167ª edição do Jornal Viver Toledo

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Toledo/PR • 26 de outubro a 01 de novembro de 2012

VIVER BEM “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.” (Machado de Assis)

Mayara Martan

Osteopatia e Kinesio Taping em foco O Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual – IDOT, através dos fisioterapeutas Eder Lopes e Cristian Alberto Ueda, realizou nos dias 11 e 12 palestra e curso sobre Osteopatia, com o tema “Osteopatia: um novo conceito” no auditório da Acit. O curso foi ministrado pelo fisioterapeuta Danilo Ninello e foi direcionado aos profissionais da área e acadêmicos do curso de fisioterapia e afins. Danilo explicou que a osteopatia é um modelo de pensamento de diagnóstico e tratamento que surgiu por volta de 1900 nos EUA. Osteopatia e Kinesio Taping em foco II E esse modelo utiliza todo um raciocínio que busca a causa da doença. “A partir dessa busca foram criadas técnicas manuais para então proporcionar a cura do seu paciente”, explica ele. Ele afirma que a osteopatia, ao contrário do que as pessoas pensam, não é um tratamento complementar e sim um tratamento alternativo. “A diferença é que quando você pensa em um técnica ou complemento complementar você pensa que ele vem somar dentro da medicina convencional. A osteopatia vem como uma visão diferenciada do paciente, testes específicos, e a partir da sua avaliação, vivência, da sua análise do paciente, você vai escolher as técnicas adequadas para tratar o paciente”, afirma ele. Uma “idosa nova” Apesar de possuir mais de 100 anos, no Brasil a osteopatia é relativamente nova no país. As primeiras pessoas que chegaram no país com a osteopatia, os espanhóis da escola de Madri, se instalaram há mais ou menos 15 anos aqui. “De lá pra cá houve um crescimento muito grande e o número de adeptos vem crescendo e também do número de osteopatas. Eu sou de uma escola que já formou mais de três mil alunos”, ressalta Danilo. É importante saber que, por lei, a osteopatia é um ramo da fisioterapia e, através de encaminhamento, é que ela é indicada. Uma “idosa nova” II “É uma questão de trabalho em conjunto com médicos da medicina clássica e osteopatas, pois a doença pode estar em diversas áreas, seja ela nutricional, postural, numa alteração de um tecido que não funciona bem, ou músculo que se rompeu ou que está em uma má posição, entre outros”, afirma ele. O que acontece é que a osteopatia não se utiliza de técnicas tão invasivas para tratar esse paciente. O tratamento não é caro, segundo Danilo, visto que trabalha com poucas sessões, dependendo do problema. “O trata-

BRUNO RADUNZ

Bruno Marcos Radunz é escritor, administrador de empresas e presidente da Academia de Letras de Toledo.

Aula de Direito Uma manhã, quando nosso ra do professor, que sempre foi novo professor de “Introdução ao uma pessoa tranquila em sala de Direito” entrou na sala, a primei- aula. ra coisa que fez foi perguntar o Porém, seguíamos respondendo: nome a um aluno que estava sen- Para salvaguardar os direitos tado na primeira fila: humanos... - Como te chamas? - Bem, que mais? - perguntava - Chamo-me João Carlos, se- o professor. nhor. - Para diferençar o certo do er- Saia de minha aula e não que- rado... Para premiar a quem faz o ro que voltes nunca mais! - gritou bem... o desagradável professor. - Ok, não está mal, porém... João Carlos estava desconcer- Respondam a esta pergunta: tado, pois afinal de contas não ha-Agi corretamente ao expulsar via feito nada errado. Quando deu João da sala de aula?... de si, levantou-se Todos ficaram rapidamente, recalados, ninguém colheu suas coirespondeu, um sas e saiu da sala. silêncio sombrio Você, caro leitor, Todos estavam astomou conta da você é bom em sustados e indigsala. tomar decisões? Se nados, porém nin- Quero uma a sua resposta for resposta decidiguém falou nada. - Agora sim! - sim, ótimo. O mundo da e unânime! perguntou o pro- realmente precisa de - Não! - responfessor - para que demos todos a pessoas como você. uma só voz. servem as leis?... Seguíamos as- Poderia dizersustados, porém -se que cometi pouco a pouco couma injustiça? meçamos a responder à sua per- Sim! gunta: - E por que ninguém fez nada a - Para que haja uma ordem em respeito? Para que queremos leis nossa sociedade, disse um dos e regras se não dispomos da vonpresentes. tade necessária para praticá-las? - Não! - respondia o professor. Cada um de vocês tem a obriga- Para cumpri-las, disse outro. ção de reclamar quando presen- Não! ciar uma injustiça. Todos. Não vol- Para que as pessoas erradas tem a ficar calados, nunca mais! paguem por seus atos. - Vá buscar o João Carlos - disse, - Não! olhando-me fixamente. - Será que ninguém sabe resNaquele dia recebi a lição mais ponder a esta pergunta? prática no meu curso de Direito. - Para que haja justiça - falou tiQuando não defendemos nosmidamente uma garota. sos direitos perdemos a dignida- Até que enfim! É isso... Para de e a dignidade não se negocia. que haja justiça. (Texto recebido do amigo e proE agora, para que serve a jus- fessor José Carlos Bortolotti) tiça? *Bruno Marcos Radunz é admiTodos começavam a ficar inco- nistrador de empresas, palestranmodados pela atitude tão grossei- te e escritor.

mento em média com a osteopatia está em torno de R$ 100,00 a R$ 150,00 por sessão. Se você pensar nos procedimentos e custo de exames particulares o valor não é caro. Até porque você precisa pensar no custo benefício, e esse é grande”, complementa. Análises de quem trabalha O Osteopata Eder Lopes, da Idot, afirma que hoje em dia ele é muito bem recebido nas clínicas para explicar a respeito, o que não acontecia há alguns anos atrás. “Os fisioterapeutas querem conhecer as técnicas e os efeitos nos pacientes. A escola Idot vem para especializar os fisioterapeutas nesta área e trazer novos caminhos de cura aos pacientes”, explica Eder. O fisioterapeuta Cristian Alberto Ueda, também organizador do evento, afirma que a osteopatia tem sido muito bem aceita pelos pacientes em Toledo. (Na foto, Cristian, Danilo e Eder). Análises de quem trabalha II “Eu trabalho tanto com a medicina clássica quanto com a osteopatia, e sempre buscando uma forma de melhorar a qualidade dos tratamentos para os pacientes. E eu encontrei isso na osteopatia, que é minha grande paixão hoje. A partir dela nós analisamos o paciente como um todo e não apenas nas suas le-

LAMARTINE BRAGA CÔRTES

Primeiro dentista, vice-prefeito na gestão 1973-1976, Lamartine conta detalhes de sua chegada a Toledo, em 1955, extraídos do livro de crônicas “As Histórias e estórias do Tigrão da Lapa”.

Como era Toledo em 1955 Personalidades do início da cidade

adquiriram chácaras perto da cidaO pessoal do Duque Hotel, vindo de, cultivando frutas e verduras. de diferentes regiões do Brasil, Numa segunda etapa instalaram sempre tinha alguma coisa para oficina mecânica, bicicletaria, cocontar, sobre os costumes, histómércio e atividades diversas, fundarias e lendas. ram um clube esportivo e cultural, o Eu achava interessante como o Ceato. Brasil era rico, e aqueles que vinham Na década de 1960 chegaram a para Toledo estavam procurando um Toledo os primeiros médicos deslugar para trabalhar e “fazer o futucendentes de japoneses, Dr. Torao ro”, sem ter ideia de que seria muito Takada e Jorge Okano, que fundaram melhor do que se pudesse imaginar. o Hospital bom Jesus. Japoneses em Toledo Haroldo Hamilton Foi durante aquele tempo que esNo dia em que o Fabiano e eu fotive residindo no Duque Hotel que mos marcar sua passagem com o certo dia lá esteve hospedado um Perin na agência da Cia. Cruzeiro do grupo de japoneses e dentre eles Sul, encontramos o Haroldo Hamilum que se destacava e que parecia ton, que nos convidou para ir a casa ser o líder. dele, que a Olga já sabia que nós esDepois ficamos sabendo por altávamos aqui. guém da Maripá que eles estavam O Haroldo e a Olga nos receberam comprando terras onde mais tarde festivamente, tínhamos parentes em estabeleceram a “Colônia Sol Nascomum: tia Silvia Braga Munhoz da cente”, na estrada para São Luiz. Rocha, viúva de tio Caetano Munhoz Todos no hotel comentavam como da Rocha (pai do Bento, médico, foi era boa a vinda de colonos japosócio da firma Rocha & Cia., prefeito neses, porque sabíamos que eram de Paranaguá, demuito trabalhadoputado, secretário res, conheciam da fazenda e presitodos os segredos dente do estado de da agricultura, e o Os japoneses já 1920 a 1928). Willy Barth estava Cunhado do gov. contente, torcencultivavam a soja Bento Munhoz da do para que eles se instalassem em muito usada em sua Rocha (o “rochiToledo. alimentação, antes nha”), o pai da ex-ministro Um comentário dela ser conhecida e Olga, Aramis Athayde interessante de funcionário da Ma- plantada de maneira era enteado de tia Silvia. Minha tia ripá que nos relatou intensiva em todo teve 12 filhos e tio que um membro da o Brasil com a Caetano tinha mais comitiva sempre 10 de dois casapegava um pouco mecanização de mentos anteriores, de terra de alguns nossa agricultura com o Bento inclulugares colocava na ído. boca e fazia sinal Estávamos apreafirmativo com a sentados. O Harolcabeça, dizendo:do foi aluno da escola naval, no Rio -“Bom, muito bom, né”? de Janeiro, depois em Curitiba curCom a sabedoria e prática milenar sou direito na Universidade Federal. de seu povo fazia o teste para ver se Acabamos jantando na casa do a terra era fértil, se era própria para Haroldo, a Olga estava contente, nos o que pretediam plantar. recebeu com um belo jantar (eles tiOs japoneses já cultivavam a soja nham uma excelente cozinheira, que muito usada em sua alimentação, trouxeram do Rio de Janeiro, a Lourantes dela ser conhecida e plantades, que quando foi embora deixou da de maneira intensiva em todo o saudades). Brasil com a mecanização de nossa Depois que o Fabiano voltou para agricultura. Curitiba, eu jantei com eles inúmeA primeira família de japoneses ras vezes, tendo como companheique veio a Toledo foi a de Kenzo ro o Hasdrubal Meng, gerente do Takemori, em 1957, que inicialmente Banco do Bstado, sempre com reitrabalhou com lavoura de hortaliças terados convites do Haroldo, e nós e depois montou com os filhos uma tínhamos a cara de pau, pois os janoficina mecânica e de torno, onde a tares eram 5 estrelas e os anfitriões família trabalhou por muitos anos e eram perfeitos. ainda funciona na Avenida Maripá. Houve uma época que o Haroldo O senhor Takemori nasceu em Hitirou umas prolongadas “férias”, e roshima e veio ao Brasil em 1930 quem atendeu no cartório foi o Sylestabalecendo-se em São Paulo, vio Sebastiani, boa praça, amigo trabalhando em fazendas de café. do Haroldo de Curitiba, com quem Quando veio para Toledo já estava fiz logo amizade, mas quando o casado e com filhos. Sua cidade Haroldo reassumiu o cartório ele natal, Hiroshima fora destruída, asvoltou para Curitiba, e aqui deixou sim como Nagazaki, pelas bombas muitos amigos. atômicas ao final da segunda guerra Meu consultório demorou 30 dias mundial. para chegar, e durante todos esses Os Takemori foram seguidos pelos dias eu passava o tempo no quarto Aoki, Ogaki, Nakamura, Uemura e do hotel, lendo, escrevendo para Sato, que foram os pioneiros. Dea Irene e papai, lendo, estudando, pois, vieram os Uemishi, Umetsu, Ilpensando, sonhando, com muita zima, Sukekawa, Hinamura, Sawada, saudade da Irene e de casa, mas Kawahara, Nabeyama e Hirose. feliz. A maioria inicialmente se instalou na “Colônia Sol Nascente”, na estrada para São Luiz do Oeste e alguns

sões” afirma Cristian. Ele complementa dizendo que o importante é chegar na causa do problema, e isso é o que tem trazido os ótimos resultados positivos com menos sessões. “Na fisioterapia clássica os pacientes chegam de 40 a 60 sessões e na osteopatia os pacientes tem melhora imediata após a sessão, sendo total ou parcial e chegam a oito sessões dependendo do grau das lesões. Não há comparação”, analisa o fisioterapeuta. A osteopatia é indicada em diversas patologias como lombalgia (dores na região lombar), ciatalgias (nervo ciático), cervicalgias (dores na região cervical), entre outras. Kinesio Taping A técnica surgiu no Japão em 1973 pelo quiroprata Kenzo Kase. Sempre as pessoas utilizaram bandagens rígidas, que limitavam o movimentos, meias compressivas, que tem um bom auxílio, porém limitam um pouco o corpo. “E esse japonês pensou em um material que pudesse auxiliar o tecido no seu funcionamento junto com o movimento. Ele se uniu a alguns engenheiros e criou um tecido muito semelhante a pele e através desse contato desse material com os tecidos superficiais ele consegue aumentar a circulação sanguínea nos tecidos superficiais e direcionar forças de tensão modificando algumas posição de articulação e músculos. Ou seja, ele pode prevenir e auxiliar um movimento dentro do esporte ou no paciente convencional”, afirma Danilo. Kinesio Taping II O profissional afirma que a popularização do Kinesio Taping foi durante as Olimpíadas de Pequim, em que as equipes já receberam o material e o treinamento para utilizar o produto. Danilo (foto) alerta que o uso indevido não causará problemas, mas também não trará soluções. “É preciso ter conhecimento da fisiologia do corpo, do seu funcionamento, para saber utilizá-lo e torná-lo uma ajuda e não um adereço. Além disso, é possível associá-lo a exercícios, outras terapias, trabalhando o nível físico, no pensamento do paciente, entre outros”, conclui Ninello.

D. FRANCISCO BACH Bispo da Diocese de Toledo

A irmã morte A Comemoração de Todos os Fiéis terra. A Igreja reza pelos falecidos, Defuntos, dia 2 de novembro, traz à pedindo que Deus lhes conceda o rememória da Comunidade cristã vápouso eterno, a participação do conrios mistérios: o mistério da morte, a vívio eterno com ele. comunhão solidária com os que nos A Comemoração de Todos os Fiéis precederam na fé, a lembrança dos Defuntos coloca toda a Igreja diante que caminharam conosco na peregrido mistério da morte. Ela é uma reanação terrena, tanto na comunidade lidade irreversível. Ninguém dela esfamiliar como na eclesial. O Dia de Ficapa. Contudo, qual o seu sentido? É nados leva as pessoas às suas raízes Jesus Cristo quem dá uma resposta. familiares, simbolizadas pela visita O Cristo ressuscitado venceu a moraos cemitérios. Dia de Finados é o te e garante que, após a morte, pode dia da saudade e o dia da esperança. seguir-se a vida feliz para sempre. Levar flores aos túmulos dos parenO que perpassa os textos litúrgicos tes parece uma obrigação de gratideste dia é a esperança da vida que dão e de reconhecimento. No fundo nasce da morte, a partir do mistério realiza-se um rito muito significativo. pascal de Cristo Jesus. Em Cristo JeAs flores simbolizam o jardim, o pasus abre-se uma nova perspectiva, raíso, a felicidade eterna que todos onde a morte já não é mais o fim desejam aos seus entes queridos. desesperador, mas a passagem para Depois que a pedra uma realidade nova do túmulo de Jesus de plenitude de vida Cristo foi removida, em Deus. A fé no o Cemitério pode Cristo ressuscitado Levar flores aos ser chamado de transforma a vida Campo Santo, Cam- túmulos dos parentes do cristão. A morte po da Paz, Jardim da parece uma obrigação já não é mais o fim Esperança. Já não é de todas as coisas. de gratidão e de mais o lugar fatídico Ela é, antes, uma reconhecimento. No porta, uma passado fim sem sentido, mas o lugar da esfundo realiza-se um gem para uma realiperança da vida em dade nova. O Cristo Cristo Jesus. Este rito muito significativo. vivo garante a vida encontro com as As flores simbolizam para sempre (cf. raízes da vida, com 19,1.23-27a; Rm o jardim, o paraíso, a Jó os antepassados, 5,5-11; Jo 6,37-40). felicidade eterna que A morte será elimidesperta em nós a perspectiva do futodos desejam aos nada definitivamenturo. É a esperança. te em Cristo Jesus seus entes queridos. (cf. Is 25,6a.7-9; Esperança da vida, ressurreição e glóRm 8,14-23; Mt ria em Cristo Jesus. 25,31-46). A Igreja A reflexão acima vive a esperança da nos leva a fazer três considerações glória em Cristo Jesus (cf. Sb 3,1-9; na Comemoração de Todos os Fiéis Ap 21,1-5a.6b-7; Mt 5,1-12). Defuntos. Primeiramente, somos graO prefácio da liturgia eucarística do tos ao Senhor Deus pelas maravilhas dia clarifica o mistério pascal que maque realizou, por sua graça, nos que nifesta-se na Comemoração de Todos nos precederam na fé. Não apenas os Fiéis Defuntos: “Nele brilhou para nos santos canonizados, mas nos nós a esperança da feliz ressurreição. santos que conviveram conosco na Para os que creem em Cristo a vida família, na sociedade ou na Igreja. não é tirada, mas transformada. E, Damos graças a Deus pelo que ele redesfeito o nosso corpo mortal, nos é alizou em nossos avós, pais, irmãos, dado, nos céus, um corpo imperecíparentes e amigos que já passaram vel”. Isso porque, “um por todos, ele deste mundo ao Pai. Depois, olhaaceitou morrer na cruz para nos livrar mos para eles como testemunhas a todos da morte. Entregou de boa da fé cristã. Eles nos precederam vontade a sua vida, para que pudésna fé. Aparecem como luzes a indisemos viver eternamente”. Assim, a car o caminho, como exemplos de morte do cristão transforma-se num fé, de amor e de fidelidade. Brota, despertar para a vida eterna feliz então, o desejo de imitá-los, de em Deus. Transforma-se, no dizer seguí-los no mesmo caminho. Finalde São Francisco de Assis, numa mente, a comunidade eclesial pede irmã, que, com carinho, nos toma a Deus que manifeste sua bondade pela mão para apresentar-nos ao e misericórdia para com os que já Pai, a fim de participarmos da feliterminaram o seu peregrinar nesta cidade eterna.


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