Edição número 1965 - 6 de fevereiro de 2014

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TRIBUNAINDEPENDENTE

MACEIÓ - QUINTA-FEIRA, 6 DE FEVEREIRO DE 2014 DIVERSÃO&ARTE

Shakira e Rihanna rebolam e fumam charuto em novo clipe

Jennifer Lawrence ganha biografia em HQ sobre sua carreira no cinema

A cantora Shakira lançou o clipe de sua música “Can’t Remember to Forget You”, com participação especial de Rihanna. O ritmo da nova música da colombiana mistura rock, reggae e ska. No clipe, as duas musas pop rebolam e posam juntas fumando charutos. A faixa faz parte do álbum “Shakira”, que será lançado no dia 25 de março. A participação de Rihanna rendeu elogios. “Ela é uma das pessoas mais fofas que eu já conheci”, afirmou Shakira em entrevista recente. Rihanna respondeu postando trecho da entrevista e contando os dias para o lançamento da música.

A editora independente Blue Water anunciou o lançamento de uma biografia em quadrinhos sobre a atriz Jennifer Lawrence, como parte da série Fame. Intitulada “Fame: Jennifer Lawrence”, o material de 32 páginas será lançado ainda nesta semana no exterior, nas versões impressa, digital e como uma animação interativa, em formato de aplicativo – este último disponível no iTunes. O escritor Michael Troy e o quadrinista Ben Eargle exploraram a carreira dela para o trabalho, da atuação em “X-Men” e “Jogos Vorazes” ao Oscar de melhor atriz por ‘O Lado Bom da Vida’ e à indicação ao Oscar 2014 de melhor atriz coadjuvante por sua atuação em “Trapaça”.

A VOZ DA EXPERIÊNCIA

‘Croz’ é um disco austero e elegante, que Davi Crosby fez junto com filho, o multinstrumentista James Raymond. Sobrevivente do sonho hippie, cantor americano volta em forma, aos 72 anos

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m pioneiro do rock (com o rupo The Byrds), que esteve em Woodstock (com o Crosby, Stills & Nash), que viveu o sonho de sua era e que passou meses na cadeia, nos anos 1980, por acusações relacionadas a drogas, David Crosby é um sobrevivente. Da cocaína, da heroína, da hepa-

tite C, de um transplante de fígado, do diabetes, de uma antiga obsessão por armas de fogo e do seu próprio passado glorioso. Aos 72 anos, reverenciado pelas novas gerações do rock (pelos discos com o CSN&Y, pelas turnês atuais com o CS&N), Crosby agora leva sua voz, surpreendentemente cristalina, a um disco de inéditas. “Croz”, seu primeiro álbum solo em 20 anos, nem precisaria de todo esse preâmbulo histórico. É disco vivo, de um artista jovem — tão jovem quanto seus discípulos. Musicalmente, “Croz” não tem lá grandes segredos. É austero em sua produção e em

seus arranjos. Crosby o fez junto com o multi-instrumentista James Raymond — o filho que dera para adoção e que reencontrou como adulto. No trabalho, a dupla acabou privilegiando a elegância, mais do que qualquer outro dos grandes valores do cantor — que tem pelo menos uma obra-prima solo: o viajante (no melhor dos sentidos) “If I could only remember my name”, de 1971. O que o novo disco tem de melhor é a sua predileção pela canção de caráter jazzy, na qual Crosby se mostra mais à vontade do que nunca. Primeira faixa do disco a ser divulgada, “What’s broken” (uma composição de James) une as reflexões típicas do pai (“Quem quer comprar o que está quebrado?”) ao toque de guitarra sempre classudo de Mark Knopfler, dos velhos Dire Straits. Jazzy (e cheias de finesse) também são “Slice of time” e “Find a heart”, faixas que lembram o melhor de um Prefab Sprout, por exemplo. Climática, “Holding

on to nothing”, por sua vez, é um primor de canção, com violão, piano elétrico e o trompete de Wynton Marsalis: a cama perfeita para Crosby deitar e rolar com a voz. Mais à frente, em “Radio”, o cantor esbarra de leve no pop. E, sem nenhum trocadilho, comete uma das melhores faixas que poderiam tocar nas frequências moduladas em 2014 — a letra, na verdade, fala de um comandante que manda seu S.O.S. pelo rádio em um barco na tempestade. E uma fagulha do CSN&Y brilha em “Set that baggage down”, em que as guitarras e os coros se avolumam, e a evocação de um sentimento hippie, dos velhos tempos, fica bem evidente. “Croz” tem lá algumas faixas mais frouxas, como “Dangerous night” e “Morning falling”, que colaboram para encerrar a audição com um quê de tédio. Mas elas não chegam a afetar esse disco bem além do decente, com muitas lições para os grupos e artistas solo que se dizem grandes especialistas do folk-rock. A experiência conta.


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