Valor local edicao julho 2015

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Economia

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Cimpor em Alhandra expande-se para novos mercados Cimpor de Alhandra espera um crescimento da faturação para este ano. A empresa que viu cair no mercado nacional as suas vendas, apostou tudo na exportação para o norte de África, nomeadamente, para a Argélia, África Ocidental e América Latina, considerados mercados emergentes. A taxa de exportação está a compreender “bons resultados”, segundo adiantou ao Valor Local, Luís Fernandes diretor da Cimpor - Portugal. É por isso que o administrador refere que em 2014, o mercado bateu no fundo, mas espera que a empresa venha a recuperar entretanto. Segundo Luís Fernandes, a fábrica de Alhandra “dada a sua localização e a proximidade em relação aos principais portos, está muito vocacionada para a exportação” tendo elevado essa fasquia em 2014. Para este ano, o administrador espera manter o mesmo índice de faturação e produção, sendo

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que atualmente reconhece que o mercado nacional está a dar sinais positivos, embora saliente ser difícil o mercado voltar aos números verificados em 2001. Todavia a empresa tenta manterse junto da comunidade praticando também ações relacionadas com a responsabilidade social da mesma. São conhecidas as suas piscinas na vila de Alhandra, aliás das mais antigas daquele concelho, e “a importância que a fábrica tem para aquela região, não só devido aos postos de trabalho como também devido às suas políticas ambientais”. Luís Fernandes salienta que a fábrica tem tentado minimizar o impacto ambiental na comunidade. O administrador vinca: “A empresa tem estado na linha da frente dos investimentos ambientais em todas a fábricas”. Mais recentemente com o foco da legionella em Vila Franca de Xira, a Cimpor passou ao lado da polémica. Luis Fernandes re-

fere que a empresa esteve sempre atenta e serena “até porque temos poucos equipamentos eventuais potenciadores de um foco de legionella”. Alberto Mesquita, presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, destacou igualmente a importân-

cia da fábrica para o concelho. O autarca lembrou que no passado “tínhamos uma Cimpor que criava problemas ambientais muito graves para a vila de Alhandra, como se recordam”. “Entretanto a empresa adotou filtros de manga e outros, que permitiram que

hoje já se vejam os telhados com a sua cor natural, porque no passado só se via uma película cinzenta”, referiu. Mário Cantiga, presidente da União de Freguesias de Alhandra, Calhandriz e São João dos Montes, também concorda. O

autarca destaca que a convivência entre a empresa e as populações nem sempre foi pacífica, mas refere que nos dias de hoje, “a má vizinhança está ultrapassada”, preferindo referir os “benefícios” que a empresa também traz à região e à sua freguesia.

Responsáveis garantem que má convivência está ultrapassada

EDP investe 517 milhões nas redes até 2019 oi aprovado pela Direção Geral de Energia e Geologia o Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Distribuição (PDIRD) para o período entre 2015 e 2019. Este plano prevê investimentos na ordem dos 517

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milhões de euros pela EDP nas linhas de alta e média tensão. Este investimento corresponde a aposta em quatro vetores estratégicos (Segurança da Rede, Qualidade de Serviço Técnico, Eficiência da Rede e Eficiência Ope-

racional) e tem em conta as mais recentes previsões ao nível da atividade económica, garantindo também a manutenção do trajeto de melhoria contínua dos indicadores da qualidade de serviço, com foco na redução das assime-

trias entre as diferentes zonas do país. O Plano prevê a construção de 21 novas subestações e de cerca de 1200 quilómetros de rede de alta e média tensão, estando prevista a implementação de soluções ino-

vadoras no âmbito do projeto de redes inteligentes InovGrid. A EDP Distribuição, concessionária da rede de distribuição de alta e média tensão e das redes de baixa tensão dos 278 municípios continentais poderá assim “con-

solidar os resultados ao nível da melhoria da qualidade de serviço obtidos na última década, que se concretizam em 99,9% de fiabilidade da rede elétrica de distribuição”, refere a empresa em comunicado.

Alenquer sem dinheiro da União Europeia para investir na Saúde presidente da Câmara de Alenquer não está muito satisfeito com a distribuição das verbas dos fundos estruturais ao seu município, principalmente no que à saúde diz respeito. Em reunião de Assembleia Municipal, Pedro Folgado, mostrou-se contra o mapeamento

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desenhado pelo Mais Centro e Oestecim no que a esta área diz respeito, até porque outros municípios da área Oeste vão ser contemplados, nomeadamente, Alcobaça com dois centros de saúde, Caldas da Rainha e Cadaval com um para cada. “Com surpresa verificámos que

o município de Alenquer não seria contemplado com projetos. Já mostrei o meu desagrado na Oestecim. Ficámos indignados”, demonstrou, acrescentando – “Sei que o mapeamento está a ser reformulado, mas desconheço ainda se vamos ser incluídos ou não. Disponibilizámos um es-

paço em Abrigada para a reconstrução do centro de saúde, e esperamos que a situação seja corrigida, pois temos dado conta das condições sub-humanas das nossas extensões de saúde”. O município tem mais razões para sorrir no que se refere à Educação com a atribuição de 1

milhão 800 mil euros que servirão para requalificar escolas do concelho, sendo que a Câmara vai avaliar quais as intervenções mais importantes neste âmbito. Neste quadro, o Mais Centro dedicou uma verba de 19 milhões aos concelhos que fazem parte da comunidade intermunicipal,

sendo que três milhões foram absorvidos pelo Estado. A Cultura é também parente pobre neste concelho no que ao Portugal 2020 diz respeito. “Como não temos monumentos nacionais, apenas de interesse nacional, não obteremos financiamento”.

Olival de Alcoentre deve chegar aos 1000 hectares em 2016 olival que cresce a olhos vistos no alto do concelho de Azambuja emprega atualmente 80 portugueses e 10 espanhóis. Já foram plantados 450 hectares, espera-se chegar aos 700 até final do ano, e em 2016 deverá

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atingir mais de 1000 hectares, tornando-se na maior exploração do género na Península Ibérica. Estas intenções foram dadas a conhecer junto do presidente da Câmara de Azambuja, Luís de Sousa, recentemente. O azeite será todo para

exportação. “Estive a ver também dois projetos para a construção de um lagar que vão desenvolver”, refere ao Valor Local. O projeto espanhol prevê ainda a construção de uma rotunda de acesso à quinta e Luís de Sousa sabe que estão

em negociações com a Estradas de Portugal. O olival está a ser plantado pela empresa Vilanueva SLU depois destes terrenos terem sido comprados pela Torrebela. Um grupo de empresários árabes ligados à Câmara de Comércio

Luso-Árabe esteve também recentemente reunido com o presidente da Câmara de Azambuja tendo em vista a possibilidade de concretização de negócios no concelho, nomeadamente, no ninho de empresas previsto. Os empresários es-

tão ligados ao ramo industrial e “a aproximação deu-se também junto dos proprietários da Torrebela na componente da caça e na parte do olival cuja instalação se encontra em fase de plantação”.


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