Revista VIVA! edição dezembro 2019

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Revista gratuita trimestral, dezembro 2019 Diretor: JosĂŠ Alberto MagalhĂŁes

Saiba mais no interior


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E D I T O R I A L

FELIZ NATAL

Quase a dizer adeus a 2019, ano que marcou o seu vigésimo primeiro aniversário, e prestes a entrar em 2020, não é de mais recordar que a VIVA!, alicerçada num forte compromisso de servir com verdade os seus leitores, é fruto de um permanente “milagre” que, sem relações nebulosas, consegue resistir num panorama social (e comercial...) onde a independência, sem cedências, tem fortes custos... E, mesmo assim, com carácter e qualidade, resistimos e resistiremos... sempre com as cidades do Porto e Matosinhos e toda a área metropolitana envolvente como protagonistas. Começamos como a primeira revista gratuita, em Portugal, e assim vamos continuar. Fizemos capa com empresários, autarcas, banqueiros, cientistas, desportistas, atores culturais, modelos e designers de moda, jornalistas, atores de cinema, teatro e televisão, escritores, académicos, humoristas, prelados, enfim, com toda uma classe de pessoas que, por um ou outro motivo, considerámos que deveríamos destacar. Fomos os primeiros a dar notoriedade à, agora, supermodelo Sara Sampaio e à jovem Maria Miguel, a caminho de o ser. Apenas a título de exemplo, porque seria exaustivo citarmos aqui as quase noventa

capas que editamos, entrevistamos Elisa Ferreira, Rui Rio, Pinto da Costa, José Mourinho, Siza Vieira, Belmiro de Azevedo, Artur Santos Silva e Manoel de Oliveira. Acompanhamos as vitórias do FC Porto na Liga dos Campeões e nas Taças UEFA, as capitais europeias da Cultura no Porto e em Guimarães, a inauguração do Estádio do Dragão e as inúmeras ações de reabilitação e requalificação no Porto, Matosinhos, Gaia e Maia e restantes concelhos da AMP. Inovamos com rubricas como Através dos Tempos, Máquina do Tempo, O que é feito de?, Excelência, Holofote, Comes & Bebes, Descobrir e Ao Vivo, entre muitas outras, de forma a levar-lhe, fosse diariamente através do nosso site (www.viva-porto.pt), seja trimestralmente com a VIVA!, o melhor e o mais atual da informação que achamos ser do seu interesse. Por isso, estivemos e estaremos sempre abertos – e atentos – às suas sugestões que, reconhecemos, fizeram o favor de nos enviar. E, para isso, cá estaremos de novo em 2020. Feliz Natal! Excelente Ano Novo!!! José Alberto Magalhães Diretor de Informação




S U M Á R I O

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MEMÓRIAS HARRY POTTER

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PERFIL TIAGO BRAGA

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O QUE É FEITO DE? CASAS DOS E SCRITORE S

DESTAQUE TERMINAL INTERMODAL D E C A M PA N H Ã

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AO V I VO RUI VELOSO

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MOMENTOS PORTUGAL FASHION

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PORTO CANAL 13 ANOS

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METROPOLIS MATOSINHOS


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ÍNDICE 03 E dito r ia l 2 0 M ar q u e s S oa r es 24 He le n a K en da l l 3 8 C LÍN ICAS Esag e 42 Lojas Hi stór i ca s

FICHA TÉCNICA Propriedade de: ADVICE - Comunicação e Imagem Unipessoal, Lda. Sede da Redação/Editor: Rua do Almada, 152 - 2.º - 4050-031 Porto NIPC: 504245732 Tel: 22 339 47 50 - Fax: 22 339 47 54 advice@viva-porto.pt adviceredacao@viva-porto.pt www.viva-porto.pt Gerência Eduardo Pinto Diretor de Informação José Alberto Magalhães

4 8 We r a Stor e

Redação Maria Inês Valente

50 Co m e s & B eb es

Fotografia Make it view Sérgio Magalhães

6 0 C in e m a Bata l h a 78 Mu s e u FC P orto 80 Alte r ações C l i m át i ca s 84 Bu r n o u t 88 P o rto fól i o 94 M e tr o p o l i s : Sa n to T i rs o 96 M e tr o p o l i s : Pa r a n h os 98 Hum o r

Marketing e Publicidade Eduardo João Pinto advicecomercial@viva-porto.pt Célia Teixeira Produção Gráfica Diogo Oliveira Impressão, Acabamentos e Embalagem Multiponto, S.A. R.D. João IV, 691-700 4000-299 Porto Distribuição Mediapost Tiragem Global 120.000 exemplares Registado no ERC com o nº 124969 Depósito Legal nº 250158/06 Direitos reservados Estatuto editorial disponível em www.viva-porto.pt Lei 78/2015


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O FUTURO DA METRO DO PORTO, SEGUNDO O SEU PRESIDENTE Texto: Maria Inês Valente Fotos: Make it view


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Depois de uma experiência de sucesso em cargos de administração, Tiago Braga tem hoje nas mãos o futuro daquele que é considerado o principal meio de transporte da Área Metropolitana do Porto, o metro. Numa conversa informal e intimista com a VIVA!, o atual presidente da Metro do Porto, em funções desde junho passado, revelou quais são os objetivos delineados para os próximos anos, falou sobre o aumento significativo de passageiros, fruto do desempenho da empresa e das várias apostas do Governo nesse sentido, e abordou, ainda, os novos traçados da rede e a razão para antecipar a contratação e entrega de 18 novas composições, que prevê estarem operacionais até ao final de 2021. De sorriso fácil e com uma afabilidade e visão empresarial que parece não terem limites. Assim é o novo presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, anteriormente administrador não executivo da empresa. E talvez, por isso, como, aliás, Tiago Braga fez questão de referir, no momento da tomada de posse, este mandato fique sempre marcado por uma continuidade daquilo que foi o trabalho iniciado no anterior. Acrescentar conforto aos veículos, ampliar a rede e reforçar a capacidade de transporte são, no entender do responsável, as três linhas de atuação fulcrais, aliadas, naturalmente, à redução do custo dos passes mensais, para que seja possível inverter, ao máximo, a tendência da utilização do transporte individual e potenciar, cada vez mais, o coletivo, realidade que começou a ser sentida na empresa “há sensivelmente quatro anos”. O plano da Metro do Porto para os próximos anos assenta, igualmente, em três eixos: um vocacionado para a questão do serviço público, outro para a eficiência e o último, e “mais importante”, referente à experiência do cliente. O primeiro está diretamente relacionado com a ampliação da rede e, consequentemente, com uma maior oferta de estações, como, por exemplo, através da construção da Linha Rosa, no Porto, do prolongamento da Linha Amarela, de Vila Nova de Gaia a Vila d’Este, e “das expansões que a seguir virão”. “Vamos começar a trabalhar, já no próximo ano,

nos estudos de procura que depois servirão de suporte a uma tomada de decisão, que será feita de acordo com os autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP)”, adiantou.

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Em relação aos outros dois eixos – eficiência e experiência do cliente - Tiago Braga afirma que, embora não tenham a dimensão que o da construção tem, são “absolutamente fundamentais”, porque, como explica, a eficiência significa conseguir fazer mais com os mesmos recursos e a empresa precisa, efetivamente, de fazer mais, em várias dimensões. “Temos que começar a pensar em novas formas de materializar algumas etapas das nossas atividades correntes”, salienta o responsável, dando como exemplo “a monitorização do estado de condição do carril”, que poderá ser feita a partir de sensores instalados no material circulante. Assim, “sempre que um veículo passar num determinado local, ele estará a medir qual é o comportamento dessa via, o que, ao final do dia, significa acrescentar eficiência ao sistema”, completa. Outro exemplo é o projeto piloto que a Metro do Porto tem com a Hitachi, previsto arrancar já no início do próximo ano, para combater a fraude, situação que


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“Uma percentagem muito significativa das emissões de CO2 deve-se aos transportes e só investindo no transporte público conseguimos uma alteração de paradigma e chegar à neutralidade carbónica que se pretende atingir em 2050. Portanto, o nosso objetivo é introduzir fatores de atratividade para que as pessoas se sintam quase impelidas a utilizar o transporte público”. embora, até ao momento, não represente qualquer “ameaça para a empresa” é, também, uma das suas prioridades de atuação. Instalado na estação da Casa da Música, o sistema transforma uma imagem num código alfanumérico, que está, depois, associado a um sistema de bilhética e permite que as equipas de fiscalização saibam, em cada estação, o número de clientes que não efetuaram a validação da sua viagem. Mas, além de detetar a fraude, o sistema permitirá “muitas outras coisas”, nomeadamente

“conhecer os locais para onde as pessoas se dirigem e perceber onde há maior fluxo de clientes”. “A partir do momento que temos acesso às manchas de circulação das pessoas numa estação, conseguimos perceber quais são os locais mais apetecíveis do ponto de vista da publicidade, por exemplo, uma atividade que é suplementar para a empresa, mas que não deixa de ser importante e na qual queremos investir”, revela, realçando que, dessa forma, “estarão, novamente, a ser mais eficientes”.

“Este será o melhor ano de sempre do ponto de vista económico-financeiro da Metro do Porto. Temos uma taxa de cobertura superior a 100% e os números da procura têm-se vindo a sedimentar como muito interessantes. Em termos médios, corresponde a um aumento de mais de 13%, o que significa mais de sete milhões de clientes que circularam nas linhas do Metro do Porto até ao último dia do mês de setembro. Em outubro, batemos o recorde de passageiros transportados num único mês”.

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De acordo com o presidente da empresa, os dois eixos destacados só são importantes “se estiveram ao serviço do cliente”. “Esse é o denominador comum de todas as ações e, por isso, no final de cada uma tem que haver sempre uma melhoria efetiva para o mesmo”, sustenta, adiantando que todos os passos que estão a ser dados são no sentido de “melhorar a experiência do cliente” enquanto utilizador da Metro do Porto. Assim, uma das medidas a implementar no próximo ano, o mais tardar no primeiro semestre de 2021, revela, é o serviço de Free WiFi. Em relação à sobrelotação das composições, dificuldade que Tiago Braga assume existir pontualmente, estão também em execução algumas medidas. “Da observação direta que fazemos, verificamos que, muitas vezes, não se trata de uma sobrelotação efetiva, mas sim de uma má distribuição dos passageiros nos veículos, muito condicionada pelo atual layout dos mesmos”, frisa, salientando que “isso será trabalhado a curto prazo” e que, entre o Natal e a passagem de ano, período de menos procura por parte dos utilizadores, será feito o processo de transformação de dois veículos Eurotram para um novo layout, que pretende, essencialmente, acrescentar conforto aos

passageiros. “Em função dos resultados obtidos, nomeadamente, junto dos clientes, se decorrer de acordo com as nossas expectativas vamos passar para a restante frota”, completa. De referir que a atual frota da Metro do Porto é composta por um total de 102 veículos, dos quais 72 são Eurotram e 30 Tram-train.

Expansão da rede

A criação da Linha Rosa e a ampliação da Linha Amarela até Vila d’Este são, até à data de fecho da edição da VIVA!, as únicas expansões previstas na rede do Metro, não escondendo o presidente que há “um conjunto de linhas que estão a ser estudadas” e cuja “decisão final caberá aos autarcas do seio da AMP”. Os novos traçados vão acrescentar um total de seis quilómetros e sete novas estações. No caso do Porto, a nova Linha Rosa (G) vai assegurar a ligação entre S. Bento, Cordoaria/Hospital de S. António, Galiza/Centro Materno-Infantil e Casa da Música/Rotunda da Boavista. Já no caso da Linha Amarela, servirá a zona do Monte da Virgem/RTP e o Hospital de Gaia, numa extensão de 3,2 quilómetros e incluindo três novas estações (Manuel Leão, Hospital Santos Silva e Vila d’Este). Tiago Braga aponta



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2023 como o ano da operação comercial destas duas linhas, com a Linha Amarela a iniciar no primeiro trimestre do ano e a Linha Rosa no último, alertando para o facto de “entre a decisão de construção de uma linha até à sua operação comercial, decorrer um ciclo de gestão de sete anos”.

Antecipação da contratação e entrega de novos veículos

“Quando assumi o compromisso de antecipar a entrega de 18 novas composições para 2021 é porque acredito, face ao que está previsto no caderno de encargos, que temos condições técnicas

efetivas para o fazer”, explica, adiantando que essa antecipação visa injetar, de imediato, os veículos na rede. “Estes não vão funcionar apenas no alargamento, ou seja, na Linha Rosa e na extensão da Amarela, mas sim em toda a rede”, esclarece. Por outro lado, a antecipação tem também a ver com uma medida que pretende fazer face à procura verificada e que será desenvolvida já no início do próximo ano: o aumento de 11 veículos/hora para 15 na Linha Amarela, sendo esta a frequência que está determinada para a expansão da linha. Também no próximo ano, a Metro do Porto vai abrir o projeto para fazer a mesma intervenção no término do Hospital de S. João. Entre o concurso público, a contratação da entidade executante e a obra em si, prevê-se que esteja concluída em meados de 2021, sendo, a partir dessa altura, que começarão, também, a trabalhar para injetar mais veículos.



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O Porto de

Harry Potter A forte ligação de J. K. Rowling, autora da série “Harry Potter”, que conquistou o público jovem e vendeu milhões de exemplares, com a cidade do Porto há muito que é conhecida. Possivelmente são os ‘potterheads’ (fãs da saga) quem mais devoram a história, mas esta deveria fazer parte da memória de todos os portugueses, sobretudo dos portuenses. Afinal, a Invicta foi um dos locais onde a escritora se inspirou, e bem, para escrever a história do feiticeiro mais famoso de sempre. Não sabia? Então deixe-se contagiar pelas próximas aventuras. Nesta edição entramos no mundo mágico de Harry Potter, recordando os espaços emblemáticos da cidade que ditaram a sua criação e marcaram o seu universo.

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oi durante uma viagem de comboio entre Manchester e Londres que a história começou a burilar na sua cabeça. J.K. Rowling há muito que era uma apaixonada pela escrita, mas a verdade é que nunca tinha ficado tão entusiasmada com um projeto como ficou com o de “Harry Potter”. Na altura, sem uma caneta à mão, e demasiado envergonhada para pedir uma emprestada, como revelou o jornal Observador numa das suas edições, ficou, apenas, sentada, na sua carruagem, a imaginar as 1001 aventuras deste pequeno feiticeiro. E, quando desembarcou, a maior parte das personagens já estavam definidas. “Harry Potter simplesmente entrou na minha cabeça inteiramente formado", salientou a autora, numa das muitas entrevistas que deu, após o sucesso da saga. Em 1991, depois da morte da mãe, Anne,


HARRY POTTER

que há vários anos lutava contra uma doença degenerativa, a esclerose múltipla, e com o desejo de se afastar de Inglaterra e de tudo o que a fazia lembrar, Rowling decidiu mudar-se para Portugal, em concreto para a cidade do Porto, procurando, assim, uma saída de um sofrimento colossal. Debaixo do braço, trouxe os rascunhos da história que viria a colocá-la nas “bocas do mundo” e, entre as pausas na Encounter English, onde, entre 1992 e 1993, lecionou inglês, continuou a dar vida ao famoso Harry Potter. Por aqui, apaixonou-se e viveu uma atribulada história de amor, ao lado do jornalista Jorge Arantes, com quem casou e teve o que foi, realmente, o melhor da sua vida, a filha Jéssica. Pouco tempo depois de terem dado o nó, divorciaram-se e Rowling voltou ao Reino Unido, desta vez para Edimburgo, e na mala levava, já, os três capítulos de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, o livro inaugural da saga do feiticeiro, como descreve a própria no seu site.

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Café Majestic Diz a lenda que foi numa das várias mesas de mármore deste tão famoso café, situado numa das ruas mais famosas e movimentadas do país, a Rua de Santa Catarina, que a escritora terminou o primeiro rascunho de “Harry Potter e a Pedra Filosofal” e que, inclusive, se inspirou para escrever “e decorar” aquele que viria a ser o seu capítulo favorito do romance de estreia, “O Espelho dos Invisíveis”. A sua ligação ao Majestic tornou-se tão conhecida que muitos são os turistas que vêm, propositadamente, para ver e sentir, de perto, o local, verdadeiramente mágico, que a inspirou. REVISTAVIVA, DEZEMBRO 2019


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Livraria Lello Considerada várias vezes como uma das livrarias mais bonitas do mundo, a Lello já inspirou vários e conceituados autores a escrever as suas histórias e, naturalmente, Rowling não foi exceção. A britânica costumava passar muito tempo neste espaço, fundado em 1906 pelos irmãos Lello, a ler, escrever e, particularmente, a inspirar-se para enriquecer a sua saga. E, por isso, os fãs do famoso feiticeiro não têm dúvidas: foram as célebres escadarias de madeira da Livraria Lello que inspiraram Rowling a criar as escadas de Hogwarts, que se movimentam de diferentes formas e levam os pequenos feiticeiros a zonas do castelo indesejadas. Diariamente, centenas de pessoas aguardam, numa fila considerável, o momento de conhecer esta emblemática livraria, situada na Rua das Carmelitas.

Universidade do Porto A ligação de Harry Potter à Universidade do Porto, considerada uma das mais prestigiadas do país, deve-se ao traje académico negro dos seus estudantes. Reza a história que foi neste que Rowling se inspirou para criar as longas capas pretas que fazem parte do uniforme que usam os alunos de Hogwarts.


HARRY POTTER

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Jardins do Palácio de Cristal São, indiscutivelmente, um dos lugares de paragem obrigatória no Porto e parece que Rowling gostava bastante de passear por lá, tendo sido, sob essa admirável paisagem que escreveu algumas partes de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”. Há, até, quem diga que foi nos Jardins do Palácio de Cristal que se inspirou para criar a Floresta Proibida e a Floresta Negra, um lugar antigo nos livros do pequeno feiticeiro e repleto de segredos escondidos.

J.K. Rowling, na verdade, chama-se, apenas, Joanne Rowling, mas, na altura de publicar o primeiro livro da saga Harry Potter, em 1997, o editor notou que Joanne, um nome claramente feminino, poderia não conseguir atrair o público-alvo principal da obra, rapazes. E, assim, a autora optou por usar a sigla J. K., pelo qual é hoje conhecida, sendo que o “K” provém de Kathleen, o nome da sua avó paterna.

Discoteca Swing O Swing era uma antiga discoteca, situada junto à rotunda da Boavista, onde Rowling costumava ir com a irlandesa Aine Kiely e a inglesa Jill Prewett com quem, numa primeira fase da sua vida no Porto, partilhou casa. No seu livro “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, o terceiro da saga, é com uma breve dedicatória que a autora faz a única referência à temporada que por aqui viveu. “Para Jill Prewett e Aine Kiely, as avós do Swing”, lê-se. REVISTAVIVA, DEZEMBRO 2019


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X C E L Ê N C I A

Marques Soares investe um milhão de euros na remodelação da sua loja das Carmelitas Aos 59 anos, os Armazéns Marques Soares, considerados a marca mais emblemática do comércio nacional, continuam a inovar e a mostrar aos seus cerca de 70 mil clientes que estão “mais vivos do que nunca”. Prova disso é a intervenção feita na remodelação da sua loja-mãe, situada na Rua das Carmelitas, em plena baixa do Porto, num investimento de um milhão de euros, que pretendeu simplificar e melhorar a circulação no seu interior, tornando-a mais confortável, sem descurar a traça e a arquitetura que fazem do edifício um dos mais emblemáticos daquela zona. A nova imagem foi apresentada à cidade no início do mês de outubro, numa cerimónia invulgar em Portugal e digna de um verdadeiro evento parisiense.


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A cerimónia decorreu junto à entrada principal, com a presença de muita gente, numa tarde marcada pela animação, com atuações musicais e desfiles da coleção outono/ inverno 2019-20, e contou com uma vasta geração de clientes. Fotos: Carolina Leipnitz

“Começamos com os tecidos a metro e hoje temos desde pronto-a-vestir, têxteis lar, sapataria, ótica, eletrodomésticos e perfumaria. Adaptamo-nos às necessidades dos clientes. Ele é a razão da nossa existência. É para ele que trabalhamos desde o início e é isso que continuaremos a fazer sempre”, salienta Paulo Antunes, administrador da Marques Soares. REVISTAVIVA SETEMBRO 2019


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X C E L Ê N C I A

O espaço está, agora, decorado a preceito para receber os seus clientes naquela que é considerada a época mais mágica do ano: o Natal. Mas os presentes estão disponíveis o ano inteiro com um desconto especial em cartão como “não há igual”.

Localizada numa das zonas mais trendy e movimentadas da cidade do Porto, a Marques Soares afirma-se como uma das âncoras do comércio portuense, com espaços diversificados e propostas variadas para todas as áreas da vida quotidiana.


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Os Armazéns Marques Soares contam com uma área bruta de 14 mil metros quadrados e 300 colaboradores, divididos pelas diferentes lojas, no Porto, Braga, Aveiro, Santarém, Beja, Vila Real e Évora.

No seu site, que se apresenta com uma imagem clean e bastante intuitiva, é possível aceder aos mais de dez mil artigos de mais de cem marcas reconhecidas em diversas áreas. REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


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A doce melodia de Helena Kendall


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A jovem portuense Helena Kendall é um dos nomes em clara ascensão da música portuguesa. Aprendeu a tocar guitarra sozinha, através da internet e, rapidamente, começou a compor as suas canções. Com apenas 24 anos, já foi a voz do grupo “Os Kendall”, partilhou o palco com Miguel Araújo e participou no Festival da Canção, em 2017, como intérprete do tema “Andamos no Céu”, de João Só. Segue, agora, uma carreira a solo e foi de guitarra na mão e sorriso no rosto que nos abriu as portas do seu primeiro disco de originais, “Prefácio”, que espera lançar ainda este ano, e partilhou com a VIVA! histórias e curiosidades imperdíveis. Texto: Maria Inês Valente Fotos: Make it view

Encontramos Helena Kendall precisamente no sítio “onde tudo começou”, o Centro de Reflexão e Encontro Universitário, mais conhecido por CREU, explica, revelando que foi ao juntar-se ao grupo d’Os Meninos do Coro que foi descobrindo muito sobre si enquanto pessoa e artista. “Foi com eles que comecei a perceber um bocadinho melhor como é que era a minha voz, a aprender a utilizá-la, a conhecer todos os métodos que existem de afinação, por exemplo, e acabei por formar uma banda, com amigos desse mesmo grupo, que, na altura, se chamava Os Kendall, em que

cantávamos e tocávamos composições feitas por mim, numa primeira fase em inglês”, conta. Pelo meio, deram alguns concertos e gravaram “várias coisas giras com alguns músicos conhecidos”, até que conheceram o compositor João Só e Helena foi convidada para interpretar a música “Andamos no Céu”, no Festival da Canção. “Foi aí que tudo se tornou mais real, mais palpável, e que eu comecei a pensar, verdadeiramente, na música enquanto profissão”. E assim foi! Pouco tempo depois, a cantautora abraçou a língua portuguesa e passou a contar as suas histórias em nome próprio.


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I G U R A

A música entrou na tua vida de uma forma particularmente curiosa, queres falar-nos um bocadinho sobre esse início? É verdade! Quando era mais nova, os meus pais inscreveram-me em aulas de piano, mas eu não gostei. Só mais tarde é que comecei a ganhar consciência de que realmente gostava de música e que queria aprender mais. Algum tempo depois, uma amiga dos meus pais ofereceu-me uma guitarra. Eu não sabia tocar, não tinha bases nenhumas de música, mas o interesse era tanto que aprendi sozinha. Vi vários vídeos na internet e, de repente, passei do “nada” para o “tudo”. Comecei a tocar guitarra, a cantar, a escrever, a compor, tudo ao mesmo tempo, e já com 16 anos. Como recebeste, na altura, o convite do João Só para participar no Festival da Canção? Não estava nada à espera. O João ligou-me e disse “Olha é só para dizer que vais cantar uma música minha no Festival da Canção”. Na altura fiquei um pouco abananada, nem percebi muito bem o que ele disse, confesso, e lembro-me que respondi “Mas isso é ao vivo?” e ele só disse “é ao vivo é, é ao vivo e a cores”. Eu disse logo que sim, mas só depois é que comecei a pensar melhor no que tinha aceitado.

caiu a ficha e tive consciência que estava perante Portugal inteiro.

O que sentiste quando pisaste, pela primeira vez, o palco do Festival da Canção? Estava extremamente calma, calma demais para o que se ia passar. Lembro-me de ter alguns amigos no público e eles estavam mais nervosos do que eu. Só quando pisei o palco e comecei a cantar é que

O que significa, agora, esta carreira a solo? É a primeira grande etapa da minha vida. Não é que não tenha feito nada até agora, porque já fiz muita coisa, mas acho que é o primeiro marco, a primeira coisa palpável que eu fiz na música e que me deu um gozo enorme concretizar. Ver as


H E LE N A K E N DA LL

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a Deus as pessoas que já partiram. E, por isso, não é um adeus, é um a Deus. Há mais algum que gostes especialmente de cantar? Sim, a dos “Dois Acordes”, que foi a última música que compus do álbum inteiro, a uns dias de ir para estúdio. Foi gravada só com voz e guitarra e fala, precisamente, sobre simplicidade. Daí a música ser, também, muito simples. Tem apenas dois acordes, de facto, e expõe o desejo de nos libertar-nos de tudo o que não é essencial e de sermos simples. É uma música que, até agora, cantei muito poucas vezes ao vivo e que acho que vai ser a grande surpresa do álbum. primeiras canções a ganhar vida, ainda por cima com grandes músicos que tive a oportunidade de convidar, é incrível. É uma experiência mesmo gratificante. Já podemos conhecer alguns desses nomes? Um deles é, obviamente, o Miguel Araújo, que se entusiasmou com as músicas e acabou por gravar imensas variantes de cordas e voz também. Tenho um dueto com ele, que espero lançar, quem sabe, ainda antes do lançamento do próprio disco, mas para já não posso revelar mais nomes. Tive, também, uma sorte enorme com a banda que gravou comigo o disco, e que agora anda comigo na estrada, que é o Ginho Marques (baixo), diretor musical da banda, Bruno Oliveira (bateria), João Mascarenhas (piano) e João Gusmão (guitarras e coros). Há algum tema que seja particularmente especial? Sinto sempre necessidade de escrever e compor sobre as pessoas que já perdi na minha vida. A primeira canção que escrevi em português, “aDeus”, fala sobre a minha avó, que perdi quando era pequena, e com a qual fui aprendendo muito ao longo da vida, tanto a recordar como a perceber tudo o que de bom as pessoas nos deixam. Não vale a pena passarmos uma vida inteira com saudade se não a soubermos aproveitar da melhor forma possível. Foi assim que eu tentei escrever essa canção, percebendo como é que podemos entregar

Porquê “Prefácio” como nome deste primeiro álbum? Primeiro pela ligação à literatura na minha família. A minha mãe é escritora e sempre fui incitada a escrever e, depois, porque sempre gostei muito da palavra “Prefácio”. Parece que é o que antecede a tudo o que está para a frente, ou seja, a tudo o que ainda está para vir e foi assim que eu pensei este álbum. Que sonhos ainda há por conquistar? Muitos discos, muitas colaborações, mas, acima de tudo, chegar ao Coliseu do Porto. Penso que é aquele marco histórico na carreira de qualquer músico e, dada a minha ligação ao Porto, é mesmo um sonho. Durante muito tempo a minha palavra passe foi “coliseudoportoépouco”. Acho que sonhar é bom, mas ter os pés assentes na terra também e eu, às vezes, tenho alguma dificuldade em fazê-lo, confesso. Mas, neste momento, parece-me que o Coliseu do Porto é perfeitamente plausível e, por isso, acredito que só é bom termos um objetivo concreto na carreira. Onde é que gostarias de estar daqui a 10 ou 20 anos? No Porto, sempre no Porto, com uma carreira estável e, principalmente, humilde, porque acho que a humildade é o mais importante de tudo. E, portanto, imagino-me exatamente a mesma pessoa, mais forte se calhar, com mais discos, com mais experiência, mas sempre junto das pessoas que me são queridas. REVISTAVIVA, DEZEMBRO 2019


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E S T A Q U E

Terminal Intermodal de Campanhã vai fazer nascer 4,6 hectares de área verde É uma das obras mais importantes no campo da mobilidade e transportes da cidade do Porto e começou a dar os primeiros passos no final do mês de setembro, altura em que arrancaram as primeiras obras. A previsão da Câmara Municipal do Porto é que em junho de 2021 o Terminal Intermodal de Campanhã já esteja concluído e apto a receber os cerca de 450 mil passageiros que são esperados anualmente na cidade. Nesta edição, “viajamos” por aquele que é o mais ambicioso e revolucionário projeto de que há memória no que respeita aos transportes da cidade. Texto: Maria Inês Valente Fotos: CM Porto


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aqui a, sensivelmente, dois anos, aquela que é considerada a zona mais oriental da cidade do Porto, Campanhã, vai estar dotada de uma infraestrutura única e revolucionária no norte do país, que completará a intermodalidade da Estação de Campanhã, que já possui a vertente ferroviária e de metro, com a rede urbana da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) e autocarros de serviço intermunicipal e regional, passando assim a dispor de um terminal de última geração. Situado numa zona de fácil acessibilidade rodoviária, como são exemplos a Via de Cintura Interna (VCI) e as autoestradas

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circundantes (A1, A3 e A4), o Terminal Intermodal de Campanhã, com projeto de Nuno Brandão Costa, será uma intervenção estruturante para o desenvolvimento desta zona da cidade, mas, também, fundamental para a mudança de paradigma da mobilidade coletiva. A obra em causa dará, ainda, origem a uma área ajardinada com o total de 4,6 hectares, o que corresponde, atualmente, à maior cobertura verde da cidade do Porto, sendo, por isso, igualmente revolucionária no campo da sustentabilidade ambiental, uma vez que, como explica a

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E S T A Q U E

O objetivo da empreitada é dotar a zona de Campanhã de uma plataforma que abranja os autocarros da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e dos operadores privados, comboios urbanos e de longo curso, metro e táxis. Câmara Municipal do Porto, “vai tornar-se no maior polo de absorção de carbono na cidade”. A nova plataforma intermodal representa um investimento de cerca de 13 milhões de euros, terá uma área bruta total de construção de 24 mil metros quadrados e irá, ainda, integrar áreas utilitárias, como parque de estacionamento, estação de serviço, paragens kiss & ride, parque de bicicletas e parque de táxis, e, ainda, áreas

complementares de apoio ao público, áreas administrativas e áreas técnicas essenciais. A empreitada criará assim, não apenas uma zona de articulação entre vários modos de transporte, mas, também, um espaço verde e de lazer numa freguesia onde este tipo de equipamento escasseia. Com um aumento significativo de lugares para estacionamento, a infraestrutura, que conta com um prazo de execução de 635 dias, o que corresponde a, aproximadamente, 21 meses, ajudará, como assegura a autarquia, a retirar tráfego da Rua do Freixo. “O Interface irá constituir um dos principais nós da rede de transporte público, enquanto interface estratégico de um anel de contorno da cidade do Porto, funcionando em articulação com o interface da Casa da Música e o futuro interface do Hospital de S. João”, reforça, segundo descrito na nota de apresentação do


TERMIN A L I N T E R M ODA L D E CA M PA N H Ã

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O equipamento a construir perfaz uma área bruta total de construção de cerca de 24 mil metros quadrados e irá integrar áreas utilitárias, como parque de estacionamento, terminal de camionagem, estação de serviço, paragens kiss & ride, parque de bicicletas e parque de táxis, áreas complementares de apoio ao público, áreas administrativas assim como áreas técnicas essenciais.

projeto, publicada no seu site. Recorde-se que esta obra, considerada fundamental para o desenvolvimento da zona oriental do Porto e para a mobilidade de toda a cidade, é um dos projetos-charneira do atual executivo de Rui Moreira. O terminal, que já tinha sido prometido desde 2003 e nunca foi construído, vê, agora, quase 16 anos depois, ser escrito um novo capítulo da sua história. O concurso público internacional para a construção do Terminal Intermodal de Campanhã foi lançado, pela Câmara Municipal do Porto, a 27 de setembro de 2018, pelo preço-base de 12,7 milhões de euros. Cerca de 10 meses depois, a 22 de julho do presente ano, o Tribunal de Contas (TdC) deu luz verde à sua construção, completando, assim, “o único passo que faltava para que se pudesse avançar com as obras”.

Importante referir, ainda, que esta infraestrutura está a ser construída “com respeito integral” pela norma internacional LEED - Leadership in Energy and Environmental Design -, o que significa, em português, Liderança em Energia e Design Ambiental. De acordo com a autarquia, trata-se de uma certificação para construções sustentáveis, concebida e concedida pela organização não governamental United States Green Building Council (USGBC), com o intuito de promover e estimular práticas de construção sustentáveis, satisfazendo critérios para uma construção verde. REVISTAVIVA, DEZEMBRO 2019


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As casas dos escritores A literatura nacional está repleta de conceituados escritores que fazem, precisamente, desta uma das mais apreciadas de todo o mundo. Conhecemos-lhe as obras, efémeras passagens das suas vidas mas, são poucos os que sabem onde eles nasceram, onde viveram e, até, onde deram o seu último suspiro. Nesta edição, recuamos aos séculos XVIII e XIX dando-lhe a conhecer o que é feito das casas onde nasceram alguns dos escritores que são e serão, para sempre, parte integrante da história e da cultura portuguesas. Texto: Maria Inês Valente

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Fotos: Make It View

izem que, para conseguirem fazer nascer personagens, cenários e enredos fascinantes, capazes de convidar qualquer pessoa à sua leitura, os escritores precisam de se rodear de pessoas e lugares inspiradores. Ora, a ser verdadeira a premissa, parece que a cidade do Porto, e os portuenses, claro, conseguiram inspirar muitas e admiráveis obras. Afinal, foi aqui que nasceram alguns dos mais conceituados escritores portugueses. Só na Rua de Santa Catarina, por exemplo, que atravessa as freguesias de Santo Ildefonso e Bonfim, e conhecida, atualmente, como a artéria mais comercial da baixa da cidade, nasceram e viveram quatro nomes incontornáveis da literatura portuguesa. No n.º 206 nasceu, em 1828, o escritor Arnaldo Gama e, quase quarenta anos depois, no 469, o poeta António Nobre. No 2.º andar do n.º630, que na época era o n.º458, parece que viveu Camilo Castelo Branco, tendo, inclusive, celebrado, naquele local, a 9 de março de 1888, o seu casamento com Ana Plácido. Já no n.º 1018 viveu, durante longas temporadas do final da sua vida, o poeta Guerra Junqueiro. A maior parte das casas ainda preserva a memória dos escritores, mas outras acabaram por ficar degradadas, caindo no esquecimento.


CA SA S D OS E SC R I TO R E S

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Almeida Garrett

João Baptista de Almeida Garrett nasceu no n.º 37 da Rua Dr. Barbosa de Castro, antiga Rua do Calvário, a 4 de fevereiro de 1799 e lá viveu durante os seus primeiros cinco anos de vida. Em 1864, 60 anos depois de ter saído dali e 10 anos após a sua morte, a Câmara Municipal do Porto colocou uma lápide neoclássica no primeiro andar com a seguinte inscrição em letras maiúsculas: “Casa onde nasceu aos 4 de Fevereiro de 1799 João Baptista da Silva Leitão Almeida Garrett / Mandou gravar à memória do grande poeta a Câmara Municipal d’esta cidade em 1864”. Em abril deste ano, e já depois de estar algum tempo devoluto, o prédio, com quatro pisos, acabou por ficar completamente destruído pelas chamas, num incêndio que deflagrou na madrugada do dia 27. Dos destroços, apenas restou a fachada, onde ainda é possível ler-se a homenagem feita pela autarquia. O incidente aconteceu, precisamente, numa altura em que a Câmara do Porto mostrava interesse em adquirir o espaço e instalar lá um pólo do Museu do Liberalismo. No final do mês de outubro, a TSF anunciou que a autarquia decidiu não avançar com a compra da casa e dos outros dois edifícios confinantes, devido ao elevado preço exigido pelo proprietário. Segundo a mesma publicação, a câmara explicou que "o proprietário reclamava um valor superior a quatro milhões de euros", apesar do valor dos imóveis ficar 34% abaixo do montante pedido pelo dono.

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Raul Brandão

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A história que se conta é que foi no n.º 12 da Rua da Bela Vista, atual Rua Raul Brandão, na Foz do Douro, localidade que marcou de forma indelével a vida e obra de Raul Germano Brandão, que nasceu, a 12 de março de 1867, o escritor portuense. Nessa casa figura, inclusive, uma placa comemorando o seu nascimento. No entanto, existia, até ao ano passado, altura em que o investigador Joaquim Pinto da Silva, conhecedor da obra de Brandão e da história da Foz do Douro, apresentou o livro “Cantareira, 61”, um mistério sobre a localização da casa onde o escritor viveu e escreveu a maior parte da sua obra. O autor “desde cedo intuiu que as páginas referentes à sua morada, as suas descrições interiores e a paisagem” não poderiam corresponder ao n.º 12 da Rua Raul

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Brandão, como destacava, na altura, a nota de imprensa enviada às redações, afirmando, assim, que a casa, efetivamente, importante, na vida do escritor é a do n.º 254 da Rua do Passeio Alegre. “A casa que foi mesmo propriedade do escritor, e antes de seu pai, é a da morada que ele tantas vezes deu, nomeadamente a Teixeira de Pascoaes: Cantareira, 61, hoje Rua do Passeio Alegre, 254”, lia-se, notando que, por isso, seria essa que doravante deveria ser “citada e estudada em ligação estreita à obra que a identifica” – Os Pescadores (1923). No local, a escassos metros da casa onde nasceu Raul Brandão, foi descerrada uma placa com a inscrição “Cantareira, 61” e a informação de que terá sido ali que escreveu a obra. As duas moradas são, atualmente, casas de habitação e encontram-se em muito bom estado de conservação.



António Nobre

O poeta nasceu, como, aliás, já foi referido, no n.º 469 da Rua de Santa Catarina, memória gravada em placa, pela Câmara Municipal do Porto, onde se pode ler “Nesta casa nasceu o poeta António Nobre aos 16 de agosto de 1867“. Com um nível de conservação bastante elevado, pelo menos exteriormente, o espaço parece ter, hoje, a valência de casa de habitação. Segundo conta o “Etc e Tal jornal”, a curta vida de António Nobre decorreu entre as várias casas que a família possuía, nomeadamente a do Porto, ou, no verão, as casas e quintas na Lixa e no Seixo, em Penafiel, local considerado seu “paraíso perdido”, mas também, na casa da praia da Boa Nova, em Leça da Palmeira, onde o mar que tanto contemplou se tornou um verdadeiro fascínio. Viria a falecer em 18 de março de 1900, com 33 anos apenas, precisamente, na cidade que o viu nascer, na casa da Avenida do Brasil, na Foz do Douro, que pertencia ao seu irmão, o biólogo e professor da Universidade do Porto, Augusto Nobre.

Ramalho Ortigão

Conta a história que o escritor e jornalista Ramalho Ortigão nasceu a 24 de outubro de 1836, na Casa de Germalde, freguesia de Santo Ildefonso, onde terá sido criado pela avó. Segundo fonte da autarquia, a habitação em causa, situada junto ao Quartel da Lapa e próxima da Igreja da mesma freguesia, na esquina da Rua da Regeneração com a Rua do Paraíso, encontra-se, neste momento, abandonada, não preservando qualquer memória do escritor portuense que, de acordo com uma nota do Centro de Investigação para Tecnologias Interativas, publicada no seu site, lecionou, também, francês no Colégio da Lapa, dirigido pelo seu pai e o qual sucedeu pouco tempo depois. Com um vasto conjunto de obras publicadas e uma sabedoria inigualável realce-se, também, a edição da revista de crónicas “As Farpas”, a primeira publicação do género em Portugal, com Eça de Queiroz.


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A Ú D E

Oferta de serviços de Fisiatria e Fisioterapia aumenta na Foz Há já 20 anos que surgiu, na Foz, a Esage II - Clínica Fisiátrica da Foz, uma iniciativa que sempre teve como objetivo principal o desenvolvimento da fisiatria e fisioterapia, permitindo, assim, a todos os que procuram a clínica, uma recuperação funcional eficiente.


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foi precisamente há quatro anos que, com uma nova administração, a Esage II - Clínica Fisiátrica da Foz decidiu apostar, dentro de um plano de crescimento sustentável, numa renovação de conceitos, condições, e q u i p a m e n to s e t r a t a m e n to s. “Uma aposta certa”, salienta o gerente, José Carlos Pestana de Vasconcelos, não só porque com a sua nova imagem as Clínicas ESAGE cresceram ininterruptamente, mas também porque permite agora novos avanços para concretizar um projeto evolutivo ainda com muito caminho para percorrer. “A melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos nossos utentes são obviamente o mote da nossa existência. A recuperação funcional de quem, por vicissitudes várias, como o avançar da idade, lesões desportivas, profissionais, entre muitos outros casos, levam a que as

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nossas clínicas e as nossas médicas, terapeutas e demais colaboradores, se atualizem e progridam nos seus conhecimentos”, explica. Com esta intenção de prestar melhores serviços aos seus clientes, as Clínicas ESAGE, mantendo tudo o que de bom já proporcionam no âmbito da fisiatria, medicina desportiva e fisioterapia, seja no polo da Foz, seja no polo de Serpa Pinto, pretendem agora melhorar e expandir a oferta desses serviços. Após forte aposta na renovação dos equipamentos de piscina, concretizados há já quatro anos, reequiparam agora os balneários de desumificadores e novo equipamento, tendo, neste momento, uma moderna unidade de hidroterapia. Para o mês de dezembro, a administração adianta, ainda, que está “prevista uma renovação do espaço do ginásio principal da unidade da Foz, também com renovação de equipamentos de tecnologia mais avançada”.

As Clínicas ESAGE possuem protocolos com a ARS, ADSE, Medis, SAMS, AdvanceCare, Multicare; Medicare; ADM e CHP. REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


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INOVAÇÃO

Na aposta de novos serviços, abriram, em novembro, um novo espaço, situado no edifício Cupertino de Miranda, onde está já a clínica da Foz, que tem em funcionamento uma nova Unidade de Terapia de Ondas de Choque e Medicina Regenerativa. Para este propósito, foram adquiridos “equipamentos de última geração, permitindo o tratamento sem dor, de tendinites, lombalgia e cervicalgia, dor miofascial e fibromialgia, lesões ósseas e feridas, entre outras”. “Esta é uma terapia com resultados c l í n i co s s u r p re e n d e n te s, permitindo o alívio rápido e duradouro da dor e a regeneração de tecidos lesados”, adianta o responsável. A médica responsável pela nova unidade, Drª Eduarda Pestana, tem também formação em ecografia, possibilitando um r ápido diagnóstico e tratamento eco guiado, quando necessário. Além dos equipamentos tradicionais,

possuem, também, novo laser de alta intensidade, equipamento de pressoterapia e de ondas curtas de última geração, que permitem “proporcionar o melhor tratamento para cada caso”. Segundo José Carlos Pestana de Vasconcelos, estas novas terapias permitem uma recuperação muito mais acelerada das lesões, reduzindo a incapacidade e diminuição da perda de qualidade de vida e da dor associado à lesão e/ou doença. “Estamos também a desenvolver

o pilates clínico, pilates com máquinas, fisiopilates, e RPG (reabilitação postural global), excelente para problemas da coluna, entre outros”, completa. Com esta nova valência, com a manutenção da ampla piscina terapêutica com água a uma temperatura constante de 32º, e dispondo, também, de crioterapia em imersão, a Esage garante “um tratamento de excelência para problemas da coluna bem como recuperação de casos ortopédicos e pósoperatórios”.


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Foz Rua D. Domingos Pinho Brandão, n.º75 4150-280 - Porto Tlf. 226 174 906

Calvário do Carvalhido Rua Serpa Pinto, n.º 455 4250-466 - Porto Tlf. 228 347 040 www.esage.pt

BEM-ESTAR

Unidade de Terapia de Ondas de Choque e Medicina Regenerativa

Formação no moderno equipamento de Laser de Alta Intensidade

Com um eficiente e simpático serviço de bar, a unidade da Foz possui assim uma oferta que dificilmente se encontra noutras unidades de fisiatria e fisioterapia de ambulatório. As Clínicas ESAGE pretendem manter esta intenção de continuar a inovar e melhorar os serviços que proporcionam, existindo já projetos para, no futuro, conseguirem atingir melhor o “estado da arte” do que de melhor se faz nas mais modernas unidades. Desta forma, e porque crescem, contam com uma equipa médica, de terapeutas, técnicos e outros colaboradores, sempre a aumentar, mas mantendo a simpatia, humanismo e elevada competência técnica. Segundo a diretora da clínica, Drª Eduarda Pestana, “o que mais importa é proporcionar aos nossos doentes o tratamento mais indicado, mais eficaz, com melhor execução e, portanto, com melhor resultado”. REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


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São consideradas pérolas do património portuense, apelativas exteriormente, mas ainda mais convidativas no seu interior, onde, em todos os seus cantos, têm gravadas histórias e memórias de tantos anos. Uma está prestes a completar um século de vida, a outra, já com as bodas de ouro celebradas, para lá caminha. Nesta edição, damos-lhe a conhecer, ou possivelmente a recordar, a Queijaria Amaral e a Barbearia Garrett, dois espaços emblemáticos do Porto e que, diariamente, atraem numerosos clientes à cidade. Texto: Maria Inês Valente Fotos: Make it view

Queijos Serra da Estrela, de S. Miguel, S. Jorge, Ilha do Pico, Goudas da Holanda, Roquefort, Manchego, Mimolete, Tetilha Galega fumada, Grana Padano e muito mais. Na mais antiga queijaria da cidade, fundada em 1920 e situada no n.º 190 da Rua de Santo Ildefonso, há mais de 60 variedades de queijo disponíveis que fazem as delícias dos amantes deste produto. Mas, desengane-se se pensa que é só de queijos que se faz o “recheio” da Queijaria Amaral. Os enchidos tradicionais, como as chouriças, o salpicão, as moiras e as alheiras de Mirandela, bem como o folar de Trás-os-Montes, marmelada e compotas, dos mais variados sabores, têm, também, lugar nesta afamada casa portuense. António Luís é quem está, agora, à frente deste negócio, que, durante muitos anos, teve o rosto de Maria José Silva, conhecida por realizar, musicar e interpretar vários filmes. “Ela fez desta casa uma casa de excelência do queijo da Serra da Estrela”, explica, acrescentando que este é, efetivamente, o produto mais vendido da Queijaria. Recentemente, o


LOJA S H I STÓ R I CA S D O P ORTO

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espaço sofreu algumas alterações, realçando-se, nesta remodelação, a introdução de mesas de degustação, uma delas com mais de 100 anos, para que os clientes possam provar os produtos disponíveis para venda. Do cardápio, destacam-se as tábuas de cinco queijos e de enchidos, a tábua mista, as sandes de presunto com queijo Serra da Estrela, e, ainda, o chouriço e a moira assada, sempre acompanhados por um bom vinho. O entra e sai da Queijaria Amaral foi uma constante enquanto a VIVA! esteve à conversa com o proprietário e com a D. Olga, familiarizada com o negócio há já 37 anos e que continua, ainda, “a dar uma ajuda”. Apreciadora nata de queijos, explica que, quando chegou à Queijaria, com 13 anos, teve que ter uma “pequena formação”, principalmente no

que toca aos “queijos internacionais”, de forma a saber "apresentá-los ao cliente" e “parti-los corretamente”, como é o caso do Grana Padano, que não é partido com a faca. Os clientes chegam de todos os cantos do país e, inclusive, do estrangeiro sendo do Brasil que se verifica o maior número de turistas a visitar o espaço. “Vêm já com dicas de outros brasileiros para comprarem determinados queijos. Depois de provarem ficam deliciados, dizem que é muito

bom e que prezamos realmente pela qualidade dos produtos que vendemos”, conta António Luís. E, quando questionado sobre a característica que um queijo deve ter para ser de qualidade, não teve qualquer dúvida: “Tem que ser um queijo bem feito e amanteigado, que é como as pessoas gostam”. Já a D. Olga aproveitou a deixa e rematou: “Mas, aqui, tudo é bom e com muita qualidade. Isto é, como costumo dizer, o Ferrari dos queijos”. REVISTAVIVA, DEZEMBRO 2019


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Todos lhe conhecem o nome e, principalmente, o rosto, o barbeiro e proprietário Acácio Branco, com 82 anos e cuja idade parece não passar por ele. O estabelecimento existe no n.º 16 da Rua Ramalho Ortigão desde 1957 e desde o ano seguinte que Acácio dá uso aos seus utensílios, primeiro como funcionário e agora como gerente, fazendo aquilo que sabe de melhor. Entre uma anedota e outra, sim, porque quem o conhece sabe que é impossível ir à Barbearia Garrett e sair sem ouvir uma ou duas anedotas, partilhou com a VIVA! a sua história. “Sabe menina, nestas cadeiras já se sentaram várias personalidades importantes da cidade do Porto, e não só”, adiantou logo. José Maria Pedroto, técnico que se sagrou campeão pelo FC Porto, no final da década de 70, é um dos exemplos de uma vasta lista, de quem, inclusive, se foi tornando amigo e que vai do desporto à política, passando, ainda, pela medicina. Este icónico espaço portuense já foi, também, palco de vários ensaios fotográficos para catálogos de moda e até já teve um coro a atuar lá. Como explica Acácio Branco, não há um

único momento que não tenha sido importante na barbearia, desde logo porque, continua, “havia muitas e tudo parava aqui”. E, volvidos mais de 50 anos, a história repete-se: os clientes mantêm a devoção ao salão que frequentam desde a juventude e começam, também, a trazer os descendentes. “Sou mais conhecido do que o Papa”, graceja, afirmando que recebe clientes de todo o mundo e que até já escreveram notícias sobre si em França e na China. O segredo para este sucesso deve-se, além da arte, claro, ao gosto notório pelo ofício, à sua amabilidade e boa disposição. “Antes era barbeiro, agora sou diretor de imagem. Este cliente entrou aqui parecia um pobrezinho e agora vai rico”, brinca, enquanto faz alusão aos já 70 anos que tem de profissão. “Vim de uma aldeia, na Beira Alta, onde aprendi a trabalhar, depois fui para Rio Tinto, onde comecei a evoluir e, entretanto, cheguei até aqui….”. Depois de tomar conta do negócio, em 1969, ainda chegou a ter cinco empregados, mas, agora, é só ele quem está na barbearia, recorrendo



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à ajuda do neto sempre que se justifica. Importante referir que a Barbearia Garrett deve o seu nome ao inesquecível escritor portuense. O primeiro proprietário, curiosamente, também se chamava Almeida e solicitou autorização à família Garrett para que o seu apelido pudesse dar nome ao estabelecimento. O espaço está aberto das 9 às 20 horas, com intervalo para almoço, embora, como revela Acácio Branco, raramente faça uso dessa pausa. “Estou aqui há mais de 60 anos e nunca saí para tomar um café”, completa.


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O MELHOR sempre na Wera Store! A quadra mais festiva do ano está quase a chegar e com ela chegam, também, as novidades da Wera Store, o espaço mais in da cidade do Porto e onde encontra sempre tudo o que precisa ao melhor preço. O atendimento personalizado é já uma marca deste espaço, que prima pela originalidade, diversidade e excelente qualidade dos produtos. Nesta época, destaque para as vistosas árvores de Natal, os senhores de respeitosa barba branca (o Pai Natal, pois claro), as iluminações e as várias sugestões de presentes tanto para miúdos como graúdos. Se quer entrar em 2020 com o pé direito, saiba que há acessórios, fatos e vestidos de gala para todos os gostos. Não falhe na indumentária, nem na maquilhagem, até porque na Wera Store tem sempre muito por onde escolher, seja em que altura for. Além dos produtos destacados, a Wera Store dispõe, ainda, de uma vasta gama de artigos de decoração e produtos para a casa.


Rua António da Silva Marinho n.º 120 – Porto Aberto todos os dias Das 09h00 às 21h00 Rua António Nicolau D’Almeida n.º 95 – Porto (Entrada também pela)

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Comes & Bebes

Um percurso gastronómico pelo Grande Porto Textos: Maria Inês Valente Fotos: Make it view

TABAFEIRA A Casa da Alheira

Rua do Morgado de Mateus 4, Porto Telefone 934 403 788 A carta muda duas vezes por ano, na Primavera/Verão e no Outono/Inverno, e tem sempre como protagonista a alheira. De caça ou vegetariana, mas jamais servida à mesa de forma tradicional. O desafio foi imposto pelo próprio Chef André Azevedo, que, há seis anos, decidiu aventurar-se pelo mundo da restauração e que, entre as várias dúvidas iniciais, tinha apenas uma certeza: “Queria que a Tabafeira se distinguisse de todos os espaços existentes na cidade”. “Eu gosto muito de ser diferente. Se aqui ao lado fazem frango assado e do outro frango cozido eu tenho que arranjar forma de fazer diferente”, explicou. As experiências começaram, precisamente, com o produto que dá nome à casa, uma vez que Tabafeira significa alheira, em mirandês, e têm-se revelado um verdadeiro sucesso. Dos vários pratos servidos, destaque para o “À Tabafeira”, composto por alheira de caça, presunto, ananás e queijo parmesão acompanhado de salada, o primeiro a ser criado pelo Chef e que, por isso, se mantém sempre nas duas cartas, assim como a “Francesinha” e o “Hambúrguer” de alheira, que têm uma “aceitação muito grande”. A nova carta Outono/Inverno já entrou em vigor e promete, mais uma vez, surpreender os clientes com a espantosa junção de ingredientes, onde estão presentes os frutos secos, a castanha, a abóbora e, até, a inspiração na cozinha internacional, o que a tornam “muito aconchegante”. Em relação às sobremesas, estas são, naturalmente, caseiras e variam diariamente. Contudo, há uma sempre presente para lhe “adoçar a boca”. Trata-se da “Tabafeira doce”, sobremesa baseada na encharcada alentejana, e que leva “pão, muitos ovos, açúcar e limão”. Horário: De segunda a quinta-feira das 12h00 às 15h00 e das 19h30 às 22h00. Sexta-feira e sábado aberto até às 23h00. Encerra ao domingo.

O mês de dezembro já é uma loucura no que toca aos bons petiscos da data que se assinala, o Natal, mas, este ano, acredite, vai ficar ainda mais guloso com os oito restaurantes que lhe damos a conhecer. Agarre já nos talheres e prepare-se para embarcar nesta estonteante viagem gastronómica, marcada, naturalmente, pela excelência dos produtos Recheio.


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OFFLINE A cozinha de excelência Rua Pádua Correia 273, Vila Nova de Gaia Telefone 223 758 344 No Offline, afamado espaço de Vila Nova de Gaia e gerido há 26 anos por José Alexandre Fernandes, vendem-se mais de três mil rissóis e chamuças por semana e são feitos, diariamente, 60 litros de molho de francesinha. Mas, este não é só mais um molho, “é o verdadeiro molho” e “está repleto de sabor”, sublinha o proprietário, que, orgulhoso, confidenciou à VIVA! que “há uns largos anos que este é muito consensual” no que toca à opinião dos clientes. Há desde francesinhas de mariscos, normais a especiais, com carne assada, lombo de vitela e bife de frango, servidas, sempre “com um camarãozinho por cima” e o “bife grossinho e mal passadinho”. Mas, nesta casa, que prima, sobretudo, pela qualidade dos produtos, tudo o que é servido à mesa “é bom”, desde o famoso prego em pão especial, com carne vinda de Lafões, o bife à Offline, a espetada de marisco e a de vitela, até ao arroz de bacalhau. A refeição só fica, naturalmente, completa com as já bem conhecidas sobremesas, “sempre caseiras e saborosas”, como a baba de camelo, a tarte gelada, a mousse de chocolate, a torta de noz, o molotof, as natas do céu, o pudim francês e, claro, as frutas da época. Horário: De segunda-feira a sábado das 12h00 às 02h00. Domingo das 18h00 às 24h00.


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MADEIRA TASTE Comida típica da Madeira Rua da Madeira 210, Porto Telefone 964 158 950 É um restaurante com comida típica da Madeira, gerido, precisamente, por uma madeirense e abriu na Rua da Madeira “por acaso”. “Caí nesta rua numa das minhas viagens de negócios ao Porto, conheci, aqui, o meu marido e, quando soubemos que este espaço estava para arrendar, não pensamos duas vezes em avançar”, conta Dília Silva, taxista, agricultora, empregada de limpeza e empreendedora há já muitos anos. Neste espaço, serve-se à mesa tudo aquilo que é tradicional da ilha da Madeira. Há filete de espada com banana e maracujá, bife de atum, espetadas, bolo do caco, salmão com molho de maracujá, lapas e, claro, a “bebida da praxe”, a famosa poncha, com a qual os clientes são sempre brindados. No que toca a sobremesas, o destaque vai, naturalmente, para o bolo de mel de cana de açúcar. “Há o mais baixinho e durinho, que é bastante doce, e outro, conhecido na ilha como bolo familiar, que, além de mel de cana de açúcar, leva aguardente, banha de porco, noz moscada e cerveja preta. É um bolo mais rico”, revela. E a VIVA! provou e aprovou. Acompanhada na gestão do espaço pelo marido, Dília revela que tem sido “uma boa caminhada”. “Temos um leque de clientes muito engraçados. Gostam de nos contar as histórias das suas viagens à Madeira e nós ficamos deliciados a ouvir”, conclui. Horário: De segunda a quinta-feira das 12h00 às 23h45. Sexta-feira e sábado encerra à 01h00 e domingo, novamente, às 23h45.


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Gastronomia transmontana Rua Dr. Eduardo Torres 457, Matosinhos Telefone 926 004 697 Aberto há cinco anos, por um senhor com origens em Trás-os-Montes, o Bô 457 é, como o próprio nome faz imaginar, um restaurante tipicamente transmontano. Pedro Marujo, o atual gerente, aventurou-se no negócio há quase dois e decidiu manter-lhe o conceito. De uma vasta lista de sugestões, diga-se de passagem de “comer e chorar por mais”, destaca-se, por exemplo, a francesinha à Bô, também ela naturalmente transmontana, claro. “É servida num pão típico da região, comprido e feito em forno de lenha, com queijo de ovelha por cima e regada com um molho, diferente, que traz logo um sabor atípico ao da francesinha do Porto”, explica o responsável. As carnes, oriundas de Bragança, são um dos ex-libris do espaço, que tem como estrela a posta à transmontana. Já nas entradas, os protagonistas são os famosos cogumelos Portobello, com quatro sabores distintos, que vão desde o salame ao queijo apimentado. E se, depois disto tudo, ainda tiver espaço para a sobremesa, saiba que todas elas “são maravilhosas”, sendo que o crumble de maçã com bola de gelado e a textura de chocolate, uma semi-bola de chocolate fria e que, por dentro, leva mousse de manga e chocolate, deixam qualquer cliente a salivar. Horário: Domingo e de terça a quinta-feira das 12h30 às 14h30 e das 19h30 às 22h30. Sexta-feira e sábado no mesmo horário ao almoço e à noite das 19h30 às 23h00. Segunda-feira está encerrado.


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CAPIM DOURADO A cozinha brasileira

Rua de Cedofeita 322, Porto Telefone 915 500 081 Há quem, ainda, pense que a cozinha brasileira se resume apenas a arroz com feijão e picanha e foi, precisamente, com o objetivo de desmistificar essa ideia, e dar a provar o vasto leque de receitas que compõem a comida tradicional brasileira, que João Winck e a esposa, Ângela Moraes, natural do Brasil, abriram o “Capim Dourado”. O nome vem de uma palha que só existe na região do Jalapão, no estado de Tocantins, que quase “parece ouro”, como explica o responsável, e que incluíram, também, na decoração do espaço. A carta está dividida em “Tira Gostos”, que são as entradas, “Caldos”, as sopas, “Do Mar”, os pratos de peixe, “Da Fazenda”, os pratos de carne, “Extras”, os acompanhamentos e “Da Cana”, as sobremesas. Dentro das entradas, a linguiça artesanal com pão de queijo assim como os dadinhos de tapioca fazem as delícias dos clientes. Já no que toca ao prato principal, o destaque, no peixe, vai para o “Bobó de camarão”, composto por camarão seco e camarão black tiger com arroz de coco, e, nas carnes, para a “Vaca atolada”, um prato “muito apelativo”, que inclui costela bovina coberta com creme de mandioca e é acompanhada por uma farofa de banana e bacon. As sobremesas, à semelhança de todas as restantes iguarias, deixam qualquer um a salivar. Há desde “Pudim de Tapioca, “A Nossa Cartola”, sobremesa agridoce com queijo e banana flambada, “Cupuaçu” e muito mais. Aberto há um ano, o espaço tem capacidade para 55 lugares sentados, na sala principal, e conta, ainda, com uma outra área, de tamanho bastante significativo, destinada a eventos de grupo. Horário: De quarta a sexta-feira das 12h30 às 15h00 e das 19h30 às 23h00. Sábado e domingo das 13h00 às 16h00 e das 19h30 às 24h00. Encerrado à segunda e terça-feira.

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Rua de Serpa Pinto, 28 Gaia - 4400-307 VILA NOVA DE GAIA Geral: 227 667 720 Frutaria: 227 667 726 Peixaria: 227 667 727 Talho: 227 667 728 Padaria: 227 667 732

Porto - Mercado Edifício Zona de Expansão Rua Chaves de Oliveira 181 4350-104 PORTO Geral: 225 193 010 / 225 193 018 Peixaria: 225 193 014 Talho: 225 193 015

recheio.pt Apoio ao Cliente: 800 203 131 | cliente@recheio.pt

Ermesinde Rua Nossa Sr.ª da Mão Poderosa, 267 Formiga - 4445-522 ERMESINDE Geral: 229 783 100 Frutaria: 229 783 102 Peixaria: 229 783 103 Talho: 229 783 101

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REAL HAMBURGUERIA PORTUGUESA Os melhores hambúrgueres Rua da Torrinha 134, Porto Telefone 222 011 930 Na Real Hamburgueria Portuguesa todos os hambúrgueres se comem de faca e garfo. E, se pensa que esta é só mais uma hamburgueria da cidade, saiba que está redondamente enganado. Com um tamanho maior do que o habitual e uma base de carne que ascende quase aos 200 gramas, há sabores para todos os gostos. Os mais simples (compostos por alface, tomate, bovino, queijo flamengo e cebola), os mais elaborados, os vegetarianos e aqueles que são o grande destaque da casa, os hambúrgueres regionais, conjugados pelos ingredientes típicos de várias regiões. Há o Tritoque, que é o hambúrguer lisboeta, o Careto, que faz jus a Trás-os-Montes, o Chaparro, ao Alentejo, o Serrano, à Serra da Estrela, o Açores e, claro, o famoso hambúrguer tripeiro, que representa o Porto. E este só pede “quem tem coragem”, uma vez que é o maior de todos os hambúrgueres e composto pelas tradicionais tripas, explica Marlene Alves. “Os clientes saem sempre daqui de barriga cheia”, sublinha, acrescentando que, mesmo assim, há sempre espaço para um “sabor mais doce”. Mousse de chocolate, de leite condensado, cheesecake de limão e de frutos vermelhos são algumas das opções, servidas em pequenas taças, e que têm feito, também, muito sucesso. Resta referir que os produtos são “sempre totalmente portugueses”, sendo, inclusive, daí que advém o nome da Hamburgueria. Horário: De terça-feira a sábado das 12h00 às 23h00. Encerra ao domingo e à segunda-feira.


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GALLO GRIGIO PIZZERIA

A verdadeira pizza napolitana Avenida da República 357, Vila Nova de Gaia Telefone 938 415 060 Aberto há apenas cinco meses, a Gallo Grigio Pizzeria é já um espaço de referência no que respeita às pizzas napolitanas, a especialidade da casa. Feitas num forno italiano, de pedras vulcânicas e a temperaturas entre os 400 e os 500 graus, há desde as pizzas mais tradicionais, como a Marinara e a Margherita, às mais elaboradas, como a Portoghese, composta por mozzarella, fiambre, ananás, parmesão, molho de tomate italiano, manjericão e azeite virgem extra, e incluída na lista, precisamente, “a pensar nos portugueses”, revela António Schmidt, que partilha a sociedade da casa com a esposa e um amigo. A ideia de abrir o espaço surgiu quando, numa das suas viagens a Nápoles, com a esposa, provou a verdadeira pizza napolitana. “Foi quase amor à primeira vista por aquele sabor que é sensacional”, revela. Da viagem trouxeram, ainda, as várias fotografias tiradas “por cada canto da cidade” e que, agora, dão vida às paredes da pizzaria. No que toca às sobremesas, o destaque vai, igualmente, para uma pizza, feita de nuttella com amêndoas tostadas e que “vicia todos os clientes, até mesmo os funcionários”, confidencia o responsável. Horário: Segunda, terça, quinta e sexta-feira e sábado das 11h30 às 15h00 e das 18h00 às 23h00. Ao domingo funciona apenas das 17h00 às 23h00.


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VENGA

Tapiscaria Ibérica Avenida Menéres 621, Matosinhos Telefone 937 387 818 O Venga nasceu de uma história de amor entre “os petiscos portugueses e as tapas espanholas” há muito sonhada por Pedro Sá Pereira. Mas, neste espaço, as tradições ibéricas estão presentes, não só nos sabores como em todo o espaço envolvente, como é visível pelas figuras do touro de Osborne e da vaca açoriana, dos artistas Jorge Curval e Sobral Centeno, respetivamente. No prato, faz sucesso a famosa tortilha, uma das maiores referências gastronómicas espanholas, “altamente elogiada” por todos os que visitam a casa. “Vir ao Venga e não degustar a nossa tortilha é quase como ir a Roma e não ver o Papa”, graceja o responsável. Mas, o polvo à galega, as paelhas, as cataplanas e as croquetas de alheira, por exemplo, são, também, outras das muitas iguarias que têm conquistado o paladar dos clientes. Já no que diz respeito às sobremesas, o grande destaque vai para uma que acompanha Pedro Sá Pereira desde 2001 e à qual, na brincadeira, chama suspiro de banana, mas que, na realidade, não leva suspiro. Composta por uma base de bolacha, leite condensado, banana e “q.b. de segredo” é “tão boa que as pessoas normalmente suspiram e, por isso, o trocadilho”, explica. Com capacidade para 110 pessoas e ambientes que vão desde “o mais reservado ao mais descontraído”, o Venga é, como indica o responsável, “um projeto em constante evolução”. Ocasionalmente, há noites temáticas de flamengo, fado e, até, cantares à desgarrada. Horário: De terça a quinta-feira das 12h30 às 15h00 e das 19h30 às 24h00. Sexta-feira e sábado das 12h30 às 15h00 e das 13h00 às 16h00, respetivamente, e das 19h30 à 01h00. Domingo das 13h00 às 16h00 e das 19h00 às 23h00.

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E Q U A L I F I C A Ç Ã O

HISTÓRICO

CINEMA

BATALHA finalmente a reabilitação O ano de 2019 está prestes a terminar, mas assinala, ainda, mais um capítulo importante na história de um icónico equipamento da cidade do Porto e almejado há muito pelos portuenses: a requalificação do Cinema Batalha. Depois do visto do Tribunal de Contas, as obras não tardaram a arrancar e a Câmara Municipal do Porto prevê que dentro de, sensivelmente, 600 dias, o edifício esteja reabilitado e pronto a abrir portas à cidade. Texto: Maria Inês Valente Fotos: Make it view / CM Porto


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onda de requalificação de que a Praça da Batalha, no Porto, onde estão situados dois dos mais importantes edifícios culturais da cidade, o Cinema Batalha e o Teatro Nacional São João (TNSJ), tem sido alvo não é indiferente a quem, diária ou esporadicamente, por lá passa. E, agora, é, também, chegada a vez deste primeiro equipamento citado, cuja obra foi adjudicada, em junho, à Teixeira, Pinto & Soares, S.A, depois de a Câmara Municipal do Porto ter chegado

O que vai mudar?

Com o objetivo de recuperar o espaço original, a conhecida Sala Bebé, construída onde existia, anteriormente, um salão de chã, dará lugar a uma sala polivalente, onde funcionará um serviço de bar e poderão decorrer, também, outras atividades sociais, artísticas e

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à conclusão de que os 2,5 milhões de euros estimados inicialmente eram insuficientes para a obra que ali teria lugar. “Uma estimativa, aliás, apontada por Alexandre Alves Costa, arquiteto do projeto do Cinema Batalha, em parceria com o Atelier 15 Arquitectura, que justificou o incremento na verba com as valências futuras do espaço e com o estado avançado de degradação do edifício”, como indica uma nota publicada na página oficial da autarquia. A empreitada ficará, agora, por 3,95 milhões de euros.

culturais relacionadas com a programação do Cinema. Em substituição, será construída uma sala-estúdio, com 135 lugares, na parte posterior do segundo balcão. A sala principal terá a plateia, com 243 lugares, e a tribuna, com 136. Aos trabalhos profundos ao nível da estrutura, da reabilitação

das superfícies (pavimentos, paredes e tetos), das coberturas e elementos funcionais e da construção e instalação de novos equipamentos, acessos e redes, soma-se, ainda, a criação de uma segunda sala de projeção e o aproveitamento do terraço do edifício, que será reabilitado através de nova REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


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alçado norte (noroeste)

impermeabilização e novo pavimento. O mesmo terá acesso por escadas existentes no piso número três, junto ao bar ou por elevador. No que respeita à requalificação exterior do edifício, o projeto contempla, ainda, a reabilitação da fachada, mas

alçado sul (sudoeste)

sempre mantendo a mesma filosofia de reabilitação e reposição do existente. Ne s te c a s o e m co n c re to, serão repostas as montras exteriores, será reabilitada t o d a a p a l a e nvo lve n t e , as letras do “Batalha” e a iluminação exterior assim

como as portas de acesso. Por sua vez, no que se refere à caixilharia, a mesma terá de ser substituída na integra, explica a Câmara Municipal do Porto, sublinhando que o objetivo é manter o mesmo desenho, mas dando resposta às exigências legais em vigor, tanto do ponto de vista térmico como acústico. De referir que o projeto inclui, também, acessos para pessoas com mobilidade condicionada, pelo que será construído um elevador, que subirá até ao quarto piso, e será, igualmente, instalada uma plataforma elevatória para “ vencer o desnível de acesso à salaestúdio”.

A história

O Cinema Batalha foi inaugurado em 1947, no mesmo local onde antes existia o Novo Cinema High-Life, criado em


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1908, para substituir o Salão High-Life, concebido, dois anos antes, no Jardim da Cordoaria, e que em 1913 recebeu a designação oficial de “Cinema B a t a l h a” . Proje t a d o p e l o arquiteto Artur Andrade, o novo “Cinema Batalha” viria a marcar profundamente a história do cinema portuense, pela programação exibida e pela sua arquitetura modernista, sendo constituído por dois auditórios, com uma capacidade para 950 lugares sentados – 346 na plateia, 222 na tribuna e 382 no balcão – e outro para 135 pessoas, e incluindo, ainda, dois bares e um restaurante com esplanada. Outros intervenientes estiveram associados à projeção deste espaço, como é exem plo o incontornável nome de Júlio Pomar, através da obra conhecida como “Os frescos de Júlio Pomar” e/ou “Os frescos do Cinema Batalha”, que retratava a festa portuense do São João, e que começou a ser pintada, em 1946, quando o artista tinha apenas 20 anos. Considerada subversiva, na altura, uma vez que Portugal se encontrava sob um regime de ditadura, os frescos foram tapados, no ano da inauguração do Batalha, pela censura do Estado Novo. Pelo meio, o pintor foi, inclusive, preso, juntamente com outros membros do Movimento de Unidade Democr ática, de oposição ao regime salazarista, e só depois da inauguração, já livre da prisão, conseguiu concluir os dois frescos. De acordo com a Câmara Municipal do Porto, o maior, com cerca

de cem metros, ocupava parte significativa do foyer principal do edifício, sendo que o mais pequeno foi pintado numa parede junto ao balcão do cinema, no andar superior. Ambos foram mandados tapar sete meses depois, em junho de 1948, pela censura salazarista, que lhes apontou conotações políticas dissonantes do regime. Em 2017, e já depois de celebrado o contrato que

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permitia a autarquia tomar conta do Cinema Batalha durante os próximos 25 anos, e reabilitá-lo, o presidente da autarquia, Rui Moreira, anunciou o convite endereçado a Júlio Pomar para refazer os frescos que existiam no espaço, o qual aceitou prontamente. Uma obra que, contudo, não chegou a ser recuperada, uma vez que o pintor faleceu no ano seguinte, aos 92 anos. REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


AO V I V O

RUI VELOSO NO SUPER BOCK ARENA – PAVILHÃO ROSA MOTA

É uma das maiores vozes da música portuguesa, com temas e sucessos que atravessam gerações e regressa, este mês, ao Porto, a sua cidade do coração, para um concerto de Natal que promete ser muito especial. Rui Veloso sobe ao palco da renovada sala do Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota no dia 14 de dezembro, às 22 horas, para uma noite que, como aliás é habitual em todos os seus espetáculos, deverá ser memorável. Fotos: Ruela Music


RU I V E LOSO

Cantor, compositor e guitarrista, estreou-se nas lides musicais com apenas seis anos, altura em que começou a tocar harmónica. Mais tarde, aos 15, descobriu aquela que viria a ser uma das suas maiores paixões – a guitarra – influenciado pelos blues e por nomes como Eric Clapton, Rory Gallagher, Bob Dylan e B. B. King. Rui Veloso lançou, com 23 anos, o álbum que o projetou no panorama da música nacional, “Ar de Rock”, onde transformou temas como “Chico Fininho”, um dos maiores sucessos da sua obra e de Carlos Tê, seu letrista, “Rapariguinha do Shopping”, “Sei de uma Camponesa” e “Saiu para a Rua”

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em verdadeiros hinos. Numa altura em que era muito difícil vender LPs, o “Ar de Rock” vendeu 30 mil, número que, segundo contou o músico, numa entrevista à VIVA!, em 2011, era “assustador”, tendo em conta que se tratava de um trabalho bastante “arriscado e diferente”. Entre os seus restantes sucessos fazem parte “Porto Sentido”, “Não Há Estrelas No Céu”, “Sei de Uma Camponesa”, “A Paixão” (Segundo Nicolau da Viola) e “Porto Covo”. Na década de 1990, Rui Veloso integrou o grupo musical Rio Grande, formado por Tim, João Gil, Jorge Palma e Vitorino, num estilo de música


AO V I V O

popular com influências alentejanas que alcançou uma considerável popularidade. Dessa experiência resultariam dois discos, um de originais em 1996, outro ao vivo, em 1998. Em 2000 lançou a compilação “O Melhor de Rui Veloso - 20 anos depois”, seguindo-se um disco de tributo dedicado ao seu álbum de estreia: “20 anos depois - Ar de Rock”. Em 2003, a mesma formação dos Rio Grande, mas sem Vitorino, voltou a juntar-se no projeto “Cabeças no Ar”, dedicado a canções nostálgicas que remontam aos tempos da escola, entre elas “O Primeiro Beijo”. Regressou aos discos de originais, em 2005, com “A Espuma das Canções”. Em junho de 2006 atuou no Rock in Rio, em Lisboa, precedendo os concertos de Carlos Santana e de Roger Waters. No mesmo ano comemorou 25 anos de carreira, ocasião brindada com três concertos, dois no Coliseu do Porto e um no Pavilhão Atlântico. Em 2008

colaborou com a banda Per7ume no tema “Intervalo”, que se revelou um verdadeiro recorde de vendas nacional. Dois anos depois lançou o álbum “Rui Veloso ao Vivo no Pavilhão Atlântico” e, em 2010, o músico comemorou 30 anos de carreira com concertos nos Coliseu do Porto e de Lisboa, esgotando ambos. Cinco anos mais tarde, ao comemorar os 35 anos, repetiu o feito no Meo Arena com um concerto único. O mesmo se prevê que aconteça, agora, no dia 14 de dezembro, no palco do renovado Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, onde o artista, conhecido como o “pai do rock português”, vai revisitar, numa noite memorável, grandes sucessos da sua carreira, canções intemporais, que cruzam gerações e que se vão poder ouvir num concerto único e, com toda a certeza, inesquecível. Este será um espetáculo para os fiéis fãs, mas também a grande oportunidade para conhecer uma das carreiras de maior sucesso da música nacional!


RU I V E LOSO

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O M E N T O S

Alexandra Moura

Portugal Fashion A cidade do Porto foi palco da 45ª edição do Portugal Fashion, onde foram apresentadas as coleções primavera/verão 2020 de alguns dos melhores designers nacionais. Fotos: Sérgio Magalhães

Alves Gonçalves


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Bolflex

Concreto David Catalan


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O M E N T O S

Estelita Mendonça

Hugo Costa Inês Torcato


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Katty Xiomara

LuĂ­s Buchinho Maria Gambina


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O O M M EE N N TT O O SS

Maria Meira Miguel Vieira

PĂŠ de Chumbo



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O M E N T O S

Portugal Kids

Rita Sรก

Sophia Kah Unflower



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e d s o n a 13 to Canal Por Há precisamente 13 anos nascia aquele que viria a ser o canal de televisão mais importante e mediático da história da cidade do Porto e de toda a região envolvente: o Porto Canal. Diariamente que, desde então, vários profissionais trabalham incessantemente para levar até aos milhares de telespectadores espalhados pelo país e pelo mundo a melhor informação e entretenimento possíveis. Muitos entraram, outros tantos saíram de cena, mas há oito que permanecem desde a génese do canal e foi com eles que a VIVA! conversou para descobrir o que mudou desde o mítico dia 29 de setembro de 2006. Texto: Maria Inês Valente Fotos: Make it view


P ORTO CA N A L

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láudia Fonseca, Pedro Carvalho da Silva, Vanda Balieiro, Ricardo Couto, Mafalda Campos, José Fernando Rio, Ana Pinto e Nuno Vieira estão no Porto Canal desde o primeiro “estamos no ar” e não têm dúvidas quanto às grandes diferenças: tudo mudou no Porto Canal. “Na altura, era um desafio gigante chegar às pessoas, porque não havia nenhum canal de televisão com as características que o Porto Canal tinha”, recorda Mafalda Campos, diretora de grelha, enquanto Vanda Balieiro, chefe de redação, vai mais além: “Quando começamos tínhamos um bebé em mãos e tivemos que o fazer

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crescer. Agora, já temos um projeto adolescente e bastante consolidado”. Por sua vez, Nuno Vieira, editor, realça a evolução tecnológica que o canal vivenciou: “Fomos os primeiros, em Portugal, a fazer diretos de mochila”. “Poucos foram, se calhar, os que acreditavam, mas a verdade é que conseguimos manter-nos no ar e chegar até aqui. A equipa cresceu imenso, os meios técnicos também e, hoje, toda a gente sabe bem o que é o Porto Canal”, acrescenta Ana Pinto, produtora. Para Cláudia Fonseca, jornalista da casa, estes 13 anos são sinónimo de crescimento, “feito de forma consistente e sólida”, sendo que a entrada do FC Porto na gestão foi, naturalmente, um “marco fundamental para essa evolução”, consolidando e dando, ainda mais, dimensão ao canal. O mesmo considera Pedro Carvalho da Silva, um dos pivôs da estação, que afirma que, com esta entrada, “a marca se projetou significativamente” e “se abriram as portas quase todas”. “Há um crescimento, há a experiência, há um novo universo ligado ao FC Porto, que não havia no início, mas com a vantagem de mantermos, também, a ligação à região, sendo o único canal feito no Porto para «o mundo»”, resume o apresentador Ricardo Couto. Os recursos, naturalmente, evoluíram, o leque de profissionais foi aumentando e a experiência foise tornando cada vez mais sábia, mas o propósito pelo qual o canal nasceu, “dar voz a uma cidade e a uma região que são fulcrais no país”, como realça José Fernando Rio, técnico de continuidade, e a vontade de fazer sempre mais e melhor mantêm-se inalteráveis. O desafio é, por isso, continuar a fazer crescer o canal e evoluir o mais que for possível, em todas as áreas, sempre com a proximidade que distingue a estação. O amor à camisola é maior do que tudo e esta equipa, garante, está cá para celebrar muitos mais anos de vida. REVISTAVIVA, DEZEMBRO 2019


FC PORTO

“CINTILAÇÕES” da coleção Ilídio Pinho brilham no Museu FC Porto

Abriu portas no início do mês de outubro e reúne obras portuguesas marcantes do século passado, raramente exibidas em público, num admirável encontro com 18 artistas fundamentais para a arte contemporânea de então. “Cintilações: obras maiores do séc. XX português na coleção Ilídio Pinho” tem curadoria de Miguel von Hafe Pérez e está em exposição até fevereiro do próximo ano. Texto: Maria Inês Valente Fotos: Museu FC Porto

Almada Negreiros, Álvaro Lapa, Amadeo SouzaCardoso, Ângelo de Sousa, Arpad Szenes, Augusto Gomes, Eduardo Batarda, João Vieira, Jorge Barradas, Jorge Pinheiro, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Rosa, Mário Eloy, Nikias Skapinakis, Paula Rego e Vieira da Silva são os 18 autores que se encontram na convergência expositiva do Espaço João Espregueira Mendes (EJEM), localizado no Museu FC Porto. Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, “Cintilações” propõe uma narrativa simples, a partir do acervo essencial da Fundação Ilídio

Pinho. “Trata-se de um apanhado excecional de uma a três obras representativas de cada década do século passado em Portugal, constituindo uma oportunidade única para as pessoas contemplarem trabalhos que só muito raramente são expostos ao público”, sublinhou o curador, destacando, ainda, que esta mostra “respeita um princípio de estabelecimento de parcerias com instituições de referência”. “É o caso da Fundação Ilídio Pinho, cujo cuidado e atenção continuada pela arte portuguesa, à imagem do próprio engenheiro Ilídio Pinho, resultou na constituição de um


MUSEU

importantíssimo acervo e num apoio crucial a autores e à concretização de projetos diversificados, onde se incluem a edição de livros e catálogos, exposições, produção de obras e residências artísticas no estrangeiro”, completou Miguel von Hafe Pérez, que também é responsável pela programação da sala. Mafalda Magalhães, diretora do Museu FC Porto, assinalou, igualmente, a importância da nova exposição para a consolidação do EJEM. “Uma das premissas deste projeto é o estabelecimento de ligações com instituições nacionais e estrangeiras, em prol da divulgação artística e cultural. Quando alguém pensa numa parceria deste nível, a Fundação Ilídio Pinho surge de imediato no pensamento. Naturalmente, a participação crucial da Fundação Ilídio Pinho nesta exposição é um motivo de orgulho, mas assinala, acima de tudo, que o projeto desenvolvido pelo Museu FC Porto e a Família Espregueira Mendes faz diferença e está

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no rumo certo para se destacar, cada vez mais, como um centro fundamental para a Cultura na cidade do Porto”, afirmou. A exposição temporária “Cintilações: obras maiores do séc. XX português na coleção Ilídio Pinho” está patente até 28 de fevereiro de 2020, com entrada gratuita e sujeita ao horário de funcionamento do Museu FC Porto (10h00-19h00). Recorde-se que o EJEM foi inaugurado em março deste ano, com a exposição “Curiosidade Vertical”, originada a partir do olhar do espólio pessoal do professor João Espregueira Mendes. O espaço dispõe de um Conselho de Programação, para aprovar os eventos a realizar, que conta com Miguel von Hafe Pérez (Coordenação Executiva), Hélder Pacheco, Isabel Pires de Lima (Fundação de Serralves), João Espregueira Mendes, João Fernandes (Instituto Moreira Salles, Brasil), Jorge Nuno Pinto da Costa (FC Porto), Mafalda Magalhães (Museu FC Porto), Nuno Vassallo e Silva (Museu Calouste Gulbenkian) e Rui Reis (Universidade do Minho). REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


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O L O F O T E

s a ic t á m li c s e õ ç a r Alte preocupam jovens Nesta edição, a VIVA! foi para a rua saber o que os jovens pensam sobre aquele que é considerado o problema mais alarmante, e desafiante, do mundo atualmente: as ameaças ambientais causadas pelas alterações climáticas. De uma forma geral, todos os entrevistados, estudantes, com idades compreendidas entre os 16 e os 18 anos, estavam minimamente inteirados do assunto e souberam, inclusive, apontar algumas soluções para que “ainda seja possível salvar o que resta do Planeta”. E a salvação parece estar, precisamente, numa mudança de comportamento, particularmente incentivada pelas gerações mais novas… Texto: Maria Inês Valente Fotos: Make it view


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Vitória Leal

Estás ao corrente das ameaças ambientais, causadas pelas alterações climáticas? Sim. O que pensas que é preciso fazer? Em primeiro, reduzir o consumo de plástico porque nós usamos imenso e depois deitámolo fora. Não há necessidade disso, podemos reutilizá-lo, por exemplo. Eu raramente consumo plástico, tento sempre ter outras alternativas – como garrafas de vidro, no caso da água - mas, quando consumo, reutilizo sempre. Qual o papel específico da juventude nessa luta? Nós somos o futuro do mundo. E, se os adultos, às vezes, olham tanto para o lado negativo dos jovens, acho que devem olhar, também, um bocadinho mais para o lado positivo e “copiá-los” nesse sentido, principalmente no que toca a este problema das alterações climáticas. Porque se nós, jovens, não fizermos nada, os adultos não vão fazer e as crianças, naturalmente, também não e assim o mundo não vai avançar. E tu, que iniciativas tomas, no teu dia a dia, que ajudem a salvar o Planeta? Faço reciclagem, não consumo carne nem peixe, por causa da indústria e da reflorestação, tento não utilizar muita água, só mesmo a necessária, e não desperdiçar muita comida.

Miguel Oliveira

Estás ao corrente das ameaças ambientais, causadas pelas alterações climáticas? Sim. O que pensas que é preciso fazer? Mudar, e muito, a mentalidade de todos aqueles que não prestam atenção a um assunto tão importante na vida da sociedade contemporânea, porque, a continuar assim, daqui a 50 anos não vai haver Planeta. Qual o papel específico da juventude nessa luta? Acho que a salvação está não só nos jovens, mas em toda a gente. Devemos reduzir o consumo de plástico, deitar o lixo nos equipamentos destinados a esse efeito e, essencialmente, reciclar. E tu, que iniciativa tomas, no teu dia a dia, que ajudem a salvar o Planeta? Reutilizo tudo o que é de plástico. Por exemplo, tenho uma garrafa de água, de plástico, desde o início do ano. Além disso, utilizo escova de dentes de bambu, cotonetes de papel e tento passar sempre esta preocupação aos meus amigos e familiares, de forma a incutir-lhes estes hábitos.

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O L O F O T E

Maria Marques Francisca Freitas

Estás ao corrente das ameaças ambientais, causadas pelas alterações climáticas? Sim. O que pensas que é preciso fazer? Penso que as pessoas deviam importar-se mais com este assunto, porque as alterações climáticas têm a ver com a poluição e com todos os recursos que nós utilizamos. Qual o papel específico da juventude nessa luta? Parar de deitar as beatas e o lixo para o chão, por exemplo, porque os caixotes do lixo servem para isso mesmo, desligar sempre a água quando estão a lavar os dentes ou a ensaboar-se, poupar eletricidade, plantarem árvores até, por exemplo. E tu, que iniciativa tomas, no teu dia a dia, que ajudem a salvar o Planeta? Costumo fazer um pouco daquilo que referi e tento ter, também, atenção à minha forma de deslocação. Opto por andar a pé ou de transportes públicos.

Estás ao corrente das ameaças ambientais, causadas pelas alterações climáticas? Um pouco. O que pensas que é preciso fazer? A reutilização de todos os materiais que consumirmos. Acho que é muito importante dar-lhes a oportunidade de terem uma nova vida. Qual o papel específico da juventude nessa luta? Tentar incentivar sempre o próximo, uma vez que as próximas gerações devem manter a nossa forma de pensar. E tu, que iniciativas tomas, no teu dia a dia, que ajudem a salvar o Planeta? Incentivo os meus amigos e familiares a não desistirem do mundo, adotando as mesmas iniciativas que eu, como não consumir plástico ou, no caso de isso ser impossível, reduzir o seu consumo. Infelizmente, a maior parte das pessoas compra um pacote de batatas fritas, por exemplo, e coloca-o no lixo orgânico, não pensa sequer em reciclá-lo, e isso está errado. Também me preocupo muito com a questão da mobilidade e, por isso, quando posso, ando sempre a pé.


A LT E RAÇÕ E S C LI M ÁT I CA S

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Ricardo Freitas

Estás ao corrente das ameaças ambientais, causadas pelas alterações climáticas? Mais ou menos, confesso que não estou muito a par. O que pensas que é preciso fazer? Temos que criar métodos que não causem ainda mais estragos ao Planeta. Qual o papel específico da juventude nessa luta? Uma delas, e a mais importante, é reciclar e utilizar mais a rede pública de transportes, principalmente nas grandes cidades. É melhor para o ambiente e para nós também. E tu, que iniciativa tomas, no teu dia a dia, que ajudem a salvar o Planeta? Reciclo.

Ana Filipa

Estás ao corrente das ameaças ambientais, causadas pelas alterações climáticas? Não muito. O que pensas que é preciso fazer? Não sei, não dou muita atenção a isso, apesar de me preocupar. Reconheço que aquilo que está a acontecer é realmente mau e, por isso, penso que nós, jovens, principalmente, temos que ter alguns cuidados. E tu, que iniciativa tomas, no teu dia a dia, que ajudem a salvar o Planeta? Aquilo que, no fundo, nos ensinam desde crianças, a não deitar o lixo para o chão e a reciclar. A par disso, utilizo muito os transportes públicos e sempre que é possível andar a pé também ando.

Eduarda Sampaio

Estás ao corrente das ameaças ambientais, causadas pelas alterações climáticas? Mais ou menos. O que pensas que é preciso fazer? Acho, francamente, que devemos mudar a forma como agimos porque se não, daqui a uns anos ou até meses, vamos ficar sem o Planeta Terra e não vai haver futuro para as próximas gerações. Qual o papel específico da juventude nessa luta? Talvez tentarem não poluir tanto e deixarem de fumar. E tu, que iniciativas tomas, no teu dia a dia, que ajudem a salvar o Planeta? Não deito lixo ao chão, essencialmente. REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


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ç n e o d m e a m r sfo n a r t e s o h l a b Quando o tra

Num dia podemos estar, bem, a trabalhar e, no outro, bloquear e não conseguir executar nem mais uma tarefa. O motivo? Simples. É o burnout a entrar em ação. Há já muito tempo que é popularmente designado como a doença do século XXI, mas apenas este ano a Organização Mundial de Saúde anunciou a sua entrada na nova classificação internacional de doenças. Só em 2016, o burnout afetava cerca de 14% da população ativa em Portugal e a percentagem de pessoas que estavam em risco de entrar neste estado era expressivamente elevada. Como se chega até aqui? E, principalmente, como se sai daqui? É o que vamos descobrir… Texto: Maria Inês Valente


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co n ce i to s u rg i u nos anos 70 pela m ã o d o m é d i co nor te-americano Herbert J. Freudenberger, que o denominou como “um estado de esgotamento físico e mental, cuja causa está intimamente ligada à vida profissional”. O problema pode estar no ambiente, nas relações profissionais, na falta de motivação, na ausência de realização profissional, na elevada carga horária, na nãoidentificação do funcionário

com o método de trabalho da empresa ou, até mesmo, ainda que, possivelmente, sejam raras as vezes, na ambição excessiva em querer fazer sempre mais e melhor. No entanto, como frequentemente se costuma dizer na medicina, “cada caso é um caso” e, acrescenta o psicoterapeuta Nuno Mendes Duarte, da direção clínica da Oficina da Psicologia, “é possível que cada pessoa experiencie estas dimensões de forma diferente tendo em conta as suas

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condições laborais específicas”. De uma forma resumida, o burnout caracterizase por “uma corrosão da m o t iv a ç ã o , u m d e sg a s t e emocional significativo”, que, naturalmente, tem impacto na saúde física e psicológica da população, com sintomas que vão desde a ansiedade, às insónias, a doenças cardiovasculares, autoimunes e à depressão. Segundo o responsável clínico, esta doença tem três dimensões, que se REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


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relacionam entre si, e que têm o seu impacto específico no nível de desempenho e das relações sociais. “O burnout começa com a exaustão emocional que contribui para aumentar o distanciamento cognitivo e que contribui para a perda de eficácia”, exaustão essa que surge “do elevado confronto, desafio, pressão e exigência no trabalho”, resultando, depois, “numa redução de energia e de recursos, com fadiga emocional e física”, que vão conduzir “a um processo de distanciamento, indiferença e desinvestimento pelo trabalho, colegas e empresa” e levar “à diminuição da eficácia profissional e da autorrealização”. O mesmo indica o Relatório de Avaliação de Perfil de Riscos Psicossociais, onde se pode ler que “para existir burnout têm de se cumprir três condições de forma conjugada: elevada exaustão, elevado cinismo e baixa realização”. No entanto, esta é uma questão que suscita, ainda, alguma controvérsia com alguns especialistas a manifestarem-se contra esta

“Burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental essencialmente relacionado com o trabalho. Manifesta-se por falta de motivação, baixa eficácia, por uma sensação de incapacidade de fazer melhor e ausência de realização profissional”. Nuno Mendes Duarte, psicoterapeuta.

conclusão. A verdade é que não existe, ao certo, uma única visão sobre o significado de burnout, sendo o mais importante, como afirmou o psicólogo e diretor da Clínica do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), Daniel Sousa, numa das edições do jornal Expresso, que as pessoas percebam que se trata de uma perturbação psicológica que tem impactos a nível físico e psicológico. Na mesma edição, Maria Antónia Frasquilho sublinhou que “a dedicação exagerada à profissão” é condição obrigatória para que se trate de burnout. “É algo que surge a partir do encantamento, do estado de paixão pela profissão e em que a pessoa tem o desejo de ser o melhor

e mostrar alto desempenho”, frisou, acrescentando que além desta “paixão desenfreada”, “o modo como a pessoa se relaciona com o trabalho” e as condições de trabalho podem causar um estado de burnout. “As condições de trabalho estão longe de serem as ideais. Exigem muitas vezes que os profissionais sejam de ferro, não lhes dão ferramentas de trabalho e sujeitam-nos a riscos psicossociais que não deviam existir”, sublinha a psiquiatra. Contudo, e como reforça Nuno Mendes Duarte, “é possível que cada pessoa experiencie estas dimensões de forma diferente tendo em conta as suas condições laborais específicas”. O aconselhamento profissional


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é indispensável para perceber se alguém está, ou não, a passar por uma situação de burnout, mas há sinais que, diariamente, devem deixá-lo alerta. “Sintome esgotado de energia física e profissional”, “Tenho pensamentos negativos sobre o meu trabalho’”, “Irrito-me com facilidade com pequenos problemas, ou com colegas de trabalho e equipa, “Sinto que o meu trabalho não me satisfaz como pessoa”, “Tenho a sensação de ter muito mais trabalho para fazer do que aquilo que me é possível fazer” são algumas das questões que podem indicar um possível caso de burnout, e cuja avaliação

pode ser feita, de forma online, na página oficial da Oficina de Psicologia. O psicoterapeuta acredita que o distanciamento cognitivo pode ser o método “mais poderoso para o turnover”. “Se nos distanciarmos um pouco não nos deixamos afetar com a mesma intensidade pelos constrangimentos do trabalho, dos colegas e da empresa e conseguimos lidar melhor com o stress profissional”, explica. E dá como exemplo: Não podemos impedir que chova, mas podemos decidir como nos vamos proteger da chuva, de gabardine, galochas e chapéu de chuva ou só com um

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casaco de malha. A forma como protegermos quando sairmos à rua determinará a exposição que temos ao temporal, ao malestar e até mesmo à doença. “O distanciamento cognitivo acaba por mediar a relação entre a exaustão e a ausência de realização profissional funcionando como uma estratégia de ‘coping’, quando moderado, e uma forma de proteção destes fatores adversos e de perturbação. Pode ser uma forma de lidar com as influências negativas da exaustão e da falta de realização e o nosso chapéu de chuva contra o temporal do stress profissional”, conclui. REVISTAVIVA DEZEMBRO 2019


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O R T O F Ó L I O

“Invicta” Invicta, minha cidade, Teu véu um rio macio, Douro ao entardecer, Por vezes de prata, Quando a lua é cheia, Envolvendo-te em seus braços, Com ternura, Até ao nascer da aurora, (…) Margarida Basaloco



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O novo desafio de Fernando Rocha


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Depois de uma vasta e importantíssima experiência enquanto vereador da Cultura, Fernando Rocha tem agora em mãos um novo desafio, o da vice-presidência da Câmara Municipal de Matosinhos e a gestão de mais seis pelouros - Desenvolvimento Económico, Turismo, Inovação e Modernização Administrativa, Polícia Municipal e Fiscalização, Fiscalização Urbanística e Gestão do Património. Em conversa com a VIVA!, o experiente autarca revelou quais os objetivos traçados para alguns deles e desvendou, ainda, as várias iniciativas previstas para 2020.

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“Estou a encarar estas novas funções e esta transição com naturalidade e, essencialmente, com um grande sentido de responsabilidade”, respondeu Fernando Rocha, vice-presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, quando questionado sobre o novo desafio que agora enfrenta. Sempre convicto e determinado - características que já lhe conhecíamos de outras funções - e empenhado em colocar em prática todas as ideias que borbulham na sua cabeça, confidenciou que há um pelouro “que nem sempre é destacado ou destacável”, mas que, na sua opinião, “pode vir a fazer uma grande diferença”, o da Inovação e Modernização Administrativa. “Podemos encontrar, através das inovações, nomeadamente tecnológicas, um conjunto de respostas para as pessoas e também um conjunto de indicadores que acho que podem vir a ser importantes para a própria gestão da Câmara Municipal”, explicou, revelando que, ainda na manhã da data da entrevista à VIVA! [14 de novembro], esteve reunido com os responsáveis dessa área para que seja possível “começarem a analisar quais são as principais dificuldades dos munícipes, o que perguntam com maior frequência e quais os tempos de resposta”, sendo que, esse tempo, como faz questão de realçar, não são as típicas respostas automáticas, mas sim uma resposta efetiva, já com o problema exposto resolvido. Outra das iniciativas que está já em execução, ainda que numa fase muito inicial, é a preparação do processo para

Texto: Maria Inês Valente Fotos: Make it view

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instalar uma nova loja do cidadão em Matosinhos. “Temos vários postos de atendimento no município, mas que não têm concentrados, ainda, todos os serviços, pelo que iniciamos agora o processo para abrir uma loja com essas características, o que acho que também é um desafio bastante importante”, sublinha. O pelouro da Polícia Municipal e Fiscalização é, segundo Fernando Rocha, igualmente importante, e nem sempre corretamente compreendido pela população, “que o confunde com um complemento da Polícia de Segurança Pública (PSP), o que não é verdade”. “A Polícia Municipal tem uma vertente de fiscalização e, essencialmente, de apoio à população”, explica, retratando a realidade do município, em que os agentes municipais têm “monitorizados quase cinco dezenas de idosos que vivem sozinhos”, os quais “visitam regularmente e acompanham sempre que precisam de tratar de determinados assuntos, como, por exemplo, comprarem a medicação”. E, a partir de agora,

atendendo ao aumento recente de 26 efetivos da Polícia Municipal, será possível “fazer ainda mais”, frisa, adiantando que até ao final do ano contarão ainda com mais 15 elementos. “Ao todo, serão 41 elementos que vão reforçar os que existiam, o que vai ajudar muito a aumentar o tipo de respostas e a termos, também, uma cobertura efetiva do território, algo que até aqui não era possível”, completa.

Turismo e Desenvolvimento Económico Ao abordar o pelouro do Turismo, o autarca optou por juntá-lo ao pelouro do Desenvolvimento Económico, por considerar que, atualmente, “o turismo é um fator de desenvolvimento económico muito estratégico e importante”, notando que, nos últimos anos, Matosinhos tem vindo a assistir a um “grande crescimento turístico”. E, de acordo com Fernando Rocha, este boom deve-se a alguma


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atratividade própria do município, nomeadamente em áreas como a gastronomia, o desporto e o chamado turismo de negócios. Nesse sentido, aguça a curiosidade dos leitores para “um evento de dimensão mundial a nível desportivo” que se realizará, no próximo ano, em Matosinhos, mas que até à data de fecho da VIVA!, não podia ainda ser revelado. O turismo terá, também, em 2020, “uma componente muito importante” ligada aos Caminhos de Santiago, uma iniciativa que, diariamente, atrai milhares de pessoas ao concelho. “Iremos ter um albergue, que vai ser instalado no Mercado de Angeiras, que dará apoio aos peregrinos e que será um bom local para pernoitarem, uma vez que coincide, mais ou menos, com o fim de uma etapa”, adianta dando conta de que as obras já arrancaram e que “estará operacional já no próximo ano”. Aliada a essa forte atratividade, o autarca relembra, também, a importância

do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões e, essencialmente, do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, local onde chega “o grande boom de turistas para esta região”. E, por isso, a Câmara Municipal tem uma estratégia clara, que passa pela sua participação em feiras internacionais e em grandes certames turísticos “um pouco por todo o mundo”. “Temos explorado esses passos, algumas individualmente e outras em conjunto com a Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP)”, frisa, acrescentando que são “iniciativas a que darão continuidade”.

Cultura

Em relação aos outros pelouros, nomeadamente o da Cultura, que lidera já há alguns anos, o autarca garante que se irá manter “com a mesma

linha”. “Vamos tentar continuar a ser dinâmicos e liderantes em algumas áreas que são importantes e estratégicas”, mantendo sempre “a qualidade que habituamos os munícipes”, reforça. No que respeita às atividades culturais para 2020, Fernando Rocha assegura que há já muitas delineadas, mas não com nomes concretos, uma vez que a autarquia está a fechar “um conjunto de processos habituais desta fase” e, por isso, não podem já ser revelados. Mas, deixa a garantia: “vai ser um ano muito interessante, com uma programação naturalmente variada”. “Iremos ter, entre outros, um «Senhor de Matosinhos» novamente muito forte, o «Festival Dias da Dança» (DDD), que terá um novo impulso no próximo ano, o FITEI- Festival Internacional De Teatro De Expressão Ibérica e um «Literatura em Viagem» com nomes fortíssimos”, conclui. REVISTAVIVA,DEZEMBRO 2019


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Santo Tirso, Aqui é Natal Para a época mais mágica do ano, o Natal, Santo Tirso preparou um programa muito especial. A animação volta, este ano, ao coração da cidade e fixa-se na Praça 25 de Abril, de 7 de dezembro a 5 janeiro.

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ste é o sítio onde os mais pequenos devem ir se quiserem conhecer a casa do Pai Natal, andar às voltas no carrossel ou deslizar na pista de gelo natural. Podem ainda contar com um comboio que dá a volta à Praça, é só aguardarem a vez na estação. O arranque do “Santo Tirso, Aqui é Natal” será dado no dia 7 de dezembro, pelas 18h00, com um espetáculo de patinagem. Ao longo de um mês, a animação na Praça 25 de Abril será uma constante, com os equipamentos aí instalados e o Mercado de Natal com ofertas variadas a cada semana. Aos fins de semana, há atividades paralelas a enriquecer ainda mais este Natal. Aos sábados e domingos, música e animação de rua vão dar vida à Praça e às principais artérias que lhe dão acesso. Destaque também para a presença de alguns grupos corais do concelho que animarão musicalmente as tardes de sábado, com reportório alusivo à quadra natalícia. Já depois da consoada, a partir de dia 26, a Casa do Pai Natal será palco de Horas do Conto alusivas à festividade e de ateliês diversos. Para dia 4 de janeiro, os mais novos serão também convidados para um momento de yoga, a realizar igualmente na Casa do Pai Natal.

Finalmente, no dia 5 de janeiro, com a colaboração dos vários grupos de folclore do concelho, cantam-se os Reis e dão-se as boas-vindas ao ano novo numa iniciativa que tem por objetivo animar as ruas da cidade e que termina com milhares de pessoas na Praça 25 de Abril a cantar a uma só voz.


SA N TO T I RSO

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Exposição de Presépios Absolutamente ímpar na beleza e no número de peças em exposição, a mostra, organizada pela Confraria do Caco e com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso, remete para o universo da natividade. Exibe artistas

de vários pontos do país, com diferentes abordagens ao processo criativo. Pela primeira vez, na edição deste ano, o público será também convidado a visitar alguns locais emblemáticos do

município, como o Mosteiro de Santa Escolástica e o Mosteiro de Singeverga, ambos em Roriz, onde encontrarão mais alguns exemplares de obras alusivas à temática da natividade.

UM TAI JUNG

SEM TÍTULO Ferro e granito, 2001

SANTO TIRSO TEM ARTE REVISTAVIVA, DEZEMBRO 2019


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Paranhos mais verde, melhor futuro! No âmbito do Orçamento Colaborativo, a Junta de Freguesia de Paranhos instalou um sistema fotovoltaico para autoconsumo no seu edifício sede, o que permitirá produzir energia limpa e renovável e, ao mesmo tempo, reduzir a pegada ecológica e a fatura de eletricidade.


PA RA NHOS

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investimento, de cerca de 17.500€, traduz-se num compromisso do executivo em promover a sustentabilidade das ações praticadas pela Junta de Freguesia, ajudando o ambiente e poupando recursos. Os painéis fotovoltaicos consistem numa ou várias células solares, que captam a luz solar e depois a transformam em eletricidade. A principal vantagem é que produz eletricidade, com recurso apenas à energia do sol, permitindo assim reduzir a fatura de eletricidade ao gerar eletricidade de modo gratuito e limpo durante o dia, o que vai fazer com que a Junta de Freguesia cubra parte das necessidades energéticas do edifício sede. Mas, além da energia gerada a partir do sol possibilitar que se diminuam os consumos de energia da rede, nos dias com maior produção, ainda se tornará possível vender à rede a energia excedentária, permitindo aumentar o retorno financeiro do investimento. Esta tecnologia permite a redução da pegada ecológica, através da redução da emissão de carbono, uma vez que, ao ser gerada a própria

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eletricidade, não é necessário ir buscar tanta energia à rede. A energia produzida na rede é maioritariamente proveniente dos combustíveis fósseis, sendo que estes produzem gases para a atmosfera. Segundo o presidente da Junta de Freguesia, Alberto Machado, este investimento “é de qualidade e de longo prazo, dado que o sistema foi pensado para gerar eletricidade limpa durante pelo menos 20 anos”. De referir que, com esta iniciativa, não só a questão ambiental é favorecida pela utilização de eletricidade produzida pela luz solar, como também permitirá a redução da fatura de eletricidade da Freguesia de Paranhos. Com a instalação deste sistema fotovoltaico de autoconsumo, a autarquia prevê reduzir a fatura de energia em mais de um terço do seu valor atual, permitindo poupar no consumo de energia da rede.

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H U M O R

Na Farmácia Diz o farmacêutico para um fornecedor: - Há mais de 20 anos que vendo estes comprimidos e nunca tive uma única reclamação. Ora isto prova o quê? Ouve-se uma voz muito sumida: - Que os mortos não falam!

No Restaurante

Polícias

- Já a chamei três vezes! A menina não tem orelhas? - pergunta o cliente à empregada. - Tenho sim, quere-as com feijão ou com ervilhas?

Porque os polícias não usam sabão? Porque eles preferem deter gente.

Procura-se esposa

Matemática

O euromilhões

Um homem colocou nos classificados: - Procura-se esposa. No dia seguinte ele recebeu centenas de cartas. Todas diziam a mesma coisa: - Pode ficar com a minha!

Porque é que o livro de matemática se suicidou? Estava cheio de problemas!

Um alentejano chega a casa aos gritos, exclamando: - Maria, Maria, saiu-me o euromilhões! Faz as malas! - Tão bom Manel! E levo a roupa de verão ou de inverno? - Leva-as todas, vais para a casa da tua mãe!

Queijos

Emagrecer

Ementa aérea

- Doutor, como faço para emagrecer? - Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para a direita e da direita para a esquerda. - Quantas vezes, doutor? - Todas as vezes que lhe oferecerem comida.

Um canibal está num avião quando a hospedeira lhe traz a ementa. O canibal diz: - Traga-me antes a lista dos passageiros!

Estão dois queijos ao sol, vira-se um: - Acho que estou a derreter... - E eu ralado!


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