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O Legado da Volvo Ocean Race em Itajaí

Por Ricardo Navarro*

J Ricardo Navarro 14

O MINUANO

Largada da sexta perna em Itajaí para Miami

á se passaram 38 anos desde que pela primeira vez veleiros se lançaram ao que era considerado na ocasião uma aventura rumo ao desconhecido, uma regata de volta ao mundo à vela. Hoje, dez regatas depois, aquilo que começou como aventura se transformou numa competição de alto nível técnico, de alcance mundial e a cada edição levando suas disputas, novidades e emoções a cada uma de suas paradas. E após partir, mudanças e transformações nem sempre antecipadas ou imaginadas. E isto não foi diferente nas seis vezes em que o Brasil esteve incluído no programa das regatas de volta ao mundo. É um ciclo que se repete a cada três anos, desde a expectativa inicial sobre a escolha das paradas, passando após pela longa, difícil e elaborada preparação até culminar com os poucos dias em que a cidade sede tem o

privilégio de se tornar o centro das atenções da vela mundial. Para o grande público que assiste ao espetáculo isto é a parte perceptível, mas aqueles que estão trabalhando atrás do grande palco sabem que é apenas a ponta do iceberg. Uma parada da Volvo Ocean Race trás consigo muito mais do que apenas aqueles poucos dias de beleza, velejadas e agitação na vila da regata. Os dias em que estão por aqui são o marco divisório, o ponto de inflexão entre o antes e o depois, não para a competição que segue, mas para o meio náutico local. Certamente que isto ocorreu em cada uma das seis oportunidades em que o Brasil esteve incluído. Mas nunca foi tão evidente como nesta edição de 2011-2012, já que pela primeira vez a parada foi realizada em uma cidade que até então não abrigara ne-


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