Turbo Oficina 32

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PROTAGONISTA

não se tira partido dessa nossa grande mais-valia. O e-learning é uma modalidade, adapta-se a situações que não são possíveis de resolver de outra forma, mas é marginal para a nossa atividade. O que pode esperar o mercado do CEPRA para 2015? Corresponder às necessidades de formação das empresas. Esse diagnóstico é também feito pela ARAN e ANECRA, que estão nos nossos órgãos de administração e sabem o que o setor precisa. Temos uma grande capacidade de corresponder a desafios, como a Expomecânica em 2014 e onde vamos estar presentes também em 2015, desenvolver soluções à medida ou estabelecer parcerias como outras entidades. Vamos ter cursos maiores e menos formandos, mas vamos ter cursos novos como o de carroçaria e pintura, mas também de motociclos, ou um Curso de Especialização Tecnológica, que poderá dar equivalência escolar ao 12º ano e créditos para o ensino superior. Temos protocolos com os politécnicos de Setúbal e Faro e os formandos que entrarem nessas instituições têm já ECTS da formação que fizeram no CEPRA. Ao mesmo tempo que alimentamos o setor automóvel, estamos a dar acesso ao ensino superior, com outro nível de formação. A formação que dão às empresas do setor é relevante na atividade do CEPRA? O CEPRA diferencia-se de outros centros protocolares pela capacidade de gerar receitas próprias em termos significativos. A

JÁ FAZ PARTE DA NOSSA OFERTA UM CURSO QUE JUNTA A REPARAÇÃO DE CARROÇARIAS E PINTURA

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TURBO OFICINA

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JANEIRO 2015

média anual é de 500 mil euros de receitas da prestação de serviços. As entidades que têm dinheiros públicos são sempre catalogadas como lentas, burocráticas ou desatentas. O CEPRA, para ter 500 mil euros de receitas não pode ser assim. Temos que ser eficazes e corresponder às necessidades com qualidade. CERTIFICAR PROFISSIONAIS Que peso tem o Centro para a Qualificação e Ensino Profissional (CQEP) para o CEPRA? O Centro Novas Oportunidades do CEPRA estava no top 5 no país. No caso do CQEP, somos o único centro a nível nacional que está a certificar profissionais e estamos certificados pelo ISO 9001:2008 e a desenvolver a nossa atividade. É algo que queremos divulgar porque é relevante para o setor e para os profissionais porque lhes permite obter algo que comprova que são profissionais. As pessoas têm como profissão mecânicos, pintores ou mecatrónicos mas não têm como provar. Ao frequentar o CQEP têm uma avaliação que é supervisionada por um júri, passa por um processo, faz um exame final e tem um certificado da sua competência profissional. Para as empresas também é bom: se os empresários mandarem cá o seu profissional, ficam com um diagnóstico do que essa pessoa sabe. Nada melhor para quem lidera saber quais as competências que cada funcionário tem. Assim, a empresa pode tirar melhor partido do seu recurso humano e apostar na formação das áreas onde tem mais debilidades. É muito relevante. Os profissionais têm que ter tempo para cá vir, temos horários diversificados, é um processo flexível que demora entre 2 a 3 meses. Somos o único a funcionar, temos objetivos ambiciosos e fazem parte de uma candidatura que fizemos. Temos que ter capacidade de formar cerca de 500 profissionais em 2015.

DE CORPO INTEIRO

É um apaixonado por automóveis? Sou. Lembro-me bem de falarmos muito de ralis na faculdade entre amigos, mas desde pequeno que sempre gostei de automóveis. Visita com regularidade as oficinas? Visito, deveria visitar mais, mas o tempo não chega para tudo. E aqui no CEPRA visita com regularidade as salas de formação? Sempre. Não há turma de qualificação inicial onde não apareça para me apresentar, apresentar a filosofia do centro e para que me conheçam e possam falar comigo sempre que seja necessário. São os alunos que fazem a manutenção do seu carro? Temos um regulamento que permite que os formandos façam trabalho sobre carros reais. Os carros têm que estar totalmente legais, com impostos pagos, autorização dos responsáveis, o formador tem que me dizer que tem interesse para a formação e quando o carro vai para reparação têm que anexar os componentes que são comprados pelo dono do carro, para não haver dúvidas que não há utilização abusiva de material do CEPRA. São situações muito esporádicas e não é algo que se pratique. É uma pessoa de decisão fácil? Sim. Costuma decidir sozinho? Oiço as várias sensibilidades e opiniões e depois decido sozinho. A decisão não é colegial. É viciado no trabalho? Tenho preocupações com os recursos humanos, mas sou muito direcionado para objetivos. Nesse sentido, se para atingir um objetivo é necessário trabalhar fins-de-semana, faço-o. Se isso é ser viciado, sou! Consegue ter uma rotina ou cada dia é diferente do anterior? São todos diferentes. A primeira coisa que faço todos os dias é sempre tratar da papelada. Mas tenho que ser ágil e responder às várias solicitações. E depois tenho que ter tempo de pensar em estratégias para o centro. O que gosta de fazer nos tempos livres? Gosto de cozinhar, fazer petiscos, passear, andar de moto, ir ao cinema e gosto muito de viajar. O que mais aprecia num colaborador seu? Que sinta a organização e seja pró-ativo.


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