Revista Tela Viva 150 - junho 2005

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( equipamentos ) Cinematone 1 provê uma curva de gamma (azul claro) que achata os meio-tons um pouco menos que o Cinematone 2. Eu achei que ambos os recursos levaram os detalhes das sombras para o preto, reduzindo desnecessariamente a latitude, que já estava três stops abaixo do que eu realmente precisava. Assim, eu provavelmente não usaria o modo Cinematone no campo.

Ponto fraco é a ergonomia dos controles.

os dois ligados. Você também pode alternar o viewfinder entre P&B e cor. Desconforto No geral, tanto a parte óptica quanto a eletrônica da Z1 são de primeira. No entanto, o mesmo não se aplica à ergonomia dos controles. Quando se muda do modo automático para o manual, espera-se que os controles sejam de manuseio simples e rápido. Não é assim. Para ajustar o ganho, por exemplo, é preciso primeiro lembrar-se de apertar o botão Gain. Depois, usar o botão de três posições para ajustar o ganho desejado. Precisa ajustar a correção de cores rapidamente? Pressione o botão White Balance, mude a chave para A ou B, e então mantenha pressionado o botão WHT BAL - uma operação com três passos. Aliás, se a camcorder estiver em modo Auto ou Hold, serão quatro passos. A velocidade do obturador foi outro obstáculo. No geral, se quer uma velocidade de obturador compatível com o frame rate que se está usando, mas ao menos que você se lembre de pressionar o botão Shutter Speed, a velocidade ficará oscilando livremente. Uma função no menu permite escolher formatos preset (pré-programados) de temperatura de cor exterior entre 3500 Kelvin e 5800 K, em degraus de 500 K. Em

Exposição controlada Dos recursos ajustáveis por menu, o AE Speed (velocidade do controle de exposição) é meu favorito absoluto. O AE é regulável para uma área definida da imagem, e seu único problema real é se alguma coisa causar uma flutuação momentânea na luz que incide na lente. Ajustando a resposta para Slow, eu podia mover minha mão em frente à câmera sem perder o ajuste do brilho geral da imagem. É claro que uma mudança de iluminação em uma cena real seria assimilada muito facilmente com esse recurso. Em linhas gerais, eu obtive a melhor imagem sempre com a exposição nem totalmente aberta e nem totalmente fechada. Você pode adicionar ganho para manter a íris maior que, digamos, f/3.6. Usando o menu Iris Limit, você pode evitar que a abertura fique abaixo de f/4, f/6.8 ou f/11. Claro, você pode acionar um dos dois filtros ND para evitar a redução da abertura. No entanto, a única forma de saber qual ou quais filtros estão ativos é observar a minúscula legenda “1” ou “2”, seguida do símbolo ND. Seria melhor se o display mostrasse diretamente o ajuste (1/6 ou 1/32). Como a gravação em modo Região 60 em um país da região 50 causa um batimento de 10 Hz por causa da iluminação artificial, a solução é lembrar de usar a velocidade de obturador apropriada, de 1/60 ou 1/100. A Sony oferece, desde a época da Handycam Hi-8, um Flicker Filter, que atenua este efeito. Se você é como eu, muda o tempo todo entre o visor de LCD e o viewfinder. A Z1 traz a opção de deixar

curvas de gamma

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T ela

V iva

j u n 2 0 0 5

gravações internas, o White Balance manual é o mais preciso, mas não muito agradável. O preset Interior esquentou bem os tons de pele, mas como efeito colateral as outras cores ficaram menos precisas. Nada disso me surpreendeu, porque sempre achei a colorimetria da Sony mais propensa a um padrão de 9300 K que um de 5600 K. Isso leva a uma imagem mais fria, com o que parece um componente amarelo mais fraco, que impede tons marrons mais intensos. Experimentei várias configurações dos controles de nível de cor e nitidez (sharpness). Não consegui chegar ao nível de saturação ao qual estou acostumado com algumas câmeras HDCAM. Reduzir a nitidez para abaixo do default 12 pareceu apenas suavizar a imagem. Com a HVR-Z1, eu captei a mesma cena, rica em detalhes (um menu de restaurante), usando DV e HDV. Com o HDV podia-se praticamente ler os itens do menu. Com o DV não foi possível ler nada. Se seu plano é captar em HDV e usar o downconverter embutido para dar saída em DV, eu recomendo forte­mente a Z1. A câmera tem uma área demarcada em aspecto 4:3 no viewfin­der e no LCD, e quando exporta para DV a câmera dá a saída na imagem centralizada. Ou seja, se você enqua­ drou as cenas na área demarcada em 4:3, terá no final um enquadramento perfeito na saída em SD. Tanto a HDR-FX1 quanto a HVR-Z1 satisfazem a necessidade de quem usa DV e quer ir para o mundo HD. Mas se você precisa de uma série de úteis recursos profissionais, a Z1 é a escolha óbvia para produzir em 1080i.


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