de público, que voltou a acorrer em massa às corridas de toiros, o que mostra bem o apego dos portugueses à cultura tauromáquica”, salienta Diogo Durão, presidente da ProToiro e da Associação Nacional de Grupos de Forcados, citado pela Federação.

Outro dado relevante, sublinha a Prótoiro, é o facto de o número total de corridas

As bases da informação A PróToiro explica que esta informação foi reunida “com base no cruzamento dos dados da Associação Nacional de Toureiros e da Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide”. Esta análise “permite um retrato mais fidedigno da tauromaquia em Portugal, uma vez que os dados da Inspeção Geral das Atividades Culturais apenas refletem a atividade administrativa deste organismo em Portugal Continental. A Região Autónoma dos Açores, por reger-se por legislação própria, não está incluída nos dados da IGAC, tal como eventos que não são abrangidos pelo regulamento taurino, como Barrancos, os Recortadores, entre outros. O critério utilizado na contabilização dos espectáculos e espectadores é a de todos os eventos em que foi lidada pelo menos uma rês brava”, conclui a Federação.

2021, passando de 121 para 191 touradas e o público aumentou 105%, subindo de 182.600 em 2021 para 375.200 espectadores em 2022”, sublinha a Prótoiro, frisando que a temporada tauromáquica de 2022 “foi a primeira sem restrições pandémicas e o setor mostrou uma grande resliência e vitalidade, com indicadores de crescimento muito altos, estando já em números próximos aos de 2019”.

Em 2022, refere a Federação de Tauromaquia (junta as associações nacionais de toureiros, forcados, empresários, criadores de toiros de lide e tertúlias taurinas), realizaram-se 191 espectáculos tauromáquicos, o que corresponde a uma subida de 58%, obtendo um total de 375.200 espectadores (182.600 em 2021), o que representa um crescimento de 105% face a 2021.

“O ano de 2022 mostrou

de toiros ter aumentado 11% face a 2019 (passou de 138 em 2019 para 153 em 2022), superando o número prépandemia. “Para isso contribuiu o reforço do número de corridas nas principais praças, mas também o aumento da actividade nas praças toiros amovíveis pelo país, recuperando actividade em diversos concelhos, representando 20% dos espectáculos face aos 13% de 2019”.

A taxa de ocupação das praças também cresceu de forma muito significativa.

“A média de ocupação em corridas de toiros foi de 2174 espectadores, uma subida de 35,7% face aos 1602 espectadores por corrida em 2021”, sustenta a Prótoiro.

Rankings Já no que diz respeito aos diversos rankings, Marcos Bastinhas liderou nos cavaleiros de alternativa com

A Praça Palha Blanco, o empresário Ricardo Levesinho e o Grupo de Forcados de Vila Franca lideraram em 2022

um total de 45 actuações, seguido de Luís Rouxinol e João Salgueiro da Costa (ambos com 27). Realce também para Rui Fernandes que somou 28 actuações, das quais apenas quatro em Portugal. Nos matadores de toiros registou-se um empate (seis actuações) entre Joaquim Ribeiro "Cuqui" e João Silva "Juanito”, seguidos por Manuel Dias Gomes com quatro corridas.

Nos forcados, o Grupo de Vila Franca destacou-se no ano do 90º. aniversário com um total de 24 actuações, seguido pelos grupos de Montemor e do Ribatejo, ambos com 18 corridas. Já a ganadaria que mais toiros lidou na temporada portuguesa foi a Passanha (91 toiros), seguida pelas ganadarias Palha (76) e Murteira Grave (69).

Vila Franca de Xira foi a cidade com mais espetáculos tauromáquicos (13), destacando-se de Angra do Heroísmo (7) e de Moita e Alcochete (6), que vêm a seguir.

E a RACG (empresa liderada por Ricardo Leveesinho) foi a empresa que mais

espetáculos produziu na temporada num total de 28, seguida pela Ovação e Palmas (Luís Pombeiro) com 20 e pela Toiros e Tauromaquia (15).

Tornaram-se cavaleiros de alternativa (profissionais) dois jovens cavaleiros: Joaquim Brito Paes (21 Julho, no Campo Pequeno em Lisboa) e António Núncio (15 Agosto, em Requengos de Monsaraz).

“No balanço do ano as ganadarias portuguesas voltaram a contribuir positivamente para a balança comercial de bens e serviços, tendo as exportações atingido as 456 reses bravas (para Espanha e França), num aumento de 143% face às 187 de 2021.

Foram importados somente 13 toiros. No total de 2022 foram lidados 1206 toiros nas praças nacionais face aos 740 de 2021, um aumento de 63%”, salienta a Prótoiro.

Ambiente e impostos A Federação Portuguesa de Tauromaquia realça, também, o contributo do sector para a biodiversidade,

referindo que “os ganadeiros portugueses continuaram o seu trabalho de gestores ecológicos, promovendo a biodiversidade e a mitigação das alterações climáticas em cerca de 70 mil hectares de lezíria, montado e espaços endémicos nos Açores dedicados ao toiro bravo, preservando este património genético”.

Já no que diz respeito à postura do Governo face à tauromaquia, a Prótoiro recorda que “os consumidores de espectáculos tauromáquicos continuaram a ser discriminados com o pagamento de uma taxa ilegal de 23% de IVA nos bilhetes, desde 2020, quando a taxa devida nos espectáculos culturais é de 6%. Isto prejudica não só a recuperação total do setor, mas também o apoio às instituições de solidariedade social que dela dependem.

Recordamos que as Misericórdias e IPSS são proprietárias de cerca de metade das praças de toiros do país”. A Federação lamenta ainda a posição da RTP face à tauromaquia.

“Depois de a pandemia ter sido invocada como uma das razões para a não transmis-

são de touradas na RTP em 2021, no ano de 2022 o canal público voltou a não transmitir nenhuma corrida de toiros, quebrando os laços históricos e afectivos com os portugueses e emigrantes na diáspora, que reconhecem nas touradas uma das mais queridas expressões da portugalidade. Segundo o estudo de opinião da Eurosondagem (Dez. 2019) 65% dos portugueses afirmou que já assistiu ou costuma assistir a touradas pela televisão. Esta é uma situação que tem de ser corrigida com urgência em 2023, para que se cumpra a sua obrigação de serviço público”, acrescenta a Prótoiro, sublinhando ainda que, no âmbito das designadas “tauromaquias populares (de rua)” realizaram-se cerca de 2 mil eventos em 2022, incluindo largadas de toiros, capeias arraianas ou as touradas à corda. “A temporada foi também de grande recuperação, sendo que anualmente se realizam cerca de 2000 eventos de tauromaquia popular espalhados pelo continente e ilhas dos Açores”, conclui.

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Voz Ribatejana

:: número 308 :: ano 13 :: 4 de Janeiro de 2023 :: quinzenário regional ::

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Sistema provisório para o fins-de-semana

Vila Franca de Xira e Loures vão “alternar” maternidades As urgências de obstetrícia e os blocos de partos dos hospitais de Vila Franca de Xira e de Loures estão a funcionar num sistema alternado os fins-de-semana. A medida vigorará pelo menos até final do primeiro trimestre deste ano. Foi determinada pelo novo director-executivo do Serviço Nacional de Saúde que, para já, afasta o risco de fecho da maternidade de Vila Franca como chegou a ser proposto por alguns especialistas Jorge Talixa As urgências de obstetrícia e os blocos de partos dos hospitais de Vila Franca de Xira e de Loures vão funcionar de forma alternada nos próximos fins-de-semana, pelo menos até final do primeiro trimestre de 2023. A medida aplicou-se de forma experimental nas quadras de Natal e de Ano Novo, mas deverá prolongar-se pelos fins-de-semana do primeiro trimestre de 2023. Fernando Araújo, director-executivo do Serviço Nacional de Saúde, já defendeu que a urgência obstétrica e a maternidade de Vila Franca não deverão encerrar em 2023 como chegou a ser proposto por alguns especialistas.

O novo responsável executivo do SNS considera que poderá manter-se este sistema de funcionamento

rotativo entre as urgências de obstetrícia e as maternidades de Vila Franca e de Loures, dada afluência elevada de cada um destes serviços. Se se mantiver esta posição fica afastado, pelo menos para já, o risco de encerramento definitivo da urgência obstétrica e do bloco de partos do Hospital de Vila Franca, conforme foi proposto num estudo de especialistas divulgado em Setembro. A maternidade de Vila Franca de Xira registou, em 2021, um total de 1564 partos e a maternidade do Hospital de Loures somou cerca de 2500 partos. Concentrar toda esta actividade em Loures, conforme proponham os ditos especialistas, poderia ser muito complicado e deixava muitas utentes do Hospital de Vila Franca a mais de 50 quilómetros da unidade

hospitalar de Loures.

O eventual fecho da maternidade de Vila Franca foi contestado por todos os

quadrantes políticos e Fernando Araújo já se mostrou favorável a uma solução que mantém mater-

nidades a funcionar em Loures e em Vila Franca. A Federação Nacional dos Médicos já reagiu, con-

siderando que, com esta deliberação, a Direção Executiva do SNS “vem reconhecer a forma precária de funcionamento de várias urgências de ginecologia e obstetrícia, assumindo a sua incapacidade para garantir a continuidade da sua atividade regular, e normalizando o encerramento de serviços, o que é totalmente inaceitável para a FNAM.” A estrutura sindical admite que se pode argumentar que esta medida “pode dar alguma previsibilidade às utentes e manter o funcionamento de algumas destas urgências”, mas considera que “ela é meramente pontual e paliativa, não podendo prolongar-se no tempo nem estender-se a outras valências dos serviços de urgência sob pena de serem adiadas as medidas de fundo que permitam resolver a situação”.

Família de Arruda dos Vinhos

Thomas é o primeiro bebé do ano O primeiro bebé do ano no Hospital de Vila Franca de Xira nasceu praticamente em cima das 0h00 do dia 1 de janeiro. Thomas é o terceiro filho de Maria Alice e Gabriel Lima, casal residente em Arruda dos Vinhos.

“Chamámos os bombeiros, chegámos aqui e tivemos esta felicidade na passagem de ano. Foi tudo muito bom, muito legal, tivemos o carinho de toda a gente”, sublinharam Maria Alice e Gabriel Lima.

Já Paula Tapadinhas, directora do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de Vila Franca de Xira, salientou que “tivemos a felicidade de ter um parto óptimo do primeiro bebé do ano. Só pode ser um bom

presságio para o ano que se avizinha e que nos enche de alegria”.

O parto do bebé Thomas foi acompanhado pela enfermeira especialista Sofia Aparício. “Foi um gosto ter par-

ticipado no trabalho de parto deste casal. Fora extremamente colaborantes. Foi o resultado de um trabalho de equipa. Ficamos muito felizes pelo que acabou por ser o primeiro bebé do ano”, rematou Sofia Aparício.

Voz Ribatejana tem novos preços em 2023 O quadro económico continua complicado e a subida de preços reflecte-se em quase todos os sectores. Ao longo do último ano, os custos de impressão do Voz Ribatejana já sofreram dois aumentos, sobretudo devido ao crescimento em flecha do preço do papel. Os custos asso-

ciados à distribuição em banca e à distribuição por via postal para os nossos assinantes também aumentaram de forma significativa.

Gostaríamos de poder evitar esta actualização de preços do Voz Ribatejana (a segunda em 12 anos), mas tal não se afigura possível. A partir

desta edição, o preço de capa do Voz Ribatejana passa de 60 para 70 cêntimos. E a nossa assinatura anual sobe também de 15 para 18 euros. Sabemos das dificuldades generalizadas, mas acreditamos também que vamos contar com a compreensão dos nossos

amigos leitores, na certeza de que continuaremos a fazer o melhor possível pela informação desta nossa região, de forma séria e independente.Bom Ano e Muita Saúde para Todos.

Jorge Talixa