JTM 26-03-2012

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especial

TSANG TERMINA EM JUNHO COM POPULARIDADE EM BAIXA. Donald Tsang cessa funções como Chefe do Executivo de Hong Kong a 30 de Junho, mas sem a popularidade de outrora, beliscada pelo impacto da crise mundial no centro financeiro e sobretudo pelos “erros” que marcam o final do segundo mandato. Donald Tsang chegou à cadeira do poder há sete anos para substituir, a meio do mandato, Tung Chee-hwa que, depois de uma sucessão de fracassos políticos e protestos, se demitiu em Julho de 2005 alegando problemas de saúde.

l ficou na rua mas fez-se ouvir

áximo em Hong Kong. Querem “o sufrágio universal”, a “democracia” e estão contra qualquer candidato que só seja escolhido por uma minoria, bem resenta “os ricos”. Esperam “o pior” daqui para a frente

Eleição decidida por 1.200 membros numa população de sete milhões é contestada

Manifestantes à entrada do Centro de Convenções, sempre vigiados pela polícia

arados de candidatos personificam o adversáreira. “Estamos aqui a lutar pela democracia” e 19 anos, estudante de Serviço Social, que inque estão a exigir. “Leung e Tang têm probleequim controla-os. Lutamos aqui por direitos mos nós que os nomeámos, e lutamos porque voto universal”. o anunciado que não seria tolerado material deiras e faixas, elas não faltam. As mais visíro são as do “People Power”, uma coligação radicaliza posições. Mas as centenas de banas ao vento não ficam muito tempo em frente ões, pois rapidamente a polícia varre da zona partiriam para um protesto em frente ao GaGoverno Central, segundo alguns repórteres

ne, já se sabia que Leung tinha conquistado 689 votos na Comissão eleitoral, o que o tornava Chefe do Executivo e dispensava outra votação. “Não o queremos como Chefe do Executivo, queremos o sufrágio directo! Estão aqui milhares de pessoas a protestar, a votação simulada também foi muito participada, por isso, até vermos esta exigência cumprida, o povo de Hong Kong nunca estará satisfeito”, explica Kevin Poon, 31 anos, consultor e membro do partido. Leung Kwok-hung, conhecido por “cabelo comprido”, membro do Conselho Legislativo e pertencente à Liga dos Sociais Democratas, também está presente e anda sempre de um lado para o outro. Acaba a discursar numa “reunião” em que os membros da Liga discutem se invadem ou não o Centro de Convenções. Mas após uma meia hora de muitas opiniões, com os manifestantes cada vez mais dispersos, bem como a polícia, que entretanto, começa a desmobilizar, acabam por desistir.

rios grupos presentes em frente ao Centro de rsando à vez. Palavras de ordem não faltam. s do Partido Cívico volta a pegar no microfo-

“LEUNG ESTÁ PELOS RICOS” A desmontar dois beliches, em frente ao Central Plaza, sempre vigiado pelos seguranças, está Keith Au, de 36 anos e trabalhador na

Leung e Tang foram os principais alvos dos manifestantes

área social. “Nestas camas estivemos quatro pessoas a dormir duas noites, como forma de protesto. Queremos que o Governo olhe mais para os problemas que afectam a vida das pessoas, como a educação, a saúde e a habitação pública. E Leung? “Ele está pelos ricos, estou muito preocupado com tudo isto”. Com uma votação mais rápida do que o esperado, uma vez que era colocada a possibilidade de ter de haver mais do que uma votação, os manifestantes desmobilizam e cerca das 14:00 a Harbour Road volta a ser reaberta ao trânsito. Quase nem dá para imaginar a multidão que uma hora antes impedia a circulação. Pelo resto da cidade, pouco se dava pelas eleições. Nos bares da zona de Wan Chai, adeptos de râguebi assistiam aos jogos das suas selecções, que participaram no Torneio de Sevens, que também decorreu na cidade e que acabou por repartir as atenções mediáticas. Em Central, como já é habitual, centenas de domésticas, da Indonésia e sobretudo das Filipinas, aproveitavam o dia livre, sentadas em pedaços de papelão, a comer, a jogar ou a dormir, para admiração de alguns que por ali passavam.

pelos direitos e liberdades

uistou ontem 689 votos na Comissão Eleitoral, contra 285 conquistados por Tang

am como favorito, e as manifestações de intenção de have do colégio, nas vésperas do acto, como do maior Hong Kong – o pró-Pequim Aliança Democrática para esso de Hong Kong (DAB) –, com mais de 200 assentos lo”. Leung partiu para a corrida em segundo lugar – nombros do comité eleitoral, atrás dos 379 que apoiaram to pró-Pequim Henry Tang –, contudo, começou a ser ncedor desde o primeiro debate, beneficiando, no dea, das polémicas que tiveram o seu principal oponente . ex-número dois do Governo de Hong Kong, foi perestalar continuado de escândalos, aliás, foco principal

nal tribuna de macau

de debates e de jogos de bastidores no seio do campo pró-Pequim. Desde relações extraconjugais, aos rumores de um filho ilegítimo até às obras ilegais em sua casa, pelas quais responsabilizou a mulher, Henry Tang foi “condenado” na praça pública e chegou a ser pressionado, em várias frentes, a abandonar a disputa. CHUI SAI ON SAÚDA NOVO LÍDER. O líder do Governo de Macau endereçou ontem a Leung Chun-ying uma mensagem de felicitações pela vitória nas eleições para Chefe do Executivo de Hong Kong. Chui Sai On destacou, num comunicado oficial, que, ao longo dos últimos anos, Macau e Hong Kong “têm cooperado intensamente, designadamente na implementação do projecto de construção da Zona Metropolitana do Delta do Rio das Pérolas e da Ponte Hong Kong-ZhuhaiMacau”.

Leung (dir.) obteve 689 votos contra os 285 de Henry Tang pág 11


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