W. W. da Matta e Silva - Umbanda de Todos Nós

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vermelha, cuja civilização, para sempre perdida, teve seus dias de glória e esplendor material. Todos esses pobres retardatários trazem na alma a melancolia incurável das velhas raças que se consomem sem esperança. Empós da raça vermelha, É A NEGRA QUE DOMINA O GLOBO35. É necessário procurar o seu tipo superior não no negro degenerado, mas sim, no abissínio e no núbio, nos quais se conserva o caráter dessa raça chegada ao seu apogeu. Os negros invadiram o sul da Europa em tempos pré-históricos, tendo sido dali repelidos pelos brancos. 35. O tipo em maiúsculas é nosso.

A sua recordação apagou-se completamente das nossas tradições populares, deixando todavia, nela, duas impressões indeléveis; o horror ao dragão, que constituiu o emblema dos seus reis, e a idéia de que o diabo é negro. Por seu turno, os negros devolveram o insulto à raça, sua rival, fazendo o seu diabo branco. Nos tempos longínquos da sua soberania, os negros possuíam centros religiosos no Alto Egito e na Índia. As suas povoações ciclópicas ameaçavam as montanhas da África, do Cáucaso e da Ásia Central. A sua organização social consistia numa teocracia absoluta. No vértice, sacerdotes temidos como deuses; na base, tribos irrequietas, sem família reconhecida, as mulheres escravas. Esses sacerdotes possuíam conhecimentos profundos, o princípio da unidade divina do universo e o culto dos astros que, sob o nome de SABEÍSMO, se infiltrou nos povos brancos36, Entre as ciências dos sacerdotes negros e o fetichismo grosseiro dos povos não existia, porém, ponto intermediário, de arte idealista, de mitologia sugestiva”37. 36. Ver, segundo Ed. Schuré, os historiadores árabes, assim como Abul Ghazi, História Genealógica dos Tártaros e Mohamed-Moshen, historiador dos persas, William Jones, Asiatic Researches I., Discurso sobre os Tártaros e os Persas. 37. Ver “Os Grandes Iniciados”, de Ed. Schuré, pág. 42-43.

Estudos e pesquisas de outros escritores também abalizados os induziram a semelhantes conclusões sobre o poderio e a civilização da antiga raça negra, quando reconhecem que os seus sacerdotes possuíram uma ciência e conhecimentos profundos, que, dentro da própria tradição iniciática da raça, foram-se apagando, de geração em geração, restando apenas, mesmo entre os remanescentes desse sacerdócio, pálidos reflexos daqueles Princípios que, por certo, ficaram soterrados na poeira dos seus primitivos templos religiosos do Alto Egito e da lendária Índia.


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