Tribuna do Norte - 21/03/2010

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Editor: Edilson Braga e-mail: braga@tribunadonorte.com.br

NATAL • RIO GRANDE DO NORTE Domingo • 21 de março de 2010

Depois de se integrar no projeto do satélite Corot, a UFRN foi novamente convidada a participar de uma missão espacial. Agora a instituição está pronta a dar um passo ainda maior no campo da astronomia [ SATÉLITE ]

UFRN na “maior aventura humana” descoberta de um planeta fora do sistema solar com 300 vezes a massa da terra, anunciada na última semana, é motivo de orgulho também para o Rio Grande do Norte. O satélite Corot, responsável por “achar” o corpo celeste localizado a 1.500 anos-luz de distância, é fruto de um consórcio internacional do qual o Brasil faz parte e que inclui um centro da missão na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A UFRN agora está pronta a dar um passo ainda maior no campo da astronomia, a participação no projeto Plato. “A Agência Espacial Europeia decidiu lançar agora o satélite Plato, uma espécie de continuação da Missão Corot, com capacidade científica muito maior que o anterior. Enquanto o Corot foi concebido para observar 100 mil estrelas, o Plato vai observar 500 mil. Vai ter condições, inclusive, de descobrir planetas idênticos, iguais à terra. E devido à grande contribuição brasileira na Missão Corot, fomos novamente convidados a participar”, revela o astrônomo e astrofísico José Renan de Medeiros, do Departamento de Física da UFRN. O convite se consolidou entre o final de 2009 e o início deste

A

ano e representará a participação dos pesquisadores potiguares no que o cientista chama de “maior aventura da ciência moderna”, com relação à busca por planetas fora do sistema solar. Dentro do consórcio estão, além da UFRN, a Universidade de São Paulo (USP), a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Mauá de Tecnologia. “O Plato vai revolucionar a busca por outros planetas”, resume. A vida útil do satélite será de seis anos em órbita e o lançamento só deve ocorrer em 2018. Os benefícios do projeto, porém, já serão sentidos este ano. “Vamos contribuir de várias maneiras. A primeira é enviando jovens engenheiros, físicos e matemáticos para a Europa, para participar diretamente do desenvolvimento dos softwares e do hardware necessários ao desenvolvimento do satélite”, revela José Renan. A seleção já se iniciou e a quantidade de jovens escolhidos dependerá de quantos serão identificados com a qualificação necessária, mas a previsão é de até 12 serem enviados, a partir do segundo semestre. Eles participarão da primeira fase do projeto, que prossegue até por volta de 2013. Nesse período, a UFRN também irá preparar

amostras a serem observadas pelo Plato. “Ou seja, vamos caracterizar as estrelas em torno das quais o satélite vai buscar novos planetas”, explica o professor. Segundo ele, a grande “coqueluche” da ciência na atualidade é descobrir planetas iguais à terra. Outra possibilidade é o Brasil participar do desenvolvimento de alguma parte da estrutura do satélite. “Essa definição vai depender da competência que mostrarmos. Só em ter parte do satélite construído em nosso país já seria uma grande vitória, mas é claro que o objetivo é que seja aqui na UFRN”. As chances de Natal aumentam pelo fato de a cidade ser a sede do Instituto Nacional de Estudos do Espaço, coordenado pelo próprio José Renan. Enquanto a Missão Corot é comandada pela França, o Plato é um projeto maior da Agência Espacial Europeia e conta com participação também de centros de pesquisa dos Estados Unidos e Índia. “Enquanto o CoRot é o que chamamos de pequeno satélite, o Plato está na casa dos grandes satélites. A Missão Corot custou em torno de 160 milhões de euros. A estimativa para o Plato é algo em torno de 500 milhões de euros (cerca de R$ 1,2 bilhão)”, compara.

EMANUEL AMARAL

O astrofísico José Renan, do Departamento de Física da UFRN, participa do projeto do satélite


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