III COES

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sustentam a violência contra as mulheres, a homofobia, a heteronormatividade, dentre outros. A partir de 2012, venho realizando oficinas de discussões sobre os referidos temas, identificando o desconhecimento, as dificuldades e esquivas dos gestores, executores e usuários das referidas políticas ao lidarem com realidades que envolvam a sexualidade humana e suas nuances, evidenciando-se a necessidade de capacitações sistemáticas afins, além da urgência de se trabalhar em rede. Considerando a transversalidade dos temas – sexualidade, gênero e violências-, pretendo desenvolver uma pesquisa na área da Educação Infantil, tendo em vista o favorecimento deste contexto para a proximidade entre profissionais, crianças e famílias, bem como suas potencialidades de cooperação em ações promotoras da resignificação de crenças e valores constitutivos e constituídos nas relações sociais. Neste sentido, o aprofundamento dos estudos sobre o desenvolvimento humano, principalmente no tocante às fases de evolução da sexualidade, tornouse imprescindível para a minha pretensa contribuição no processo de formação de professores, acreditando na possibilidade de, posteriormente, estender o trabalho a outros profissionais, visando à promoção de uma educação para sexualidades e de uma cultura de igualdade de gênero. A partir do exposto, temos como objetivo identificar quais as demandas existentes entre as(os) educadoras(es) do ensino infantil diante das manifestações da sexualidade dos alunos, discutindo formas de intervenção que contribuam na superação de possíveis posturas conservadoras, para a promoção de uma educação sexual e construção de uma cultura de igualdade de gênero. Para o alcance de tal objetivo, investigaremos qual a concepção das(os) professoras(es) sobre sexo; sexualidade, relações de gênero e educação para

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