Revista VIVA! - outubro 2020

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RU I PAU LA

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“A melhor maneira de termos a terceira estrela Michelin é garantir muito bem a segunda, ou seja, trabalhar muito bem na segunda estrela para um dia termos a terceira”

No seu site, Rui Paula escreve que “a comida deve apelar aos sentidos. Cada prato deve ser colorido, repleto de aroma e sabor e a sua apresentação surpreendente e original”. “Mesmo que seja um prato simples podemos sempre torná-lo original. Tornamo-lo original pela cor, pela apresentação, pelas texturas, pela louça onde se apresenta. Mas, há uma coisa que ele tem que ter sempre: sabor. Se não tiver sabor não vale nada!”, afirma, referindo que pode faltar tudo num prato, menos o ingrediente principal. “É preferível o prato não atingir o máximo de apresentação, mas que o sabor esteja lá. Pode ser o prato mais lindo do mundo, se não tiver sabor não vale nada. É zero.” Quem conhece o cozinheiro e empresário português honra-se pela sua amizade e quem prova os seus pratos fica embevecido com todo o sabor e cuidado na apresentação. E, na cozinha de Rui Paula, há três premissas que todos os clientes têm que encontrar: bom serviço, boa garrafeira e boa comida. “São as três coisas que têm que encontrar obrigatoriamente”, revela. A principal fonte de inspiração para a elaboração de todos os pratos, que, note-se, já alcançam vários algarismos, é a memória. “Mas não é só a memória do que a gente come ou do que provamos quando eramos pequenos. É a memória de outras cozinhas REVISTAVIVA OUTUBRO 2020


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