Revista CNT Transporte Atual - ABRIL_MAIO/2004

Page 45

JOSE MEDEIROS/FUTURA PRESS

ABRIL/MAIO 2004 CNT REVISTA 45

rais”, lamenta. Considerando os principais corredores de transporte do país, de acordo com a Pesquisa Rodoviária CNT 2003, o Nordeste é a região que tem a maior extensão da malha, com mais de 15 mil quilômetros de estradas pavimentadas. Em seguida vem o Sudeste, o Centro-Oeste, o Sul e, por último, o Norte. No total, são quase 48 mil quilômetros de rodovias, sendo que 81,92% delas estão em estado deficiente, ruim ou péssimo. O Norte, apesar de ter a menor malha rodoviária do Brasil, possui 92,7% de suas estradas em estado precário. Ape nas 7,3% dos corredores de transporte encontram-se em um bom estado de conservação. No Nordeste, a situação também não é muito diferente, com o índice de 90,2% de estradas em situação deficiente, ruim ou péssima. A região Sul é a que aparece em melhores condições, com 30,5% das estradas em boa conser vação (veja quadros). O presidente da Federação das Empresas de Transportes da Amazônia (Fetramaz), Irani Bertolini, informou que o Estado tem enfrentado freqüentes piquetes de greves, causando sé rios pro ble mas de atra so. “Seguidamente questionamos o DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transpor tes), mas não temos tido a aten ção desejada. Recorremos tam bém ao Ministério dos Trans portes, mas que também tem feito muito pouco para solucio nar os problemas das estra das”, diz Bertolini. Na região Norte, o custo do transporte chega a ser até 50% superior do que nas condições

OS PROBLEMAS DO NORDESTE Problemas nas estradas geram prejuízo de mais de

20% aos produtores agrícolas, que vendem frutas em consignação Custos de manutenção de veículos são onerados em mais de 30% Aumento de preço dos produtos de consumo direto e de matéria prima que, em

90%, são oriundos do sul do Brasil

nor mais de tra fe ga bi li da de. Se gun do Bertolini, a BR-364 está totalmente esburacada, sendo que ela é a principal rodovia por onde é feito o transporte de soja – o que acaba danificando ainda mais a estrada. “Além dos atrasos na en trega do produto, há um aumento nos custos de manutenção, vida útil do veí culo e dos pneus, o que acaba por elevar o custo do frete. Quem acaba pagando por isso é o consumidor final.” De acordo com o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Nordeste (Fetracan), Newton Gibson, os custos de manutenção de veículos são onerados em mais de 30% por causa dos problemas de conservação das rodovias. “Fora isso, ainda é preciso contabilizar o acréscimo no consumo de combustível”, lembra Gibson. O dirigente reforça que a região Nordeste é especialmente afetada com o custo-Brasil, pois 90% dos produtos de consumo direto e de matéria prima são ABTC/DIVULGAÇÃO


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.