Revista CNT Transporte Atual - Mai/2009

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ESTRATÉGIA AEROPORTO DE CONFINS/DIVULGAÇÃO

superior a 5 milhões de passageiros

geiros ao ano passou de 4,619 milhões em 2003 (quando o aeroporto Santos Dumont ainda operava sem restrições) para 10,754 milhões em 2008. No entanto, a principal porta de entrada do país ainda é o aeroporto de Guarulhos (SP). No ano passado, 8,845 milhões de passageiros de voos internacionais passaram pelo local, enquanto no Galeão o número foi de 2,222 milhões. Hoje, 28 voos internacionais sem escala são oferecidos pelas companhias que atuam no aeroporto. Em Confins, a movimentação total de passageiros passou de 364.910 em 2003 para

TAM cresceu atuando em aeroporto central Exemplo claro de como a distribuição de voos em um determinado aeroporto pode influenciar o crescimento de uma empresa aérea é a história da TAM (Transporte Aéreo Marília). A empresa começou realizando voos regionais no Estado de São Paulo, assumiu a liderança de mercado no país e é a única empresa brasileira a operar rotas internacionais além da América do Sul. Entre as décadas de 70 e 80, Congonhas era o principal aeroporto do Brasil, mas já estava saturado. Surgiu então a necessidade da construção de um novo terminal, o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos Governador André Franco Montoro, no distrito de Cumbica. A partir de então, todas as operações das chamadas linhas tronco (capital para capital) foram transferidas para Guarulhos, permanecendo em

“E se o tráfego começar a cair no Galeão, o que será feito?” ANTÔNIO JORGE ASSUNÇÃO, PRESIDENTE DO COMITÊ DA EMPRESAS AÉREAS DO GALEÃO

Congonhas apenas os voos regionais realizados em aeronaves turbo-hélice. O governo federal mantinha na época um incentivo à aviação regional por meio do Fundo Aeroviário, o qual destinava 3% do valor de todas as passagens das linhas tronco para subsidiar linhas regionais entre as capitais e cidades do interior dos Estados. Cada região era atendida por uma empresa: Taba no Norte, Votec no Centro-Oeste, RioSul no Sul, Nordeste, no Nordeste e a TAM no Sudeste, que operava sozinha no aeroporto de Congonhas. Fontes do setor afirmam que a empresa, mesmo com as restrições, passou a oferecer voos de Congonhas para outras capitais com um Bandeirante de 18 lugares. Para tanto, eram feitas escalas em cidades do interior, como Ribeirão Preto, em uma rota de São Paulo a

5,189 milhões em 2008. Os voos internacionais diretos começaram a ser oferecidos no ano passado. Atualmente são três rotas com destino a Portugal, Miami e Panamá. As empresas aéreas também reivindicam a solução para alguns problemas na infraestrutura do Santos Dumont. O Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) encaminhou em 11 de março um ofício à presidência da Anac alertando sobre a necessidade de realização de obras antes que o aeroporto receba um volume maior de tráfego. Na carta, assinada pelo presi-

Brasília, não descaracterizando assim a sua função de companhia regional. Para o consultor André Castellini, da Bain & Company, o sucesso da TAM é devido a uma série de acertos, mas principalmente pela estratégia adotada pela empresa na utilização do aeroporto. “A empresa soube entender e explorar a preferência que o passageiro tinha e ainda tem por Congonhas”, diz. Na época, a empresa apresentava crescimento maior do que as suas concorrentes, que decidiram reivindicar o direito de voltar a operar no aeroporto central. Mesmo com o restabelecimento dos voos das outras empresas, a TAM mantinha a hegemonia em Congonhas. Suas instalações ocupavam metade do saguão com salas de embarque exclusivas que ofereciam serviço de bordo ainda em terra.

dente do sindicato, José Márcio Monsão Mollo, estão listadas a colocação de nova camada porosa na pista auxiliar e a reforma da pista principal, recuperação das taxiways (pistas auxiliares utilizadas para manobra de aeronave), do pátio de estacionamento das aeronaves e ainda a necessidade de reforma da área de movimento, uma vez que esta apresenta “remendos”, identificando que “não houve recuperação de pavimento e sim intervenções paliativas que não resistirão a uma operação intensa”. A Anac encaminhou o ofício para a Infraero, que ainda avalia os questionamentos.


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