Revista Petit Polá

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ONGs

CRAMI – Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância

Como ajudar? Doando roupas e calçados Sendo sóciocontribuinte e voluntário Contribuindo financeiramente

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“A criança tem direito ao amor e à compreensão, e deve crescer, sempre que possível, sob a proteção dos pais, num ambiente de afeto e de segurança moral e material para desenvolver a sua personalidade”, é o que aponta o 6º princípio da Declaração dos Direitos da Criança, aprovada em 20 de novembro de 1959, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo do Centro Regional de Atenção aos Maus Tratos na Infância (CRAMI), que existe em Piracicaba desde 1986, é garantir que esse princípio da declaração seja cumprido. A entidade se presta a dar assistência às crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica, assim como aos seus responsáveis, por meio de intervenção multiprofissional: prevenção, promoção, tratamento e reabilitação. “O objetivo não é retirar a criança da família, é educar os pais e incentivá-los a buscar uma nova forma de educar os filhos, que não seja a violência”, explica a psicóloga e coordenadora do CRAMI, Maria Hilma de Oliveira Ganzella. A organização, entretanto, nem sempre trabalhou desta forma. Antes do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) ser

criado no país, o CRAMI atendia crianças vítimas de maus tratos apenas quando recebia uma denúncia. “A pessoa ligava para nós e a gente ia até a família verificar a veracidade do caso”, esclarece Maria Hilma. A entidade trabalhava com a família, ensinando-a a cuidar dos filhos com amor e carinho. Hoje, o CRAMI oferece um trabalho preventivo, que visa evitar que os maus tratos na infância venham a ocorrer. “Nós vamos a campo e trabalhamos com a comunidade, disponibilizando oficinas temáticas que nos auxiliam a identificar os casos de violência na família”, aponta a coordenadora da organização. Se for constatado algum tipo de mau trato na comunidade, a entidade oferece apoio e orientação à família. O CRAMI atende, atualmente, 50 pessoas por dia e conta com a ajuda de 60 voluntários. A ONG obtém a renda para se manter funcionando a partir do auxílio de sócios-contribuintes, parcerias governamentais, jantares temáticos, festas juninas e bingos. O horário de funcionamento da entidade é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Floriano Peixoto, 1063 – Centro. Telefone (19) 3302-6797.


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