Relatório final UPA

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Terminologias utilizadas - surgiu nos discursos dos participantes a palavra atrasos e deficiência para perturbação mental e atrasado e deficiente para a pessoa que dele sofre. Factores de risco para o desenvolvimento de uma perturbação mental - nos seus discursos, verificou-se uma maior prevalência de factores de risco ambientais, nomeadamente acontecimentos de vida traumáticos (e.g., “Um trauma pode levar a pessoa a ficar doente”) e a incapacidade de adaptação a novos ambientes (e.g., “Se uma pessoa mudar ambiente, por exemplo, de escola, e não se adaptar”). Os participantes referiram, ainda, que a perturbação mental se relacionava com o sistema nervoso (e.g., “Esses problemas são deficiências relacionadas com o sistema nervoso”). Tratamentos - os participantes referiram que estes existem (e.g., “Acho que pode haver tratamento”), no entanto, quanto à sua eficácia, afirmaram que estes apenas atenuam (e.g., “Também devem atenuar os sintomas”) ou reduzem o impacto (e.g., “Reduzem as consequências más”), sem conseguirem curar totalmente a pessoa com perturbação mental. Esta análise permite perceber a informação recolhida na categoria da cura, sendo de ressalvar que os participantes não evidenciaram acreditar na remissão completa do problema, existindo um maior número de discursos referentes à impossibilidade de cura (e.g., “Cura cura assim acho que não há”). Dificuldades ou dúvidas - frequentemente, surgiu nos discursos dos participantes a expressão “não sei” em relação às questões de saúde mental abordadas (e.g. como definir perturbação mental, distinção entre doença física e perturbação mental, causas associadas a problemas de saúde mental, tratamento, definição de saúde mental e promoção da saúde mental).

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