Colégio Marista Aparecida

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16a edição | 1o Semestre 2019

Uma missão

extraordinária

Quais são os grandes desafios enfrentados pelas famílias nos tempos modernos?



Com 119 anos de presença no Rio Grande do Sul, a atuação dos Colégios e das Unidades Sociais da Rede Marista se dá, atualmente, em 14 cidades gaúchas e em Brasília. São 26 Colégios e nove Centros Sociais, que atendem, diariamente, mais de 21 mil crianças, jovens e adultos.

Presidente da Rede Marista Ir. Inacio Nestor Etges

Vice-Presidente da Rede Marista Ir. Odilmar Fachi

COLÉGIOS E UNIDADES SOCIAIS

COLÉGIOS Colégio Marista Aparecida maristaaparecida.org.br | 54 3449 2600

Colégio Marista São Pedro maristasaopedro.org.br | 51 3290 8500

Colégio Marista Assunção maristaassuncao.org.br | 51 3086 2100

Colégio Marista Vettorello maristavettorello.org.br | 51 3086 2100

Colégio Marista Champagnat maristachampagnat.org.br | 51 3320 6200

Escola Marista Santa Marta escolamaristasantamarta.org.br | 55 3211 5200

Colégio Marista Conceição maristaconceicao.org.br | 54 3316 2700

Superintendente Executivo Rogério Anele Gerente Educacional Luciano Centenaro Gerente Social Ir. Luciano Barrachini Coordenadora de Comunicação e Marketing Daniela Cidade

Colégio Marista Graças maristagracas.org.br | 51 3492 5500

ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL Marista Aparecida das Águas escolamaristaaguas.org.br | 51 3203 1676

Colégio Marista Ipanema maristaipanema.org.br | 51 3086 2200

Marista Menino Jesus escolamaristameninojesus.org.br | 51 3058 0603

Colégio Marista Irmão Jaime Biazus maristairmaojaime.org.br | 51 3086 2300

Marista Renascer escolamaristarenascer.org.br | 51 3366 2844

Colégio Marista João Paulo II maristajoaopauloii.org.br | 61 3426 4600

Marista Tia Jussara escolamaristatiajussara.org.br | 51 3203 1622

Colégio Marista Maria Imaculada maristaimaculada.org.br | 54 3278 6100

SEDE MARISTA R. Ir. José Otão, 11 - Bonfim Porto Alegre/RS cep: 90035-060 Tel.: 51 3314 0300 / 0800 541 1200 colegios.redemarista.org.br social.redemarista.org.br

Colégio Marista Medianeira maristamedianeira.org.br | 54 3520 2400

CENTROS SOCIAIS Marista Aparecida das Águas maristaaparecidadasaguas.org.br | 51 3203 1676

Colégio Marista Pio XII maristapioxii.org.br | 51 3584 8000

Marista Boa Esperança maristaboaesperanca.org.br | 51 3711 9309

Colégio Marista Roque maristaroque.org.br | 51 3724 8100

Marista da Juventude maristadajuventude.org.br | 51 3241 4722​

Colégio Marista Rosário maristarosario.org.br | 51 3284 1200

Marista Ir. Antônio Bortolini maristabortolini.org.br | 51 3072 1940

Colégio Marista Sant’Ana maristasantana.org.br | 55 3415 2900

Marista Mario Quintana maristamarioquintana.org.br | 51 3043 1633

Colégio Marista Santa Maria maristasantamaria.org.br | 55 3220 6300

Marista de Porto Alegre (Cesmar) cesmar.org.br | 51 3026 2300

Colégio Marista Santo Ângelo maristasantoangelo.org.br | 55 3931 3000

Marista Santa Isabel maristasantaisabel.org.br | 51 3387 6594

Colégio Marista São Francisco maristasaofrancisco.org.br | 53 3234 4100

Marista Santa Marta maristasantamarta.org.br | 55 3211 5200​​

Colégio Marista São Luís maristasaoluis.org.br | 51 3713 8500 Colégio Marista São Marcelino Champagnat maristaejachampagnat.org.br | 51 3584 8000

POLO MARISTA Polo Marista de Formação Tecnológica polo.cesmar.org.br | 51 3086 2300

16a Edição | 2019 TIRAGEM 23.882 SUPERVISÃO EDITORIAL Guilherme Endler CONSELHO EDITORIAL Loide Trois, Luiz Carlos Selbach, Patricia Saldanha e Simone Martins JORNALISTA RESPONSÁVEL Daniela Cidade (MTB 8630)

EDIÇÃO Supervisão editorial: Maria Fernanda Rocha Redação: Fernanda Brun e Helena Carnieri Edição de arte: Julyana Werneck REVISÃO Thalita Uba

Envie comentários, críticas e sugestões sobre a revista para o e-mail faleconosco@maristas.org.br

PROJETO GRÁFICO Estúdio Sem Dublê | semduble.com

ILUSTRAÇÃO DA CAPA Shutterstock © Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.


Índice capa

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Reunimos mães e profissionais para montar um panorama da vida em família nos dias de hoje.

1a impressão

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Rogério Anele, superintendente dos Colégios e Unidades Sociais, destaca os desafios da maternidade e paternidade nos dias atuais e os principais assuntos desta edição.

Dia a dia

Entrevista

Olhar

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Famílias maristas e pedagogas falam sobre como dar conta de toda a rotina durante a semana.

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A pedagoga Josiane Pareja fala da importância do manuseio de diferentes tipos de material na primeiríssima infância.

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Curiosidade

Solidariedade

Como fazer

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Em meio a tantas atividades e possibilidades, manter o equilíbrio na agenda dos filhos pode ser uma tarefa desafiadora.

Aprender música amplia o contato com a cultura e aprimora inúmeras habilidades.

Conheça ações e grupos engajados em acolher com empatia e carinho migrantes que buscam um novo lar.

Como incluir a sustentabilidade de forma prática (e interessante) no dia a dia das crianças?

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Essência

Quiz

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Nesta edição, reunimos alguns dos principais museus da França que oferecem tours virtuais. Acesse e saiba mais sobre o país onde a missão marista teve início.

Na celebração de dez anos da PJM, o convite é para que os jovens reflitam sobre o projeto de vida.

Embarque com a gente em uma jornada pelo mundo e teste seus conhecimentos sobre museus.


U m olhar sobre os desafios

1a impressão

do nosso tempo

Uma ótima leitura!

Nós, adultos, temos o desafio de nos adaptarmos a essa complexidade sem deixar que também sobrecarregue crianças e adolescentes.

© Foto: Divulgação / Comunicação e Marketing

A rotina do século 21 nos exige capacidade de agir, pensar e até mesmo de estar presente (tanto virtual quanto presencialmente) em lugares diferentes, ao mesmo tempo e de formas múltiplas. Nós, adultos, temos o desafio de nos adaptarmos a essa complexidade sem deixar que também sobrecarregue crianças e adolescentes. É a partir dessa compreensão que a reportagem principal da Em Família Marista traz uma reflexão sobre os aspectos que envolvem a maternidade e a paternidade nos dias de hoje. Por meio das percepções de mães, educadores e profissionais da saúde, reunimos sugestões para ajudar a conciliar as diferentes atribuições com a vida em família, como a importância de se ter uma rede de apoio e de fortalecer a conexão com os filhos, por exemplo. Em sintonia com a reportagem de capa, a editoria Dia a dia compila dicas de nossas pedagogas para otimizar a rotina semanal, tanto para famílias com filhos na Educação Infantil quanto nos Anos Iniciais, passando pelos adolescentes dos Anos Finais e do Ensino Médio. Da mesma forma, o artigo da psicóloga Renata Dipp, disponível na seção Olhar, reforça que brincar também é aprender – e por isso deve sempre fazer parte da agenda das crianças. Esta edição também trata sobre dois aspectos inerentes à missão marista: a espiritualidade e a solidariedade. Essa última é abordada na editoria homônima, trazendo relatos de educadores, estudantes e voluntários que uniram forças para acolher os imigrantes venezuelanos que chegaram ao nosso estado no ano passado. Na editoria Essência, o coordenador de Pastoral da Rede Marista, José Jair Ribeiro, convida a juventude a refletir sobre projeto de vida, à luz da celebração dos dez anos da Pastoral Juvenil Marista (PJM). Que esses conteúdos sirvam de apoio e inspiração no restante do ano letivo.

Rogério Anele Superintendente dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista

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© Foto: Acervo Marista Rosário

Dia a dia

Saiba como enfrentar melhor a rotina entre

casa e escola Os comerciais de margarina não contam toda a verdade. Antes dos domingos ensolarados, com a família toda sorridente ao redor da mesa, existem as noites de dia de semana, em que é preciso dar conta de fazer o dever de casa, jantar, tomar banho, arrumar a mochila para o dia seguinte e receber o longo beijo de boa noite. E quem melhor do que mães e pais para contar um pouco desses “bastidores”? “Normalmente, eu acabo cronometrando meus minutos”, desabafa Andresa Silveira. Mãe da Marcela, 7 anos, estudante do 2o ano EF, e do Henrique, 5 anos, do Nível 2 da Educação Infantil, ambos no Colégio Marista Rosário, em Porto Alegre (RS), ela e o marido precisaram colocar os filhos na linha para que a rotina funcionasse. Como as crianças estudam de manhã, a alvorada acontece cedo: às 6h. A correria é grande para os dois estarem na sala de aula antes de o sinal tocar. Após o retorno para casa e o almoço, a corneta toca de novo: o dever de casa tem que ser feito já depois de escovar os dentes. “No começo, minha filha não queria fazer depois do almoço, preferia deixar para a noite. Mas fomos explicando e mostrando o quanto era melhor ter mais tempo para as outras atividades”, conta Andresa.

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Andresa e o esposo Fábio Gomes com os filhos Marcela e Henrique, estudantes do Marista Rosário.

Tarefas, mochila, refeições, banho, uniforme: quem dá conta? Por Helena Carnieri

Após um ano de adaptação, hoje nem é preciso mandar: a menina corre fazer a tarefa sozinha, para depois poder brincar.

DECISÃO DIFÍCIL As dicas dos pais e mães ouvidos pela reportagem da revista Em Família Marista para otimizar a rotina semanal têm um ponto em comum: envolvem um pouco de sacrifício. Sophia Oliveira, que dá aulas ao 2o ano EF do Colégio Marista Champagnat, em Porto Alegre (RS), conta que precisou tomar uma decisão difícil quando teve o primeiro filho, Isaque, hoje com 7 anos. “Quando ele nasceu, optei por trabalhar só um turno, uma escolha que alterou completamente o orçamento familiar. Mas foi a opção mais acertada e não me arrependo”, conta. Mesmo tendo um turno em casa para organizar as coisas, a rotina precisou ser bem estruturada para dar conta das crianças, que se multiplicaram: vieram também a Alice, hoje com 5 anos, e a Angelina, de 2 anos. Uma dica importante de Sophia é que o casal mantenha a mesma rotina todas as noites, mesmo que um deles esteja fora, em algum compromisso. Isso vale para a ordem das tarefas e o horário de ir para a cama.


SUPERDICAS!

pais e as mães também podem facilmente acabar “sugados” pelas atrações digitais e negligenciar o diálogo e o bom funcionamento da rotina em casa.

Naiori Cumán. Quando não é época de provas, a família tenta sempre jogar algum jogo em casa ou sair juntos, porque a distração e os momentos de lazer também são fundamentais.

ADOLESCENTES E será que a coisa fica mais leve quando eles crescem? De certa forma, sim. Na casa da Paula da Rocha, 17 anos, estudante do 3o ano EM no Marista Rosário, a organização é em prol do tempo de estudos e concentração da vestibulanda. Desde pequena, os pais a orientaram a evitar a televisão e outras distrações para dar conta das tarefas, mas havia sempre essa tentação. O que ajudou bastante foi adaptar uma mesa de estudos no quarto, onde ela pode se concentrar. “Quando tenho prova, fico mais no quarto, porque na sala a TV ficava ‘me olhando’”, brinca Paula. “Depois de conversarmos muito, notamos, neste ano, um grande amadurecimento dela”, comemora a mãe,

© Foto: Arquivo pessoal

Outra sugestão é atribuir às crianças tarefas no cuidado com a casa desde cedo. “Cada um tem sua responsabilidade, como arrumar a cama, levar o lixo e buscar água. Até minha filha menor leva a fraldinha no lixo”, conta Sophia. “Sempre lembro que ninguém está ‘ajudando’, pois é todo mundo participante da mesma casa”, afirma. Como o casal acredita que um grande inimigo das noites em família é o celular ou o tablet, as crianças não usam nenhum dos dois. E aqui entra uma dica para quem tem dúvidas de como gerenciar a questão tecnológica: o costume desde cedo é que vai ditar o nível de apego das crianças aos gadgets. “O Isaque ganhou um videogame no Natal, mas como ele nunca teve o costume de brincar com tecnologia, nem pede para jogar durante a semana. Só joga nos fins de semana, com o pai”, conta a professora. É importante ressaltar que o celular não é um problema só quando as crianças têm acesso a ele, pois os

Paula e sua família: apoio na concentração para os estudos.

© Foto: Arquivo pessoal

FAXINA COLETIVA

A família de Sophia Lundgren: meio-período ajuda na organização.

Como conversam constantemente com as famílias, as pedagogas da Rede Marista têm sugestões valiosas para qualificar seu tempo em casa. Confira:

FILHOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS:

FILHOS NOS ANOS FINAIS E ENSINO MÉDIO:

• Priorize a conversa e a troca de ideias, e sempre questione o que as crianças estão pesquisando, estudando e projetando.

• Ajude-o a elaborar uma rotina semanal de estudos e não se esqueça de destinar momentos para lazer, leitura, esportes e convívio com amigos e família.

• Desligue celular, tablet, computador, jogos eletrônicos e televisão. Assim, vocês podem conversar, brincar, além de fazer um carinho e dar boas risadas juntos. • Organize um ambiente adequado, com iluminação apropriada, livre de ruídos e com material sempre à mão para evitar distrações. • É melhor estudar e fazer o tema à noite, porque, no dia seguinte, a criança pode esquecer ou ficar sem ninguém para apoiá-la. • Tente priorizar o acompanhamento das tarefas e pesquisas dos seus filhos. • Um hábito de estudo vai além de fazer o dever de casa. Pesquisem juntos, leiam muito e assistam a documentários sobre o que as crianças estão estudando.

• Não deixe seu filho adiar a hora do estudo para muito tarde, quando o corpo e o cérebro já estão se preparando para o descanso. • Oriente seu filho para começar com períodos mais curtos, fazer pausas e retomar. Aos poucos, ele poderá ampliar os momentos de concentração. • Peça que desligue o celular e eletrônicos para não atrapalhar a concentração. • Indique a ele que priorize os componentes curriculares em que tem mais dificuldade. • Recomende revisar o conteúdo no mesmo dia das aulas: isso transforma a memória de curto prazo. • Dê a dica de gravar áudios contando o que aprendeu e depois ouvi-los. Ele pode fazer grupos de estudos e, assim, auxiliar alguém a aprender também. Estabeleça com ele um local para colar tudo de forma visível: mapas mentais, palavras-chave, datas e cronogramas de estudos. • Nos dias de avaliação, não permita que ele estude até a madrugada. Oriente para que se alimente bem e durma cedo. Uma dica para relaxar é sugerir que ele vá para a escola ouvindo uma música calma, e que fique tranquilo, afinal vocês construíram um percurso de estudos valioso.

Fonte: Rosenara Frederich, coordenadora pedagógica da Educação Infantil e Anos Iniciais e Rayane Recchi, coordenadora pedagógica dos Anos Finais e do Ensino Médio do Marista Santo Ângelo (RS).

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Capa

Uma missão

extraordinária Redes sociais, sucesso profissional, tempo com os amigos, desenvolvimento, cultivo pessoal e tempo para brincar. O que envolve a intrigante e encantadora tarefa de ser mãe/pai nos dias de hoje? Por Fernanda Brun

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Quando recebeu a notícia de que estava grávida de trigêmeos, a médica fisiatra Luciana Schwan organizou a rotina para conciliar os projetos pessoais e profissionais com a nova fase, flexibilizando seus horários de trabalho em benefício dos filhos, Gustavo, Arthur e Vinícius, hoje estudantes do 3o ano EM do Colégio Marista Rosário. “A maternidade era o meu foco”, conta a profissional liberal. O planejamento e o equilíbrio das expectativas permitiram que ela tivesse uma visão mais tranquila sobre os diferentes momentos da nova realidade: ela entendeu que os primeiros períodos seriam de muitas demandas e tarefas, mas que, com o tempo, seu dia a dia retornaria à normalidade. Para Luciana, o grande desafio da vida moderna é justamente equilibrar o trabalho com a maternidade – que pode, seguramente, ser fonte de ansiedade e estresse, principalmente quando conciliada com a vida em uma grande cidade, o que acarreta em falta de tempo para os filhos e a família. “Precisamos estar junto dos filhos para educar e estabelecer com eles laços de confiança, para dar exemplos de como se comportar na sociedade e de como se relacionar com o próximo, ensinar gentilezas e corrigir as atitudes erradas. E precisamos estar juntos também para não fazer nada. Para isso, necessitamos de tempo. As famílias devem ficar atentas para que, com todas as atribuições da vida moderna, não haja um abandono dos filhos”, reflete. Além do planejamento, ter uma rede de apoio também se mostrou indispensável. Ter por perto familiares, amigos e uma escola que estejam em acordo com os princípios da família ajuda os pais a terem mais segurança sobre a educação e o futuro dos filhos. “É o apoio que faz com que uma família numerosa tenha boa saúde mental”, afirma Luciana.


9 Š Foto: Shutterstock


FUN DA MEN TAL 10

© Foto: Arquivo pessoal

Capa

Luciana Schwan e o esposo Renato juntos dos filhos Gustavo, Arthur e Vinícius, estudantes do Colégio Marista Rosário.

OS BENEFÍCIOS DA REDE DE APOIO “Fundamental”. É essa a palavra que Marta Lucion, médica psiquiatra com especialidade em Psiquiatria da Infância e Adolescência e doutora em Psiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), usa quando se fala em “rede de apoio” na maternidade/paternidade. Para a profissional, esse é o caminho mais saudável para manter o equilíbrio entre as expectativas e necessidades pessoais e as demandas que surgem com os filhos. “Costumamos viver de forma isolada, pois temos uma tendência natural de cuidar de nossos próprios problemas. Em geral, todo mundo está se esforçando para ser o melhor pai e a melhor mãe possível. Apoio e empatia são essenciais”, explica. Ao fazer um comparativo com a maternidade/paternidade de outros tempos e a atual, Marta entende que existe, hoje, uma valorização maior das vontades e da personalidade dos pequenos. “Hoje, fala-se muito que as crianças já são capazes desde muito cedo. Que são criativas, pensantes, que entendem o meio em que estão. Essa visão é muito boa, mas pode causar uma sobrecarga”, lembra. Para ela, um dos grandes desafios é a

velocidade de consumo de informação – é como se houvesse uma checklist a ser cumprida, uma série de atividades que os filhos precisam realizar, características que necessitam desenvolver. “É preciso se respeitar e respeitar os filhos, nossas características pessoais, quem somos, no que acreditamos, o que representamos. Essas identificações são muito importantes para que não entremos em uma rotina de cobranças e comparações”, indica Luciana.

A INFLUÊNCIA DA MENTE NO CORPO “Mais do que gerar alterações no funcionamento do nosso corpo, o estresse pela maternidade pode causar transtornos psiquiátricos que muitas vezes se associam a questões físicas”, afirma a médica. Quando a mente está cansada, ela manda sinais de atenção para o corpo e nos faz sentir dores e sintomas que nem sempre estão vinculados a problemas que podem ser identificados em exames e consultas de rotina. “Azia, cefaleia, problemas no intestino, dores musculares. A sobrecarga emocional se manifesta pelo corpo e nem sempre será possível relacioná-la a um problema específico de algum órgão”, alerta a profissional.


As famílias devem ficar atentas para que, com todas as atribuições da vida moderna, não haja um abandono dos filhos. Luciana Schwan, médica e mãe

ALGUNS SINTOMAS QUE PODEM SIGNIFICAR SOBRECARGA EMOCIONAL: Alteração no padrão de sono. Cansaço desproporcional. Deixar de ver graça no que antes gostava de fazer. Não conseguir mais valorizar momentos que antes eram prazerosos.

e, hoje, vejo que meu maior conflito com os adolescentes são as redes sociais. Acho que a garotada perde um tempo de vida precioso nelas. Precisamos aceitar a evolução da comunicação, mas não podemos ficar escravizados por elas”, afirma Luciana. “A internet tem um lado negativo na medida em que cria modelos e dissemina informações não verdadeiras”, afirma Adriane Arteche, professora adjunta do programa de pós-graduação em Psicologia da PUCRS e doutora em Psicologia do Desenvolvimento. Por outro lado, a profissional afirma que também existem vantagens, à medida que as famílias que compartilham das mesmas angústias podem trocar experiências. Além disso, a tecnologia torna a busca por informação técnica adequada cada vez mais fácil e acessível. “Entendo que as mídias sociais promovem a cultura da ‘família de comercial de margarina’, em que apenas momentos positivos são compartilhados. No entanto, espaços para discussão das dificuldades cotidianas da maternidade e da paternidade também têm sido cada vez mais divulgados”, explica Adriane. Novamente, o uso dessas ferramentas como canal para uma rede de apoio faz dela um instrumento muito mais positivo do que negativo.

Bruxismo.

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS PAIS DE HOJE?

Problemas de digestão e intestino.

1.

Maior compartilhamento de tarefas em relação ao cuidado e à educação dos filhos.

2.

Conhecimento teórico sendo transmitido aos pais e, às vezes, entrando em colisão com aprendizados intrafamiliares (como o não uso de práticas de punição física que antes eram recorrentes, por exemplo).

3.

Centralização nos pais como responsáveis pelo cuidado e pela educação e minimização do papel da família extensa.

A GRAMA DO VIZINHO É REALMENTE MAIS VERDE? Casas arrumadas, sorrisos no rosto, roupas combinando, barriga chapada um mês depois do parto. As redes sociais são fonte constante de cobranças e comparações que podem agir de forma prejudicial para quem vive a maternidade/paternidade. No Brasil, o peso é ainda maior: de acordo com dados de um estudo realizado pelo Hootsuite com a We Are Social, somos o segundo país do mundo que passa mais tempo conectado à internet. A média do brasileiro é ficar cerca de nove horas e 29 minutos online por dia. E 62% da população do país está ativa nas redes sociais. “Quando meus filhos nasceram, ficava pensando em qual seria o meu choque de geração com eles

QUAIS SÃO AS DIFICULDADES E ANGÚSTIAS CARACTERÍSTICAS DESTA GERAÇÃO DE PAIS? 1.

Dar conta de conciliar as demandas de trabalho com estimulação apropriada e criação de vínculo com os filhos.

2.

Proteger os filhos dos perigos do mundo atual (violência; mídia inadequada; alimentação não saudável; excesso de demanda eletrônica) e promover autonomia e independência ao mesmo tempo. Fonte: Adriane Arteche, doutora em Psicologia do Desenvolvimento.

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© Foto: Arquivo pessoal

Capa

Karla e o esposo João Batista juntos do filho Athos, estudante do Colégio Marista Champagnat.

A IMPORTÂNCIA DA CONEXÃO Com uma facilidade tão grande em estar conectado com pessoas, lugares e informações de todas as partes do mundo, a conexão próxima e pessoal acaba ficando de lado. “Uma solução para as dificuldades da maternidade/paternidade é oportunizar espaços de interação entre pais e filhos desde a primeira infância”, afirma Adriane. “Digo para mim mesma que o que vale é a qualidade do tempo que passamos juntos”. A frase é de Karla da Silva. Mãe de Athos, estudante do Marista Champagnat, ela conta que seu compromisso com o filho é estar presente, seja qual for a hora. E é nessa conexão que se criam laços de confiança, segurança, transparência e amor. Para Marta Lucion, esse tempo dedicado exclusivamente à interação com as crianças e os adolescentes é fundamental para uma relação saudável entre pais e filhos. “O que os filhos querem é a atenção dos pais, um tempo de qualidade. Um momento para que eles façam o que têm von-

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tade, seja brincar, conversar sobre o dia, fazer uma refeição juntos. É preciso criar oportunidades para construir essas pontes”, indica a profissional. Manoela de Oliveira, doutora em Psicologia pela UFRGS, com experiência como orientadora profissional e consultora de carreira, aponta algumas reflexões importantes resultantes de pesquisas realizadas no Grupo de Estudos sobre Desenvolvimento de Carreira da PUCRS: o trabalho excessivo interfere, sim, na família – e a percepção dessa interferência pode levar à intenção de deixar o emprego. “Esse resultado sugere que, além de prejuízos percebidos na vida familiar dos executivos, o conflito entre papéis resultante do trabalho excessivo pode refletir de forma negativa em outras dimensões, como a saúde mental e física”, aponta a profissional. De forma geral, Manoela esclarece que tanto experiências no trabalho quanto momentos familiares podem ser enriquecedores, mas como a primeira não demanda “bater ponto”, pode acabar deixada de lado.

“A SOCIEDADE É CRUEL, COBRA RESULTADOS, PRODUTIVIDADE, PRESENÇA. MAS ACHO QUE A PIOR COBRANÇA É A GENTE MESMO QUE FAZ. MUITAS VEZES, QUANDO, EM UMA SEGUNDA-FEIRA, SAIO ÀS 6H50 E RETORNO SÓ ÀS 23H E O ATHOS JÁ ESTÁ DORMINDO, CHEGO PERTO DA CAMA DELE, PUXO AS COBERTAS, CUBRO, BEIJO A TESTA, SINTO O CHEIRO E CHORO! CHORO E ME PERGUNTO SE É ESSE O CAMINHO – TRABALHAR TANTO, MESMO QUE SEJA PARA DAR AS MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA PARA ELE. ACHO QUE TODA A MÃE SENTE ISSO.” Karla da Silva


TRABALHO E MATERNIDADE/ PATERNIDADE: COMO CONCILIAR EXPECTATIVAS? Durante o século 20, várias mudanças influenciaram as relações familiares e profissionais e mais mulheres precisaram se inserir no mercado de trabalho, assumindo o papel de provedores. Como consequência, os homens passaram a se envolver mais em tarefas relacionadas à casa e à família. Todo esse movimento deu origem a casais em que ambos se dedicam tanto ao ambiente familiar quanto ao profissional. “Considerando esse cenário, é possível pensar que ser pai/mãe nos dias atuais significa administrar as demandas originadas tanto na família como no trabalho a fim de obter uma vida saudável e satisfatória, o que exige adaptabilidade e capacidade de gerir o tempo e tomar decisões”, afirma Manoela.

AMOR: SENTIMENTO ATEMPORAL “O Athos jamais me cobrou nada! E sempre me diz: ‘és a melhor mãe do mundo, jamais escolheria outra.’ A frase vem recheada de tanto amor, de tanto sentimento que acho que devo estar fazendo alguma coisa certa nesses 16 anos. Mesmo que, às vezes, eu duvide”, conta, emocionada, Karla. É nesse amor que a maternidade e a paternidade encontram a motivação para, independentemente da época, buscar o equilíbrio. “A maternidade é um dos melhores papéis da minha vida. Sem sombra de dúvida, é o que me completa! Ser mãe é uma aventura constante, uma aprendizagem diária. Não tem mapa ou manual de como ser mãe. Vamos nos constituindo, mãe e filho, ao mesmo tempo. Amo ser a Karla filha, a Karla esposa, a Karla profissional, mas amo muito mais ser a Karla mãe”, finaliza.

O que os filhos querem é a atenção dos pais, um tempo de qualidade. Um momento para que eles façam o que têm vontade, seja brincar, conversar sobre o dia, fazer uma refeição juntos. É preciso criar oportunidades para construir essas pontes. Marta Knijnik Lucion, médica psiquiatra

O QUE FAZ OS PAIS PERDEREM O SONO? Uma pesquisa realizada anualmente pelo C. S. Mott Children's Hospital, nos Estados Unidos, com pais de jovens de diferentes idades, apontou que as principais preocupações em relação à saúde de seus filhos, em 2017, foram... (era possível assinalar mais de uma resposta): 1. Bullying/cyberbullying (61%) 2. Não fazer exercícios o suficiente (60%) 3. Alimentação não saudável (57%) 4. Uso de drogas (56%) 5. Segurança na internet (55%) 6. Abuso e negligência em relação às crianças (53%) 7. Suicídio (45%) 8. Depressão (44%) 9. Gravidez na adolescência (43%) 10. Estresse (43%) Por Manoela Ziebell de Oliveira, doutora em Psicologia

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Entrevista

Brincadeira saudável inclui

diversidade de materiais © Foto: Divulgação

A pedagoga Josiane Pareja pesquisa a riqueza do manuseio de diferentes elementos

Já viu criança pequena valorizar brinquedo caro? Elas gostam mesmo é da caixa, não é mesmo? A pedagoga Josiane Pareja tem uma explicação para isso: “A caixa é um material ‘aberto’, que coloca a criança diante de muitas transformações”, ensina. Por meio de suas pesquisas com diferentes materiais, Josiane tem verificado, em seu Ateliê Carambola, em São Paulo (SP), que as crianças de até 5 anos precisam manusear e transformar livremente os objetos – daí a importância de se oferecer uma diversidade de materiais, de preferência que possam ser moldados. É uma forma pela qual elas organizam seu “mundo” interior e se inserem no contexto que as cerca. “A caixa pode virar um carro, um avião, um esconderijo, um bracelete, o que a criança imaginar!”, exemplifica. Confira, nas próximas páginas, o que mais ela compartilhou na conversa com a revista Em Família Marista.

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© Foto: Arquivo pessoal

Por Helena Carnieri

Josiane Pareja, pedagoga e fundadora da Ateliê Centro de Pesquisa e Documentação Pedagógica e da Escola de Infância Ateliê Carambola (SP).


Os materiais são fundamentais na primeiríssima infância, ou seja, de 6 meses a 5 anos, porque é nesse momento que a criança inaugura um universo de descobertas. Chamamos isso de período heurístico, palavra que vem do grego descobrir. Deve-se oferecer diferentes materiais, sejam eles plástico, madeira, metal ou tecido, porque a criança bem pequena está construindo sentidos e significados, e tudo isso a partir das experiências que ela tem. Ela entrelaça, durante as brincadeiras, o que vive na família, e traz para a brincadeira, a partir dos 3 anos, o jogo simbólico. Mas ela só será capaz de brincar de forma saudável se tiver repertório.

© Foto: Divulgação

Qual a importância de se usar uma diversidade de materiais na primeira infância?

Que materiais Os materiais não estruturados são são os mais considerados os melhores objetos na indicados? primeiríssima infância, porque esse

é o momento em eles estão ampliando as possibilidades criativas e inventivas. Muitas vezes, o melhor brinquedo é um objeto qualquer. Você compra um superbrinquedo e a criança brinca com a caixa – afinal, é um material aberto, que coloca a criança diante de muitas transformações. A criança bem pequena precisa de um tempo de exploração. Tempo para explorar o objeto das mais diferentes maneiras: batendo, pondo na boca, encaixando, empilhando, alinhando, colecionando… E só depois dessa exploração é que ela busca uma “transformação” daquilo. Pode virar um carro, um avião, um esconderijo, um bracelete, o que a criança imaginar!

Qual a diferença Cada material tem sua materialidade, de “material” e que é o “adjetivo” da matéria. Por exem“materialidade”? plo, o papelão é poroso, leve, tem cer-

to cheiro; ele vira o que a criança imagina, dissolve em água, mas é resistente, não rasga fácil, aguenta ser esfolado, pode virar um tapete, uma capa… É a potência dos materiais. Em que eu posso transformar esse objeto? E, nesse processo, a criança também se transforma – internamente, mentalmente. Ela ganha qualidade de pensamento.

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Entrevista

Como você aplica sua pesquisa no Ateliê Carambola?

Na Carambola, trabalhamos com o jogo heurístico, uma metodologia das pesquisadoras Elinor Goldshmied e Sonia Jackson, que destacam a importância de usar diferentes materiais em coleções, para empilhar, usar em ambientes internos e externos, e o uso de materiais não contáveis, como a areia. Esse é um foco bem forte que usamos com as crianças de 0 a 3 anos. Com os maiores, vamos para o quintal, onde tem areia, terra, e as crianças podem construir os mais diversos cenários de jogos simbólicos.

Como é feita a condução das crianças nesses momentos?

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O que a gente observa é que algumas crianças podem não querer mexer em areia ou tinta, o que é natural, porque são bem pequenas, estão tendo essa experiência pela primeira vez. O que ocorre, no início, é o desconhecimento e, por isso, a criança pode ficar mais distante no começo. O que nós garantimos é tempo e permanência, para que essas crianças possam trabalhar o reconhecimento e efetivamente participar no momento em que estiverem dispostas. Inclusive, consideramos “estar junto” uma forma de participação, mas mais passiva. Respeitamos o tempo delas, sem forçar a barra, sem pegar na mão.

Qual a relação Para poder escutar as crianças, é preentre “ensinar” ciso compreendê-las. Entender que e “escutar”? estão passando por um momento

de inaugurações, de se constituírem como sujeitos, em que precisam de paciência e companheirismo. A escuta nasce de uma relação genuína de respeito ao desenvolvimento, mas sem se abster de intencionalidades. A escuta só vai aparecer em uma escola que entende os diferentes momentos da infância. Escutar é uma metáfora da relação humana.

© Foto: Divulgação

É fundamental que não seja só o plástico, porque esse é o tipo de material que nós mais temos nas escolas, por vezes muito colorido, e isso tira da criança o que ela tem de mais potente, que é a transformação. O plástico não se permite ser moldado, ele é rígido. Do jeito que você colocar, ele vai ficar. Não oferece capacidade de transformação. Por outro lado, é possível usá-lo para empilhar, alinhar, colecionar. Nada contra o plástico! Mas, por uma perspectiva mais sustentável, sabemos que é o material que a natureza leva mais tempo para transformar em natureza de volta.

A criança bem pequena precisa de um tempo de exploração. Tempo para explorar o objeto das mais diferentes maneiras: batendo, pondo na boca, encaixando, empilhando, alinhando, colecionando... E só depois dessa exploração é que ela busca uma 'transformação' daquilo. © Foto: Divulgação

Existe um risco de oferecer apenas brinquedos de plástico?


EXPEDIENTE COLÉGIO MARISTA APARECIDA R. Ramiro Barcelos, 307 Bento Gonçalves - RS Fone: 54 3449-2600 aparecida@maristas.org.br DIRETORA Silvia Pagot Marodin VICE-DIRETOR Ir. Rosmar Rissi COMUNICAÇÃO E MARKETING Marília Dalenogare do Carmo JORNALISTA RESPONSÁVEL Daniela Cidade (MTB 8630)

Em movimento

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Colégio entrega para seus estudantes um novo espaço de experimentação e inovação.

Com a palavra

Educação Infantil

Caleidoscópio

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Ensino Fundamental

Gente nossa

Ensino Médio

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Direção destaca os desafios da educação para a construção de uma sociedade harmoniosa.

Planejados com intencionalidade e afeto, os espaços potencializam a aprendizagem das crianças.

EI EF EM

Cobertura dos principais projetos e atividades desenvolvidos no primeiro semestre letivo.

Conheça alguns dos recursos tecnológicos utilizados para intensificar o processo de ensino-aprendizagem.

Simone Zortéa da Campo, presidente da Associação de Pais e Mestres, fala sobre a alegria de fazer parte da família marista.

Saiba como as práticas de investigação científica favorecem o desenvolvimento da autonomia intelectual.

Diz aí

Em foco

Construir conhecimentos

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Estudantes contam como organizam a rotina de estudos e de lazer no dia a dia.

A partir do tema Seu olhar sobre a escola, estudantes registram a própria percepção sobre o cotidiano escolar.

Conheça iniciativas que destacam a formação integral marista.


Com a palavra

A educação novos tempos

nos

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Colégio Marista Aparecida

Novos fatores de conhecimento deverão ser intensificados na escola, como a aprendizagem da sociabilidade e da relação harmônica com o outro, pois a tecnologia conduz o ser humano ao individualismo e ao egocentrismo, bem como muda a nossa concepção de tempo, de felicidade e de frustação.

Ir. Rosmar Rissi Vice-diretor do Colégio Marista Aparecida

© Foto: Acervo do Colégio

Para onde ir? Quando ir? Estamos vivendo em um tempo em que os algoritmos desejam tomar todas as decisões em nossa vida, para evitar nosso esforço intelectual. As crianças, por vezes, possuem mais contato com a tecnologia do que com a própria família. Não falo isso como uma crítica tecnológica, mas como uma constatação de que os tempos mudaram, e precisamos compreender, nos adaptar e saber conduzir os processos de ensino e aprendizagem de maneira eficaz a partir da realidade. Outrossim, novos fatores de conhecimento deverão ser intensificados na escola, como a aprendizagem da sociabilidade e da relação harmônica com o outro, pois a tecnologia conduz o ser humano ao individualismo e ao egocentrismo, bem como muda a nossa concepção de tempo, de felicidade e de frustação. Nenhum ser humano admite o que não corresponde à sua concepção de “bem” e “felicidade”, ou seja, queremos somente coisas boas e alegres em nossas vidas. Com isso, para responder às questões iniciais, é preciso ter como premissa que nenhuma tecnologia substitui o saber e as relações interpessoais, as quais devem ditar para onde desejamos ir com nossa vida e quando nos movimentar em busca dos nossos objetivos. Não podemos continuar desenvolvendo uma geração de especialistas que sabem tudo sobre seu canto, em detrimento do todo do universo. Convido a folear e ler as próximas páginas desta revista com um olhar reflexivo para a construção de uma sociedade harmoniosa de relações interpessoais leves, saudáveis e felizes perante o atual contexto social. E como bem escreveu São Marcelino Champagnat, há mais de 200 anos, “para bem educar, é preciso, antes de tudo, amar e amar todos igualmente”. Nesse princípio, desejamos educar para formar pessoas capazes de atuar com humanidade em uma sociedade moderna. É para esse ponto que desejamos ir, com sapiência e de forma constante, sem deixar o caminho da sabedoria para o dia de amanhã.


© Foto: Acervo do Colégio

Educação Infantil

Ao frequentarem o Bosque, os estudantes são estimulados a buscar inspiração na natureza e nos seus elementos para desenvolverem seus projetos.

Espaços educadores para a

aprendizagem das crianças A Educação Infantil é uma etapa em que cada detalhe é importante para a construção do repertório de significados das crianças. No jeito marista de educar, os ambientes são considerados parte essencial do projeto curricular e pensados de forma a proporcionar momentos que incentivam a imaginação, a criatividade, a socialização, a descoberta e a autonomia. “Os espaços pedagógicos educadores formam um dos alicerces das nossas diretrizes”, afirma Loide Trois, supervisora pedagógica dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista. Desse modo, os estudantes são convidados a assumir o papel de protagonistas para, acompanhados dos educadores, terem liberdade de expressar suas ideias – em um ambiente educador que os empodera e valoriza suas maneiras de participar e interagir. “Acreditamos que o espaço escolar deve transmitir afetividade, mesmo sendo uma estrutura física”, explica

Loide. “Precisa ser habitado de valores e princípios ao mesmo tempo em que aguça a curiosidade e desperta o desejo de aprender”, complementa. Em sintonia com essa proposta, as salas de aula são compostas por mobiliários versáteis, que permitem diferentes arranjos e harmonizações. Também contam com materiais naturais e neutros que oferecem elementos sensitivos importantes, como luzes, cores, texturas, cheiros e sons.

APRENDER BRINCANDO Segundo a coordenadora pedagógica Adriane Bussolotto, as salas de aula e demais espaços utilizados pela Educação Infantil são mutáveis de acordo com o planejamento das professoras e o interesse das crianças. “Um ambiente educador proporciona diferentes experiências. Ele deve ser pensado de forma que aguce a curiosidade e fomente as perguntas. Quando bem organizado e planejado, funciona como um terceiro

educador, possibilitando que os pequenos desenvolvam a autonomia e o protagonismo”, destaca. Um dos espaços educadores da Educação Infantil no Marista Aparecida é o Bosque, local de contato com a natureza, exploração ao ar livre, inspiração e lazer. “O Bosque, por si só, já é um ambiente educador, pois estimula diariamente a curiosidade e o questionamento dos estudantes. É um ambiente externo e variante, que traz uma novidade a cada dia – uma fruta que caiu, um bichinho que passou, uma flor que nasceu –, permitindo que os estudantes perguntem sobre os fenômenos da natureza, o ambiente, os seres vivos, o ciclo da vida”, explica Adriane. O Bosque é utilizado pelas professoras também como um espaço de inspiração no desenvolvimento das habilidades artísticas, a partir da observação dos fenômenos da natureza, de acordo com as habilidades e possibilidades de cada um.

Colégio Marista Aparecida

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Caleidoscópio EI Uma das oficinas desenvolvidas no Turno Complementar é a Hora do conto, que se transforma de acordo com o tema da história para envolver ainda mais os estudantes.

2019

© Fotos: Acervo do Colégio

Na Semana da Páscoa, os estudantes do Nível 2 trabalharam a importância da partilha e da solidariedade. Uma das vivências realizadas foi a produção de pães, que foram partilhados com os educadores em um lanche coletivo.

O Deck do Pátio Central é um espaço de lazer e integração. Devido à localização e ao conforto que proporciona, em determinados momentos é aproveitado para realizar os lanches partilhados.

VIVÊNCIA

LUDICIDADE

Através de memórias enviadas pelas famílias, os estudantes da Classe Bebê participaram de uma vivência que recordou os seus nascimentos e primeiros meses de vida. Com o apoio de mães da turma, eles tiveram a oportunidade de fazer perguntas sobre o assunto e ouvir o coração de um bebê dentro da barriga da mãe.

O Ateliê das Luzes é um espaço que proporciona aos estudantes vivências com luz natural, luz negra, sombras e texturas.

A Educação Infantil é um período de descobrimento e experimentação, as crianças são convidadas a observar os diversos aspectos de suas vidas e seu entorno, como a chuva e as marcas que ela deixa nos ambientes.

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Colégio Marista Aparecida


A adaptação é um período único para cada estudante e família. No Marista Aparecida, o momento é organizado de modo a respeitar o tempo de cada criança e tranquilizar as famílias sobre essa nova etapa.

Trabalhar com novos materiais e novas texturas é uma das propostas da Educação Infantil, estimulando a curiosidade e a investigação e potencializando a aprendizagem dos estudantes.

NA PRÁTICA

A educação marista estimula os estudantes a pesquisar, explorar novos espaços, propor novas vivências e a ser protagonistas do seu conhecimento e aprendizado.

ACOLHIDA Com o suporte dos educadores que trabalham no Laboratório de Ciências, os estudantes têm contato com novos materiais e a possibilidade de aprender através de vivências e experimentos.

FORMAÇÃO No projeto Férias na escola, os estudantes realizam atividades pedagógicas planejadas com lazer, diversão e momentos de descanso.

Para envolver e sensibilizar os estudantes na Páscoa, o Serviço de Pastoral Escolar realizou formações lúdicas, utilizando recursos como a contação de histórias para trabalhar os valores ligados à data.

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© Foto: Acervo do Colégio

Em movimento

O Ateliê é um espaço que potencializa a aprendizagem dos estudantes na Educação Infantil.

Ateliê: um novo espaço de

experimentação e inovação Após meses de estudo, planejamento e construção, no primeiro trimestre de 2019, o Colégio Marista Aparecida fez a inauguração oficial do Ateliê da Educação Infantil. O momento contou com a presença dos educadores, integrantes da Associação de Pais e Mestres (Apamea), que representaram as famílias do Colégio, participantes do Grêmio Estudantil e da Pastoral Juvenil Marista, representando os alunos, colaboradores da Sede Marista e convidados. A construção do Ateliê foi uma das ações do Planejamento Estratégico. Em 2015, o Colégio iniciou o processo de implementação das Diretrizes da Educação Infantil, documento que norteia a atuação pedagógico-pastoral da Rede Marista. As Diretrizes orientam todos os aspectos da Educação Infantil, desde as

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práticas pedagógicas, a atuação dos educadores e concepções sobre o tema até a configuração de novos espaços de aprendizagem. Um dos ambientes concebidos para a Educação Infantil Marista é o Ateliê, um espaço de liberdade de expressão, de participação infantil, de escuta, de criação, de respeito às múltiplas formas de linguagens existentes no mundo. O Ateliê foi projetado com três espaços que se completam: a parte central; o Território das Águas, que permite experimentações com diferentes elementos; e o Ateliê das Luzes, espaço que proporciona aos estudantes vivências com luz natural, luz negra, sombras e texturas. O Ateliê vem ao encontro dos diferenciais da Educação Infantil, pois permite aos estudantes pintar, desenhar, fazer esculturas, trabalhar com

Colégio Marista Aparecida

elementos naturais, pesquisar e encenar. Em resumo, um local que permite diversas formas de expressão e aprendizagem dos estudantes, levando em consideração seus questionamentos e áreas de interesse. Segundo a coordenadora pedagógica da Educação Infantil, Adriane Bussolotto, esse novo ambiente potencializa a aprendizagem dos estudantes. “Ele privilegia as habilidades artísticas, de observação e de investigação, fazendo com o que o estudante seja ainda mais protagonista de seu aprendizado”, destaca. Um dos diferenciais do Ateliê é a localização, pois ele está situado ao lado do Bosque da Educação Infantil, permitindo que os estudantes procurem inspiração para suas criações diárias em elementos na natureza que os cerca.


© Foto: Acervo do Colégio

Ensino Fundamental

As aulas com a plataforma Matific são realizadas quinzenalmente com as turmas de 4o e 5o ano EF.

Por uma visão integral da

tecnologia na educação Os avanços tecnológicos da última década mudaram a forma pela qual nos relacionamos. As possibilidades cada vez maiores proporcionadas pelos dispositivos móveis e outros gadgets fazem com que o analógico e o digital coexistam em uma dinâmica que o autor, publicitário e empreendedor Walter Longo chama de Era do Pós-Digital. Segundo ele, a presença desse tipo de tecnologia é tão constante no nosso dia a dia que, na maior parte do tempo, não notamos que está lá. Assim como a eletricidade, só percebemos sua existência quando ela falta. Consequentemente, o hibridismo das culturas digital e analógica amplia as oportunidades de aprendizagem. “É necessário ver esses avanços de uma perspectiva não só comunicacional, mas também pedagógica”, afirma o supervisor de tecnologias educacionais dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, Ederson Locatelli. Os estudantes maristas são incentivados a construir novos conhecimentos por meio de projetos que envolvem robótica, pensamento computacional, gamificação e realidade aumentada. A partir dessas atividades, experienciam princípios

que são importantes ao longo de toda a vida, desenvolvendo a autonomia, o raciocínio lógico e o protagonismo.

APORTES PARA COMPARTILHAR CONHECIMENTOS A tecnologia é um importante aporte pedagógico do Marista Aparecida. Segundo a coordenadora pedagógica dos Anos Iniciais, Adriane Bussolotto, os aportes são aliados às habilidades e competências a serem desenvolvidas em cada ano. “É uma forma de proporcionar aos estudantes contato com diferentes linguagens, possibilitando uma aprendizagem integral. Começamos a educação tecnológica ensinando os alunos a usar os dispositivos para fins pedagógicos, pois eles têm domínio das ferramentas apenas para o lazer”, explica. Do 1o ao 8o ano EF, os estudantes contam com aulas e oficinas de Robótica, a partir de uma parceria com as empresas Lego e Zoom Educação Tecnológica, que instigam os jovens a criar soluções inteligentes para a resolução de problemas. Em 2019, as turmas de 4o e 5o ano EF passaram a utilizar a plataforma Matific, uma ferramenta que utiliza jogos

pedagógicos para fortalecer a aprendizagem da Matemática. Nos Anos Finais, a tecnologia e os dispositivos móveis são inseridos nas aulas de acordo com o planejamento e a metodologia de cada professor. Além das aulas e oficinas de Robótica, os estudantes têm acesso às plataformas digitais da Editora FTD e ao ambiente de aprendizagem virtual Marista 3.0, espaço em que os educadores disponibilizam materiais e tarefas, complementando o conteúdo trabalhado em sala de aula. Segundo a coordenadora pedagógica dos Anos Finais e do Ensino Médio, Gisele Pradella, outro aliado tecnológico dos educadores é o Laboratório de Informática Móvel, inovação presente no Colégio desde 2018, que auxilia os educadores a planejar e realizar aulas diferentes, conectadas e colaborativas. “Usando essa ferramenta, não é mais necessário parar a aula e ir até um espaço físico para fazer pesquisas e produção de conteúdos. Com essa ferramenta, a tecnologia vai até os estudantes e é inserida nas aulas, podendo ser usada de diversos modos, de acordo com o planejamento de cada aula”, explica.

Colégio Marista Aparecida

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Caleidoscópio EF Para transformar a Páscoa de diversas crianças de Bento Gonçalves, os estudantes do 8o ano EF se reuniram para arrecadar doces e os entregaram para a Escola Infantil Santa Fé.

2019

© Fotos: Acervo do Colégio

Buscando melhorar as relações entre estudantes, educadores e famílias, e estimular o diálogo, o Serviço de Orientação Escolar e a Pastoral Escolar estão realizando momentos de escuta e formação com as turmas dos Anos Finais do Ensino Fundamental.

Na oficina Supercérebro, os estudantes trabalham com materiais como o soroban (ábaco japonês) e jogos para desenvolver habilidades cognitivas e socioemocionais.

NA PRÁTICA

SOLIDARIEDADE

A oficina Hábitos de estudo é realizada com os estudantes dos Anos Finais e do Ensino Médio e trabalha com ferramentas que fortalecem a aprendizagem dos jovens, respeitando as disponibilidades de horários, facilidades e dificuldades de cada aluno.

Os estudantes do 7o ano EF receberam a visita de um dos integrantes da diretoria do Lar do Ancião, que veio conversar com os jovens sobre a atuação da entidade e receber as doações que eles arrecadaram.

O projeto Guardião do coração, desenvolvido junto às turmas do 1o ao 4o ano EF, tem o objetivo de estimular o respeito, a responsabilidade e a empatia nas relações entre os educadores, os estudantes e suas famílias.

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Colégio Marista Aparecida


Para acolher as quatro turmas de 1o ano EF, as professoras organizaram diversas vivências interessantes e contaram com amigos especiais, como a mascote do Colégio, a Cidinha.

Em um momento especial de celebração, as educadoras do 1o ano EF retomaram com os estudantes e famílias a ação da carta enviada ao Papa em 2018 e entregaram a devolutiva respondida pelo Vaticano.

ACOLHIDA

CELEBRAÇÃO

Uma das vivências realizadas pelas turmas do 2o ano EF para trabalhar o significado da Páscoa foi a construção de um mural coletivo com as figuras das mãos dos estudantes e suas famílias, construídas em casa, representando a união e a integração.

Implementado no 1o semestre de 2019, o programa bilíngue em parceria com a Systemic Bilingual trabalha com os estudantes o idioma como meio de comunicação em vivências diárias de imersão.

DESTAQUE Nas aulas curriculares do programa Zoom Educação Tecnológica, os estudantes do 3o ao 5o ano EF estão trabalhando com uma atualização do programa que integra práticas de programação, o Z Coding.

Colégio Marista Aparecida

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© Foto: Acervo do Colégio

Gente nossa

Marista por completo

Por Simone Zortéa da Campo, presidente da Associação de Pais e Mestres do Colégio Marista Aparecida

Meu nome é Simone Zortéa da Campo, sou casada com o Ricardo e temos dois filhos: o João Pedro, que hoje está cursando Medicina na PUCRS, em Porto Alegre, e a Isadora, estudante do 7o ano EF no Colégio Marista Aparecida. Faço parte da família marista desde 2006, quando o João Pedro entrou na Educação Infantil, com 5 anos de idade. Após uma apresentação da estrutura da escola e de seus métodos educativos, nos encantamos pelo que vimos e, assim, fomos todos acolhidos, pois já estava grávida da Isadora. Com o passar dos anos, fui me aproximando cada vez mais do Colégio, visto que me apaixonei pelo método de ensino e pelas pessoas que faziam parte do dia a dia dos meus filhos. Com convicção, afirmo que os melhores amigos que a vida me deu conheci no Marista Aparecida, e eles fazem – e farão – parte da minha vida para sempre. Em 2014, comecei a fazer parte da Associação de Pais e Mestres (Apamea), com o objetivo de conhecer cada vez mais o processo encantador que é educar, ensinar e acolher crianças e jovens, e para poder retribuir

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tudo aquilo que minha família já havia recebido. Em 2017, o João Pedro encerrou sua jornada escolar no Marista Aparecida e, para a minha felicidade, optou por fazer sua formação acadêmica na PUCRS, espaço que fomos conhecer e onde, novamente, tivemos o mesmo sentimento de família e acolhida que sentimos ao ingressar na Rede Marista. Em 2018, aceitei o convite para assumir o grande desafio que é a presidência da Apamea. Aprendi e aprendo muito com uma equipe de pais e professores espetaculares, famílias que se dedicam por completo e em tempo integral a educar os filhos e estudantes para podermos entregar ao mundo seres humanos melhores. Hoje, vendo meus filhos maiores e acompanhando a evolução deles, sei que fizemos e escolha certa e me sinto cada vez mais parte da família marista. Temos muitos desafios e aprendizados ainda pela frente, mas seguiremos firmes até a Isadora encerrar sua jornada no Colégio. E, quem sabe, no futuro, ainda serei uma avó marista! Aí, sim, marista por completo!

Colégio Marista Aparecida

Fui me aproximando cada vez mais do Colégio, visto que me apaixonei pelo método de ensino e pelas pessoas que faziam parte do dia a dia dos meus filhos.


Ensino Médio

A investigação científica como

intencionalidade pedagógica

© Foto: Acervo do Colégio

O jeito marista de educar tem, entre seus pressupostos, a busca pela pergunta, pela reflexão e pela reconstrução de saberes. A partir do compromisso de oportunizar a investigação e a produção de conhecimentos, os Colégios e Unidades Sociais promovem projetos e atividades que instigam os estudantes a conhecer e reconhecer as etapas da pesquisa científica de forma transversal. Os jovens são incentivados a fazer descobertas relacionadas aos seus interesses e curiosidades com uma perspectiva acadêmica, apresentando análise de dados, resultados, sistematização de ideias e referencial teórico. “Essa intencionalidade de desenvolver práticas de investigação científica está presente não só no nosso Projeto Educativo e nas Matrizes Curriculares, mas também em um dos eixos obrigatórios dos itinerários formativos para o Novo Ensino Médio, previsto na legislação nacional vigente”, destaca a supervisora pedagógica Camila Fabis. “A capacidade de fazer análises por meio de referenciais científicos é um ponto importante no desenvolvimento da autonomia intelectual”,

aponta ela. As iniciativas desenvolvidas são balizadas pelo documento Iniciação científica: Um guia de orientação na Educação Básica. Mais do que desafiar os estudantes a realizar trabalhos para eventos e atividades específicos, o objetivo é tornar a investigação um exercício do cotidiano escolar, preparando os jovens para a vida acadêmica e em sociedade.

UM CONVITE PARA NOVAS DESCOBERTAS No Marista Aparecida, a investigação científica é incentivada por meio de atividades e projetos, como as Sequências Didáticas, elaboradas por área do conhecimento, com base nas competências e nos conteúdos das Matrizes Curriculares. A coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Gisele Pradella, explica que as Sequências são trimestrais e apresentam problemas a serem resolvidos a partir de atividades e questões investigadoras. Ao longo do trimestre, os conteúdos são trabalhados de formas diferenciadas e colaborativas, buscando responder a problemática inicial.

Outra iniciativa que estimula a investigação é a Prática interdisciplinar de iniciação científica, que tem como objetivo principal o reconhecimento das problemáticas sociais e o desenvolvimento da investigação e do pensamento crítico. Essa iniciativa tem a duração de quatro meses, período em que os estudantes formam grupos, escolhem o tema a ser investigado de acordo com suas áreas de interesse, e iniciam o desenvolvimento da pesquisa, buscando responder aos problemas elencados no início do trabalho. Esses resultados são apresentados na Mostra de Iniciação Científica, evento que conta com a presença de profissionais de diversas áreas para a avaliação dos trabalhos e partilha dos conhecimentos. Gisele destaca a importância dessa preparação para jovens. “Temos diversos relatos de estudantes que foram para a universidade ou para o mercado de trabalho e perceberam a diferença que a iniciação científica no Colégio faz, pois eles chegaram nesse novo espaço com uma base forte e já preparados para esses desafios”, salienta. Os trabalhos da Mostra de Iniciação Científica são avaliados por profissionais externos, que trazem suas vivências e experiências para o evento.

Colégio Marista Aparecida

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Caleidoscópio EM Para receber os estudantes no início de ano letivo, o Grêmio Estudantil, em parceria com a Associação de Pais e Mestres, promoveu diversas ações de lazer e integração, além de uma distribuição de lanches.

2019

© Fotos: Acervo do Colégio

A formação continuada dos educadores é um dos diferenciais do Marista Aparecida, sempre em busca de qualificação e aperfeiçoamento dos processos e práticas.

Estimular a prática esportiva e promover a integração entre estudantes e educadores foi o objetivo da primeira edição do Aparecidão de Vôlei e Handebol, evento que reuniu mais de 400 atletas em quadra.

FORMAÇÃO

ACONTECEU

Para entender melhor as juventudes contemporâneas, os educadores participaram de uma formação baseada no posicionamento da Rede Marista sobre o tema.

Para avaliar a aprendizagem de cada estudante e prepará-los para as avaliações externas, o Ensino Médio participou de dois dias de avaliação através do Sistema Marista de Educação.

No Encontro Regional dos Animadores da Pastoral Juvenil Marista (PJM), os estudantes trabalharam a identidade e o propósito de um animador dentro da PJM.

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Colégio Marista Aparecida


Neste ano, a companhia Teatro Jovem trouxe a peça Poeira de estrelas, que promoveu reflexões sobre temas como valorização da vida e a importância das relações humanas.

Através do projeto Orientação profissional e vocacional, os estudantes do Terceirão contam com o apoio do psicólogo Rodrigo Carini para encontrar suas áreas de interesse e construir seu projeto de vida.

CONSCIENTIZAÇÃO

DESTAQUE

A partir dos resultados preocupantes da pesquisa de Iniciação Científica realizada no último ano, um grupo de estudantes está desenvolvendo um projeto de conscientização sobre a separação do lixo e o desperdício de alimentos junto aos estudantes e à comunidade escolar.

Após o lançamento da Prática interdisciplinar de iniciação científica, os estudantes têm cerca de três meses para encontrar um tema de seu interesse, desenvolver a pesquisa e apresentar os resultados a profissionais externos, que farão a avaliação dos trabalhos.

NA PRÁTICA Através do programa American High School, os estudantes do 9o ano EF e do Ensino Médio têm a possibilidade de obter dupla certificação, com um professor norte-americano, em um ambiente de total imersão, possibilitando o ingresso em uma universidade estrangeira.

Em uma visita à Faculdade Cenecista, os estudantes de 2o e 3o ano EM tiveram a oportunidade de trabalhar conteúdos relacionados à anatomia humana, através de experiências práticas.

Colégio Marista Aparecida

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Diz aí

administra seu tempo

ISADORA PETROLI 1o ano EM

HENRIQUE MAZZOCCATO 2o ano EM

GUILHERME MIRANDA 3o ano EM

“Tempo é sempre algo complicado, principalmente quando você entra no Ensino Médio e tudo começa a ficar mais corrido, sempre com muitas atividades para fazer. Eu tento administrar meu tempo fazendo temas e trabalhos o quanto antes para não ficar tudo acumulado, e depois ter mais tempo livre para descansar. Quando me organizo, consigo conciliar as coisas e dá até um alívio mental quando sinto que não tenho nada para fazer!”

“Na minha rotina escolar, eu geralmente não organizo muito meu tempo quanto aos temas, e como tenho muitas coisas durante o meu dia, procuro fazê-los o quanto antes, nas horas que posso. Já quanto aos trabalhos, eu geralmente começo mais ou menos uma ou duas semanas antes da data de entrega, assim posso fazer com mais calma, dentro do prazo, e bem feito.”

“A rotina de estudos de um terceiranista certamente não conta com muitas horas vagas. Por isso, tenho que ser o mais eficaz possível na gestão do meu tempo. Com o auxílio de aplicativos como o Google Agenda e o To do List, designo metas diárias e, assim que as cumpro, procuro passar um tempo com minha família e meus amigos.”

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Colégio Marista Aparecida

© Fotos: Acervo do Colégio

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Como você

Convidamos os estudantes a contar como eles organizam o dia a dia, conciliando a rotina de estudo e os momentos de lazer


1... 2... click!

Em foco

A partir do tema Seu olhar sobre a escola, estudantes registraram, por meio da fotografia, a própria percepção sobre o cotidiano escolar

“Independentemente do nível de ensino, os estudantes sempre voltam ao tobogã no Bosque da Educação Infantil, espaço que simboliza diversão e alegria.”

MARIA ANTÔNIA CINI 9o ano EF “Espaço central no Colégio, o Pátio é um local de fácil acesso a todos os estudantes, permitindo a realização de diversas atividades, independentemente da área de interesse.”

GIULIA RECH 1o ano EM

“O Deck é uma das novidades do Pátio Central, ele fornece aos estudantes um espaço para descanso e lazer.”

GABRIELLA FRIGO 2o ano EM

“O Pátio é um local de descanso e convivência com colegas e amigos onde, por meio das árvores, é possível se conectar com a natureza.”

LAVÍNIA DA LUZ 1o ano EM

“O Bosque da Educação Infantil é um espaço que fica marcado na vida de todos os estudantes que por lá passam. Um lugar sempre lembrado com encanto e carinho!”

CLARA POMPERMAYER 9o ano EF

Colégio Marista Aparecida

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Construir conhecimentos

Fique por dentro Conheça iniciativas que destacam a formação integral marista

AMERICAN HIGH SCHOOL Através de uma parceria com a empresa Way American School, em 2019 o Marista Aparecida passou a oferecer um programa de proficiência na língua inglesa que possibilita a certificação de American High School. De forma simultânea, os currículos brasileiro e norte-americanos são trabalhados em sala de aula. Assim, os estudantes obtêm dupla certificação, em um ambiente de imersão dentro do Colégio, com professores americanos.

MATIFIC LÍNGUA INGLESA Neste ano, em parceria com a Systemic Bilingual, o Colégio está oferecendo vivências diárias de imersão na língua inglesa. Com professores selecionados e treinados pelo Colégio e pela Systemic, os estudantes aprendem a segunda língua de forma mais efetiva, pois o foco está no domínio do conteúdo como um todo, e não apenas no idioma em si. Nessa proposta, o idioma é aplicado como um meio de comunicação, desenvolvendo o estudante em diversos aspectos, como vocabulário, gramática, compreensão e produção, tanto oral quanto escrita.

Para potencializar o aprendizado da Matemática e os resultados dos estudantes, as turmas de 4o e 5o ano EF contam com uma plataforma educacional online de alta tecnologia, a Matific. Seu conjunto de atividades gameficadas estimula os estudantes a solucionar problemas de forma autônoma, desenvolvendo o raciocínio lógico, a experimentação e a descoberta, além de reduzir a ansiedade na aprendizagem.

Com a proposta de pensar o Pátio Central de uma forma diferente, a Associação de Pais e Mestres (Apamea), em parceria com o Colégio, elaborou o projeto de revitalização, projetando um espaço que atende demandas pedagógica e, ao mesmo tempo, favorece o lazer, a integração e a prática de esportes. No início de 2019, a obra foi entregue à comunidade. Entre as melhorias feitas estão o paisagismo das áreas verdes, a construção de um deck e de uma casa na árvore, a instalação de cestas de basquete e a entrega de novos materiais esportivos e de mesas de piquenique para os estudantes fazerem lanches.

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Colégio Marista Aparecida

© Fotos: Acervo do Colégio

REVITALIZAÇÃO



Olhar

BRINCAR

também é aprender

Em tempos de tantas informações e expectativas, como administrar com equilíbrio a rotina das crianças?

Nos últimos anos, as famílias vêm se ocupando cada vez mais em preencher o tempo dos bebês e das crianças com as mais variadas atividades – ocasionando o fenômeno da “criança-agenda”. Quando pensamos em como oferecer uma rotina mais saudável para nossos filhos, o equilíbrio do “meio do caminho” parece ser um desafio para a maioria das famílias. Garantir um espaço de desenvolvimento de habilidades e formação adequadas ao tempo da criança e, ao mesmo tempo, possibilitar um espaço de subjetivação pode ser um tanto complexo. As exigências da sociedade atual hiperinformada, digital, competitiva e fugaz (em que cada vez mais os pais são exigidos a se ocuparem com o mundo do trabalho) fazem com que muitas famílias acreditem que estarão em vantagem se os filhos deenvolverem, desde muito cedo, atividades que estimulem a aprendizagem – além das brincadeiras. Há que se destacar que brincar também é aprender. Desde o tempo da relação mãe/pai-bebê, o

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Por Renata Dipp*

brincar possibilita que a criança transite entre o real e o imaginário, entre o objetivo e o subjetivo. Reflete a qualidade dos seus recursos, dos seus desejos, das suas ansiedades. Há quem afirme que o brincar é “não fazer nada”. E também pode ser. É preciso que se permita um espaço aos filhos, um momento de tédio, a fim de que dali possam surgir o desejo, a criatividade, a construção de algo novo. Crianças com agendas lotadas, independentemente da idade, não têm espaço para criar, apenas para reproduzir – na pressa das atividades diárias. Isso, paradoxalmente, pode gerar nelas um vazio. Tendem a se entusiasmar menos pela aprendizagem. Podem se tornar adultos mais ansiosos e menos criativos. Por outro lado, a criança que tem excesso de espaço, nenhuma mediação do ambiente ou encorajamento ao processo criativo pode experimentar a angústia de ter de criar absolutamente tudo – podendo gerar um sentimento de desamparo e tornando-se, talvez, um adulto mais inseguro.


Na esteira dessa temática, cabe pensarmos em questões relativas à qualidade da relação que os pais têm com seus filhos. Como é esse vínculo? Para auxiliar as famílias a tomar decisões com desdobramentos mais saudáveis na rotina das crianças, é fundamental que os pais conheçam seus filhos, que reconheçam qual o sentido que determinada atividade terá para eles. Há crianças que têm muita energia. Outras, menos. Sendo assim, existem atividades que têm mais a ver com o jeito de algumas crianças do que de outras. Daí a importância de não se tomar decisões a partir dos ditames sociais.

Diante disso, cabe se fazer as seguintes perguntas: • Esta atividade surgiu como uma demanda de quem? Dos pais ou do filho?

Além da intenção de ofertar às crianças novos estímulos por meio da educação formal (que podem ser uma modalidade esportiva, uma língua estrangeira, uma atividade artística, entre outras), deve-se pensar em possibilidades que “ensinem” habilidades de vida para elas lidarem, desde cedo, com um coletivo absolutamente vasto e diverso. Que atividade física poderia oferecer ao seu filho noções de cooperação e de trabalho em equipe? Que projeto social lhe traria a experiência de demandas de cidadania, de inclusão e de direitos humanos? Que escola de línguas oferece, além do conteúdo, uma proposta de vivência da cultura da comunidade que tem aquele idioma como nativo? Parece-me que não há recomendações possíveis sobre rotinas saudáveis que não passem pela necessidade de conexão com aquilo que há de singular em cada criança.

• Parece ser boa/fazer sentido para o meu filho? • Está no tempo dele? • O que ele diz sobre esta atividade?

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• Como ele se vê com o tempo livre?

Dependendo da idade da criança, é possível que uma boa conversa possa auxiliar na decisão, lembrando que deve ficar claro que ela poderá ser revista em qualquer tempo. Também vale destacar que as atividades escolhidas sejam introduzidas aos poucos, a fim de que se possa observar esse novo tempo em conjunto com a criança.

Crianças com agendas lotadas, independentemente da idade, não têm espaço para criar, apenas para reproduzir.

Renata Dipp é psicóloga, mestre em Psicologia Clínica e especialista em Gestão Empresarial, além de coordenar o Núcleo de Psicologia Escolar do SAPP/ PUCRS. Os temas que atualmente pesquisa vinculamse à psicologia escolar e educacional, à prática do psicólogo escolar, à educação inclusiva ao longo do ciclo vital e a intervenções preventivas e terapêuticas no ambiente escolar.

A cada edição, um especialista é convidado para partilhar sua visão sobre um determinado assunto. Você tem alguma sugestão de tema? Escreva para faleconosco@maristas.org.br e sugira!

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Música também ajuda no desenvolvimento Capacidade de concentração, coordenação motora e criatividade são alguns dos benefícios do contato com o canto, com instrumentos e todo tipo de sonorização Por Helena Carnieri

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Quem canta seus males espanta? Para os pesquisadores, muito mais do que isso. A música é considerada um apoio para o desenvolvimento motor e cognitivo, algo fundamental a ser trabalhado nas escolas. A professora Keliezy Netto, que dá aulas de Música no Colégio Marista Champagnat, em Porto Alegre (RS), se emociona ao ver estudantes de 3o e 4o ano EF tocando em grupo, cada um respeitando o tempo do colega, em clima de ajuda mútua. “As atividades musicais podem desenvolver a coordenação motora, o raciocínio, a expressividade, a sensibilidade e a capacidade de trabalhar em grupo”, enumera a docente. “Vemos o potencial pedagógico que a música tem dentro do currículo, com destaque para a capacidade de concentração”, concorda o professor de Música do Colégio Marista Rosário, também em Porto Alegre, e regente da Orquestra Rosariense, Estêvão Neves. “Ao executar atividades de práticas musicais, o cérebro realiza inúmeras sinapses que interagem com diversas seções do campo neural, estimulando a comunicação entre essas áreas – o que contribui para o desenvolvimento de outros componentes curriculares”, explica. Segundo ele, pesquisadores comprovam a influência desses estímulos com o desenvolvimento da sintaxe linguística e o raciocínio lógico. Sem falar na criação de uma escuta ativa, concentrada.

© Foto: Acervo Marista Rosário

Curiosidade


Ao realizar atividades de práticas musicais, o cérebro realiza inúmeras sinapses que interagem com diversas seções do campo neural, estimulando a comunicação entre essas áreas.

DISCIPLINA A estudante Júlia Barradas , do 9o ano EF do Marista Rosário, toca piano e teclado. Ela compartilha um pouco dos bastidores do que considera uma “arte magnífica”. “Enxergo a música como um meio de me expressar. É como falar, por meio da melodia, algo que está dentro de mim”, conta. Mas não é fácil se dedicar aos estudos. “No começo, eu não entendia por que tinha que fazer exercícios no piano… É trabalhoso. Mas vale a pena, acaba sendo prazeroso”, diz. No Colégio, as aula de Música vão da Educação Infantil até o 5o ano EF, além de serem uma opção de atividades extracurriculares, como a orquestra. Da Educação Infantil até o 2o ano EF, o foco é a musicalização, o contato prazeroso com a música. A partir do 3o ano EF, entram os instrumentos, como a flauta doce soprano, e a leitura da pauta, além de outras formas não tradicionais de escrita e registro.

CRIAÇÃO Outro resultado do contato com a música é a ampliação do repertório para abrir caminho à criatividade. “Propomos que os estudantes experimentem a criação de paródias, composições instrumentais e a escrita de letras”, destaca Neves. O contato com a música de outros povos é outro ponto fundamental da atividade musical na escola, já que ajuda a entender um pouco melhor outras culturas. Além disso, a ideia é que o ensino da música esteja integrado às demais matérias. “Ela pode ser um fio condutor, alinhando as temáticas e os assuntos abordados nas diversas disciplinas”, opina Keliezy. Os alunos do 3o ano EF do Marista Rosário, por exemplo, estudam a história de Porto Alegre por meio do contato com artistas e grupos, como Lupicínio Rodrigues, Kleiton & Kledir, Elis Regina e Almôndegas.

Além do aprendizado em aula, as orquestras e bandas dos Colégios trazem experiência de palco e aquele friozinho na barriga que ajuda os jovens a decidirem se irão adiante com a música como profissão ou como hobby. “Na orquestra, todo mundo está lá porque quer”, sentencia Maurício Manica, estudante do 1o ano EM do Marista Rosário, que toca trompete e flauta. “Um dia, uma menina da banda começou a tocar violoncelo, bem na minha frente, e depois um amigo meu começou no clarinete. De repente, criou-se um ar de seriedade, pois tínhamos três instrumentos de orquestra sinfônica”, comemora. Na Orquestra Rosariense, há muitos outros instrumentos, como flauta doce tenor e soprano, flauta transversal, oboé, escaleta, acordeão, saxofone, a lista vai longe. “Nesses encontros, não compartilhamos apenas conhecimentos musicais teóricos e práticos, mas principalmente o espírito de equipe, a coletividade e a liderança entre o grupo”, explica o professor Estêvão Neves, que é o regente. O repertório vai do rock ‘n’ roll a compositores brasileiros, muitas vezes com arranjos criados pelo próprio educador. Para os estudantes, “participar da orquestra também contribui para o orgulho de pertencer, pois eles representam a escola em apresentações externas”, conclui o professor.

MÚSICA COMO ESCOLHA O ex-aluno do Marista Champagnat Diego Ambrozi hoje trabalha como DJ e foi na escola, onde se formou há quatro anos, que aprendeu a trilhar esse caminho. “Quando decidi me dedicar a essa carreira, sempre tive incentivo dos professores”, conta. “Em qualquer evento do Grêmio Estudantil, eu era responsável pela música. Também fazíamos shows de talentos”, relembra. Ele faz questão de afirmar: “hoje vejo a escola não como uma empresa, mas como um grupo de pessoas que me incentivaram.” © Foto: Arquivo pessoal

© Foto: Acervo Marista Rosário

FORMAÇÃO NO PALCO!

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© Foto: Divulgação

Solidariedade

solidariedade Um lar chamado

Permeados por empatia, carinho e atenção, alunos voluntários se unem a diversas frentes para acolher estrangeiros venezuelanos

Por Fernanda Brun

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Três milhões e quatrocentos mil pessoas. Esse é o número estimado de venezuelanos que passaram a viver fora de seu país até o final de 2018, de acordo com dados da Organização dos Estados Americanos (OEA). Entre os países que mais recebem os migrantes, o Brasil ocupa o sexto lugar da lista, somando aproximadamente 100 mil em 2018 e posicionado depois de locais como Colômbia, Peru e Chile. Ainda no mesmo ano, deu-se início, no solo brasileiro, a um processo de interiorização desses migrantes e mais de 5 mil já foram atendidos pelo programa oficial – desconsiderando a informalidade. O principal destino é o Rio Grande do Sul, com cerca de mil estrangeiros até o momento.

UNIÃO A Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 2002 por iniciativa de um grupo de Irmãos Maristas

e Leigos que passaram a realizar um trabalho voltado especialmente ao apoio a grupos, famílias e comunidades com dificuldades econômicas e sociais. Dentro da associação, o Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH-Avesol) atua desde 2014 na defesa e na implementação dos direitos humanos. Em março de 2018, o Centro realizou o lançamento do Projeto Araguaney, de atenção a migrantes venezuelanos. Entre os campos de atuação estão fornecer informação, prestar assessoria jurídica, atender a necessidades emergenciais básicas (como roupa e alimentação), e prover educação, saúde, moradia e emprego. Na Avesol desde 2015, Patricia de Siqueira, assistente social, conta que a situação da chegada dos venezuelanos ao país é muito variada: alguns já têm contatos, alguém que os possa acolher; outros chegam com histórias mais dramáticas e, por vezes, apenas com o bilhete de vinda.


Em 2018, foi realizada uma campanha de arrecadação de doações que aconteceu nos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, PUCRS e Hospital São Lucas mobilizando pais, estudantes, professores e colaboradores de todo o estado do RS. Foram arrecadados aproximadamente 8 mil itens, entre roupas, calçados, alimentos, brinquedos e produtos de higiene. Além de beneficiar os migrantes venezuelanos, as doações foram tantas que permitiram também um repasse para imigrantes haitianos e de outras nacionalidades atendidos pelo CRDH-Avesol e outras entidades parceiras. No mesmo ano, a Rede Marista firmou ainda uma colaboração com a ONU, o Ministério de Desenvolvimento Social e a Prefeitura Municipal de Viamão para acolher famílias venezuelanas que chegaram ao Brasil por Roraima. Ao todo, cerca de 40 pessoas residiram na Vila Marista por seis meses. Além do espaço para morar, as famílias contaram com acompanhamento médico, aulas de idioma, auxílio com documentação e colocação no mercado de trabalho.

PARTICIPAÇÃO ATIVA “A partir do momento que soubemos que a Rede Marista, através de uma ação humanitária, estaria recebendo um grupo de refugiados, os alunos se mobilizaram a estudar o contexto, os modos como poderíamos auxiliá-los e, desde então, ficaram muito encantados a cada encontro”, conta Ralph Schibelbein, professor de História e voluntário mediador do grupo de Voluntariado do Colégio Marista Graças, de Viamão (RS). À frente do grupo há cinco anos, desde sua fundação, atualmente Schibelbein acompanha 30 estudantes entre o 9o ano EF e o 3o ano EM. No início de 2019, a atuação com um grupo de refugiados venezuelanos passou a fazer parte das atividades

do Voluntariado, envolvendo encontros semanais em que foram ofertadas atividades lúdicas para as crianças, esportes e oficinas para os maiores e também momentos de formação com os adultos. “Os estudantes participaram ativamente de todo o processo, desde a pesquisa das diferentes realidades, a sugestão dos grupos de trabalho, o planejamento e a realização das ações até a avaliação”, explica o professor. Participante do grupo desde 2017, Micheli da Silva, de 16 anos, é estudante do 2o ano EM. “O Voluntariado foi algo que me transformou desde o momento em que comecei”, conta. Para ela, a experiência foi uma lição de como lidar com as pessoas e com as situações de maneira muito mais cuidadosa, com um olhar mais atencioso tanto para com os outros quanto consigo mesma. “Uma coisa que sempre falamos no grupo é que quando fazemos alguma saída ou alguma ação com as pessoas, na verdade somos nós mesmos é que estamos sendo ajudados. É realmente isso: podem ser desde coisas pequenas até grandiosas, mas nos desenvolvemos pelas ações e reflexões que fazemos com o grupo”, afirma a estudante. Para Micheli, a vivência constante com a solidariedade é transformadora e permanente. Quando questionada se indicaria que outros estudantes fizessem parte de projetos voluntários, a resposta é rápida: com certeza. O relato do professor Schibelbein confirma o engajamento e o comprometimento dos alunos com as atividades. “O participante que passa pelo grupo de Voluntariado vive uma transformação que leva para a vida. É uma oportunidade de exercitar o olhar, encontrar o próximo e um cuidado com o outro e, principalmente, consigo mesmo. É passar a não só acreditar na mudança para um mundo melhor, mas fazer parte dessa mudança”, conclui.

Quando fazemos alguma saída ou alguma ação com as pessoas, na verdade somos nós mesmos é que estamos sendo ajudados. Micheli Viana da Silva

© Foto: Arquivo pessoal

AÇÕES QUE FAZEM A DIFERENÇA

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Como fazer

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Como eu posso fazer a

DI FE REN ÇA? Incentivar as crianças desde cedo a cuidarem ativamente do meio ambiente gera mais empatia e engajamento Por Fernanda Brun

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Nove entre dez brasileiros acreditam que a natureza não está sendo protegida de forma adequada. O dado foi divulgado pelo WWF-Brasil, em uma pesquisa realizada pelo Ibope em 2018. A publicação mostra, ainda, que 66% dos entrevistados atribuem aos cidadãos a responsabilidade de cuidar de unidades de conservação (parques, reservas, florestas nacionais), número que subiu 20 pontos percentuais em relação à edição anterior da pesquisa, publicada em 2014. A preservação do meio ambiente sempre esteve na pauta da Rede Marista. Além de apoiar causas voltadas ao meio ambiente, como podemos ser mais ativos na preservação da natureza dentro da nossa rotina? Mais do que isso: como incluir essa preocupação na Educação Infantil? Para Cássia Moura, professora do 3o ano EF no Colégio Marista João Paulo II, de Brasília (DF), especialista em orientação educacional e neuroaprendizagem, a educação ambiental vai além da atenção com os gastos de água e energia: é preciso – e possível – evoluir para uma conversa sobre o consumo consciente e o impacto do consumismo para o meio ambiente. “Fazemos um trabalho constante sobre desejo e necessidade – o que você realmente precisa e o que você quer. Essa reflexão é válida desde o momento de comprar um lanche na Cantina até a hora de pedir um presente de aniversário”, explica. Ensinar educação financeira desde cedo não se resume a falar de dinheiro, mas instruir as crianças sobre consumo sustentável, geração de lixo e exploração de recursos naturais. Segundo a professora, ao compreenderem que podem fazer parte da mudança, as crianças se sentem estimuladas. “Quando o estudante se percebe como um agente modificador, como participante e protagonista, quer participar e fica mais atento ao que pode fazer”, conta Cássia. A profissional reforça, ainda, que o desenvolvimento dessa mentalidade não acontece de uma hora para outra, e não depende apenas da escola. É preciso que o jovem veja uma continuidade dessas ações em casa. “É um trabalho diário e constante. Sinto que os pais estão desejosos por esse tipo de orientação e que se engajam com as informações que os filhos recebem e repassam”, complementa.

A FORÇA DA UNIÃO Para desenvolver a consciência ecológica e o senso de responsabilidade com o tema, Sheyla Werner, professora do 3o ano EF do Colégio Marista Champagnat, de Porto Alegre (RS), aplicou uma atividade: “Neste ano, temos uma árvore em um vaso na sala de aula. Comentei uma única vez que precisávamos regá-la todas as sextas-feiras e ainda não precisei me lembrar de regá-la: a turma recorda e comenta sobre isso várias vezes, e também passou a cobrar uma organização de quem ou qual grupo vai regá-la a cada semana.” A profissional, que atua com crianças há dez anos, nota que a preocupação e, mais especificamente, a preservação têm sido uma prática do dia a dia na escola. “Observo que a relação delas com o meio ambiente tem se tornado cada vez mais uma inquietude que está para além do discurso”, explica.


COMO DESPERTAR O INTERESSE – E A AUTONOMIA – DAS CRIANÇAS SOBRE QUESTÕES AMBIENTAIS: Falar sobre a matéria-prima usada na produção de um brinquedo ou de uma peça de roupa: “o que da natureza foi necessário para que eu tivesse acesso a isso?”.

Fazer cálculos simples de gastos diários – quanto é possível economizar em energia quando apagamos uma lâmpada ou quando escovamos os dentes com a torneira fechada, por exemplo.

Desenvolver uma autonomia financeira, identificando desejos e necessidades e tratando os temas com equilíbrio.

Ter momentos de proximidade com a natureza. Despertar o respeito pelo meio ambiente aproveitando um dia de sol em um parque arborizado. © Foto: Acervo Marista Champagnat

Quando falamos sobre atitudes mais sustentáveis que crianças podem colocar em prática, tanto na escola quanto em casa, Sheyla aponta caminhos que partem para além de cuidados já consolidadas, como a atenção no abrir e fechar a torneira. “Há atitudes que, a cada ano, devemos retomar com as crianças: ter sua própria garrafa de água, evitando copos descartáveis; conferir se há separação de lixo no local, buscando sempre identificar quando que se trata de lixo orgânico e reciclável; reaproveitar materiais para produções artísticas; ou até mesmo a responsabilização por uma planta, árvore ou horta”, explica. Para a professora, à medida que a criança cuida da natureza e esta cresce e responde aos seus cuidados, a conscientização da criança se torna vívida, tangível e recíproca, pois há uma troca nessa relação.

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Compartilhar

© Foto: Divulgação

A internet nos permite guardar memórias, compartilhar conhecimentos e viajar sem sair de casa. Nesta edição, reunimos alguns dos principais museus da França que oferecem tours virtuais. Acesse e saiba mais sobre o país onde a missão marista teve início!

LOUVRE

Museu mais popular do mundo, o Louvre ultrapassa a marca de 10 milhões visitantes anuais. É possível conhecer alguns dos espaços a partir do próprio portal da instituição, como a seção medieval, a ala com antiguidades egípcias e a Galerie d'Apollon, famosa por seus tetos decorados e em formato de abóbada. Acesse louvre.fr/visites-en-ligne

MUSEU DE BELAS ARTES DE LYON

Com 7 mil metros quadrados e 70 espaços de exibição, é o segundo maior museu do país, ficando atrás somente do Louvre. Seu acervo contém desde peças do antigo Egito até obras de arte moderna, e tem como destaque as duas salas dedicadas aos pintores da cidade. São nomes como Bonnefond, Revoil e Janmot, grandes representantes do estilo trovador – assim chamado pelas suas representações idealizadas da Idade Média e do Renascimento.

© Foto: Corentin Mossière

Acesse bit.ly/visitesLyon

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MUSEU DE ORSAY

Instalado no prédio de uma antiga estação ferroviária da capital francesa, Orsay reúne obras dos principais artistas europeus da segunda metade do século 19 e do início do século 20, como Monet, Van Gogh, Rodin e Daumier. É possível visualizar com detalhes partes do acervo no site do museu, que disponibiliza imagens em alta resolução, além da ficha técnica completa e das histórias (em inglês, espanhol, francês ou alemão) por trás de pinturas, esculturas e objetos históricos.

© Foto: Divulgação

Acesse musee-orsay.fr/collections/Discovery

MUSÉE DES ARTS ET MÉTIERS

Localizado em Paris, abriga a coleção do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios, fundado em 1794 como um repositório de instrumentos científicos e invenções. Conta com exposições voltadas para todas as idades, mostrando a evolução de técnicas de engenharia, arquitetura, comunicação e transportes. Acesse bit.ly/ArtsetMetiers

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Essência

de

anos

A Pastoral Juvenil Marista (PJM) é uma organização juvenil da Rede Marista que proporciona o desenvolvimento integral da pessoa, a formação de lideranças, a socialização, a construção da consciência crítica e a vivência da espiritualidade cristã e do carisma marista. Tem como missão promover a evangelização junto a adolescentes e jovens. Atualmente, a PJM está presente em 24 unidades da Rede Marista. São cerca de 1,9 mil participantes com idades que variam de 12 a 29 anos. Eles estão divididos em 122 grupos, acompanhados por 208 jovens animadores e 34 assessores. Em 2019, a PJM completa dez anos de construção de sua identidade, de procura e criação do seu caminho – um trajeto que não foi cumprido solitariamente. Enquanto PJM, somos filhos e filhas da aliança de amor que Deus, Pai e Mãe, selou com a humanidade, e de São Marcelino Champagnat; somos fruto do sonho de muitos adolescentes e jovens, de muitos assessores, de muitos Irmãos Maristas; somos fruto dos anseios e das necessidades do momento histórico que foi e está sendo vivenciado e da interface com a PJM do Brasil e do Instituto Marista. A ocasião do aniversário é propícia para se perguntar sobre projetos de vida. É a oportunidade para reafirmar uma identidade ou para ressignificá-la. É, também, uma chance para reavaliar seus princípios, seu DNA, seu jeito de ser, pensar e agir e de continuar construindo seu caráter. Nossa identidade tem sua raiz na mística tecida a partir do seguimento de Jesus Cristo e do projeto anunciado por Ele e das descobertas que cada adolescente e jovem faz a partir dos valores, símbolos e lugares maristas. Esse caminho é experienciado pela mística da acolhida, da vivência grupal e da solidariedade. Essa trajetória não é uma escada ou caminho linear. Não se vive um para depois vivenciar o outro; são ações processuais em vista da construção de um projeto de sociedade em que valores como justiça, liberdade, fraternidade e solidariedade sejam realidade para todos. A esse projeto damos o nome de Civilização do Amor, e faz parte do nosso compromisso, enquanto PJM, promover atitudes para tornar concreto esse objetivo. Para contar e celebrar essa história, foi produzida a websérie Sou PJM. Os episódios estão sendo lançados mensalmente, até dezembro de 2019, e trazem, além de aspectos históricos, elementos importantes que formam a identidade e constituem o processo da PJM. Convido a todos a assistir aos vídeos no Facebook (@PJM.RedeMarista) e no YouTube (PJM Rede Marista).

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Somos fruto do sonho de muitos adolescentes e jovens, de muitos assessores, de muitos Irmãos Maristas; somos fruto dos anseios e das necessidades do momento histórico que foi e está sendo vivenciado e da interface com a PJM do Brasil e do Instituto Marista.

José Jair Ribeiro Coordenador de pastoral da Rede Marista

© Foto: Acervo Rede Marista

PJM:


Diversão

Além de abrigar os registros do tempo, os museus são um veículo a serviço do conhecimento e da informação que contribuem para o desenvolvimento da sociedade. Eles também revelam muitas curiosidades – e podemos descobrir algumas delas agora! Que tal reunir um grupo de amigas e amigos para descobrirem juntos as respostas? Vamos começar? Por Fernanda Brun e Helena Carnieri

1. APROXIMADAMENTE QUANTAS PESSOAS VISITARAM O MUSEU DO LOUVRE, EM PARIS (FRANÇA), EM 2018? A. 8,5 milhões B. 10,2 milhões C. 13,1 milhões

6. QUE MUSEU BRASILEIRO É CONHECIDO POR DISPOR ARTE CONTEMPORÂNEA AO AR LIVRE? A. Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro (RJ) B. Masp, em São Paulo (SP) C. Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG)

2. QUAL É A OBRA DE ARTE MAIS CARA DO MUNDO? A. Salvator Mundi, Leonardo da Vinci B. Les Meules, Claude Monet C. Nu Couché, Amedeo Modigliani

7. QUE COLEÇÃO FOI INCORPORADA AO ACERVO DO MUSEU OSCAR NIEMEYER, EM CURITIBA (PR), EM 2018? A. Múmias do Egito B. Coleção de pedras preciosas da Babilônia C. Coleção asiática

3. CERCA DE QUANTAS ESCULTURAS ESTÃO EM EXIBIÇÃO NO MUSEU SUBAQUÁTICO DE ARTE (MUSA), NO MÉXICO? A. 150 B. 250 C. 500 4. EM QUE CIDADE FICA O MUSEU DAS RELAÇÕES PARTIDAS? A. Zagreb, Croácia B. Munique, Alemanha C. Veneza, Itália 5. APROXIMADAMENTE QUANTOS MUSEUS EXISTEM NO BRASIL? A. 4.500 B. 3.000 C. 1.200

8. QUE MUSEU SE ENCONTRA NA PRAÇA DA ALFÂNDEGA, EM PORTO ALEGRE (RS)? A. Museu de Arte Contemporânea B. Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli C. Museu da Gravura 9. QUE EXPERIÊNCIA INTERATIVA É POSSÍVEL VIVER NO MUSEU DO AMANHÃ, NO RIO DE JANEIRO (RJ)? A. Realidade aumentada B. Passar a noite no museu C. Tomar banho no espelho d´água 10. QUE MUSEU ESTÁ LIGADO À PESQUISA CIENTÍFICA SOBRE A AMAZÔNIA? A. Museu de Manaus B. Mostra itinerante do Rio Negro C. Museu Emílio Goeldi (Belém, PA)

CONFIRA AS RESPOSTAS NO VERSO

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Diversão

RESPOSTAS Resposta: B Museu mais visitado do mundo, em 2018 o Louvre registrou um aumento de 25% em relação a 2017 e bateu seu próprio recorde de público – 9,7 milhões, em 2012. Apesar dos estrangeiros representarem quase três quartos dos visitantes, os franceses são a principal nacionalidade, quase 25% do total. Resposta: A Atribuída a Leonardo Da Vinci, Salvator Mundi foi leiloada por cerca de U$450 milhões. A obra estaria desaparecida desde que deixou os salões da casa de leilões Christie's, em Nova Iorque. Ela retrata Jesus Cristo segurando uma bola de vidro. Resposta: C Localizado no litoral do México, o museu reúne cerca de 500 obras permanentes. A intenção do espaço é mostrar a interação entre a arte e a ciência ambiental – todas as esculturas são fixadas no fundo do mar e foram feitas com materiais específicos para promover a vida dos corais. Resposta: A Conhecido internacionalmente como Museum of Broken Relationships, o espaço localizado na capital da Croácia exibe dezenas de objetos que fizeram parte de relacionamentos românticos que não deram certo. Entre as peças há cartas de amor, livros, vestidos de noiva e até um machado. Resposta: B O Brasil reúne cerca de 3 mil museus, sendo São Paulo o estado que abriga a maior quantidade – um total de 517, de acordo com levantamento realizado pelo governo em 2010.

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Resposta: C O Instituto Inhotim é considerado um “complexo museológico”, reunindo uma série de pavilhões e galerias com obras de arte e esculturas em exposição ao longo de jardins. Resposta: C O diplomata Fausto Godoy doou ao MON sua coleção com cerca de 3 mil peças, que reúne obras datadas desde o século 3 a.C. até o século 21, com porcelanas, mobiliário, têxteis, entre outros. Resposta: B O Margs é o principal museu de arte do Rio Grande do Sul, com um acervo de 5 mil obras de arte entre pinturas, esculturas, gravuras, cerâmicas, além da arte digital. Resposta: A Por meio de um aplicativo, é possível “enxergar” baleias e botos no espelho d’água do museu ou ver um tiranossauro no Cubo da Matéria, entre outras experiências. Resposta: C Fundado em 1866, o museu localizado em Belém (PA) concentra suas atividades no estudo da natureza e da sociedade e da cultura amazônicas, além de promover e divulgar acervos da região.


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