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— Então, quando terminar aqui, precisa falar com Damen. Não me importa o que vai dizer, isso é problema seu. Mas você tem dificultado as coisas para ele ultimamente, e não importa o que eu sinto em relação a você... — Ele para e balança a cabeça. — Bem, apenas faça o que estou pedindo, certo? Você ainda não está bem. Provou isso nesta noite, e precisa dele a seu lado para superar isso. É o certo a fazer. E dê um tempo no trabalho enquanto estiver resolvendo isso. Sem brincadeira, eu consigo me virar. Além disso, Honor se ofereceu para me dar uma ajuda, então talvez dê uma oportunidade a ela. Concordo com a cabeça, impressionada com sua nobreza, com o modo como está sendo superior e me jogando nos braços de seu rival dos últimos séculos. Estou segurando a maçaneta, certa de que terminamos e prestes a sair do carro, quando ele coloca a mão em minha perna, inclina-se em minha direção e diz: — Tem mais uma coisa. Eu me viro, vendo como ele está sério enquanto seus dedos longos e frios apertam meu joelho. — Embora prometa não interferir em seu relacionamento com Damen, também não pretendo me afastar. Passar quatrocentos anos perdendo a garota dos meus sonhos não tem me feito muito bem ultimamente. — Você... você sabe sobre isso? — Fico sem ar e levo as mãos à garganta enquanto minha voz some. — Você está falando do cavalariço parisiense, do conde inglês, do paroquiano da Nova Inglaterra e do artista conhecido como Bastiaan de Kool? — Seus olhos encontram os meus, dois lagos azuis queimando com o desejo de quatrocentos anos. — Sei — ele diz. — Sei tudo sobre isso. E mais. Balanço a cabeça, sem saber o que dizer, como continuar. Seus dedos passam do joelho para meu rosto quando ele diz: — Não me diga que não sente. Sei que sente. Posso ver em seu olhar, no modo como responde ao meu toque. Droga, inclusive percebi como reagiu


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