Plano Brasília 98

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Tenho certeza que vocês querem ajudar e colaborar com Brasília neste caminho certo. Com relação à minha oposição a este governo e a alguns colegas em dúvida se fazem oposição ou não, não posso responder por eles. Mas o que eu tenho a dizer é que a insatisfação é muito grande. Não só dos deputados, como da população do Distrito Federal. E como representante do povo, eu disse desde o começo que faria oposição a este governo. É óbvio que não concordo com a maneira de o PT governar. Porém, fui muito justa quando o governo apresentou projetos de lei que ajudavam a nossa cidade. Aprovei o pacote da saúde. Não aprovei o pacote do transporte porque tenho muitas dúvidas. E de todos os projetos de lei, eu votei a favor em 14, se não me falha a memória. No início da legislatura, eu disse que não faria oposição por fazer. Não faria o que o PT fez nos governos anteriores. Eu disse que seria muito responsável com a minha cidade, com as pessoas que me elegeram. Hoje, depois de seis meses de governo Agnelo, é geral a decepção com relação à gestão do governador. Como integrante da família Roriz, o pai da senhora enfrenta denúncias graves. A irmã também e a mãe ficou em uma posição ruim ao final da campanha para o GDF. Como é hoje a relação da deputada Liliane com a família Roriz? É bom deixar claro que meu pai, Roriz, das denúncias que fizeram contra ele, todas estão sendo respondidas e esclarecidas na Justiça. Hoje, a grande mídia brasileira diz que Roriz foi ficha suja, não poderia ser candidato. Não foi permitido a ele levar a candidatura até o final. Acho que a

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PLANO BRASÍLIA 21 DE JUNHO DE 2011

Minha mãe, de fato, não tinha preparo para ser candidata. Foi um enfrentamento que ela fez por amor ao marido, foi muito bonito isso população do DF deu uma resposta. A alternativa de colocar a minha mãe como candidata não foi uma decisão dele, sozinho. Foi dela também. Porque ela viu diante dela um homem

que queria voltar para a política para ajudar a população do DF, atento às questões da nossa cidade, como a saúde. Ela se comoveu com essa situação e teve a vontade de entrar no lugar dele, embora todos nós saibamos que ela não tinha nenhum conhecimento sobre como administrar uma cidade. Porém, ela tinha um coração. Coração amargurado, de ver um homem entristecido, que foi violentamente tirado do páreo político. Essa lei (Lei da Ficha Limpa) foi feita para julgá-lo. Tanto é que passou depois. Esse entendimento não é meu. É de toda a população. Minha mãe, de fato, não tinha preparo para ser candidata. Foi um enfrentamento que ela fez por amor ao marido, foi muito bonito isso. Nós entendemos que Brasília escolheu, com grande maioria, o governador Agnelo. Mas será que não seria melhor a Dona Weslian, mesmo despreparada, do que Agnelo? Tem pesquisas sendo feitas na cidade e as pessoas questionam, entre um homem que não faz gestão pública e uma dona de casa, o que seria melhor para o Distrito Federal? E sobre Jaqueline Roriz? No meu primeiro pronunciamento, eu disse que defendia a investigação, com o coração partido. Ela é minha irmã, não é fácil. Mas quando se entra na vida pública, você está sujeito a tudo, a se expor. Você tem que dar respostas. Dizer à população para quê que você veio. Não sou porta-voz dela. De fato, foi uma perseguição política, que não precisava chegar aonde chegou. Muitos políticos já passaram pelo que ela passou. Não é um caso isolado. Agora, meu futuro político depende da minha atuação.


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