Très Jolie Magazine

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A doutora em Histórias e Culturas Políticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Maria de Fátima Silva Porto, mais conhecida como Fatinha, é sinônimo de elegância e glamour na sociedade patense. Casada há 37 anos com Francisco Porto e mãe de Francisco Filho e Aroldo, ela aposta no estilo autêntico e chamativo. Fatinha ministra aulas de Antropologia, Sociologia e Filosofia no Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam) em diversos cursos e garante que não desce do salto alto. Très Jolie: Qual é o estilo Fatinha de ser? Fátima Porto: Sou vaidosa, gosto de maquiagem e salto alto. Minhas roupas são diferenciadas e, digamos, até mesmo exóticas. Sou autêntica. Assim defino meu jeito de ser. Sou assim, mais sempre mantenho minha autocrítica. TJ: Como é a sua preparação para o dia a dia? FP: Me produzir é uma coisa comum e natural, pois já faz parte do meu cotidiano. É um hábito. Levanto, me maquio, de preferência, um olho com fundo preto, que eu gosto. Já não gasto muito tempo me maquiando, é prática. Costumo brincar que me maquio até sem luz, sem espelho. Coloco meus cílios postiços, escolho a roupa do dia, subo no salto e estou pronta para sair. TJ: O que não pode faltar em seu 40

guarda-roupa? E qual é peça que não tem nenhum exemplar? FP: Salto alto e maquiagem são produtos da minha personalidade. Eu também amo um bom perfume. Cílios postiços, eu sou apaixonada. Se tivesse como, colocaria definitivo. Claro, uso roupas bem diferenciadas, com brilhos e estampas. Agora, o que não tenho de jeito nenhum é sapatilha ou rateirinha. Não saio do portão da minha casa para a rua sem salto. É como se eu estivesse nua. TJ: Você disse que não sai de casa sem salto alto. Há alguma recordação marcante com os saltos? FP: O meu pai sempre foi comerciante. Tinha lojas de sapatos, tecidos e roupas. Eu cresci neste meio. Quando pequena, ficava fascinada com os sapatos de salto, porém minha mãe não deixava usar. Uma vez, chegaram uns

tecidos na loja e estavam enrolados em cartelas de madeira, estilo toquinho. Quando passaram os tecidos para outra estrutura para venda, peguei os pedaços de madeira, cortei em dois toquinhos, com aproximadamente cinco centímetros, catei o prego e o martelo, peguei meus sapatos e fui tentar emendar o toquinho no sapato para fazer um salto. Eu devia ter aproximadamente uns sete anos de idade (risos). TJ: É verdade que, até bem pouco tempo, nem em casa você ficava sem salto? FP: É sim. Até um tempo atrás, eu não tinha nenhum chinelinho. Até que meu filho fez uma viagem e encontrou uma Havaiana estampada, de oncinha, com uma correinha dourada. Achou minha cara e resolver trazer. Presente de filho, não tem como não usar. Mas só para ficar em casa.


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