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o risco de contágio ou o efeito tequila O risco de contágio, tem como origem o facto das crises financeiras ou turbulências, afectarem certos países ou mercados e alastrarem-se por outros países ou mercados. Assim, o efeito do contágio, ou o efeito Tequila ou também como é conhecido por efeito dominó, é interpretado muitas vezes, como o desenvolvimento de relações mais fortes entre mercados em períodos de turbulência elevada. Nos últimos vinte anos, os mercados financeiros internacionais têm vindo a ser afectados por diversas crises financeiras de várias dimensões, em que o efeito globalização tem criado mossas, nos países ou mercados com menor capacidade ou menos estruturados. Tal facto, tem levado a que, muitos analistas nos últimos anos, tenham começado a estudar o efeito contágio. Como exemplos de análises de contágio, a partir da década de 90, temos: Causa

Origem

Data

Turbulência nos mercados cambiais do ECU (European Currency Unit)

União Europeia

2º semestre 1992-1993

Crise asiática

Tailândia, Filipinas, Malásia, Indonésia e Coreia

1997-1998

Crise do México

México

1994

Crise da Rússia

Rússia

Agosto-Set 1998

Turbulência na Europa do Leste

República Checa, Hungria e Polónia

1998-2001

Crise na Argentina

Argentina

2001-2002

Crise no Brasil

Brasil

1999 e 2002

Crise do Subprime

EUA

Agosto 2007

O efeito contágio, foi diferente entre os países acima mencionados, o que nos leva a questionar se os mercados discriminam alguns países em detrimento de outros. Tal pergunta, levou muitos autores a construírem índices de vulnerabilidade para cada país.

1.1 A crise Subprime e o efeito do contágio Corria o mês de Agosto de 2007, quando os mercados financeiros acordaram com o pesadelo do risco de contágio do subprime, devido à crise do crédito imobiliário nos EUA. Esta crise, teve repercussões noutros mercados de produtos como: o de acções, taxas de juro, commodities e noutros mercados geográficos, mormente o europeu e o asiático.

No subprime, os empréstimos imobiliários são transacções de alto risco, porque os mutuantes não têm garantias, nem historial bancário. Tal implica que as taxas de juro cobradas, tenham de ser mais elevadas relativamente aos empréstimos com maior segurança (análise de risco).

Novembro | Dezembro 2008 // VALOR ACRESCENTADO

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