Tribuna do Norte - 16/07/2013

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natal Editora: Rosa Lúcia Andrade [pauta@tribunadonorte.com.br ]

Natal • Rio Grande do Norte • Terça-feira • 16 de julho de 2013

Pediatras: há vagas na Maternidade « SAÚDE » Com o quadro atual da pediatria na Maternidade, referência no Estado, a escala só está garantida

até hoje. A partir de amanhã depende de seleção simplificada que não tinha atingido meta até ontem JOÃO MARIA ALVES

SARA VASCONCELOS repórter

Maternidade-Escola Januário Cicco, maior maternidade pública no Estado, poderá suspender novamente o atendimento a partir de amanhã (17), quando a escala de plantão não contará mais com médicos pediatras. A decisão depende do resultado do processo de seleção simplificada, encerrado à meia-noite desta segunda-feira, dia 15, para contratação de oito médicos. Até a manhã de ontem, somente três interessados se inscreveram para as vagas e, até então, a direção da MEJC não sabia informar quais medidas serão adotadas para continuar realizando partos. Entre as alternativas enumeradas pelo diretor-geral, Kleber Morais, para evitar nova suspensão estão o de repactuar com o governo do Estado o atendimento das gestantes que chegarem à Januário Cicco, em trabalho de parto; aumentar a quantidade de plantões dos pediatras do quadro e a dos novos médicos para tentar fechar a escala para a segunda quinzena de julho.

A

Maternidade Januário Cicco está superlotada e sem profissionais para atender aos recémnascidos. Setor de alto risco está com sete leitos extras instalados nos corredores

“Somente amanhã (hoje) saberemos quantos médicos foram selecionados e a disponibilidade de cada um para os plantões. Com estes dados, é que iremos negociar com os pediatras do quadro, o aumento de plantões, hoje fixado em oito”, explicou o diretor. Com a maternidade operando acima da capacidade e com a

Em Parnamirim greve reduz atendimento pela metade A Maternidade Divino Amor está operando com 50% da capacidade, devido à greve dos servidores de saúde de Parnamirim. Somente atendimentos de urgência e emergência estão mantidos. Durante o final de semana, uma enfermaria de alojamento misto (mãe e bebê) com 8 leitos e outras três gerais, com 6 leitos cada uma, foram desativadas temporariamente, devido à redução de técnicos de enfermagem e enfermeiros. Com isso, dos 48 leitos da unidade, na manhã de ontem, somente 22 estavam ativos e ocupados, além de duas pacientes em macas no corredor. Como os médicos não aderiram à paralisação, a totalidade dos partos (normal e cesáreas) são realizados. Em greve desde o último dia 8, serviços ambulatoriais, vacinas e cirurgias eletivas foram suspensos. Após uma hora de espera, o casal Danielle e Fabio Ripardo não conseguiram o teste do pezinho para a filha Manoela de cinco dias de vida. “Hoje é o último prazo para fazer o teste”, reclamou o pai. As reivindicações da categoria são a implantação de Plano de Cargos e Salários, aumento de gratificações e realização de novo concurso, além de melhores condições de trabalho. “O quadro de pessoal está defasado. Não é possível sequer manter em 30% o efetivo na greve e estamos trabalhando com 50% do pessoal, para manter urgência e emergência”, disse. A diretora geral Maria do Socorro Moraes disse não ter ainda o balanço da redução dos atendimentos, com o fechamento das enfermarias no fim de semana, mas admite que o atendimento fica comprometido. “Reconhecemos a legitimidade das reivindicações, mas o pre-

juízo maior é para a população”, disse. Em caso de suspensão dos partos na MEJC, a diretora enfatiza que não há condições de absorver a demanda. Uma reunião entre direção, comando de greve e o secretário de saúde Márcio César Pinheiro está agendada para hoje, quando será formatado uma contraproposta a ser apresentada na quarta-feira, durante audiência da categoria com o prefeito. O secretário antecipa que não há como reajustar em 100% a gratificação por emergência. “Veremos um valor que possa recuperar a defasagem, mas não comprometa a margem de endividamento”, afirma. Com o reajuste as gratificações de emergência por plantão de 12 horas passariam de R$ 150 para R$ 300 (nível elementar), de R$ 300 para R$ 600, pagos a profissionais e nível médio, e de R$ 800 para R$ 1,6 mil, os de graduação superior.

desativação da Maternidade Leide Moraes devido a obras de reforma, uma nova paralisação é considerada crítica. Com os 19 leitos de UTI neonatal ocupados, na manhã de ontem, quatro bebês aguardavam, no Centro de Recuperação de Operados (CRO), por vaga na UTI. No setor de alto risco materno, além dos nove leitos, outros

EMERGÊNCIA A Secretaria Municipal de Saúde de Natal não descarta a possibilidade de decreto de emergência na saúde,até a próxima sexta-feira,quando a PGM conclui a análise da legalidade do decreto.A previsão foi reiterada pelo secretário de saúde,Cipriano Maia,que admite que o incremento de R$ 250 mil do Piso de Atenção Básica (PAB) são insuficientes para reverter o decreto.“Não há ainda previsão de quando e como serão liberados”, disse. A SMS pleiteia a liberação de recursos em caráter emergencial para reparos em 15 unidades de atendimento básico que estão prestes a fechar as portas.A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) precisa de R$ 3 milhões para isso.“O decreto de emergência busca caracterizar a urgência do pedido e garantir os recursos”, disse o secretário.Além destas, outras 22 estão com problemas de infraestrutura.

sete extras instalados no corredor, também estavam ocupados. Entre eles, estava a dona de casa Valtercia Tertuliano Gomes, de 31 anos, que precisou voltar a ser internada depois de dar à luz a Ketlen, por problemas de pressão arterial. “Já faz sete dias que estou em leito de corredor e não tem previsão de alta, só quando a pres-

são estabilizar. Tenho toda assistência, mas é difícil ficar aqui, exposta”, conta. Entre os dias 26 e 30 do mês passado, devido a deficiência de profissionais, a realização de partos foi interrompida na MEJC, nos turnos que não contavam com pediatra na escala. Nos dias 29 e 30 do mês passado, o Hospital Santa Catarina

assumiu o serviço de referência obstétrica de alto risco, recebendo pacientes que precisavam da presença de pediatra, enquanto a MEJC manteve a assistência ginecológica, incluindo procedimentos clínicos não relacionados ao nascimento. “O pacto poderá ser retomado”, observa Morais. Além da contratação de novos pediatras, o valor do plantão foi reajustado de R$ 780,00 (durante a semana) e R$ 930 (finais de semana) para R$ 1.050,00. A defasagem no valor pago foi uma das causas para a falta de plantonistas na unidade. Médicos que davam de 5 a 6 plantões passaram a dar somente 3 por causa do valor pago, considerado abaixo do mercado. Atualmente, 23 pediatras atuam na MEJC, sendo 11 da UFRN e 13 da Funpec. Há necessidade de mais 22 pediatras. Contudo, concurso público só será realizado depois que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que assumiu a gestão dos Hospitais Universitários, concluir o dimensionamento da rede, afirmou o diretor Kleber Morais.


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