Edição número 3102 - 14 de março de 2018

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OPINIÃO

TRIBUNAINDEPENDENTE

MACEIÓ - QUARTA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2018

Opinião

Eleição e pessimismo

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ntre os brasileiros, 44% se dizem pessimistas em relação à eleição presidencial de 2018. Os que se dizem otimistas são 20%. Praticamente metade da população (48%) não manifesta preferência ou simpatia por nenhum partido específico e 72% concordam totalmente ou em parte que votam no candidato que gostam, independentemente do partido em que ele esteja. Entre as características mais mencionadas como muito importantes para um candidato à Presidência da República, se destacam: ser honesto, não mentir em campanha (87%), nunca ter se envolvido em casos de corrupção (84%) e transmitir confiança (82%). Entre os que se dizem otimistas, o motivo mais citado espontaneamente é a expectativa por mudança e renovação (32%). Os brasileiros também mencionaram a esperança no voto e na participação popular (19%), o sentimento de que se espera melhorias de forma geral (11%) e melhorias econômicas (9%).

Quando estimulados a escolher entre mudanças sociais (com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social), a moralização administrativa (com combate à corrupção e punição de corruptos) e a estabilização da economia (com queda definitiva do custo de vida e do desemprego), 44% dos brasileiros preferem as mudanças sociais e 32% escolhem a moralização administrativa como principal foco do próximo presidente. Entre os eleitores, 84% concordam totalmente ou em parte que estudam as propostas dos candidatos para decidir o voto. Apesar disso, 75% dos brasileiros afirmam não acreditar em promessas de campanha dos candidatos. Praticamente metade da população (48%) não manifesta preferência ou simpatia por nenhum partido específico e 72% concordam totalmente ou em parte que votam no candidato que gostam, independentemente do partido em que ele esteja.

TRIBUNAINDEPENDENTE

BARTOLOMEU DRESCH bartolomeu_dresch@hotmail.com.br

Carmen recebe Sepúlveda

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MANUELA D´ÁVILA Deputada estadual pelo PCdoB do Rio Grande do Sul e pré-candidata à Presidência da República

A prisão de Lula Caso seja efetivada, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o ponto alto da ruptura do pacto democrático no Brasil iniciada com o golpe de Estado de 2016. Tratase de um processo constante e dirigido de esvaziamento da democracia e das liberdades mais elementares. A resultante dessa arbitrariedade será uma fratura na sociedade brasileira, cuja responsabilidade inicial é daqueles que retiraram da Presidência uma mulher democraticamente eleita para implementarem o desmonte da Nação e dos direitos do povo. Ao promoverem essa ruptura, ultrapassaram uma faixa muito perigosa, rompendo com um princípio básico do regime democrático, que é a aceitação dos resultados eleitorais pelos grupos vencidos nas urnas. O ambiente fratricida criado por este ato tem se desdobrado em uma ofensiva que inclui perseguições à liberdade artística, religiosa e de pensamento em uma escala assustadora. Quem seria capaz de imaginar, pouco tempo atrás, professores universitários tendo de depor na polícia em função de suas pesquisas? Em um tempo tão desafiador como o que vivemos, no qual a

crise internacional tem levado as nações a defenderem com cada vez maior denodo seus interesses, enfraqueceremos o país escancarando um verdadeiro abismo entre os brasileiros. Um país que prende injustamente um homem como Lula se torna mais fraco economicamente, porque será permanentemente instável. Será mais violento, porque muitos dos que sofrem com a atual situação perderão as esperanças em um sistema capaz de encarcerar um líder popular dessa importância através de um processo de exceção. Será um país enfraquecido internacionalmente, por manter encarcerado o preso político mais importante e popular do mundo. O processo contra Lula, nunca é demais reafirmar, foi de exceção, porque levou a cabo procedimentos que contrariaram os princípios mais básicos das garantias penais. Isso foi denunciado por grande número de juristas, das mais diferentes correntes de opinião, no Brasil e no mundo. A prisão, se confirmada, levará essa perseguição ao paroxismo e abrirá espaço para outras arbitrariedades. Em muitos momentos da

história líderes populares sofreram perseguições análogas. Como a violência contra Lula acontece nas proximidades de um abril, podemos pensar em Tiradentes, que foi preso, julgado injustamente, enforcado, esquartejado e teve seu corpo espalhado pela cidade. Ou em Frei Caneca, que, condenado à forca, teve de ser fuzilado, porque não houve carrasco em Pernambuco disposto a entrar para história como autor daquele ato indigno. Tempos depois venceram a Independência, sonho de Tiradentes, e a República, quimera de Caneca. A história mostra que a luta de Lula também vencerá, cedo ou tarde, com ele livre ou encarcerado. Mostra também que o Judiciário brasileiro terá a chance de decidir, nos próximos dias, como vai entrar para a história. A ofensiva contra a democracia e as liberdades pode ser derrotada se seguirmos o exemplo imperecível de líderes como Leonel Brizola na luta pela legalidade. Vamos, como ele, levar a cabo a resistência - pacífica e firme -, em defesa da liberdade, da democracia, do Estado de direito, da população pobre e da realização de eleições livres em 2018.

advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro do STF, Sepúlveda Pertence, será recebido hoje, ao meio dia pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia. Na pauta, a marcação do julgamento do habeas corpus do petista. A presidente resiste a pautar um novo julgamento que possa rever a jurisprudência do Tribunal, que permite a prisão após condenação em segunda instância, sob a alegação que a decisão é recente, e por isso não quer rediscutila. Alguns ministros do STF vêm fazendo pressão, por meio de decisões e de manifestações públicas, para que a presidente paute, não um caso específico, mas as duas ações que tratam de maneira mais abrangente sobre a execução antecipada da pena. No entanto nenhum ministro se mostrou disposto a levar um pedido de habeas corpus na mesa do plenário, principalmente pelo peso do condenado.

A vez do Março Lilás A campanha Março Lilás pretende levar a informação correta e alertar a população feminina sobre os cuidados da prevenção do câncer do colo uterino, que apresenta uma incidência de 16 mil novos casos a cada ano no Brasil. Com essa finalidade, a vereadora Tereza Nelma (PSDB) apresentou projeto de lei na Câmara Municipal de Maceió, instituindo o Março Lilás no município. Desta forma, a comemoração passa a ser oficial, entrando para o Calendário Oficial da Prefeitura e ao mesmo tempo estimulando o desenvolvimento de ações de conscientização e iluminando os principais prédios da capital alagoana om a cor lilás, como forma de dar visibilidade à doença e suas formas de tratamento.

A vez do Março Lilás 2 Com um compromisso dedicado a alertar a importância do trabalho preventivo a todos os tipos de câncer, a vereadora é uma participante ativa de toda a campanha evidenciada neste sentido. “Já tive três tipos diferentes de câncer e consegui sair vitoriosa de todos eles. Senti na pele, como o processo é difícil, por isso apoiei todas as campanhas. O câncer do colo de útero merece um olhar especial porque é um dos três mais frequentes na população feminina, ficando atrás somente do câncer de mama e do colorretal. Infelizmente muitas mulheres continuam morrendo desta doença. Por isso vou usar a minha representatividade como vereadora para dar mais visibilidade à causa e contribuir para a redução destes índices” assegurou Teresa Nelma.

Reorganização do indulto NAPOLEÃO DA HORA FARIAS Membro da AAI.

Mulheres: história de luta MARCOS CALHEIROS Professor de Economia

A Linha Maginot (1) No final de setembro de 1918, a alta cúpula do comando militar germânico, pressiona o Kaiser Guilherme II, para buscar a paz, reconhecendo que a máquina econômica e de guerra, estava sem condições de continuar o conflito, o império estava exaurido. A avassaladora superioridade bélica, econômica, industrial e das forças armadas, de seus maiores adversários, com a entrada dos americanos, definia o conflito europeu. A força econômica e militar dos Estados Unidos, era preponderante na guerra dos impérios europeus. Foi preciso um país de fora do continente europeu, com a capacidade econômica e militar dos Estados Unidos, para findar uma guerra , que se arrastava a quatro anos. A partir daí, com a economia das principais potencias européias, fortemente danificadas. Os Estados Unidos, passa a ser a principal força econômica e militar do mundo. Ainda, sendo credora de diversas nações que se envolveram no conflito.

Em 9 de novembro de 1918, o Kaiser Guilherme II foge da Alemanha com destino a Holanda, temendo as consequências da Revolução Republicana a caminho. No dia 11, o governo provisório assina o armistício, com os países aliados, baseado nos quatorze pontos propostos pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson, que acenava com uma paz amena e sem viés de vingança perante os países ganhadores. No ano seguinte foi assinado no Salão dos Espelhos, no Palácio de Versalhes, na França o pacto que deu por oficialmente encerrada a Primeira Guerra Mundial, que ficou conhecido como tratado de Versalhes. O citado tratado, foi bastante rigoroso com a Alemanha, que foi considerada a grande responsável pela eclosão do conflito, mas bastante generoso com as potências vencedoras. O montante das reparações do conflito era uma soma exorbitante para uma economia dilacerada pelos quatro anos de guerra.

Além disso, perdeu suas colônias ultramarinas e importantes fatias de seu território do continente europeu, suas forças armadas passaram a ter um caráter apenas simbólico. Em 11 de Agosto de 1919, na cidade de Weimar onde a nova constituição foi assinada, e a primeira república ficou conhecida até 1933, quando Hitler assumiu o poder e fundou o II “Reich” alemão. Os empréstimos americanos, foram necessários para manter a máquina de guerra dos britânicos e franceses, o “Boom” industrial americano, foi estimulado pelas demandas dos aliados europeus. A prosperidade da guerra dobrou o PIB entre 1913 e 1918, foi bem acolhida para a mão de obra e para o capital. Com o fim da Primeira Guerra os Estados Unidos da América assumem a liderança, econômica e política mundial. Seu território ficou intacto de qualquer ataque das forças adversárias ao contrário dos seus aliados europeus.

Ao longo da história sempre houve mulheres que, individualmente, ou em pequenos grupos, rebelaram-se contra os grilhões místicos, religiosos ou jurídicos que as mantinham no seu estado “natural” de submissão. Essas mulheres foram, de certa forma, o estopim da revolta feminista que conduziu à grande explosão de classe da segunda metade do século XX, formidável convulsão histórica com suas fases nefastas — que estava alterando todas as marcas tradicionais do masculino e do feminino e que talvez traga à luz mulheres e homens novos: Suzana, Judite, Ester, Rute, Sulamita, Catarina de Sena, Joana d’Arc, Tereza d’Ávila, Marta, etc... Em meados do século XIX, ao lado das promoções individuais, que cresceram rapidamente, inicia-se uma destruição coletiva da cultura dos homens pelas mulheres, destruição que foi favorecida, por um lado, pelo progresso da medicina (a mortalidade infantil baixou e as mulheres não empregam mais todo o seu tempo nas tarefas do dia a dia da casa), e, por outro lado, pelo impulso industrial e urbano resultante da Revolução de 1830. Quase todas essas mulheres são solteiras, forçam a entrada nas universidades e abrem caminho nas “funções masculinas” (Medicina, Engenharia, Magistério Superior, etc.). A criação das

Presidente José Paulo Gabriel dos Santos

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primeiras escolas para meninas em 1882 e as duas guerras mundiais durante as quais as mulheres tiveram oportunidade de substituir os homens em tudo. No entanto, apesar desses avanços o discurso dominante a relegaria por muito tempo ao lar e a manteria sob a égide do homem. Marcelle Devaud, antes de ser vice-presidente do Senado, teve o seu nome excluído da convenção partidária, postergando um direito constitucional aparente, na defesa de uma classe sofrida, que era a sua. No entanto, Simone de Beauvoir declarou guerra contra as bases da sociedade, principalmente contra o casamento, cujo princípio era “obsceno”, porque transformava em direitos e deveres uma troca que deveria ser norteada na espontaneidade, e contra a família que sustentava o sistema patriarcal. Tendo em vista as respectivas lutas, conseguiram no ano de 1985 a mudança do Código Civil Francês, onde desapareceram todos os resquícios da superioridade do marido, com a administração pelos dois cônjuges dos bens adquiridos no casamento por comunhão de bens. Diante das evidências e de todas as lides, a mulher francesa foi quem desbravou a tão prolatada independência feminina para o resto do mundo, verdadeiras bandei-

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rantes. Jesus, conforme Lc 10, 38-42, mostrou para a humanidade quanto estas são imprescindíveis à vida, quando esteve com Marta e sua irmã Maria, fato esse que Jesus instaurou a oportunidade de um espaço para as mulheres, que, desde os primórdios, sofreram por causa dos pseudos homens. Porém, a luta continua hercúlea. Apesar de Maria Glória Ladislau afirmar que o atual milenium é o da interatividade, não existe semelhança, pois, as filhas de Mirian sofrem até hoje vários tipos de atentados lesionais, que não atingem tão só a anatomia física, bem como toda a respectiva estrutura emocional, quando tentam competir com o sexo oposto, buscado afirmações profissionais. Apesar de tudo, são vencedoras. Figuras ilustres permeiam nas diversas áreas da luta pela sobrevivência, e com destaque, é o caso da doutora amante da flora e fauna: mão. natureza, Marta Tereza, através de muitas pesquisas, contribui de forma positiva para evitar a destruição futura do Planeta Azul, sendo a sua fiel guardiã, tanto em princípios, bem como nas respectivas atitudes. São mulheres assim, que dignificam o “sexo forte”, muito embora reconheçam que as suas vidas estão, marcadas pelo cama da luta.

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O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, autorizou a aplicação de parte do decreto de indulto de Natal assinado em dezembro pelo presidente Michel Temer. Pela decisão, o indulto não poderá valer para crimes violentos e de colarinho branco, como corrupção, peculato, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional. Também não poderá ser aplicado em condenações pendentes de recurso da acusação, portanto sem a fixação final da pena. Para aplicar o indulto, o ministro fez duas ressalvas: exigiu o cumprimento de ao menos um terço da pena (e não apenas 20%) e limitou o perdão aos condenados a menos de 8 anos de prisão.

Reorganização do indulto 2 O decreto editado por Temer em dezembro gerou polêmica por abrandar as regras para concessão do indulto de Natal. Trechos do decreto foram suspensos pela ministra Carmen Lúcia a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Também a Defensoria Pública do Rio de Janeiro manifestou preocupação que a suspensão do decreto estava gerando nos presídios. Diante da incerteza as varas de execuções penais nos Estados não estariam aplicando a norma. Foi solicitada a inclusão do caso na pauta do STF, mas não havia espaço para decidir a questão com urgência, o ministro Luís Roberto Barroso emitiu uma decisão explicitando os casos em que o decreto vale e as situações nos quais está suspenso.

Posse na Federal Assumiu ontem a Superintendência da Polícia Federal de Alagoas, o delegado Rolando Alexandre de Souza, que vai substituir o delegado Bernardo Gonçalves Torres, que havia sido exonerado em janeiro último. O novo superintendente é gaúcho formado em Ciências Contábeis e Economia. Tem especialização em Mercado de Capitais, e já participou de diversos cursos e treinamentos na área da segurança e gestão pública. O delegado Rolando notabilizou-se como titular da Divisão de Repressão a Crimes Financeiros e também no combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro. Garantiu que dará sequência ás investigações que estão sendo conduzidas. A PF de Alagoas investiga mais de 70 prefeituras do Estado.

42 mil no concurso do TJ O concurso para preenchimento de vagas no Tribunal de Justiça de Alagoas, cujas provas começam no próximo dia 25, teve 42.762 inscritos, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas, que coordena o concurso. Ao todo são ofertadas 131 vagas, sendo 100 para técnico judiciário, 15 para analista judiciário (oficial de justiça) 15 para analista judiciário (área judiciária) e 1 para área de estatística. A maior concorrência foi para técnico judiciário, com 339,5 candidatos por cada vaga ofertada. Para analista judiciário, são 338,83 candidatos por vaga e de analista judiciário com 247,40 inscritos disputando as vagas. • Faleceu no último final de semana, em Recife, o artista plástico, desenhista, pintor e escultor José Corbiniano Lins que estava com 94 anos, e sofreu uma parada cardíaca em casa. • Foi ele o autor da magnífica Sereia esculpida no Litoral Norte de Maceió e que acabou batizando a praia onde está imortalizada. Virou Mirante da Sereia. • Ele recebeu a encomenda de esculpir uma formosa e sensual sereia em 1962, do então governador Luiz Cavalcante, o Major Luiz, quando este governava o Estado (1961 a 1966). • Além do trabalho feito com a sereia de Maceió, o artista nascido em Olinda expôs seus trabalhos e vários países. Foi ainda um dos pioneiros da Arte Moderna em Pernambuco, sendo inclusive um dos fundadores da Sociedade de Arte Moderna do Recife.

MACEIÓ - QUARTA-FEIRA, 14 DE MARÇO DE 2018 POLÍTICA 7

Aécio triplica patrimônio desde a eleição de 2014

Crescimento é resultado de uma operação financeira entre senador e irmã

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e acordo com reportagem da Folha, documentos da Receita Federal revelam que o patrimônio declarado do senador Aécio Neves (PSDBMG) triplicou após a eleição de 2014, quando foi derrotado por Dilma Rousseff (PT). O salto foi de R$ 2,5 milhões em 2015 para R$ 8 milhões em 2016. O crescimento é resultado de uma operação financeira entre Aécio e sua irmã Andrea Neves envolvendo cotas que o senador detinha em uma rádio, a Arco Íris, da qual foi sócio durante seis anos. A quebra do sigilo fiscal do tucano foi ordenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em uma ação cautelar que corre paralelamente ao inquérito que investiga o parlamentar por ter pedido R$ 2 milhões ao dono da empresa de carnes JBS, Joesley Batista. A Folha teve acesso aos documentos da investigação. Metade dos recursos foi rastreada pela Operação Patmos, um desdobramento da

LULA MARQUES

Patrimônio do senador tucano Aécio Neves subiu de R$ 2,5 milhões em 2015 para R$ 8 milhões em 2016

Lava Jato no STF, que levou à prisão de Andrea, braço direito de Aécio quando ele governou Minas Gerais (20032010). Ela foi solta em junho.Nas eleições de 2014, Aécio declarou ao TSE que suas cotas na Arco Íris, afiliada da Jo-

vem Pan, valiam R$ 700 mil, na forma de uma dívida que mantinha com a antiga dona, sua mãe. Por dois anos, em 2014 e 2015, o tucano também declarou à Receita R$ 700 mil, conforme as cópias das declarações de Imposto de Renda

agora em poder do STF. Em setembro de 2016, Aécio decidiu vender suas cotas à outra sócia na rádio, Andrea. Ao realizar a operação, o senador declarou ao Fisco que elas valiam R$ 6,6 milhões, quase dez vezes mais do que um ano antes.


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