16a edição | 1o Semestre 2019
Uma missão
extraordinária
Quais são os grandes desafios enfrentados pelas famílias nos tempos modernos?
Com 119 anos de presença no Rio Grande do Sul, a atuação dos Colégios e das Unidades Sociais da Rede Marista se dá, atualmente, em 14 cidades gaúchas e em Brasília. São 26 Colégios e nove Centros Sociais, que atendem, diariamente, mais de 21 mil crianças, jovens e adultos.
Presidente da Rede Marista Ir. Inacio Nestor Etges
Vice-Presidente da Rede Marista Ir. Odilmar Fachi
COLÉGIOS E UNIDADES SOCIAIS
COLÉGIOS Colégio Marista Aparecida maristaaparecida.org.br | 54 3449 2600
Colégio Marista São Pedro maristasaopedro.org.br | 51 3290 8500
Colégio Marista Assunção maristaassuncao.org.br | 51 3086 2100
Colégio Marista Vettorello maristavettorello.org.br | 51 3086 2100
Colégio Marista Champagnat maristachampagnat.org.br | 51 3320 6200
Escola Marista Santa Marta escolamaristasantamarta.org.br | 55 3211 5200
Colégio Marista Conceição maristaconceicao.org.br | 54 3316 2700
Superintendente Executivo Rogério Anele Gerente Educacional Luciano Centenaro Gerente Social Ir. Luciano Barrachini Coordenadora de Comunicação e Marketing Daniela Cidade
Colégio Marista Graças maristagracas.org.br | 51 3492 5500
ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL Marista Aparecida das Águas escolamaristaaguas.org.br | 51 3203 1676
Colégio Marista Ipanema maristaipanema.org.br | 51 3086 2200
Marista Menino Jesus escolamaristameninojesus.org.br | 51 3058 0603
Colégio Marista Irmão Jaime Biazus maristairmaojaime.org.br | 51 3086 2300
Marista Renascer escolamaristarenascer.org.br | 51 3366 2844
Colégio Marista João Paulo II maristajoaopauloii.org.br | 61 3426 4600
Marista Tia Jussara escolamaristatiajussara.org.br | 51 3203 1622
Colégio Marista Maria Imaculada maristaimaculada.org.br | 54 3278 6100
SEDE MARISTA R. Ir. José Otão, 11 - Bonfim Porto Alegre/RS cep: 90035-060 Tel.: 51 3314 0300 / 0800 541 1200 colegios.redemarista.org.br social.redemarista.org.br
Colégio Marista Medianeira maristamedianeira.org.br | 54 3520 2400
CENTROS SOCIAIS Marista Aparecida das Águas maristaaparecidadasaguas.org.br | 51 3203 1676
Colégio Marista Pio XII maristapioxii.org.br | 51 3584 8000
Marista Boa Esperança maristaboaesperanca.org.br | 51 3711 9309
Colégio Marista Roque maristaroque.org.br | 51 3724 8100
Marista da Juventude maristadajuventude.org.br | 51 3241 4722
Colégio Marista Rosário maristarosario.org.br | 51 3284 1200
Marista Ir. Antônio Bortolini maristabortolini.org.br | 51 3072 1940
Colégio Marista Sant’Ana maristasantana.org.br | 55 3415 2900
Marista Mario Quintana maristamarioquintana.org.br | 51 3043 1633
Colégio Marista Santa Maria maristasantamaria.org.br | 55 3220 6300
Marista de Porto Alegre (Cesmar) cesmar.org.br | 51 3026 2300
Colégio Marista Santo Ângelo maristasantoangelo.org.br | 55 3931 3000
Marista Santa Isabel maristasantaisabel.org.br | 51 3387 6594
Colégio Marista São Francisco maristasaofrancisco.org.br | 53 3234 4100
Marista Santa Marta maristasantamarta.org.br | 55 3211 5200
Colégio Marista São Luís maristasaoluis.org.br | 51 3713 8500 Colégio Marista São Marcelino Champagnat maristaejachampagnat.org.br | 51 3584 8000
POLO MARISTA Polo Marista de Formação Tecnológica polo.cesmar.org.br | 51 3086 2300
16a Edição | 2019 TIRAGEM 23.882 SUPERVISÃO EDITORIAL Guilherme Endler CONSELHO EDITORIAL Loide Trois, Luiz Carlos Selbach, Patricia Saldanha e Simone Martins JORNALISTA RESPONSÁVEL Daniela Cidade (MTB 8630)
EDIÇÃO Supervisão editorial: Maria Fernanda Rocha Redação: Fernanda Brun e Helena Carnieri Edição de arte: Julyana Werneck REVISÃO Thalita Uba
Envie comentários, críticas e sugestões sobre a revista para o e-mail faleconosco@maristas.org.br
PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê | semduble.com
ILUSTRAÇÃO DA CAPA Shutterstock © Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.
Índice capa
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Reunimos mães e profissionais para montar um panorama da vida em família nos dias de hoje.
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Rogério Anele, superintendente dos Colégios e Unidades Sociais, destaca os desafios da maternidade e paternidade nos dias atuais e os principais assuntos desta edição.
Dia a dia
Entrevista
Olhar
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Famílias maristas e pedagogas falam sobre como dar conta de toda a rotina durante a semana.
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A pedagoga Josiane Pareja fala da importância do manuseio de diferentes tipos de material na primeiríssima infância.
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Curiosidade
Solidariedade
Como fazer
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Em meio a tantas atividades e possibilidades, manter o equilíbrio na agenda dos filhos pode ser uma tarefa desafiadora.
Aprender música amplia o contato com a cultura e aprimora inúmeras habilidades.
Conheça ações e grupos engajados em acolher com empatia e carinho migrantes que buscam um novo lar.
Como incluir a sustentabilidade de forma prática (e interessante) no dia a dia das crianças?
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Essência
Quiz
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Nesta edição, reunimos alguns dos principais museus da França que oferecem tours virtuais. Acesse e saiba mais sobre o país onde a missão marista teve início.
Na celebração de dez anos da PJM, o convite é para que os jovens reflitam sobre o projeto de vida.
Embarque com a gente em uma jornada pelo mundo e teste seus conhecimentos sobre museus.
U m olhar sobre os desafios
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do nosso tempo
Uma ótima leitura!
Nós, adultos, temos o desafio de nos adaptarmos a essa complexidade sem deixar que também sobrecarregue crianças e adolescentes.
© Foto: Divulgação / Comunicação e Marketing
A rotina do século 21 nos exige capacidade de agir, pensar e até mesmo de estar presente (tanto virtual quanto presencialmente) em lugares diferentes, ao mesmo tempo e de formas múltiplas. Nós, adultos, temos o desafio de nos adaptarmos a essa complexidade sem deixar que também sobrecarregue crianças e adolescentes. É a partir dessa compreensão que a reportagem principal da Em Família Marista traz uma reflexão sobre os aspectos que envolvem a maternidade e a paternidade nos dias de hoje. Por meio das percepções de mães, educadores e profissionais da saúde, reunimos sugestões para ajudar a conciliar as diferentes atribuições com a vida em família, como a importância de se ter uma rede de apoio e de fortalecer a conexão com os filhos, por exemplo. Em sintonia com a reportagem de capa, a editoria Dia a dia compila dicas de nossas pedagogas para otimizar a rotina semanal, tanto para famílias com filhos na Educação Infantil quanto nos Anos Iniciais, passando pelos adolescentes dos Anos Finais e do Ensino Médio. Da mesma forma, o artigo da psicóloga Renata Dipp, disponível na seção Olhar, reforça que brincar também é aprender – e por isso deve sempre fazer parte da agenda das crianças. Esta edição também trata sobre dois aspectos inerentes à missão marista: a espiritualidade e a solidariedade. Essa última é abordada na editoria homônima, trazendo relatos de educadores, estudantes e voluntários que uniram forças para acolher os imigrantes venezuelanos que chegaram ao nosso estado no ano passado. Na editoria Essência, o coordenador de Pastoral da Rede Marista, José Jair Ribeiro, convida a juventude a refletir sobre projeto de vida, à luz da celebração dos dez anos da Pastoral Juvenil Marista (PJM). Que esses conteúdos sirvam de apoio e inspiração no restante do ano letivo.
Rogério Anele Superintendente dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista
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© Foto: Acervo Marista Rosário
Dia a dia
Saiba como enfrentar melhor a rotina entre
casa e escola Os comerciais de margarina não contam toda a verdade. Antes dos domingos ensolarados, com a família toda sorridente ao redor da mesa, existem as noites de dia de semana, em que é preciso dar conta de fazer o dever de casa, jantar, tomar banho, arrumar a mochila para o dia seguinte e receber o longo beijo de boa noite. E quem melhor do que mães e pais para contar um pouco desses “bastidores”? “Normalmente, eu acabo cronometrando meus minutos”, desabafa Andresa Silveira. Mãe da Marcela, 7 anos, estudante do 2o ano EF, e do Henrique, 5 anos, do Nível 2 da Educação Infantil, ambos no Colégio Marista Rosário, em Porto Alegre (RS), ela e o marido precisaram colocar os filhos na linha para que a rotina funcionasse. Como as crianças estudam de manhã, a alvorada acontece cedo: às 6h. A correria é grande para os dois estarem na sala de aula antes de o sinal tocar. Após o retorno para casa e o almoço, a corneta toca de novo: o dever de casa tem que ser feito já depois de escovar os dentes. “No começo, minha filha não queria fazer depois do almoço, preferia deixar para a noite. Mas fomos explicando e mostrando o quanto era melhor ter mais tempo para as outras atividades”, conta Andresa.
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Andresa e o esposo Fábio Gomes com os filhos Marcela e Henrique, estudantes do Marista Rosário.
Tarefas, mochila, refeições, banho, uniforme: quem dá conta? Por Helena Carnieri
Após um ano de adaptação, hoje nem é preciso mandar: a menina corre fazer a tarefa sozinha, para depois poder brincar.
DECISÃO DIFÍCIL As dicas dos pais e mães ouvidos pela reportagem da revista Em Família Marista para otimizar a rotina semanal têm um ponto em comum: envolvem um pouco de sacrifício. Sophia Oliveira, que dá aulas ao 2o ano EF do Colégio Marista Champagnat, em Porto Alegre (RS), conta que precisou tomar uma decisão difícil quando teve o primeiro filho, Isaque, hoje com 7 anos. “Quando ele nasceu, optei por trabalhar só um turno, uma escolha que alterou completamente o orçamento familiar. Mas foi a opção mais acertada e não me arrependo”, conta. Mesmo tendo um turno em casa para organizar as coisas, a rotina precisou ser bem estruturada para dar conta das crianças, que se multiplicaram: vieram também a Alice, hoje com 5 anos, e a Angelina, de 2 anos. Uma dica importante de Sophia é que o casal mantenha a mesma rotina todas as noites, mesmo que um deles esteja fora, em algum compromisso. Isso vale para a ordem das tarefas e o horário de ir para a cama.
SUPERDICAS!
pais e as mães também podem facilmente acabar “sugados” pelas atrações digitais e negligenciar o diálogo e o bom funcionamento da rotina em casa.
Naiori Cumán. Quando não é época de provas, a família tenta sempre jogar algum jogo em casa ou sair juntos, porque a distração e os momentos de lazer também são fundamentais.
ADOLESCENTES E será que a coisa fica mais leve quando eles crescem? De certa forma, sim. Na casa da Paula da Rocha, 17 anos, estudante do 3o ano EM no Marista Rosário, a organização é em prol do tempo de estudos e concentração da vestibulanda. Desde pequena, os pais a orientaram a evitar a televisão e outras distrações para dar conta das tarefas, mas havia sempre essa tentação. O que ajudou bastante foi adaptar uma mesa de estudos no quarto, onde ela pode se concentrar. “Quando tenho prova, fico mais no quarto, porque na sala a TV ficava ‘me olhando’”, brinca Paula. “Depois de conversarmos muito, notamos, neste ano, um grande amadurecimento dela”, comemora a mãe,
© Foto: Arquivo pessoal
Outra sugestão é atribuir às crianças tarefas no cuidado com a casa desde cedo. “Cada um tem sua responsabilidade, como arrumar a cama, levar o lixo e buscar água. Até minha filha menor leva a fraldinha no lixo”, conta Sophia. “Sempre lembro que ninguém está ‘ajudando’, pois é todo mundo participante da mesma casa”, afirma. Como o casal acredita que um grande inimigo das noites em família é o celular ou o tablet, as crianças não usam nenhum dos dois. E aqui entra uma dica para quem tem dúvidas de como gerenciar a questão tecnológica: o costume desde cedo é que vai ditar o nível de apego das crianças aos gadgets. “O Isaque ganhou um videogame no Natal, mas como ele nunca teve o costume de brincar com tecnologia, nem pede para jogar durante a semana. Só joga nos fins de semana, com o pai”, conta a professora. É importante ressaltar que o celular não é um problema só quando as crianças têm acesso a ele, pois os
Paula e sua família: apoio na concentração para os estudos.
© Foto: Arquivo pessoal
FAXINA COLETIVA
A família de Sophia Lundgren: meio-período ajuda na organização.
Como conversam constantemente com as famílias, as pedagogas da Rede Marista têm sugestões valiosas para qualificar seu tempo em casa. Confira:
FILHOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS:
FILHOS NOS ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO:
• Priorize a conversa e a troca de ideias, e sempre questione o que as crianças estão pesquisando, estudando e projetando.
• Ajude-o a elaborar uma rotina semanal de estudos e não se esqueça de destinar momentos para lazer, leitura, esportes e convívio com amigos e família.
• Desligue celular, tablet, computador, jogos eletrônicos e televisão. Assim, vocês podem conversar, brincar, além de fazer um carinho e dar boas risadas juntos. • Organize um ambiente adequado, com iluminação apropriada, livre de ruídos e com material sempre à mão para evitar distrações. • É melhor estudar e fazer o tema à noite, porque, no dia seguinte, a criança pode esquecer ou ficar sem ninguém para apoiá-la. • Tente priorizar o acompanhamento das tarefas e pesquisas dos seus filhos. • Um hábito de estudo vai além de fazer o dever de casa. Pesquisem juntos, leiam muito e assistam a documentários sobre o que as crianças estão estudando.
• Não deixe seu filho adiar a hora do estudo para muito tarde, quando o corpo e o cérebro já estão se preparando para o descanso. • Oriente seu filho para começar com períodos mais curtos, fazer pausas e retomar. Aos poucos, ele poderá ampliar os momentos de concentração. • Peça que desligue o celular e eletrônicos para não atrapalhar a concentração. • Indique a ele que priorize os componentes curriculares em que tem mais dificuldade. • Recomende revisar o conteúdo no mesmo dia das aulas: isso transforma a memória de curto prazo. • Dê a dica de gravar áudios contando o que aprendeu e depois ouvi-los. Ele pode fazer grupos de estudos e, assim, auxiliar alguém a aprender também. Estabeleça com ele um local para colar tudo de forma visível: mapas mentais, palavras-chave, datas e cronogramas de estudos. • Nos dias de avaliação, não permita que ele estude até a madrugada. Oriente para que se alimente bem e durma cedo. Uma dica para relaxar é sugerir que ele vá para a escola ouvindo uma música calma, e que fique tranquilo, afinal vocês construíram um percurso de estudos valioso.
Fonte: Rosenara Frederich, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e Anos Iniciais e Rayane Recchi, coordenadora pedagógica dos Anos Finais e do Ensino Médio do Marista Santo Ângelo (RS).
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Capa
Uma missão
extraordinária Redes sociais, sucesso profissional, tempo com os amigos, desenvolvimento, cultivo pessoal e tempo para brincar. O que envolve a intrigante e encantadora tarefa de ser mãe/pai nos dias de hoje? Por Fernanda Brun
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Quando recebeu a notícia de que estava grávida de trigêmeos, a médica fisiatra Luciana Schwan organizou a rotina para conciliar os projetos pessoais e profissionais com a nova fase, flexibilizando seus horários de trabalho em benefício dos filhos, Gustavo, Arthur e Vinícius, hoje estudantes do 3o ano EM do Colégio Marista Rosário. “A maternidade era o meu foco”, conta a profissional liberal. O planejamento e o equilíbrio das expectativas permitiram que ela tivesse uma visão mais tranquila sobre os diferentes momentos da nova realidade: ela entendeu que os primeiros períodos seriam de muitas demandas e tarefas, mas que, com o tempo, seu dia a dia retornaria à normalidade. Para Luciana, o grande desafio da vida moderna é justamente equilibrar o trabalho com a maternidade – que pode, seguramente, ser fonte de ansiedade e estresse, principalmente quando conciliada com a vida em uma grande cidade, o que acarreta em falta de tempo para os filhos e a família. “Precisamos estar junto dos filhos para educar e estabelecer com eles laços de confiança, para dar exemplos de como se comportar na sociedade e de como se relacionar com o próximo, ensinar gentilezas e corrigir as atitudes erradas. E precisamos estar juntos também para não fazer nada. Para isso, necessitamos de tempo. As famílias devem ficar atentas para que, com todas as atribuições da vida moderna, não haja um abandono dos filhos”, reflete. Além do planejamento, ter uma rede de apoio também se mostrou indispensável. Ter por perto familiares, amigos e uma escola que estejam em acordo com os princípios da família ajuda os pais a terem mais segurança sobre a educação e o futuro dos filhos. “É o apoio que faz com que uma família numerosa tenha boa saúde mental”, afirma Luciana.
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FUN DA MEN TAL 10
© Foto: Arquivo pessoal
Capa
Luciana Schwan e o esposo Renato juntos dos filhos Gustavo, Arthur e Vinícius, estudantes do Colégio Marista Rosário.
OS BENEFÍCIOS DA REDE DE APOIO “Fundamental”. É essa a palavra que Marta Lucion, médica psiquiatra com especialidade em Psiquiatria da Infância e Adolescência e doutora em Psiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), usa quando se fala em “rede de apoio” na maternidade/paternidade. Para a profissional, esse é o caminho mais saudável para manter o equilíbrio entre as expectativas e necessidades pessoais e as demandas que surgem com os filhos. “Costumamos viver de forma isolada, pois temos uma tendência natural de cuidar de nossos próprios problemas. Em geral, todo mundo está se esforçando para ser o melhor pai e a melhor mãe possível. Apoio e empatia são essenciais”, explica. Ao fazer um comparativo com a maternidade/paternidade de outros tempos e a atual, Marta entende que existe, hoje, uma valorização maior das vontades e da personalidade dos pequenos. “Hoje, fala-se muito que as crianças já são capazes desde muito cedo. Que são criativas, pensantes, que entendem o meio em que estão. Essa visão é muito boa, mas pode causar uma sobrecarga”, lembra. Para ela, um dos grandes desafios é a
velocidade de consumo de informação – é como se houvesse uma checklist a ser cumprida, uma série de atividades que os filhos precisam realizar, características que necessitam desenvolver. “É preciso se respeitar e respeitar os filhos, nossas características pessoais, quem somos, no que acreditamos, o que representamos. Essas identificações são muito importantes para que não entremos em uma rotina de cobranças e comparações”, indica Luciana.
A INFLUÊNCIA DA MENTE NO CORPO “Mais do que gerar alterações no funcionamento do nosso corpo, o estresse pela maternidade pode causar transtornos psiquiátricos que muitas vezes se associam a questões físicas”, afirma a médica. Quando a mente está cansada, ela manda sinais de atenção para o corpo e nos faz sentir dores e sintomas que nem sempre estão vinculados a problemas que podem ser identificados em exames e consultas de rotina. “Azia, cefaleia, problemas no intestino, dores musculares. A sobrecarga emocional se manifesta pelo corpo e nem sempre será possível relacioná-la a um problema específico de algum órgão”, alerta a profissional.
As famílias devem ficar atentas para que, com todas as atribuições da vida moderna, não haja um abandono dos filhos. Luciana Schwan, médica e mãe
ALGUNS SINTOMAS QUE PODEM SIGNIFICAR SOBRECARGA EMOCIONAL: Alteração no padrão de sono. Cansaço desproporcional. Deixar de ver graça no que antes gostava de fazer. Não conseguir mais valorizar momentos que antes eram prazerosos.
e, hoje, vejo que meu maior conflito com os adolescentes são as redes sociais. Acho que a garotada perde um tempo de vida precioso nelas. Precisamos aceitar a evolução da comunicação, mas não podemos ficar escravizados por elas”, afirma Luciana. “A internet tem um lado negativo na medida em que cria modelos e dissemina informações não verdadeiras”, afirma Adriane Arteche, professora adjunta do programa de pós-graduação em Psicologia da PUCRS e doutora em Psicologia do Desenvolvimento. Por outro lado, a profissional afirma que também existem vantagens, à medida que as famílias que compartilham das mesmas angústias podem trocar experiências. Além disso, a tecnologia torna a busca por informação técnica adequada cada vez mais fácil e acessível. “Entendo que as mídias sociais promovem a cultura da ‘família de comercial de margarina’, em que apenas momentos positivos são compartilhados. No entanto, espaços para discussão das dificuldades cotidianas da maternidade e da paternidade também têm sido cada vez mais divulgados”, explica Adriane. Novamente, o uso dessas ferramentas como canal para uma rede de apoio faz dela um instrumento muito mais positivo do que negativo.
Bruxismo.
QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS PAIS DE HOJE?
Problemas de digestão e intestino.
1.
Maior compartilhamento de tarefas em relação ao cuidado e à educação dos filhos.
2.
Conhecimento teórico sendo transmitido aos pais e, às vezes, entrando em colisão com aprendizados intrafamiliares (como o não uso de práticas de punição física que antes eram recorrentes, por exemplo).
3.
Centralização nos pais como responsáveis pelo cuidado e pela educação e minimização do papel da família extensa.
A GRAMA DO VIZINHO É REALMENTE MAIS VERDE? Casas arrumadas, sorrisos no rosto, roupas combinando, barriga chapada um mês depois do parto. As redes sociais são fonte constante de cobranças e comparações que podem agir de forma prejudicial para quem vive a maternidade/paternidade. No Brasil, o peso é ainda maior: de acordo com dados de um estudo realizado pelo Hootsuite com a We Are Social, somos o segundo país do mundo que passa mais tempo conectado à internet. A média do brasileiro é ficar cerca de nove horas e 29 minutos online por dia. E 62% da população do país está ativa nas redes sociais. “Quando meus filhos nasceram, ficava pensando em qual seria o meu choque de geração com eles
QUAIS SÃO AS DIFICULDADES E ANGÚSTIAS CARACTERÍSTICAS DESTA GERAÇÃO DE PAIS? 1.
Dar conta de conciliar as demandas de trabalho com estimulação apropriada e criação de vínculo com os filhos.
2.
Proteger os filhos dos perigos do mundo atual (violência; mídia inadequada; alimentação não saudável; excesso de demanda eletrônica) e promover autonomia e independência ao mesmo tempo. Fonte: Adriane Arteche, doutora em Psicologia do Desenvolvimento.
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Capa
Karla e o esposo João Batista juntos do filho Athos, estudante do Colégio Marista Champagnat.
A IMPORTÂNCIA DA CONEXÃO Com uma facilidade tão grande em estar conectado com pessoas, lugares e informações de todas as partes do mundo, a conexão próxima e pessoal acaba ficando de lado. “Uma solução para as dificuldades da maternidade/paternidade é oportunizar espaços de interação entre pais e filhos desde a primeira infância”, afirma Adriane. “Digo para mim mesma que o que vale é a qualidade do tempo que passamos juntos”. A frase é de Karla da Silva. Mãe de Athos, estudante do Marista Champagnat, ela conta que seu compromisso com o filho é estar presente, seja qual for a hora. E é nessa conexão que se criam laços de confiança, segurança, transparência e amor. Para Marta Lucion, esse tempo dedicado exclusivamente à interação com as crianças e os adolescentes é fundamental para uma relação saudável entre pais e filhos. “O que os filhos querem é a atenção dos pais, um tempo de qualidade. Um momento para que eles façam o que têm von-
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tade, seja brincar, conversar sobre o dia, fazer uma refeição juntos. É preciso criar oportunidades para construir essas pontes”, indica a profissional. Manoela de Oliveira, doutora em Psicologia pela UFRGS, com experiência como orientadora profissional e consultora de carreira, aponta algumas reflexões importantes resultantes de pesquisas realizadas no Grupo de Estudos sobre Desenvolvimento de Carreira da PUCRS: o trabalho excessivo interfere, sim, na família – e a percepção dessa interferência pode levar à intenção de deixar o emprego. “Esse resultado sugere que, além de prejuízos percebidos na vida familiar dos executivos, o conflito entre papéis resultante do trabalho excessivo pode refletir de forma negativa em outras dimensões, como a saúde mental e física”, aponta a profissional. De forma geral, Manoela esclarece que tanto experiências no trabalho quanto momentos familiares podem ser enriquecedores, mas como a primeira não demanda “bater ponto”, pode acabar deixada de lado.
“A SOCIEDADE É CRUEL, COBRA RESULTADOS, PRODUTIVIDADE, PRESENÇA. MAS ACHO QUE A PIOR COBRANÇA É A GENTE MESMO QUE FAZ. MUITAS VEZES, QUANDO, EM UMA SEGUNDA-FEIRA, SAIO ÀS 6H50 E RETORNO SÓ ÀS 23H E O ATHOS JÁ ESTÁ DORMINDO, CHEGO PERTO DA CAMA DELE, PUXO AS COBERTAS, CUBRO, BEIJO A TESTA, SINTO O CHEIRO E CHORO! CHORO E ME PERGUNTO SE É ESSE O CAMINHO – TRABALHAR TANTO, MESMO QUE SEJA PARA DAR AS MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA PARA ELE. ACHO QUE TODA A MÃE SENTE ISSO.” Karla da Silva
TRABALHO E MATERNIDADE/ PATERNIDADE: COMO CONCILIAR EXPECTATIVAS? Durante o século 20, várias mudanças influenciaram as relações familiares e profissionais e mais mulheres precisaram se inserir no mercado de trabalho, assumindo o papel de provedores. Como consequência, os homens passaram a se envolver mais em tarefas relacionadas à casa e à família. Todo esse movimento deu origem a casais em que ambos se dedicam tanto ao ambiente familiar quanto ao profissional. “Considerando esse cenário, é possível pensar que ser pai/mãe nos dias atuais significa administrar as demandas originadas tanto na família como no trabalho a fim de obter uma vida saudável e satisfatória, o que exige adaptabilidade e capacidade de gerir o tempo e tomar decisões”, afirma Manoela.
AMOR: SENTIMENTO ATEMPORAL “O Athos jamais me cobrou nada! E sempre me diz: ‘és a melhor mãe do mundo, jamais escolheria outra.’ A frase vem recheada de tanto amor, de tanto sentimento que acho que devo estar fazendo alguma coisa certa nesses 16 anos. Mesmo que, às vezes, eu duvide”, conta, emocionada, Karla. É nesse amor que a maternidade e a paternidade encontram a motivação para, independentemente da época, buscar o equilíbrio. “A maternidade é um dos melhores papéis da minha vida. Sem sombra de dúvida, é o que me completa! Ser mãe é uma aventura constante, uma aprendizagem diária. Não tem mapa ou manual de como ser mãe. Vamos nos constituindo, mãe e filho, ao mesmo tempo. Amo ser a Karla filha, a Karla esposa, a Karla profissional, mas amo muito mais ser a Karla mãe”, finaliza.
O que os filhos querem é a atenção dos pais, um tempo de qualidade. Um momento para que eles façam o que têm vontade, seja brincar, conversar sobre o dia, fazer uma refeição juntos. É preciso criar oportunidades para construir essas pontes. Marta Knijnik Lucion, médica psiquiatra
O QUE FAZ OS PAIS PERDEREM O SONO? Uma pesquisa realizada anualmente pelo C. S. Mott Children's Hospital, nos Estados Unidos, com pais de jovens de diferentes idades, apontou que as principais preocupações em relação à saúde de seus filhos, em 2017, foram... (era possível assinalar mais de uma resposta): 1. Bullying/cyberbullying (61%) 2. Não fazer exercícios o suficiente (60%) 3. Alimentação não saudável (57%) 4. Uso de drogas (56%) 5. Segurança na internet (55%) 6. Abuso e negligência em relação às crianças (53%) 7. Suicídio (45%) 8. Depressão (44%) 9. Gravidez na adolescência (43%) 10. Estresse (43%) Por Manoela Ziebell de Oliveira, doutora em Psicologia
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Entrevista
Brincadeira saudável inclui
diversidade de materiais © Foto: Divulgação
A pedagoga Josiane Pareja pesquisa a riqueza do manuseio de diferentes elementos
Já viu criança pequena valorizar brinquedo caro? Elas gostam mesmo é da caixa, não é mesmo? A pedagoga Josiane Pareja tem uma explicação para isso: “A caixa é um material ‘aberto’, que coloca a criança diante de muitas transformações”, ensina. Por meio de suas pesquisas com diferentes materiais, Josiane tem verificado, em seu Ateliê Carambola, em São Paulo (SP), que as crianças de até 5 anos precisam manusear e transformar livremente os objetos – daí a importância de se oferecer uma diversidade de materiais, de preferência que possam ser moldados. É uma forma pela qual elas organizam seu “mundo” interior e se inserem no contexto que as cerca. “A caixa pode virar um carro, um avião, um esconderijo, um bracelete, o que a criança imaginar!”, exemplifica. Confira, nas próximas páginas, o que mais ela compartilhou na conversa com a revista Em Família Marista.
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© Foto: Arquivo pessoal
Por Helena Carnieri
Josiane Pareja, pedagoga e fundadora da Ateliê Centro de Pesquisa e Documentação Pedagógica e da Escola de Infância Ateliê Carambola (SP).
Os materiais são fundamentais na primeiríssima infância, ou seja, de 6 meses a 5 anos, porque é nesse momento que a criança inaugura um universo de descobertas. Chamamos isso de período heurístico, palavra que vem do grego descobrir. Deve-se oferecer diferentes materiais, sejam eles plástico, madeira, metal ou tecido, porque a criança bem pequena está construindo sentidos e significados, e tudo isso a partir das experiências que ela tem. Ela entrelaça, durante as brincadeiras, o que vive na família, e traz para a brincadeira, a partir dos 3 anos, o jogo simbólico. Mas ela só será capaz de brincar de forma saudável se tiver repertório.
© Foto: Divulgação
Qual a importância de se usar uma diversidade de materiais na primeira infância?
Que materiais Os materiais não estruturados são são os mais considerados os melhores objetos na indicados? primeiríssima infância, porque esse
é o momento em eles estão ampliando as possibilidades criativas e inventivas. Muitas vezes, o melhor brinquedo é um objeto qualquer. Você compra um superbrinquedo e a criança brinca com a caixa – afinal, é um material aberto, que coloca a criança diante de muitas transformações. A criança bem pequena precisa de um tempo de exploração. Tempo para explorar o objeto das mais diferentes maneiras: batendo, pondo na boca, encaixando, empilhando, alinhando, colecionando… E só depois dessa exploração é que ela busca uma “transformação” daquilo. Pode virar um carro, um avião, um esconderijo, um bracelete, o que a criança imaginar!
Qual a diferença Cada material tem sua materialidade, de “material” e que é o “adjetivo” da matéria. Por exem“materialidade”? plo, o papelão é poroso, leve, tem cer-
to cheiro; ele vira o que a criança imagina, dissolve em água, mas é resistente, não rasga fácil, aguenta ser esfolado, pode virar um tapete, uma capa… É a potência dos materiais. Em que eu posso transformar esse objeto? E, nesse processo, a criança também se transforma – internamente, mentalmente. Ela ganha qualidade de pensamento.
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Entrevista
Como você aplica sua pesquisa no Ateliê Carambola?
Na Carambola, trabalhamos com o jogo heurístico, uma metodologia das pesquisadoras Elinor Goldshmied e Sonia Jackson, que destacam a importância de usar diferentes materiais em coleções, para empilhar, usar em ambientes internos e externos, e o uso de materiais não contáveis, como a areia. Esse é um foco bem forte que usamos com as crianças de 0 a 3 anos. Com os maiores, vamos para o quintal, onde tem areia, terra, e as crianças podem construir os mais diversos cenários de jogos simbólicos.
Como é feita a condução das crianças nesses momentos?
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O que a gente observa é que algumas crianças podem não querer mexer em areia ou tinta, o que é natural, porque são bem pequenas, estão tendo essa experiência pela primeira vez. O que ocorre, no início, é o desconhecimento e, por isso, a criança pode ficar mais distante no começo. O que nós garantimos é tempo e permanência, para que essas crianças possam trabalhar o reconhecimento e efetivamente participar no momento em que estiverem dispostas. Inclusive, consideramos “estar junto” uma forma de participação, mas mais passiva. Respeitamos o tempo delas, sem forçar a barra, sem pegar na mão.
Qual a relação Para poder escutar as crianças, é preentre “ensinar” ciso compreendê-las. Entender que e “escutar”? estão passando por um momento
de inaugurações, de se constituírem como sujeitos, em que precisam de paciência e companheirismo. A escuta nasce de uma relação genuína de respeito ao desenvolvimento, mas sem se abster de intencionalidades. A escuta só vai aparecer em uma escola que entende os diferentes momentos da infância. Escutar é uma metáfora da relação humana.
© Foto: Divulgação
É fundamental que não seja só o plástico, porque esse é o tipo de material que nós mais temos nas escolas, por vezes muito colorido, e isso tira da criança o que ela tem de mais potente, que é a transformação. O plástico não se permite ser moldado, ele é rígido. Do jeito que você colocar, ele vai ficar. Não oferece capacidade de transformação. Por outro lado, é possível usá-lo para empilhar, alinhar, colecionar. Nada contra o plástico! Mas, por uma perspectiva mais sustentável, sabemos que é o material que a natureza leva mais tempo para transformar em natureza de volta.
A criança bem pequena precisa de um tempo de exploração. Tempo para explorar o objeto das mais diferentes maneiras: batendo, pondo na boca, encaixando, empilhando, alinhando, colecionando... E só depois dessa exploração é que ela busca uma 'transformação' daquilo. © Foto: Divulgação
Existe um risco de oferecer apenas brinquedos de plástico?
EXPEDIENTE COLÉGIO MARISTA MARIA IMACULADA R. Visconde de Mauá, 545 Canela - RS Fone: 54 3278-6100 imaculada@maristas.org.br DIRETORA Ângela Maria de Abreu VICE-DIRETORA Vivian Patricia Caberlon Nunes COMUNICAÇÃO E MARKETING Jean Calegari JORNALISTA RESPONSÁVEL Daniela Cidade (MTB 8630)
Ponto de vista em movimento
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A coordenadora educacional Maria do Socorro Pereira fala sobre o trabalho realizado em pequenos grupos.
Com a palavra
Educação Infantil
Caleidoscópio
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Ensino Fundamental
Gente nossa
Ensino Médio
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Direção destaca os pontos do fazer pedagógico.
Planejados com intencionalidade e afeto, os espaços potencializam a aprendizagem das crianças.
EI EF EM
Cobertura dos principais projetos e atividades desenvolvidos no primeiro semestre letivo.
Conheça alguns dos recursos tecnológicos utilizados para intensificar o processo de ensino-aprendizagem.
Patrícia Reis conta sua história de relação com o Marista Maria Imaculada.
Saiba como as práticas de investigação científica favorecem o desenvolvimento da autonomia intelectual.
Diz aí
Em foco
Construir conhecimentos
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Estudantes contam como organizam a rotina de estudos e de lazer no dia a dia.
A partir do tema Seu olhar sobre a escola, estudantes registram a própria percepção sobre o cotidiano escolar.
Conheça iniciativas que destacam a formação integral marista.
Com a palavra
Que cheiro boa escola? Um dia desses, uma mãe me pediu: “diretora, me deixa sentir um pouquinho o cheiro da minha escola?” Naquele momento, emergiu, na mente dessa adulta que um dia viveu momentos especiais aqui no Colégio, uma memória afetiva. Ao pedir para “sentir o cheiro” da escola em que estudou, independentemente de algumas mudanças no espaço físico, percebe-se que algo muito significativo ficou guardado cuidadosamente nas lembranças dessa pessoa. Mas que cheiro tem uma boa escola? Que atividades realizamos nos espaços que exalam perfume? Qual a essência do aroma que proporciona momentos prazerosos de aprendizagens? Cheiros, sons, sabores, sensações… O que mais fica na memória dos nossos estudantes? Nesse intuito, gostaríamos de convidá-los a um olhar atento sobre nosso fazer pedagógico. Iniciamos analisando nosso caminho acadêmico, a ser construído desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. O ponto de partida é a brincadeira. Aprender brincando requer uma escuta atenta; requer uma seriedade na forma como construímos e interagimos com os diferentes espaços e materiais. Brincar, para nós, maristas, é coisa séria. É na brincadeira que se revelam grandes cientistas, filósofos, poetas e líderes. Nas mediações de momentos lúdicos, construímos teorias e aprendemos conceitos. E o espaço privilegiado para essas descobertas é, sem sombra de dúvida, a sala de aula. O mesmo ambiente que, nostalgicamente, retorna à memória quando nos lembramos da nossa infância e adolescência. Espaço mágico onde nossos sonhos se tornavam realidade. Hoje, esse mesmo espaço recebe uma nova configuração. O coletivo e o trabalho em equipe enriquecem e fortalecem a aprendizagem e os relacionamentos. O “eu” passa a dar lugar ao “nós” e, nesse movimento, os grupos se concretizam, materializando o apelo do XXII Capítulo Geral do Instituto Marista, que nos convida a abandonar os egos e fortalecer os ecos – só encontro o eco quando minha voz encontra o outro e a voz do outro ecoa em mim.
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Colégio Marista Maria Imaculada
Aprender brincando requer uma escuta atenta; requer uma seriedade na forma como construímos e interagimos com os diferentes espaços e materiais. Brincar, para nós, maristas, é coisa séria.
Ângela Maria de Abreu Diretora do Colégio Marista Maria Imaculada
© Foto: Acervo do Colégio
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tem
© Foto: Acervo do Colégio
Educação Infantil
A variedade de materialidades que compõem o espaço aguça o aprendizado e desencadeia o desejo de aprender.
Espaços educadores para a
aprendizagem das crianças A Educação Infantil é uma etapa em que cada detalhe é importante para a construção do repertório de significados das crianças. No jeito marista de educar, os ambientes são considerados parte essencial do projeto curricular e pensados de forma a proporcionar momentos que incentivam a imaginação, a criatividade, a socialização, a descoberta e a autonomia. “Os espaços pedagógicos educadores formam um dos alicerces das nossas diretrizes”, afirma Loide Trois, supervisora pedagógica dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista. Desse modo, os estudantes são convidados a assumir o papel de protagonistas para, acompanhados dos educadores, terem liberdade de expressar suas ideias – em um ambiente educador que os empodera e valoriza suas maneiras de participar e interagir. “Acreditamos que o espaço escolar deve transmitir afetividade, mesmo sendo uma estrutura física”, explica Loide. “Precisa ser habitado de valores e princípios ao mesmo tempo em que aguça a curiosidade e desperta o desejo de aprender”,
complementa. Em sintonia com essa proposta, as salas de aula são compostas por mobiliários versáteis, que permitem diferentes arranjos e harmonizações. Também contam com materiais naturais e neutros que oferecem elementos sensitivos importantes, como luzes, cores, texturas, cheiros e sons.
APRENDER BRINCANDO A partir dos espaços educadores do Colégio, as crianças se desenvolvem e aprendem brincando. Um exemplo é o projeto Cientistas e detetives da escola azul, no qual o objetivo é vivenciar e incentivar a imaginação, proporcionar descobertas, desvendar curiosidades, criar experiências e fomentar a iniciação científica. Através da imaginação, da interação e de questionamentos entre os estudantes e com a mediação da educadora sobre os assuntos que despertam a curiosidade, as crianças levantaram algumas perguntas e se divertiram buscando as respostas. Segundo a orientadora educacional do Marista Maria Imaculada, Débora
Schmidt, a sincronia entre o brincar e o aprender pede que os ambientes da escola sejam planejados de modo a proporcionar uma multiplicidade de experiências e conexão com todas as linguagens, o tempo todo. “Espaço e o tempo são elementos pedagógicos importantes, que precisam ser pensados, organizados e executados com a participação ativa das crianças e dos adultos para que as experiências vividas nesse período influenciem profundamente o desenvolvimento social e emocional”, explica ela. A partir disso, o entendimento da relação entre o estudante e a brincadeira compõe-se por meio de um sistema integrado de significações: brincar possui diferentes noções e é através dela que a criança se expressa no mundo. “A partir do momento em que pensamos nesses ambientes que convidam, mantemos a curiosidade natural das crianças na busca constante por conhecimento e aprendizado. É só oferecer espaço e materiais potentes que elas nos ensinam como se brinca!”, comenta a educadora.
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Caleidoscópio EI Atividades artísticas, como a dos picolés de tinta do Nível 1, são pensadas com o objetivo de expressar a arte através de diferentes linguagens e vivências.
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© Fotos: Acervo do Colégio
A reunião de pais da Educação Infantil representa um momento fundamental para a aproximação da família do projeto pedagógico da escola.
ACONTECEU
O manuseio de diferentes materiais, como a atividade dos elementos da natureza, aguça a curiosidade e desencadeia o desejo de aprender.
NA PRÁTICA
Os espaços, inclusive ao ar livre, devem ser pensados de modo que as crianças possam usufruir de maneira plena, sendo considerados como parte fundamental do projeto pedagógico.
Pensar nos processos expressivos das crianças em diferentes linguagens nos impulsiona ao desejo de fazer do ambiente um espaço propício para descobertas múltiplas.
A mesa de luz, como instrumento de aprendizado, propicia o experimento de três dimensões: a visibilidade, a imagem estética e a sensação da passagem do tempo.
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Colégio Marista Maria Imaculada
No universo infantil do Nível 1, encontramos uma gama variada de dinâmicas de aprendizagem, valorizando objetos como o bambolê, por exemplo, como ponto médio pedagógico entre ensino e experiência.
Brincadeiras, como fazer bolhas de sabão, carregam em si um vasto repertório de sentidos e despertam os aspectos da sociabilização em grupo.
LUDICIDADE
Símbolo da Páscoa para a cultura alemã, a Osterbaum (árvore de Páscoa) é montada com um galho seco e ovos coloridos. O galho representa a dor e a morte de Jesus; os ovos simbolizam a alegria da vida pela ressureição de Cristo.
CELEBRAÇÃO As atividades ao ar livre são planejadas de modo que as crianças possam vivenciar experiências de cuidado com o corpo, propiciando bem-estar e uma oportunidade de auto-organização.
Desenhar com giz é um excelente canal de transmissão de saberes e de oportunidades de viver experiências diversas. Ao brincar, as crianças do Nível 2 são levadas a distinguir o real do imaginário.
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© Foto: Acervo do Colégio
Ponto de vista
Salas organizadas em pequenos grupos Por Maria do Socorro Pereira, coordenadora educacional da Educação Infantil e dos Anos Iniciais
Considerar a diversidade no contexto escolar é levar em conta que os estudantes são heterogêneos, são diversos, aprendem em ritmos e de formas diferentes, e esse deve ser o ponto de partida de toda ação educacional. Implica adotar atitudes, disposições e estratégias que não “individualizem” e que não tratem os estudantes como “idênticos”. Significa romper com a ideia de que todos os estudantes fazem o mesmo, ao mesmo tempo, da mesma forma e com os mesmos materiais. Quando reconhecemos o potencial de cada estudante, o que eles sabem, o que fazem bem e o que precisam aprender, identificamos as diferenças, as habilidades, os limites entre eles. E o papel da escola é transformar essas diferenças em oportunidades de crescimento, de trocas e de aprendizagens e, ao mesmo tempo, garantir que todos aprendam. Quando organizamos os alunos em pequenos grupos, estamos entendendo que a aprendizagem é um processo individual e, também, coletivo. Por isso, não há uma forma única de agru-
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par. É necessário considerar diferentes tipos de agrupamentos, que permitem colocar em prática estratégias variadas para garantir o “comum a todos” e, ao mesmo tempo, diferenciar o ensino. Muitas vezes, é pensar em estratégias que não se assemelham àquelas que experimentamos durante nossa própria escolarização. O trabalho em pequenos grupos amplia a possibilidade de relações mais solidárias na medida em que os estudantes se reconhecem em suas semelhanças e diferenças, aprendendo a construir ideias e ações coletivamente. É uma dinâmica que favorece a interação entre os estudantes, incrementando a qualidade das aprendizagens e a aquisição de novos conhecimentos. Além disso, permite melhorar as habilidades sociais, possibilitando o diálogo, facilitando a comunicação e a inclusão de seus integrantes. Cabe, ainda, ressaltar que o trabalho em pequenos grupos faz com que os estudantes aprendam a se ajudar mutuamente em suas aprendizagens – ou seja, de forma cooperativa, eles se tor-
Colégio Marista Maria Imaculada
nam abertos às ideias e necessidades uns dos outros. Em outras palavras, organizar as salas de aula em pequenos grupos não é apenas uma alteração estrutural, de ambiente, de mobília. É uma mudança de concepção de ensino e aprendizagem. Essa concepção está relacionada ao desenvolvimento da autonomia do estudante, à aprendizagem significativa, à possibilidade de escolha e ao protagonismo do jovem. Essa forma de trabalho permite ao estudante desempenhar um papel ativo na apropriação e na criação de novos conhecimentos. O professor deixa de ser o centralizador de informação e passa a mediar os grupos a partir dos conhecimentos que cada um apresenta. Para isso, se faz necessário que ele tenha clareza sobre os objetivos a serem alcançados e observe de forma cuidadosa os potenciais de cada estudante. Dessa forma, os alunos trabalham juntos, planejam seus trabalhos em grupo, ajudam-se mutuamente e criam uma cultura mais colaborativa.
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© Foto: Acervo do Colégio
Robótica desenvolve a criatividade, o raciocínio lógico, o trabalho em equipe e a capacidade de planejamento.
Por uma visão integral da
tecnologia na educação Os avanços tecnológicos da última década mudaram a forma pela qual nos relacionamos. As possibilidades cada vez maiores proporcionadas pelos dispositivos móveis e outros gadgets fazem com que o analógico e o digital coexistam em uma dinâmica que o autor, publicitário e empreendedor Walter Longo chama de Era do Pós-Digital. Segundo ele, a presença desse tipo de tecnologia é tão constante no nosso dia a dia que, na maior parte do tempo, não notamos que está lá. Assim como a eletricidade, só percebemos sua existência quando ela falta. Consequentemente, o hibridismo das culturas digital e analógica amplia as oportunidades de aprendizagem. “É necessário ver esses avanços de uma perspectiva não só comunicacional, mas também pedagógica”, afirma o supervisor de tecnologias educacionais dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, Ederson Locatelli. Os estudantes maristas são incentivados a construir novos conhecimentos por
meio de projetos que envolvem robótica, pensamento computacional, gamificação e realidade aumentada. A partir dessas atividades, experienciam princípios que são importantes ao longo de toda a vida, desenvolvendo a autonomia, o raciocínio lógico e o protagonismo.
APORTES PARA COMPARTILHAR CONHECIMENTOS A tecnologia é um importante aporte pedagógico do Marista Maria Imaculada. Nos Anos Iniciais, as aulas de Robótica e o uso do Laboratório Móvel de Informática dimensionam a abrangência desse subsídio no contexto pedagógico. Há de se ressaltar que tal estímulo tecnológico não se limita à operacionalização dos aparatos em si, mas também implica trabalhar uma visão global dessa inserção no cotidiano. Já nos Anos Finais, as tecnologias se fazem presentes no cotidiano pedagógico, por exemplo, a partir do uso do sistema Marista Virtual 3.0 para realização de provas e trabalhos
das disciplinas em cada área de conhecimento. À vista disso, a interconexão entre sala de aula e espaços virtuais fomenta o desenvolvimento de um pensamento crítico em relação ao uso da tecnologia e seus benefícios nas atividades da rotina escolar. Sob esse olhar, a ênfase desses incentivos está relacionada ao poder de aproximação que as tecnologias provocam no corpo social e sua capacidade de produzir conhecimento e articular significados. Para Camila Farias, monitora de tecnologias educacionais e professora de Robótica do Colégio, a inserção das tecnologias nos processos de ensino-aprendizagem é de grande importância, pois tais atividades estimulam a capacidade intelectual e criativa dos estudantes, tornando o aprendizado mais interessante e dinâmico. “Além disso, contribui para a formação do pensamento crítico, das competências tecnológicas e da criatividade para um futuro baseado nas relações digitais”, explica.
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Caleidoscópio EF
A Robótica aproxima os estudantes da tecnologia. Inserida no cotidiano escolar, potencializa o sistema de ensino e aprendizagem dos jovens.
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© Fotos: Acervo do Colégio
O momento de formação promovido pelo Serviço de Orientação Escolar e pelo Serviço de Pastoral tem como objetivo favorecer a formação humana e cristã dos estudantes, contemplando atividades que ultrapassam as fronteiras da sala de aula.
FORMAÇÃO
NA PRÁTICA
O projeto Horta, realizado pelos estudantes do 3o ano EF, tem por objetivo favorecer o contato dos estudantes com a natureza, além de conscientizar a prática de uma alimentação saudável.
A aprendizagem é um processo tanto individual quanto coletivo. A partir disso, as atividades pedagógicas das turmas de 5o ano EF são pautadas na partilha de saberes, de descobertas e de leituras do mundo.
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Colégio Marista Maria Imaculada
Intercambiar informações e conhecimentos torna os estudantes mais comprometidos com suas aprendizagens. As turmas de 4o ano EF do Marista Santo Ângelo trocaram experiências com estudantes do Maria Imaculada.
ACONTECEU
Vinculado às atividades dos Anos Finais, o Voluntariado busca praticar e compreender a essência Marista através de projetos sociais de impacto à comunidade.
VOLUNTARIADO
OLIMPEC
Os pais dos estudantes do 1o ano EF participaram da Festa do Caderno, que teve como objetivo simbolizar a passagem dos estudantes para uma das fases mais importantes da vida escolar: a alfabetização.
Participar de jogos e competições esportivas favorece o desenvolvimento das habilidades motoras, do convívio em grupo e do trabalho em equipe. Assim foi a participação dos estudantes do 3o ano EF na Olimpíada Estudantil de Canela (Olimpec).
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© Foto: Arquivo pessoal
Gente nossa
Primeiro dia de aula de João Antônio, acompanhado da mãe Patrícia Reis e pelo avô Olmiro.
Vínculo marista:
história que perpassa gerações
Quando fui convidada para falar sobre minha história no Marista Maria Imaculada, me senti muito feliz e memórias lindas começaram a surgir do meu coração. Mas logo lembrei que esta história não é só minha, começa com meu pai, Antônio Olmiro dos Reis, que foi da primeira turma de formandos da escola, no ano de 1961. Ou seja, para mim, ser marista vem de casa! Meus pais me matricularam na primeira série nos anos 1980 e estudei no Colégio até a 8a série, pois naquela época não existia o Segundo Grau hoje Ensino Médio. Meus irmãos, Daniel e Fernando, também entraram e, assim, seguimos no Maria Imaculada até concluirmos. Os anos maristas foram incríveis, mágicos… Tenho lembranças maravilhosas das professoras, queridas e atenciosas, e dos Irmãos, sempre presentes, cuidando de tudo e todos. Lembro-me muito das Festas Juninas, nas quais meu pai ajudava na Barraca da Pescaria. Para mim, o grande evento do ano era essa festa, todos iam almoçar e brincar na escola! Até hoje, o que levo com todo meu amor, no meu coração, são as minhas amigas, que me acompanharam sempre, desde a 1a série. No Colégio, conquistei os mais profundos laços de amizade que alguém pode ter. Passaram-se anos e ainda nos falamos diariamente e, hoje, todas temos nossos filhos estudando na Marista Maria Imaculada. Atualmente, meu filho João Antônio estuda no Colégio, uma decisão conjunta com meu marido Roberto Schmits (que foi aluno no Marista Pio XII, em Novo Hamburgo). Eu o vejo tendo aulas nas “minhas” salas e brincando na “minha” escola. Quando entro para buscá-lo, sinto o cheiro e o som da minha infância. É muito bom ser marista!
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Colégio Marista Maria Imaculada
Tenho lembranças maravilhosas das professoras, queridas e atenciosas, e dos Irmãos, sempre presentes, cuidando de tudo e todos.
A investigação científica como
Ensino Médio
intencionalidade pedagógica orientação na Educação Básica. Mais do que desafiar os estudantes a realizar trabalhos para eventos e atividades específicos, o objetivo é tornar a investigação um exercício do cotidiano escolar, preparando os jovens para a vida acadêmica e em sociedade.
UM CONVITE PARA NOVAS DESCOBERTAS No Marista Maria Imaculada, a investigação científica é incentivada por meio das atividades desenvolvidas em sala de aula, das Sequências Didáticas e, especialmente, da Mostra do Conhecimento, atividade realizada ao longo do primeiro semestre cuja conclusão se dá em um evento aberto à comunidade, no qual os estudantes apresentam seus trabalhos. A partir dessas propostas, a prática da pesquisa não é vista como uma ação isolada, da qual o aprendizado é obtido apenas pela investigação do objeto em si, mas carrega um universo de situações que transcendem a sala de aula e compreendem processos metodológicos que tangem a educação não formal. Durante a experiência do fazer científico, o estudante se depara com a necessidade de cruzar uma cadeia de técnicas e métodos para a conclusão da investigação, como, por exemplo, pesquisa
bibliográfica, coleta e análise de dados e diário de bordo. Vale ressaltar que a problemática da iniciação cientifica no ambiente escolar também se dá com o intuito de desenvolver e provocar os jovens na dinâmica de ensino-aprendizagem por meio do estímulo da cultura científica, a partir de uma ótica multidisciplinar. É por esse caminho que se entende a pesquisa como um processo longo e que exige um planejamento para que tudo saia de acordo com cronograma e não interfira negativamente no decorrer do ano letivo. Para a estudante Giordana Fioreze, “a iniciação cientifica é uma importante ajuda, já que com ela compreendemos a metodologia correta para artigos que futuramente serão muito importantes na nossa carreira acadêmica.” Além de ser uma oportunidade para se preparar para o universo acadêmico, a iniciação científica é capaz de potencializar o desenvolvimento da criatividade, estimular o trabalho em grupo e treinar a capacidade para formular problemas e encontrar soluções. “Através dos trabalhos, podemos aprofundar nossos conhecimentos a respeitos de vários assuntos, adquirindo destreza e experiência”, complementa Giordana. © Foto: Acervo do Colégio
O jeito marista de educar tem, entre seus pressupostos, a busca pela pergunta, pela reflexão e pela reconstrução de saberes. A partir do compromisso de oportunizar a investigação e a produção de conhecimentos, os Colégios e Unidades Sociais promovem projetos e atividades que instigam os estudantes a conhecer e reconhecer as etapas da pesquisa científica de forma transversal. Os jovens são incentivados a fazer descobertas relacionadas aos seus interesses e curiosidades com uma perspectiva acadêmica, apresentando análise de dados, resultados, sistematização de ideias e referencial teórico. “Essa intencionalidade de desenvolver práticas de investigação científica está presente não só no nosso Projeto Educativo e nas Matrizes Curriculares, mas também em um dos eixos obrigatórios dos itinerários formativos para o Novo Ensino Médio, previsto na legislação nacional vigente”, destaca a supervisora pedagógica Camila Fabis. “A capacidade de fazer análises por meio de referenciais científicos é um ponto importante no desenvolvimento da autonomia intelectual”, aponta ela. As iniciativas desenvolvidas são balizadas pelo documento Iniciação científica: Um guia de A iniciação científica é uma maneira de fomentar as relações dentro da sala de aula.
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Caleidoscópio EM O Momento de Formação, realizado com as turmas de 3o ano EM, compõe a gama de atividades que inter-relacionam os processos de aprendizagem pedagógica, pastoral e crítica.
ENCONTRO DE GRÊMIOS
© Fotos: Acervo do Colégio
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Os jovens não são expectadores do mundo e, portanto, devem ser reconhecidos como atores coletivos, com capacidade de participação e envolvidos nas ações educativas.
ACONTECEU
FEIRA DE PROFISSÕES
Relembrar a caminhada é fundamental para que nosso posicionamento no mundo seja repensado. Com esse direcionamento em mente, foi preparado um mural de fotos da trajetória escolar dos estudantes do 3o ano EM.
A cada ano, um grande número de jovens precisa escolher qual curso superior cursará. Diante isso, a Feira das Profissões ajuda os estudantes a escolher a profissão mais relacionada com suas habilidades e competências e, sobretudo, que esteja alinhada com seu projeto de vida.
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Colégio Marista Maria Imaculada
Com o tema Ser marista me completa, o início do ano letivo contou com atividades de integração conduzidas pelo Grêmio Estudantil Maria Imaculada (Gemi).
ACOLHIDA
Por meio do projeto Liderança marista, os estudantes vivenciam um dos compromissos pedagógicos de educação integral: entender o protagonismo infanto-juvenil como forma de posicionamento no mundo.
LIDERANÇA
O início do ano letivo é marcado pela definição de objetivos e metas. Para o 3o ano EM, o período também é marcado pelo encerramento de um ciclo e a preparação para o início de outro.
Os representantes de turma do 1o ano EM atuam buscando a experiência da representatividade coletiva como um dos pilares da dinâmica pedagógica.
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Diz aí
administra seu tempo
RAFAELA CARDOSO 9o ano EF
AGNES CAPORAL 1o ano EM
PEDRO AUGUSTO FONTANA 2o ano EM
“Eu administro meu tempo me baseando em uma lista de compromissos do dia. Normalmente, uso planners para organizar minha rotina e as provas, sempre deixando os estudos em primeiro lugar. Também procuro ter momentos de lazer para descansar a mente e ficar junto com minha família e meus amigos, curtindo cada momento.”
“Eu administro meu tempo procurando selecionar as demandas escolares e extracurriculares que tenho durante a semana. Quando é passado, por exemplo, um conteúdo novo, no dia mesmo já estudo, sempre priorizando as matérias em que eu tenho mais dificuldade.”
“Eu organizo as minhas atividades semanais aos domingos. Nas segundas, frequento a PJM do Colégio; nas terças e quintas, jogo basquete. Também faço parte do Grêmio Estudantil do Colégio. Organizo horários em meu tempo livre para estudar.”
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© Fotos: Acervo do Colégio
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Como você
Convidamos os estudantes a contar como eles organizam o dia a dia, conciliando a rotina de estudo e os momentos de lazer
1... 2... click!
Em foco
A partir do tema Seu olhar sobre a escola, estudantes registraram, por meio da fotografia, a própria percepção sobre o cotidiano escolar
“Eu gosto do Ginásio porque toda quarta e sexta eu tenho Futsal e segunda eu tenho Educação Física.”
FREDERICO GULART 1o ano EF “O teatro é uma atividade importante para mim, pois nele eu posso atuar e interpretar, mostrando o meu lado artístico. Eu amo teatro!”
MARIA EDUARDA DE LIMA 5o ano EF
“Eu gosto do Campão porque é bem grande e eu posso correr!”
ISABELA VIDAL 4o ano EF
“Eu gosto da Biblioteca porque aqui é um lugar mágico onde a gente pode inventar qualquer coisa a partir dos livros e da imaginação.”
HELENA ROST 3o ano EF
“Eu gosto do Pátio porque a gente brinca aqui no recreio e fazemos atividades.”
NICOLAS PADILHA 4o ano EF
Colégio Marista Maria Imaculada
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Construir conhecimentos
Fique por dentro Conheça iniciativas que destacam a formação integral marista MOSTRA DE ARTES Para reconhecer as múltiplas formas de expressão artística que ocorrem nas unidades da Rede Marista, entre 3 e 4 de outubro de 2019 ocorre a segunda edição da Mostra Marista de Arte. O evento acontece juntamente com o Festival Marista de Robótica e Mostra Marista de Iniciação Científica, no Prédio 41 da PUCRS, e destaca as habilidades e competências desenvolvidas pelos estudantes, ampliando a percepção, a criatividade, a reflexão e a sensibilidade de sujeitos que produzem e consonem arte nos Colégios e Unidades Sociais. Neste ano, a coordenadora pedagógica dos Anos Finais e do Ensino Médio, Larisa Bandeira, faz parte da comissão geral de organização.
REGGIO EMILIA
A formação continuada de educadores é um processo inerente ao cotidiano escolar. Para tal, o início do ano letivo foi marcado pela participação dos profissionais do Marista Imaculada na Jornada Pedagógica FTD e na Atualização Docente, na PUCRS, em Porto Alegre. A Jornada teve como tema Um educador que se renova a cada dia: conhecimento, protagonismo e projeto de vida, e os palestrantes Ailton Dias de Melo e Celso Antunes provocaram a reflexão sobre a importância do educador como protagonista, praticando o equilíbrio entre tradição e inovação e entendendo a importância de se reinventar diariamente.
CAPELINHAS
A devoção à Maria é um elemento fundamental da tradição cristã. O fundador do Instituto Marista, São Marcelino Champagnat, demonstrava uma confiança filial na Boa Mãe, como a chamava. Para ele, Maria era um exemplo de educadora e, por isso, a homenageou no nome de sua congregação. Ele afirmava: “sem Maria, não somos nada; com Maria, temos tudo, porque Maria sempre tem seu adorável Filho nos braços e no coração.” Assim, inserindo-nos nessa espiritualidade, o Colégio promove o projeto Boa Mãe na nossa casa, que consiste na passagem da Capelinha com a imagem da Boa Mãe nos lares dos estudantes e educadores, que, até o momento, somam mais de 160 famílias impactadas que buscam momentos de oração e cultivo da fé, dos valores e da espiritualidade marista.
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© Fotos: Acervo do Colégio
Na busca pela consolidação de novos modos de olhar e compreender a prática educativa voltada às crianças pequenas, o Colégio assume a responsabilidade partilhada de construir novos espaços, saberes e fazeres pedagógicos, subsidiados por uma pedagogia que respeita as crianças e que busca uma educação valiosa que harmonize fé, cultura e vida. Em vista disso, a coordenadora pedagógica da Educação Infantil e dos Anos Iniciais, Maria do Socorro Pereira, participou de uma viagem de estudo para Reggio Emilia, na Itália. A visita ancorou-se na busca por apoios teóricos e pesquisas realizadas nas áreas de sociologia da infância, antropologia da criança e estudos sobre desenvolvimento infantil, concretizados dentro de uma perspectiva de ação do sujeito como construtor do conhecimento em seu contexto.
JORNADA PEDAGÓGICA E IDA À PUCRS
Olhar
BRINCAR
também é aprender
Em tempos de tantas informações e expectativas, como administrar com equilíbrio a rotina das crianças?
Nos últimos anos, as famílias vêm se ocupando cada vez mais em preencher o tempo dos bebês e das crianças com as mais variadas atividades – ocasionando o fenômeno da “criança-agenda”. Quando pensamos em como oferecer uma rotina mais saudável para nossos filhos, o equilíbrio do “meio do caminho” parece ser um desafio para a maioria das famílias. Garantir um espaço de desenvolvimento de habilidades e formação adequadas ao tempo da criança e, ao mesmo tempo, possibilitar um espaço de subjetivação pode ser um tanto complexo. As exigências da sociedade atual hiperinformada, digital, competitiva e fugaz (em que cada vez mais os pais são exigidos a se ocuparem com o mundo do trabalho) fazem com que muitas famílias acreditem que estarão em vantagem se os filhos deenvolverem, desde muito cedo, atividades que estimulem a aprendizagem – além das brincadeiras. Há que se destacar que brincar também é aprender. Desde o tempo da relação mãe/pai-bebê, o
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Por Renata Dipp*
brincar possibilita que a criança transite entre o real e o imaginário, entre o objetivo e o subjetivo. Reflete a qualidade dos seus recursos, dos seus desejos, das suas ansiedades. Há quem afirme que o brincar é “não fazer nada”. E também pode ser. É preciso que se permita um espaço aos filhos, um momento de tédio, a fim de que dali possam surgir o desejo, a criatividade, a construção de algo novo. Crianças com agendas lotadas, independentemente da idade, não têm espaço para criar, apenas para reproduzir – na pressa das atividades diárias. Isso, paradoxalmente, pode gerar nelas um vazio. Tendem a se entusiasmar menos pela aprendizagem. Podem se tornar adultos mais ansiosos e menos criativos. Por outro lado, a criança que tem excesso de espaço, nenhuma mediação do ambiente ou encorajamento ao processo criativo pode experimentar a angústia de ter de criar absolutamente tudo – podendo gerar um sentimento de desamparo e tornando-se, talvez, um adulto mais inseguro.
Na esteira dessa temática, cabe pensarmos em questões relativas à qualidade da relação que os pais têm com seus filhos. Como é esse vínculo? Para auxiliar as famílias a tomar decisões com desdobramentos mais saudáveis na rotina das crianças, é fundamental que os pais conheçam seus filhos, que reconheçam qual o sentido que determinada atividade terá para eles. Há crianças que têm muita energia. Outras, menos. Sendo assim, existem atividades que têm mais a ver com o jeito de algumas crianças do que de outras. Daí a importância de não se tomar decisões a partir dos ditames sociais.
Diante disso, cabe se fazer as seguintes perguntas: • Esta atividade surgiu como uma demanda de quem? Dos pais ou do filho?
Além da intenção de ofertar às crianças novos estímulos por meio da educação formal (que podem ser uma modalidade esportiva, uma língua estrangeira, uma atividade artística, entre outras), deve-se pensar em possibilidades que “ensinem” habilidades de vida para elas lidarem, desde cedo, com um coletivo absolutamente vasto e diverso. Que atividade física poderia oferecer ao seu filho noções de cooperação e de trabalho em equipe? Que projeto social lhe traria a experiência de demandas de cidadania, de inclusão e de direitos humanos? Que escola de línguas oferece, além do conteúdo, uma proposta de vivência da cultura da comunidade que tem aquele idioma como nativo? Parece-me que não há recomendações possíveis sobre rotinas saudáveis que não passem pela necessidade de conexão com aquilo que há de singular em cada criança.
• Parece ser boa/fazer sentido para o meu filho? • Está no tempo dele? • O que ele diz sobre esta atividade?
© Foto: Arquivo pessoal
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• Como ele se vê com o tempo livre?
Dependendo da idade da criança, é possível que uma boa conversa possa auxiliar na decisão, lembrando que deve ficar claro que ela poderá ser revista em qualquer tempo. Também vale destacar que as atividades escolhidas sejam introduzidas aos poucos, a fim de que se possa observar esse novo tempo em conjunto com a criança.
Crianças com agendas lotadas, independentemente da idade, não têm espaço para criar, apenas para reproduzir.
Renata Dipp é psicóloga, mestre em Psicologia Clínica e especialista em Gestão Empresarial, além de coordenar o Núcleo de Psicologia Escolar do SAPP/ PUCRS. Os temas que atualmente pesquisa vinculamse à psicologia escolar e educacional, à prática do psicólogo escolar, à educação inclusiva ao longo do ciclo vital e a intervenções preventivas e terapêuticas no ambiente escolar.
A cada edição, um especialista é convidado para partilhar sua visão sobre um determinado assunto. Você tem alguma sugestão de tema? Escreva para faleconosco@maristas.org.br e sugira!
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Música também ajuda no desenvolvimento Capacidade de concentração, coordenação motora e criatividade são alguns dos benefícios do contato com o canto, com instrumentos e todo tipo de sonorização Por Helena Carnieri
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Quem canta seus males espanta? Para os pesquisadores, muito mais do que isso. A música é considerada um apoio para o desenvolvimento motor e cognitivo, algo fundamental a ser trabalhado nas escolas. A professora Keliezy Netto, que dá aulas de Música no Colégio Marista Champagnat, em Porto Alegre (RS), se emociona ao ver estudantes de 3o e 4o ano EF tocando em grupo, cada um respeitando o tempo do colega, em clima de ajuda mútua. “As atividades musicais podem desenvolver a coordenação motora, o raciocínio, a expressividade, a sensibilidade e a capacidade de trabalhar em grupo”, enumera a docente. “Vemos o potencial pedagógico que a música tem dentro do currículo, com destaque para a capacidade de concentração”, concorda o professor de Música do Colégio Marista Rosário, também em Porto Alegre, e regente da Orquestra Rosariense, Estêvão Neves. “Ao executar atividades de práticas musicais, o cérebro realiza inúmeras sinapses que interagem com diversas seções do campo neural, estimulando a comunicação entre essas áreas – o que contribui para o desenvolvimento de outros componentes curriculares”, explica. Segundo ele, pesquisadores comprovam a influência desses estímulos com o desenvolvimento da sintaxe linguística e o raciocínio lógico. Sem falar na criação de uma escuta ativa, concentrada.
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Curiosidade
Ao realizar atividades de práticas musicais, o cérebro realiza inúmeras sinapses que interagem com diversas seções do campo neural, estimulando a comunicação entre essas áreas.
DISCIPLINA A estudante Júlia Barradas , do 9o ano EF do Marista Rosário, toca piano e teclado. Ela compartilha um pouco dos bastidores do que considera uma “arte magnífica”. “Enxergo a música como um meio de me expressar. É como falar, por meio da melodia, algo que está dentro de mim”, conta. Mas não é fácil se dedicar aos estudos. “No começo, eu não entendia por que tinha que fazer exercícios no piano… É trabalhoso. Mas vale a pena, acaba sendo prazeroso”, diz. No Colégio, as aula de Música vão da Educação Infantil até o 5o ano EF, além de serem uma opção de atividades extracurriculares, como a orquestra. Da Educação Infantil até o 2o ano EF, o foco é a musicalização, o contato prazeroso com a música. A partir do 3o ano EF, entram os instrumentos, como a flauta doce soprano, e a leitura da pauta, além de outras formas não tradicionais de escrita e registro.
CRIAÇÃO Outro resultado do contato com a música é a ampliação do repertório para abrir caminho à criatividade. “Propomos que os estudantes experimentem a criação de paródias, composições instrumentais e a escrita de letras”, destaca Neves. O contato com a música de outros povos é outro ponto fundamental da atividade musical na escola, já que ajuda a entender um pouco melhor outras culturas. Além disso, a ideia é que o ensino da música esteja integrado às demais matérias. “Ela pode ser um fio condutor, alinhando as temáticas e os assuntos abordados nas diversas disciplinas”, opina Keliezy. Os alunos do 3o ano EF do Marista Rosário, por exemplo, estudam a história de Porto Alegre por meio do contato com artistas e grupos, como Lupicínio Rodrigues, Kleiton & Kledir, Elis Regina e Almôndegas.
Além do aprendizado em aula, as orquestras e bandas dos Colégios trazem experiência de palco e aquele friozinho na barriga que ajuda os jovens a decidirem se irão adiante com a música como profissão ou como hobby. “Na orquestra, todo mundo está lá porque quer”, sentencia Maurício Manica, estudante do 1o ano EM do Marista Rosário, que toca trompete e flauta. “Um dia, uma menina da banda começou a tocar violoncelo, bem na minha frente, e depois um amigo meu começou no clarinete. De repente, criou-se um ar de seriedade, pois tínhamos três instrumentos de orquestra sinfônica”, comemora. Na Orquestra Rosariense, há muitos outros instrumentos, como flauta doce tenor e soprano, flauta transversal, oboé, escaleta, acordeão, saxofone, a lista vai longe. “Nesses encontros, não compartilhamos apenas conhecimentos musicais teóricos e práticos, mas principalmente o espírito de equipe, a coletividade e a liderança entre o grupo”, explica o professor Estêvão Neves, que é o regente. O repertório vai do rock ‘n’ roll a compositores brasileiros, muitas vezes com arranjos criados pelo próprio educador. Para os estudantes, “participar da orquestra também contribui para o orgulho de pertencer, pois eles representam a escola em apresentações externas”, conclui o professor.
MÚSICA COMO ESCOLHA O ex-aluno do Marista Champagnat Diego Ambrozi hoje trabalha como DJ e foi na escola, onde se formou há quatro anos, que aprendeu a trilhar esse caminho. “Quando decidi me dedicar a essa carreira, sempre tive incentivo dos professores”, conta. “Em qualquer evento do Grêmio Estudantil, eu era responsável pela música. Também fazíamos shows de talentos”, relembra. Ele faz questão de afirmar: “hoje vejo a escola não como uma empresa, mas como um grupo de pessoas que me incentivaram.” © Foto: Arquivo pessoal
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FORMAÇÃO NO PALCO!
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Solidariedade
solidariedade Um lar chamado
Permeados por empatia, carinho e atenção, alunos voluntários se unem a diversas frentes para acolher estrangeiros venezuelanos
Por Fernanda Brun
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Três milhões e quatrocentos mil pessoas. Esse é o número estimado de venezuelanos que passaram a viver fora de seu país até o final de 2018, de acordo com dados da Organização dos Estados Americanos (OEA). Entre os países que mais recebem os migrantes, o Brasil ocupa o sexto lugar da lista, somando aproximadamente 100 mil em 2018 e posicionado depois de locais como Colômbia, Peru e Chile. Ainda no mesmo ano, deu-se início, no solo brasileiro, a um processo de interiorização desses migrantes e mais de 5 mil já foram atendidos pelo programa oficial – desconsiderando a informalidade. O principal destino é o Rio Grande do Sul, com cerca de mil estrangeiros até o momento.
UNIÃO A Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 2002 por iniciativa de um grupo de Irmãos Maristas
e Leigos que passaram a realizar um trabalho voltado especialmente ao apoio a grupos, famílias e comunidades com dificuldades econômicas e sociais. Dentro da associação, o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH-Avesol) atua desde 2014 na defesa e na implementação dos direitos humanos. Em março de 2018, o Centro realizou o lançamento do Projeto Araguaney, de atenção a migrantes venezuelanos. Entre os campos de atuação estão fornecer informação, prestar assessoria jurídica, atender a necessidades emergenciais básicas (como roupa e alimentação), e prover educação, saúde, moradia e emprego. Na Avesol desde 2015, Patricia de Siqueira, assistente social, conta que a situação da chegada dos venezuelanos ao país é muito variada: alguns já têm contatos, alguém que os possa acolher; outros chegam com histórias mais dramáticas e, por vezes, apenas com o bilhete de vinda.
Em 2018, foi realizada uma campanha de arrecadação de doações que aconteceu nos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, PUCRS e Hospital São Lucas mobilizando pais, estudantes, professores e colaboradores de todo o estado do RS. Foram arrecadados aproximadamente 8 mil itens, entre roupas, calçados, alimentos, brinquedos e produtos de higiene. Além de beneficiar os migrantes venezuelanos, as doações foram tantas que permitiram também um repasse para imigrantes haitianos e de outras nacionalidades atendidos pelo CRDH-Avesol e outras entidades parceiras. No mesmo ano, a Rede Marista firmou ainda uma colaboração com a ONU, o Ministério de Desenvolvimento Social e a Prefeitura Municipal de Viamão para acolher famílias venezuelanas que chegaram ao Brasil por Roraima. Ao todo, cerca de 40 pessoas residiram na Vila Marista por seis meses. Além do espaço para morar, as famílias contaram com acompanhamento médico, aulas de idioma, auxílio com documentação e colocação no mercado de trabalho.
PARTICIPAÇÃO ATIVA “A partir do momento que soubemos que a Rede Marista, através de uma ação humanitária, estaria recebendo um grupo de refugiados, os alunos se mobilizaram a estudar o contexto, os modos como poderíamos auxiliá-los e, desde então, ficaram muito encantados a cada encontro”, conta Ralph Schibelbein, professor de História e voluntário mediador do grupo de Voluntariado do Colégio Marista Graças, de Viamão (RS). À frente do grupo há cinco anos, desde sua fundação, atualmente Schibelbein acompanha 30 estudantes entre o 9o ano EF e o 3o ano EM. No início de 2019, a atuação com um grupo de refugiados venezuelanos passou a fazer parte das atividades
do Voluntariado, envolvendo encontros semanais em que foram ofertadas atividades lúdicas para as crianças, esportes e oficinas para os maiores e também momentos de formação com os adultos. “Os estudantes participaram ativamente de todo o processo, desde a pesquisa das diferentes realidades, a sugestão dos grupos de trabalho, o planejamento e a realização das ações até a avaliação”, explica o professor. Participante do grupo desde 2017, Micheli da Silva, de 16 anos, é estudante do 2o ano EM. “O Voluntariado foi algo que me transformou desde o momento em que comecei”, conta. Para ela, a experiência foi uma lição de como lidar com as pessoas e com as situações de maneira muito mais cuidadosa, com um olhar mais atencioso tanto para com os outros quanto consigo mesma. “Uma coisa que sempre falamos no grupo é que quando fazemos alguma saída ou alguma ação com as pessoas, na verdade somos nós mesmos é que estamos sendo ajudados. É realmente isso: podem ser desde coisas pequenas até grandiosas, mas nos desenvolvemos pelas ações e reflexões que fazemos com o grupo”, afirma a estudante. Para Micheli, a vivência constante com a solidariedade é transformadora e permanente. Quando questionada se indicaria que outros estudantes fizessem parte de projetos voluntários, a resposta é rápida: com certeza. O relato do professor Schibelbein confirma o engajamento e o comprometimento dos alunos com as atividades. “O participante que passa pelo grupo de Voluntariado vive uma transformação que leva para a vida. É uma oportunidade de exercitar o olhar, encontrar o próximo e um cuidado com o outro e, principalmente, consigo mesmo. É passar a não só acreditar na mudança para um mundo melhor, mas fazer parte dessa mudança”, conclui.
Quando fazemos alguma saída ou alguma ação com as pessoas, na verdade somos nós mesmos é que estamos sendo ajudados. Micheli Viana da Silva
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AÇÕES QUE FAZEM A DIFERENÇA
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Como fazer
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Como eu posso fazer a
DI FE REN ÇA? Incentivar as crianças desde cedo a cuidarem ativamente do meio ambiente gera mais empatia e engajamento Por Fernanda Brun
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Nove entre dez brasileiros acreditam que a natureza não está sendo protegida de forma adequada. O dado foi divulgado pelo WWF-Brasil, em uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2018. A publicação mostra, ainda, que 66% dos entrevistados atribuem aos cidadãos a responsabilidade de cuidar de unidades de conservação (parques, reservas, florestas nacionais), número que subiu 20 pontos percentuais em relação à edição anterior da pesquisa, publicada em 2014. A preservação do meio ambiente sempre esteve na pauta da Rede Marista. Além de apoiar causas voltadas ao meio ambiente, como podemos ser mais ativos na preservação da natureza dentro da nossa rotina? Mais do que isso: como incluir essa preocupação na Educação Infantil? Para Cássia Moura, professora do 3o ano EF no Colégio Marista João Paulo II, de Brasília (DF), especialista em orientação educacional e neuroaprendizagem, a educação ambiental vai além da atenção com os gastos de água e energia: é preciso – e possível – evoluir para uma conversa sobre o consumo consciente e o impacto do consumismo para o meio ambiente. “Fazemos um trabalho constante sobre desejo e necessidade – o que você realmente precisa e o que você quer. Essa reflexão é válida desde o momento de comprar um lanche na Cantina até a hora de pedir um presente de aniversário”, explica. Ensinar educação financeira desde cedo não se resume a falar de dinheiro, mas instruir as crianças sobre consumo sustentável, geração de lixo e exploração de recursos naturais. Segundo a professora, ao compreenderem que podem fazer parte da mudança, as crianças se sentem estimuladas. “Quando o estudante se percebe como um agente modificador, como participante e protagonista, quer participar e fica mais atento ao que pode fazer”, conta Cássia. A profissional reforça, ainda, que o desenvolvimento dessa mentalidade não acontece de uma hora para outra, e não depende apenas da escola. É preciso que o jovem veja uma continuidade dessas ações em casa. “É um trabalho diário e constante. Sinto que os pais estão desejosos por esse tipo de orientação e que se engajam com as informações que os filhos recebem e repassam”, complementa.
A FORÇA DA UNIÃO Para desenvolver a consciência ecológica e o senso de responsabilidade com o tema, Sheyla Werner, professora do 3o ano EF do Colégio Marista Champagnat, de Porto Alegre (RS), aplicou uma atividade: “Neste ano, temos uma árvore em um vaso na sala de aula. Comentei uma única vez que precisávamos regá-la todas as sextas-feiras e ainda não precisei me lembrar de regá-la: a turma recorda e comenta sobre isso várias vezes, e também passou a cobrar uma organização de quem ou qual grupo vai regá-la a cada semana.” A profissional, que atua com crianças há dez anos, nota que a preocupação e, mais especificamente, a preservação têm sido uma prática do dia a dia na escola. “Observo que a relação delas com o meio ambiente tem se tornado cada vez mais uma inquietude que está para além do discurso”, explica.
COMO DESPERTAR O INTERESSE – E A AUTONOMIA – DAS CRIANÇAS SOBRE QUESTÕES AMBIENTAIS: Falar sobre a matéria-prima usada na produção de um brinquedo ou de uma peça de roupa: “o que da natureza foi necessário para que eu tivesse acesso a isso?”.
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Fazer cálculos simples de gastos diários – quanto é possível economizar em energia quando apagamos uma lâmpada ou quando escovamos os dentes com a torneira fechada, por exemplo.
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Desenvolver uma autonomia financeira, identificando desejos e necessidades e tratando os temas com equilíbrio.
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Ter momentos de proximidade com a natureza. Despertar o respeito pelo meio ambiente aproveitando um dia de sol em um parque arborizado. © Foto: Acervo Marista Champagnat
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Quando falamos sobre atitudes mais sustentáveis que crianças podem colocar em prática, tanto na escola quanto em casa, Sheyla aponta caminhos que partem para além de cuidados já consolidadas, como a atenção no abrir e fechar a torneira. “Há atitudes que, a cada ano, devemos retomar com as crianças: ter sua própria garrafa de água, evitando copos descartáveis; conferir se há separação de lixo no local, buscando sempre identificar quando que se trata de lixo orgânico e reciclável; reaproveitar materiais para produções artísticas; ou até mesmo a responsabilização por uma planta, árvore ou horta”, explica. Para a professora, à medida que a criança cuida da natureza e esta cresce e responde aos seus cuidados, a conscientização da criança se torna vívida, tangível e recíproca, pois há uma troca nessa relação.
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A internet nos permite guardar memórias, compartilhar conhecimentos e viajar sem sair de casa. Nesta edição, reunimos alguns dos principais museus da França que oferecem tours virtuais. Acesse e saiba mais sobre o país onde a missão marista teve início!
LOUVRE
Museu mais popular do mundo, o Louvre ultrapassa a marca de 10 milhões visitantes anuais. É possível conhecer alguns dos espaços a partir do próprio portal da instituição, como a seção medieval, a ala com antiguidades egípcias e a Galerie d'Apollon, famosa por seus tetos decorados e em formato de abóbada. Acesse louvre.fr/visites-en-ligne
MUSEU DE BELAS ARTES DE LYON
Com 7 mil metros quadrados e 70 espaços de exibição, é o segundo maior museu do país, ficando atrás somente do Louvre. Seu acervo contém desde peças do antigo Egito até obras de arte moderna, e tem como destaque as duas salas dedicadas aos pintores da cidade. São nomes como Bonnefond, Revoil e Janmot, grandes representantes do estilo trovador – assim chamado pelas suas representações idealizadas da Idade Média e do Renascimento.
© Foto: Corentin Mossière
Acesse bit.ly/visitesLyon
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MUSEU DE ORSAY
Instalado no prédio de uma antiga estação ferroviária da capital francesa, Orsay reúne obras dos principais artistas europeus da segunda metade do século 19 e do início do século 20, como Monet, Van Gogh, Rodin e Daumier. É possível visualizar com detalhes partes do acervo no site do museu, que disponibiliza imagens em alta resolução, além da ficha técnica completa e das histórias (em inglês, espanhol, francês ou alemão) por trás de pinturas, esculturas e objetos históricos.
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Acesse musee-orsay.fr/collections/Discovery
MUSÉE DES ARTS ET MÉTIERS
Localizado em Paris, abriga a coleção do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios, fundado em 1794 como um repositório de instrumentos científicos e invenções. Conta com exposições voltadas para todas as idades, mostrando a evolução de técnicas de engenharia, arquitetura, comunicação e transportes. Acesse bit.ly/ArtsetMetiers
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Essência
de
anos
A Pastoral Juvenil Marista (PJM) é uma organização juvenil da Rede Marista que proporciona o desenvolvimento integral da pessoa, a formação de lideranças, a socialização, a construção da consciência crítica e a vivência da espiritualidade cristã e do carisma marista. Tem como missão promover a evangelização junto a adolescentes e jovens. Atualmente, a PJM está presente em 24 unidades da Rede Marista. São cerca de 1,9 mil participantes com idades que variam de 12 a 29 anos. Eles estão divididos em 122 grupos, acompanhados por 208 jovens animadores e 34 assessores. Em 2019, a PJM completa dez anos de construção de sua identidade, de procura e criação do seu caminho – um trajeto que não foi cumprido solitariamente. Enquanto PJM, somos filhos e filhas da aliança de amor que Deus, Pai e Mãe, selou com a humanidade, e de São Marcelino Champagnat; somos fruto do sonho de muitos adolescentes e jovens, de muitos assessores, de muitos Irmãos Maristas; somos fruto dos anseios e das necessidades do momento histórico que foi e está sendo vivenciado e da interface com a PJM do Brasil e do Instituto Marista. A ocasião do aniversário é propícia para se perguntar sobre projetos de vida. É a oportunidade para reafirmar uma identidade ou para ressignificá-la. É, também, uma chance para reavaliar seus princípios, seu DNA, seu jeito de ser, pensar e agir e de continuar construindo seu caráter. Nossa identidade tem sua raiz na mística tecida a partir do seguimento de Jesus Cristo e do projeto anunciado por Ele e das descobertas que cada adolescente e jovem faz a partir dos valores, símbolos e lugares maristas. Esse caminho é experienciado pela mística da acolhida, da vivência grupal e da solidariedade. Essa trajetória não é uma escada ou caminho linear. Não se vive um para depois vivenciar o outro; são ações processuais em vista da construção de um projeto de sociedade em que valores como justiça, liberdade, fraternidade e solidariedade sejam realidade para todos. A esse projeto damos o nome de Civilização do Amor, e faz parte do nosso compromisso, enquanto PJM, promover atitudes para tornar concreto esse objetivo. Para contar e celebrar essa história, foi produzida a websérie Sou PJM. Os episódios estão sendo lançados mensalmente, até dezembro de 2019, e trazem, além de aspectos históricos, elementos importantes que formam a identidade e constituem o processo da PJM. Convido a todos a assistir aos vídeos no Facebook (@PJM.RedeMarista) e no YouTube (PJM Rede Marista).
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Somos fruto do sonho de muitos adolescentes e jovens, de muitos assessores, de muitos Irmãos Maristas; somos fruto dos anseios e das necessidades do momento histórico que foi e está sendo vivenciado e da interface com a PJM do Brasil e do Instituto Marista.
José Jair Ribeiro Coordenador de pastoral da Rede Marista
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PJM:
Diversão
Além de abrigar os registros do tempo, os museus são um veículo a serviço do conhecimento e da informação que contribuem para o desenvolvimento da sociedade. Eles também revelam muitas curiosidades – e podemos descobrir algumas delas agora! Que tal reunir um grupo de amigas e amigos para descobrirem juntos as respostas? Vamos começar? Por Fernanda Brun e Helena Carnieri
1. APROXIMADAMENTE QUANTAS PESSOAS VISITARAM O MUSEU DO LOUVRE, EM PARIS (FRANÇA), EM 2018? A. 8,5 milhões B. 10,2 milhões C. 13,1 milhões
6. QUE MUSEU BRASILEIRO É CONHECIDO POR DISPOR ARTE CONTEMPORÂNEA AO AR LIVRE? A. Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro (RJ) B. Masp, em São Paulo (SP) C. Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG)
2. QUAL É A OBRA DE ARTE MAIS CARA DO MUNDO? A. Salvator Mundi, Leonardo da Vinci B. Les Meules, Claude Monet C. Nu Couché, Amedeo Modigliani
7. QUE COLEÇÃO FOI INCORPORADA AO ACERVO DO MUSEU OSCAR NIEMEYER, EM CURITIBA (PR), EM 2018? A. Múmias do Egito B. Coleção de pedras preciosas da Babilônia C. Coleção asiática
3. CERCA DE QUANTAS ESCULTURAS ESTÃO EM EXIBIÇÃO NO MUSEU SUBAQUÁTICO DE ARTE (MUSA), NO MÉXICO? A. 150 B. 250 C. 500 4. EM QUE CIDADE FICA O MUSEU DAS RELAÇÕES PARTIDAS? A. Zagreb, Croácia B. Munique, Alemanha C. Veneza, Itália 5. APROXIMADAMENTE QUANTOS MUSEUS EXISTEM NO BRASIL? A. 4.500 B. 3.000 C. 1.200
8. QUE MUSEU SE ENCONTRA NA PRAÇA DA ALFÂNDEGA, EM PORTO ALEGRE (RS)? A. Museu de Arte Contemporânea B. Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli C. Museu da Gravura 9. QUE EXPERIÊNCIA INTERATIVA É POSSÍVEL VIVER NO MUSEU DO AMANHÃ, NO RIO DE JANEIRO (RJ)? A. Realidade aumentada B. Passar a noite no museu C. Tomar banho no espelho d´água 10. QUE MUSEU ESTÁ LIGADO À PESQUISA CIENTÍFICA SOBRE A AMAZÔNIA? A. Museu de Manaus B. Mostra itinerante do Rio Negro C. Museu Emílio Goeldi (Belém, PA)
CONFIRA AS RESPOSTAS NO VERSO
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Diversão
RESPOSTAS Resposta: B Museu mais visitado do mundo, em 2018 o Louvre registrou um aumento de 25% em relação a 2017 e bateu seu próprio recorde de público – 9,7 milhões, em 2012. Apesar dos estrangeiros representarem quase três quartos dos visitantes, os franceses são a principal nacionalidade, quase 25% do total. Resposta: A Atribuída a Leonardo Da Vinci, Salvator Mundi foi leiloada por cerca de U$450 milhões. A obra estaria desaparecida desde que deixou os salões da casa de leilões Christie's, em Nova Iorque. Ela retrata Jesus Cristo segurando uma bola de vidro. Resposta: C Localizado no litoral do México, o museu reúne cerca de 500 obras permanentes. A intenção do espaço é mostrar a interação entre a arte e a ciência ambiental – todas as esculturas são fixadas no fundo do mar e foram feitas com materiais específicos para promover a vida dos corais. Resposta: A Conhecido internacionalmente como Museum of Broken Relationships, o espaço localizado na capital da Croácia exibe dezenas de objetos que fizeram parte de relacionamentos românticos que não deram certo. Entre as peças há cartas de amor, livros, vestidos de noiva e até um machado. Resposta: B O Brasil reúne cerca de 3 mil museus, sendo São Paulo o estado que abriga a maior quantidade – um total de 517, de acordo com levantamento realizado pelo governo em 2010.
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Resposta: C O Instituto Inhotim é considerado um “complexo museológico”, reunindo uma série de pavilhões e galerias com obras de arte e esculturas em exposição ao longo de jardins. Resposta: C O diplomata Fausto Godoy doou ao MON sua coleção com cerca de 3 mil peças, que reúne obras datadas desde o século 3 a.C. até o século 21, com porcelanas, mobiliário, têxteis, entre outros. Resposta: B O Margs é o principal museu de arte do Rio Grande do Sul, com um acervo de 5 mil obras de arte entre pinturas, esculturas, gravuras, cerâmicas, além da arte digital. Resposta: A Por meio de um aplicativo, é possível “enxergar” baleias e botos no espelho d’água do museu ou ver um tiranossauro no Cubo da Matéria, entre outras experiências. Resposta: C Fundado em 1866, o museu localizado em Belém (PA) concentra suas atividades no estudo da natureza e da sociedade e da cultura amazônicas, além de promover e divulgar acervos da região.
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