III COES

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aula que aborde a temática sexualidade surgirão interrupções ou opiniões adversas, cabendo ao professor não ficar irritado, pois é uma situação nova para os alunos. Deve-se levar em consideração também os sentimentos de medo, vergonha e ansiedade que podem surgir nos alunos ao abordar temas relacionados à sexualidade. Se as escolas não tratarem do assunto vão transmitir aos alunos que sexo e sexualidade são tabus e que o ato sexual se aprende na rua, na família, com a mídia, por meio de revistas, filmes pornográficos e zonas de prostituição. Essas fontes, provavelmente, ocasionarão falta de informação, preconceitos (que impedem a utilização de métodos preservativos e a relação destituída de sentimento, prazer e cuidado), e infelicidade na vida sexual e afetiva das pessoas. Suplicy destaca quando os alunos recebem orientação na escola, eles têm a oportunidade de repensar seus valores pessoais e sociais, aprendem a ter uma visão positiva da sexualidade e partilham suas preocupações e emoções. Podemos relatar também, que a orientação é importante, pois muitas vezes no âmbito familiar, os pais ficam envergonhados de tratar certos assuntos com seus filhos. Diante disto, a Orientação Sexual na escola, protege o jovem por meio da informação, visto que com a ausência desta os alunos serão presas fáceis de abuso sexual. Não se pode deixar de lado que a parceria da escola com os pais é muito importante. É, portanto, imprescindível discutir o papel da família em relação à Orientação Sexual.

A importância da família na construção da sexualidade A maioria das atitudes acerca da sexualidade na família é carregada de tabus, proibições e preconceitos dos pais em relação aos filhos. Marta Suplicy (1983) nos relata que a visão da sexualidade mudou muito

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