Valores Próprios 2016-015

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PT lembra Luís Prior. “Além disso, foi a primeira grande festa que surgiu em Lisboa… Antes, este era o grande nome. Perdeu um bocadinho a importância por ter uma menor dimensão, e porque outras festas apareceram, mas nem sequer se considera deixar de fazer o Arraial.” “Dá muito trabalho, é feito um esforço enorme por parte da associação para conseguir fazê-lo, mas achamos que é fulcral para os alunos”, diz o jovem, que chegou até à coordenação para “revolucionar” o Arraial. “Sempre fui um bocado crítico, tinha muitas opiniões sobre as coisas, e é por isso que estou cá. (…) Trabalhar no Arraial, e na associação, é trabalhar para termos aquilo que gostávamos de ter tido quando estávamos do lado de fora.” Segundo Luís Prior, que desde o início do ano trabalha para garantir que nos dias 7 e 8 de outubro tudo corre sobre rodas, se tudo correr como se quer, “este ano o Arraial vai ser diferente de certeza” – em quê, ainda está no segredo dos deuses. “Se conseguirmos fazer o que queremos, vai ser uma festa muito melhor, mas não podemos revelar mais”, garante Guilherme Lopes, coordenador da Recreativa da AEIST e um dos membros da equipa que trabalha no Arraial. “É por causa de pessoas como nós que o arraial não vai perder o seu nome, o seu espírito, e vai continuar a ser o grande evento que é”, diz o estudante. “O Arraial vai continuar a estar no topo da lista para todos os estudantes de Lisboa.” Apesar de, como diz Luís Prior, o Arraial do Técnico ter perdido algum peso no panorama das festas universitárias em Lisboa, ainda é uma peça incontornável para muitos. “Normalmente, [o Arraial] é diferente de todas as outras festas académicas. Não costuma ser uma festa muito comercial, sempre teve um registo um bocado diferente das outras.” A ideia, para o futuro, é “manter isso e fazer com que as pessoas que cá vêm gostem e tragam os amigos”. O esforço que fazem, durante todo o ano, é por amor à camisola. “Acho que o que nos motiva é mesmo o gosto de querer ver um evento destes acontecer. O gosto pelo evento, por organizar coisas para bem da associação”, explica Guilherme Lopes. Luís Prior salienta o facto de ser um desafio, com coisas a melhorar: “Quando há uma coisa que já está muito bem feita é só manter tudo a rolar, e isso não me interessa muito”.

“Dá muito trabalho, é feito um esforço enorme por parte da associação para conseguir fazê-lo, mas achamos que é fulcral para os alunos” ~ “It's a lot of work, it requires a huge effort from the Association, but we think it's crucial for our students”

O cartaz desta edição será revelado, como habitualmente, durante a primeira semana de aulas, em setembro. Até lá, ainda há muito trabalho para fazer – e uma das preocupações é garantir que, no futuro, há interessados em pegar no projeto. “Acho que é essencial que continuem a existir pessoas que queiram pegar na AEIST e levar esta casa para a frente, em primeiro lugar, mas também dar ao Arraial aquilo que ele merece – tentar sempre melhorá-lo”, afirma Guilherme Lopes. “É preciso motivar as pessoas e perceber que a associação faz sentido”, acrescenta Luís Prior. Para o futuro, os jovens têm grandes ambições: “Espero que se consiga ter uma almofada orçamental bem maior do que a atual, para trazer bandas melhores, internacionais, de renome. Mas isso é um trabalho contínuo, tem que haver muitos anos bons”, assume Luís Prior. Guilherme Lopes complementa: “Gostava de ver um Arraial que continua a crescer sem se deixar vencer. Espero ver o Arraial a ser um evento da cidade, uma coisa que toda a gente sabe que existe, e um dos mais concorridos da receção ao caloiro”. E sempre na Alameda do Técnico. “O Arraial do Técnico é para ficar cá, a ideia é mesmo essa – ter a Alameda toda cheia”, diz, com um sorriso, Luís Prior. •


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