MENSAGEM DO SR. PRESIDENTE DA UNIÃO DAS FREGUESIAS DE CARNAXIDE E QUEIJAS (Jorge de Vilhena)
COORDENADOR da USCAL - Universidade Sénior de Carnaxide, aprendizagem e lazer
USCAL, um serviço público para ensinar e aprender desde Janeiro de 2013. O desafio é cada vez maior e a responsabilidade é sempre a mesma. Juntos, tornámos realidade o sonho de uma comunidade. Mestres, os professores voluntários são também Heróis, aceitaram o desafio e ajudaram-nos a construir um projeto de uma vida para tantas vidas. Os alunos, sedentos de conhecimento, convívio, amizade e companheirismo, completaram esta União. A luz, o sorriso e a alegria no olhar em cada um deles, fazem-me sentir mais Feliz, porque a missão de um Autarca é entender os seus concidadãos, comprovar as suas necessidades e Fazer para todos. Na USCAL, a nossa Universidade Sénior de Carnaxide, aprendizagem e lazer queremos acrescentar valor e trabalhar com valores. Queremos crescer com sustentabilidade, mas com ambição, continuar a Fazer mais e melhor! Agradecer é ser grato aos que acreditaram, participaram e fizeram, sem nunca esquecer a inestimável ajuda dos nossos colaboradores designados pela Junta de Freguesia, da nossa primeira professora voluntária, Rosário Pinto, à comissão executiva, e a todos os professores voluntários e alunos, que são a razão desta missão! Todos nós somos aprendizes na procura de sabedoria e de sermos pessoas melhores. Há quem fale e há quem faça! Não basta falar é preciso Fazer! Fazer coisas que dão que falar, mas que são precisas, que dão qualidade de vida aos nossos concidadãos! Há os que falam do passado e há os que fazem e constroem o agora! Há os que falam e imaginam, há os que fazem, sentem e conhecem a sensação de continuar a Fazer! Num mandato em que tudo acontece e que muitos dos projetos vislumbraram a luz do dia este foi do sonho à realidade. Mas há mais! Em 2017 a Junta de Freguesia que tenho a honra de Presidir irá dotar um edifício dedicado à USCAL de melhores condições para que todos os alunos e professores possam continuar a Fazer mais e melhor! Viva a USCAL! Viva a União das Freguesias de Carnaxide e Queijas! Viva o Município de Oeiras. Viva Portugal! Jorge de Vilhena
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O 3º JORNAL USCAL A Comissão Executiva da USCAL (CE) (professores: Clara Vitória, Conceição Marques, Maria Pereira, Rosário Pinto e Vitor Antunes)
Este é o terceiro JORNAL USCAL com um tema bem diferente dos anteriores. O primeiro Jornal foi dedicado aos professores que lecionaram durante o ano 2013/2014. Todos eles, sem exceção, deram o seu contributo. O segundo Jornal foi dedicado a temas diversos, partilhados pelos professores e alunos que entenderam colaborar. Desta vez, o tema escolhido foi o LAZER. Este terceiro Jornal, do ano letivo de 2015/2016, ficará como memória das atividades lúdicas que, para além das aulas com os seus temas específicos, serviram para distrair, divertir e dar prazer a todos os que nelas participaram. Como já foi referido várias vezes, o sucesso do projeto USCAL está na forte união entre professores e alunos, todos trabalhando num objetivo único, DAR e RECEBER de forma descontraída e com muita simplicidade e alegria. A USCAL continua a crescer de forma sustentada e tem a garantia, do seu Coordenador, de poder esperar por novas instalações que poderão ser disponibilizadas já em 2017, ainda durante o próximo ano letivo. Foram 45 as disciplinas lecionadas este ano, das quais 9 foram-no pela 1ª vez. As disciplinas foram lecionadas por 36 professores, 8 dos quais iniciaram este ano o seu contributo à USCAL. Note-se que, de entre os 8 novos professores conta-se o prof. Ruy Figueiredo, que iniciou no terceiro período, de forma experimental e em conjunto com a profª Mª da Luz Sobral, uma aula inovadora de Astrotangoterapia, onde se pretende ensinar a dançar o Tango tendo em conta áreas do desenvolvimento pessoal como a expressão do Perfil Lunar, a Cura Emocional face ao Perfil Lunar, outras Curas em outros perfis planetários e a abrangência do Tango na Cura dos diversos perfis planetários. Releva-se também que são 17 (cerca de 50%) os professores que dão o seu inestimável contributo à USCAL desde a sua criação. A CE deixa um grande AGRADECIMENTO a todos os professores que, voluntariamente, cumpriram um papel responsável onde a sabedoria, o profissionalismo, o empenho, a partilha e o companheirismo estiveram sempre presentes. Bem hajam todos pelo seu inestimável trabalho a bem daqueles que, na idade madura, querem manter-se ativos aprendendo, convivendo, passeando, partilhando cenas da vida, sorrindo e enfrentando os dias com alegria. São os professores, com sabedoria e dedicação, em absoluto regime de voluntariado, que contribuem para a viabilidade e engrandecimento deste projeto que visa cumprir elevadas responsabilidades sociais. Deixamos, também, uma mensagem especial de desejo de franca e rápida recuperação, ao professor Sérgio Gomes, que este ano deixou de lecionar por questões de saúde e um agradecimento à profª Madalena Leitão que, prontamente, se ofereceu para continuar a dar as aulas de Chi-Kung que sempre foram muito participadas. No que toca ao grupo dos alunos, o interesse pela Universidade continua a ser grande e, embora haja um significativo número de desistentes no último período, cerca de 250 estiveram presentes até ao final do ano letivo. A USCAL tem crescido todos os anos e por ela já passaram, ao longo dos 4 anos da sua existência, 469 alunos. O número de alunos do sexo masculino tem também vindo a crescer, estando agora nos 23%. São os alunos que contribuem, com a sua presença ativa e colaborante, para a criação deste valioso núcleo de interação humana e cultural que é a Universidade Sénior de Carnaxide. O ano letivo terminará no dia 22 de Junho e a Festa de Encerramento terá lugar no dia seguinte, 23 de Junho, no Auditório Ruy de Carvalho, com a apresentação das classes de movimento, de trabalhos manuais e de representação. Refira-se que, embora o terceiro aniversário da USCAL só aconteça no final de Janeiro de 2017, a Universidade termina agora o seu quarto ano letivo. E termina-o mais confiante na sustentabilidade do seu crescimento, tendo em conta que as futuras instalações proporcionarão um maior conforto para todos. A Comissão Executiva agradece a todos os professores e alunos a sua colaboração e participação, desejandolhes umas férias fantásticas e ficando a aguardar o seu regresso no próximo ano letivo para mais uma nova etapa de aprendizagem e lazer.
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LISTA DE TODOS OS PROFESSORES, RESPETIVAS DISCIPLINAS E ANOS LETIVOS DE TRABALHO NA USCAL
36 Prof (8 Novos) (inclui Dança)
45 Disciplinas (9 novas) (inclui Dança no CCCD)
Anos
Alexandre Gaspar
GC GRUPO CORAL
Ana Isabel Simões
L0
Língua Inglesa - Nível 0
Andreia Rodrigues
EF
Educação Física (Consciência Corporal)
António Costa
AF Astrofísica (História e Vida do Universo)
4
Carlos Tomé
HP História de Portugal (Restauração até República)
4
Clara Victória
IA
Informática Grp A - Nível 1 (1h30m)
Conceição Marques
DI
Direitos e Deveres dos Cidadãos
Daniel Carvalho
DG Direito-Introdução e Noções Gerais
1
Eugénia Faria
L3
Língua Inglesa Conversação - Nível 1
1
Fátima Moreira
OI
Origami Iniciação
Francisco Pestana
PD Desenho e Técnicas Pintura (2h)
4
Francisco Soares
FI
4
Guilhermino Pinto
VF Vamos Fazer Um Filme
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Helena Marques
LP
4
Joaquim Figueiredo
EG Ecologia/Floresta Portuguesa (1h20m)
2
Joaquim Vasco
VJ
1
Josiane Boudon
CF Conversas em Francês
Lança Coelho
HC História da Cultura Séc. XX
Leonarda Branco
L2
Mª José Cadete
CE Cidadania Europeia (Séc.XX/XXI-Polit/Econ/Cult)
Mª José Matos
DM Desafios Matemáticos (Exercitar o Cérebro)
Mª Luz Sobral
L4
Língua Inglesa Conversação - Nível 2
Mª Pereira
L1
Língua Inglesa - Nível 1 (1h+1h)
Madalena Leitão
YG Yoga Dinâmico
1
Margarida Branco
RV Reflexões sobre Vida/Universo/Ser Humano
4
Pedro Sande
TA Temas Atuais de Economia/Política/Gestão
2
Rosangela Generali
CH Comunicação Humana (Histórias ouvidas/contadas)
Rosário Leitão
CC Corte/Costura (2h)
4
Rosário Pinto
DP Desenvolvimento Pessoal
4
Ruy Figueiredo
AS Astrotangoterapia
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Sérgio Gomes
CK Chi-Kung / Tai-Chi
2
Teresa Gardette
BZ Biodanza
3
Teresa Romão
TL Trabalhar Linhas/Lãs (2h)
3
Virgílio Gaita
GJ
GRUPO JOGRAIS
GT GRUPO TEATRO (2h)
3
Vitor Antunes
IC
Informática Grp B - Nível 1 (1h30m)
ID Informática Grp B - Nível 2 (1h30m)
4
Profs. CCCD
DA Dança
3 ES Espanhol
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IB Informática Grp A - Nível 2 (1h30m)
4 4
OR Origami Classe Adiantada (2h)
Filosofia (História das Ideias)
Literatura Portuguesa (1h+1h)
Vamos Jogar (Xadrez;King;Crapô;Canasta)(3h+3h)
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3 RE Revolução Anos 60 Séc. XX
Língua Inglesa - Nível 2
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HR História da Arte
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AT Astrologia
3 4
EE Escritores e Escritas em Língua Port.
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A USCAL E AS ATIVIDADES DE LAZER DO ANO LETIVO 2015/2016 Como vem sendo hábito, mais uma vez a Universidade Sénior de Carnaxide, Aprendizagem e Lazer, deu o devido merecimento à última palavra do seu nome e recheou as 6ª feiras deste ano letivo de 2015/2016 dedicando-as a atividades lúdicas, onde não faltaram jogos, filmes, festas, palestras, audições, workshops, meditação, convidados em aulas, lançamento de livros, participações dos grupos de representação, visitas de estudo, passeios, uma viagem a quatro ilhas dos Açores e até a criação e organização de uma Biblioteca. Iniciados, no terceiro período do ano letivo anterior, a título experimental, sob a coordenação do professor Joaquim Vasco, os JOGOS mereceram grande interesse por parte de vários alunos, tendo constituído ao longo do ano letivo um espaço de divertimento e são convívio entre todos os que a ela aderiram. Para iniciar a criação de uma Biblioteca na USCAL, o professor Lança-Coelho e a sua mãe Maria Aguiar, cederam cerca de 750 livros. A Biblioteca recebeu mais ofertas de anónimos e conta, atualmente, com 940 livros que poderão ser requisitados por quem estiver interessado e se dirigir a algum dos professores da Comissão Executiva. Um agradecimento especial ao professor e sua mãe, que entenderam que a oferta dos livros deveria ficar em nome do Grupo de Poetas de Paço d’Arcos (grupo que coordenam), por ajudarem a abrir um caminho para possibilitar a leitura e o conhecimento através dos livros. Os professores Mª José Cadete e Joaquim Figueiredo foram os mentores que criaram e acompanharam, com muita dedicação e saber, as visitas de estudo relacionadas com História da Arte e Ecologia, respetivamente. A professora Helena Marques, deu o seu valioso contributo para a criação da CINEMATECA com a escolha criteriosa dos primeiros filmes que dela fazem parte e acompanhou cada sessão de cinema com uma detalhada explicação histórico-social do tema do filme apresentado. Esta professora também incentivou, coordenou e corrigiu, como no passado ano, o 3º Livro USCAL com o título “Mesmo Assim… A Vida É Bela”. Proporcionou, ainda, uma fantástica Tarde Musical sob o tema “CANÇÕES DE AMOR”. As professoras Fátima Moreira, Rosangela Generali e Rosário Pinto, cederam algumas da suas aulas a convidados, abrindo-as a outros alunos não habituais, para serem apresentados temas diversos que acrescentaram valor e foram considerados de interesse geral. Para que fiquem em memória e sejam recordadas por quem participou ou sirvam, a outros, de aliciante para futuras oportunidades, todos os eventos são apresentados e relatados neste Jornal com textos e/ou fotos de quem entendeu colaborar e neles tomou parte. Por ordem cronológica, os eventos do ano letivo de 2015/2016 são referidos, abaixo, com o local e título. Mais à frente, estão agrupados por responsável da sua organização e descritos de uma forma sucinta e/ou com textos de avaliação de alguns participantes e, ainda, ilustrados com algumas fotos representativas que ficarão para melhor reter na memória os espaços, as pessoas e as emoções. Foram muitos os professores e alunos que beneficiaram do bom convívio e camaradagem que este tipo de ações sempre proporciona. São uma saudável forma de aproximação, para travar conhecimentos e criar núcleos de amigos, que ajuda a fortalecer os relacionamentos e até a forma de ver e desfrutar da vida. Em gesto de agradecimento, na Festa de Encerramento das atividades, será entregue um CERTIFICADO a todos aqueles que terminaram o ano na USCAL a ensinar e/ou a aprender.
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EVENTOS DO ANO LETIVO 2015/2016 09/10/2015 16/10/2015 23/10/2015 30/10/2015 06/11/2015 13/11/2015 20/11/2015 27/11/2015 27/11/2015 04/12/2015 18/12/2015 08/01/2016 15/01/2016 15/01/2016 22/01/2016 29/01/2016 05/02/2016 11/02/2016 19/02/2016 26/02/2016 26/02/2016 04/03/2016 05/03/2016 11/03/2016 19/03/2016 01/04/2016 08/04/2016 08/04/2016 09/04/2016 15/04/2016 20/04/2016 22/04/2016 29/04/2016 06/05/2016 08/05/2016 11/05/2016 13/05/2016 19/05/2016 20/05/2016 21/05/2016 27/05/2016 03/06/2016 10/06/2016 17/06/2016 17/06/2016 23/06/2016
LISBOA: Museu de ARTES DECORATIVAS da Fundação Ricardo Espírito Santo LISBOA: MUDE – Museu de DESIGN E MODA e visita ao ARCO DA RUA AUGUSTA LISBOA: Museu da MARIONETA, CONVENTO DAS BERNARADS OEIRAS: IV Encontro de TUNAS das Universidades Sénior VILA VELHA DE RÓDÃO (Ecologia) LISBOA: PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA e Biblioteca LISBOA: HOSPITAL DE SÃO JOSÉ SINTRA: Museu ARQUEOLÓGICO DE S. MIGUEL DE ODRINHAS e Museu do AR LISBOA: Visita à ETAR de Alcântara (Ecologia) LISBOA: Atelier JOANA VASCONCELOS USCAL: FESTA DE NATAL LISBOA: Museu NACIONAL DE ARTE ANTIGA - Coleção MASAVEU OEIRAS: PALÁCIO MARQUÊS DE POMBAL com prova de VINHO DE CARCAVELOS OEIRAS: PALÁCIO DO EGIPTO – Visita à Exposição do Pintor PAIVA RAPOSO LISBOA: Visita ao OCEANÁRIO no Parque das Nações (Ecologia) LISBOA: Igreja e Museu de SÃO ROQUE LISBOA: Museu NACIONAL DE ARQUEOLOGIA LISBOA: FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN SOBRAL DE MONTE AGRAÇO: Visita a uma Horta Ecológica (Ecologia) LISBOA: Museu MILITAR DE LISBOA USCAL: Inauguração da CINEMATECA - Filme “A MISSÃO” LINDA-A-VELHA: Auditório Lourdes Norberto - Peça de teatro “A ILUSÃO CÓMICA” CARNAXIDE: Participação do GRUPO JOGRAIS na Feira do Livro da mBooks ERICEIRA (Norte): Visita à Costa Portuguesa - da Ericeira à Praia Azul (Ecologia) ALMADA: Participação do GRUPO JOGRAIS no Festival de Poesia NAUS LISBOA: CASA ANASTÁCIO GONÇALVES LISBOA: MUSEU RAFAEL BORDALO PINHEIRO USCAL: Sessão de Cinema com o Filme “DOGVILLE” USCAL: Inauguração da BANCA USCAL Nº 28 no Mercado de Carnaxide BAIRRADA: Visita ao Museu do VINHO e CAVES ALIANÇA-Museu Berardo LISBOA: Museu da CIDADE DE LISBOA e PALÁCIO PIMENTA PONTE DE SOR: Visita ao MONTADO DO SOBRO (Ecologia) USCAL: Sessão de Cinema com o Filme “AMADEUS” LISBOA: Museu dos COCHES (edifícios novo e antigo) LINDA-A-VELHA: Auditório Lourdes Norberto - Peça de teatro “12 HOMENS EM FÚRIA” QUEIJAS: Participação do GRUPO CORAL no Festival de Música Sénior NAUS USCAL: Sessão de Cinema com o Filme “O NOME DA ROSA” ESTORIL: Espetáculo do La Féria no casino Estoril “O MUSICAL DA MINHA VIDA” USCAL: Palestra sobre “ROTULAGEM” USCAL: Lançamento do livro “ANDRÉ BRUN” do prof. José Lança-Coelho ROTA DOS AVIEIROS DO TEJO (Ecologia) AÇORES: Visita de 6 dias às ilhas TERCEIRA, FAIAL, PICO e S. MIGUEL PORTO DE MÓS: Visita às Serras de AIRE e CANDEEIROS e GRUTAS STO ANTÓNIO USCAL: Lançamento do 3º LIVRO da USCAL - “MESMO ASSIM… A VIDA É BELA” USCAL: Noite de FADOS com o GRUPO CORAL CARNAXIDE: Auditório Ruy de Carvalho - FESTA de encerramento do Ano Letivo
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Realizaram-se outros eventos que decorreram ao longo do ano letivo. Alguns tiveram a colaboração de CONVIDADOS que trouxeram mais-valias em algumas áreas do conhecimento: - Convidados Escritores na aula de ESCRITORES E ESCRITAS EM LÍNGUA PORTUGUESA - Convidados Origamistas na aula de ORIGAMI - Convidados com Temas Diversos na aula de DESENVOLVIMENTO PESSOAL - O TEMPO DE MEDITAÇÃO - Workshop sobre “Estimulação Cognitiva” com Afonso Herédia da Mutricidade Humana ?????? - Falar dos Inquérito
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As visitas de estudo promovidas pela profª Mª José Cadete, no âmbito da disciplina de História da Arte
MUSEU DE ARTES DECORATIVAS da Fundação Ricardo Espírito Santo IGREJA DE SANTA LUZIA e MIRADOURO DAS PORTAS DO SOL Lisboa - 09/10/2015 A Fundação Ricardo do Espírito Santo ou Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva, também conhecida como Museu de Artes Decorativas é uma instituição de utilidade pública, criada em 27 de Abril de 1953 e tutelada pelo Ministério da Cultura. O Museu é uma instituição cultural, permanente, e ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, sem fins lucrativos e aberta ao público. Situa-se no Palácio Azurara, no Largo das Portas do Sol em Lisboa. A vocação primeira do Museu é a proteção, estudo e divulgação das Artes Decorativas Portuguesas e os ofícios com elas relacionadas, pela manutenção das suas características tradicionais, pela educação do gosto do público e pelo desenvolvimento da sensibilidade artística e cultural dos artífices. O Palácio Azurara, classificado como Imóvel de interesse Público, data do séc. XVII e terá substituído ou integrado algumas construções pré-existentes, encravadas na muralha da Cerca Moura, entre duas torres. De planta irregular, destaca-se o seu portal nobre seiscentista, ladeado por pilastras e encimado por florão decorativo entre volutas, coroado por frontão triangular. Já nas mãos dos Viscondes de Azurara foi objeto de alterações no séc. XVIII. A fundação recebeu o nome do banqueiro Ricardo do Espírito Santo Silva (1900-1955), (Banco Espírito Santo), que em 1947 comprou o Palácio Azurara, do século XVII, para guardar parte da sua coleção de móveis, têxteis, pratas e cerâmicas. O Palácio Azurara foi restaurado com a colaboração do Arquiteto Raul Lino como uma casa aristocrática do século XVIII. Entre as antiguidades dos séculos XVII e XVIII exibidas na mansão de quatro andares, há muitas peças de madeiras exóticas, incluindo uma mesa de gamão e xadrez de pau-rosa, do século XVIII. É de notar as coleções de pratas e porcelanas chinesas do século XVIII e os tapetes de Arraiolos. As salas ainda conservam alguns tetos originais e painéis de azulejos. Instalado no Palácio Azurara, de matriz seiscentista, em Alfama, o Museu-Escola de Artes Decorativas Portuguesas, recria o ambiente aristocrático do século XVIII e acolhe uma das coleções mais significativas e homogéneas do panorama das também chamadas artes aplicadas no nosso país. Tornou-se assim um espaço museológico excecional onde as peças expostas adquirem um grande valor patrimonial e cenográfico. Articulado em várias salas, o Museu oferece um percurso expositivo de aparato que apela à descoberta de cada peça, cultivando o gosto e a sensibilidade através da proximidade do visitante com a obra artística. O acervo do museu é constituído por coleções de mobiliário, ourivesaria, têxteis, pintura, cerâmica e porcelana dos séc. XVII a XIX, apresentadas num contexto interpretativo através da organização dos vários espaços por épocas e funcionalidades, numa 'encenação' e ambientes de uma casa fidalga portuguesa. Uma Coleção vários Percursos: A coleção exposta, proveniente na sua maioria de compras em leilões nacionais e internacionais, é de grande unidade e coerência artística e foi conseguida graças à vontade e tenacidade de um homem que tinha como missão “recuperar” peças do património português e que dessa forma se afirmou como um grande colecionador do século XX. A visita ao Museu é como fazer uma viagem pelas Artes Decorativas do século XV ao século XVIII orientada pelos diferentes núcleos temáticos: Mobiliário, Têxteis, Prataria, Porcelana Chinesa, Faiança Portuguesa e Azulejos, Pintura, Desenho, Escultura, Encadernação, etc.
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Há oficinas no edifício anexo, onde podem ver-se os artífices trabalhar segundo técnicas tradicionais de
marceneiro, dourador, encadernador e outras. O palácio também oferece exposições temporárias, seminários e concertos. Miradouro das Portas do Sol
O Miradouro das Portas do Sol, localizado no Largo das Portas do Sol, daí o seu nome, fronteiro ao Palácio Azurara, onde está instalada a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, é um balcão privilegiado sobre a colina de São Vicente e um dos pontos mais cenográficos da cidade. Dali avistamos as Igrejas de São Miguel e de Santo Estêvão, a Igreja e Mosteiro de São Vicente de Fora, o labiríntico Bairro de Alfama, com as suas ruas e ruelas sinuosas, pátios e travessas, escadarias e desníveis, que se estendem até ao Rio Tejo. Avista-se o estuário do Tejo, margem sul e o velho bairro alfacinha de Alfama. Num plano superior, junto da cerca moura, outra
panorâmica surpreendente é possibilitada pelo Miradouro das Portas do Sol. Na encosta da colina do Castelo virada ao Tejo, localiza-se o Miradouro de Santa Luzia justamente considerado uma das melhores janelas sobre o rio. Este pequeno espaço ajardinado e decorado com dois painéis de Igreja de Santa Luzia
azulejos alusivos à conquista de Lisboa, possibilita um pitoresco cenário de S. Vicente e de Alfama descendo sobre o Tejo. Destacase no quadro, a alvura do zimbório da Igreja de Sta. Engrácia (Panteão Nacional) e a fachada da igreja de S. Miguel. A Igreja de Santa Luzia é uma igreja localizada na freguesia de Santiago, em Lisboa, junto da qual se encontra o miradouro de Santa Luzia. Esta igreja foi construída por cavaleiros da Ordem de Malta, durante o reinado de D. Afonso Henriques. 8
A atual construção data do século XVIII, tendo sido remodelada Igreja de Santa Luzia-Interior da igreja após o terramoto de 1755. Lateralmente, possui dois painéis de azulejo representado cenas da tomada de Lisboa aos mouros e a Praça do Comércio. A planta da igreja é em cruz latina. Situada num dos mais belos lugares da parte oriental de Lisboa, sobre o típico bairro de Alfama, a Igreja de Santa Luzia e S. Brás, da Ordem de Malta, sacrificou o seu adro e um antigo claustro para oferecer à cidade um dos seus mais agradáveis miradouros. Dentro das suas simples e modestas paredes guarda memória e testemunho de alguns aspetos de grande curiosidade e interesse. A tradição diz-nos que a Igreja, primeiramente dedicada a S. Brás, remonta aos primórdios da Nacionalidade, tendo sido edificada ainda no reinado de D. Afonso Henriques pelos Cavaleiros da Ordem do Hospital que, depois da prestimosa colaboração na conquista aos Mouros, em 1185, assumiram a partir daí a defesa da parte oriental da cidade, restituindo a Deus o Sagrado. Há notícia de que o templo primitivo sofreu várias reconstruções. Já o atual, erguido sobre a edificação primitiva e sobre a muralha moura, é o resultado da reconstrução realizada após a destruição parcial causada pelo Grande Terramoto de Lisboa. O corpo principal da Igreja corresponderá ao existente antes de 1 de Novembro de 1755, cuja reconstrução se conformou com a localização da Igreja, mas, principalmente com a localização das várias sepulturas existentes no chão e incrustadas nas paredes. Se não antes, em 1870 estava já totalmente recuperada, como anotou João Baptista de Castro, no 3.º Volume do seu Mapa de Portugal Antigo e Moderno. Antes do Terramoto era já, tal como hoje, pouco espaçosa e de uma só nave, de planta em cruz latina. Acompanhavam a capela-mor dois altares colaterais, que, por tão toscos, demonstravam grande antiguidade. No altar-mor estava colocada a Imagem de S. Brás, do lado esquerdo, e a de S. João Baptista, padroeiro da Ordem, do lado direito, obedecendo, de resto, a uma regra que temos verificado em muitas Igrejas fundadas e/ou administradas pela Ordem de Malta. Também do lado direito, mas no altar colateral estava a Imagem de Santa Luzia e, em frente, do lado esquerdo, a Imagem de Santa Águeda. Duas das Santas mais veneradas na antiguidade Cristã, ambas martirizadas durante as perseguições do Imperador Diocleciano. Santa Luzia é venerada como protetora da visão; e Santa Águeda, como protetora dos terramotos. Lembrámos, a propósito, que terão sido de pouca monta os danos causados em 1755. A todas estas imagens se dedicou altar pela tradição e experiência de milagrosas, preferindo-se, no entanto, Santa Luzia, que por tão solicitada, assumia já maior protagonismo que o próprio Orago na primeira metade do século XVIII. De resto, é hoje o nome pelo qual melhor se conhece a Igreja, cujas imediações se batizaram como Largo de Santa Luzia. MUDE - Museu de DESIGN E MODA e Coleção Francisco Capelo visita ao ARCO DA RUA AUGUSTA - 16/10/2015 O MUDE - Museu do Design e da Moda, Coleção Francisco Capelo inaugurou no dia 21 de maio de 2009 e encontra-se atualmente na Rua Augusta nº 24, no antigo edifício do BNU. Na sua origem esteve a aquisição pelo Município de Lisboa da coleção de design de produto e design de moda de Francisco Capelo, reconhecido colecionador de arte. Nos termos do protocolo então celebrado é referido que “em 2002, a Câmara Municipal de Lisboa adquire a Coleção Francisco Capelo, composta por cerca de mil objetos de mobiliário e utilitários de design, conta ainda com 1200 peças de alta-costura representativas dos momentos artísticos mais marcantes do século XX, salvaguardando este património de excelência pelos autores representados e pela qualidade e importância das peças de design e moda reunidas. A aquisição pública deste importante acervo foi possível graças ao tratamento especial e ao gosto que o colecionador sempre manifestou em que a Coleção Francisco Capelo permanecesse nesta cidade”. Para além de aprofundar o estudo da referida coleção, garantindo as melhores condições para a sua conservação, investigação, apresentação, divulgação e internacionalização, o MUDE é hoje um museu dedicado a todas as expressões do design, com áreas de exposição, criação, convívio, educação e debate. Nesta medida, o MUDE é um centro cultural a pulsar na artéria principal da cidade, com áreas de exposição, divulgação, criação, convívio, educação e debate. Entre 2009 e 2014, o MUDE tem sido um laboratório para a criação, experiência prática e inovação, assumindo a reutilização do espaço existente como matéria central do próprio programa museológico. Neste conceito museológico tem particular significado a permanente colaboração de curadores, artistas, designers e arquitetos externos ao museu para o desenvolvimento de cada projeto em concreto. O objetivo tem sido procurar renovadas geometrias, modelações e temperaturas do espaço expositivo, fazendo do próprio edifício um corpo de experimentação e pesquisa onde se testam distintas estratégias de apresentação, receção e perceção do design, respeitando a identidade do lugar.
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O Arco da Rua Augusta é um arco triunfal situado na parte Norte da Praça do Comércio, sobre a Rua Augusta, em Lisboa. A sua construção começou após o terramoto de 1755, mais concretamente em 1775, mas esta primeira versão, que poderá não ter sido concluída, viria a ser demolida em 1777, após o início do reinado de D. Maria I e a demissão do Marquês de Pombal. Em 1873, recomeçou a edificação do arco segundo o projeto do arquiteto Veríssimo José da Costa, que remonta a 1843/44, tendo ficado as obras concluídas em 1875. Na parte superior do arco, é possível observar esculturas de Célestin Anatole Calmels, enquanto num plano inferior se encontram esculturas de Vítor Bastos. As esculturas de Calmels representam a Glória, coroando o Génio e o Valor. As esculturas de Vítor Bastos representam Nuno Álvares Pereira, Viriato, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal. Temos ainda na lateral esquerda o rio Tejo e na lateral direita o rio Douro, também da autoria do escultor Vítor Bastos. Os rios Tejo e Douro delimitam a região onde viviam os Lusitanos. O texto inscrito no topo do arco remete-nos à grandiosidade portuguesa aquando dos descobrimentos e à descoberta de novos povos e culturas. VIRTVTIBVS MAIORVM VT SIT OMNIBVS DOCVMENTO.PPD “Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”. A partir de 9 de agosto de 2013, é possível, usando um elevador e dois lances de escadas íngremes, chegar ao miradouro no topo do Arco. Durante o primeiro ano em que esteve aberto, foi visitado por 130 mil pessoas. A construção do coroamento do Arco da Rua Augusta, c. 1862-1873.
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Depois das visitas, um grupo mais pequeno disponibilizou-se para ir lanchar ao Café Martinho da Arcada, o qual conquistou um lugar de referência no panorama da nossa cozinha tradicional. Ir ao Martinho da Arcada é sinónimo de comer bem. Das muitas figuras ilustres que passaram pelo Café Martinho da Arcada, destaca-se obrigatoriamente uma: Fernando Pessoa, melhor Fernando António Nogueira Pessoa, de seu
nome completo, nascido em Lisboa num dia de Santo António, do ano de 1888. Figura cimeira da literatura, incontestavelmente um dos maiores poetas do séc. XX, escreveu, como se sabe, uma boa parte dos seus poemas à mesa do Martinho da Arcada. De todos os cafés que frequentou, o Martinho foi (sobretudo nos últimos dez anos da sua vida) quase uma segunda casa. Utilizava-o como um escritório de fim de tarde, onde escrevia, e se encontrava com os amigos mais íntimos, para aliviar a solidão. A generosidade dos poemas que integram “Mensagem” e muitas páginas do “Livro do Desassossego” nasceram no café do Sr. Mourão. Após a morte de sua mãe, os últimos anos do poeta são particularmente difíceis, muito só, atormentado e já com uma saúde precária, Fernando Pessoa, numa quarta-feira de Outono (27 de Novembro) toma, com Almada Negreiros, o ultimo café no Martinho da Arcada. Dois dias mais tarde è internado no Hospital de S. Luís dos Franceses, em Lisboa, onde morre aos 47 anos no dia 30 de Novembro de 1935. MUSEU DA MARIONETA, CONVENTO DAS BERNARDAS - Lisboa - 23/10/2015 O Museu da Marioneta encontra-se, desde Novembro de 2001, instalado no Convento das Bernardas, constituindo-se como o primeiro e único espaço museológico, no panorama nacional, inteiramente dedicado à interpretação e divulgação da história da marioneta e difusão do teatro de marionetas, percorrendo a história desta fascinante forma de arte através do mundo, apresentando os diferentes tipos de marionetas e as diversas abordagens que elas permitem, com especial relevo para a marioneta portuguesa. O espólio do museu tem vindo a ser progressivamente alargado e diversificado, ilustrando as diferentes formas teatrais que derivam de tradições antigas ou emergem de procuras artísticas contemporâneas, explorando novas formas, novos materiais e novas técnicas. Tal alargamento só foi possível com a participação de diferentes personalidades, autores, colecionadores e marionetistas que abraçaram o projeto, dando o seu inestimável contributo através da cedência dos seus espólios. Numa primeira fase, o museu colocou o acento tónico no universo nacional, podendo-se orgulhar de integrar uma das mais significativas e completas coleções de marionetas tradicionais portuguesas. 11
Desde finais de 2008, alargaram-se as portas ao mundo com o acolhimento, em depósito, da excecional e vasta coleção de marionetas e máscaras do sudeste asiático e africanas do colecionador Francisco Capelo, com exemplares de excecional qualidade de máscaras e marionetas orientais, de Java, Bali, Sri Lanka, Birmânia, Tailândia, Índia, Vietname, China, mantendo os núcleos das mais significativas famílias de marionetas europeias e brasileiras. Assim, o Museu da Marioneta, inteiramente dedicado à interpretação e divulgação da história da marioneta e difusão do teatro de marionetas, apresenta os diferentes tipos e as diversas abordagens que elas permitem, com especial relevo para a marioneta portuguesa, onde se podem destacar os seus momentos mais marcantes: de um teatro rural, de características marcadamente populares, de um universo de feira e pavilhões ambulantes, passando por um teatro urbano, já com preocupações estéticas e didáticas, até um teatro erudito, contemporâneo, de que são exemplo as Marionetas de S. Lourenço que fizeram reviver uma tradição portuguesa, setecentista, de teatro e ópera, magnificamente expressa na obra de António José da Silva.
PALÁCIO NACIONAL DA AJUDA e BIBLIOTECA - Lisboa - 13/11/2015 O Palácio Nacional da Ajuda foi edificado para substituir a “Real Barraca”, construída em madeira, onde D. José I e a sua corte residiram durante 20 anos, após o Terramoto de 1755. Encontrava-se a Família Real na sua Quinta de Belém quando se deu o Terramoto. O pânico que então se apoderou de D. José I levou à sua recusa em voltar a habitar edifícios construídos “em pedra e cal”. A solução encontrada para a edificação da nova habitação régia passou pela eleição de um local seguro. Escolheu-se então a Quinta de Cima situada no Alto da Ajuda. O projeto inicial foi de Manuel Caetano de Sousa, mas em 1802 surgiu um novo projeto da autoria de Francisco Xavier Fabri e de José da Costa e Silva, já de características neoclássicas. A obra foi interrompida, primeiro entre 1809 e 1813, em consequência das Invasões Francesas, e definitivamente em 1833, por razões de ordem política, económica e financeira. 12
No reinado de D. Luís I realizaram-se no Palácio, importantes obras de remodelação dos interiores, sob a orientação técnica do arquiteto Joaquim Possidónio Narciso da Silva. O Palácio Nacional da Ajuda, antigo palácio real e monumento nacional, é hoje um magnífico museu e o único palácio visitável em Lisboa que ainda conserva, de um modo fidedigno, a disposição e decoração das salas ao gosto do séc. XIX, nomeadamente os aposentos dos monarcas e a sala de trono. Situado no alto da colina da Ajuda, com vista deslumbrante sobre o rio Tejo, o Palácio integra importantes coleções de artes decorativas dos séculos XVIII e XIX: ourivesaria, tapeçaria, mobiliário, vidro e cerâmica, bem como coleções de pintura, gravura, escultura e fotografia Rei D. Luís I e Rainha D. Maria Pia Edifício neoclássico da primeira metade do século XIX, foi residência oficial da família real portuguesa e de uma forma continuada a partir do reinado de D. Luís I (1861-1889) até ao final da Monarquia, em 1910. Após 1862, com a rainha D. Maria Pia de Saboia (1847-1911), o palácio ganha uma vida renovada. A disposição e decoração das salas, que ainda hoje se mantém, acompanhou as normas novas de conforto e higiene características da segunda metade de oitocentos. Nasceram neste palácio os príncipes D. Carlos (1863-1908) e D. Afonso (1865-1920); aqui se reunia o Conselho de Estado e se realizavam cerimónias de corte, grandes bailes e banquetes. Em 1910, instaurada a República e exilada a família real, encerrou-se o palácio. Aberto ao público como museu em 1968, o palácio conserva ainda hoje a disposição e decoração dos aposentos tipicamente oitocentistas. Família Real A Rainha, o Infante D. Afonso, o Príncipe D. Carlos, e o Rei D. Luís. Ao fundo à direita, o Paço de Queluz com o estandarte dos Bragança. Ano de 1876.
O Palácio Nacional da Ajuda é monumento nacional desde 1910. Não é apenas a antiga habitação real e museu de artes decorativas, é também a sede de outras instituições portuguesas ligadas à cultura e palco de cerimónias protocolares. O espaço visitável do Palácio inclui dois pisos: o Piso Térreo onde se situam muitos dos aposentos privados e o Andar Nobre, onde se realizavam as recepções de gala. Fachada interior do Palácio. É visível o lado direito inacabado. Os últimos acabamentos, como os capitéis e janelas do último andar (falso) foram feitos só em meados do século XX.
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Numa das partes do palácio, em ala própria, está instalada a Biblioteca Nacional da Ajuda desde 10 de Junho de 1880. Esta Biblioteca é uma das mais antigas Bibliotecas de Portugal caracterizando-se, pela natureza e riqueza dos seus fundos, como uma biblioteca Patrimonial que tem por objeto a conservação, estudo e divulgação do seu acervo documental.
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A Biblioteca está estruturada para prestar apoio aos conservadores e técnicos do Museu, podendo disponibilizar consulta das suas publicações a outros utilizadores mediante marcação prévia. O seu acervo é especializado em História de Arte e nas diferentes temáticas relacionadas com as suas coleções. Até ao momento estão catalogados cerca de 3.350 monografias e 40 títulos de publicações periódicas. Das cinco salas que dão corpo à zona mais antiga da Biblioteca, são abertas ao público as três primeiras, que se distinguem especialmente pelas suas dimensões, altura das estantes e galerias, pelo seu mobiliário, além dos tetos decorados a fresco com a técnica “trompe-l'oeil”, por José Pereira Júnior. Aí se encontra exposta, em diferentes vitrinas, uma seleção documental de valiosas espécies manuscritas e impressas, como pequeno exemplo do acervo da Biblioteca. Incluise também um conjunto de peças e artefactos (séc. XVIII / XIX) da antiga oficina de encadernação da Biblioteca Real. A origem da Biblioteca da Ajuda remonta ao século XV, como Biblioteca Real, sua antiga designação. Instalada desde o século XVI (?) no torreão poente do Paço da Ribeira, foi substancialmente enriquecida por D. João V, vindo a perder a maior parte do seu riquíssimo espólio no terramoto de 1755, após o que se procedeu à sua reinstalação em casas anexas ao Paço de madeira (Real barraca), na Ajuda. Em 1811, na sequência das invasões francesas, a Biblioteca é transferida para o Rio de Janeiro, para junto da Corte, aí formando o núcleo inicial da atual Biblioteca Nacional. Em 1821, regressa a Portugal o núcleo de manuscritos da Casa Real, ao qual se incorporam mais tarde as livrarias da Companhia de Jesus (Casa Professa de São Roque e Colégio Santo Antão), além das da Congregação do Oratório e Palácio das Necessidades. Administrada diretamente pela Casa Real até à proclamação da República, os seus bibliotecários eram de nomeação régia, escolhidos, muitas vezes, de entre os secretários do Rei, como Alexandre Herculano (18391877), ou da sua inteira confiança, como Magalhães Coutinho (1877-1895) e Ramalho Ortigão (1895-1911). Após a Proclamação da República o 1.º Diretor a ser nomeado foi Jordão de Freitas (1918-1936). CATÁLOGO ON-LINE DA BIBLIOTECA DA AJUDA - O catálogo da Biblioteca da Ajuda, atualizado diariamente, reúne para cima de 19.000 registos bibliográficos, das diferentes coleções do seu acervo (manuscritos e impressos), tais como fotografia, iconografia, cartografia, folhetos (portugueses e estrangeiros), genealogias, obras de medicina, arquitetura, entre outros. HOSPITAL DE SÃO JOSÉ - Lisboa - 20/11/2015 Inicialmente residência jesuíta em Lisboa, o Colégio de Santo Antão funcionou durante 206 anos desde 1553 até à expulsão pombalina em 1759. Inicialmente sedeado na Mouraria, no anterior mosteiro de Santo Antão, passou em 1579 para maiores instalações no que é hoje o Hospital de São José. Mas a casa inicial, a da Mouraria, foi a primeira que a Companhia teve em todo o mundo. Considerado como um dos maiores conjuntos edificados em Lisboa, o Hospital de São José herdou dos Jesuítas um conjunto de construções em grande parte arruinado pelo Terramoto, sendo de referir a lamentável perda da igreja, que se diz ter sido uma das mais belas do seu tempo. As origens do edifício onde atualmente funciona o Hospital de São José remontam ao tempo em que os Jesuítas, que possuíam já um Colégio igualmente consagrado a Santo Antão no local onde hoje vemos a Igreja do Coleginho, nas traseiras da Mouraria, resolveram que era tempo de construir novo edifício porque naquele local já era difícil expandirem-se. O Colégio tem planta retangular simples, desenvolvida em torno de dois claustros, com a igreja na zona central, longitudinal, de nave única, para onde abriam três capelas intercomunicantes, transepto inscrito e capela-mor pouco profunda, seguindo o esquema comum das igrejas da Ordem. Do edifício original resta uma parte de uma das quadras, com fachada principal de três pisos e mansardas, tendo a zona central simétrica, organizada a partir de um eixo de vãos, composto pela porta retilínea da primitiva portaria e por janelas de sacada, nos pisos superiores.
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Na zona posterior da primitiva igreja, desenvolve-se a sacristia, de planta retangular, com decoração barroca e pombalina, resultante de reconstrução após o terramoto de 1755. O atual Salão Nobre possui decoração azulejar alusiva a várias disciplinas, aos planetas e continentes, apontando para uma possível utilização como sala de aula. Considerada a mais majestosa e vasta igreja de Lisboa, o templo tinha fachada, torres, convento e oficinas de rica pedra de mármore de lioz, e os seus púlpitos eram os mais ricos que se conheciam entre os edifícios religiosos da época. Além dos dois imponentes túmulos dos fundadores, de que versam documentos antigos, os quais deviam estar expostos na capelamor, o elemento arquitetónico mais frequentemente referido na literatura contemporânea ao Terramoto relaciona-se com o zimbório, um dos melhores de Lisboa. Este Zimbório e as famosas torres do Colégio ruíram com o templo, a primeira em 1807 e a da direita em 1836, tendo-se aproveitado os blocos de pedra fragmentados para calçada e outras para pedestal de estátuas. Igualmente de incalculável valor é o vasto conjunto de silhares de azulejos que revestem a escadaria nobre do edifício principal do Hospital. Manufaturados em meados do século XVIII, os azulejos do São José (considerados um dos mais belos e vastos conjuntos da sua época) são do estilo dos «painéis historiados» e relatam cenas de caça e batalhas. Além da pintura que decora o teto do piso térreo, um pouco gasta e desbotada, o edifício principal apresenta junto ao portal, um conjunto de sete estátuas de apóstolos, obra de artesãos italianos provenientes igualmente do templo original. As estátuas encontram-se na atual disposição graças ao enfermeiro-mor D. Francisco de Almeida que as mandou colocar ali em 1811. Igualmente construídas por ordem deste enfermeiro-mor foram o muro e o pórtico (com a sua magnifica moldura escultórica, constituída por duas peças principais) na entrada que dá para o Martim Moniz, no fim do pátio onde, durante muitos anos, era costume realizar uma grande feira dedicada a São José e a São João. Situado no Campo de Sant’Ana, sobranceiro ao Rossio, o Colégio, classificado como imóvel de interesse público pelo Dec.-Lei 8/83, de 24 de Janeiro, seria completado com uma grandiosa igreja, iniciada em 1613 e terminada em 31 de Julho de 1652, dia de Santo Inácio de Loyola e uma formosíssima sacristia, ambas devidas maioritariamente às liberalidades da Condessa de Linhares, D. Filipa de Sá. A sacristia, da autoria do Arq.João Antunes construída entre 1696 e 1700 ainda hoje existe praticamente intacta, é monumento nacional pelo Dec.-Lei 22 502, de 10-05-1933, e é a atual capela do H. de S. José. Em pleno século XVIII assiste-se à saída dos Jesuítas do nosso país e o então célebre Colégio passa a abrigar os doentes provenientes do Hospital de Todos-os-Santos então destruído pelo terramoto de 1755. Assim surge o Hospital Real de S. José. Pouco se sabe da organização interna e do movimento assistencial neste fim do Séc. XVIII, descontando a circunstância de o Hospital de S. José, na esteira de Todos-os-Santos, ter continuado a ser a grande escola de cirurgia do País. Como culminar de tal tradição e por grande empenhamento do grande cirurgião Manoel Constâncio surge, em 1825, a Real Escola de Cirurgia por Decreto de D. João VI, que veio a dar origem à Escola Médico-cirúrgica de Lisboa. Em 1844 o Hospital de S. José anexa o primeiro de uma longa lista de hospitais – a Gafaria de S. Lázaro -. Seguem-se alguns anos depois o Manicómio de Rilhafoles e o Hospital do Desterro dando origem ao Hospital de S. José e Anexos. Pouco-a-pouco outros hospitais se juntam. O Hospital de D. Estefânia em 1877, o de Arroios em 1892, o de Santa Marta em 1903, o Hospital de Curry Cabral em 1906 e, em 1928, o Hospital de Santo António dos Capuchos. Fica então completo o grupo “Hospitais Civis de Lisboa” (HCL), designação esta que se tornou efetiva em 1913.
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Museu ARQUEOLÓGICO DE S.MIGUEL DE ODRINHAS e Museu do AR - SINTRA - 27/11/2015
VISITA A SINTRA - Saída pelas 8h30 junto à escadaria que dá acesso ao edifício da Junta; Manhã 10h00 Museu de Odrinhas - Visita a Sintra com ida ao Museu Arqueológico de Odrinhas que tem a História do Monte da Lua, Sintra na Antiguidade, da parte da manhã, formando-se dois grupos, com a duração de 45 minutos; Almoço 12h30 em Negrais, leitão, no Restaurante Caneira; Tarde 14h30 Museu do Ar, Granja do Marquês, pero Pinheiro, Sintra; Passagem por Sintra de acordo com a disponibilidade do programa, a equacionar no dia; paragem na “Casa do Preto – Fabrico de Queijadas de Sintra”, Rua 5 de Outubro, Sintra Regresso pelas 18h30 ou 19h00.
Ruínas de São Miguel de Odrinhas - Odrinhas é o local mais importante em termos de presença Romana em Sintra. Para além do Museu, o sítio de Odrinhas possui uma variadíssima multiplicidade de vestígios romanos e de outras épocas subsequentes que atestam a permanência da presença humana no local pelo menos desde o século I a. C. até à atualidade. Esta persistência é tanto mais curiosa quanto se verifica numa zona onde não se conhece nenhum aglomerado importante. O núcleo urbano mais próximo situava-se em Faião, a urbe romana de maior importância do Município Olisiponense, logo a seguir a Olissipo.
Existem ainda vestígios de uma via romana que ligaria Odrinhas a Faião. As ruínas de Odrinhas estão classificadas como "Imóvel de Interesse Público" desde 30/11/1950. 17
Em Odrinhas, da época romana fazem parte quase todos os muros e compartimentos atualmente visíveis no local, e que são vestígios de uma villa fundada durante a segunda metade do século I a. C. Sobre esta villa primitiva, construir-se-ia, já no século IV d. C., uma outra de que faz parte um pavimento em mosaico monocromo de desenho geométrico, ainda hoje visível ao lado da capela de S. Miguel.
Curiosa também é a existência no local de uma estrutura absidal, construída com pedras da região dispostas horizontalmente em fileiras paralelas e datada do século II d. C. Escavações realizadas na década de 50 permitiram fazer a reconstituição do edifício. Tratar-se-ia de um templo romano ou paleo-cristão formado por uma abside em ferradura e de falsa abóbada, dois absidíolos ou talvez nichos, uma nave rectangular e um possível pequeno nartex. Contudo, para além da peculiaridade da planta e da sua estranha orientação norte-sul, não foi encontrado, durante as escavações, qualquer objecto de culto. Daí que há alguns anos tenha surgido a teoria de que a abside faria parte da villa romana aí existente, provavelmente um salão nobre onde o senhor da casa recebia as visitas. Tese diferente é sustentada por Justino Maciel (1983), que afirma tratar-se de um mausoléu romano, uma cópia dos modelos aúlicos do centro do Império, concretamente do Mausoléu de Santa Constança, e sugere uma datação posterior (séc. IV). Na Baixa Idade Média o local foi transformado em cemitério (é o único cemitério de cariz medieval escavado em Portugal), como ainda hoje se pode comprovar pelas numerosas sepulturas existentes em torno da ermida de S. Miguel, cada uma delas com a respectiva cabeceira discóide, num total de 35, se bem que não haja a certeza de que a atual distribuição das mesmas seja a primitiva. O Museu, designado inicialmente Museu Arqueológico Prof. Dr. Joaquim Fontes, foi construído a partir das ruínas com o objectivo de receber os vestígios provenientes daquelas. A riqueza do espólio encontrado na região, do qual se destaca uma das maiores colecções epigráficas conhecidas, depressa obrigou à construção de um anexo alpendrado e à utilização de espaços exteriores. Há alguns anos, a Câmara Municipal de Sintra, proprietária do Museu, decidiu remodelar o local, construindo um complexo museológico que alberga o espólio do antigo museu, uma biblioteca especializada, auditório, gabinetes de estudo, serviços de restauro, para além de várias áreas de lazer. Odrinhas é agora um local de passagem obrigatório para o conhecimento não só da presença romana, mas de toda a antiguidade sintrense. MUSEU DO AR em SINTRA O principal objetivo do Museu do Ar é expor e elevar a história da aviação mundial, principalmente a portuguesa. Pode-se constatar, pelas diversas exposições, a evolução da aviação portuguesa, desde a época dos pioneiros da aviação até aos dias de hoje.
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VISITA AO MUSEU ARQUEOLÓGICO DE ODRINHAS (Texto de Ana Maria Ovídio - aluna nº184)
Realizou-se no dia 27 de Novembro uma visita ao Museu Arqueológico de Odrinhas, no concelho de Sintra. Os mais profundos alicerces deste Museu assentam no Renascimento, quando provavelmente André de Resende ou Francisco d’Ollanda decidiram estimular, em torno da antiga Ermida de S. Miguel, um conjunto de monumentos epigráficos encontrados entre as ruínas romanas, a que juntaram vários elementos arqueológicos dispersos por todo o concelho. Logo na 1ª sala encontrámos 3 sarcófagos do século III e IV, pertencentes à civilização Etrusca, antepassada dos Romanos, trazidos dos Jardins de Monserrate, onde serviam de ornamentação. Na civilização Romana usava-se a cremação dos mortos, daí que todos os monumentos funerários se apresentem em forma de prisma com uma concavidade no centro, onde eram depositadas as cinzas. Na continuação da visita encontram-se vigorosos lintéis de uma igreja visigótica. Encontram-se também dezenas de cabeceiras medievais que justapõem a cruz ao círculo e as rodas concêntricas do mundo aos dois triângulos invertidos da estrela de seis pontas. É ainda de realçar uma extensa Biblioteca especializada em temas arqueológicos, principalmente frequentada por alunos em trabalhos de investigação.
VISITA CULTURAL A SINTRA
(Texto de Mª Idália Simões - aluna nº104) No dia 27/11/2015, bem cedinho, alegres e bem-dispostos (quando se trata de passeio não há sono que nos prenda na cama) fomos à descoberta de Sintra. A manhã foi aproveitada com a ida ao Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas, onde
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num conjunto de bonitos edifícios devidamente reconstruídos, aos quais se deu o nome Ágora, tivemos um sereno encontro com a pré-história. Pudemos também observar a bem conservada abóbada de um templo romano e rezar uma oração na ermida daqueles tempos, que está aberta ao público e com uma ótima conservação. Apanhamos um pouco de sol no espaço que representa as praças gregas e quase se sentia os helénicos a passear na praça. Despedimo-nos do monte da Lua, e com as rodas bem assentes no chão voltamos à realidade, a caminho de Negrais para um excelente almoço. Não é preciso mencionar qual foi a ementa, se bem que além do famoso leitão havia outras iguarias tais como o saboroso choco frito, que foi a minha opção. Depois de deixarmos para trás o passado e a fome que já tínhamos, rumamos para a Granja do Marquês em Pero Pinheiro, de encontro ao modernismo, com o Museu Aeronáutico da Força Aérea onde nos deparamos com um grande e moderno espaço que nos mostrou um excelente património histórico e museográfico, acompanhados por simpático e informado guia, que nos apresentou um bem restaurado e conservado património aeronáutico. Depois de termos deixado a imaginação voar nesta fabulosa visita, entramos de novo no autocarro com a recordação da Senhora do Ar que gentilmente a simpática rececionista nos ofereceu. Regressamos à vila para comprar as famosas queijadas de Sintra e foi com a boca doce, que voltamos para casa cansados mas felizes.
Atelier de JOANA VASCONCELOS - Lisboa - 04/12/2015 A natureza do processo criativo de Joana Vasconcelos assenta na apropriação, descontextualização e subversão de objetos pré-existentes e realidades do quotidiano. Esculturas e instalações, reveladoras de um agudo sentido de escala e domínio da cor, assim como o recurso à performance e aos registos vídeo ou fotográfico, colaboram na materialização de conceitos desafiadores das rotinas programadas do quotidiano. A obra de Joana Vasconcelos assume uma singular capacidade de dialogar com o espaço e jogar com os diferentes tempos. Passado, presente e futuro manifestam-se com substrato único nas obras da artista e ampliam os níveis de significação quando interagem com o espaço, particularmente quando os lugares encerram uma memória densa e qualidades plásticas e arquitetónicas ricas. Joana Vasconcelos já provou que o espaço é também ele parte integrante do seu trabalho, por isso, quando se cruzam, obra e lugar, conhecem diferentes matizes. Esta particular e feliz relação entre o lugar e a obra já conheceu diferentes abordagens. As obras da artista foram expostas em lugares tão diversos como o Palácio de Versalhes, o Palazzo Grassi em Veneza, o Castelo de Santa Maria da Feira, a Torre de Belém em Lisboa, a Ponte D. Luís no Porto, a Pinacoteca do Estado em São Paulo, o Museu Coleção Berardo em Lisboa, a entrada do antigo Arsenale em Veneza, ou a discoteca Lux em Lisboa, espaços com memórias, arquiteturas e públicos muito diferenciados, não deixando, ainda assim, de produzir resultados surpreendentes e uma recetividade notável. A exposição proposta para o Palácio Nacional da Ajuda, constituiu uma oportunidade única para dar a conhecer uma nova dimensão do palácio e do trabalho de Joana Vasconcelos. O ambicioso núcleo de obras, criteriosamente selecionado para a exposição – perto de 40 obras -, traduz sensivelmente a última década de trabalho da artista, reunindo peças icónicas, como A Noiva, Coração Independente Vermelho, Marilyn, ou Jardim do Éden e outras mais recentes, nunca expostas em
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Portugal, como Lilicoptère, Perruque, A Todo o Vapor, ou War Games.
ATELIER DE JOANA VASCONCELOS
(Texto de Mª Idália Simões - aluna nº104) Organizada pela professora de História da Arte, Maria José Cadete, tivemos oportunidade de visitar o atelier de Joana Vasconcelos, uma das mais conceituadas artistas plásticas da atualidade. Expõe com regularidade, tanto em Portugal como no estrangeiro, e as suas inúmeras e originais obras têm uma diversidade dimensional deveras surpreendente. Tivemos oportunidade de pisar o atelier com três mil metros quadrados, onde dezenas de artesãos, trabalham para dar vida à arte da talentosa criadora. Fomos recebidos por uma simpática funcionária que nos mostrou detalhadamente não só o espaço, mas também como se transforma um qualquer objeto, depois de coberto por coloridos tecidos, lãs e linhas, em fabulosas obras de arte, que todos nós conhecemos e se espalham por todo o mundo. Depois da visita, alguns de nós aproveitamos para visitar o notável Museu do Oriente, que fica mesmo ali ao lado, e nos deixou com vontade de lá voltar. Uma visita a aconselhar a todos aqueles que ainda não tiveram oportunidade de por lá passar.
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MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA - Colecção MASAVEU - Lisboa - 08/01/2016 COLECCIÓN MASAVEU (Exposição Temporária) El Greco, Domenikos Theotokopoulos Jesus é despojado das suas vestes (pormenor) C. 1577-1579 Óleo sobre madeira
No Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa, em 20-11-2015, a Maria Cristina Foundation Masaveu Peterson abriu a exposição "Coleção Masaveu. Grandes mestres da pintura espanhola: Greco, Zurbarán, Goya e Sorolla " A exposição incluiu mais de cinquenta obras de pintura espanhola desde a Idade Média até o século XX. O curador da exposição Aterido Anjo História da Arte Professor da Centro de Estudos Internacionais da Fundação Ortega y Gasset Marañón - selecionou "um grande grupo de pintura espanhola que normalmente não podem ser contempladas em Portugal com este tamanho, nesta questão e esta qualidade". A Coleção Masaveu trouxe a Portugal uma seleção do extraordinário espólio reunido no decurso de três gerações por uma família referencial do tecido económico do país vizinho, distinta também pela sua relevante ação cultural. O conjunto das 60 obras aqui expostas identifica aspetos fundamentais da história da pintura espanhola, do século XV ao século XX, por intermédio dos seus protagonistas de referência. Greco, Zurbarán, Goya e Sorolla são apenas quatro nomes incontornáveis num percurso que, de Gallego a Ribera ou de Murillo a Fortuny, entre muitos outros, se desdobra de forma fascinante por quase cinco séculos.
VISITA AO MUSEU DE ARTE ANTIGA (Texto de Ana Maria Ovídio - aluna nº184) No passado dia 8 de Janeiro de 2016, teve lugar uma visita guiada ao Museu de Arte Antiga, onde fomos ver uma exposição temporária, de Pintura Espanhola da coleção Masaveu, de grande interesse histórico e cultural.
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Numa seleção do espólio reunido durante 3 gerações por uma família espanhola abastada e de grande cultura, a família Masaveu reuniu quadros desde o séc. XV pintados a óleo sobre madeira a telas do séc. XX. Salientaram-se nesta coleção de 60 quadros, grandes mestres da Pintura Espanhola, tais como El Greco, Zurabán, Goya e Sorolla. Em especial destacaram-se as obras de Joaquín Sorolla, pintor da luz, que foi um dos pontos fortes da exposição. A visita teve a duração de cerca de 2 horas tendo sido acompanhada por uma guia do Museu.
PALÁCIO MARQUÊS DE POMBAL com prova de Vinhos de Carcavelos e PALÁCIO DO EGIPTO – Visita à EXPOSIÇÃO do pintor PAIVA RAPOSO 15/01/2016 Esta visita ao Palácio Marquês de Pombal em Oeiras, acompanhada de guia, foi seguida de uma prova de vinhos de Carcavelos na Adega do Palácio. Aproveitando a proximidade do palácio efetuou-se uma visita à exposição do pintor Paiva Raposo, no Palácio do Egipto, à qual se seguiu um encontro/debate com o referido pintor e com o arquiteto João Almeida.
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Visita guiada ao Palácio MARQUÊS DE POMBAL (Texto de Mª Idália Simões - aluna nº104) O palácio do Marquês de Pombal faz parte do município de Oeiras e é de grande valor histórico. Foi habitado por Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) e sua família. Foi construído no século XVIII, inicialmente com o objetivo de servir para passar fins-
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de-semana e recreio. Estava rodeado de quintas orgulhosamente cultivadas e frondosos jardins, para os quais davam os enormes terraços Joaninos dos quais se observava a bela cascata enfeitada com esculturas de Machado de Castro. Tal é a sua beleza que é considerado Monumento Nacional. Apesar de despido de mobiliário, o palácio é de uma grande beleza arquitetónica. A salientar os azulejos da sala das batalhas e o teto do salão Nobre. Tem dois pólios separados pela capela de Nossa Senhora das Mercês. A cozinha e a sala de jantar são, hoje em dia, alugadas para eventos de várias naturezas. Tivemos o privilégio de entrar na imensa adega, que ainda é primordial com os seus lagares em pedra e os seus inúmeros tonéis cheios do famoso vinho de Carcavelos, onde nos foi explicado o seu fabrico e conservação. Terminámos a visita ao palácio com uma prova de vinhos, que eram de tal modo bons que nos levou a comprar umas garrafitas para os desconsolos lá de casa.
O Pintor Paiva raposo esteve presente na exposição para falar do seu trabalho e responder às questões colocadas pelos presentes
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IGREJA E MUSEU DE SÃO ROQUE - Lisboa 29/01/2016 O Museu de São Roque, também chamado de Museu de Arte Sacra de São Roque, está anexado à igreja de São Roque, em Lisboa, e possui uma coleção de arte sacra, do espólio da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. O museu foi inaugurado com uma apresentação pública do acervo artístico da Santa Casa, e que teve lugar no ano de 1898, ano em que se comemorava, em Lisboa, a chegada de Vasco da Gama à Índia e o 400.º aniversário da instituição. Nesta ocasião foram apenas apresentadas as alfaias e paramentos do tesouro da Capela de São João Batista, encomendada por D. João V a Roma para a Igreja de São Roque. Mais tarde, a Santa Casa procede à preparação de uma exposição permanente não só do tesouro da capela, mas também das obras mais relevantes, do património artístico da instituição. Para tal, foram escolhidas algumas salas da antiga casa professa da Companhia de Jesus, dependências que, anexas ao templo, eram desde 1783 o local onde se procedia a extração da Lotaria Nacional. Era este o aspeto do Museu de São Roque na época da sua primeira abertura, em 1905. Objeto de sucessivas reformas até à década de 1960, em que inicia um processo de remodelação e valorização das suas coleções, do qual resulta a reabertura ao público em 1968. Em 1992 foram efetuadas obras de remodelação para que pudesse albergar ainda mais peças, entre as quais se encontram exemplares de pintura, escultura e ourivesaria de meados do século XVI a 1768, período que corresponde à permanência dos jesuítas na igreja e antiga Casa Professa de São Roque. O Museu de São Roque, pela riqueza e diversidade do seu acervo, constitui um centro por excelência de divulgação e de dinamização cultural, reunindo condições para dar um contributo fundamental para o conhecimento da arte sacra nacional e internacional. Grande parte do acervo que conserva tem a particularidade de não ter sido desagregado do monumento que lhe esteve na origem - a igreja e antiga casa professa dos jesuítas em Lisboa - património que beneficiou do facto de ter sido entregue à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, por doação régia de D. José I, em 1768 Na sequência de várias ofertas à igreja de São Roque, o conjunto de relíquias vai crescendo, acompanhando a elevação da igreja de São Roque, até que em 1587 se dá a extraordinária doação de D. João de Borja, nobre valenciano, filho do jesuíta Francisco de Borja, que esteve como embaixador de Filipe II de Espanha na corte de Rudolfo II da Saxónia, em Praga. Este legado caracterizaria para sempre o santuário de São Roque. Efetivamente, deve-se à Companhia de Jesus o grande incremento dado ao culto das relíquias em Portugal, o que estimulou a conceção de faustosos relicários para as protegerem, executados nos mais nobres materiais,
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como o ouro, a prata, as pedras preciosas e madeiras exóticas, e nas mais diversas tipologias como bustos, braços, custódias, caixas, âmbolas, pendentes, entre outras. Ocupa também uma posição de relevo a coleção de Arte Oriental, resultante da ação missionária da Companhia de Jesus por terras de além-mar, com reflexos inevitáveis no plano da arte sacra, tal como testemunha a coleção de objetos executados em materiais como o marfim, a tartaruga a madrepérola, as porcelanas e as lacas, originários das regiões da Índia, Próximo Oriente, China e Japão. De registar ainda a importância da coleção de pintura, conjunto de valor incalculável em que se encontram representados importantes “pintores régios”, através da qual podemos acompanhar a evolução desta manifestação artística no contexto da Arte Portuguesa, essencialmente entre o século XVI e XVIII. As obras de pintura que constituem o acervo do museu incidem sobre significativos conjuntos oriundos da Irmandade de São Roque, antiga sede da Misericórdia de Lisboa, Companhia de Jesus, bem como de legados de benfeitores e algumas aquisições feitas pela Instituição Entendendo as áreas do museu e igreja como um todo, o espaço organiza-se fisicamente em duas áreas de visita: a igreja, como parte integrante do percurso museológico, e o museu, com uma zona de acolhimento e cinco núcleos expositivos que, estruturados segundo uma articulação temática e de acordo com uma lógica cronológica, envolvem o antigo claustro jesuítico. No piso térreo apresentam-se dois núcleos, um primeiro dedicado à Ermida de São Roque, da qual nos chegaram, entre outros valiosos testemunhos, as quatro tábuas quinhentistas alusivas à “ Vida e Lenda de São Roque”, provenientes do seu primitivo retábulo - peças que pelas suas características estilísticas e pela capacidade narrativa que encerram se assumem como uma referência incontornável para o estudo da pintura primitiva portuguesa.
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Do conjunto de obras expostas, sobressai, pelo seu carácter de exceção, o Tesouro da Capela d São João Baptista, relevante testemunho da arte italiana de Setecentos. Impondo-se como obra prima da arte italiana, a sua coleção de ourivesaria é definida por Jennifer Montagu como o culminar da arte barroca do ouro e da prata, que atinge aqui um aperfeiçoamento jamais alcançado. Testemunho de uma fase final da presença jesuítica no edifício da igreja e casa professa de São Roque, este Tesouro, sem paralelo nem na própria Itália, impõe-se como uma obra de referência incontornável por integrar “um dos mais importantes museus de arte decorativa italiana da época”, estando, por isso, na origem da própria criação do Museu de São Roque e, assumindo, como tal, uma importância fulcral ao longo do seu percurso como espaço museológico A última fase de vivência da Companhia de Jesus neste espaço é marcada com o exuberante núcleo do Tesouro da Capela de São João Baptista onde se apresenta uma das mais importantes realizações de arte tardo-barroca romana em Portugal. Este núcleo surge agora com uma filosofia de apresentação totalmente renovada, proporcionando um olhar sobre a globalidade da coleção de paramentaria italiana - entendida como um produto que representa o expoente máximo da indumentária litúrgica italiana do século XVIII - agora exposta em sistema de rotatividade. Por fim, apresenta-se o núcleo dedicado à História e Património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que pretende dar a conhecer a História da Instituição, expressa em objetos de incontestável valor histórico e artístico. A ação benemérita da Instituição encontra-se também representada neste núcleo através de uma seleção de peças doadas em vida, ou de legados em testamento à Instituição, ou ainda incorporadas por via de aquisições. MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA - Lisboa - 05/02/2016 "Instituição centenária da Cultura Portuguesa", o atual Museu Nacional de Arqueologia (MNA) foi fundado em 1893 pelo Doutor José Leite de Vasconcelos (e daí a designação oficial mais completa: Museu Nacional de Arqueologia do Doutor Leite de Vasconcelos). Em mais de um século de existência este Museu constituiu-se uma instituição de referência da Arqueologia Portuguesa, com correspondência regular com museus, universidades e centros de investigação em todo o Mundo. O acervo do Museu reúne as coleções iniciais do Fundador e de Estácio da Veiga. A estas somaram-se numerosas outras, umas por integração a partir de outros departamentos do Estado (exemplo: coleções de arqueologia da antiga Casa Real Portuguesa, incorporadas no Museu após a implantação da República; coleções de arqueologia do antigo Museu de Belas Artes, incorporadas quando se criou o atual Museu Nacional de Arte Antiga; etc.), outras por doação ou legado de colecionadores e grandes amigos do Museu (ex: doações Bustorff Silva, Luís Bramão, Samuel Levy, etc.), outras mercê da intensa atividade de campo do próprio Museu ou de outros arqueólogos; outras ainda por despachos governamentais, ao abrigo da legislação aplicável, sempre que se considere o valor nacional de bens 29
arqueológicos descobertos no País. Para além das exposições, o Museu oferece à sociedade inúmeros outros serviços: edição regular de publicações (de que sobressai a revista científica “O Arqueólogo Português”, editada desde 1895 e a mais importante do seu género em Portugal e com uma rede de mais de 300 instituições correspondentes em todo o Mundo), conservação e restauro de bens arqueológicos, seminários, conferências e cursos da especialidade, serviço educativo e de extensão cultural, biblioteca especializada (a mais importante em Portugal e a única que hoje continua regularmente aberta ao público no conjunto dos museus nacionais), loja e livraria, investigação científica fundamental, etc. Concebido pelo Fundador para ser uma espécie de “Museu do Homem Português”, o MNA continua hoje com a mesma vocação básica, ou seja, contar a história do povoamento do nosso território, desde as origens até à fundação da nacionalidade. É a única instituição em Portugal capaz de o fazer: pelas coleções de que dispõe, pelos recursos técnicos que possui, pelo próprio espaço que ocupa no Mosteiro dos Jerónimos (verdadeiro centro de confluência de nacionais e estrangeiros, com especial relevo para as escolas do País, que anualmente ocupam plenamente a capacidade do serviço educativo do Museu). José Leite de Vasconcelos, fundador e primeiro diretor do atual Museu Nacional de Arqueologia, ao tempo designado por Museu Etnográfico Português, constitui um dos principais vultos da Cultura Portuguesa dos séculos XIX e XX. A importância e diversidade da sua obra encontram-se bem patentes nos diversos volumes e sessões de homenagem que lhe foram dedicados, em vida e de depois da sua morte, em 1941, com 82 anos de idade – uma obra que abrange praticamente todos os campos em que poderia ser abordado o estudo do “Homem Português”, tanto do passado como do presente e especialmente na sua vertente popular: Filologia e Linguística, Literatura, Etnografia, Numismática, Arqueologia, etc. A coleção de antiguidades egípcias do Museu Nacional de Arqueologia constituída por mais de quinhentas peças (das quais cerca de trezentas em exposição permanente) é a maior de Portugal, tendo sido reunida ao longo do século XX. Em 1909 Leite de Vasconcelos, fundador do Museu, trouxe do Egipto cerca de setenta objetos; umas duzentas peças foram obtidas pela rainha D. Amélia durante a sua viagem ao Egipto em 1903, passando para a posse do Estado em 1910; as restantes foram doadas pela família Palmela, por Bustorff Silva e Barros e Sá entre outros. Há cerca de oitenta peças de origem desconhecida. A exposição cobre mais de cinco mil anos de história, indo desde a Préhistória (c.6000-3000 a.C.) até à Época Copta (395-642 d.C.) e nela estão representados os grandes períodos da civilização egípcia: o Império Antigo, o tempo áureo das pirâmides (c.2660-2180 a.C.); o Império Médio, uma época de grande brilho cultural (c. 2040-1780 a.C.); o Império Novo numa fase de expansão e de cosmopolitismo (c. 1560-1070 a.C.), a Época Baixa, como seu renascimento artístico (664-332 a.C.); e a Época Greco-romana (332 a.C.-395 d.C.), durante a qual o Egipto manteve uma
notória independência cultural.
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FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN - Lisboa - 11/02/2016
MUSEU MILITAR DE LISBOA - Lisboa - 26/02/2016
CASA ANASTÁCIO GONÇALVES - Lisboa - 01/04/2016
MUSEU RAFAEL BORDALO PINHEIRO - Lisboa - 08/04/2016
MUSEU DA CIDADE DE LISBOA e PALÁCIO PIMENTA – Lisboa - 20/04/2016
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As visitas de estudo promovidas pelo prof. Joaquim Figueiredo, no âmbito da disciplina de Ecologia-Floresta Portuguesa VILA VELHA DE RÓDÃO - 06/11/2015 Esta viagem de barco pelo rio Tejo, desde a vila até às Portas de Rodão, visou, para além do aspeto lúdico da viagem em si, uma sensibilização para questões relacionadas com a “Proteção e Conservação da Natureza”, isto é, a visita a certas áreas mais ou menos reservadas à intervenção humana, desde Parques Naturais a Reservas integrais. A visita deu a conhecer um ecossistema (fluvial, terrestre…) semelhante ao muito próximo Parque Natural do Tejo Internacional, um parque natural português que abrange uma área em que o rio Tejo constitui a fronteira entre Portugal e Espanha. O parque ocupa uma área de 26484 hectares e localiza-se no distrito de Castelo Branco, englobando partes dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão. A vegetação do parque inclui bosques de sobreiros e azinheiras, bem como galerias de salgueiros ao longo dos rios, sendo uma importante área de nidificação de aves onde se pode observar a águia-de-bonelli, águia-real, abutre-fouveiro e abutredo-egito. Também abriga populações de cegonhas-pretas, uma espécie rara em Portugal. Os mamíferos do parque incluem a lontra-europeia, o gato-bravo, o veado-vermelho e a gineta. A chamada Portas de Ródão é um local dos mais bonitos da região de Vila Velha do Rodão, no centro do país, constituindo uma formação geológica resultante da intersecção do duro relevo quartzítico da Serra das Telhadas com o curso do rio Tejo. Neste local há um estreitamento do vale, que aqui corre entre duas paredes escarpadas, que atingem cerca de 170 m de altura, fazendo lembrar duas "portas": uma a norte no distrito de Castelo Branco/Beira Baixa, e outra a sul no concelho de Nisa/Portalegre/Alentejo. O encaixe do Tejo começou por erosão remontante, há cerca de 2,6 milhões de anos, aproveitando acidentes tectónicos associados à falha de Pônsul, e decorreu em várias etapas, refletidas em terraços fluviais e plataformas embutidas por erosão, mais visíveis na margem direita a montante das Portas. O grande lago e as grandes profundidades imediatamente a jusante das Portas testemunham a imponência da queda de água que aqui terá existido antes de se atingir a atual fase de equilíbrio. As Portas de Ródão são igualmente um local privilegiado de observação da avifauna, servindo de habitat à maior colónia de grifos de Portugal, assim como à cegonha preta ou ao milhafre real. É ainda possível observar animais selvagens, como o javali, o veado, a raposa, o ginete, a lebre, o coelho, o saca-rabos, o gato bravo e as lontras.
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VISITA A VILA VELHA DE RÓDÃO, UM DIA PARA RECORDAR
(Texto de
nº349)
Mª de Lurdes Tarita - Aluna
Combinámos reunirmo-nos na Estação de Sta. Apolónia, às 8h da manhã, para apanharmos o comboio “Inter-Cidades” que sairia às
8:15h. Uma carruagem reservada para os 27 alunos da USCAL com o professor e um marido. A acompanhar-nos uma paisagem deslumbrante à beira do Tejo até chegarmos a Vila Velha de Rodão, por volta das 11:15h. Tínhamos à nossa espera o Gerente da Pousada, o qual, nos levou na carrinha, até à Pousada, para nos oferecer um lanchinho de bolos e licores da região; havia também café, para os mais necessitados. De seguida fomos visitar um antigo lagar de azeite, recuperado, onde hoje funciona o Centro de Turismo da Vila. O lagar manteve todo o material usado pelos antigos donos, pois, enquanto esteve em ruínas, foi conservado por ervas e silvas que o invadiram, o que não deixou que as peças fossem roubadas e que o estrago fosse maior. A técnica do turismo explicou-nos muito bem todo o processo que envolvia a azeitona, desde a apanha até chegar a azeite. Depois do lagar, lá fomos nós, na carrinha, até ao cais de embarque do barco que nos levaria a visitar as deslumbrantes PORTAS DE RODÃO, esta, só poderá ser documentada pelas fotos em anexo, eu não tenho palavras para descrever tanta beleza. Durante esta visita tivemos a sorte de avistar algumas aves raras, algumas quase em extinção, como o GRIFO, espécie de milhafre que pode medir 2,80m da ponta de uma asa a outra, o CORVO MARINHO e as graciosas GARÇAS. Acabado o passeio, regressamos à Pousada, onde tínhamos o almoço à nossa espera. Como o tempo ia passando, tivemos que nos apressar, pois o comboio que nos traria de novo até Lisboa
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seria por volta das 16:45h. Para alguns, ainda era necessário fazerem umas comprinhas para trazerem recordações da terra, tais como, azeite, vinho, queijos, mel e fruta. Um dia espetacular depois de toda a chuva dos dias anteriores, com uma temperatura de 25º, sem vento e muito sol. Um dia para recordar.
VISITA À ETAR DE ALCÂNTARA – 27/11/2015 A visita à ETAR de Alcântara - Estação de Tratamento de Águas Residuais teve como objetivo permitir ter uma visão do que se faz em Lisboa em matéria de poluição, nomeadamente no que se refere à poluição das águas, sobretudo com incidência no estuário do Tejo. As ETAR são infraestruturas onde se tratam as águas residuais de origem doméstica e industrial para serem escoadas de forma mais segura para os rios e para o mar, com níveis de poluição aceitáveis para o meio ambiente. A ETAR de Alcântara está construída sob um telhado “verde” com cerca de dois hectares, solução esta que permitiu diminuir o impacto paisagístico que resulta naturalmente da existência de uma ETAR de grandes dimensões. Por outro lado, constitui um bom isolamento térmico e acústico contribuindo também para a diminuição da área impermeável às águas pluviais e, consequentemente, para atenuar o impacto das cheias. Esta ETAR, que serve parte dos municípios de Lisboa (zona ocidental), Amadora e Oeiras, entrou em funcionamento em 1989, tendo tido obras de ampliação e significativa beneficiação em 2009.
Visita ao OCEANÁRIO no Parque das Nações - 22/01/2016 Um grande aquário central com 5 milhões de litros de água salgada. Quatro habitats marinhos criam a ilusão que estamos perante um só aquário e um só oceano. A visita desenrola-se em dois níveis, o terrestre e o subaquático, atravessando as águas temperadas, tropicais e frias dos diferentes oceanos do planeta. A exposição temporária do Oceanário de Lisboa, "Florestas Submersas by Takashi Amano", apresenta as florestas tropicais através de um deslumbrante aquário. As florestas tropicais são dos habitats mais ricos e diversos da Terra. Apesar de ocuparem menos de seis por cento da superfície do planeta, mais de metade da biodiversidade existente vive nestas áreas de floresta pristina, ainda intocadas e intangíveis para a maioria. Apesar da sua importância ecológica, estes habitats são, provavelmente, dos mais ameaçados do mundo. 35
Com o objetivo de reforçar o compromisso do Oceanário de Lisboa para a conservação da natureza e educação ambiental, a nova exposição apresenta o mundo natural através de uma perspetiva especial - um ambiente único onde a arte se funde magistralmente com a natureza das florestas tropicais, onde o visitante é levado para o mundo das sensações e emoções e extraviado do seu quotidiano para um universo precioso que o transporta para as origens da vida. Uma experiência que estimula os sentidos através do cheiro e dos sons da floresta. No entanto, a exaltação vem com a visão da "joia" criada por Takashi Amano, acompanhada da emoção de ouvir a música original, criada pelo músico e compositor Rodrigo Leão. A peça principal desta exposição nasce do convite ao mais famoso aquascaper, Takashi Amano, para criar o maior "nature aquarium" do mundo, com 40 metros de comprimento e 160 mil litros de água doce. A interpretação artística de Takashi Amano destes mágicos e misteriosos ecossistemas oferecem aos visitantes uma experiência de contemplação, relaxamento, quietude e simplicidade, motivando-os a descobrir a natureza esculpida pelo tempo, envelhecida de forma natural e bela, como se mais de cem anos tivessem passado pelo cenário criado. Takashi Amano introduziu as técnicas de jardinagem japonesas e o conceito wabi sabi no design de aquários plantados, conhecidos por "nature aquariums". A sua obra revela a beleza da (im)perfeição, através da recriação de florestas tropicais, levando os visitantes a viver uma experiência inimaginável.
UMA HORTA BIOLÓGICA EM SOBRAL DE MONTE AGRAÇO - 19/02/2016 A visita enquadrou-se no estudo dos “Sistemas agro-silvo-pastoris”, com incidência nos aspetos agrícolas/agronómicos. Nas “hortas biológicas” toda a produção - agrícola, pecuária… - é feita em bases ecológicas, visando: - o não recurso a produtos químicos sintéticos (fertilizantes e pesticidas); - a incorporação, nos solos, de “matéria orgânica compostada”; - culturas hortícolas ecofisiologicamente apropriadas, enquadradas em sistemas de rotação; - criação de animais, nomeadamente apicultura e avicultura. No âmbito destes “princípios”, verifica-se: 36
- que os alimentos produzidos estão isentos de elementos resultantes dos produtos de síntese (pesticidas, fertilizantes…); - que a existência de uma biodiversidade de culturas/animais facilita a “luta biológica” contra pragas e doenças; - a possibilidade, aquando da “compostagem”, de elementos orgânicos vindos quer do meio vegetal/culturas existentes, quer do estrume dos animais; - a manutenção da capacidade produtiva do solo, por meio da “compostagem” (e posterior incorporação no terreno) ou, mesmo, por incorporação direta dos restos das culturas; - a existência de um pequeno pomar; - a existência de sebes atuando como “cortinas de abrigado”, preservando a horta dos fortes ventos que, por vezes, se fazem sentir; - que as hortas biológicas permitem aos agricultores, tal como nos “sistemas agro-silvo-pastoris”, uma valorização das suas produções, uma dignificação do seu trabalho e a possibilidade de permanecerem nas suas comunidades. E, evidentemente, com uma união dos agricultores com os consumidores, que compram os seus produtos… VISITA DE ESTUDO AO NORTE DA ERICEIRA - 11/03/2016 Esta visita à costa portuguesa, da Ericeira à Praia Azul, visou fundamentalmente observar os diversos ecossistemas existentes e os efeitos do aquecimento global/destruição da costa portuguesa. Na zona em questão podem-se observar os seguintes tipos de ecossistemas: aquáticos (o oceânico/marítimo e o das “águas interiores” (ribeiras/foz, lagoas litorais), os terrestres (praias, dunas) e os de transição (arribas, pequenas praias junto às arribas e zonas húmidas). Na visita foi dado relevo aos seguintes temas: - a poluição terrestre e fluvial, vinda do “interior” e que chega ao oceano, pelos rios/ribeiros/riachos/linhas de água e, evidentemente, pela toalha freática; - o ecossistema marítimo: zona (mar) próxima do litoral, que corresponde à chamada “Plataforma Continental”, que é altamente produtiva e está sendo prejudicada pela poluição e pela intensa atividade piscatória; - o “ecossistema” observado nas arribas, junto ao mar – o denominado “abrasão rochoso” onde, por vezes, se encontra/observa uma pequena praia. PRAIA AZUL
(Texto de Mª Idália Simões - aluna nº104) No dia 11 de março realizou-se uma visita, orientada pelo professor de Ecologia, à linda zona costeira do Oeste sendo o destino final a Praia Azul. Ficou-se a conhecer melhor os habitats aquáticos, que de algum modo sofrem a influência marítima, como as baías, enseadas, falésias e mesmo a denominada “vegetação halófita”, que tem a particularidade de suportar o encharcamento do solo. Muitos assuntos foram falados; tais como os pinheiros e a sua importância na defesa dos ventos: assim como a oliveira que determina a zona mediterrânea. Visitámos a Praia da Calada e a Praia da Assenta que nos despenteou, mas também nos ofereceu um sol acolhedor. Depois de a natureza nos relembrar que é ela quem manda, seguimos para a deslumbrante Praia Azul. Com os olhos a transbordar beleza, com muito mais conhecimento e vontade de voltar à zona de Ericeira e Santa Cruz, fomos almoçar a um belo restaurante com vista sobre o mar, onde se comeu bem, num convívio muito saudável. Como fomos uns meninos pontuais fomos brindados com uma pequena paragem em Sintra onde os mais gulosos aproveitaram para comprar umas queijadinhas.
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VISISTA A UM “montado de sobro” EM PONTE DE SOR - 22/04/2016 Este “montado de sobro”, no concelho de Ponte de Sor, está inserido num vasto território de solos pobres (sedimentares/areias, arenitos…), de pouca matéria orgânica, estando vocacionados para o sector florestal, nomeadamente para o desenvolvimento do sobreiro. Embora o clima seja o mediterrânico, a influência atlântica atenua a “secura mediterrânica”, permitindo o franco desenvolvimento da espécie.
Este “montado” tem como produções principais as seguintes: - produção agrícola/agronómica (“Agro”): cultura anual de tremocilha, em certas parcelas com oliveiras, com pastagem de ovelhas e culturas hortícolas em pequenas parcelas; - produção florestal (“Silvo”): de sobreiro, de eucalipto e de pinheiro manso. - produção pecuária (“Pastoril”): de carneiros.
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A gestão dos montados integra-se nos denominados “sistemas agro-silvo-pastoris” que constituem uma “peçachave” no ordenamento do Espaço Rural Português, com importância muito significativa na estrutura sócioeconómica local – no caso, a chamada Charneca de Montargil, que engloba os concelhos de Alter do Chão, Avis, Crato, Gavião, Mora, Nisa e Ponte de Sor.
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ROTA DOS AVIEIROS DO TEJO - 27/05/2016
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Os Grupos de Representação da USCAL e suas participações Os GRUPOS de REPRESENTAÇÃO da USCAL são os alunos e professores das aulas: - Vamos fazer um Filme - Grupo Coral - Jograis - Teatro VAMOS FAZER UM FILME – Estreia a 23 de Junho de 2016 O professor Guilhermino Pinto irá apresentar o primeiro filme feito na USCAL, no dia da festa de encerramento do ano letivo. Tudo foi concebido internamente, argumento, encenação e realização.
IV Encontro de TUNAS das Universidades Sénior de OEIRAS – 30/10/2015 1 – Cinderela – Carlos Paião 2 – Chamateia --- Canção tradicional Açoriana 3 – Os Índios da Meia-Praia --- José Afonso 4 – Nini dos meus 15 anos --- Paulo de Carvalho 5 – Can’t Help Falling in Love --- Elvis Presley 6 – Acordai --- Fernando Lopes Graça 7 – Canti Corum --- F. G. Hendel 8 – Foi Deus --- Amália Rodrigues 9 – Medley Popular Participação do GRUPO CORAL no Festival de Música Sénior, em Queijas, promovido pelo NAUS - 11/05/2016
USCAL: Noite de FADOS pelo GRUPO CORAL - 17/06/2016
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Os JOGRAIS na Feira do Livro da mBooks - 05/03/2016 Numa tenda montada no Centro Cívico de Carnaxide, onde a mBooks realizou a Feira dos seus Livros, os GRUPOS CORAL e JOGRAIS foram CANTAR e dizer POESIA ao som da guitarra do prof. Alexandre Gaspar
JOGRAIS em ALMADA – FESTIVAL DE POESIA - 19/03/2016 JOGRAIS em Almada
(Texto de Mª Idália Simões - aluna nº104) Mais uma vez o grupo dos jograis participou no encontro de poesia do que se realizou em Almada. Em 2015, primeiro ano em que participámos, (modéstia á parte) saímo-nos muito bem! O que contribuiu para aumentar a nossa responsabilidade. Estávamos um pouco ansiosos. Embora o professor não quisesse demostrar, nós sentimos a sua apreensão. À última hora, por motivos alheios às suas vontades, alguns elementos não puderam estar presentes, o que contribuiu para desalinhar todo o trabalho. Foi preciso alterar a ordem dos textos, decidir quem substituía quem, e até fazer alteração de poemas. Só uma pessoa empenhada o consegue fazer! Fomos pontuais, outra coisa não se esperava de meninas e menino responsáveis! Com o apoio da professora Maria Pereira e da esposa do professor Virgílio, remamos muito bonitinhas! E bonitinho! (era preciso representar a nossa USCAL com elegância!). Reconfortados por um bom almoço, onde convivemos em harmonia, ficámos mais descontraídos embora conscientes de que tínhamos de dar o nosso melhor. E demos! O melhor que sabíamos. (só cá para nós que ninguém nos ouve) demos cartas! E choveram aplausos, ofereceram-nos sorrisos, teceram-nos elogios, recebemos gargalhadas, cantaram connosco! Mas o mais importante foi o que nos divertimos. Regressámos felizes, depois de um lanchinho que nos foi oferecido, com a certeza de que representámos dignamente a nossa USCAL e deixámos o professor Virgílio contente. Fiquei com a certeza de que no próximo ano nos voltarão a convidar.
O Mercado de Carnaxide e a Banca USCAL Nº28 42
Foi cedido a professores e alunos da USCAL, pela Junta de Freguesia, um lugar de banca no mercado de Carnaxide, a Banca nº 28. O objetivo é possibilitar a venda de produtos diversos no 1º sábado de cada mês. A BANCA Nº28 (Texto de Maria Osória Sousa – aluna nº6) A Banca da USCAL no Mercado de Carnaxide, foi inaugurada no dia 9 de Abril de 2016, o segundo sábado deste mês mas, daqui para a frente, passará a estar Disponível sempre no 1º sábado de cada mês. A inauguração foi feita comigo e com a Anabela Vilaranda. Tivemos a visita de algumas colegas da Uscal que foram as nossas clientes e passámos uma manhã muito divertida. Acredito que é preciso dar continuidade a este projeto para que outras colegas passem por esta aventura fazendo assim crescer BANCA e, ao mesmo tempo, dar conhecimento da nossa Universidade Sénior.
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Outros eventos criados com o apoio de professores A profª Helena Marques, que teve a seu cargo a disciplina de Literatura Portuguesa, ajudou a criar 2 actividades de continuidade, da máxima importância para a universidade e proporcionou uma agradável tarde musical a ouvir canções de amor : A CINEMATECA Cuja inauguração se fez no dia 26 de Fevereiro de 2016, com a apresentação do filme “A MISSÃO” do realizador Roland Joffé, 1986. No início da sessão, a professora explicou, com algum detalhe, os aspectos historico-sociais que envolveram a temática e realçou muitos dos pormenores que, para a maioria das pessoas, podem passar desapercebidos. Seguiram-se outros 3 filmes, sempre iniciados pelas valorosas explicações, essenciais a uma total compreensão do enredo: - 08/04/2016 - “DOGVILLE” de Lars von Trier, 2003 - 29/04/2016 - “AMADEUS” de Milos Forman, 1984 - 13/05/2016 - “O NOME DA ROSA” de Jean-Jacques Annaud, 1986 Lançamento do 3º LIVRO USCAL Enquanto o 1º Livro, “POESIA PRIMEIRA”, foi de originais de Poesia dos alunos da respectiva aula, o 2º Livro, com o título “Contos, Lendas, Mitos, Fábulas… e outras Histórias”, foi criado com uma compilação de textos, em prosa e verso, dos alunos da aula de Literatura Portuguesa e teve a participação de 12 professores que, gentilmente, optaram por também enviar os seus contributos. Este ano, o 3º Livro USCAL tem o título “MESMO ASSIM… A VIDA É BELA” e a sua apresentação fez-se na tarde do dia 17 de Junho, num animado convívio com alguma encenação de leitura de partes de alguns textos. Como tem sido hábito, os Livros são oferecidos aos participantes na apresentação e a todos os outros professores e alunos que o solicitarem. Este é o maior livro até aqui editado pela USCAL e é composto por textos de quem entendeu participar, embora a maioria tenham sido escritos por alunos da aula de Literatura Portuguesa.
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Uma TARDE MUSICAL para ouvir CANÇÕES DE AMOR
O TEATRO FORA DE PORTAS e o prof. Virgílio Gaita - 04/03/2016 - LINDA-A-VELHA: Auditório Lourdes Norberto - Peça de teatro “A ILUSÃO CÓMICA” - 08/05/2016 - LINDA-A-VELHA: Auditório Lourdes Norberto - Peça de teatro “12 HOMENS EM FÚRIA”
OS ESCRITORES convidados da profª Rosangela Generali As aulas da disciplina “Escritores e Escritas em Língua Portuguesa” contaram, no ano letivo de 2015/2016, com a participação, a convite da Professora Rosangela Generali, dos seguintes autores portugueses: João Pedro Marques, Alice Vieira, Isabel Stilwell, Mário Zambujal, Deana Barroqueiro, Tristão de Andrade, Domingos Amaral, João Tordo, Nuno Nepomuceno, Sandro William Junqueira, Cristina Carvalho, Maria João Lopo de Carvalho e Alice Brito. A participação destes escritores revestiu-se de enorme interesse para os alunos visto terem-se gerado ambientes de grande informalidade que permitiram satisfazer a curiosidade dos alunos sobre a complexidade do processo de escrita de um livro. Entre os referidos escritores contam-se nomes consagrados da literatura portuguesa, com vasta obra produzida, mas também alguns jovens escritores cuja promissora carreira se encontra ainda no início apesar de já se virem afirmando no panorama da literatura portuguesa atual. Sendo diversos os géneros literários em que se enquadram as suas obras, os escritores relataram as suas experiências, as suas dificuldades, os seus processos e métodos de escrita, bem como as dificuldades que existem no mercado editorial, tendo sido confrontados com a curiosidade dos alunos sobre os mais diversos aspetos que se relacionam com a produção de uma obra literária. Este intercâmbio entre os escritores e os alunos da USCAL revelou-se extremamente interessante, permitindo a todos ter uma consciência acrescida sobre a complexidade do processo criativo e das dificuldades subjacentes à edição de um livro, sobretudo por parte dos jovens escritores. 45
“As aulas da disciplina ‘Escritores e Escritas em Língua Portuguesa’ foram de tal modo concorridas e o seu interesse foi tão manifesto que se julga de todo o interesse que o modelo continue no próximo ano letivo com a presença de outros escritores que a Professora Rosangela Generali consiga atrair à USCAL”. (Joaquim Vasco - aluno nº436) "Considero que a iniciativa de convidar escritores para as nossas aulas foi um desafio amplamente ganho. Houve diferenças entre os vários oradores, uns conhecidos, outros não tanto, todos com uma grande abertura na sua exposição. Perfeito." (Manoel Lopes - aluno nº “Gostei muito do seu projeto de encontro com os escritores. Não só incentiva a leitura como a mesma se torna mais apelativa após conhecermos os respetivos escritores. Das sessões que tive o prazer de assistir, eram géneros diferentes, de um modo geral, gostei de todas, porque cada escritor é único e há sempre algo a aprender”. (Felicidade Mendes Silva - aluna nº “Foi para todos nós, os alunos de ‘Escritores e Escritas em Língua Portuguesa’, presidida pela competentíssima professora Rosângela, (a nossa querida Rô), uma mais-valia, a passagem de muitos escritores pelos nossos encontros semanais. Alguns pouco conhecidos, o que não quer dizer menos bons, bem pelo contrário. Outros muito bemconceituados no nosso panorama literário, como exemplo: Mário Zambujal, Alice Vieira, Isabel Stilwell entre outros. Todos eles nos marcaram pela positiva não só por nos dar a conhecer as suas obras, como pela simpatia e disponibilidade para passarem connosco quase duas horas, respondendo às nossas curiosidades com muita paciência e simpatia. Terminamos este ano letivo muito mais ricos culturalmente e com vontade de aproveitar as nossas férias para ler mais. A todos os escritores que estiveram na nossa USCAL o nosso muito obrigado”. (Mª Idália Simões - aluna nº Poema feito com frases dos alunos e ajustado por TRISTÃO DE ANDRADE, um dos escritores convidados para a aula de ‘Escritores e Escritas em Língua Portuguesa’. “NÓS” Infinita é a luz que envolve a minha tristeza numa vida pronta a ser vivida e logo sonhada. Tens na paciência a ciência de viver essa maravilhosa estrada. Mas o medo toma conta do meu coração E impede-me de agir. Fugir? Em situações extremas encho-me de coragem. O amor… o sentimento que ultrapassa barreiras, e sem fronteiras move montanhas. E volto ao mundo, como é belo o mundo se todos amarem o universo. Sentir compaixão, curiosidade, amor e ternura do amanhecer ao adormecer. Vivo uma vida completa com um grande amor, sem dor onde todas as situações têm poesia. Que belo dia. Vale a pena sonhar; mundo melhor. E porque não viver cada momento como se fosse o último? Amor, amor, amor… E mesmo que chova, hoje eu não devia estar triste, porque existe a chuva, e a chuva é água, e água é vida. Se há caminho? Faz-se caminhando. Sem frio ou até chorando. Poesia é estar vivo. E vivendo escuto: os meus silêncios, e para viver preciso do meu silêncio. De parar, sentir, ouvir o silêncio e quando sinto que estou pronto… enfrento o silêncio com um gargalhar sonoro. É aqui que moro. Mas grito! Meu filho. Hoje mudaste a minha vida. Nasceste, fizeste-me mulher. Sinto a leveza dos bons sentimentos, o riso da alma, mas calma… a sensação é infantil pois mesmo crescida continuo a ser uma grande menina. Sou a esperança. Folha amarelecida que caiu sobre a cabeça dele e sorriu feliz. Que criança. E o que diz? Aprendo contigo, aprende comigo. O tempo conta pouco. Serei louco? Não. Quando se vive um grande amor a vida está completa. E, que ponte me levará 46
ao poema, com que poema farei a ponte poética, e o luar que me inspira? E a rima? E a métrica? Para escrever poesia. Era o que sentia. Quando o inverno da vida se aproxima, sinto que não aproveitei nem a primavera, nem o verão e hesitei muito no outono. Vivo assim no abono de voltar a viver. Mulher sem medo. Pois. Medo é apalavra que mais aparece nos meus poemas. Deus. Estes meus temas, estes meus dias. Dias sóbrios entristece-me, e no aconchego da minha casa encontro uma enorme nostalgia. Mas a água que escorrega na vidraça limpa esta melancolia e sem querer o sorriso aflora no meu rosto. Afinal eu gosto de ver a chuva cair lá fora. E vivo com gosto nesta casa onde a minha alma mora. Pois, a maior riqueza da vida é o amor que brota dos corações das pessoas. Devemos senti-lo com esperança porque o amor leva-nos a concretizar os nossos sonhos. E, no final somos nós a explicação: O correr da vida de um poeta é como o leito de um rio em curvas e contra curvas, há esperança, jamais parar, sempre continuar. O sonho terá de ter o seu lugar, não desistir, sempre lutar vamos todos ajudar e assim a poesia vai vingar. O prof. Lança-Coelho e o Lançamento do seu livro Foi no dia 21/05/2016, um sábado, que o prof. Lança-Coelho convidou professores, alunos, familiares e amigos para assistirem ao lançamento do seu Livro “ANDRÉ BRUN – Antologia de textos e anedotas sobre a Grande Guerra de 1914-1918”. Na pág 17, conta-se uma anedota que foi atribuída a André Brun por Luís d’Oliveira Guimarães. Foi escrita no Século Ilustrado: “CASTANHAS COM ÁGUA-PÉ” Numa reunião familiar, a dona da casa apresenta a André Brun um álbum de autógrafos, onde ele escreveu prontamente: “As morenas querem-se com a penumbra e as loiras querem-se com o sol”. - E as castanhas?, perguntou a dama muito interessada. - As castanhas, minha senhora, querem-se com água-pé! – respondeu Brun imediatamente.
OS CONVIDADOS nas aulas da profª Fátima Moreira (Origami a 3 dimensões e Origami em guardanapos)
ORIGAMI em guardanapos com a orientação do convidado JOAQUIM REIS. Um tempo de diversão, para aprender a dobrar guardanapos
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e poder fazer uma bonita mesa de refeições.
Foi interessante e divertido ver o convidado MANUEL RODRIGUES a exemplificar como se pode fazer origami em 3D (3 Dimensões). Veja-se a beleza das peças. Para se entender o peça deste tipo, cada CISNE tem 409 módulos fazer.
trabalho envolvido em cada (peças) e demora 18 horas a
O prato ou cesto, à esquerda, tem 1700 módulos e demora 40 horas a fazer. Outros 3 convidados mostraram a sua arte em iguras de papel: TELMA CORTE REAL – origami de animais e FÁTIMA GRANADEIRO e Mª LUÍS MARTINS em origami de joalharia.
USCAL: Palestra sobre “ROTULAGEM” - 20/05/2016 A professora Fátima Moreira convidou o professor António Cabrera para falar sobre um tema da máxima importância, como ler e entender o que está escrito nos rotulos das embalagens de alimentos.
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Os CONVIDADOS nas aulas da profª Rosário Pinto
O TEMPO DE MEDITAÇÃO com a profª Mª da Luz Sobral (1 vez/mês na Lua Cheia)
Foram 8 os ENCONTROS DE MEDITAÇÃO com a orientação da profª Mª da Luz Sobral. A professora iniciou cada sessão com uma explicação sobre a influência dos astros no momento e a forma como cada um deveria orientar a sua energia para saber lidar com as experiências que vão surgindo na caminhada da sua vida.
Foi um tempo de paz, união e sintonia, através do foco na ligação à Mãe Terra (enraizamento) e energização dos 7 principais (magnos) CHAKRAS: * Muladhara
- 1º Chakra - Chakra Básico ou Raiz (na base da espinha dorsal) (ligado às Glândulas Supra-Renais) (cor: Vermelho) * Svadhisthana - 2º Chakra - Chacra Esplênico ou Sacro (um palmo abaixo do umbigo) (ligado às Gônadas) (cor: Laranja) * Manipura - 3º Chakra - Chakra do Plexo Solar (2 dedos acima do umbigo) (ligado ao Pâncreas) (cor: Amarelo) * Anahata - 4º Chakra - Chakra Cardíaco (no centro do peito, na direção do coração) (ligado à Glândula Timo e Coração) (cor: Verde) * Visuddha - 5º Chakra - Chakra Laríngeo (na frente da garganta) (ligado à Tiróide) (cor: Azul Claro) * Ajna - 6º Chakra - Chakra Frontal ou Terceiro Olho (entre as sobrancelhas) (ligado à Glândula Pituitária (Hipófise)) (cor: Azul Índigo) * Sahasrara - 7º Chakra - Chakra Coronário ou da Cabeça (no topo da cabeça) (ligado à Glândula Pineal) (cor: Violeta) (Os chakras são canais dentro do corpo humano por onde circula a energia vital (o prana) que nutre órgãos e sistemas. É através dos meridianos - caminhos invisíveis dentro do nosso organismo - que a energia vital caminha por todo o nosso corpo e chega aos Chakras, em pontos que concentram vibrações mais específicas. A palavra CHAKRA vem do sânscrito (umas das línguas sagradas da Índia) e significa “roda”, “disco”, “centro” ou “plexo”. Quando dois ou mais canais de energia se encontram, formam-se “vórtices” de energia. Nesta forma, os Chakras são percebidos como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo. O nosso corpo físico tem uma ligação sutil com o mundo astral. Os Chakras são pontos de interseção entre vários planos e, através deles, o nosso corpo etérico manifesta-se mais intensamente no corpo físico. É através do desequilíbrio desta energia vital que as pessoas adoecem e acabam obstruindo esta ligação com o Divino. Cada chakra coordena e reflete a anatomia e a saúde física, mental, emocional e espiritual do indivíduo).
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USCAL “TEMPO DE MEDITAÇÃO” Meditação da LUA CHEIA (em TOURO)
USCAL “TEMPO DE MEDITAÇÃO” Meditação da LUA CHEIA (de GÊMEOS)
“A Direção da Palavra”
“Reconhecimento e Gratidão geram Abundância” por: LUZ SOBRAL
por: LUZ SOBRAL Do centro a que chamamos raça dos homens Cumpra-se o Plano de Amor e Luz E que ele vede a porta onde mora o mal
USCAL “TEMPO DE MEDITAÇÃO”
Quarta-feira - 28/10/2015 - 12h
Quarta-feira - 25/11/2015 - 12h
LOCAL: Salão Nobre NOTA: quem quiser fazer a meditação no chão pode usar um colchão do yoga ou trazer uma almofada
LOCAL: Salão Nobre NOTA: quem quiser fazer a meditação no chão pode usar um colchão do yoga ou trazer uma almofada
USCAL “TEMPO DE MEDITAÇÃO”
USCAL “TEMPO DE MEDITAÇÃO”
Meditação da LUA CHEIA
Meditação da LUA CHEIA em VIRGEM,
(em Leão)
signo de Serviço e Purificação
com: LUZ SOBRAL
com: LUZ SOBRAL
Leão é um signo de Fogo, generoso, individual e criativo. ”Para ser grande, sê inteiro: Nada teu exagera ou exclui.“
com: Mª da Luz Sobral
Quarta-feira – 23/03/2016 - 12h LOCAL: Salão Nobre
Eclipse da LUA em BALANÇA - Libertar tensões e gerir conflitos relacionais -
(Ricardo Reis in Odes)
Quarta-feira – 27/01/2016 - 12h
Quarta-feira – 24/02/2016 - 12h
LOCAL: Salão Nobre
LOCAL: Salão Nobre
Os relacionamentos e as polaridades são o tema da vida. Vamos resolvê-los através da mente ou do coração? .....
NOTA: quem quiser fazer a meditação no chão pode usar um colchão do yoga ou trazer uma almofada
NOTA: quem quiser fazer a meditação no chão pode usar um colchão do yoga ou trazer uma almofada
NOTA: quem quiser fazer a meditação no chão, pode usar o colchão do yoga, uma manta ou uma almofada
USCAL “TEMPO DE MEDITAÇÃO”
USCAL “TEMPO DE MEDITAÇÃO”
com: Mª da Luz Sobral
com: Mª da Luz Sobral
Quarta-feira – 20/04/2016 - 12h
Quarta-feira – 25/05/2016 - 12h
LOCAL: Salão Nobre
LOCAL: Salão Nobre
"O corpo é o templo da Alma"
Polaridades ... Yin e Yang
Meditação da Lua cheia de Escorpião
Largar medos para renascer em segurança NOTA: para fazer a meditação no chão, pode ser usado um colchão do yoga, uma manta ou uma almofada
Lua em Sagitário , Sol em Gêmeos ... NOTA: para fazer a meditação no chão, pode ser usado um colchão do yoga, uma manta ou uma almofada
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Os eventos da responsabilidade da Comissão Executiva Festa NATAL -18 de Dezembro de 2015
AFONSO HERÉDIA Ola. No seguimento do mail enviado psra Prof. Rosario, envio o mail do Dr. Afonso de Heredia: Quote: Exmos. Senhores, No seguimento dos contactos telefónicos, relembramos que a formação em estimulação cognitiva decorrerá nos dias: 13 de Novembro, 6ª feira (1ª sessão) e dia 20 de Novembro, 6ª feira (2ª sessão). As sessões serão ministradas de manhã ou à tarde, conforme a preferência do aluno. Nada impede que alternem o local ou hora se houver necessidade, dado que as sessões da tarde serão a repetição das sessões das manhãs. Local e Horários: A 1ª sessão será dia 13 de Novembro : USCAL - Universidade Sénior de Carnaxide, Aprendizagem e Lazer das 10:00 às 13:00. USO - Sede - Universidade Senior de Oeiras das 14:00 às 17:00 A 2ª sessão será dia 20 de Novembro : USCAL - Universidade Sénior de Carnaxide, Aprendizagem e Lazer das 10:00 às 13:00. USO - Sede - Universidade Senior de Oeiras das 14:00 às 17:00
Moradas das Universidades Seniores: USCAL Rua Cesário Verde, Centro Cívico de Carnaxide 2790-047 Carnaxide USO SEDE
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BAIRRADA: Visita ao Museu do VINHO e CAVES ALIANÇA-Museu Berardo - 15/04/2016
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LISBOA: Museu dos COCHES (novo e antigo) - 06/05/2016 MUSEU NACIONAL DOS COCHES
(Texto de Mª Idália Simões - aluna nº104) Mais uma vez a nossa USCAL proporcionou a todos os alunos interessados, uma excelente tarde cultural. Desta vez foi ao Museu dos Coches, no seu novo espaço, que pode não ser tão misterioso quanto a sua primeira casa no picadeiro real de Belém onde os veículos dormiam desde que a rainha D. Amélia, senhora de fino berço e enorme cultura, resolveu colecionálos. Conseguiu assim que o nosso país seja possuidor da maior coleção a nível mundial de grande interesse, onde a arte se funde com a história de vários países desde o século XVI ao século XIX, de uma beleza estética indescritível. A coleção, também de grande interesse turístico, consiste em setenta veículos, onde cada um representa importantes momentos da nossa história. Coches, berlindas, carruagens calibres de duas rodas, liteiras, cadeirinhas e até carrinhos de crianças. Podemos ver ainda uma sege, “primeiro táxi de Lisboa”. Assim como o landau onde ocorreu o regicídio em 1908, roubando a Portugal o rei D. Carlos e seu filho, o príncipe herdeiro D Luís Filipe. Chamou especial atenção o coche mais antigo, atualmente em restauro, construído em Espanha, para trazer a Portugal Filipe II em 1619. Diga-se, que saiu de Espanha em abril e chegou a Portugal em junho «aquilo sim, é que era velocidade!”. Não podemos deixar de sorrir com a malaposta. Era assim….como os autocarros de longo curso, dos nossos dias. Podia transportar 16 pessoas e consistia em: 1ª classe para duas pessoas, 2ªclasse, para quatro, e os restantes passageiros viajavam no tejadilho, juntamente com a bagagem e com o correio, “é o que se poderia chamar tudo ao molho e rezar para que não chovesse.” O percurso era: Lisboa, Porto e demorava vários dias. A última carruagem a sair à rua foi a lindíssima Carruagem da Coroa em 1957 quando da vinda de Isabel II de Inglaterra ao nosso país. Tivemos ainda tempo para visitar os coches que ainda se encontram no maravilhoso espaço onde outrora testemunharam a arte equestre com os seus jogos de cavalaria, fazendo assim a companhia a uma imensa galeria de quadros a óleo, representando a Dinastia de Bragança, os quais retratam o apogeu da nossa história. VISITA AO MUSEU DOS COCHES (Texto de Isabel Martins - aluna nº 326) O dia estava enevoado, chuvoso e triste. Apesar disso, antes da hora, todos os alunos já marcavam presença no átrio de entrada, entre olhares admirados, encantados ou meio trocistas perante aquela enorme construção que se intitula “Museu dos Coches”. A ansiedade era enorme para observar “in loco” como se encaixariam tais antiguidades num espaço tão moderno e vanguardista. Mas quando entrámos…oh céus!!! Os veículos atraíram os nossos olhares, a guia captou a nossa atenção duma forma tão profunda e envolvente que apenas nos distraímos para observar os técnicos que, com tanto empenho e profissionalismo, restauravam o coche de Filipe II. A partir daí deixámo-nos absorver por todas aquelas maravilhas andantes, tentando acompanhar as explicações da guia e interiorizar (perceber) as diferenças entre coches e berlindas, e porque é que uns tinham um tronco principal por baixo, rodas grandes atrás e pequenas à frente com um pescoço de cisne entre elas para que virassem mais e melhor…já para não falar das enormes fivelas trabalhadas com muito requinte e que ligavam os tirantes que suspendiam o habitáculo. Já a berlinda, com dois troncos laterais, tinha uma conceção alemã (como o nome indica) e se as que acompanharam a rainha Mariana Vitória para o casamento com D. José eram imponentes, havia duas que, apesar de pequenas, eram um requinte na aparência e na utilização. São as berlindas processionais que serviram para transportar a imagem de Nossa Senhora do Cabo Espichel. Claro que com o passar do tempo, com os “anéis” foram-se quase também os “dedos” e nós (Portugal) deixámos de deslumbrar o mundo com os nossos dourados e pinturas em tudo o que se nos locomovia e passámos a adaptar esses transportes à nossa condição mais comedida e remediada e a uma função mais utilitária. Do fausto e da riqueza dos primeiros coches chegámos ao fim da visita a observar uma simples carruagem que transportava o correio e levava umas quantas pessoas amontoadas como galinhas num galinheiro… É isto a evolução e, como em tudo na vida, as maravilhas parecem estar sempre muito afastadas de nós que ficamos a pensar como seria viajar ao ritmo dos cavalos… Não desesperem porque agora todos podemos ser donos de muitos cavalos…nos nossos automóveis!
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CASINO ESTORIL: Espectáculo La Féria “O MUSICAL DA MINHA VIDA” 19/05/2016 ESPECTÁCULO LA FÉRIA CASINO ESTORIL
20/05/2016 – 21h 30m
Estão reservados 35 lugares para o espectáculo “O MUSICAL DA MINHA VIDA” Preço Bilhete (plateia): 15,00 euros Deslocação por conta própria Inscrições com: Rosário Pinto e-mail: m.rosario.vasco@gmail.com Tel: 912919364 DATA LIMITE DE PAGAMENTO: 10 /Maio/2016
UM SERÃO COM LÁ FÉRIA
(Texto de Mª Idália Simões - aluna nº104) Mais uma bela iniciativa da comissão executiva da nossa USCAL. Uma ida ao musical (o musical da minha vida) em cena no casino Estoril. O espetáculo foi bonito, mas em nada se comparou com a beleza do calor humano que se lhe antecipou: a preocupação com aqueles não tinham meio de transporte, os que se ofereciam para dar boleia aos colegas, amigos ou não, rodaram chamadas telefónicas para uns, recados para outros, quem levava quem, o marcar o local de encontro, as horas da partida. Uma saudável preocupação, muito bonito de se ver; quase se podia dizer: - a USCAL, por todos, todos pela USCAL. E cada qual a seu tempo foi chegando. Para alguns foi a primeira vez que entraram num casino, era visível a supressa em muitos rostos, o ambiente é diferente daquilo que a maioria está habituado (eu diria, felizmente) que isto do jogo; não diz bem comigo. Os maridos, as esposas, Filhos ou amigos, que não frequentam a USCAL, e nos acompanharam, ficaram a conhecer o bom ambiente que nos rodeia, e estou em querer que alguns se irão juntar a nós nos próximos anos. Depois: o espetáculo! Muita luz! Muita cor! Muita dança, e música que nos levou à nossa juventude. E foi com a alma a transbordar boa disposição, que regressamos às nossas casas, e não há dúvida, que alguns, até se esqueceram de tomar o comprimidinho da noite, e dormiram como anjos.
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AÇORES - Visita de 6 dias às ilhas TERCEIRA, FAIAL, PICO e S. MIGUEL 03/06/2016 a 08/06/2016 VIAGEM AOS AÇORES
(Texto de Conceição Marques – professora da USCAL) Quando a USCAL pensou organizar uma viagem, eu sugeri logo os Açores. E porquê os Açores e não Roma, Londres, Maldivas, ou qualquer outro destino turístico mais conhecido? A razão é simples. Primeiro, porque os Açores são Portugal. Em segundo lugar, porque a National Geographic elegeu os Açores como o destino mais belo do mundo e, depois, porque temos de aprender a valorizar o que é nosso (e Portugal é, indiscutivelmente, um dos países mais belos do mundo). E valeu a pena porque o feed-back dos colegas que fizeram a viagem não podia ter sido melhor. Todos regressaram de coração cheio e com muita vontade de voltar. Já perceberam que não é fácil, para mim, falar dos Açores, porque sou açoriana e tenho um orgulho enorme nisso. Por outro lado, acho que cada um aprecia a beleza das coisas de acordo com a sua sensibilidade. Assim, prefiro que sejam as pessoas a tirarem as suas próprias conclusões. De qualquer modo (e perdoem-me por isso), vou deixar aqui algumas pinceladas para aguçar o apetite daqueles que não tiveram oportunidade de fazer a viagem e daqueles que a pretendem repetir. Situado no meio do Oceano Atlântico, o arquipélago vulcânico dos Açores (durante muitos anos desconhecido e felizmente agora redescoberto não só pelos portugueses mas também pelos estrangeiros) é constituído por nove ilhas, todas elas diferentes e de uma beleza rara: S. Miguel, Santa Maria, Terceira, Pico, Faial, São Jorge, Graciosa, Flores e Corvo. Rodeado por um mar profundo, o arquipélago possui montes submarinos onde subsiste grande diversidade de vida marinha fundamental para a atividade da pesca, mas também para a investigação científica e preservação biológica das espécies. O clima húmido e as temperaturas amenas ao longo do ano, contribuem para uma vegetação verde-luxuriante, quase imaculada, que contrasta com o azul do mar e com a sombra da pedra vulcânica, escura e negra (o basalto), que talha as grandes encostas das diferentes ilhas. Água quente e férrea emerge do solo e deslumbra os olhares dos mais céticos. Afinal, em que outro lugar do mundo se cozinha uma refeição debaixo da terra? Sim! Debaixo da terra. O cozido das Furnas, um dos ex-libris de São Miguel, é muito apreciado. Preparado de acordo com as mais remotas tradições gastronómicas, o pitéu de carnes açorianas, batatas, toucinhos, vegetais e enchidos é confecionado ao longo de cinco horas pelo calor natural da atividade vulcânica. A gastronomia faz parte da cultura açoriana, mas é na Terceira que talvez tenha maior evidência. A famosa Alcatra e as sopas do Espírito Santo são os pratos mais típicos e estão associadas às tradicionais “Sanjoaninas”, festas que animam a ilha durante todo o verão. É também na ilha Terceira que existe o famoso Algar do Carvão, um vulcão extinto cuja última erupção ocorreu à cerca de 3000 anos. Imaginem entrar no cone de um vulcão (adormecido) e percorrer o caminho outrora feito pela lava, descendo 90 metros até uma lagoa… O forte cheiro a enxofre faz-se sentir não só nas caldeiras das Furnas, em S. Miguel, mas também na montanha da ilha do Pico, a mais alta de Portugal, com uma altura de, aproximadamente, 2.300 metros. O cume do Pico faz as delícias daqueles que se aventuram a subir ao cimo deste monumento natural para aí poderem contemplar um horizonte inesgotável salpicado pelas restantes ilhas que constituem o Grupo Central do arquipélago (Terceira, São Jorge, Graciosa e Faial. É na ilha de São Jorge que podemos apreciar as lindíssimas fajãs, terras baixas de difícil acesso, localizadas junto às encostas escarpadas desta ilha. Já nas Flores e no Corvo, as mais ocidentais das ilhas, separadas por apenas 15 milhas, as condições adversas, os ventos fortes e o clima instável fazem parte integrante da uma beleza selvagem de cortar a respiração. O Faial é a mais cosmopolita ilha dos Açores. À sua marina aportam diariamente inúmeros iatistas provenientes de todo o mundo, alguns deles em circum-navegação, que veem na ilha um ponto de referência e uma paragem obrigatória, para apreciar o por do sol acompanhado por um fantástico gin-tónico no Café do Peter’s. No Faial é ainda obrigatório visitar o vulcão dos Capelinhos. Este vulcão teve a sua origem numa erupção submarina em 1957 e esteve em atividade durante 13 meses. É um dos vulcões mais paradigmáticos do mundo da vulcanologia, apresentando ainda hoje uma paisagem inóspita. O vulcão está integrado no
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Parque Natural do Faial como área protegida de elevado interesse geológico, biológico e paisagística. A “Ilha do Sol”, de areia branca, verões quentes e água cristalina é Santa Maria, a terra mais oriental do arquipélago. A primeira ilha a ser descoberta pelos portugueses, consegue competir, ao longo de todo o verão, com os melhores destinos balneares, graças ao clima temperado marítimo que é o mais seco e ameno de todo o arquipélago. A abundância de vida submarina proporciona aos amantes do mergulho e da pesca com tubarões uma experiência inesquecível. Nos Açores a imaginação não tem limites e a natureza transforma-se em liberdade. Que o digam os grandes poetas e escritores que aqui nasceram ou escolheram estas ilhas para viver ou fazer delas a sua fonte de inspiração. Os Açores são o paraíso da Terra - se é que o paraíso existe… A HISTÓRIA DOS 6 DIAS DE PASSEIO A 4 DAS BELAS ILHAS DO ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES (TERCEIRA, FAIAL, PICO E S. MIGUEL)
Ora bem, o 1º almoço foi no rest Rocha em Porto Judeu, dia 3, correto? No Vitor dos Leitões comemos peixe, atum creio, no dia 4. E à noite, jantámos no Parisiana, a mistela que vê acima... Mando também fotos do cozido das Furnas e do maravilhoso peixe do último dia! Veja lá se estou a fazer alguma confusão! Bjs MFátima
Fritos de abrótea
Cozido das furnas
1º dia – Terceira Restaurante Rocha – belo almoço de alcatra Visita à casa onde nasceu Vitorino Nemésio na cidade da Praia da Vitória. Visita à casa onde é fabricado artesanalmente o Queijo Vaquinha, o mais antigo da Ilha Terceira. 2º dia – Faial Após o pequeno almoço no Hotel Caracol, na Terceira, seguimos para o aeroporto rumo à Ilha do Faial, tendo chegado à Horta por volta das 11h. 57
De imediato, iniciámos a visita à ilha, passando pelo porto do Varadouro, com uma bela baía dominada pelo morro do Castelo Branco e pelas suas piscinas naturais rodeadas por um conjunto de formações basálticas. Passando por Capelo seguimos em direcção à zona do Vulcão dos Capelinhos, onde visitámos o Centro de Interpretação do Vulcão, podendo apreciar uma exposição fotográfica em que se documenta a tragédia ocorrida em 1957/1958 com as erupções cujos rios de lava e cinzas vulcânicas cobriram casas e campos, alterando de tal forma a paisagem que a ilha foi aumentada com a sedimentação da lava. Visionámos também um vídeo que permitiu imaginar um pouco o que terão sido as erupções, embora a crua realidade tenha ultrapassado certamente o nosso imaginário. Seguimos depois para a Zona de Proteção Especial da Caldeira e Capelinhos mas aqui, e devido ao cerrado nevoeiro, tivemos a frustração de não poder ver a enorme cratera do vulcão extinto, o qual deu origem à primitiva ilha. Seguimos então para o almoço em Flamengos - perto da Horta - no Restaurante Vítor dos Leitões, onde nos serviram um belíssimo almoço com entradas de queijos frescos com compotas e um buffet onde foram “reis” uns enormes gorazes assados que fizeram as delícias de todos nós. Após o almoço fomos à Ponta da Espalamaca, de cujo miradouro se desfruta uma soberba vista da cidade da Horta e do seu porto, bem como do Monte da Guia, sobranceiro à cidade, e de onde desfrutámos também de belíssimas vistas sobre a Horta. Dado que teríamos, por volta das 17h, de apanhar o barco para a Ilha do Pico, fomos de seguida para a zona da marina da Horta, ponto de encontro dos iates que cruzam o Atlântico Norte e que é famosa internacionalmente pelos numerosos frescos pintados nas suas muralhas pelos marinheiros e velejadores que por ali passam. A visita à ilha terminou com a inevitável visita ao célebre Peter Café Sport, na zona da marina, que é reconhecido internacionalmente como um dos melhores bares do mundo e onde tomar o seu famoso “gn tónico” foi um imperativo para quase todos. Por fim, fez-se a travessia marítima do canal entre o Faial e o Pico, a qual decorreu de forma muito calma, sem que os nossos garbosos “jovens” denotassem o menor problema. Chegados à Ilha do Pico, em Madalena, dirigimo-nos ao Hotel Caravelas, onde jantámos. 3º dia – Pico A visita à Ilha do Pico começou com a ida à Candelária, apreciando na estrada as muito peculiares vinhas, rodeadas de muros de pedra basáltica que se destinam a proteger as videiras dos ventos do Atlântico, e de onde se produz o vinho específico desta ilha – o verdelho – de teor alcoólico elevado. Depois de uma passagem por uma queijaria, seguimos para São Mateus, onde se visitou a casa de Rendas e Bordados “Artesanato Picoartes” e o lindíssimo Santuário de S. Mateus. Dirigimo-nos depois para as Lajes do Pico, a vila baleeira que é o centro da tradição secular da caça aos cetáceos. Aqui visitámos o Museu dos Baleeiros, onde se visionou um vídeo sobre o modo como se processava a caça às baleias e onde se encontram os vários artefactos utilizados nessa caça. PORTO DE MÓS: Visita às SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS e GRUTAS DE STO ANTÒNIO (TURISMO DE NATUREZA E BEM-ESTAR)
É nas Serras de Aire e Candeeiros que a imponência de uma Natureza esculpida se apresenta perante nós. O Maciço Calcário Estremenho brinda-nos com uma paisagem cársica, semi-humanizada, numa maravilhosa simbiose entre Homem e Natureza e dessa parceria nasce uma oportunidade, pouco explorada, de nos entregarmos a uma experiência de contemplação de beleza, na mais pura aceção do termo. Um dia de aprendizagem, de encantamento e de partilha. • Visita à Região dos Alvados • Visita ao Algar do Pena • Almoço no restaurante típico “A Gralha” • Visita às Grutas de Santo António Esta visita, feita no dia 10 de Junho de 2016, foi realizada no âmbito da investigação de Doutoramento em Turismo (IGOT, ULisboa / Exeter University, UK) de Sara Duarte, investigadora Associada do Centro de Estudos Geográficos (CEG), desta Universidade. Na sua investigação, Sara Duarte pretende tentar perceber qual o efeito que as atividades turísticas, praticadas na Natureza, têm no bem-estar humano e em particular no público sénior. 58
As visitas a espaços naturais de excelência, pretendem expor este público a ambientes turísticos menos tradicionais e provar que o contacto esclarecido com a Natureza corresponde, não só a um Serviço que nos é prestado pela existência preservada dos ecossistemas, mas também que esse serviço se estende de forma mensurável ao bem-estar dos visitantes, numa estratégia preventiva e profilática. PASSEIO ÀS SERRAS DE AIRE E CANDEEEIROS
(Texto de Mª Idália Simões - aluna nº104)
Terminamos hoje, e diga-se: “em grande beleza”, os nossos divertidos e culturais passeios 2015/2016. A comissão organizadora da USCAL merece, mais uma vez, o agradecimento de todos os alunos e professores que participaram nas atividades de lazer. Desta vez, penetrámos nos segredos do parque natural das Serras de Aire e Candeeiros, ária protegida desde maio de 1979. Observámos, de perto, a sua grande riqueza faunística, no seu apogeu nesta altura do ano. Nesta zona, são conhecidas mais de seiscentas espécies de vegetais e cem espécies de aves que ali nidificam. Depois de um bom almoço, penetrámos nas entranhas da serra que nos deslumbrou com os seus mistérios ao nos deixar entrever as grutas ainda não muito alteradas pelo homem. Percorremos a monumental gruta de Santo António, totalmente preenchida por esculturas de estalactites e estalagmites que crescem um centímetro por século, rodeadas por cursos de água, formando lagos naturais. Toda esta beleza deixou-nos totalmente inebriados e, tal como eu, muitos outros colegas ficaram a pensar sobre como poderemos e deveremos continuar a proteger a Natureza para que as gerações futuras possam usufruir das maravilhas que nos rodeiam.
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FESTA DE ENCERRAMENTO DO ANO LECTIVO - Auditรณrio Ruy de Carvalho 23/06/2016
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PÁGINA DE FECHO DO JORNAL OS QUADROS/PINTURAS EXISTENTES NA JUNTA DE FREGUESIA DE CARNAXIDE Hoje, por necessidade atravessei o corredor dos gabinetes da antiga Junta de Freguesia de Carnaxide, atual, união de Juntas: Carnaxide e Queijas. Olhando para o hall de entrada e gabinetes, fui ao passado, lembrei-me quando era vogal e tinha a cultura, que fazíamos exposições de pintura trimestrais, com os artistas plásticos da terra, alguns, fizeram o favor de oferecerem um quadro da obra exposta, à Junta de Freguesia. No hall de entrada, vi as serigrafias do Albino Ferreira, sobre Carnaxide, O Albino era um ser humano de exceção que deve ser recordado; Iniciou os escuteiros em colaboração com a paróquia, fez quadros para serem rifados para angariação de fundos para a construção da nova igreja; Colaborou com os bombeiros, durante muitos anos, há um quadro dele no salão nobre, Em 1975/6, foi criada em Carnaxide, a comissão de moradores, lá encontrei o Albino, a mover o céu e a terra, para o infantário 1º de Maio e o ATL “Arco Ìris” serem construídos; Morreu há mais de 10 anos, a sua viúva é nossa colega e aluna da USCAL, a Maria Auxiliadora Ferreira. Este HOMEM, não pode ser esquecido na nossa terra, deve ter uma referência em Carnaxide. Continuando curiosa, fui olhando para as portas abertas dos gabinetes, num vi a ALENTEJANA” da Alda de Castro, artista plástica muito conhecida e com uma obra muito vasta. Num outro vi outra alentejana sentada a uma porta, fazendo meia, este quadro foi oferecido pela MARIA CONDEÇO, (nome artístico) mulher do cantor Carlos Guilherme, o quadro chama-se “UMA MEIA, MEIA FEITA”, faz parte de uma trilogia, ela só ofereceu este, os outros foram vendidos no Alentejo, onde tem muito prestígio. Mais à frente, dentro de outro gabinete, vi um quadro do nosso ANTERO BASALISA, uma pintura que retrata Carnaxide Velho, penso que é a zona do coreto e igreja. A pintura do ANTERO BASALISA é figurativa. È um filho da terra, trabalhou e viveu em alguns anos em Madrid, onde a sua obra é referenciada, principalmente pela pintura mural “a fresco e trompe-l’oeil” em palácios e monumentos. Em Portugal, restaurou os frescos da Sala de Música da Fundação Ricardo Espírito Santo, no Palácio Azurara. O Pórtico do Pavilhão Real na Quinta de S. Sebastião no Lumiar, O Palácio de Santos, o Palácio de Queluz (ala reservada) Palácio das Galveias, Banco de Portugal entre muitos outros. Já no ano 2000 com 90 anos, restaurou o pano da boca de cena “Glória ao Trabalho”, pertença da Sociedade F. F. de Carnaxide, pintado pelo seu pai, José Basalisa em 1913. Deixou um vasto espólio de quadros pintados a óleo, acrílico e a aguarela. Felizmente, após a sua morte, o seu nome foi dado à mais antiga escola de Carnaxide, situada no núcleo velho da vila, Nasceu a 13 de Fevereiro de 1910. Morreu em 8 de Junho de 2003. Não me lembro se houve mais ofertas de obras dos artistas plásticos, que pertenciam à Associação de Artistas Plásticos de Carnaxide, criada pelo saudoso, também artista plástico, Álvaro Ruas, infelizmente, já falecido e por mim, vogal da cultura na época. O Álvaro Ruas, será sempre lembrado em Carnaxide, com o seu nome dado a uma Praceta. Carnaxide, 12 de Novembro de 2015 (Texto de M. de Lurdes TARITA A. Costa - aluna nº 349)
Para terminar este Jornal não há melhor forma do que apresentar um texto de um dos primeiros alunos da USCAL: José Carranca Duarte - aluno nº22 Como Aluno, vou falar da USCAL: 1º Ambiente de calor muito humano entre Presidente, Pessoal da Junta, Professores e Alunos. 2º Instalações com muita qualidade embora, de momento, para algumas disciplinas já se apresentam com pouco espaço. 3º Muito positivo: o aumento anual de muitos alunos. 4º Motivação permanente dos Professores, transformando cada nova aula mais interessante que a anterior e despertando o nosso interesse. Isto implica trabalho e preparação dos próprios Professores, o que os faz participar no “não parar”, no atualizar, no motivar e no estimular de uma vida ativa. 5º O próprio Presidente, sempre recetivo a poder colaborar na melhoria de materiais, no apoio às saídas, e a ouvir os Professores. 6º O outro pessoal da Junta cujos sorrisos e simpatia muito nos enriquecem. 61
7º Quero salientar e agradecer também ao conjunto de Professores que, além de tudo o mais, se organizaram e nos apoiam, nos ouvem, nos acompanham e nos fazem sentir ALUNOS e não Seniores. 8º Cada dia, antes de ir para as aulas, Professores e Alunos investem em si mesmos, sentindo-se vivos, bonitos (por dentro e por fora), ativos, enfim rejuvenescidos. Por tudo isto e muito mais, a Maria José e Eu, sentimo-nos muito felizes na USCAL.
FIM Ficha Técnica Edição e Impressão: Junta de Freguesia da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas Construção e coordenação: Professora Voluntária Rosário Pinto Capa: Rita Alves Data: Junho de 2016
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