Ramatís - 05 - Fisiologia da Alma

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15. A Ação dos Guias Espirituais e o Carma

PERGUNTA: — No caso de os encarnados se afastarem de seus deveres e da disciplina espiritual na Terra, os guias podem intervir do Espaço, e sustar os desmandos dos seus pupilos? RAMATIS: — O trabalho principal do “guia”, em relação ao seu protegido encarnado, é o de livrá-lo, tanto quanto possível, das imprudências, das ilusões, dos atrativos do vício e das paixões perigosas do mundo material. Do “lado de cá”, a nossa maior preocupação é a de impedir que o amigo ou o discípulo encarnado termine escravizado às paixões animais que o cercearão em sua ascensão espiritual. Quanto ao êxito desejado, nem sempre podemos conseguilo a contento pois, em geral, a criatura encarnada foge à receptividade vibratória ao seu mentor e torna-se imune às suas inspirações superiores. Em geral, escuta apenas a voz da “sereia das sombras”, que termina conduzindo-a aos maiores ridículos e disparates! Quando tal acontece, o seu guia ou protetor lança mão de recursos extraordinários e intervém tanto quanto possível a favor do seu pupilo, a fim de frenar-lhe os desatinos e evitar em tempo os desvios perigosos que o conduzam à escravidão às entidades malfeitores. PERGUNTA: — Quais são os métodos empregados pelos guias nessa intervenção espiritual para o bem dos seus pupilos encarnados? RAMATÍS: — Quando falham todos os recursos no campo mental da inspiração superior, e o pupilo periclita na sua integridade espiritual, em geral os seus guias se socorrem do recurso eficiente da enfermidade ou mesmo de vicissitudes morais ou econômicas, através das quais possam neutralizar em tempo as causas principais dos desatinos e imprudências. Quase todos os seres humanos são portadores de verdadeiras válvulas de segurança psíquica, embora se trate de deficiências cármicas provenientes das mazelas passadas, e servindo-se das quais os guias intervêm para cercear os desvios perigosos. Bem sabeis que o corpo carnal é o reflexo exato do temperamento psíquico de cada alma, pois entre dois irmãos gêmeos, e perfeitamente parecidos, mesmo que sejam xifópagos, podeis notar considerável diferença na sua contextura moral e intelectual, comprovando-se que, embora sob o mesmo padrão consangüíneo, sob iguais ascendentes biológicos ou tendências hereditárias, essas duas almas diferem profundamente quanto à sua ascendência psíquica. Assim sendo, o organismo físico de cada criatura conserva também em sua intimidade etéreo-astral uma zona vulnerável do seu próprio psiquismo ancestral, que pode servir de recurso excepcional para à última hora o guia intervir e aplicar a disciplina compulsoriamente, quando o seu protegido lhe faz ouvidos moucos.

PERGUNTA:— Podeis oferecer-nos qualquer exemplo mais concreto do assunto? RAMATIS: — Há casos em que determinado protegido, até então regrado e amigo do lar, deixa-se fascinar por qualquer paixão mundana perigosa, que pouco a pouco o vai

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