Revista polo um ano v nº 9

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Ano V nº 9 2016 ISSN 32317-532X

HISTÓRICO Márcio Roberto é o primeiro aluno com deficiência auditiva a fazer uma pós-graduação em EaD na UEMA ENTREVISTA Prof. Dr. Klauss Schlunzen Junior fala sobre acessibilidade na EaD.

Alunas do Curso Técnico em Alimentos desenvolvem Barra de Cereal com sabor maranhense.

O DESAFIO DA ACESSIBILIDADE

Uma videoaula adaptada para deficientes auditivos


Ano V nº 9 2016 ISSN 32317-532X

H IS TÓRICO HISTÓRICO STÓ Már cio Rober to é o Márcio Roberto primeir o aluno com primeiro deficiência auditiva a fazer uma pós-graduação em EaD na UEMA EENTREVISTA N T R EEV V S T A EN NT TR RE VIIIS ST TA Prof. Dr Dr.. Klauss Schlunzen Junior fala sobre acessibilidade na EaD.

Alunas Alunas do Curso Curso Técnico lunas do urso Técnico écnico em Alimentos em Alimentos limentos desenvolvem desenvolvem Barra Barra de Cereal Cereal com sabor arra de ereal com om sabor abor maranhense. maranhense. aranhense.

OD ESAFIO D A DESAFIO DA A CESSIBILID ADE ACESSIBILIDADE AC DA

Uma videoaula adaptada para deficientes auditivos


EDITORIAL

O DESAFIO DA

ACESSIBILIDADE

em contribuir para a discussão e o aprofundamento dos estudos realizados, despertando assim, críticas e contribuições que possam potencializar melhores resultados em busca da melhoria da Educação a Distância. A Revista POLO UM é uma publicação semestral da Universidade Estadual do Maranhão, por meio do seu Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMAnet, tendo em vista à promoção do debate acadêmico, contribuindo para o conhecimento científico acerca das produções sobre Educação a Distância. Visa, ainda, divulgar e socializar as experiências vivenciadas na UEMA, no âmbito da EaD, considerando toda a sua abrangência no Estado do Maranhão, atingindo, atualmente, 56 Polos de Apoio Presencial instalados em 41 municípios, gerando intercâmbio entre alunos, tutores, professores e educadores de maneira geral. Desse modo, reafirmo que é com muita satisfação que a UEMA lança mais um número da Revista POLO UM, editada em três idiomas: português, inglês e espanhol, a ser compartilhada com todos aqueles que vislumbram na EaD um espaço de possibilidades e oportunidades efetivas na busca da construção coletiva e colaborativa de conhecimentos. Boa leitura,

Revista do Núcleo de Tecnologias para Educação da Universidade Estadual do Maranhão

A

A Revista POLO UM apresenta em sua décima edição, valiosa contribuição aos estudiosos e interessados da área de educação, de modo particular, àqueles que se dedicam à temática da Acessibilidade. Traz ainda, um conjunto de matérias interessantes acerca dos produtos desenvolvidos na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), resultado de estudos realizados no Núcleo de Tecnologia para a Educação (UEMAnet), com abordagens diversificadas, tratadas de forma clara e objetiva pelos autores que colaboraram com este exemplar. Contamos, com uma entrevista instigante do Prof. Dr. Klaus Schlunzen Junior, Coordenador do Núcleo de Educação a Distância da Unesp, na qual discorre sobre as Tecnologias Assistivas e sua experiência com a cultura da inclusão digital. Registramos também, o nosso esforço na busca pela excelência, notadamente, no que diz respeito à promoção do acesso ao conhecimento a todos os nossos alunos. Através da conquista do Marcio Roberto Silva, primeiro aluno deficiente auditivo a obter uma pós-graduação em EaD na UEMA, contamos como adaptamos uma videoaula para atender sua necessidade. É importante destacar que, mesmo se tratando de temáticas diferenciadas, cada matéria traduz a preocupação e o compromisso dos autores

Foto: UEMAnet

Ilka Márcia Ribeiro Serra Coordenadora Geral do Núcleo de Tecnologias para Educação - UEMAnet Universidade Estadual do Maranhão



SUMÁRIO

04 12 21

REFERÊNCIA

VALIDAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA A EaD: uma experiência do Núcleo de Tecnologias para Educação

EDUCAÇÃO

O USO DAS TECNOLOGIAS: uma forma de apoio ao aluno com deficiência física

NA PRÁTICA

Alunas do Curso Técnico em Alimentos desenvolvem Barra de Cereal com sabor maranhense

10 ENTREVISTA

17 ACONTECEU

15 DESTAQUE

23 EXCELÊNCIA

Prof. Dr. Klauss fala sobre Acessibilidade na EaD

Uma videoaula adaptada para deficientes auditivos

UEMAnet no I Fórum Institucional das Licenciaturas do Maranhão

EaD e o Sistema Tutorial

Expediente Reitor da UEMA Prof. Gustavo Pereira da Costa Vice-reitor da UEMA Prof. Walter Canales Sant’Ana Coord. Geral do UEMANET Profa. Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra Editor Ruben Mukama Revisão Lucirene Ferreira Lopes Reportagens Ruben Mukama Tradução para Inglês Aline Varela Tradução para Espanhol Rubén Barrera Labrada Imagens Aerton/Andriolli Araújo/Internet/Rômulo Coelho/Ruben Mukama

Arte Aerton Oliveira Diagramação Tonho Lemos Martins CONSELHO EDITORIAL Ana Beatriz Nunes Ana Luzia S. P. Pires Eliza Flora M. Araújo


REFERÊNCIA

Foto: UEMAnet

VALIDAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS PARA A EaD: UMA EXPERIÊNCIA DO NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA A EDUCAÇÃO (UEMAnet) Ane Beatriz dos Santos Duailibe 1 Leonor Viana de Oliveira Ribeiro 2 Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

RESUMO: A validação de materiais para a EaD tem sido um grande desafio para as IES, especialmente pela ausência de padronização e as diversas abordagens que se apresentam como critérios no processo de validação e postagem no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). O relato de experiência deste estudo tem como objetivo apresentar, de forma ab.duailibe@gmail.com 1 leonorvianna@gmail.com 2

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condensada, os produtos elaborados para a EaD, o fluxograma desses materiais, a demonstração do processo de validação, ressaltando as especificidades de cada recurso para aprendizagem on-line, além da identificação dos principais critérios de validação para inclusão de materiais didáticos no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), no Núcleo de Tecnologias para Educação (UEMAnet).

PALAVRAS-CHAVE: Educação a distância. Aprendizagem on-line. Materiais didáticos. Validação.


REFERÊNCIA

1 Introdução A produção de material didático na EaD é de grande importância para a efetiva aprendizagem do aluno e, para isso, exige alguns diferenciais em sua elaboração; aspectos que devem ser observados por todos os profissionais que integram o processo de produção. A validação de materiais didáticos ocorre no momento anterior à postagem dos produtos no AVA, dando ao material elaborado a certificação de sua validade e confiabilidade, atestando a relação com o conteúdo da disciplina em questão. Buscamos avaliar, por exemplo, se o material utilizado é inteligível, ou se os alunos conseguem compreendê-lo mesmo na ausência de explicação do professor. Observar aspectos como organização, clareza e objetividade das atividades e produtos, e ainda a articulação entre o conteúdo, o processo ensino-aprendizagem e as diversas mídias propostas, são aspectos relevantes, pois a aprendizagem ocorre quando o aluno compreende, e é capaz de interpretar o que o professor propõe nas atividades da disciplina. No entanto, a validação de materiais para a EaD tem sido um grande desafio para as IES, especialmente por sua ausência de padronização e as diversas abordagens que se apresentam como critérios a esse processo e ao de postagem no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) oferta cursos na modalidade a distância desde o ano 2000. Criado pela Resolução nº 239/2000 do Conselho Universitário (CONSUN), o antigo Núcleo de Educação a Distância (NEaD), hoje Núcleo de Tecnologias para Educação (UEMAnet), é responsável pela concepção, gestão e avaliação de projetos em educação a distância, visando dar suporte pedagógico e tecnológico aos cursos presenciais e a distância oferecidos pela Instituição, através do desenvolvimento de tecnologias e mídias educacionais. Com o intuito de atender às demandas da sociedade maranhense no que tange à formação de profissionais nas diversas áreas de conhecimento, promove cursos nos níveis técnicos, em parceria com a Rede e-Tec Brasil; graduações e pós- graduações, em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB). Os cursos possuem um desenho pedagógico que integra diversos recursos didáticos, alinhados à sua estrutura curricular. Tais recursos são organizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), local onde são disponibilizadas ferramentas que permitem o acesso aos cursos ou disciplinas ofertadas. Estão dispostos da seguinte forma: Figura 1 – Recursos didáticos disponibilizados na plataforma do curso de Especialização em Psicologia da Educação para a disciplina Ambientação em EaD.

O Núcleo de Tecnologias para a Educação (UEMAnet) da Universidade Estadual do Maranhão, conta com uma equipe multidisciplinar responsável pelo planejamento, criatividade e produção de recursos didáticos voltados para a prática educativa, os quais, depois de finalizados, passam pelo processo de validação, onde se observa as especificidades de cada material produzido. Apresentamos aqui um relato de experiência que tem como principal objetivo apresentar as especificidades da validação dos materiais didáticos no setor Design Educacional, deste Núcleo, destacando aspectos considerados relevantes neste processo.

2 O Núcleo de Tecnologias para a Educação a Produção de Materiais Didáticos

Fonte: AVA Moodle, 2015. (Interface pós-graduação)

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REFERÊNCIA Estes recursos são construídos a partir do planejamento em Re.De, que conta com uma equipe multidisciplinar “situada e projetada no mundo das TIC, conectada em rede de relacionamentos e especificidades profissionais voltados para o planejamento, a criatividade e a produção de multimeios para a prática educativa.” (RIOS, 2013). Esta ação envolve designers pedagógicos, designers de vídeos e designers de mídia textual, a fim de que as ferramentas sejam construídas de forma articulada para

atender as especificidades de cada curso. Para o processo de validação, existe uma equipe de Assistentes Pedagógicos do setor Design Educacional que atua de acordo com as demandas de seus cursos. Todavia, não basta apenas disponibilizar o acesso às ferramentas, é necessário que o professor desenvolva um planejamento integrado com o uso das mídias. Assim, o plano de ensino dá origem aos diversos produtos que serão validados e disponibilizados no AVA, conforme o fluxograma a seguir.

Figura 2 – Fluxograma de processo de validação dos materiais didáticos

Processo de Validação

Recebimento dos produtos finalizados

Plano de Ensino Roteiro de estudo

Roteiro de prática Videoaulas

Avaliação

Atividades práticas

Atividades e tarefas

Fóruns

Slide webconferência Fonte: UEMAnet, 2015

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REFERÊNCIA a) Plano de Ensino: Documento norteador da disciplina, no qual constam os desdobramentos da ementa, objetivos, unidades, metodologias, recursos didáticos, bibliografia básica e complementar. De acordo com Paixão e Vidal (2015), “os planos devem ser flexíveis frente às situações imprevistas, ter clareza e objetividade, articular teoria e prática e utilizar metodologias diversificadas, inovadoras, que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem”. b) Roteiro de Estudo: Documento de orientação para o aluno, onde consta todo o planejamento da disciplina: distribuição da carga horária, objetivos de aprendizagem, atividades e materiais didáticos dispostos em cada unidade de ensino. Estes roteiros funcionam como estratégia didática, um guia de orientação que possibilita ao aluno o planejamento de seus estudos. Dessa forma, “a estratégia didática refere-se aos procedimentos e às técnicas específicas para que os objetivos de ensino e de aprendizagem sejam atingidos; estes normalmente contemplam, também, os recursos, ou seja, os meios materiais utilizados no processo de ensino-aprendizagem.” (ARAÚJO JR.; MARQUESI; 2012). c) Roteiro de Prática: Documento que especifica e traz todo desdobramento das atividades práticas a serem executadas no polo. Para Peters (2010), “a aprendizagem dialógica mais intensiva ocorre em seminários e aulas práticas, que podem durar um dia, e às vezes, vários dias.” Um trabalho que se desdobra em várias ações, numa releitura dos textos propostos pela disciplina através de atividades práticas. d) Avaliação: Documento avaliativo para aplicação no polo de apoio presencial em data previamente agendada e envio para a logística de avaliação quinze dias antes da aplicação. Para Paixão e Vidal (2015), “as avaliações mais importantes são as que orientam o ensino, integradas ao processo ensino-aprendizagem [...] revelam mais do que provas e devem ser bem elaboradas para não confundir o avaliador e prejudicar o aluno”. e) Fórum: Atividade avaliativa no formato assíncrono organizada para ambientes virtuais de aprendizagem, apresentando discussão sobre temáticas da disciplina. O professor deve elaborar temas que sejam pertinentes à disciplina, com questões problematizadoras

que instiguem o aluno a ampliar suas ideias e que provoquem, efetivamente, as discussões. f) Atividades ou Tarefas: Modelo de avaliação da aprendizagem caracterizado por construção textual, questionário, perguntas e respostas, pesquisas de campo, relato de experiência e outros. Nesse sentido, “mediatizar significa conceber metodologias e estratégias de utilização de materiais de ensino/aprendizagem que potencializem ao máximo a aprendizagem autônoma” (BELLONI, 2001), levando o aluno a construir seu próprio conhecimento através das tarefas e atividades propostas. g) Slides webconference: Materiais organizados em slides para apresentação da disciplina aos tutores antes de sua abertura no Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA. h) Videoaulas: Material em mídia vídeo com o conteúdo da disciplina para disponibilização aos alunos no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Para Paixão e Vidal (2015), “os vídeos oferecem aos ambientes educacionais amplas possibilidades pedagógicas, atuando na facilitação da compreensão do conteúdo e na construção do conhecimento, pois envolvem mais de um sentido do estudante.” A videoaula permite que o professor vá além da abordagem conceitual, oferecendo novas possibilidades de aprendizagem.

3 Validação de Materiais Didáticos para EaD A contemporaneidade através das novas tecnologias trouxe grandes desafios, especialmente, no que diz respeito a planejar e organizar ambientes para aprendizagem online. Segundo Araújo Jr. e Marquesi (2012), “a web constitui um espaço virtual que permite a experiência multissensorial de maneira bastante intensa, valorizando as diferentes formas de aprendizagem e disponibilizando os recursos multimidiáticos”, que deverão favorecer a aprendizagem dos educandos. Nesse sentido, a validação de materiais didáticos para Ambientes Virtuais de Aprendizagem, em plataformas da EaD, tem sido um desafio para as Instituições de Ensino. Os critérios são amplos e não existe uma padronização ou um formato específico que restrinja quais critérios deverão ser UEMAnet • Revista PoloUm | 7


REFERÊNCIA adotados. O Referencial de Qualidade para a Educação Superior a Distância (2007, p. 9) assevera que “os programas podem apresentar diferentes desenhos e múltiplas combinações de linguagens e recursos educacionais e tecnológicos”, possibilitando criar e recriar formatos de materiais em vários contextos de aprendizagem. Para que o processo de validação seja eficaz, é importante observar a construção do material didático no que diz respeito à garantia de unidade entre os conteúdos trabalhados, quaisquer que sejam sua organização, disciplina, módulo, áreas, temas e projetos. Desta feita, as questões apontadas nos Referenciais, se traduzem como primordiais para que haja diálogo entre os vários produtos. Assim, torna-se relevante observar se os critérios de qualidade foram atendidos na elaboração dos produtos, antes que sejam postados no AVA. Para Schons (2009), “os critérios de qualidade relacionados ao conteúdo, linguagem e estética quando bem interligados, apresentando linguagem legível, conteúdo estruturado e estética apropriada permite um material organizado de forma a entreter o aluno”, pois se este não se identifica com o conteúdo proposto, a aprendizagem pode ficar comprometida. Neste sentido, é necessário estabelecer parâmetros de qualidade para cada ferramenta ou produto que constará no AVA.

4 Principais critérios de validação para inclusão no AVA Os parâmetros de qualidade das atividades para o Ambiente Virtual de Aprendizagem, do Núcleo de Tecnologias para a Educação (UEMAnet), são classificados em três dimensões: tecnológica, pedagógica e comunicativa. Os materiais de aprendizagem e de organização da disciplina disponibilizados no AVA são construídos por Designers Pedagógicos (Planejamento e Formatação), Designers de Videoaulas (Direção, edição e pós-produção) e Designers de Mídia Textual (Planejamento, acompanhamento e finalização de fascículos). Após a finalização dos produtos e materiais didáticos, estes são enviados para os Assistentes Pedagógicos, que darão

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início ao processo de validação, antes da postagem no AVA. Neste trâmite, observarse-á aspectos como organização, clareza e objetividade das atividades e produtos, e ainda a articulação entre o conteúdo, o processo ensino-aprendizagem e as diversas mídias propostas, conforme critérios de validação elencados a seguir: CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DO PLANO DE ENSINO: pertinência das temáticas em relação à ementa; relação do objetivo geral com rol de conteúdos da ementa; objetivos específicos correlacionados aos conteúdos da disciplina; distribuição e organização das unidades de ensino; metodologia de ensino, recursos didáticos e formas de avaliação; relação das temáticas da ementa à bibliografia apresentada ao aluno. Organização e normas na bibliografia básica e complementar; CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DO ROTEIRO DE ESTUDO: relação das temáticas das disciplinas com as atividades propostas; distribuição das vídeoaulas nas unidades de estudo; distribuição e organização dos materiais nas unidades de estudo; viabilidade de uso dos materiais complementares propostos pelos professores; aspectos pedagógicos e avaliativos nos instrumentos de aprendizagem (fóruns e atividades); objetivos que caracterizem as atividades propostas; CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DO ROTEIRO DE PRÁTICA: viabilidade de execução no polo; identificação com os conteúdos da ementa; sequência lógica das atividades propostas; linguagem para a apresentação e a execução das atividades; distribuição da carga horária; CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DAS AVALIAÇÕES: clareza e objetividade dos assuntos propostos pela ementa; contextualização dos enunciados; ortografia e linguagem; organização do conteúdo da avaliação no template; CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DO FÓRUM: relação com o conteúdo da disciplina; contextualização do enunciado; dialogicidade na construção do texto; problematização das temáticas com o eixo discursivo;


REFERÊNCIA CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DE ATIVIDADES E TAREFAS: linguagem para a EaD; contextualização; objetividade e clareza na construção das questões; relação com o conteúdo da disciplina; articulação com o objetivo da unidade de estudo;

e pós-produção de materiais didáticos para EaD. Temos uma grande demanda de evasão nos cursos a distância e precisamos repensar o formato considerando cada uma das categorias da EaD. Se o aluno é o eixo central do processo, cada recurso de sua aprendizagem precisa ser idealizado e elaborado com este fim.

CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DOS SLIDES WEBCONFERENCE: formatação do conteúdo no slide; aspectos didáticos na organização (cores, fontes, gravuras etc.); distribuição do plano de ensino no slide; estética do material apresentado pelo professor; e

Referências

CRITÉRIOS PARA VALIDAÇÃO DAS VIDEOAULAS: organização das temáticas; distribuição dos conteúdos na tela e na oralidade do professor; tempo de apresentação das cartelas GC; clareza visual das cartelas; trilha sonora para conteúdos de aprendizagem; organização do roll, nomes, funções e palavras; organização da bibliografia no roll (normas da ABNT); ortografia e linguagem.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 2001.

Considerações Finais A validação dos materiais didáticos é de suma importância no processo de criação de recursos didático-pedagógicos para Educação a Distância. O aluno da EaD, desenvolve suas habilidades e competências através dos materiais que são disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem, devendo ser bem elaborados e organizados para facilitar o entendimento e planejamento do aluno para os seus estudos, aspectos diretamente relacionados a autonomia enquanto aluno da EaD. Notamos uma ausência de referenciais que norteiem critérios de validação final para Ambientes Virtuais de Aprendizagem, uma vez que estes devem ser construídos em consonância com o projeto político pedagógico do curso e a ementa enviada pela coordenação de cada curso ao setor de Design Educacional, fato que nem sempre é comprovado na prática de validação.

ARAUJO JR., Carlos Fernando de; MARQUESI, Sueli Cristina. Atividades em ambientes virtuais de aprendizagem: parâmetros de qualidade. In.: FORMIGA, Marcos; LITTO, Fredic. M. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Person Education, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília: MEC/SEED, 2007. PAIXÃO, Germana Costa; VIDAL, Eloisa Maia. Ferramentas tecnopedagógicas em EaD: orientações sobre processos de avaliação formativa. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2015. PETERS, Otto. Didática do Ensino a distância. São Leopoldo: UNISINOS, 2010. RIOS, Maria de Fátima Serra. Representação social da avaliação da aprendizagem virtual de tutores: estudo em um Curso de Pedagogia, a distância no nordeste brasileiro. Dissertação (Mestrado). Universidade de Taubaté. Universidade de Taubaté: Taubaté, 2013. SCHONS, Claudine. Validação de critérios para material didático assíncrono em Educação a Distância. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade de Santa Catarina: Florianópolis, 2009.

Dessa forma, consideramos que seja necessário elaborar critérios de validação relevantes ao processo de criação, produção UEMAnet • Revista PoloUm | 9


ENTREVISTA além do trabalho com os professores, era importante termos pessoas com deficiência próximas de nossas atividades. Passamos a viabilizar o acesso destas pessoas as TDIC disponíveis na Unesp e em 2008 inauguramos o Centro para a Promoção da Inclusão Digital, Escolar e Social (CPIDES), um centro de referência da Universidade em ensino, pesquisa e extensão, que tem como principal objetivo construir uma cultura inclusiva. Portanto, ao considerarmos esse cenário, a acessibilidade passou a ser bandeira de todos que trabalham conosco.

- Como você vê a relação acessibilidade e educação a distância, atualmente, no Brasil e em outros países?

Prof. Dr. Klaus Schlunzen Junior

C

oordenador do Núcleo de Educação a Distância da Unesp, compartilha nesta entrevista a sua experiência com Tecnologias Assistivas e com a cultura da inclusão digital.

- Como surgiu o seu interesse pelo tema da acessibilidade? Klaus Schlunzen - Tenho dedicado toda a minha vida acadêmica a pesquisar o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) em contextos educacionais diversos, como escolas, empresas, ONG, entre outros. Em 2000, quando terminei meu doutorado, minha esposa e eu, recém-doutores, retornamos a Universidade e iniciamos um trabalho de formação de professores para o uso das TDIC e da tecnologia assistiva. Percebemos que

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Klaus Schlunzen - Entendo que acessibilidade e EaD são elementos que estão muito próximos e trabalham de forma complementar. Particularmente, nosso conceito de EaD na Unesp é de que ela é uma modalidade de educação que tem como um dos seus objetivos levar educação de qualidade para pessoas que de alguma maneira estão desprovidas de acesso ao ensino superior. Estas pessoas podem ser pessoas com deficiência ou não. Agora imaginem criar condições de acesso aos Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e aos materiais didáticos? Teremos com isso criado condições até então não imaginadas de acesso ao ensino superior para todos. Portanto, a relação da acessibilidade e a EaD é uma chance muito real de inclusão e de educação inclusiva.

- Quais são as maiores barreiras e obstáculos que limitam o desenvolvimento e uso dos recursos que garantem a acessibilidade nos cursos EaD para pessoas com deficiências, garantindo-lhes o pleno acesso às informações disponíveis? Klaus Schlunzen - Ainda carecemos de profissionais da área e gestores que entendam a importância de garantir os recursos de acessibilidade. Implementar estes recursos, evidentemente, requer investimentos, mas o resultado final não tem preço, pois a qualidade dada ao material e aos ambientes de aprendizagem é incomparavelmente superior ao que se encontra no mundo do trabalho. Além disso, os mesmos materiais podem ser utilizados nos cursos presenciais, o que pode significar a solução para as dificuldades que os professores encontram quando tem uma pessoa com deficiência em sala de aula. Finalmente, para


ENTREVISTA me contrapor aos que dizem que implementar esses recursos é um alto custo, sugiro que as Universidades invistam em bons materiais didáticos já implementados, sem reinventar a roda todas às vezes, e apliquem nestes materiais esforço no sentido de incorporar a acessibilidade. Certamente, teremos grandes avanços.

- Oportunizar, com autonomia o acesso a uma educação de qualidade às pessoas com deficiências, também é uma necessidade que deve ser trabalhada para a promoção da inclusão. Na sua opinião como deve ser feito?

Klaus Schlunzen - No meu entendimento precisamos investir em formação profissional de uma forma geral. Quando falamos de educação, é urgente provocar mudanças na formação inicial do professor da educação básica, como na formação continuada do professor da educação superior. O professor precisa entender que vivemos em um outro contexto, em uma sociedade impregnada de TDIC e que estas tecnologias são importantes ferramentas de promoção da inclusão. As barreiras da tecnologia, até pouco tempo existentes por conta do uso dependente de computadores maiores, não existe mais com a disseminação de tecnologias móveis e da tecnologia assistiva.

Klaus Schlunzen - Quando falamos de inclusão, nos referimos a construção de uma cultura inclusiva. Significa pensarmos e agirmos de forma diferente. Logo, não se tem uma cultura de uma hora para outra. É necessário um investimento em formação de professores, de gestores, de profissionais técnicoadministrativos, enfim, de todos os sujeitos que participam do processo. Talvez o mais difícil de entender é que a construção de uma escola inclusiva começa com a mudança de pensamento e de atitudes. Depois virão as questões mais palpáveis, como a acessibilidade arquitetônica e virtual.

- Como a EaD pode ser adaptada às diferentes necessidades especiais de cada estudante (visual, auditiva, locomotora etc)?

- De que forma a UNESP trabalha a acessibilidade, potencializando a inclusão de pessoas com deficiências físicas e sensoriais?

Klaus Schlunzen - Esta pergunta é muito importante, pois quando falamos de inclusão não estamos falando de adaptações. Incluir não é adaptar materiais e ambientes. Estamos nos referindo a criar condições de igualdade para todos e, portanto, não adaptamos, mas sim construímos formas de acesso para diferentes pessoas aos mesmos recursos educacionais. Isso significa dizer que ao utilizarmos um game em uma atividade com nossos estudantes, usaremos o mesmo game tanto para aquele considerado normal, como para aquele com deficiência. A única diferença é que incorporamos recursos de acessibilidade ao game de maneira a permitir que a pessoa com deficiência jogue-o da mesma maneira como qualquer outro estudante.

- Diante do quadro atual do Brasil, de que forma pode-se melhorar a acessibilidade na educação a distância?

Muitos professores já utilizam estes materiais em suas atividades presenciais, o que por si só já significa um avanço

Klaus Schlunzen - Desde 2014 resolvemos implementar recursos de acessibilidade em todos os materiais desenvolvidos para os nossos cursos na modalidade a distância ou semi-presenciais. Com isso, gradativamente apresentamos aos professores da universidade as possibilidades que as TDIC nos oferecem para a inclusão. Muitos professores já utilizam estes materiais em suas atividades presenciais, o que por si só já significa um avanço. Além disso, temos feito um esforço muito grande para oferecer recursos de acessibilidade nos portais, repositórios e Ambientes Virtuais de Aprendizagem da Unesp. Aos poucos, esperamos identificar a presença da cultura inclusiva no ambiente acadêmico que, no meu entender, será um marco de mudança na educação superior e que terá seus reflexos diretos na sociedade brasileira.

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O USO DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS: UMA FORMA DE APOIO AO ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA Foto: http://www.inclusaodigitalnews.wordpress.com

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Foto: http://www.http://aliensdesign.com.br/

EDUCAÇÃO

M

uitos estudantes enfrentam um problema que talvez a grande maioria da sociedade ainda não tenha percebido. A acessibilidade nos meios acadêmicos ou mesmo a falta dela, tem sido pauta de muitas discussões e as universidades se mobilizam no sentido de garantir igualdade de tratamento, oportunidade e condições para o seu acesso e permanência.

No mês de abril, a UEMA realizou uma capacitação sobre acessibilidade na educação a distância, ministrada por professores da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP). O objetivo foi dar continuidade a todo esse processo que já existe nos cursos presenciais e implantá-lo, também, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) - para alcançar os alunos com deficiências físicas com as disciplinas da EaD.

Embora 80,7% dos cursos de graduação ofertem vagas a alunos com deficiências (dados do Censo da Educação Superior de 2015), a maioria das Instituições de Ensino Superior ainda não está totalmente preparada para oferecer a eles, educação com uma proposta de formação conceitual, recursos didáticos e metodológicos, professores qualificados, estrutura física e condições de trabalho apropriadas.

O foco da formação ministrada pelos profissionais da UNESP foi Educação Inclusiva e Gestão de Equipes, Visando a Acessibilidade voltada para os colaboradores do Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMAnet, setor da UEMA que trabalha a EaD e a produção de tecnologias educacionais. Participaram, também, os colaboradores do Núcleo de Acessibilidade da UEMA.

A Universidade Estadual do Maranhão UEMA abraçou essa missão há muito tempo e já vem estabelecendo novos rumos no sentido de incluir com excelência, cada vez mais pessoas com deficiência. Na modalidade de Educação a Distância (EaD) também há um trabalho nessa mesma perspectiva de inclusão, buscando acolher o estudante, independente das suas diferenças garantindo a sua inserção e permanência no ambiente educacional.

“A inclusão tem que partir de dentro da Universidade, porque ela precisa acolher o aluno independente das suas limitações. E é por essa razão que a formação se faz necessária, para ajustar as condicionantes que tornam os cursos acessíveis”, afirmou a Coordenadora Geral do UEMAnet, Professora Ilka Serra.Durante os três dias, os professores da UNESP, Danielle Santos, Uilian Vigentin, Erik Ferreira, Fabiana Rodrigues e Cícera Malheiro que abordaram sobre a educação inclusiva; gestão de cursos acessíveis; implementação de UEMAnet • Revista PoloUm | 13


EDUCAÇÃO materiais didáticos no AVA, seguindo o padrão de acessibilidade e planejamento do Design Educacional. Os tutores também foram contemplados com informações sobre o assunto. Buscou-se enfatizar como o conhecimento é construído, a partir de seu repertório individual, influenciado pela comunicação e com a colaboração no AVA para a construção desse conhecimento. E de que maneira o tutor on-line pode interferir na mediação desses processos de aprendizagem, atuando, sobretudo, na resolução de problemas e na acessibilidade pedagógica. Vinda da UNESP, a professora Danielle Santos falou sobre essa realidade“A inclusão é o processo de valorizar as diferenças das pessoas, reconhecendo suas habilidades, reestruturando a sua organização. Inclusão é valorizar as diferenças”. A participação dos profissionais de São Paulo aumentou a motivação da Professora Marilda Rosa, Coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UEMA(NAU). As duas realidades se completaram para produzir conhecimento que muda a vida das pessoas.“Conheci de perto esse trabalho. A UNESP tem respondido aos desafios, indo além do Estado de São Paulo, com qualidade em suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação. Os profissionais de lá compartilhando suas experiências, nos possibilita a reflexão sobre o que podemos

e como devemos renovar nossa prática quanto ao atendimento apropriado a estudantes com deficiência” afirmou a Professora Marilda Rosa. O professor Uilian Vigentim destacou que não tem sentido disponibilizar um conteúdo acessível e de qualidade se o usuário não consegue chegar até ele. “A ideia da formação é melhorar esse cenário, estudando os recursos e construindo uma plataforma pensada para pessoas cegas como eu, ou com outros tipos de deficiências, para que este possa chegar com mais autonomia e independência ao conteúdo final”, ressaltou ele. A Professora Ilka Serra, ainda relatou que esse é um grande passo para a Universidade no sentido de cumprir seu papel social. “Esta iniciativa reforça o compromisso da UEMA em prol de uma sociedade mais inclusiva e justa”, finalizou a Professora Ilka Serra. Cada vez que a Universidade abraça essa missão, entendendo o quão importante são os aspectos efetivos do acesso ao conhecimento. Abrem-se novas portas para que assim, a cultura inclusiva adentre o nosso espaço acadêmico e venha pra se estabelecer de verdade e de forma contundente e duradoura. Foto: http://www.redepara.com.br

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Foto: UEMANET, 2016

DESTAQUE OPINIÃO

UMA VIDEOAULA ADAPTADA PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

U

ma videoaula adaptada para deficientes auditivos.

O Núcleo de Tecnologia para a Educação - Uemanet sempre se preocupou em oferecer as possibilidades para que os alunos da UEMA tivessem acessibilidade ao conhecimento. Não foi diferente quando recebeu aluno Marcio Roberto Silva e Silva, para realizar sua Pós Graduação em Psicologia da Educação. Visando facilitar seu aprendizado o Uemanet contratou uma tradutora de Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) para auxiliá-lo nas aulas e em suas atividades acadêmicas e com o passar do tempo, aproveitando a experiência da tradutora, a Equipe de Designers Educacionais desenvolveu a tradução simultânea para LIBRAS de uma das aulas do Curso de Especialização em Psicologia da Educação. “Criar videoaulas adequadas para o aluno (Marcio Roberto Silva e Silva) nos motivou ao

mesmo tempo, a nos preparar para um possível aumento da demanda para essa necessidade” declarou Fracilene Duarte, Designer Educacional do UEMANet. O aluno já enfrentava algumas dificuldades para encontrar material pedagógico de EaD, totalmente adaptado para as suas necessidades, pois parte do material é transmitido em vídeo. Para ajudar na acessibilidade, as aulas passaram a ser legendadas e testou-se colocar a tradução simultânea para LIBRAS feita pela professora Ana Zilda Cabral. “Posso afirmar que foi uma boa experiência; já atuo como interprete há alguns anos, mas essa foi a primeira experiência com videoaula, tanto para mim como para todos os envolvidos no processo, certamente serviu de aprendizado para todos” afirmou Ana Zilda Cabral. Márcio Roberto é o primeiro aluno com deficiência auditiva a fazer uma pós-graduação na

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DESTAQUE OPINIÃO UEMA a distância. Seu comprometimento com os estudos resultou em uma nota 10 no Trabalho de Conclusão de Curso. “Certamente, as aulas em LIBRAS me ajudaram bastante, pois é a minha primeira língua. É através dela que compreendo e interajo com o mundo.” Se expressou o estudante. “E agora meu próximo desafio será o Mestrado.” Ao participar da apresentação do TCC do aluno, o reitor da UEMA, Gustavo Costa falou sobre quão importante é a garantia de acessibilidade digital. “É um momento que acaba sendo histórico pelo simbolismo. Que venham muitos outros iguais. A UEMA já graduou vários alunos nos cursos, mas na pós-graduação é o primeiro e eu tenho certeza que muito do que está acontecendo hoje tem sido resultado do trabalho desenvolvido pelo UEMAnet em implementar o curso na modalidade EaD com total nível de acessibilidade. Não basta só o conhecimento científico, a gente identifica o carinho, a paciência e a sensibilidade para que histórias de sucesso como essa aconteçam” finalizou o reitor. A pós-graduação oferecida pela UEMA em Psicologia da Educação é fundamental nos cursos de formação de educadores, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Esse curso surge para aprofundar os conhecimentos e habilidades acerca dos processos e variáveis de natureza psicológica intervenientes da situação educativa, necessários no ato educativo. A Psicologia da Educação

estuda esses processos de conhecimento que são vividos por pessoas que participam de atividades educativas em diferentes âmbitos como a escola, a família e o trabalho. “Temos um longo caminho pela frente, mas estamos cientes que os alunos com quaisquer tipos de deficiência física, merecem ter chances iguais de ascender na vida acadêmica. Estamos trabalhando e a própria garra deles nos inspira a ir mais longe.” declarou a Professora Ilka Serra, Coordenadora Geral do Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMAnet. O UEMAnet continua sua busca por excelência na Acessibilidade Digital. Os Designers Educacionais estão sempre em contato com profissionais da UNESP e agora trabalham o Design Think, que é uma modalidade de planejamento, envolvendo setores diversos e que trata dos produtos da EaD para a implementação do processo de acessibilidade na EaD da UEMA. A expressão de alegria do aluno ao receber a nota máxima na sua apresentação de conclusão de curso e ao mesmo tempo a vontade dele ir ainda mais longe demonstram que a acessibilidade digital é uma realidade que não pode ser ignorada.“A minha conquista certamente gerará experiência e aprendizagem que precisa ser compartilhada e também incentivada para que mais surdos possam, assim como eu ter acesso ao conhecimento, através dessa modalidade de ensino” finalizou o exultante, Márcio Roberto Silva e Silva. Foto: UEMANET, 2016

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ACONTECEU

UEMAnet no I Fórum Interinstitucional das Licenciaturas do Maranhão

A

convite da Universidade Federal do Maranhão, a Coordenadora Geral do Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMAnet, Professora Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra esteve no I Fórum Interinstitucional das Licenciaturas do Maranhão. Na oportunidade a professora esclareceu aos participantes do Fórum, questões sobre as leis que aparam a Educação a Distância e sua aplicação no Brasil.

UEMANnet marca presença no 12º SENAED em Aracaju

A

ssociação Brasileira de Educação a Distância (ABED) realizou em junho na Universidade Tiradentes (UNIT), Campus Farolândia, em Aracaju o 12º SENAED – Seminário Nacional de EaAD e reuniu grandes nomes da Educação a Distância no Brasil (EaD). Este ano o evento trouxe o tema: Educação a Distância no Brasil: “Derivativa ou Inovativa?”. A professora Ilka Serra proferiu a palestra “Gestão de Produtos Midiáticos para EaD”.

I Gincana UEMAnet agita o Núcleo

P

ara marcar a virada do semestre e festejar o período junino, o Núcleo de Tecnologias para Educação realizou a sua I GINCANA UEMAnet. O evento teve como objetivos: desenvolver o espírito de solidariedade entre seus colaboradores; aguçar a criatividade; reforçar os conhecimentos intelectuais, morais, bem como propor um momento de integração, recreação e diversão.Depois de inúmeras provas e de uma apuração apertada, a equipe Tico sagrou-se a grande campeã.

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Foto: UEMANET, 2016

ACONTECEU

Reitor Gustavo Pereira da Costa abre II Treinamento de Aperfeiçoamento e Qualidade no Atendimento do Serviço Público da UEMA

A

conteceu em junho o II Treinamento de Aperfeiçoamento e Qualidade no Atendimento do Serviço Público da UEMA no Auditório do Núcleo de Tecnologia para EducaçãoUEMAnet, com a presença do Reitor da Universidade Estadual do Maranhão, Gustavo Pereira da Costa e da Coordenadora Geral do UEMAnet, Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra.

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O evento teve como objetivo promover o desenvolvimento de competências e habilidades dos profissionais que trabalham com atendimento nos diferentes setores da UEMA, na perspectiva de garantir a excelência na prestação dos serviços oferecidos à comunidade. Com cerca de 65 participantes o treinamento foi realizado com sucesso.


ACONTECEU

UEMAnet realiza uma série de videoconferências sobre o ensino da Matemática em parceria com a UNIVATES

A

conteceu no auditório do Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMAnet, a segunda videoconferência sobre Tendências em Ensino de Matemática: Investigação, Etnomatemática e Modelagem Matemática. A ação é resultado da parceria da UEMA com a Unidade Integrada Vale do Taquari de Ensino Superior – UNIVATES do Rio Grande do Sul. Teve a participação on-line de alunos do curso de Pedagogia nas modalidades presencial e a distância de 22 polos da UAB, de professores da Rede Municipal de Ensino, além de professores e alunos do curso de Matemática da UEMA.

UEMA reúne 159 Municípios para planejar Educação

A

UEMA em parceria com o Ministério da Educação, a Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) e União Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação (UNDIME) realizou em maio e junho de 2016 o “Encontro Técnico de Orientação para Elaboração do Diagnóstico do Plano de Ações Articuladas – PAR 2016-2019” com a participação de representantes de 159 municípios maranhenses.

UEMA participa do 58º Fórum Nacional de Reitores da Abruem

A

Universidade Estadual do Maranhão – UEMA participou em junho do 58º Fórum Nacional de Reitores da Abruem, no grupo de trabalho de educação a distância, com a presença da Coordenadora da UAB na UEMA, Professora Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra. O Fórum aconteceu nas dependências do campus UEG, na cidade de Pirenópolis, GO e teve como tema central: “Ciência, Tecnologia e Inovação”.

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Foto: UEMANET, 2016

VEM AÍ O UEMA QUIZZ O game que vai fazer você aprender jogando. Detalhes na próxima edição.

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Photo: Rômulo Coelho, 2016

NA PRÁTICA

ALUNAS DO CURSO TÉCNICO EM ALIMENTOS DESENVOLVEM

BARRA DE CERAL COM SABOR MARANHENSE

Q

ue tal provar uma delícia da culinária maranhense de uma maneira completamente inovadora? As estudantes Thaliane Gomes e Mária Lemoennen começaram um curso a distância e no final surpreenderam, desenvolvendo uma barra de cereal a partir de alimentos que fazem parte do paladar do maranhense. A barra de cereal foi concebida à base de polpa de buriti e sementes de abóbora, o nosso tão conhecido jerimum. Tudo misturado a outros ingredientes secos (farinha de linhaça, farinha de aveia, xerém de castanha de caju, amendoim torrado e açúcar mascavo) além de

ingredientes líquidos e pastosos (mel de abelha e glucose de milho). A pesquisa para chegar ao produto final foi fruto de um trabalho prático da primeira turma do Curso Técnico em Alimentos, mediado pelo Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMAnet. Atualmente, a pesquisa encontra-se sobre pedido de patente por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica/NIT-UEMA. A facilidade da produção de um produto dessa natureza é muito grande, suas vantagens passam por ter ingredientes que são muito comuns aqui no Estado, além de serem matériasprimas ricas em nutrientes. “Com certeza ela pode UEMAnet • Revista PoloUm | 21


Foto: UEMAnet, 2016

NA PRÁTICA

ser uma boa opção de lanche e ter uma aceitação degustativa muito grande”, explica a Professora Ms em Ciência Animal, Ilderlane Lopes e tutora do Curso Técnico em Alimentos. Uma das alunas que desenvolveu o produto, Mária Lemoennen, relata que a ideia do projeto surgiu de um trabalho prático do Curso Técnico em Alimentos, decorrente da disciplina de Prática Profissional, do momento da Vivência III, oferecido pelo UEMAnet .“Nós alunos teríamos que elaborar um projeto para a implantação de uma agroindústria. Já tínhamos feito outro estudo utilizando sementes de melão na produção de biscoitos, então resolvemos juntar as práticas e criar uma nova experiência.” “A semente de abóbora possui algumas funções terapêuticas comprovadas por pesquisas. Juntamente com a polpa de buriti contêm rico aporte de nutrientes, principalmente de vitamina A. Vale lembrar, que o uso das sementes de abóbora é uma forma de reaproveitamento de algo que poderia ser descartado, ou seja, uma boa ideia em favor da sustentabilidade”, afirmou a outra desenvolvedora da barra de cereal, a aluna, Thaliane Gomes. A novidade foi apresentada no Workshop: A Importância do Sistema de Propriedade Intelectual para o fomento da Inovação no Estado do Maranhão, que ocorreu nos dias 04 e 05 de maio de 2016. O evento promovido pelo Governo do Estado, através das Secretarias da Indústria e Comércio (SEINC), Ciência de Tecnologia e Inovação (SECTI); pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) e com o apoio da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), do Instituto Nacional da

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Propriedade Industrial (INPI), do Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas do Maranhão (SEBRAE) e do Sistema FIEMA. Foi de grande relevância, uma vez que possibilitou a divulgação das diversas pesquisas realizadas em nosso Estado. “O reconhecimento em relação ao produto continuou quando este alcançou o 1º lugar entre todos os trabalhos apresentados em vários polos onde o curso é ofertado. Daí em diante, pensando em um futuro promissor para a barra de cereal, procuramos o órgão responsável pelo registro de patentesda UEMA, como forma de garantir a proteção intelectual da invenção”, explica a professora Ms Ilderlane Lopes. A exposição e degustação da barra de cereal no Workshop teve uma excelente receptividade dos presentes no evento. Entre os que aprovaram a Drª e Professora Agrônoma, Maria Moura da Universidade Federal do Maranhão, campus Chapadinha deu o seu depoimento: “Tive a oportunidade de degustar a barra de cereal à base de buriti e sementes de abóbora. Provei e aprovei! O produto tem uma ótima palatabilidade para adultos, mas pode ser direcionado também ao público infantil, necessitando, apenas, ser mais adocicado. Ressalto ainda, a importância da utilização da abóbora do nosso Estado, esse tipo de alimento é rico em beta-caroteno, portanto, mais rico em pró-vitaminas A”. A pesquisa mostrou mais uma vez que a UEMA, intermediada pelo Núcleo de Tecnologias para educação – UEMAnet tem sido reconhecida pelo grande potencial de formar profissionais técnicos aptos para atuar no mercado de trabalho e capazes de produzir pesquisas de qualidade com impacto social relevante.


EXCELÊNCIA

EaD

e o sistema tutorial

Entende-se que no campo da tecnologia educacional o processamento da informação precisa ser amplamente discutido e compreendido, notadamente, pelas relações que perpassam as diferentes formas de ensinar e aprender. O processo de comunicação no ensino aberto e a distância exige dos profissionais (professores e tutores) novos esquemas mentais e novas concepções no que diz respeito ao saber que envolve diálogos mediados, afetividade, motivação, criatividade e disponibilidade para interações. É importante ressaltar que independentemente da concepção de educação e das ferramentas tecnológicas adotadas na modalidade EaD, o sistema tutorial torna-se

cada vez mais indispensável. Nesse processo, o papel do tutor é orientar e dinamizar a interação entre os estudantes, otimizar as experiências de aprendizagem, estimular e monitorar a permanência no ambiente on-line, enfim, oportunizar as condições para uma aprendizagem autônoma e competente. Assim sendo, fica evidente que o tutor assume papel relevante na EaD, com funções, tarefas e responsabilidades especiais. Nessa perspectiva, sua formação deve focar um novo olhar para o estudante, respeitando, notadamente, a sua individualidade. Muito tem sido divulgada a assertiva de que a qualidade do ensino está diretamente relacionada com a qualidade da formação dos professores. Dessa forma, repensar EaD, implica repensar a organização do trabalho da tutoria e, especialmente a formação dos tutores. Para dar conta deste compromisso, a UEMA entendeu a necessidade de ofertar o Curso de Mediação em EaD – Formação de Tutores, numa perspectiva atual, com a utilização de diferentes recursos tecnológicos para tornar a mediação pedagógica mais eficiente, ao mesmo tempo em que serão trabalhadas as competências pedagógicas, socioafetivas, gerenciais e tecnológicas.

Foto: www.sxc.hu

O

avanço da tecnologia tem proporcionado um amplo desenvolvimento em todos os setores da sociedade, refletindose diretamente nos processos que envolvem a educação. No contexto desses avanços, ressaltam-se as grandes possibilidades que emergem da utilização dos recursos das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na perspectiva da promoção e aplicação de cursos de formação realizados na modalidade de Educação a Distância (EaD).


EXCELÊNCIA

Depoimento de Cíntia Teles

A TUTORIA MUDOU A MINHA VIDA

L

ogo após concluir o meu curso de Pedagogia conheci o Núcleo de Tecnologias para Educação – UEMAnet, que abriu suas portas para o meu ingresso na vida profissional. Foi através da minha experiência como Tutora que se ampliaram as oportunidades na minha vida pessoal, profissional e cidadã. Iniciei como tutora a distância do Curso de Licenciatura em Pedagogia. Passei por muitas transformações, me envolvendo em um n ovo mundo de pesquisas, estudos, formação continuada e outras atividades que contribuíram para o aprimoramento da minha experiência. Com isso, pude auxiliar as necessidades dos cursistas, na sua formação acadêmica. Doava-me para ajudá-los ao máximo na sua formação e para que logo estivessem prontos para atuarem no

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desenvolvimento científico, tecnológico e sustentável de seus municípios. Foi por meio dessa experiência na Tutoria que meus horizontes se ampliaram. Através do Programa “Darcy Ribeiro” da UEMA, ministrei diversas disciplinas em vários municípios do Maranhão. Daí, não quis mais parar, minha vontade de estudar e me preparar melhor me, levou a galgar a aprovação em 3º lugar em um Concurso Público Federal. Entendo o trabalho da Tutoria como uma missão, e agradeço ao Uemanet por me proporcionar às condições adequadas de trabalho: estrutura, tecnologia, capacitação e a oportunidade de fazer a diferença em meio a minha geração.


EDITORIAL

O DESAFIO DA

ACESSIBILIDADE

and the authors’ commitment to contribute to the discussion and the deepening of the studies, thus encouraging critiques and contributions that maximize better results in the search for an improvement in Distance Education. The POLO UM journal is a biannual publication of the State University of Maranhão, through its Center of Technologies for Education – UEMANet, in order to promote academic debate, contributing to scientific knowledge about the productions on Distance Education. It also aims to disseminate and socialize the experiences lived at UEMA, in the Distance Education context, considering all its coverage in the State of Maranhão currently reaching 56 Centers of Classroom Support, installed in 41 citties, generating exchanges between students, tutors, teachers and educators in general. Thus, I reassure that it is with great satisfaction that UEMA launches another issue of the POLO UM journal, published in three languages: Portuguese, English and Spanish, to be shared with all those who see in the Distance Education a space of possibilities and real opportunities in the pursuit of collective and collaborative knowledge construction. Good reading, UEMAnet • Revista PoloUm | 25

A magazine from the Departament of Tecnologies for Education (UEMAnet) of State University of Maranhão

T

he POLO UM journal presents, in its tenth edition, valuable contribution to scholars and others interested in the field of education, in particular, to those who are dedicated to the subject of accessibility. It also brings a set of interesting articles about the products developed at the State University of Maranhão (UEMA), as a result of studies conducted at the Center of Technologies for Education (UEMAnet), with diverse approaches, handled clearly and objectively by the authors who contributed to this edition. In this issue we bring a thoughtprovoking interview with Prof. Dr. Klaus Schlunzen Jain, Coordinator of the Center of Distance Education of Unesp, in which he discusses Assistive Technologies and his experience with the digital inclusion culture. We also acknowledge our efforts in the pursuit of excellence, especially with regards the promotion of access to knowledge for all our students. Through the achievement of Marcio Roberto Silva, first hearing impaired student to obtain a postgraduate degree in Distance Education in UEMA, we tell how we adapt a video lesson to suit his needs. It’s important to note that, even with different themes, each story reflects the concern

Photo: UEMAnet

Ilka Márcia Ribeiro Serra General Coordinator of the Center of Technologies for Education - UEMAnet State University of Maranhão



SUMMARY

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REFERENCE

VALIDATION OF TEACHING MATERIALS FOR DE: an experience of the Center of Technologies for Education - UEMAnet

36

EDUCATION

45

IN PRACTICE

THE USE OF TECHNOLOGIES: a way to support students with disabilities

Students of the Technical Course in Food develop cereal bar with Maranhão flavor

34 INTERVIEW

41 IT HAPPENED

39 HIGHLIGHT

47 EXCELLENCE

Prof. Dr. Klaus talks about accessibility in Distance Education

A video lesson adapted for hearing impaired people

UEMAnet in the 1st Interinstitutional Forum of Licentiates of Maranhão

UEMA develops Game to motivate students to learn

Expedient Dean of UEMA Prof. Gustavo Pereira da Costa Vice Dean of UEMA Prof. Walter Canales Sant’Ana General Coordinator of UEMAnet Profa. Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra Editor Ruben Mukama Revision Lucirene Ferreira Lopes News Report Ruben Mukama English Translation Aline Varela Spanish Translation Rubén Barrera Labrada Images Aerton/Andriolli Araújo/Internet/Rômulo Coelho/Ruben Mukama

Art Aerton Oliveira Layout Tonho Lemos Martins EDITORIAL BOARD Ana Beatriz Nunes Ana Luzia S. P. Pires Eliza Flora M. Araújo


REFERENCE

Foto: UEMAnet

VALIDATION OF TEACHING MATERIALS FOR DISTANCE EDUCATION: AN EXPERIENCE OF CENTER OF TECHNOLOGIES FOR EDUCATION (UEMAnet) Ane Beatriz dos Santos Duailibe Leonor Viana de Oliveira Ribeiro Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

SUMMARY: The validation of materials for Distance Education (DE) has been a great challenge for Higher Education Institutions, especially for its lack of standardization and the several approaches that are presented as criteria in the validation and posting process in the Virtual Learning Environment (VLE). The experience report of this study aims to

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present, in a condensed form, the products prepared for DE, the flowchart of these materials, the demonstration of the validation process, highlighting the specificities of each resource for online learning, as well as the identification of the main validation criteria for inclusion of teaching materials in the Virtual Learning Environment (VLE), in the Center of Technologies for Education (UEMAnet).

PALAVRAS-CHAVE: Distance Education; Online learning; Teaching materials; Validation.


REFERENCE

1 Introduction The production of teaching materials in DE is very important for an effective learning and, therefore, requires some differentials in its preparation; aspects that must be observed by all professionals that participates in the production process. Teaching materials validation takes place before the materials are posted in the VLE, giving to the material made a certification of its validity and reliability, confirming the conconnection with the content of the discipline in question. The aim is to evaluate, for example, if the material used is intelligible or if students can understand it even without the teacher’s explanation. Observe aspects such as organization, clarity and objectivity of the activities and products, and also the linkage between the content, the teaching-learning process and the various media offered are relevant aspects, as learning takes place when the student understands and is able to interpret what the professor proposes in the activities of the discipline. However, validation of materials for DE has been a major challenge for Higher Education Institutions, especially for its lack of standardization and the various approaches that are presented as criteria in the validation and posting process in the Virtual Learning Environment (VLE).

The State University of Maranhão (UEMA) offers courses in the distance modality since the year 2000. Created by resolution No. 239/2000 of the University Council (CONSUN), the former Distance Education Center (NEaD), today Center of Technologies for Education (UEMAnet), is responsible for the conception, management and evaluation of projects in distance education, aiming to provide pedagogical and technological support to classroom and distance-learning courses offered by the institution, through the development of technologies and educational media. In order to address the demands of Maranhão’s society regarding the training of professionals in different areas of knowledge, promotes courses in technical levels, in partnership with Rede e-Tec Brasil; graduate and postgraduate courses, in partnership with the Open University of Brazil (UAB). The courses have a pedagogical design that integrates several teaching resources, aligned to its curricular structure. These resources are organized in the Virtual Learning Environment (VLE), where there are tools available that allow access to courses or disciplines offered. Arranged as follows: Figure 1 – Educational Resources available on the platform of the specialization course in Educational Psychology for the Adaptation in Distance Education discipline.

The Center of Technologies for Education (UEMAnet) of State University of Maranhão has a multidisciplinary team responsible for planning, creativity and production of teaching resources for educational practice, which, once finalized, go through the validation process where the specifics of each material produced are observed. This article presents an experience report that has as main objective to present the specifics of the validation of teaching materials in the Educational Design sector of UEMAnet, highlighting aspects considered relevant to this process.

2 The center of technologies for education and the production of learning materials

Source: Source: VLE Moodle, 2015. (postgraduate Interface)

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REFERENCE These features are created by a network planning, with a multidisciplinary team “established and designed in the Information and Communication Technologies world, connected in relationships and professional specificities networks dedicated to the planning, creativity and the production of multimedia for educational practice”. (RIOS, 2013). This activity involves pedagogical designers, video designers and textual media designers, so that the tools are built in an articulated manner to meet the specificities

of each course. For the validation process, there is a team of Pedagogical Assistants from the Educational Design sector, which operates according to the demands of their courses. However, it is not enough to just provide access to the tools, it’s necessary for the teacher to develop an integrated planning with the use of the media. Thus, the teaching plan leads to various products that will be validated and made available on VLE, as the following flowchart.

Figure 2 – Validation process flowchart of teaching materials

Validation Process

Receiving the finished products

Teaching Plan Study Guide

Practice Guide Video Lessons

Assessment

Pratical Activities

Activities and Tasks

Forums

Web Conference Slide Source: UEMAnet, 2015

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REFERENCE a) Teaching plan: Guiding document of the discipline, containing the ramifications of the syllabus, objectives, units, methodologies, teaching resources, basic and complementary bibliographies. According to Paixão and Vidal (2015), “the plans should be flexible in the face of unforeseen circumstances, it should have clarity and objectivity, articulate theory and practice and use diverse and innovative methodologies, to assist in the teaching- learning process“. b) Study Guide: a guidance document for the student, which contains all the discipline planning: distribution of course load, learning goals, activities and didatic materials arranged in each teaching unit. These guides work as didactic strategy, an orietation guide that allows students to plan their studies. That way, “the didactic strategy refers to the procedures and specific techniques so the teaching and learning goals can be achieved; these normally include the resources, that is, the material means used in the teaching-learning process” (ARAÚJO JR.; MARQUESI; 2012). c) Practice Guide: document that specifies and breakdown practical activities to be performed at the classroom support center. For Peters (2010), “the most intense dialogic learning takes place in seminars and practical classes that can last a day and sometimes several days.” A work that unfolds into several actions, a re-reading of the texts proposed by the discipline through practical activities. d) Assessment: evaluation document for application in the classroom support center, in previously scheduled date and sent to the logistics of assessment 15 days before the application. For Paixão and Vidal (2015), “the most important evaluations are the ones that guide the education, integrated in the teachinglearning process [...] reveal more than tests and should be well prepared not to confuse the evaluator and harm the student”. e) Forum: evaluative activity in the asynchronous format organized for virtual learning environments, featuring debate about the discipline’s topics. The teacher should elaborate topics that are relevant to the discipline, with

questions that encourage students to expand their ideas and, effectively, cause discussions. f) Activities or tasks: type of learning evaluation characterized by textual construction, questionnaire, questions and answers, field researchs, experience reports and others. In this sense, “mediatize means designing methodologies and strategies for the use of teaching/learning materials that enhance autonomous learning” (BELLONI, 2001), leading students to build their own knowledge through tasks and activities proposed. g) Webconferences slides: materials organized into slides to present the discipline to the tutors before its opening in the Virtual Learning Environment – VLE. h) Video lessons: video media material with the discipline content available to students in the Virtual Learning Environment – VLE. For Paixão and Vidal (2015), “the videos provide, to the educational environment, broad pedagogical possibilities acting in facilitating the understanding of the content and construction of knowledge, because it involves more than one sense of the students.” The video lesson allows the teacher to go beyond the conceptual approach, offering new learning possibilities.

3 Validation of teaching materials for Distance Education The contemporaneity throughout the new technologies has brought great challenges, especially in regard to plan and organize environments for online learning. According to Araújo Jr. and Marquesi (2012), “the web is a virtual space that allows multisensorial experience in a very intense way, treasuring the different forms of learning and providing multimediatic resources”, which should facilitate the students learning. In this sense, the validation of teaching materials for virtual learning environments, on DE platforms, has been a challenge for Educational Institutions. The criteria are vast and there is no standardization or a specific format that restricts which criteria should be adopted. The Referential

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REFERENCE of Quality for Higher Distance Education (2007, p. 09) states that “the programs may have different designs and multiple combinations of languages and educational and technological resources”, making it possible to create and recreate material formats in various learning contexts. In order to have an effective validation process, it is important to observe the construction of the teaching materials in terms of ensuring the unity between the worked contents, whatever it is its organization, discipline, module, areas, themes and projects. Therefore, the issues raised in the Referential are essencial for a dialogue between the various products. Thus, it’s relevant to note if the quality criteria were attended in the product elaboration before they are posted at VLE. For Schons (2009), “the quality criteria related to content, language and aesthetics, when well connected, presenting readable language, structured content and appropriate aesthetics allows the material to be organized in order to entertain the student”, if the student doesn’t relate to the proposed content, the learning process can be compromised. Therefore, it’s necessary to establish quality standards for each tool or product that will be available in the VLE.

4 Main validation criteria for inclusion in the VLE The quality parameters for the activities in the Virtual Learning Environment, of the Center of Technologies for Education (UEMAnet), are classified in three dimensions: technological, educational and communicative. The learning and organization materials of the discipline available in the VLE are developed by Pedagogic Designers (planning and formatting), Video Lessons Designers (direction, editing and post-production) and Textual Media Designers (planning, monitoring and finishing fascicles). After the finalization of products and teaching materials, they are sent to the Pedagogical Assistants, who will start the validation process before posting it in the VLE. In this proceeding,

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it will be noticed aspects such as organization, clarity and objectivity of the activities and products, and also the connection between the content, the teaching-learning process and the different media proposed, according to the validation criteria listed below: VALIDATION CRITERIA FOR THE TEACHING PLAN: relevance of the themes in relation to the syllabus; correspondence of the general objective with the list of the syllabus contents; specific objectives correlated to the discipline content; distribution and organization of teaching units; teaching methodology, didatic resources and forms of assessment; connection of the syllabus’ topics with the bibliography presented to the student. Organization and norms in basic and complementary bibliography; VALIDATION CRITERIA FOR THE STUDY GUIDE: list of the disciplines themes with the proposed activities; distribution of video lessons in study units; distribution and organization of materials in study units; viability of use of complementary materials proposed by teachers; pedagogical and evaluative aspects in learning tools (forums and activities); goals that characterize the proposed activities; VALIDATION CRITERIA FOR THE PRACTICE GUIDE: viability of execution at the classroom support center; identification with the syllabus contents; logical sequence of proposed activities; language for the presentation and execution of activities; distribution of the course load; VALIDATION CRITERIA FOR THE ASSESSMENTS: Clarity and objectivity of the topics proposed by the syllabus; contextualization of the statements; spelling and language; organization of the assessment content in the template; VALIDATION CRITERIA FOR THE FORUM: connection with the discipline content; contextualization of the statements; dialogicity in text construction; debate of the subjects in relation to the discursive axis;


REFERENCE VALIDATION CRITERIA FOR ACTIVITIES AND TASKS: language for DE; contextualization; objectivity and clarity in the preparation of the questions; connection with the discipline content; articulation with the objective of the study unit; VALIDATION CRITERIA FOR WEB CONFERENCE SLIDES: Formatting the content in the slide; didactic aspects in the organization (colors, fonts, pictures etc.); distribution of the teaching plan in the slide; aesthetics of the material presented by the teacher; VALIDATION CRITERIA FOR THE VIDEO LESSONS: organization of the themes; distribution of content on screen and in the teacher speech; presentation time of GC cards; visual clarity of the cards; soundtrack for learning content; organization of the roll, names, functions and words; organization of the bibliography at the roll (ABNT norms); spelling and language.

Final Considerations The validation of learning materials is extremely important in the creating process of didactic-pedagogical resources for Distance Education. The students of DE develop their skills and competences through the materials available in the Virtual Learning Environment, which should be well designed and arranged in such a way that facilitate the student’s understanding and their planning for studies, aspects directly related to their autonomy as students of DE. We have noticed an absence of references to guide the final validation criteria for Virtual Learning Environments, whereas they should be built in accordance with the political pedagogical project of the course and the syllabus, sent by the coordination of each course to Educational Design sector, a fact that doesn’t always happen in the validation experience. to

Therefore, we consider that it’s necessary establish relevant validation criteria to

the process of creation, production and postproduction of teaching materials for DE. We have a big evasion rate in distance-learning courses and we need to rethink the format considering each categories of the DE. If the student is the central key of the process, then each resource of its learning needs to be idealized and developed for this purpose.

References ARAUJO JR., Carlos Fernando de; MARQUESI, Sueli Cristina. Atividades em ambientes virtuais de aprendizagem: parâmetros de qualidade. IN.: FORMIGA, Marcos; LITTO, Fredic. M. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Person Education, 2012. BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 2001. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília: MEC/SEED, 2007. PAIXÃO, Germana Costa; VIDAL, Eloisa Maia. Ferramentas tecnopedagógicas em EaD: orientações sobre processos de avaliação formativa. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2015. PETERS, Otto. Didática do Ensino a distância. São Leopoldo: UNISINOS, 2010. RIOS, Maria de Fátima Serra. Representação social da avaliação da aprendizagem virtual de tutores: estudo em um Curso de Pedagogia, a distância no nordeste brasileiro. Dissertação (Mestrado). Universidade de Taubaté. Universidade de Taubaté: Taubaté, 2013. SCHONS, Claudine. Validação de critérios para material didático assíncrono em Educação a Distância. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade de Santa Catarina: Florianópolis, 2009.

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INTERVIEW We realized that in addition to the work with the teachers, it was important to have people with disabilities nearby of all our activities. We facilitate the access of these people to the DTIC available at Unesp and in 2008 we opened the Center for the Promotion of Digital, Educational and Social (CPIDES), a reference center of the University in teaching, research and extension, that has as main purpose to build an inclusive culture. Therefore, when considering this scenario, the accessibility went on to be the flag of all who work with us.

- How do you see the relationship of accessibility and distance education, currently in Brazil and other countries?

Teacher. Dr. Klaus Schlunzen Junior

C

oordinator of the Center of Distance Education of Unesp, shares in this interview his experience with assistive technology and the culture of digital inclusion.

- How did your interest in accessibility came out? Klaus Schlunzen - I have dedicated my entire academic life researching the use of Digital Technologies of Information and Communication (DTIC) in educational settings as diverse as schools, companies, NGOs, among others. In 2000, when I finished my doctorate, my wife and I, newly doctors, return to University and begin a work of training teachers for the use of DTIC and assistive technology.

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Klaus Schlunzen - I understand that accessibility and distance learning are elements that are very close and work in a complementary way. Particularly, our concept of distance education at USP is a modality of education that has as one of its objectives to bring quality education to people who in some way are devoid of access to higher education. These people may be people with disabilities or not. Now imagine to create conditions of access to the Virtual Learning Environment (EVL) and educational materials? We have thereby created conditions until then unimagined of access to higher education for all. Therefore, the relationship of accessibility and the Distance Education (DE) is a very real chance of inclusion and inclusive education.

- What are the biggest barriers and obstacles that limit the development and use of the resources that ensure accessibility in DE courses for disabled people, guaranteeing them the full access to the information available? Klaus Schlunzen - We are still in need of professionals and managers who understand the importance of ensuring the accessibility features. To implement these resources of course requires investment, but the end result does not have price, because the quality given to the material and to learning environments it is incomparably superior to what is in the work world. In addition, the same materials can be used in classroom courses, which could mean the solution to the diďŹƒculties that teachers encounter when you are a person with disabilities in the classroom. Finally, to oppose those who say that implementing


INTERVIEW OPINIÃO these features have a high cost, I suggest that the Universities invest in good educational materials that have already been implemented, without reinventing the wheel at all times, and apply in these materials effort in the direction of incorporate the accessibility. Certainly, we will have great advances.

- Provide opportunities, with autonomy of access to a quality education to disable people, it is also a necessity that should be worked on the promotion of inclusion. In your opinion, how should it be done? Klaus Schlunzen - When we talk about inclusion, we mean the construction of an inclusive culture. It means thinking and acting differently. So, you do not have a culture from one time to another. It is necessary an investment in training of teachers, managers, technical-administrative professionals, in short, of everyone that participate in the process. Perhaps the most difficult to understand is the construction of an inclusive school begins with the change of thinking and attitudes. Then will come more palpable issues, such as the architectural and virtual accessibility.

- How DE can be adapted to the different special needs of each student (visual, hearing, motor, etc.)? Klaus Schlunzen - This question is very important because when we talk about inclusion we are not talking about adaptations. Include is not to adapt materials and environments. We are referring to create equal conditions for all, and therefore we do not adapt, but rather built the forms of access to different people to the same educational resources. This means that when using a game in an activity with our students, we will use the same game for both, the one that is considered normal and the one with disabilities. The only difference is that we incorporate accessibility features to the game in a manner that will allow the person with a disability to play it in the same way as any other student.

- Facing the current situation in Brazil how we can improve the accessibility in distance education?

we talk about education, it is urgent to bring changes in the initial training of the teacher in basic education as in continuing education of the teacher of higher education. The teacher needs to understand that we live in a different context, in a society impregnated of TDIC and that these technologies are important tools for the promotion of inclusion. The barriers of the technology, until recently existing on the account of the dependent use of larger computers, don’t exist any more with the spread of mobile technologies and assistive technology.

Many teachers already use these materials in their face-to-face activities,that by itself already means a breakthrough

- How UNESP works with accessibility, promoting the inclusion of people with physical and sensory disabilities? Klaus Schlunzen - Since 2014 we decided to implement accessibility features in all materials developed for our courses in the distance mode or the semi-face-to-face. Thus, we gradually introduced to the teachers of the university the possibilities that TDIC offer us for inclusion. Many teachers already use these materials in their faceto-face activities, which by itself already means a breakthrough. In addition, we have made a very big effort to offer accessibility features in the portals, repositories and virtual learning environments of the Unesp. Gradually, we hope to identify the presence of an inclusive culture in the academic environment that, in my opinion, will be a landmark shift in higher education and which will have its direct impact in Brazilian society.

Klaus Schlunzen - In my understanding we need to invest in profissional training in general. When UEMAnet UEMAnet • PoloUm • Revista Magazine PoloUm | 35


OPINIÃO

THE USE OF ASSISTIVE TECHNOLOGY: A WAY TO SUPPORT STUDENTS WITH DISABILITIES Photo: http://www.inclusaodigitalnews.wordpress.com

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Photo: http://www.http://aliensdesign.com.br/

EDUCATION OPINIÃO

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any students face a problem that perhaps the vast majority of society has not yet realized. The accessibility in the academic environment or even the lack of it has been the agenda of many discussions and the universities are mobilized in order to ensure equal treatment, opportunity and conditions for access and permanence. Although 80.7% of graduation courses offers places to students with disabilities (data from the Higher Education Census of 2015), most Higher Education Institutions are not yet fully prepared to offer them an education with a proposed conceptual training, didactic and methodological resources, qualified teachers, appropriate physical structure and working conditions. The State University of Maranhão - UEMA embraced this mission a long time ago and already has been establishing new directions to include, with excellence, more and more people with disabilities. In the Distance Education modality there is also an effort with this same perspective, seeking to accommodate the student, regardless of their differences, and ensure their integration and permanence in the educational environment. In April, UEMA held a training on accessibility in distance education, taught by professors from the State University of

São Paulo (UNESP). The goal was to continue this process, that already exists in classroom courses, and also implement it in the Virtual Learning Environment (VLE) so the distance education subjects can reach students with disabilities. The core of the training taught by UNESP professionals was Inclusive Education and Team Management to Accessibility, the training was intended to employees of the Center of Technologies for Education – UEMAnet, part of UEMA who works with distance education and the production of educational technology. Employees of UEMA’s Accessibility Center also attended the training. “The inclusion must come from within the University, because it needs to accommodate the students regardless of their limitations. And that is the reason training is necessary, to adjust the conditions that make the courses accessible”, stated the General Coordinator of UEMAnet, Professor Ilka Serra. During three days, the professors of UNESP Danielle Santos, Uilian Vigentin, Erik Ferreira, Fabiana Rodrigues and Cícera Malheiro, talked about inclusive education; management of accessible courses; implementation of teaching materials in VLE, according to the accessibility and planning standard of Educational Design. The tutors were also informed on the subject. It

UEMAnet UEMAnet • PoloUm • Revista Magazine PoloUm | 37


EDUCATION was emphasized how knowledge is constructed from on individual repertoire influenced by the communication and collaboration in the VLE for the development of this knowledge. And how the online tutor can mediate these learning processes, intervening mainly on problem solving and in the pedagogical accessibility. Coming from UNESP, Professor Danielle Santos talked about this reality “Inclusion is the process of valuing people’s differences, recognizing their abilities, restructuring their organization. Inclusion is to appreciate the differences”. The participacion of professionals from São Paulo increased the motivation of Professor Marilda Rosa, UEMA’s Accessibility Center Coordinator, the two realities complete each other to produce knowledge that changes people’s lives. “ I took a close look at this work. UNESP has responded to the challenges, going beyond the State of São Paulo, with quality in its activities, purposes, teaching, research, extension and innovation. Their professionals, sharing their experiences, allows us to reflect about what we can do and how we can renew

our practice regarding the appropriate service to students with disabilities”, said Professor Marilda Rosa. Professor Uilian Vigentim pointed out that makes no sense to provide a high quality and userfriendly content if the user can’t reach it. “The idea of this training is to improve this scenario, studying resources and building a platform designed for blind people like me, or with other kinds of disabilities, so that the disabled person can get to the final content with more autonomy and independence”, he said. Professor Ilka Serra also said that this is a big step for the University in order to fulfill its social role. “This initiative reinforces the UEMA’s commitment towards a more inclusive and just society”, concluded Professor Ilka Serra. Each time the University embraces this mission, understanding how important are the effective aspects of access to knowledge, new doors open to allow the inclusive culture in to our academic space to establish itself in an overwhelming and sustainable manner.

Photo: http://www.redepara.com.br

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Photo: UEMANET, 2016

HIGHLIGHT

A VIDEO LESSON ADAPTED FOR HEARING IMPAIRED PEOPLE

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video lesson adapted for hearing impaired people.

The Center of Technologies for Education - UEMAnet has always been concerned to provide the opportunities for UEMA students to have access to knowledge. It was no different when it received student Márcio Roberto Silva e Silva to take his post-graduation course in Educational Psychology. To facilitate his learning, UEMAnet hired a translator of Brazilian Sign Language (LIBRAS) to assist him in his classes and academic activities and, as time went by, seizing the translator experience, the Educational Design team made a simultaneous translation to LIBRAS of one of the lessons of the Specialization Course in Educational Psychology. “Create video lessons suited to the student (Marcio Roberto Silva e Silva) motivated us, at the same time, to prepare for a possible increase in demand for this kind of need”, said Francilene Duarte, educational designer

at UEMANet. The student has already faced some difficulties to find learning material for Distance Education (DE) fully adapted to his needs, because part of the material is transmitted on video. The student has already faced some difficulties to find learning material for Distance Education (DE) fully adapted to his needs, as part of the material is delivered in video. To help on accessibility, classes began to be subtitled and a trial was made to put simultaneous translation to LIBRAS provided by Professor, Ana Zilda Cabral. “I can say that it was a good experience, I work as an interpreter for a few years now but this was the first experience with a video lesson, certainly served as a learning expirience for me and everyone involved in the process”, said Ana Zilda Cabral. Márcio Roberto is the first hearing impaired student to do a postgraduation course UEMAnet •

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HIGHLIGHT in UEMA, through Distance Education moda lity, his commitment to the studies has earned him the highest grade in his Term Paper. “Certainly, the translation to LIBRAS helped me a lot, since it’s my first language, it’s through LIBRAS that I interact and understand the world”, expressed the student. “And now my next challenge will be the master’s degree”. Gustavo Costa, Dean of UEMA, attended the Term Paper presentation and talked about how important it is to guarantee digital accessibility “It’s a moment that turns out to be historic because of its symbolism, and I hope that many others like him will come. UEMA has graduated many students, but in post-graduation he is the first, and I’m sure that much of what is happening today has been a result of the work carried out by UEMAnet to implement distance-learning courses with total level of accessibility. Scientific knowledge by itself is not enough, we can see the affection, patience and sensibility to make success stories like this happen” concluded the Dean. The post-graduation course in Educational Psychology, offered by UEMA, is essential in training courses for educators, both in graduation and post-graduation levels. This course comes to deepen knowledge and skills regarding the processes and variables of psychological nature involved in the educational situation. Educational

Psychology studies these knowledge processes that are experienced by people who participate in educational activities in different areas such as school, family and work. “We have a long way to go but we are aware that students with any kind of disability deserve equal chances to ascend in academic life. We are working on it and their determination inspires us to go further”, stated Professor Ilka Serra, General Coordinator of the Center of Technologies for Education – UEMAnet. UEMAnet continues its search for excellence in Digital Accessibility. Its Educational Designers are always in touch with professionals from UNESP and now they work with the Design Think, which is a form of planning, involving several sectors, and deals with Distance Education products for the implementation of the accessibility process in the DE of UEMA. The student’s joy for having received a perfect score on his final project presentation and, at the same time, his will to go further show that digital accessibility is a reality that can’t be ignored. “My achievement will certainly generate experience and learning, that need to be shared and also encouraged so that more hearing impaired people can have access to knowledge, as I have, through this teaching modality” concluded, with overjoy, Márcio Roberto Silva e Silva.

Photo: UEMANET, 2016

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IT HAPPENED

UEMAnet in the 1st Interinstitutional Forum of Licentiates of Maranhão

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nvited by the Federal University of Maranhão, the General Coordinator of the Center of Technologies for Education - UEMAnet, Professor Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra was in the First Interinstitutional Forum of Licentiates of Maranhão. Her participation gave, to those attending the Forum, an opportunity to know the laws that guide the Distance Education and its use in Brazil.

UEMANnet is present in the 12th SENAED in Aracaju

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he Brazilian Association of Distance Education (ABED) held in June at the Tiradentes University (UNIT), Farolândia Campus, in Aracaju the 12th SENAED – National Seminar of Distance Education, and gathered great names of the Distance Education field in Brazil. For this year, the event brought the theme: Distance Education in Brazil: “Derivative or Innovative?”. Professor Ilka Serra gave a lecture on “Mediatic Product Management for DE”.

1st UEMAnet Recreational Tournament shakes things up at the Center

T

o mark the turn of the semester and celebrate the June festivities, the Center of Technologies for Education - UEMAnet held its first UEMAnet Recreational Tournament. The event aimed to: develop the spirit of solidarity among its employees, sharpen the creativity, reinforce intellectual and moral knowledges, as well as offer a moment of integration, recreation and fun. After many disputes and a tight calculation, the Tico team was crowned the champion.

UEMAnet UEMAnet • PoloUm • Revista Magazine PoloUm | 41


Photo: UEMAnet, 2016

IT HAPPENED

Dean Gustavo Pereira da Costa opens The 2nd Training in Improvement and Quality in Attendance of UEMA’s Public Service

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he 2nd Training in Improvement and Quality in Attendance of UEMA’s Public Service happened in June, in the auditorium of the Center of Technologies for Education – UEMAnet, with the presence of Gustavo Pereira da Costa, Dean of the State University of Maranhão, and Ilka Marcia Ribeiro de Souza Serra, General Coordinator of UEMAnet.

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The event intended to develop the skills and competences of professionals who work with attendance in the different sectors of UEMA, in a perspective to ensure excellence in the services offered to the community. With around 65 participants the training was a success.


IT HAPPENED OPINIÃO

UEMAnet performs series of videoconferences about mathematics teaching in partnership with UNIVATES

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t happened in the auditorium of the Center of Technologies for Education – UEMAnet the second videoconference on Trends in the Teaching of Mathematics: Investigation, Ethnomathematics and Mathematical Modeling. The action is a result of a partnership between the Vale do Taquari Integrated Unit of Higher Education – UNIVATES, of Rio Grande do Sul, with online participation of its students from the Pedagogy Course in classroom and in distance modality of 22 UAB centers, the Municipal System of Education teachers, as well as the teachers and students of mathematics at UEMA.

UEMA gathers 159 cities to plan education

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EMA, in partnership with the Ministry of Education, the State Department of Education (SEDUC) and the National Union of Municipal Leaders of Education (UNDIME), held in May and June 2016 in UEMAnet, the “Technical Meeting of Guidence for Diagnostic Developent of Articulated Action Plan - PAR 2016-2019” with the representative participation of 159 cities of Maranhão.

UEMA participates in the 58th National Forum of Deans of ABRUEM

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n June, the State University of Maranhão - UEMA participated of the 58th National Forum of Deans of Abruem, in the Distance Education working group through the presence of the UAB Coordinator, Professor Ilka Marcia Ribeiro de Souza Serra. The forum took place in UCG Campus in the city of Pirenopolis (GO), and its central theme was: “Science, Technology and Innovation”.

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Photo: UEMAnet, 2016

HERE IT COMES UEMA QUIZ The game that will make you learn while playing. Details in our next edition.


Photo: Rômulo Coelho, 2016

IN NAPRACTICE PRÁTICA

STUDENTS OF THE TECHNICAL COURSE IN FOOD DEVELOP

CEREAL BAR WITH MARANHÃO FLAVOR

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ow about taste a culinary delight in a completely innovative way? The students Thaliane Gomes and Mária Lemoennen started a distance course, and in the end they surprised by developing a cereal bar from ingredients that are already part of the state. The cereal bar was designed based on the pulp of buriti and pumpkin seeds, our well-known jerimum. All mixed with other dry ingredients (flaxseed, oatmeal, cashew nuts, roasted peanuts and brown sugar) plus liquid and pasty ingredients (honey and corn syrup).

The research to get to the final product was the result of a practical assignment of the first class of the Technical Course in Food, mediated by the Center of Technologies for Education – UEMANET. Currently the research is going through a patent application process mediated by the Center of Technological Innovation/NIT-UEMA. There is great ease in producing something of this nature, its advantages go through have ingredients that are very common here in the state, in addition to being raw materials rich in nutrients. “It surely can be a good choice for a snack, and has a very large taste acceptance”,

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Photo: UEMAnet, 2016

IN PRACTICE

explains Professor Ilderlane Lopes, Master in Animal Science, and tutor of the Technical Course in Food. One of the students who developed the product, Mária Lemoennen, reports that the idea for the project came in response to a practical assignment of a discipline call Professional Practice from the Technical Course in Food, from the moment of Practicing III, offered by UEMAnet. “We students would have to prepare a project for the implementation of an agrobusiness. We had already done another study using melon seeds in the preparation of biscuits, so we decided to put together the practices and create a new experience. “The pumpkin seed has some therapeutic features proven by research. Along with buriti pulp are rich in nutrients, especially vitamin A. It is worth to remember that the use of pumpkin seeds is a way of reusing something that would be discarded, that is to say, is a good idea on behalf of sustainability,” said the other developer of the cereal bar, the student, Thaliane Gomes. The novelty was presented at the Workshop: The Importance of the Intellectual Property System for the Promotion of Innovation in Maranhão State, which occurred in May 4 and 5, 2016. The event was promoted by the State Government, through the Departments of Industry and Commerce (SEINC), Science, Technology and Innovation (SECTI); by the Foundation for Support of Research and Scientific and Technological Development of Maranhão (FAPEMA) and with the support of the State University of Maranhão (UEMA), Federal University of Maranhão (UFMA), the Institute of Education, Science and Technology of Maranhão

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(IFMA), the National Institute of Industrial Property (INPI), Support Services for Micro and Small Enterprises in the State of Maranhão (SEBRAE) and the FIEMA System. It was of great relevance, once it enabled the dissemination of several researches conducted in our State. “The recognition related to the product continued when it won the 1st place among all the works presented in various centers of classroom suport where the course is offered. Thereafter, already thinking in a promising future for the cereal bar, we sought the department responsible for the registration of patents in UEMA, in order to ensure the intellectual protection of the invention”, explains professor Ms Ilderlane Lopes. The exhibition and tasting of the cereal bar, in the Workshop, had an excellent receptivity of those present at the event. Among those who approved, Dr. and Agronomist Professor, Maria Moura of the Federal University of Maranhão, campus Chapadinha, gave her statement: “I Had the opportunity to taste the buriti and pumpkin seeds cereal bar. Tasted and approved! The product has a good palatability for adults, but can also be directed to children, requiring only being more sweet. I also emphasize the importance of the use of pumpkin in our State, this type of food is rich in beta-carotene, therefore, richer in pro-vitamin A”. The research showed once more that UEMA, through the Center of Technologies for Education – UEMAnet, has been recognized by the great potential to train technical professionals qualified to work in the labour market and capable of producing quality research with relevant social impact.


EXCELLENCE

DE

and the tutorial system

It is understood that in the field of educational technology the information processing needs to be widely discussed and understood, especially, by the relationships that permeate the different ways of teaching and learning. The communication process in the open and distance education requires of the professionals (teachers and tutors) new mindsets and new conceptions regarding the knowledge that involves mediated dialogues, affectivity, motivation, creativity and openness to interactions. It is important to note that regardless of the conception of education and the technological tools used in the DE, the tutorial system becomes increasingly essential. In this

process, the tutor’s role is to guide and stimulate the interaction between students, optimize learning experiences, encourage and monitor the student’s permanence in the online environment, in other words, promote the conditions for an independent and skilled learning. Therefore, it is evident that the tutor takes a relevant role in DE, with special duties, tasks and responsibilities. In this perspective, the tutor’s training should focus on looking at the student in a different way, respecting, in particular, their individuality. There is much talk about the statement that says that the quality of teaching is directly related to the quality of the teachers’ education. Thus, to rethink DE means rethinking the work organization of tutorship and, especially, the training of tutors. In order to fulfill this commitment, UEMA understood the need to offer the Mediation Course in DE – Tutors Training, in a current perspective, with the use of different technological resources to make the pedagogical mediation more efficient, at the same time as the pedagogical, socioaffective, management and technological skills will be developed.

Foto: www.sxc.hu

T

he advancement of technology has provided a vast development in all sectors of society, reflecting directly on the processes involving education. In the context of these advances, it’s emphasized the great possibilities that emerge from the use of the resources of Information and Communication Technologies (ICT) in the perspective of the promotion and implementation of training courses carried out in the Distance Education (DE) modality.


EXCELLENCE

Testimony of Cíntia Teles

TUTORING HAS CHANGED MY LIFE

S

oon after completing my Pedagogy degree I met the Center of Technologies for Education – UEMAnet, which opened its doors to my entry into professional life. It was through my experience as a tutor that the opportunities in my personal, professional and citizen life were widened. I started as a distance tutor of the Pedagogy course. I went through many transformations, getting involved in a new world of research, studies, continuing education and other activities that have contributed to the improvement of my experience. With this, I was able to assist the needs of the students in their academic education. I committed myself to help them as much as I could in their education and for them to be ready to act in scientific, technological

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and sustainable development of their cities. It was through this experience in tutorship that my horizons expanded. Through the “Darcy Ribeiro” Program of UEMA, I taught many disciplines in several cities of Maranhão. From there, I didn’t want to stop anymore, my willingess to study and prepare myself better led me to a 3rd place approval in a Federal Public Tender. I understand the work of tutorship as a mission, and I am grateful to UEMAnet for providing me with the right conditions of work: structure, technology, training and the opportunity to make a difference in my generation.


EDITORIAL

O DESAFIO DA

ACESSIBILIDADE

de los estudios realizados, despertando así críticas y contribuciones que puedan potencializar mejores resultados en la búsqueda de una mejoría de la Educación a Distancia. La Revista POLO UM es una publicación semestral de la Universidad Estatal de Maranhao, a través de su Núcleo de Tecnologías para Educación – UEMANet, con el fin de promover el debate académico, contribuyendo al conocimiento científico acerca de las producciones sobre Educación a Distancia. También tiene como objetivo difundir y socializar las experiencias vividas en la UEMA en el ámbito de la Educación a Distancia, teniendo en cuenta todo su alcance en el Estado de Maranhao, incluyendo actualmente 56 Polos de Apoyo Presencial instalados en 41 municipios, generando el intercambio entre alumnos, tutores, profesores y educadores en general. Por lo tanto, reitero que es con gran satisfacción que la UEMA lanza otra edición de la Revista POLO ONE, editada en tres idiomas: portugués, inglés y español, para compartir con todos aquellos que vislumbran en la Educación a Distancia un espacio de posibilidades y oportunidades reales en la búsqueda de la construcción colectiva y colaborativa de conocimientos. Buena lectura,

Una revista del Departamento de Tecnologies para la Educación (UEMAnet) de la Universidad del Estado de Maranhao

L

a Revista POLO UN presenta en su décima edición, valiosa contribución a los estudiosos e interesados en el campo de la educación, en particular, a aquellos que se dedican al tema de la Accesibilidad. También trae un conjunto de materiales interesantes sobre los productos desarrollados en la Universidad Estatal de Maranhao (UEMA), resultado de estudios realizados en el Núcleo de Tecnologías para Educación (UEMAnet), con diversos enfoques, tratados de manera clara y objetiva por los autores que colaboraron con este ejemplar. Contamos con una entrevista estimulante del Prof. Dr. Klaus Schlunzen Junior, Coordinador del Núcleo de Educación a Distancia de la Unesp, en la cual analiza las Tecnologías de Asistencia y su experiencia con la cultura de la inclusión digital. También reconocemos nuestros esfuerzos en la búsqueda de la excelencia, sobre todo en lo que respecta a promover el acceso al conocimiento para todos nuestros alumnos. A través de la conquista de Marcio Roberto Silva, el primer alumno deficiente auditivo en obtener un título de postgrado en educación a distancia en la UEMA, vamos a describir cómo adaptamos una clase de vídeo para satisfacer su necesidad. Es importante tener en cuenta que, incluso cuando se trata de temas diferentes, cada materia refleja la preocupación y el compromiso de los autor en contribuir a la discusión y profundización

Foto: UEMAnet

Ilka Márcia Ribeiro Serra Coordinadora General del UEMAnet Universidad Estatal da Maranhao



RESUMEN REFERENCIA

52 60 69

REFERENCIA

VALIDACIÓN DE MATERIALES DIDÁCTICOS PARA EaD: una experiencia del Núcleo de Tecnologías para la Educación

EDUCACIÓN

USO DE LAS TECNOLOGÍAS: una forma de apoyo al alumno con discapacidad

EN LA PRÁCTICA

Alumnas del Curso Técnico en Alimentos desarrollan Barra de Cereal con sabor maranhense

58 ENTREVISTA

65 SUCEDIÓ

63 REPRESENTADO

71 EXELENCIA

Prof. Dr. Klauss habla sobre accesibilidad en la EaD

Una clase de vídeo adaptada para deficientes auditivos

UEMAnet en el I Foro Institucional de las Licenciaturas de Maranhao

EaD y el sistema tutorial

Expediente Rector de la UEMA Prof. Gustavo Pereira da Costa Vicerrector de La UEMA Prof. Walter Canales Sant’Ana Coord. General del UEMAnet Profa. Ilka Márcia Ribeiro de Souza Serra Editor Ruben Mukama Revisión Lucirene Ferreira Lopes Reportajes Ruben Mukama Traducción para Inglés Aline Varela Traducción para Español Rubén Barrera Labrada Imágenes Aerton/Andriolli Araújo/Internet/Rômulo Coelho/Ruben Mukama

Arte Aerton Oliveira Diseño Tonho Lemos Martins CONSEJO EDITORIAL Ana Beatriz Nunes Ana Luzia S. P. Pires Eliza Flora M. Araújo

UEMAnet UEMAnet•• Revista PoloUm | 51


REFERENCIA

Foto: UEMAnet

VALIDACIÓN DE MATERILES DIDÁCTICOS PARA LA EAD: UNA EXPERIENCIA DEL NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA LA EDUCAÇÃO (UEMAnet) Ane Beatriz dos Santos Duailibe Leonor Viana de Oliveira Ribeiro Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

RESUMEN: La validación de materiales para la educación a distancia ha sido un gran desafío para las IES, especialmente por la falta de estandarización y los diversos enfoques que se presentan como criterios en el proceso de validación y publicación en el Ambiente Virtual de Aprendizaje (AVA). El relato de la experiencia de este estudio tiene como objetivo presentar, de forma condensada, los pro-

52 | UEMAnet • Revista PoloUm

ductos elaborados para la educación a distancia, el diagrama de flujo de estos materiales, la demostración del proceso de validación, destacando las características específicas de cada recurso para el aprendizaje en línea, así como la identificación de los principales criterios de validación para la inclusión de materiales didácticos en el Ambiente Virtual de Aprendizaje (AVA), en el Núcleo de Tecnologías para la Educación (UEMAnet).

PALABRAS CLAVE:: Educación a distancia; aprendizaje en línea; materiales didácticos; validación.


REFERENCIA

1 Introducción La producción de material didáctico en la educación a distancia es de gran importancia para el aprendizaje eficaz del alumno y, por lo tanto, requiere de algunas diferencias en su preparación; aspectos que deben ser observados por todos los profesionales que integran el proceso de producción. La validación de materiales didácticos se lleva a cabo en el momento previo a la publicación en el AVA, dando al producto elaborado la certificación de su validez y fiabilidad, confirmando la relación con el contenido de la materia en cuestión. El objetivo es evaluar, por ejemplo, si el material utilizado es inteligible, o si los estudiantes pueden entenderlo, incluso sin la explicación del profesor. Observar aspectos tales como organización, claridad y objetividad de las actividades y productos, así como la articulación entre el contenido, el proceso de enseñanza-aprendizaje y los medios de comunicación propuestos, son aspectos importantes, ya que el aprendizaje ocurre cuando el estudiante comprende y es capaz de interpretar lo que el profesor propone en las actividades de la disciplina. Sin embargo, la validación de materiales para la educación a distancia ha sido un gran reto para las IES, especialmente su falta de estandarización y los diversos enfoques que se presentan como criterios para este proceso y al de publicación en el Entorno Virtual de Aprendizaje (EVA).

La Universidad Estatal de Maranhao (UEMA) ofrece cursos en la modalidad a distancia desde el año 2000. Creado por la Resolución N° 239/2000 del Consejo Universitario (CONSUN), el antiguo Núcleo de Educación a Distancia (NEaD), hoy Núcleo de Tecnologías para la Educación (UEMAnet), es responsable del diseño, gestión y evaluación de proyectos en educación a distancia, con el objetivo de proporcionar apoyo educativo y tecnológico a los cursos presenciales y a distancia que ofrece la institución, a través del desarrollo de tecnologías y medios de comunicación educativos. Con el fin de satisfacer las demandas de la sociedad maranhense con respecto a la formación de profesionales en diferentes áreas del conocimiento, promueve cursos de nivel técnico, en colaboración con la Red e-Tec Brasil; graduación y post-graduación, en colaboración con la Universidad Abierta de Brasil (UAB). Los cursos tienen un diseño pedagógico que integra varios recursos didácticos alineados con su plan de estudios. Estos recursos se organizan en el Ambiente Virtual de Aprendizaje (AVA), donde están disponibles las herramientas que permiten el acceso a los cursos o disciplinas que se ofrecen. Ellos están dispuestos como sigue: Figure 1 – Recursos didácticos disponibles en la plataforma del curso de Especialización de Psicología de la Educación para la disciplina Ambientación en la EAD.

El Núcleo de Tecnologías para la Educación (UEMAnet) de la Universidad Estatal de Maranhao, cuenta con un equipo multidisciplinario responsable de la planificación, creatividad y producción de recursos didácticos dedicados a la práctica educativa, los cuales, después de finalizados, pasan por el proceso de validación, donde se observan las características específicas de cada material producido. Presentamos aquí un relato de experiencia que tiene como objetivo presentar los detalles de la validación de los materiales de aprendizaje en el sector del Diseño Educativo de este Núcleo, destacando los aspectos considerados relevantes en este proceso.

2 El núcleo de tecnologías para la educación y la producción de materiales didácticos

Fuente: AVA Moodle, 2015. (Interface pos graduación)

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REFERENCIA Estos recursos se construyen a partir de la planificación en Re.De, que cuenta con un equipo multidisciplinario “ubicado y proyectado en el mundo de las TIC, conectado en red de relacionamientos y especificidades profesionales dirigidas a la planificación, la creatividad y la producción de multimedias para la práctica educativa” (RIOS, 2013). Esta acción envuelve diseñadores pedagógicos, diseñadores de video y diseñadores de medios de comunicación de texto, con el fin de que las herramientas sean construidas de manera articulada para atender

las especificidades de cada curso. Para el proceso de validación, existe un equipo de Asistentes Pedagógicos del sector de Diseño Educativo, que opera de acuerdo con las demandas de sus cursos. Sin embargo, no es suficiente apenas con proporcionar acceso a las herramientas, es necesario que el profesor desarrolle una planificación integrada con el uso de medios de comunicación. Por lo tanto, el plan de enseñanza da lugar a los diversos productos que van a ser validados y puestos a disposición en el AVA, de acuerdo con el siguiente diagrama de flujo.

Figure 2 – Diagrama de flujo del proceso de validación de los materiales didácticos

Proceso de Validación

Recepción de los produtos terminados

Plan de Enseñanza Guía de Estudio

Guía de Práctica Vídeo Clases

Evaluación

Actividades Prácticas

Actividades y Tareas

Foros

Diapositivas web conferencia Fuente: UEMANET, 2015

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REFERENCIA a) Plan de Enseñanza: Documento guía de la disciplina, que incluye el desarrollo del sumario, objetivos, unidades, metodologías, recursos didácticos, bibliografía básica y complementaria. De acuerdo con Paixao y Vidal (2015), “los planes deben ser flexibles frente a circunstancias imprevistas, tener claridad y objetividad, articular la teoría y la práctica y utilizar diferentes metodologías, innovadoras, que ayuden en el proceso de enseñanza-aprendizaje”. b) Guía de Estudio: Documento de orientación para el alumno, que contiene toda la planificación de la disciplina: distribución de la carga horaria, objetivos de aprendizaje, actividades y materiales didácticos dispuestos en cada unidad de enseñanza. Estas guías de estudio funcionan como estrategia de enseñanza, algo que posibilita a los alumnos la planificación de sus estudios. Por lo tanto, “la estrategia didáctica se refiere a los procedimientos y técnicas específicas para que los objetivos de enseñanza y aprendizaje sean alcanzados; estos normalmente incluyen también los recursos, es decir, los medios materiales utilizados en el proceso de enseñanzaaprendizaje” (ARAÚJO JR.; MARQUESI; 2012). c) Guía de práctica: Documento que especifica y trae todo el despliegue de las actividades prácticas a realizar en el polo. Para Peters (2010), “el aprendizaje dialógico más intensivo se lleva a cabo en seminarios y clases prácticas, que pueden durar un día, a veces varios días”. Un trabajo que se desarrolla en varias acciones, en una relectura de los textos propuestos por la disciplina a través de actividades prácticas.

f) Actividades o tareas: modelo de evaluación del aprendizaje, caracterizado por la construcción textual, cuestionario, preguntas y respuestas, investigaciones de campo, relatos de experiencias y otros. En este sentido, “mediatizar significa diseñar metodologías y estrategias de utilización de materiales de enseñanza/aprendizaje que potencialicen al máximo el aprendizaje autónomo” (BELLONI, 2001), llevando a los estudiantes a construir su propio conocimiento a través de las tareas y actividades propuestas. g) Diapositivas web conferencia: materiales organizados en diapositivas para presentación de la disciplina a los tutores del curso antes de su apertura en el Ambiente Virtual de Aprendizaje - AVA. h) Video clases: Material de video con el contenido de la disciplina a disposición de los estudiantes en el Ambiente Virtual de Aprendizaje - AVA. Para Paixao y Vidal (2015), “los vídeos ofrecen a los ambientes educativos amplias posibilidades pedagógicas, actuando para facilitar la comprensión de los contenidos y la construcción del conocimiento, ya que envuelven más de un sentido del estudiante”. Las clases en vídeo permiten al profesor ir más allá el enfoque conceptual, ofreciendo nuevas posibilidades de aprendizaje.

3 Validación de materiales didácticos para EaD

d) Evaluación: documento evaluativo para su aplicación en el polo de apoyo presencial en la fecha previamente programada y enviado para la logística de evaluación quince días antes de la aplicación. Para Paixao y Vidal (2015), “las evaluaciones más importantes son las que orientan la enseñanza, integradas al proceso de enseñanza-aprendizaje [...] revelan más que las pruebas y deben estar bien preparadas para no confundir al evaluador y perjudicar al alumno”.

La contemporaneidad a través de nuevas tecnologías ha traído grandes retos, especialmente con respecto a planificar y organizar los ambientes de aprendizaje en línea. Según Araújo Jr. y Marquesi (2012), “La web es un espacio virtual que permite la experiencia multisensorial de manera bastante intensa, valorizando las diferentes formas de aprendizaje y proporcionando los recursos multimedia”, que deberán favorecer el aprendizaje de los educandos.

e) Foro: Actividad evaluativa en formato asíncrono organizada para ambientes virtuales de aprendizaje, con debates sobre temáticas de la disciplina. El profesor debe preparar los temas que sean relevantes para la disciplina, con cuestiones problemáticas que animen a los estudiantes a ampliar sus ideas y que provoquen, efectivamente, las discusiones.

En este sentido, la validación de materiales didácticos para Ambientes Virtuales de Aprendizaje en las plataformas de educación a distancia, ha sido un desafío para las Instituciones de Enseñanza. Los criterios son amplios y no hay una estandarización o un formato específico que restrinja los criterios que deberán ser adoptados. El Referencial de

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REFERENCIA Calidad para la Educación Superior a Distancia (2007, p. 09) afirma que “los programas pueden presentar diferentes diseños y múltiples combinaciones de lenguajes y recursos educativos y tecnológicos”, lo que permite crear y recrear formatos de materiales en múltiples contextos de aprendizaje. Para que el proceso de validación sea eficaz, es importante tener en cuenta la construcción de materiales de enseñanza en lo que respecta a la garantía de unidad entre los contenidos trabajados, cualquiera que sea su organización, disciplina, módulo, áreas, temas y proyectos. De esta forma, las cuestiones esbozadas en los Referenciales, se traducen como primordiales para que haya diálogo entre los diferentes productos. Así, es importante observar si los criterios de calidad fueron atendidos en la preparación de los productos antes de que se publiquen en el AVA. Para Schons (2009), “los criterios de calidad relacionados con el contenido, el lenguaje y la estética, bien conectados, con un lenguaje legible, un contenido estructurado y una estética apropiada, permiten un material organizado con el fin de entretener al alumno”, porque si este no se identifica con el contenido propuesto, el aprendizaje puede verse afectado. En este sentido, es necesario establecer parámetros de calidad para cada herramienta o producto que constará en el AVA.

4 Principales criterios de validación para la inclusión en el AVA Los parámetros de calidad de las actividades para el Ambiente Virtual de Aprendizaje, del Núcleo de Tecnologías para la Educación (UEMANET) se clasifican en tres dimensiones: tecnológica, pedagógica y comunicativa. Los materiales de aprendizaje y organización de la disciplina disponibles en el AVA se construyen por Diseñadores Pedagógicos (Planificación y Formato), Diseñadores de video clases (Dirección, edición y post-producción) y Diseñadores de Medios de Comunicación de Textos (Planificación, supervisión y finalización de fascículos). Después de la terminación de los productos y materiales didácticos, estos son enviados para los Asistentes Pedagógicos, que iniciarán el proceso de validación, antes de la publicación

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en el AVA. En este procedimiento, se observan aspectos tales como la organización, claridad y objetividad de las actividades y productos, así como la relación entre el contenido, el proceso de enseñanza-aprendizaje y los diversos medios de comunicación propuestos, según los siguientes criterios de validación: CRITERIOS DE VALIDACIÓN DEL PLAN DE ENSEÑANZA: Correspondencia de las temáticas en relación con el sumario; relación del objetivo general con la lista de los elementos del sumario; objetivos específicos relacionados con el contenido de la disciplina; distribución y organización de las unidades de enseñanza; metodología de enseñanza, recursos didácticos y formas de evaluación; relación de las temáticas del sumario con la bibliografía presentada al alumno; organización y normas de bibliografía básica y complementaria; CRITERIOS PARA LA VALIDACIÓN DE LA GUÍA DE ESTUDIO: Relación de las temáticas de las disciplinas con las actividades propuestas; distribución de las vídeo clases en las unidades de estudio; distribución y organización de los materiales en las unidades de estudio; viabilidad de la utilización de materiales complementarios propuestos por los profesores; aspectos pedagógicos y evaluativos en las herramientas de aprendizaje (foros y actividades); objetivos que caractericen las actividades propuestas; CRITERIOS PARA LA VALIDACIÓN DE LA GUÍA DE PRÁCTICA: Viabilidad de ejecución en el polo; identificación con el contenido del sumario; secuencia lógica de las actividades propuestas; lenguaje para la presentación y ejecución de las actividades; distribución de la carga horaria; CRITERIOS PARA LA VALIDACIÓN DE LAS EVALUACIONES: Claridad y objetividad de los asuntos propuestos por el sumario; contextualización de los enunciados; ortografía y lenguaje; organización del contenido de evaluación en el registro; CRITERIOS PARA LA VALIDACIÓN DEL FORO: Relación con el contenido de la disciplina; contextualización del enunciado; dialogicidad en la construcción del texto; cuestionamiento de las temáticas con eje discursivo;


REFERENCIA CRITERIOS PARA VALIDACIÓN DE ACTIVIDADES Y TAREAS: Lenguaje para la educación a distancia; contextualización; objetividad y claridad en la construcción de los temas; relación con el contenido de la disciplina; relación con el objetivo de la unidad de estudio; CRITERIOS PARA LA VALIDACIÓN DE LAS DIAPOSITIVAS WEB CONFERENCIA: Formato del contenido en la diapositiva; aspectos didácticos en la organización (colores, fuentes, imágenes, etc.); distribución de plan de enseñanza en la diapositiva; estética del material presentado por el profesor; CRITERIOS PARA LA VALIDACIÓN DE LAS VÍDEO CLASES: Organización de las temáticas; distribución de los contenidos en la pantalla y en la oralidad del profesor; tiempo de presentación de las cartelas GC; claridad visual de las cartelas; banda sonora para contenidos de aprendizaje; organización del registro, nombres, funciones y palabras; organización de la bibliografía en el registro (ABNT); ortografía y lenguaje.

Consideraciones Finales La validación de los materiales didácticos es de suma importancia en el proceso de creación de recursos didáctico-pedagógicos para la Educación a Distancia. El alumno de la educación a distancia, desarrolla sus habilidades y competencias a través de los materiales que están disponibles en el Ambiente Virtual de Aprendizaje, que deben estar bien elaborados y organizados para facilitar la comprensión y planificación del alumno para los estudios, aspectos directamente relacionados a la autonomía como estudiante de educación a distancia. Observamos una ausencia de referencias que orienten los criterios de validación final para Ambientes Virtuales de Aprendizaje, ya que estos deben ser construidos de acuerdo con el proyecto político pedagógico del curso y el sumario enviado por la coordinación de cada curso al sector de Diseño Educativo, un hecho que no siempre es comprobado en la práctica de validación.

relevantes para el proceso de creación, producción y post-producción de materiales didácticos para la educación a distancia. Tenemos un alto grado de absentismo en los cursos a distancia y necesitamos repensar el formato, teniendo en cuenta cada una de las categorías de la educación a distancia. Si el alumno es el eje central del proceso, cada recurso de su aprendizaje tiene que ser concebido y desarrollado para este propósito.

Referencias ARAUJO JR., Carlos Fernando de; MARQUESI, Sueli Cristina. Atividades em ambientes virtuais de aprendizagem: parâmetros de qualidade. IN.: FORMIGA, Marcos; LITTO, Fredic. M. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Person Education, 2012. BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 2001. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília: MEC/SEED, 2007. PAIXÃO, Germana Costa; VIDAL, Eloisa Maia. Ferramentas tecnopedagógicas em EaD: orientações sobre processos de avaliação formativa. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2015. PETERS, Otto. Didática do Ensino a distância. São Leopoldo: UNISINOS, 2010. RIOS, Maria de Fátima Serra. Representação social da avaliação da aprendizagem virtual de tutores: estudo em um Curso de Pedagogia, a distância no nordeste brasileiro. Dissertação (Mestrado). Universidade de Taubaté. Universidade de Taubaté: Taubaté, 2013. SCHONS, Claudine. Validação de critérios para material didático assíncrono em Educação a Distância. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Universidade de Santa Catarina: Florianópolis, 2009.

Por lo tanto, consideramos que es necesario establecer criterios de validación UEMAnet • Revista PoloUm | 57


ENTREVISTA el uso de las TDIC y de la tecnología de asistencia. Nos dimos cuenta de que, además de trabajar con los profesores, era importante contar con personas con discapacidad cerca de nuestras actividades. Pasamos a permitir el acceso de estas personas a las TDIC disponibles en la Unesp y en 2008 inauguramos el Centro para la Promoción de la Inclusión Digital, Escolar y Social (CPIDES), un centro de referencia de la Universidad en enseñanza, investigación y extensión, que tiene como principal objetivo construir una cultura inclusiva. Por lo tanto, al considerar este escenario, la accesibilidad se ha convertido en bandera de todos los que trabajan con nosotros.

- ¿Cómo ve la relación accesibilidad y educación a distancia, actualmente en Brasil y en otros países?

Prof. Dr. Klaus Schlunzen Junior

C

oordinador del Núcleo de Educación a Distancia de la Unesp, comparte en esta entrevista su experiencia con Tecnologías de Asistencia y con la cultura de la inclusión digital.

Klaus Schlunzen - Yo entiendo que la accesibilidad y la educación a distancia son elementos que están muy cerca y se complementan en el trabajo. En particular, nuestro concepto de educación a distancia en la Unesp es que ella es un tipo de educación que tiene como uno de sus objetivos llevar una educación de calidad a las personas que de alguna manera están privadas de acceso a la educación superior. Estas personas pueden ser personas con deficiencia o no. Ahora imaginen si creamos las condiciones para el acceso a los ambientes virtuales de aprendizaje (AVA) y a los materiales didácticos. Habremos creado con eso condiciones de acceso hasta entonces inimaginables de acceso a la educación superior para todos. Por lo tanto, la relación de la accesibilidad y la educación a distancia es una oportunidad muy real de inclusión y de educación inclusiva.

- ¿Cómo surgió su interés por el tema de la accesibilidad?

- ¿Cuáles son las mayores barreras y obstáculos, que limitan el desarrollo y uso de los recursos, para garantizar la accesibilidad en los cursos de educación a distancia para personas con discapacidad, asegurándoles el pleno acceso a las informaciones disponibles?

Klaus Schlunzen - He dedicado toda mi vida académica a la investigación del uso de las Tecnologías Digitales de la Información y la Comunicación (TDIC) en diversos entornos educativos como escuelas, empresas, organizaciones no gubernamentales, entre otros. En 2000, cuando terminé mi doctorado, mi esposa y yo, recientes doctores, retornamos a la Universidad y comenzó un trabajo de formación de profesores para

Klaus Schlunzen - Aún tenemos falta de profesionales del área y gestores que entiendan la importancia de garantizar los recursos de accesibilidad. Poner en práctica estos recursos, obviamente, requiere una inversión, pero el resultado final no tiene precio pues la calidad dada al material y a los ambientes de aprendizaje es incomparablemente superior a lo que se encuentra en el mundo laboral. Por otra parte, los mismos materiales pueden

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ENTREVISTA ser utilizados en los cursos presenciales, lo que puede significar una solución a las dificultades que los profesores encuentran cuando tienen una persona con discapacidad en el aula. Por último, para contrarrestar a los que dicen que implementar estos recursos demanda un alto costo, sugiero que las universidades inviertan en buenos materiales de enseñanza ya implementados, sin reinventar la rueda cada vez, y aplicar en estos materiales esfuerzo para incorporar la accesibilidad. Ciertamente, tendremos grandes avances. - Proporcionar, con autonomía, el acceso a una educación de calidad para las personas con discapacidad, es también una necesidad que debe ser trabajada para promover la inclusión. En su opinión, ¿cómo se debe hacer esto?

Klaus Schlunzen - En mi opinión, tenemos que invertir en la formación profesional en general. Cuando hablamos de educación, es urgente buscar un cambio en la formación inicial de los profesores de la educación básica, así como en la formación continua de los profesores de la educación superior. El profesor tiene que entender que vivimos en un contexto diferente, en una sociedad impregnada de TDIC y que estas tecnologías son herramientas importantes para promover la inclusión. Las barreras de la tecnología, hasta hace poco tiempo existentes debido al uso dependiente de computadoras grandes, no existen más con la difusión de las tecnologías móviles y la tecnología de asistencia.

Klaus Schlunzen - Cuando hablamos de inclusión, nos referimos a la construcción de una cultura inclusiva. Significa que pensemos y actuemos de forma diferente. Una cultura no se obtiene de repente. Es necesario invertir en la formación de profesores, gestores, profesionales técnicos y administrativos, en fin, de todos los sujetos que intervienen en el proceso. Tal vez lo más difícil de entender es que la construcción de una escuela inclusiva comienza con un cambio en el pensamiento y las actitudes. Luego vendrán las cuestiones más palpables, tales como la accesibilidad arquitectónica y virtual.

- ¿Cómo la educación a distancia se puede adaptar a las diferentes necesidades especiales de cada estudiante (visual, auditiva, motriz, etc.)?

- ¿De qué forma la UNESP trabaja la accesibilidad, potencializando la inclusión de personas con discapacidades físicas y sensoriales?

Klaus Schlunzen - Esta pregunta es muy importante porque cuando hablamos de inclusión no estamos hablando de adaptaciones. Incluir no es adaptar materiales y ambientes. Nos referimos a crear condiciones de igualdad para todos y, por tanto, no adaptar, sino construir formas de acceso para personas diferentes a los mismos recursos educativos. Eso significa que al utilizar un juego en una actividad con nuestros estudiantes, vamos a utilizar el mismo juego tanto para los que se consideran normales, como para que los discapacitados. La única diferencia es que incorporamos funciones de accesibilidad para el juego con el fin de permitir que la persona discapacitada pueda jugar de la misma manera que cualquier otro estudiante.

Klaus Schlunzen - Desde 2014 decidimos implementar recursos de accesibilidad en todos los materiales desarrollados para nuestros cursos en la modalidad a distancia o semipresencial. De este modo, poco a poco hemos presentado a los profesores universitarios las posibilidades que nos ofrecen las TDIC para la inclusión. Muchos profesores ya utilizan estos materiales en sus actividades presenciales, lo que en sí mismo significa un gran avance.

- Teniendo en cuenta la situación actual de Brasil, ¿cómo podemos mejorar la accesibilidad en la educación a distancia?

Muchos profesores ya utilizan estos materiales en sus actividades presenciales, lo que en sí mismo significa un gran avance

Además, hemos hecho un gran esfuerzo para ofrecer recursos de accesibilidad en portales, repositorios y entornos virtuales de aprendizaje de la Unesp. Poco a poco, esperamos identificar la presencia de la cultura inclusiva en el ámbito académico, que en mi opinión, será un punto de inflexión en la educación superior y que tendrá su impacto directo en la sociedad brasileña. UEMAnet • Revista PoloUm | 59


EL USO DE LAS TECNOLOGÍA DE ASISTENCIA: UNA FORMA DE APOYO A LOS ESTUDIANTES CON NECESIDADES EDUCATIVAS ESPECIALES EN LA INCLUSIÓN 60 | UEMAnet • Revista PoloUm

Foto: http://www.inclusaodigitalnews.wordpress.com


Foto: http://www.http://aliensdesign.com.br/

EDUCACIÓN

M

uchos estudiantes se enfrentan a un problema que tal vez la gran mayoría de la sociedad aún no ha percibido. La accesibilidad en los medios académicos o incluso la falta de ella, ha sido la agenda de muchas discusiones y las universidades se están movilizando para garantizar la igualdad de tratamiento, de oportunidades y condiciones para el acceso y permanencia.

En abril, la UEMA llevó a cabo una capacitación sobre accesibilidad en la educación a distancia, impartida por profesores de la Universidad Estatal de Sao Paulo (UNESP). El objetivo fue dar continuidad a todo este proceso que ya existe en los cursos presenciales e implantarlo, también, en el Ambiente Virtual de Aprendizaje (AVA) –para que pueda llegar a los estudiantes discapacitados con las disciplinas de la educación a distancia.

Aunque el 80,7% de los cursos de graduación oferten vacantes para estudiantes con discapacidades (datos del Censo de la Educación Superior, 2015), la mayoría de las instituciones de educación superior todavía no están totalmente preparadas para ofrecerles educación con una propuesta de formación conceptual, recursos didácticos y metodológicos, profesores calificados, estructura física y condiciones de trabajo adecuadas.

El foco de la formación impartida por los profesionales de la UNESP fue Educación Inclusiva y Gestión de Equipos Buscando la Accesibilidad, fue dirigida a los colaboradores del Núcleo de Tecnologías para Educación - UEMAnet, sector de la UEMA que trabaja la EaD y la producción de tecnologías educativas. Participaron también los colaboradores del Núcleo de Accesibilidad de la UEMA.

La Universidad Estadal de Maranhao UEMA abrazó esa misión hace mucho tiempo y ya está marcando nuevas direcciones para incluir con excelencia, cada vez a más personas con discapacidad. En la modalidad de Educación a Distancia (EaD) hay también un trabajo con esa misma perspectiva de inclusión, buscando acoger al estudiante, independientemente de sus diferencias y asegurar su inclusión y permanencia en el ambiente educacional.

“La inclusión tiene que partir de dentro de la Universidad, ya que ella necesita dar cabida a los estudiantes independientemente de sus limitaciones. Y es por esta razón que la formación es necesaria, para ajustar las condiciones que hacen que los cursos sean accesibles “, dijo la Coordinadora General del UEMAnet, profesora Ilka Serra. Durante los tres días, los profesores de la UNESP, Danielle Santos, Uilian Vigentin, Erik Ferreira, Fabiana Rodrigues y Cícera Malheiro, hablaron sobre la educación inclusiva; gestión de cursos accesibles; aplicación de

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EDUCACIÓN materiales didácticos en el AVA, siguiendo el patrón de accesibilidad y planificación del Diseño Educativo. Los tutores también fueron contemplados con informaciones sobre el tema. Se buscó enfatizar cómo se construye el conocimiento, a partir de su repertorio individual, influenciado por la comunicación y con la colaboración en el AVA para la construcción de ese conocimiento. Y cómo el tutor en línea puede intervenir en la mediación de esos procesos de aprendizaje, trabajando principalmente en la resolución de problemas y en la accesibilidad pedagógica. Procedente de la UNESP, la profesora Danielle Santos habló de esta realidad: “La inclusión es el proceso de valorar las diferencias de las personas, reconociendo sus habilidades, reestructurando su organización. Inclusión es valorizar las diferencias”. La participación de los profesionales de Sao Paulo aumentó la motivación de la profesora Marilda Rose, Coordinadora del núcleo de Accesibilidad de la UEMA (NAU). Las dos realidades se completaron para producir conocimiento que cambia la vida de las personas. “Conocí de cerca ese trabajo. A UNESP ha respondido al reto, yendo más allá del estado de Sao Paulo, con calidad en sus actividades de enseñanza, investigación, extensión e innovación. Los profesionales de allá compartiendo sus experiencias,

nos permite reflexionar sobre lo que podemos y cómo debemos renovar nuestra práctica en cuanto al atendimiento adecuado a los estudiantes con discapacidades “, afirmó la profesora Marilda Rosa. El profesor Uilian Vigentim hizo hincapié en que no tiene sentido poner a disposición un contenido asequible y de calidad si el usuario no puede llegar a él. “La idea de la formación es mejorar este escenario, estudiando los recursos y construyendo una plataforma reflexiva para las personas ciegas como yo, o con otros tipos de discapacidad, de manera que este pueda llegar con más autonomía e independencia al contenido final”, señaló. La profesora Ilka Serra también expresó que este es un gran paso para la Universidad en el sentido de cumplir con su función social. “Esta iniciativa refuerza el compromiso de la UEMA en pro de una sociedad más inclusiva y justa”, concluyó la profesora Ilka Serra. Cada vez que la Universidad abraza esta misión, comprendiendo lo importante que son los aspectos efectivos de acceso al conocimiento, se abren nuevas puertas para así permitir que la cultura inclusiva se adentre en nuestro espacio académico y venga para establecerse de verdad y de forma contundente y duradera. Foto: http://www.redepara.com.br


Foto: UEMANET, 2016

REPRESENTADO

UNA VÍDEO AULA ADAPTADA PARA PERSONAS CON DISCAPACIDAD AUDITIVA

U

na vídeo clase adaptada para personas con discapacidad auditiva.

El Núcleo de Tecnología para la Educación - Uemanet siempre se preocupó en ofrecer las posibilidades para que los alumnos de la UEMA tuviesen acceso al conocimiento. No fue diferente cuando recibió al alumno Marcio Roberto Silva e Silva, para hacer su Posgrado en Psicología de la Educación. Para facilitar su aprendizaje el Uemanet contrató a una traductora de Lengua Brasileña de Señales (LIBRAS) para ayudarlo en las clases y en sus actividades académicas y con el pasar del tiempo, aprovechando la experiencia de la traductora, el Equipo de Diseñadores Educacionales desarrolló la traducción simultánea para LIBRAS de una de las clases del Curso de Especialización en Psicología de la Educación. “Crear las vídeo clases apropiadas para el alumno (Marcio Roberto Silva y Silva) nos motivó al

mismo tiempo, a prepararnos para un posible aumento de la demanda de esa necesidad”, dijo Fracilene Duarte, Diseñadora Educacional del UEMANet. El estudiante ya estaba experimentando algunas dificultades para encontrar material didáctico de la EaD, totalmente adaptado a sus necesidades, debido a que parte del material es trasmitido en vídeo. Para ayudar a la accesibilidad, las clases comenzaron a ser subtituladas y probamos a colocar la traducción simultánea para LIBRAS, realizada por la profesora Ana Zilda Cabral. “Puedo decir que fue una buena experiencia; trabajo como intérprete desde hace algunos años, pero esta fue la primera experiencia con vídeo clases, tanto para mí como para todos los involucrados en el proceso, sin duda sirvió como una experiencia de aprendizaje para todos”, afirmó Ana Zilda Cabral. Marcio Roberto es el primer alumno con discapacidad auditiva que hace un postgrado en la UEMA a distancia, su comprometimiento con los UEMAnet • Revista PoloUm | 63


REPRESENTADO estudios dio lugar a una nota de 10 en el Trabajo de Conclusión de Curso. “Ciertamente, las clases de LIBRAS me ayudaron mucho, porque es mi primera lengua. Es a través de ella que entiendo e interactúo con el mundo”, se expresó el estudiante. “Y ahora mi próximo reto será la maestría”. Al participar en la presentación del TCC del alumno, el rector de la UEMA, Gustavo Costa habló sobre lo importante que es la garantía de la accesibilidad digital “Es un momento que acaba siendo histórico por el simbolismo. Que vengan muchos otros iguales. La UEMA ya graduó varios alumnos en los cursos, pero en la pos graduación es el primero y estoy seguro de que mucho de lo que está sucediendo hoy en día, ha sido el resultado del trabajo realizado por el UEMANET para poner en práctica el curso en la modalidad de educación a distancia EaD con total nivel de accesibilidad. No basta solo el conocimiento científico, identificamos el cuidado, la paciencia y la sensibilidad para que historias de éxito como esta sucedan”, concluyó el rector. La pos graduación ofrecida por la UEMA en Psicología de la Educación es esencial en los cursos de formación para educadores, tanto en pregrado como en la pos graduación. Este curso aparece para profundizar los conocimientos y habilidades sobre los procesos y variables de naturaleza psicológica que intervienen en la situación educativa, necesarios en el acto educativo. La Psicología de la

educación estudia estos procesos de conocimiento que son experimentados por las personas que participan en actividades educativas en diferentes áreas tales como la escuela, la familia y el trabajo. “Tenemos un largo camino por recorrer, pero estamos conscientes de que los alumnos con algún tipo de discapacidad, merecen las mismas oportunidades de ascender en la vida académica. Estamos trabajando y su propia garra nos impulsa a ir más lejos”. El UEMANET continúa su búsqueda por la excelencia en la Accesibilidad Digital. Los Diseñadores Educativos están siempre en contacto con profesionales de la UNESP y ahora trabajan el Design Think, que es una forma de planificación que involucra sectores diversos y que trata de los productos de la EAD para la implementación del proceso de accesibilidad en la educación a distancia de la UEMA. La expresión de alegría del alumno al recibir la máxima puntuación en su presentación de conclusión de curso, y al mismo tiempo la voluntad de él de ir todavía más lejos, demuestran que la accesibilidad digital es una realidad que no puede ser ignorada. “Mi conquista sin duda generará experiencia y aprendizaje que necesitan ser compartidos y también alentados a fin de que más personas sordas puedan, como yo, tener acceso al conocimiento a través de este tipo de educación”, finalizó entusiasmado Marcio Roberto Silva e Silva.

Poto: UEMANET, 2016


SUCEDIÓ

UEMAnet en el I Foro Interinstitucional de Licenciaturas de Maranhao

P

or invitación de la Universidad Federal de Maranhão, la Coordinadora General del Núcleo de Tecnologías para Educación UEMAnet, Profesora Ilka Marcia Ribeiro de Souza participó del I Foro Interinstitucional de Licenciaturas de Maranhao. Su participación dio a los presentes en el Foro, la oportunidad de conocer las leyes que amparan la Educación a Distancia y su aplicación en Brasil.

UEMAnet marca presencia en 12º SENAED Aracajú

L

a Asociación Brasileña de Educación a Distancia (ABED), realizó en junio en la Universidad Tiradentes (UNIT), Campus Farolandia en Aracajú el 12º SENAED Seminario Nacional de EaD y reunió grandes nombres de la Educación a Distancia en Brasil (EaAD). Este año el evento trajo el tema: Educación a Distancia en Brasil: “¿Derivativa o innovadora?”

I Competencia UEMAnet agita el núcleo

P

ara marcar el cambio de semestre y celebrar el período junino, el Núcleo de Tecnologías para Educación celebró su I Competencia UEMAnet. El evento tuvo como objetivo: desarrollar el espíritu de solidaridad entre sus colaboradores; aguzar la creatividad; fortalecer el conocimiento intelectual, moral, así como proponer un momento de integración, recreación y diversión. Después de innumerables pruebas y un cálculo apretado, el equipo Tico se coronó gran campeón.

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Foto: UEMANET, 2016

SUCEDIÓ

Rector gustavo pereira da costa abre ii entrenamiento de perfeccionamiento y calidad en el atendimiento del servicio público de la UEMA

S

e efectuó en junio el II Entrenamiento de Perfeccionamiento y Calidad en el Atendimiento del Servicio Público de la UEMA en el Auditorio del Núcleo de Tecnologías para Educación-UEMAnet, con la presencia del Rector de la Universidad Estatal de Maranhao, Gustavo Pereira da Costa y de la Coordinadora General del UEMAnet, Ilka Marcia Ribeiro de Souza Serra.

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El evento tuvo como objetivo promover el desarroll de las habilidades y competencias de profesionales que trabajan con atendimiento en los diferentes sectores de la UEMA y buscó garantizar la excelencia en la prestación de los servicios ofrecidos a la comunidad. Con cerca de 65 participantes el entrenamiento fue un éxito.


SUCEDIÓ

UEMAnnet realiza serie de videoconferencias sobre enseñanza de matemática en asociación con UNIVATES

T

ranscurrió en el auditorio del Núcleo de Tecnologías para Educación - UEMAnet, la segunda videoconferencia sobre as Tendencias en Enseñanza de Matemática: Investigación, Etnomatemática y Modelación Matemática. La acción es el resultado de la asociación de la UEMA con la Unidad Integrada Valle de Tacuarí de Enseñanza Superior – UNIVATES de Rio Grande do Sul. Tuvo con la participación en línea de alumnos del curso de Pedagogía en las modalidades presencial y a distancia de 22 polos de la UAB, de profesores de la Red Municipal de Enseñanza, así como profesores y alumnos del curso Matemáticas de la UEMA.

UEMA reúne 159 municipios para planificar educación

L

a UEMA en colaboración con el Ministerio de Educación, la Secretaría de Estado de la Educación (SEDUC) y la Unión Nacional de los Dirigentes Municipales de la Educación (UNDIME) realizó en los meses de mayo y junio de 2016 en el UEMAnet, el “Encuentro Técnico de Orientación para Elaboración y Diagnóstico del plan de acciones articuladas - PAR 2016-2019” con la participación de representantes de 159 municipios maranhenses.

UEMA participa del 58º Fórum nacional de Rectores da Abruem

L

a Universidad Estatal de Maranhao - UEMA participó en junio del 58º Fórum Nacional de Rectores Abruem en el grupo de trabajo de educación a distancia, con la presencia de la Coordinadora UAB de la UEMA, Profesora Ilka Marcia Ribeiro de Souza Serra. El Fórum tuvo lugar en las instalaciones del campus de la UEG en la ciudad de Pirenópolis, GO y tuvo como tema central: “Ciencia, Tecnología e Innovación”.

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Foto: UEMAnet, 2016

ESTร LLEGANDO EL UEMA QUIZZ El juego que te harรก aprender jugando. Los detalles en nuestra prรณxima ediciรณn.


Foto: Rômulo Coelho, 2016

EN LA PRÁCTICA

ALUMNAS DEL CURSO TÉCNICO EN ALIMENTOS DESARROLLAN

BARRA DE CEREAL CON SABOR MARAÑENSE

¿

Qué tal probar una delicia de la cocina marañense de una manera totalmente innovadora? Las estudiantes Thaliane Gomes y María Lemoennen comenzaron un curso de aprendizaje a distancia y al final sorprendieron desarrollando una barra de cereal a partir de alimentos que ya forman parte del paladar marañense.

La pesquisa para llegar al producto final fue el resultado de un trabajo práctico del primer grupo del Curso Técnico en Alimentos mediado por el Núcleo de Tecnologías para la Educación – UEMANET; en la actualidad, la pesquisa se encuentra bajo pedido de patente por medio del Núcleo de Innovación Tecnológica/NIT-UEMA.

La barra de cereal fue concebida a base de pulpa de burití y semillas de calabaza, todo ello mezclado con otros ingredientes secos (harina de linaza, harina de avena, la nuez de marañón triturada, cacahuetes tostados y azúcar parda) así como ingredientes líquidos y pegajosos (miel de abeja y glucosa de maíz).

La facilidad de la producción de un producto de este tipo es muy grande, sus ventajas pasan por tener ingredientes que son muy comunes aquí en el estado, además de ser materias primas ricas en nutrientes. “Sin duda, ella puede ser una buena opción de merienda y tener una gran aceptación gustativa”, explica la Profesora M. Sc. en Ciencia UEMAnet • Revista PoloUm | 69


Foto: UEMAnet, 2016

EN LA PRÁCTICA

Animal, Ilderlane Lopes y tutora del Curso Técnico en Alimentos. Una de las alumnas que desarrollaron el producto, María Lemoennen informa que la idea del proyecto surgió de un trabajo práctico del Curso Técnico en alimentos perteneciente a la disciplina de Práctica Profesional, en el momento de la experiencia III, ofrecido por UEMANET. “Los alumnos teníamos que preparar un proyecto para la implementación de una agroindustria. Ya habíamos hecho otro estudio utilizando semillas de melón en la preparación de bizcochos, así que decidimos unir las prácticas y crear una nueva experiencia. “La semilla de calabaza tiene algunas funciones terapéuticas comprobadas por la investigación. Ella, junto con la pulpa de burití, contiene un rico caudal de nutrientes, especialmente vitamina A. Es bueno recordar que el uso de semillas de calabaza es una manera de reutilizar algo que podría ser descartado, es una buena idea en favor de la sostenibilidad”, dijo la otra desarrolladora de la barra de cereal, la alumna Thaliane Gomes. La novedad fue presentada en el Taller: La Importancia del Sistema de Propiedad Intelectual para la promoción de la Innovación en el Estado de Maranhao, que tuvo lugar los días 04 y 05 de mayo de 2016. El evento, patrocinado por el Gobierno del Estado, a través de las Secretarías de Industria y Comercio (SEINC), Ciencia de Tecnología e Innovación (SECTI); por la Fundación de Amparo a la Investigación y al Desarrollo Científico y Tecnológico de Maranhao (FAPEMA) y con el apoyo de la Universidad Estatal de Maranhao (UEMA), Universidad Federal de Maranhao (UFMA), el Instituto de Educación, Ciencia y Tecnología de Maranhao (IFMA ), Instituto Nacional de la Propiedad

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Industrial (INPI), Servicios de Apoyo a las Micro y Pequeñas Empresas de Maranhao (SEBRAE) y del sistema FIEMA, fue de gran importancia, ya que permitió la difusión de las diversas investigaciones llevadas a cabo en nuestro estado. “El reconocimiento para el producto continuó cuando el mismo ocupó el 1º lugar entre todos los trabajos presentados en diversos polos donde se ofrece el curso. De ahí en adelante, pensando ya en un futuro prometedor para la barra de cereales, procuramos al órgano responsable del registro de patentes de la UEMA, con el fin de garantizar la protección intelectual de la invención “, explica la profesora M. Sc. Ilderlane Lopes. La exhibición y degustación de la barra de cereales en el taller tuvo una excelente receptividad de los asistentes al evento. Entre los que aprobaran, la Drª. Profesora Agrónoma María Moura, de la Universidad Federal de Maranhao, campus Chapadinha dio su testimonio: “Tuve la oportunidad de probar la barra de cereal a base de burití y semillas de calabaza. ¡Probé y aprobé! El producto tiene una buena palatabilidad para adultos, pero también puede ser dirigido a los niños, necesitando solamente ser un poco más dulce. Hago hincapié en la importancia de utilizar la calabaza de nuestro estado, este tipo de alimento tiene un alto contenido de beta caroteno, por lo tanto es rico en provitamina A”. La investigación ha demostrado una vez más que UEMA, mediante el Polo de Tecnologías para la Educación – UEMANET, ha sido reconocida por el gran potencial de formar profesionales técnicos aptos para trabajar en el mercado laboral y capaces de producir investigaciones de calidad con un impacto social relevante.


EXCELENCIA

EaD

y el sistema tutorial

Se entiende que en el campo de la tecnología educacional el procesamiento de la información debe ser ampliamente discutido y entendido, sobre todo, por las relaciones por las que pasan las diferentes formas de enseñar y aprender. El proceso de comunicación en el aprendizaje abierto y a distancia requiere de los profesionales (profesores y tutores) nuevos modos de pensar y nuevos conceptos relativos al saber que implica diálogos mediados, afectividad, motivación, creatividad y disponibilidad para interacciones. Es importante destacar que, independientemente de la concepción de educación y de las herramientas tecnológicas utilizadas en la modalidad de Educación a Distancia (EaD), el sistema tutorial se vuelve

cada vez más imprescindible. En este proceso, el papel del tutor es orientar y dinamizar la interacción entre los estudiantes, optimizar las experiencias de aprendizaje, estimular y monitorear la permanencia en el ambiente en línea, en definitiva, crear las condiciones para un aprendizaje autónomo y competente. Por lo tanto, es evidente que el tutor asume un papel relevante en la EaD, con funciones, tareas y responsabilidades especiales. En esta perspectiva, su formación debe centrarse en una nueva forma de mirar para el estudiante, respetando, en particular, su individualidad. Ha sido muy divulgada la afirmación de que la calidad de la educación está directamente relacionada con la calidad de la formación de los profesores. Por lo tanto, repensar la Educación a Distancia, implica repensar la organización del trabajo de tutoría y, sobre todo, la formación de los tutores. Para hacer realidad este compromiso, la UEMA entendió la necesidad de ofrecer el Curso de Mediación en EaD – Formación de Tutores, en una perspectiva actual, con el uso de diferentes recursos tecnológicos para hacer la mediación pedagógica más eficiente, al mismo tiempo en que serán trabajadas las competencias pedagógicas, socioafectivas, gerenciales y tecnológicas.

Foto: www.sxc.hu

E

l avance de la tecnología ha proporcionado un amplio desarrollo en todos los sectores de la sociedad, reflejándose directamente en los procesos relacionados con la educación. En el contexto de estos avances, se resaltan las grandes posibilidades que surgen de la utilización de los recursos de las Tecnologías de información y Comunicación (TIC) con el fin de promover e implementar cursos de formación realizados en la modalidad de Educación a Distancia (EAD).


EXCELENCIA

Testimonio de Cintia Teles

LA TUTORÍA CAMBIÓ MI VIDA

P

oco después de terminar mi curso de Pedagogía conocí el Núcleo de Tecnologías para Educación UEMAnet, que abrió sus puertas para mi ingreso en la vida profesional. Fue a través de mi experiencia como Tutora, que se ampliaron las oportunidades en mi vida personal, profesional y ciudadana. Empecé como tutora a distancia del Curso de Licenciatura en Pedagogía. Pasé por muchas transformaciones, envolviéndome en un nuevo mundo de investigaciones, estudios, formación continuada y otras actividades que contribuyeron para el mejoramiento de mi experiencia. Con eso, pude ayudar a los participantes en el curso en su formación académica. Me consagré para ayudarlos al máximo en su formación y para que pronto

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estuviesen listos para actuar en el desarrollo científico, tecnológico y sostenible de sus municipios. Fue a través de esta experiencia en la Tutoría que mis horizontes se ampliaron. A través del programa “Darcy Ribeiro” de la UEMA, impartí diversas disciplinas en varios municipios de Maranhao. Después de eso, no quise más parar, mi deseo de estudiar y prepararme mejor, me llevó a alcanzar el 3er lugar en un Concurso Público Federal. Entiendo el trabajo de Tutoría como una misión, y agradezco al Uemanet por darme las condiciones adecuadas de trabajo: estructura, tecnología, capacitación y la oportunidad de hacer la diferencia en medio de mi generación.


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