Qual o Texto Original do Novo Testamento?

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Qual o Texto Original do Novo Testastamento DEFININDO A IDENTIDADE DO TEXTO - As Marcas da Verdade

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denam como dependentes as suas [testemunhas] sustentadoras. Leituras que gozam tanto de variedade como de continuidade de atestação, defendem a independência das suas [testemunhas] sustentadoras. A não ser que haja alguma demonstração objetiva em contrário (tal como Hort alegou para “genealogia”) não é justo rejeitar a independência de tais testemunhas. Elas têm direito a voto. A conclusão crítica é esta: A maioria dos MSS existentes emerge como testemunhas independentes, em suas gerações, e eles têm que ser contados até um tempo tal onde colações completas permitam um agrupamento empírico, como F. Wisse fez em Lucas 1, 10, e 20.430 Hort, seguido por Zuntz e outros,431 rejeitou esta consideração [de continuidade] taxativamente. Mas o leitor tem agora alguma condição para julgar por si mesmo. Uma vez que não houve nenhuma revisão autoritativa do texto em 300 DC (ou em qualquer outra ocasião), e uma vez que a evidência indica uma história de transmissão razoavelmente normal, como pode a validade de “continuidade” como uma “marca da verdade” ser racionalmente negada? Ao meu ver, os fatores de número, variedade e continui-dade formam a espinha dorsal de uma sã metodologia de crítica textual. Eles formam uma trança de três cordas, não facilmente rompível. Mas há várias outras considerações que são úteis, por vezes e da sua maneira. Respeitabilidade das Testemunhas, ou Peso Enquanto as quatro “marcas” prévias se concentraram nas leituras, a atual se centra nas testemunhas. Enquanto as “marcas” de número, variedade e continuidade nos ajudaram a avaliar a independência das testemunhas, esta se ocupa da credibilidade de uma testemunha, julgada por seu próprio comportamento. Quanto ao Peso associado a Cópias separadas, ele tem que ser determinado principalmente pela observação das evidências delas. Se as Cópias são continuamente achadas em erro, os seus caráteres devem ser vis. Elas são governadas, neste respeito, pelas regras que funcionam na vida [de forma geral].432 A evidência acima oferecida na discussão dos mais antigos MSS e sobre o pesar versus o contar terá que ser suficiente para ilustrar tanto a importância como a aplicabilidade desta “marca” [a respeitabilidade das testemunhas]. Podemos mostrar de forma objetiva e estatística que os MSS mais antigos são habitualmente errados, e portanto testemunhas de caráter muito baixo. Seus quocientes de respeita-bilidade pairam próximos de zero. A grande idade deles torna o seu comportamento mais repreensível. (Penso na repreensão do jovem Rei Henrique a Falstaff.)433 Mais precisamente, não consigo ver como alguém pode ler com atenção Codex B and its Allies, de Hoskier, e ainda reter respeito por B e Aleph como testemunhas do texto do Novo Testamento — de ambos MSS pode ser dito: “pesado foste na balança, e foste achado em falta”. Visto que os textos críticos e ecléticos da atualidade são baseados precisamente em B e Aleph e nos outros manuscritos mais antigos, todos eles guias cegos, fica claro que os estudiosos modernos têm severamente ignorado a consideração de respeitabilidade, como um critério objetivo. Contudo, eu afirmo que esta “marca da verdade” tem de ser levada a sério: o resultado será a completa derrota do tipo de texto presentemente em voga.

430

F. Wisse, The Profile Method for Classifying and Evaluating Manuscript Evidence (Grand Rapids: Eerdmans, 1982).

431

Westcott e Hort, pag. 275; Zuntz, The Text, pag. 84.

432

Burgon;, The Traditional Text, pag. 58.

433

“Quão mal cabelos brancos assentam na cabeça de um tolo e gaiato!” (Shakespeare’s King Henry IV, part 2, Act V, Scene V, em torno da linha 50).


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